PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL
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- Domingos Dreer de Figueiredo
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1 PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL ABRIL/MAIO/JUNHO Cooperativa de Energia Elétrica e Desenvolvimento Rural MARÇO/2017
2 Pacífico equatorial em estado de neutralidade caminha para aquecimento das águas nos próximos meses A temperatura superficial da maior parte do Oceano Pacífico Equatorial se encontra dentro da normalidade neste momento. Tem havido algumas discussões sobre o atual aquecimento anômalo sobre as águas da costa oeste da América do Sul, na região costeira do Peru, área conhecida na meteorologia como Niño 1+2, e que tem causado impactos com o excesso de chuvas na região costeira daquele país. Mas os efeitos do aquecimento daquelas águas - especificamente daquela região - sobre o clima de outras regiões do globo são desconhecidos e os cientistas seguem observando os seus impactos. Os modelos de previsão climática indicam a permanência do estado de neutralidade do Pacífico Equatorial no primeiro semestre de Porém, desde o início do ano essas águas entraram em uma tendência de aquecimento e os modelos indicam que essa tendência deve permanecer ao longo do ano. Com isso, há atualmente uma probabilidade estimada por esses modelos de 50% de que o fenômeno El Niño reapareça no segundo semestre de Ainda é cedo para detalhar a intensidade do possivel fenômeno ou sua data de início com maior precisão, mas vale ressaltar que os modelos vêm apontando essa tendência desde fevereiro, mantendo, por enquanto, uma probabilidade significativa para o surgimento do El Niño. O Oceano Atlântico Sul, que se encontrava com águas superficiais bem acima da normalidade no mês passado (aproximadamente 3,0 ºC acima da normalidade em uma extensa área), apresentou uma diminuição de sua temperatura ao longo de março, principalmente na região mais próxima à costa da Região Sul e na região da foz do Rio da Prata, tendo esse resfriamento a contribuição da passagem de uma frente fria pela região entre os dias 16 e 17 de março. No momento essas águas se encontram com temperaturas ligeiramente acima da normalidade (até 0,5 ºC acima do normal).
3 Previsão Trimestral O trimestre será caracterizado pelo predomínio de condições atmosféricas estáveis, isto significa dias mais ensolarados e secos, com chuvas mais escassas. Os sistemas atmosféricos que atuarão com mais frequência serão as frentes frias, os cavados, e os sistemas de altitude que auxiliam nas instabilidades a superfície, principalmente os jatos. Além disso, nos meses de abril e maio surgem os bloqueios atmosféricos que forçam a estabilidade sobre o RS. Nesse caso, a área de atuação da COPREL pode ficar sob domínio de uma massa de ar quente e seco por um período em torno de 10 dias, caracterizando um veranico ou por uma massa de ar frio, com vários dias de temperaturas mais baixas e sem chuvas. Em abril as chuvas deverão ocorrer associadas a passagem de frentes frias, porém, deverão registrar volumes significativos em apenas um ou dois episódios, quando ocorrer acoplamento de jatos sobre a frente fria. Com relação às massas de ar frio, durante o mês não haverá incursão de massas muito intensas. Em maio as chuvas continuarão a ocorrer sob influência de frentes frias e ocorrerão de um a dois episódios de chuva mais intensos. As massas de ar frio se intensificarão no sul do Brasil e favorecerão a formação de geadas amplas na área de atuação da COPREL. Em junho as chuvas passam a ser mais frequentes, associadas as frentes frias e aos jatos. No entanto, as chuvas serão predominantemente fracas. As massas de ar frio cruzarão o sul do Brasil com forte intensidade, mas, por influência dos jatos, haverá muita nebulosidade, tornando os dias frios e úmidos, com poucas chances de geadas. Considerando a dinâmica atmosférica do trimestre, o consenso da previsão é de chuvas abaixo da média climatológica em abril e maio e na média em junho. A Tabela 1 mostra os valores médios mensais (normais climatológicas) da área de atuação da COPREL.
4 Mês Precipitação (mm) Abril 120 a 130 Maio 140 a 150 Junho 135 a 145 Tabela 1: Normais climatológicas para área de atuação da COPREL no trimestre abril, maio e junho. No trimestre de Abr/Mai/Jun de 2017 as massas de ar frio passam a ser mais intensas nos meses de maio e junho. Em abril haverá queda nas temperaturas, mas não serão tão significativas; o mês de maio será mais favorável a ocorrência de geadas; junho será mais frio e úmido, com menores chances de geadas, por conta da nebulosidade que é ocasionadas pelos jatos em altitude. O comportamento médio das temperaturas para o trimestre será: em abril as temperaturas mínimas e máximas ficarão levemente acima da média climatológica; em maio e junho as mínimas e máximas ficarão abaixo da normalidade. As normais climáticas para o trimestre estão publicadas na Tabela 2. Mês Temperatura mínima ( C) Temperatura máxima ( C) Abril 13 a a 26 Maio 10 a a 23 Junho 8 a a 20 Tabela 2: Normais climatológicas para área de atuação da COPREL, no trimestre abril, maio e junho.
5 Comportamento climático COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2017 CRUZ ALTA Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 119,7 229,8 +110,1 FEVEREIRO 136,3 159,6 +23,3 MARÇO 126, ABRIL 119, MAIO 108,
6 COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2016 PASSO FUNDO Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 149,7 213,2 +63,5 FEVEREIRO 165,8 188,2 +22,4 MARÇO 139, ABRIL 99, MAIO 114,
7 COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 CRUZ ALTA Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 23,3 24,3 +1,0 FEVEREIRO 23,0 22,4-0,6 MARÇO 21, ABRIL 18, MAIO 16,
8 COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 PASSO FUNDO Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 22,1 23,0 +0,9 FEVEREIRO 22,0 23,0 +1,0 MARÇO 20, ABRIL 17, MAIO 15,
9 AQUAERIS SETOR DE METEOROLOGIA
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