DESPACHO COJUR CFM N. 572/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 01/12/2016) Consulente: Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará CRMPR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DESPACHO COJUR CFM N. 572/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 01/12/2016) Consulente: Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará CRMPR"

Transcrição

1 DESPACHO COJUR CFM N. 572/2016 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 01/12/2016) EMENTA: Provimento CNJ 52/2016 certidões de nascimento de filhos havidos por reprodução assistida de filhos de casais homoafetivos Quebra de sigilo do doador. Inconstitucionalidade da norma. Expedientes: 8085/2016 Consulente: Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará CRMPR I Do relatório Consulta-nos o CRMPR, na figura do seu Vice-presidente, Conselheiro W. M. G., sobre a legalidade do Provimento CNJ 52/2016. II. Da análise jurídica O assunto já foi tratado no Despacho n. 285/2016 dessa Coordenadoria Jurídica, aprovado em reunião de Diretoria do dia , cuja conclusão é pela ilegalidade da norma em questão, ferindo o sigilo do doador quando do registro de certidões de nascimento de filhos havidos por reprodução assistida de filhos de casais homoafetivos: DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016) EMENTA: O Provimento CNJ 52/2016 fere o sigilo médico e a intimidade do doador de gametas e embriões, prejudicando a relação médico-paciente e representa um retrocesso para as técnicas de reprodução assistida. A quebra desse sigilo pode acarretar possível processo penal e ético, pois o profissional, guardião de segredo alheio, sem justo motivo, não pode revelá-lo, causando danos ao seu titular. CONSULENTE: Dr. Hiran Gallo, Presidente da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM Protocolo CFM n º. 2899/2016 I Do relatório

2 Trata-se de expediente encaminhado pelo Presidente da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM, solicitando análise jurídica do Provimento CNJ n. 52/2016, questionando se há alguma contradição com a resolução de reprodução assistida (RA). II - Da análise jurídica Apesar do destaque das reconhecidas vantagens propostas pelo Provimento CNJ 52 da Corregedoria Nacional de Justiça, publicado em 14 de março de , que regulamenta a emissão de certidão de nascimento dos filhos cujos pais optaram por essa modalidade de reprodução que poderá ser realizada diretamente no Cartório de Registro, esta norma não resguardou o sigilo entre médico e doador, uma vez que exige para o registro, no inciso II do seu art. 2º, como documento indispensável uma declaração do diretor técnico da clínica, centro ou serviço de reprodução humana em que foi realizada a reprodução assistida, indicando a técnica adotada, o nome do doador ou da doadora. Por falta de legislação federal sobre RA, a classe médica se baseia em normas éticas emitidas pelo CFM. Desde a primeira resolução do CFM sobre o assunto em 1992 até a Resolução atual nº 2121/2015, resguarda-se a identidade civil dos doadores de gametas e embriões, bem como dos receptores, salvo, em casos excepcionais, informações fornecidas e mantidas sob o sigilo profissional dos médicos. O segredo profissional também é resguardado no Código Penal Brasileiro, que pune com pena de detenção, em seu art. 154, o profissional, guardião de segredo alheio, que sem justo motivo venha revelá-lo e possa causar dano ao seu titular. Saliente-se que, na relação médico-paciente o sigilo é um direito do paciente vinculado à sua intimidade, integridade e honra. Para o médico resta a obrigação de não o violar sem consentimento daquele. Pois, conforme o Código de Ética médica (CEM), é vedado ao médico: Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. A autora Maria Cláudia Crespo Brauner, citada por Priscila de Castro Morales, afirma que i : [...] a identidade do doador só pode ser revelada em casos de critérios médicos emergenciais, como, por exemplo, nas situações em que a pessoa tenha necessidade de obter informações genéticas indispensáveis à sua saúde, ou quando da utilização de gametas com carga genética defeituosa ii. O referido Provimento em seu art. 2º, II, quando exige o nome dos doadores (as) viola o direito do doador anônimo, daquele que não quer fornecer identidade genética ao material doado no caso de RA heteróloga. E, ao mesmo tempo, coloca o médico em uma situação delicada, pois ao cumprir o determinado no Provimento, este ferirá o Código de Ética Médica e as próprias recomendações da Resolução sobre RA vigente. Além disso, o provimento não justificou a necessidade de revelação do nome dos doadores (as) de material genético para efetivação do registro, uma vez que a filiação deverá ser registrada pelos pais da criança, independente da 1 (disponibilizado em )

3 origem do material genético. Para Genival Veloso de França, admite-se por justa causa um interesse de ordem moral ou social que justifique o não cumprimento da norma, contanto que os motivos apresentados sejam, de fato, capazes de legitimar tal violação iii. Não é possível notar essa justa causa no Provimento para sustentar tal violação. A defesa jurisprudencial pela identidade genética funda-se no princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, estabelecido no art. 1º, inc. III, da (CRFB/1988) CF/88, como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, traz em seu bojo o direito à identidade biológica e pessoal. Caracteriza violação ao princípio da dignidade da pessoa humana cercear o direito de conhecimento da origem genética, respeitando-se, por conseguinte, a necessidade psicológica de se conhecer a verdade biológica. Outro princípio que fundamenta o direito à identidade genética é o direito de personalidade que é a sede de onde derivam todos os direitos, tais como: dignidade da pessoa humana, vida, saúde, liberdade, igualdade, afetividade e inviolabilidade da intimidade. Por outro lado, destaca-se que esta análise não tem por objetivo discutir se a pessoa de origem genética de doador anônimo, por RA heteróloga, tem ou não direito de conhecer essa origem genética, apesar de que para que isso ocorra, uma série de situações devem ser consideradas. A discussão aqui é a exigência pelo Provimento do nome do doador para se registrar a criança havida por RA; a violação do sigilo que o médico tem o dever preservar médico e a ameaça do direito à intimidade do doador. Já foi descrito acima a obrigatoriedade do guardião de segredo em razão da profissão tanto em normas éticas quanto federal, estabelecendo vedações e punições para quem não o respeita. Pois, de acordo com o princípio bioético da autonomia do paciente, a decisão do paciente deve ser respeitada, cabendo ao médico considerá-la e guardá-la até que seu titular permita modificações. O direito à intimidade, que integra o direito da personalidade, está previsto na (CRFB/1988) em seu art. 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. E no Código Civil vigente (CCB/2002): Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. Dessa forma, a obrigatoriedade imposta pelo Provimento, de uma declaração do médico revelando o (s) doadores (as) do material genético da criança havida por RA, viola uma garantia constitucional do doador anônimo. Este que faz a doação de seu material genético de forma espontânea e generosa para ajudar famílias com problemas de procriação, pedindo em troca apenas uma discrição quanto à sua identidade. Com sua identidade revelada será punido no seu direito de intimidade e privacidade. Tal medida importará retrocesso à RA heteróloga, pois constrange o doador que não deseja ser identificado.

4 Diante disso, considerando a exigência do Provimento de identificação do doador 2 e o direito fundamental do doador(a) anônimo, poderá a vítima da violação do direito pedir uma reparação civil aos responsáveis pela quebra do anonimato, podendo ainda, resultar para o médico uma punição disciplinar e penal pela quebra de sigilo profissional, além da insegurança jurídica na relação médico-paciente. Observa-se, portanto, que apesar das inúmeras melhorias trazidas à filiação homoafetivas e hetoroafetivas quanto ao registro dos filhos havidos por técnicas de RA, o médico e o doador anônimo poderão ser punidos pela disposição expressa no Provimento, ato normativo válido para todos os cartórios do país. III Da conclusão Portanto, o Provimento Nacional em análise apresenta regras claras sobre como proceder ao registro de filiação de filhos havidos por RA, de casal heterossexual e homossexual, demonstrando regras mais inclusivas para esses casais, facilitadoras e desburocratizantes. No entanto, não substitui legislação federal ausente sobre RA. Logo, caberá ao Congresso Nacional se manifestar legalmente sobre a matéria que tem sido primordial na formação de famílias brasileiras que socorrem às técnicas de RA, mesmo não se negando o grande avanço que foi esse provimento para a sociedade. No entanto, as determinações deste Provimento merecem revisão quanto à exigência de revelar a identidade dos doadores para fins do registro civil, uma vez que ameaça garantias constitucionais, como o sigilo médico e a intimidade do doador. Todavia, por ter a consulta cunho ético, opinamos que seja analisada pela Comissão competente desse Conselho Federal de Medicina. É o parecer, s.m.j. Brasília, 21 de maio de Giselle Crosara Lettieri Gracindo Assessora Jurídica De acordo: José Alejandro Bullón Silva Chefe da COJUR 2 Art. 2º É indispensável, para fins de registro e da emissão da certidão de nascimento, a apresentação dos seguintes documentos: I (...) II - declaração, com firma reconhecida, do diretor técnico da clínica, centro ou serviço de reprodução humana em que foi realizada a reprodução assistida, indicando a técnica adotada, o nome do doador ou da doadora, com registro de seus dados clínicos de caráter geral e características fenotípicas, assim como o nome dos seus beneficiários; III -certidão de casamento, certidão de conversão de união estável em casamento, escritura pública de união estável ou sentença em que foi reconhecida a união estável do casal.

5 Por sua vez, a Doutora Cláudia Navarro, membro da Comissão de Reprodução Assistida do Conselho Federal de Medicina, traz mais subsídios para esta análise, apontando os casos concretos no tratamento envolvendo a técnica de Reprodução Humana Assistida: i [internet). Disponibilizado em iii França Veloo, Genival. Comentários ao Código de Ética Médica. Ed pág. 105 e 106. TRATAMENTOS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA E A TERCEIRA PARTE Nos tratamentos envolvendo Técnicas de Reprodução Assistida (TRA), existem duas situações que envolvem a terceira pessoa. Estas situações se dividem basicamente na doação de gametas e na substituição temporária do útero. Irei destacar os pontos importantes da Resolução relacionados com o Provimento 52 da CNJ. DOAÇÃO DE GAMETAS: de maneira simplista, ocorre quando o casal não possui o óvulo ou espermatozoide. Neste caso, o gameta será doado no momento da realização da TRA. O doador será anônimo. Caso o procedimento resulte em sucesso, teremos um casal grávido, resultante da doação anônima de um gameta, em que nem mesmo o doador do gameta saberá se a paciente engravidou ou não. Portanto, no momento do nascimento, a paciente interna, tem seu filho, o casal registra a criança e não é necessária nenhuma autorização, pois ninguém saberá que houve a participação de uma terceira parte nesta gestação, nem mesmo a doadora. Portanto, não será necessário a autorização da terceira parte nem risco de quebra do sigilo médico. A Resolução 2121/2015 determina: IV - DOAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 1- A doação não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. 2- Os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. 3- A idade limite para a doação de gametas é de 35 anos para a mulher e de 50 anos para o homem. 4- Será mantido, obrigatoriamente, o sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e embriões, bem como dos receptores. Em situações especiais, informações sobre os doadores, por motivação médica, podem ser fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do(a) doador(a). 5- As clínicas, centros ou serviços onde é feita a doação devem manter, de forma permanente, um registro com dados clínicos de caráter geral, características fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores, de acordo com legislação vigente. 6- Na região de localização da unidade, o registro dos nascimentos evitará que um(a) doador(a) tenha produzido mais de duas gestações de crianças de sexos diferentes em uma área de um milhão de habitantes. 7- A escolha dos doadores é de responsabilidade do médico assistente. Dentro do possível, deverá garantir que o(a) doador(a) tenha a maior semelhança fenotípica e a máxima possibilidade de compatibilidade com a receptora. 8- Não será permitido aos médicos, funcionários e demais integrantes da equipe multidisciplinar das clínicas, unidades ou serviços, participarem como doadores nos programas de RA. 9- É permitida a doação voluntária de gametas masculinos, bem como a situação identificada como doação compartilhada de oócitos em RA, em que doadora e receptora, participando como portadoras de problemas de reprodução, compartilham tanto do material biológico quanto dos custos financeiros que envolvem o procedimento de RA. A doadora tem preferência sobre o material biológico que será produzido. ÚTERO DE SUBSTITUIÇÃO: em se tratando de útero de substituição ou barriga de aluguel (termo que não deve ser utilizado pelo seu caráter comercial), a indicação principal é quando a mulher não possui útero ou não pode engravidar. Outra indicação incluída na Resolução atual foi a situação dos casais homoafetivos masculinos. Neste caso, geralmente utiliza-se o óvulo e o espermatozoide de um casal (pais biológicos), forma-se o embrião no laboratório e este embrião será gerado útero da doadora, que após o parto irá entregar o recém-nascido aos pais biológicos. Ao contrário da doação de gametas, não pode haver anonimato. A doadora deve ser parente dos pais biológicos, que serão os pais civis (desculpe, não sei se existe o termo) da criança. Portanto, durante a gestação e o parto haverá a participação ativa da terceira parte, ou seja, a grávida (que não será a mãe da criança) e os pais biológicos que serão os pais verdadeiros. Neste caso, a criança nascerá de uma mulher que não será sua mãe, daí a dificuldade em se registrar a criança em nome dos pais biológicos, ou pais verdadeiros. Antes era necessária uma autorização judicial para que os pais biológicos registrassem

6 o filho (pois a mãe biológica não foi a mesma que deu à luz). Com o provimento do CNJ, o casal biológico já pode registrar como seu o filho nascido de uma outra mulher. Entendo que neste caso não há quebra de anonimato, pois a doadora do útero participa ativamente durante todo o processo, não havendo anonimato nesta relação. A Resolução 2121/2015 determina: VII - SOBRE A GESTAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO (DOAÇÃO TEMPORÁRIA DO ÚTERO) As clínicas, centros ou serviços de reprodução assistida podem usar técnicas de RA para criarem a situação identificada como gestação de substituição, desde que exista um problema médico que impeça ou contraindique a gestação na doadora genética ou em caso de união homoafetiva. 1- As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau mãe; segundo grau irmã/avó; terceiro grau tia; quarto grau prima). Demais casos estão sujeitos à autorização do Conselho Regional de Medicina. 2- A doação temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial. 3- Nas clínicas de reprodução assistida, os seguintes documentos e observações deverão constar no prontuário do paciente: 3.1. Termo de consentimento livre e esclarecido informado assinado pelos pacientes e pela doadora temporária do útero, contemplando aspectos biopsicossociais e riscos envolvidos no ciclo gravídico-puerperal, bem como aspectos legais da filiação; 3.2. Relatório médico com o perfil psicológico, atestando adequação clínica e emocional de todos os envolvidos; 3.3. Termo de Compromisso entre os pacientes e a doadora temporária do útero (que receberá o embrião em seu útero), estabelecendo claramente a questão da filiação da criança; 3.4. Garantia, por parte dos pacientes contratantes de serviços de RA, de tratamento e acompanhamento médico, inclusive por equipes multidisciplinares, se necessário, à mãe que doará temporariamente o útero, até o puerpério; 3.5. Garantia do registro civil da criança pelos pacientes (pais genéticos), devendo esta documentação ser providenciada durante a gravidez; 3.6. Aprovação do cônjuge ou companheiro, apresentada por escrito, se a doadora temporária do útero for casada ou viver em união estável. em complementação às colocaçoes já feitas sobre a "terceira pessoa" em Reprodução Assistida", gostaria de acrescentar as situaçoes referentes aos casais homoafetivos. Uniões homoafetivas femininas: Neste caso, o casal possui útero e óvulos. Precisa recorrer ao Banco de Semen para utilizar semen heterólogo (de doador). Duas situaçoes podem ocorrer: serão utilizados o útero e os óvulos da parceira A. Se não houver uma indicaçao médica para realização de Fertilização in vitro, é realizada uma inseminaçao intrauterina (IIU) com o semen heterólogo e a parceira A será a mãe genética e a que irá gerar a criança. A parceira B será progenitora legal e social da criança, sem nenhuma participaçao ativa no processo de RA. Outra situação é quando as duas parceiras desejam participar ativamente do processo: a parceira A doa os óvulos que serão fertilizados com semen heterólogo e os embriões resultantes serão transferidos para o útero da parceira B. Neste caso, a parceira A será a mãe genética e a parceira B irá gerar a criança. Como o óvulo pertence ao casal, não se considera "doação"de gametas, portanto não é preciso seguir o princípio do anonimato. UNIÕES HOMOAFETIVAS MASCULINAS Uniões homoafetivas masculinas: neste caso, o casal terá que recorrer a um útero de substituiçao - que deverá ser parente de até quarto grau de um dos parceiros e a óvulos doados, cuja doação deverá ser anônima. Este procedimento é permitido pela Resolução CFM 2121/2015. Utiliza-se sêmen de um dos parceiros. No caso de uniões homoafetivas, o provimento 52 do CNJ poderá levar a quebra de sigilo, pois ao registrar a criança, o cartório saberá que houve doaçao de um dos gametas - com certeza o casal não possui óvulo ou espermatozóide. Isto levaria a quebra do anonimato, o que vai contra a Resolução 2121/2015. Este tema foi amplamente discutido no Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida e acreditamos que seria prudente por parte do CFM, interagir com o CNJ na tentativa de desobrigar a quebra do anonimato no momento do registro. III Da conclusão Por todo exposto, conclui-se que: a) A obrigatoriedade imposta pelo Provimento, de uma declaração do médico revelando o (s) doadores (as) do material genético da criança havida por RA viola uma garantia constitucional do doador anônimo.

7 Este que faz a doação de seu material genético de forma espontânea e generosa para ajudar famílias com problemas de procriação, pedindo em troca apenas uma discrição quanto à sua identidade. Com sua identidade revelada será punido no seu direito de intimidade e privacidade. Tal medida importará retrocesso à RA heteróloga, pois constrange o doador que não deseja ser identificado; b) No caso de uniões homoafetivas, o provimento 52 do CNJ poderá levar a quebra de sigilo, pois ao registrar a criança, o cartório saberá que houve doaçao de um dos gametas - com certeza o casal não possui óvulo ou espermatozóide. Isto levaria a quebra do anonimato, o que vai contra a Resolução 2121/2015. Este tema foi amplamente discutido no Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida e acreditamos que seria prudente por parte do CFM, interagir com o CNJ na tentativa de desobrigar a quebra do anonimato no momento do registro. ; Logo, esta COJUR opina que seja diligenciado junto ao Conselho Nacional de Saúde CNJ a revogação parcial do Provimento. É o parecer. Brasília, 7 de outubro de Giselle Crosara Lettieri Gracindo Assessora Jurídica do CFM De acordo: José Alejandro Bullón Silva Chefe da COJUR

DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016)

DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016. (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016) DESPACHO COJUR CFM N. 285/2016 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 06/07/2016) EMENTA: O Provimento CNJ 52/2016 fere o sigilo médico e a intimidade do doador de gametas e embriões, prejudicando a relação

Leia mais

ANEXO NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

ANEXO NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA ANEXO NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA I - PRINCÍPIOS GERAIS 1 - As técnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar a resolução dos problemas de reprodução

Leia mais

NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA NORMAS ÉTICAS PARA A UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA I - PRINCÍPIOS GERAIS 1 - As técnicas de reprodução assistida (RA) têm o papel de auxiliar a resolução dos problemas de reprodução humana,

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. RESOLUÇÃO No , DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. RESOLUÇÃO No , DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLUÇÃO No- 1.957, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2010 O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, alterada pela

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010

RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010 RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010 (Publicada no D.O.U. de 06 de janeiro de 2011, Seção I, p.79) REVOGADA pela Resolução CFM n. 2013/2013 A Resolução CFM nº 1.358/92, após 18 anos de vigência, recebeu modificações

Leia mais

DOAÇÃO DE GAMETAS ANONIMATO IDADE DA DOADORA

DOAÇÃO DE GAMETAS ANONIMATO IDADE DA DOADORA DOAÇÃO DE GAMETAS ANONIMATO IDADE DA DOADORA ANONIMATO DOAÇÃO COMPARTILHADA SIM SIM DOAÇÃO DE GAMETAS DOAÇÃO ALTRUÍSTA SIM? DOAÇÃO PARENTAL X NÃO IV DOAÇÃO DE GAMETAS OU EMBRIÕES 2. Os doadores não devem

Leia mais

CONSIDERANDO que as mulheres estão postergando a maternidade e que existe diminuição da probabilidade de engravidarem com o avanço da idade;

CONSIDERANDO que as mulheres estão postergando a maternidade e que existe diminuição da probabilidade de engravidarem com o avanço da idade; RESOLUÇÃO CFM Nº 2.168, DE 21.09.2017 Adota as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida sempre em defesa do aperfeiçoamento das práticas e da observância aos princípios éticos

Leia mais

Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp. Advogado em Curitiba/PR e Professor de Direito de Família.

Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp. Advogado em Curitiba/PR e Professor de Direito de Família. Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp Advogado em Curitiba/PR e Professor de Direito de Família. carlosdipp@vsdadvogados.com.br CRONOGRAMA DO WEBINAR (i) Reconhecimento de Paternidade (extrajudicial e judicial);

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM nº 2.168/2017

RESOLUÇÃO CFM nº 2.168/2017 RESOLUÇÃO CFM nº 2.168/2017 Publicada no D.O.U. de 10 nov. 2017, Seção I, p. 73 Adota as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida sempre em defesa do aperfeiçoamento das práticas

Leia mais

SOLICITAÇÃO DE CESSÃO TEMPORÁRIA DE ÚTERO

SOLICITAÇÃO DE CESSÃO TEMPORÁRIA DE ÚTERO PARECER CRM/MS n 25/2017 PROCESSO CONSULTA 030/2017 INTERESSADAS: DRA. S.DE S.R. DRA. C.P. DE A. CONSELHEIRO PARECERISTA: GIL PACIFICO TOGNINI ASSESSOR JURÍDICO DO CRM-MS: DR. RODRIGO FLÁVIO BARBOZA DA

Leia mais

Sugestões de aprimoramento à Resolução CFM 2.168/17 da CTRHA. Plenária Temática: Normas Éticas em Reprodução Assistida

Sugestões de aprimoramento à Resolução CFM 2.168/17 da CTRHA. Plenária Temática: Normas Éticas em Reprodução Assistida da CTRHA Plenária Temática: Normas Éticas em Reprodução Assistida Características Básicas: Resolução recente = D.O.U em 10/Nov/2017 Tema relevante = Resoluções 1.358 de 1992 1.957 de 2010 2.013 de 2013

Leia mais

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 PARECER CRM-MT Nº 14/2013 INTERESSADO: Dr. J. A. K. Casal: D. M. F. e R. P. de F. CONSELHEIRA CONSULTORA: Dra. Hildenete Monteiro Fortes EMENTA: Autorização para utilização de

Leia mais

Consentimento Livre e Esclarecido. Edson Borges Jr.

Consentimento Livre e Esclarecido. Edson Borges Jr. Consentimento Livre e Esclarecido Edson Borges Jr. 25 de julho de 1978 Louise Toy Brown (Oldham General Hospital de Manchester, Inglaterra) Patrick Steptoe e Robert Edwards 07 de outubro de 1984 (São José

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COMO ADVOGAR NA ÁREA DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COMO ADVOGAR NA ÁREA DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA COMO ADVOGAR NA ÁREA DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA O DIREITO É UMA CIÊNCIA QUE TEM UM CAMPO DE ATUAÇÃO MUITO AMPLO, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DA SAÚDE. DENTRE ESSAS ÁREAS INOVADORAS ESTÁ O BIODIREITO O biodireito

Leia mais

PARECER CONSULTA Nº

PARECER CONSULTA Nº PARECER CONSULTA Nº 8-2012 Solicitante: M.A.G T.C.A.P Conselheiro Parecerista: DR. ALDAIR NOVATO SILVA CRM/GO 3579 Assunto: Reprodução assistida pleiteada por casal homoafetivo EMENTA: Todas as pessoas

Leia mais

LEGISLAÇÃO FEDERAL DECRETO N , DE 14 DE MARÇO DE 2016

LEGISLAÇÃO FEDERAL DECRETO N , DE 14 DE MARÇO DE 2016 ANO XIV N. 40 15 /03/2016 1) DECRETO N. 8.691, DE 14 DE MARÇO DE 2016 - Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. 2) PORTARIA SECRETARIA-GERAL N.

Leia mais

Reprodução Assistida. Um guia fácil e descomplicado de Saúde e Direito. Maia&Munhoz Consultoria e Advocacia

Reprodução Assistida. Um guia fácil e descomplicado de Saúde e Direito. Maia&Munhoz Consultoria e Advocacia Reprodução Assistida Um guia fácil e descomplicado de Saúde e Direito Maia&Munhoz Consultoria e Advocacia 1ª Edição - 2018 Explicando os Princípios Gerais... 4 Reprodução Assistida e Oncologia... 4 Reprodução

Leia mais

2) Interpretação e Semiótica BIODIREITO E SEUS REFLEXOS NO DIREITO DE FAMÍLIA I- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. 1) Positivismo x Normativismo Concreto

2) Interpretação e Semiótica BIODIREITO E SEUS REFLEXOS NO DIREITO DE FAMÍLIA I- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. 1) Positivismo x Normativismo Concreto BIODIREITO E SEUS REFLEXOS NO DIREITO DE FAMÍLIA I- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA 1) Positivismo x Normativismo Concreto 2) Interpretação e Semiótica a) Suporte Físico (Enunciado) Denis Domingues Hermida 2) Tridimensionalidade

Leia mais

REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E OS IMPACTOS JURÍDICOS

REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E OS IMPACTOS JURÍDICOS REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E OS IMPACTOS JURÍDICOS Há 40 anos atrás nasceu LOUISE BROWN, o primeiro bebê de proveta através de fertilização in vitro(fiv)em Odham na Inglaterra em 25/07/1978...e em 07/10/1978

Leia mais

2) Interpretação e Semiótica BIODIREITO E SEUS REFLEXOS NO DIREITO DE FAMÍLIA I- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. 1) Positivismo x Normativismo Concreto

2) Interpretação e Semiótica BIODIREITO E SEUS REFLEXOS NO DIREITO DE FAMÍLIA I- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. 1) Positivismo x Normativismo Concreto BIODIREITO E SEUS REFLEXOS NO DIREITO DE FAMÍLIA I- INTERPRETAÇÃO JURÍDICA 1) Positivismo x Normativismo Concreto 2) Interpretação e Semiótica a) Suporte Físico (Enunciado) Denis Domingues Hermida 2) Tridimensionalidade

Leia mais

Ética e sigilo na divulgação de. médicas. Jorge R. Ribas Timi

Ética e sigilo na divulgação de. médicas. Jorge R. Ribas Timi Ética e sigilo na divulgação de informações médicas Jorge R. Ribas Timi Por que se faz divulgação de assuntos médicos? 1. Informação 2. publicidade Exercer a Medicina é respeitar o Código de Ética Médica

Leia mais

DESPACHO COJUR/CFM n.º 267/2017

DESPACHO COJUR/CFM n.º 267/2017 Expediente CFM n.º 4030/2017 DESPACHO COJUR/CFM n.º 267/2017 Aprovado em Reunião de Diretoria em 10/05/2017 Assunto: INSS. DIVULGAÇÃO CID. PORTAL. ACESSO. EMPREGADOR. SIGILO. INTIMIDADE. VIOLAÇÃO. EXCEÇÃO.

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COMO ADVOGAR NA ÁREA DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COMO ADVOGAR NA ÁREA DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA COMO ADVOGAR NA ÁREA DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA O DIREITO É UMA CIÊNCIA QUE TEM UM CAMPO DE ATUAÇÃO MUITO AMPLO, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DA SAÚDE. DENTRE ESSAS ÁREAS INOVADORAS ESTÁ O BIODIREITO O biodireito

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS ESTRATÉGICOS Assunto: Regulação da Reprodução Humana Assistida. Brasília, 16 de março de 2004. A Comissão sobre Acesso e Uso do Genoma Humano,

Leia mais

Projeto de Lei nº 131/XII. (Texto de substituição da versão inicial, apresentado pelo Grupo Parlamentar Proponente)

Projeto de Lei nº 131/XII. (Texto de substituição da versão inicial, apresentado pelo Grupo Parlamentar Proponente) Projeto de Lei nº 131/XII (Texto de substituição da versão inicial, apresentado pelo Grupo Parlamentar Proponente) Procede à segunda alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho, que regula a utilização

Leia mais

IASP INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO

IASP INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO IASP INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO COMISSÃO DE ESTUDOS DE DIREITO DE FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES PARECER Provimento n 52/2016, da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça que dispõe sobre o registro

Leia mais

Posicionamento Ético e Legal

Posicionamento Ético e Legal Homossexualidade e RA no Contexto Psicológico, Social e Ético Posicionamento Ético e Legal 1 http://fertility.com.br/producao-cientifica-2016/ 2 Novos tipos de Famílias Família Tradicional ou Biparental

Leia mais

CURSO DE ÉTICA MÉDICA Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG

CURSO DE ÉTICA MÉDICA Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG CURSO DE ÉTICA MÉDICA - 2016 Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG Sigilo Profissional Demanda Judicial Cons. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos 1a. Secretária CRMMG Princípio

Leia mais

Curso/Disciplina: Direito Civil (Família e Sucessões) Aula: Filiação Professor(a): Aurélio Bouret Monitor(a): Bruno Warwar Marcolino. Aula nº.

Curso/Disciplina: Direito Civil (Família e Sucessões) Aula: Filiação Professor(a): Aurélio Bouret Monitor(a): Bruno Warwar Marcolino. Aula nº. Página1 Curso/Disciplina: Direito Civil (Família e Sucessões) Aula: Filiação Professor(a): Aurélio Bouret Monitor(a): Bruno Warwar Marcolino Tema: Filiação Aula nº. 22 Leitura obrigatória: Art. 1596 até

Leia mais

Consulta: Relação a procedimento legal e ético com paciente com diagnóstico de HIV Perguntas norteadoras: O Caso Da Análise Bioética

Consulta: Relação a procedimento legal e ético com paciente com diagnóstico de HIV Perguntas norteadoras: O Caso Da Análise Bioética Parecer nº 33/2017 Processo Consulta nº 27/2017 Consulente: C. F. A. B. A. Consulta: Relação a procedimento legal e ético com paciente com diagnóstico de HIV. Questionamentos respondidos com base em parecer

Leia mais

PROCESSO-CONSULTA CFM nº 38/2016 PARECER CFM nº 2/2017 INTERESSADO: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

PROCESSO-CONSULTA CFM nº 38/2016 PARECER CFM nº 2/2017 INTERESSADO: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) PROCESSO-CONSULTA CFM nº 38/2016 PARECER CFM nº 2/2017 INTERESSADO: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) ASSUNTO: Consórcios RELATORES: Cons. Hermann Alexandre Vivacqua Von Tiesenhausen Cons.

Leia mais

RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015

RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015 RESOLUÇÃO CFM nº 2.121/2015 Adota as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida sempre em defesa do aperfeiçoamento das práticas e da observância aos princípios éticos e bioéticos

Leia mais

PROVIMENTO Nº 041/2018-CGJ

PROVIMENTO Nº 041/2018-CGJ PROVIMENTO Nº 041/2018-CGJ DISPONIBILIZADO NO DJE Nº 6.408, PÁG. 22, DE 12/12/2018 EXPEDIENTE Nº 8.2018.0010-000687-1 Registro Civil das Pessoas Naturais Altera as redações dos artigos 88- A e parágrafos;

Leia mais

Nota Técnica de Expediente nº 19 /2012, do SEJUR. Expediente CFM nº 1945/2012 I - RELATÓRIO

Nota Técnica de Expediente nº 19 /2012, do SEJUR. Expediente CFM nº 1945/2012 I - RELATÓRIO EMENTA: Resolução CFM nº 1832/2008 Visto de estudante para médico estrangeiro formado em medicina em faculdade estrangeira Ingresso no Brasil para cursar pós-graduação Anuência do CRM Visto temporário

Leia mais

PARECER CREMEC Nº 09/ /02/2013

PARECER CREMEC Nº 09/ /02/2013 PARECER CREMEC Nº 09/2013 23/02/2013 PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLO CREMEC nº 406/2012 Interessado: Laboratório Clementino Fraga Ltda Assunto: Remessa de laudos de exames para operadora Relator: Dr. Antônio

Leia mais

PARECER CREMEC Nº 21/ /07/2011

PARECER CREMEC Nº 21/ /07/2011 PARECER CREMEC Nº 21/2011 23/07/2011 Processo-Consulta Protocolo CREMEC nº 3343/2011 Interessado: José Maria Barbosa Soares - Cel. QOPM Diretor de Saúde e Assistência Social da PMCE Assunto: informação

Leia mais

Referência: Expediente CFM nº 2141/2014 Nota Técnica de expediente nº 16/2014, do Setor Jurídico. (Aprovada em Reunião de Diretoria em 02/04/2014)

Referência: Expediente CFM nº 2141/2014 Nota Técnica de expediente nº 16/2014, do Setor Jurídico. (Aprovada em Reunião de Diretoria em 02/04/2014) EMENTA: 1 - Nos termos do artigo 2º, 1º, alínea d, do Decreto nº 44.045/58 é necessária a comprovação do pagamento do imposto sindical apenas para instruir o pedido de inscrição do médico perante o CRM.

Leia mais

FACULDADE LEGALE. Curso de Pós Graduação em Direito da Diversidade Sexual, Racial e Religiosa

FACULDADE LEGALE. Curso de Pós Graduação em Direito da Diversidade Sexual, Racial e Religiosa FACULDADE LEGALE Curso de Pós Graduação em Direito da Diversidade Sexual, Racial e Religiosa AULA 49-01 Reprodução Humana Assistida -Bioética; -Biodireito; - Normas do CFM; PROCRIAÇÃO ASSEXUADA: clonagem

Leia mais

PARECER CREMEC Nº 32/ /10/2010

PARECER CREMEC Nº 32/ /10/2010 PARECER CREMEC Nº 32/2010 01/10/2010 PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLOS CREMEC 6925/10 e 6934/10 INTERESSADO: HOSPITAL MUNICIPAL DR. JOÃO ELÍSIO DE HOLANDA ASSUNTO: LIBERAÇÃO DE PRONTUÁRIO MÉDICO PARA A PROMOTORIA

Leia mais

EMENTA: É vedada a instalação de câmeras filmadoras nas salas de atendimento a pacientes nos serviços de emergência. CONSULTA

EMENTA: É vedada a instalação de câmeras filmadoras nas salas de atendimento a pacientes nos serviços de emergência. CONSULTA PARECER CFM nº 5/16 INTERESSADO: Universidade Federal do Rio Grande do Sul ASSUNTO: Câmeras de filmagem em unidades de reanimação nos serviços de emergência RELATOR: Cons. José Albertino Souza EMENTA:

Leia mais

GUIA COMPLETO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

GUIA COMPLETO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA GUIA COMPLETO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA 03 Introdução 20 Principais dúvidas sobre o assunto 06 O que é reprodução assistida 26 Conclusão 08 Quais os tipos de técnicas existentes?1 28 Sobre o Dr. Matheus

Leia mais

PARECER CREMEC Nº 34/ /10/2010

PARECER CREMEC Nº 34/ /10/2010 PARECER CREMEC Nº 34/2010 08/10/2010 PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLO CREMEC 0496/09 INTERESSADO: DANIELA CHIESA ASSUNTO: ALTA A PEDIDO DO PACIENTE ADULTO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO PARA USO DE HEMOCOMPONENTES

Leia mais

PROCESSO-CONSULTA CFM 62/2012 PARECER CFM 47/2017 INTERESSADO:

PROCESSO-CONSULTA CFM 62/2012 PARECER CFM 47/2017 INTERESSADO: PROCESSO-CONSULTA CFM nº 62/2012 PARECER CFM nº 47/2017 INTERESSADO: Ministério da Previdência e Assistência Social ASSUNTO: Atuação de médicos peritos na força-tarefa com o Ministério Público Federal

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EMENTA: ANÁLISE SOBRE A POSSIBILIDADE DE CÓPIAS DE SINDICÂNCIAS E PROCESSOS ÉTICOS PARA DELEGADOS DE POLÍCIA, POR PEDIDO DE OFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. Nota Técnica de Expediente

Leia mais

DESPACHO SEJUR N.º 373/2016

DESPACHO SEJUR N.º 373/2016 DESPACHO SEJUR N.º 373/2016 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 13/07/2016) Interessado: P. S. R. A. Expedientes n.º 6829/2016 Assunto: Análise Jurídica. Utilização de novas tecnologias. Necessidade de

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.638-C, DE 1993. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.638-C, DE 1993. O CONGRESSO NACIONAL decreta: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 3.638-C, DE 1993 Institui normas para a utilização de técnicas de reprodução assistida. O CONGRESSO NACIONAL decreta: CAPÍTULO

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 131/XII

PROJECTO DE LEI N.º 131/XII PROJECTO DE LEI N.º 131/XII Procede à segunda alteração à Lei nº 32/2006, de 26 de Julho, alterada pela Lei nº 59/2007, de 4 de Setembro, consagrando excepções à proibição de recurso à maternidade de substituição

Leia mais

DA CONSULTA DO PARECER

DA CONSULTA DO PARECER PROCESSO-CONSULTA CFM nº 27/2016 PARECER CFM nº 32/2017 INTERESSADO: Dra. E. T. M. M. ASSUNTO: Divulgação em sítio eletrônico oficial de listagem de pacientes que aguardam por consulta, exames e intervenções

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLUÇÃO CFM nº 1.957/2010 (Publicada no D.O.U. de 06 de janeiro de 2011, Seção I, p.79) A Resolução CFM nº 1.358/92, após 18 anos de vigência, recebeu modificações relativas

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º /XIII/4.ª

PROJETO DE LEI N.º /XIII/4.ª Grupo Parlamentar PROJETO DE LEI N.º /XIII/4.ª ACESSO À IDENTIDADE CIVIL DE DADORES DE GÂMETAS POR PESSOAS NASCIDAS EM CONSEQUÊNCIA DE TRATAMENTOS OU PROCEDIMENTOS DE PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA E

Leia mais

PARECER CREMEB 23/11 (Aprovado em Sessão da 1ª Câmara de 04/08/2011)

PARECER CREMEB 23/11 (Aprovado em Sessão da 1ª Câmara de 04/08/2011) PARECER CREMEB 23/11 (Aprovado em Sessão da 1ª Câmara de 04/08/2011) EXPEDIENTE CONSULTA N.º 194.174/10 Assunto: Manuseio de Prontuário por auditores do SUS de área de qualificação diversa da Medicina,

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE INSCRIÇÃO/INDICAÇÕES E RELAÇÃO DE VAGAS

PROCEDIMENTOS DE INSCRIÇÃO/INDICAÇÕES E RELAÇÃO DE VAGAS COMUNICADO CGRH Nº 05 DE 11/05/2018. CONCURSO DE REMOÇÃO - QUADRO DE APOIO ESCOLAR 2018 PROCEDIMENTOS DE INSCRIÇÃO/INDICAÇÕES E RELAÇÃO DE VAGAS O Coordenador de Gestão de Recursos Humanos, com fundamento

Leia mais

PORTARIA MS/SAS Nº 415, de 21/5/2014

PORTARIA MS/SAS Nº 415, de 21/5/2014 Aborto Legal PORTARIA MS/SAS Nº 415, de 21/5/2014 Art. 1º Fica incluído, na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do SUS, no grupo 04 subgrupo 11 forma de organização

Leia mais

REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E FILIAÇÃO CIVIL

REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E FILIAÇÃO CIVIL Olga Jubert Gouveia Krell Mestre e Doutora em Direito Público pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE); tendo lecionado em diferentes Cursos jurídicos superiores do Recife, ela atualmente é professora

Leia mais

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios

Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios Dos Direitos Individuais (I) Profª Me. Érica Rios erica.carvalho@ucsal.br O QUE SÃO DIREITOS INDIVIDUAIS? Direitos fundamentais do indivíduo (pessoa física ou jurídica), garantindo-lhe iniciativa autônoma

Leia mais

INFORMATIVO JURÍDICO Nº 04/2018

INFORMATIVO JURÍDICO Nº 04/2018 INFORMATIVO JURÍDICO Nº 04/2018 EMENTA: DOCUMENTAÇÃO MÉDICA DO PACIENTE. DEVER DE GUARDA. CONJUNTO DE DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES REFERENTES AOS CUIDADOS MÉDICOS. SIGILO PROFISSIONAL. Serve o presente para

Leia mais

A ATUAÇÃO DOS REGISTRADORES CIVIS NO ÂMBITO DE MEDIDAS DESBUROCRATIZANTES E DESJUDICIALIZANTES:

A ATUAÇÃO DOS REGISTRADORES CIVIS NO ÂMBITO DE MEDIDAS DESBUROCRATIZANTES E DESJUDICIALIZANTES: A ATUAÇÃO DOS REGISTRADORES CIVIS NO ÂMBITO DE MEDIDAS DESBUROCRATIZANTES E DESJUDICIALIZANTES: UM ENFOQUE NOS NOVOS SERVIÇOS EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO. CRC Nacional PROVIMENTO Nº 46 do CNJ de

Leia mais

Projeto de Lei nº 138/XII

Projeto de Lei nº 138/XII Projeto de Lei nº 138/XII Altera a Lei nº 32/2006, de 26 de Julho, que regula a utilização de técnicas de procriação medicamente assistida Exposição de Motivos A procriação é indispensável à sobrevivência

Leia mais

INTERESSADO: W. N. dos S. Diretor Geral do Hospital Vale do Guaporé. CONSELHEIRA CONSULTORA: Dra. Hildenete Monteiro Fortes

INTERESSADO: W. N. dos S. Diretor Geral do Hospital Vale do Guaporé. CONSELHEIRA CONSULTORA: Dra. Hildenete Monteiro Fortes 1 1 2 3 4 5 6 7 PROCESSO CONSULTA CRM-MT Nº 16/2013 PARECER CONSULTA CRM-MT Nº 23/2013 DATA DA ENTRADA: 23 de outubro de 2013 INTERESSADO: W. N. dos S. Diretor Geral do Hospital Vale do Guaporé CONSELHEIRA

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES RESULTADOS

PERGUNTAS FREQUENTES RESULTADOS PERGUNTAS FREQUENTES RESULTADOS ÍNDICE Quando devo fazer os testes de diagnóstico de gravidez? Quais as chances de gêmeos? E de trigêmeos? Page 3 Page 5 Quando termina o tratamento? Page 7 Onde e com quem

Leia mais

PARECER CREMEC Nº 27/ /09/2010

PARECER CREMEC Nº 27/ /09/2010 PARECER CREMEC Nº 27/2010 17/09/2010 PROCESSO-CONSULTA PROTOCOLO CREMEC nº 4619/2010 Assunto: ABUSO SEXUAL DE MENOR Relatora: DRA. PATRÍCIA MARIA DE CASTRO TEIXEIRA EMENTA: LEI N.º 8.069, DE 13 DE JULHO

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EMENTA: É ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª. REGIÃO QUE A RESOLUÇÃO COFEN Nº 271/2002: NÃO DÁ AUTONOMIA AOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PARA ESCOLHEREM OS MEDICAMENTOS

Leia mais

DECRETO N.º 37/XIII. Artigo 1.º Objeto. Artigo 2.º Alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho

DECRETO N.º 37/XIII. Artigo 1.º Objeto. Artigo 2.º Alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho DECRETO N.º 37/XIII Regula o acesso à gestação de substituição, procedendo à terceira alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho (procriação medicamente assistida) A Assembleia da República decreta, nos

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA DESPACHO SEJUR Nº 484/2007

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA DESPACHO SEJUR Nº 484/2007 Expediente n.º 9534/2007 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA Aprovado em Reunião de Diretoria do dia 17/1/2008. DESPACHO SEJUR Nº 484/2007 Trata-se de Recomendação Retificadora (001/2007-PP-PRDF) emanada da Procuradoria

Leia mais

Tópicos da aula de hoje. Sigilo Médico. Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Responsabilidade Civil na Saúde AULA 19

Tópicos da aula de hoje. Sigilo Médico. Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Responsabilidade Civil na Saúde AULA 19 AULA 19 Tópicos da aula de hoje Sigilo Médico Curso de Pós-Graduação em Direito Médico e da Saúde Módulo: Responsabilidade Civil na Saúde A quebra do sigilo médico enseja ação indenizatória por dano moral

Leia mais

PARECER CREMEC N.º 12/ /07/2014

PARECER CREMEC N.º 12/ /07/2014 PARECER CREMEC N.º 12/2014 14/07/2014 PROCESSO-CONSULTA Protocolo CREMEC nº 10255/2013 INTERESSADO: PERÍCIA FORENSE DO ESTADO DO CEARÁ (PEFOCE) ASSUNTO: CÂMARA DE SEGURANÇA EM SALA DE NECRÓPSIA RELATOR:

Leia mais

PORTARIA NORMATIVA Nº 155 /2008

PORTARIA NORMATIVA Nº 155 /2008 Publicada no DOE de 05/11/2008 CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO AO ADOLESCENTE PORTARIA NORMATIVA Nº 155 /2008 A PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO AO ADOLESCENTE FUNDAÇÃO

Leia mais

Segredo médico e o direito humano à privacidade: Uma abordagem jurídica

Segredo médico e o direito humano à privacidade: Uma abordagem jurídica Unidade de Pesquisa Clínica Segredo médico e o direito humano à privacidade: Julio Cesar Namem Lopes Rev bioét (impr.) 2012;20 (3);404-12 Dra. Denise Carvalho 06/03/2013 Segredo: é tudo o que, por dizer

Leia mais

RECOMENDAÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO ENTRE NÚCLEOS DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS E POSTOS AVANÇADOS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AO MIGRANTE

RECOMENDAÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO ENTRE NÚCLEOS DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS E POSTOS AVANÇADOS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AO MIGRANTE RECOMENDAÇÕES SOBRE COMUNICAÇÃO ENTRE NÚCLEOS DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS E POSTOS AVANÇADOS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AO MIGRANTE Dispõe sobre a comunicação entre Núcleos de Enfrentamento ao

Leia mais

2- EM BELO HORIZONTE, MG, O PROVIMENTO VEM SENDO UTILIZADO NOS CASOS DE GESTAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO

2- EM BELO HORIZONTE, MG, O PROVIMENTO VEM SENDO UTILIZADO NOS CASOS DE GESTAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO Artigo: Novas considerações sobre o provimento nº 52/CNJ, que disciplinou o reconhecimento extrajudicial da filiação decorrente da reprodução assistida * Letícia Franco Maculan Assumpção ** Isabela Franco

Leia mais

PRONTUÁRIO MÉDICO OU DO PACIENTE PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

PRONTUÁRIO MÉDICO OU DO PACIENTE PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PRONTUÁRIO MÉDICO OU DO PACIENTE PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CONCEITO Prontuário do paciente (médico) é um documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas

Leia mais

Aula 05. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 05. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 05 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 05 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.3. Direitos da Personalidade

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 Antes de ser um fato jurídico, a adoção é um fato social, praticado desde o início da humanidade; Provimento de herdeiro x permanência

Leia mais

O SIGILO DO DOADOR E O DIREITO À IDENTIDADE GENÉTICA DO CONCEBIDO NAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA HETERÓLOGA NO BRASIL

O SIGILO DO DOADOR E O DIREITO À IDENTIDADE GENÉTICA DO CONCEBIDO NAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA HETERÓLOGA NO BRASIL O SIGILO DO DOADOR E O DIREITO À IDENTIDADE GENÉTICA DO CONCEBIDO NAS TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA HETERÓLOGA NO BRASIL Natália Vieites Silva (1) ; Marcos Antônio de Olivas (2) 1 Centro Universitário

Leia mais

DIÁLOGOS COM O DIREITO DE FILIAÇÃO BRASILEIRO

DIÁLOGOS COM O DIREITO DE FILIAÇÃO BRASILEIRO ELIMAR SZANIAWSKI DIÁLOGOS COM O DIREITO DE FILIAÇÃO BRASILEIRO Rodrigo Xavier Leonardo Prefácio O presente estudo analisa os aspectos polêmicos do direito de filiação contemporâneo sob os pontos de vista

Leia mais

AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04

AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04 AULA 04 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; 205 214; 227 229 LEI 8.069 DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 04 CAPÍTULO VII DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO

Leia mais

Resposta da CONEP através do Ofício nº 669/CONEP/CNS/MS de 06 de abril de 2009.

Resposta da CONEP através do Ofício nº 669/CONEP/CNS/MS de 06 de abril de 2009. Material disponível em: http://prpe.ufsc.br/comissoes/cepsh/cepsh-prontuario-parte-1/ acessado em 28 de maio de 2010. Questionamento do CEPSH através do oficio nº 015/CEPSH/PRPE/09 de 05 de março de 2009

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 25/10/2017. Divórcio estrangeiro. O divórcio feito no estrangeiro precisava ser homologado no STF para

Leia mais

Forum de Pediatria CNRM/CFM/SBP O PEDIATRA QUE QUEREMOS FORMAR

Forum de Pediatria CNRM/CFM/SBP O PEDIATRA QUE QUEREMOS FORMAR Forum de Pediatria CNRM/CFM/SBP O PEDIATRA QUE QUEREMOS FORMAR A visão do CFM José Fernando Maia Vinagre Corregedor do CFM Brasília (DF), 24 de maio de 2018 Quadro atual das escolas médicas no Brasil Total

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EMENTA: Liberação de prontuário a representante legal de paciente falecido. Expediente CFM nº 004384/2007 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 30 de agosto de 2007) Nota Técnica

Leia mais

DESPACHO COJUR 106/2017

DESPACHO COJUR 106/2017 DESPACHO COJUR 106/2017 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 10/02/2017) Ementa: INSS Decreto nº 8.691/2016 A COJUR foi solicitada a se manifestar sobre os questionamentos formulados pela Associação Nacional

Leia mais

O COLÉGIO PERMANENTE DE CORREGEDORES-GERAIS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL CCOGE

O COLÉGIO PERMANENTE DE CORREGEDORES-GERAIS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL CCOGE O COLÉGIO PERMANENTE DE CORREGEDORES-GERAIS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL CCOGE, reunido na cidade de São Paulo, nos dias 23 a 25 de novembro de 2016, durante os trabalhos do 73º ENCOGE ENCONTRO DO

Leia mais

REPRESENTAÇÕES DE CONGRESSISTAS SOBRE REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E REPERCUSSÕES NO DISCURSO JURÍDICO

REPRESENTAÇÕES DE CONGRESSISTAS SOBRE REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E REPERCUSSÕES NO DISCURSO JURÍDICO REPRESENTAÇÕES DE CONGRESSISTAS SOBRE REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA E REPERCUSSÕES NO DISCURSO JURÍDICO Natália Rodrigues da Silva 1 Maria de Fátima Lopes Introdução: A temática em questão e a sua importância

Leia mais

Centro de Reconhecimento. de Paternidade - CRP/TJMG. Você. Certidão?

Centro de Reconhecimento. de Paternidade - CRP/TJMG. Você. Certidão? Centro de Reconhecimento de Paternidade - CRP/TJMG Você tem Paina Certidão? Conteúdo Centro de reconhecimento de paternidade... 3 Ausência paterna e sua repercussão no desenvolvimento da criança e do adolescente...

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA DESPACHO SEJUR n.º 254/2010 (Aprovado em Reunião de Diretoria em 08/06/2010) Expediente CFM n.º 3667/2010 Assunto: Fornecimento pelo médico de Prontuário a Autoridade Policial,

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Direitos Fundamentais Poder Familiar e Direito à Convivência Familiar e Comunitária Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 19, ECA: É direito da criança e do adolescente

Leia mais

Relatório Declaração Atestado médico Prontuário médico Declaração de óbito

Relatório Declaração Atestado médico Prontuário médico Declaração de óbito Documentos médicos Relatório Declaração Atestado médico Prontuário médico Declaração de óbito Atestado Atestado médico Atestado médico Conceito Afirmação escrita e assinada, que uma pessoa faz da verdade

Leia mais

DECRETO N.º 27/XIII. Artigo 1.º Objeto. Artigo 2.º Alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho

DECRETO N.º 27/XIII. Artigo 1.º Objeto. Artigo 2.º Alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho DECRETO N.º 27/XIII Regula o acesso à gestação de substituição, procedendo à terceira alteração à Lei n.º 32/2006, de 26 de julho (procriação medicamente assistida) A Assembleia da República decreta, nos

Leia mais

Gestação de Substituição ASPECTOS PSICOLÓGICOS II Simpósio de Direito Biomédico OAB Cássia Cançado Avelar Psicóloga Centro Pró-Criar Gestação de Substituição Esse tratamento é indicado para pacientes que

Leia mais

LEI DA LAQUEADURA TUBÁRIA SOB A VISÃO DA PRÁTICA MÉDICA

LEI DA LAQUEADURA TUBÁRIA SOB A VISÃO DA PRÁTICA MÉDICA LEI DA LAQUEADURA TUBÁRIA SOB A VISÃO DA PRÁTICA MÉDICA Prof. Dr. Hermes de Freitas Barbosa Departamento de Patologia e Medicina Legal FMRP - USP O PLANEJAMENTO FAMILIAR E A LEI Constituição Federal de

Leia mais

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação)

Aula 04. Parte Geral. I Pessoas (continuação) Turma e Ano: 2016 (Master B) Matéria / Aula: Direito Civil Objetivo 04 Professor: Rafael da Mota Monitor: Paula Ferreira Aula 04 Parte Geral I Pessoas (continuação) 1. Pessoa Natural 1.3. Direitos da Personalidade

Leia mais

Sigilo Profissional. Cons. Hermann A. V. Von Tiesenhausen CRMMG

Sigilo Profissional. Cons. Hermann A. V. Von Tiesenhausen CRMMG Sigilo Profissional Cons. Hermann A. V. Von Tiesenhausen CRMMG UNIFESP SÃO PAULO Princípio do Sigilo Hipócrates Sobre aquilo que vir ou ouvir respeitante à vida dos doentes, no exercício da minha profissão

Leia mais

PARECER CREMEB Nº 08/10 (Aprovado em Sessão Plenária de 05/03/2010)

PARECER CREMEB Nº 08/10 (Aprovado em Sessão Plenária de 05/03/2010) PARECER CREMEB Nº 08/10 (Aprovado em Sessão Plenária de 05/03/2010) EXPEDIENTE CONSULTA Nº 178.627/2010 ASSUNTO: 1. Acesso a Prontuário via Internet 2. Necessidade da presença de especialista durante a

Leia mais

Bioética e Reprodução Humana Assistida

Bioética e Reprodução Humana Assistida FAMINAS Faculdade de Minas Curso de Biomedicina Beatriz Rosa Dos Santos Francielle Aparecida Geovane Marques Ferreira Hellen Whaitt de Souza Iane Lobo Pereira Lucas Ribeiro Antunes Prof. Orientador: Dalton

Leia mais

BIODIREITO EM PROL DO EMBRIÃO

BIODIREITO EM PROL DO EMBRIÃO BIODIREITO EM PROL DO EMBRIÃO Vitória IWAKI MARTINS 1 RESUMO: O presente estudo buscar explicar de maneira simples as questões do Biodireito e da Bioética. Definir de maneira prática dois dos meios mais

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EMENTA: CERTIDÃO DE ANTECEDENTES ÉTICOS. PROCESSOS ÉTICOS EM ANDAMENTO OU ARQUIVADOS. ABOLIÇÕES. REABILITAÇÕES. FORMA E CONTEÚDO DAS CERTIDÕES. Expediente CFM nº 2835/2011.

Leia mais

Material criado a partir da Norma Técnica Atendimento Humanizado ao Abortamento do Ministério da Saúde Zine TCC Abortamento.indd 1 27/11/ :05:19

Material criado a partir da Norma Técnica Atendimento Humanizado ao Abortamento do Ministério da Saúde Zine TCC Abortamento.indd 1 27/11/ :05:19 Material criado a partir da Norma Técnica Atendimento Humanizado ao Abortamento do Ministério da Saúde Zine TCC Abortamento.indd 1 27/11/2018 11:05:19 Zine TCC Abortamento.indd 2 27/11/2018 11:05:19 Zine

Leia mais

CONSULTA Nº /14

CONSULTA Nº /14 Autarquia Federal Lei nº 3.268/57 CONSULTA Nº 108.655/14 Assunto: Encaminhamento de cópias de laudos médicos periciais a Delegado de Polícia e Procuradores Federais da República. Relatores: Conselheiro

Leia mais