INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA PROGNÓSTICO DE PRECIPITAÇÃO
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- Lorenzo Palha Castilhos
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1 1 PROGNÓSTICO TRIMESTRAL Novembro-Dezembro-Janeiro Este período é caracterizado por chuvas em grande parte do Brasíl, com temporais, trovoadas, vendavais e queda de granizo nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O prognóstico climático do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para o período, tem por base as informações de análise e prognósticos climáticos fornecidos por modelos numéricos de médio e longo prazo dos principais Centros Meteorológicos Mundiais e análise dos mapas de padrões máximos e mínimos de precipitação (método dos decis) (Fig.01). 5 INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA PROGNÓSTICO DE PRECIPITAÇÃO NOVEMBRO-DEZEMBRO-JANEIRO/ Acima Ligeiramente Acima -30 Normal Ligeiramente Abaixo As anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) no Oceano Pacífico Tropical na região do Niño 3 estão 1.0ºC a 1.5ºC acima do normal na semana de 06 12
2 2 de outubro de 2002, com ligeira extensão para a costa oeste da América do Sul (fig.02). Em anos de El Niño tem-se observado chuvas acima do padrão climático na Região Sul e abaixo na Região Nordeste, norte de Minas Gerais e norte da Região Norte. O período é caracterizado pelas altas temperaturas em todas as Regiões e continuação das chuvas nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste, sul da Região Norte, sul dos estados do Maranhão e do Piauí e oeste da Bahia, com a ocorrência de veranicos (estiagem de 10 a 15 dias), nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Bahia, Tocantins e sul do Maranhão. REGIÃO NORTE O trimestre é caracterizado pelo início do período chuvoso para os estados do Acre, Rondônia, Tocantins, sul do Pará, leste e sul do Amazonas em função do posicionamento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Em novembro, os maiores valores de precipitação oscilam entre 180mm e 300mm no Acre, Rondônia, Tocantins, oeste e sul do Amazonas e sudoeste e sul do Pará; os menores valores de precipitação, inferiores a 30mm, ocorrem no extremo norte do Amapá e litoral do Pará. Em dezembro, os maiores índices de precipitação oscilam entre 240mm a 360mm nos estados de Rondônia, Acre, sul e sudoeste do Tocantins, sudeste do Amazonas e sul do Pará; os menores valores de precipitação, abaixo de 40mm, ocorrem no extremo norte do Amapá e de Roraima. Em janeiro, os
3 3 maiores índices de precipitação ocorrem acima de 360mm no centro e nordeste do Pará, sul e leste do Amazonas; os menores valores de precipitação, inferiores a 10mm ocorrem no nordeste de Roraima. Prevê-se que os totais pluviométricos mensais ocorrerão ligeiramente abaixo do padrão climatológico no Amapá, norte e nordeste do Pará, as demais áreas apresentarão valores dentro dos padrões climatológicos, com irregularidades na distribuição (Fig. 01). O período caracteriza-se pela elevação das temperaturas em toda a Região em novembro, com ligeiro decréscimo em dezembro e janeiro. Em novembro, as temperaturas máximas oscilam entre 33ºC e 36 C no noroeste de Roraima e as mínimas entre 18ºC e 24ºC no Pará e sudeste de Rondônia. Em dezembro, as temperaturas máximas oscilam entre 30ºC e 33ºC em toda a Região e as mínimas entre 18ºC e 21ºC no sul do Pará, sudoeste do Amazonas e sudeste de Rondônia. Em janeiro, as temperaturas máximas oscilam entre 30 C e 33 C em toda Região e as mínimas entre 18 C e 21 C no sul do Pará. Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro a ligeiramente acima dos padrões climatológicos. REGIÃO NORDESTE O período é caracterizado pelo início das chuvas no semi-árido da Região e continuação das chuvas no centro e sul dos estados do Maranhão, Piauí e grande parte da Bahia. A faixa litorânea entre Natal e Aracaju, continua com seu período seco. Em novembro, os valores máximos de precipitação oscilam entre 120mm e 240mm no sul do Maranhão, do Piauí e em grande parte da Bahia; valores inferiores a 10mm ocorrem no Rio Grande do Norte, norte do Maranhão e do Piauí, em grande parte do Ceará, centro e oeste dos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Em dezembro, os valores máximos oscilam entre 160mm e 360mm no sul do Maranhão e Piauí, em grande parte da Bahia; valores inferiores a 10mm ocorrem no Rio Grande do Norte, leste e noroeste do Ceará, litoral do Piauí, centro de Pernambuco, norte de Sergipe e grande parte dos estados da Paraíba e Alagoas. Em janeiro, os valores máximos de precipitação oscilam entre 240mm e 360mm no oeste da Bahia, sudoeste do Piauí e grande parte do Maranhão. Valores inferiores a 40mm, ocorrem no Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, centro-leste dos estados da Paraíba, Pernambuco e nordeste da Bahia. Prevê-se para a estação, chuvas ligeiramente abaixo dos padrões climatológicos em toda a Região (Fig. 01).
4 4 O trimestre caracteriza-se por temperaturas elevadas em toda Região. Em novembro os valores máximos, superiores a 36ºC, ocorrem no centro e leste do Maranhão, centro e norte do Piauí, nordeste da Bahia, centro-sul e oeste do Ceará, oeste dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Em dezembro e janeiro os valores máximos, acima de 36ºC, ocorrem no centro-leste do Piauí, centro, oeste e sul do Ceará, sul e oeste do Rio Grande do Norte, oeste de Pernambuco e nordeste da Bahia. Valores mínimos inferiores a 18ºC, ocorrem nas regiões serranas dos estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia. Prevê-se que as temperaturas ficarão acima dos padrões climatológicos em toda a Região. REGIÃO CENTRO-OESTE Este período é caracterizado por chuvas em forma de pancadas, tornando-se mais regulares a partir de novembro em grande parte da Região. Em novembro, os valores máximos de precipitação, de 240mm a 300mm, ocorrem no Goiás e leste do Mato Grosso; os mínimos, de 80mm a 120mm, ocorrem no Mato Grosso do Sul. Em dezembro, os máximos de precipitação variam de 300mm a 360mm em grande parte de Goiás e noroeste do Mato Grosso e os mínimos, de 120mm a 160mm, em grande parte do Mato Grosso do Sul e extremo sul do Mato Grosso. Em janeiro, os valores máximos de precipitação oscilam entre 360mm a 420mm no noroeste do Mato Grosso e os valores mínimos, de 160mm a 180mm, no leste de Goiás. Prevê-se que o regime pluviométrico ficará ligeiramente abaixo dos padrões climatológicos no norte de Goiás e noroeste do Mato Grosso e dentro dos padrões nas demais áreas, com irregularidade na distribuição das chuvas (Fig. 01). Em quase toda a região as temperaturas são elevadas. Em novembro as temperaturas máximas oscilam entre 33ºC e 36ºC no norte do Mato Grosso do Sul, oeste de Goiás, centro e leste do Mato Grosso; as mínimas variam entre 15ºC e 18ºC no sul do Mato Grosso do Sul. Em dezembro e janeiro as máximas variam de 30ºC e 33ºC em grande parte da Região e as mínimas oscilam entre 18ºC e 21ºC em grande parte de Goiás, oeste e norte do Mato Grosso, centro, sul e leste do Mato Grosso do Sul. É previsto que as temperaturas ficarão acima dos padrões climatológicos.
5 5 REGIÃO SUDESTE Neste trimestre, a Região é caracterizada pelo aumento das chuvas sob forma de aguaceiros, acompanhados de trovoadas e rajadas de vento, geralmente ao entardecer. Em novembro, os maiores índices oscilam de 240mm a 300mm, no estado do Espírito Santo, centro, leste e noroeste de Minas Gerais; os menores índices oscilam de 60mm a 120mm em grande parte do estado de São Paulo, sudeste e leste do Rio de Janeiro e norte dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Em dezembro, os maiores índices oscilam de 300mm a 360mm no oeste, centro, sul e sudeste de Minas Gerais, extremo norte de São Paulo e região serrana do Rio de Janeiro; os menores índices oscilam de 60mm a 120mm no extremo norte de Minas Gerais e sudeste de São Paulo. No mês de Janeiro, os maiores índices oscilam de 360 a 420 mm no oeste de Minas Gerais. Os menores índices, de 40 a 60 mm, ocorrem no norte e nordeste de Minas Gerais. Prevê-se para o período chuvas ligeiramente abaixo dos padrões climatológicos no centro, norte e leste de Minas Gerais, centro e norte do Rio de Janeiro e no Espírito Santo; dentro dos padrões climatológicos nas demais áreas da região com irregularidade na sua distribuição (Fig. 01). O período é caracterizado por temperaturas elevadas, devido à predominância de massas de ar quente, podendo atingir valores superiores a 40ºC. Em novembro, as máximas variam de 30 C a 33 C no noroeste do Espírito Santo, no Triângulo Mineiro e norte de Minas Gerais; na região serrana oscilam de 18 C a 21 C. As mínimas oscilam de 15 C a 18 C no centro, sul e leste de São Paulo, centro e sul de Minas Gerais e na região do Vale do Paraíba e serrana do Rio de Janeiro. Em dezembro, as temperaturas máximas variam de 30 C a 33 C no oeste e nordeste de Minas Gerais, oeste de São Paulo, área metropolitana do Rio de Janeiro, norte dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. As mínimas oscilam de 15 C a 18ºC no norte de São Paulo, sul e centro de Minas Gerais. No mês de janeiro as temperaturas máximas variam de 30 C a 33ºC no Triângulo Mineiro, norte e leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e oeste de São Paulo. As mínimas de 15ºC a 18ºC ocorrem no sul e centro de Minas Gerais e no extremo norte de São Paulo. Prevê-se para o período temperaturas acima dos padrões climatológicos no Triângulo Mineiro e norte de Minas Gerais e ligeiramente acima nas demais áreas da Região. REGIÃO SUL
6 6 O regime de precipitação neste período é influenciado pelo maior aquecimento diurno, resultando em chuvas intensas, localizadas e de curta duração, muitas vezes acompanhadas de ventos fortes e granizo, principalmente no oeste da Região, além das chuvas associadas a passagem de sistemas frontais. No sul do Estado do Rio Grande do Sul os índices de chuva diminuem em novembro e dezembro. É comum ocorrerem períodos de estiagem com duração de 10 a 15 dias entre a segunda quinzena de novembro e o mês de dezembro. Em novembro, os máximos de precipitação variam de 180mm a 240mm no noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná e os mínimos variam de 40mm a 60mm no sudeste do Rio Grande do Sul. Em dezembro, os máximos de precipitação variam de 240mm a 300mm no norte do Paraná e os mínimos variam de 40mm a 60mm no sudeste do Rio Grande do Sul. Em janeiro, os máximos de precipitação variam de 300mm a 360mm no leste do Paraná e os mínimos variam de 60mm a 120mm no Rio Grande do Sul e centro de Santa Catarina. Prevê-se que a precipitação ficará dentro dos padrões climatológicos no norte do Paraná e acima dos padrões climatológicos nas demais áreas (Fig. 01). Neste período, se estabelece a predominância de condições típicas de verão com elevação da temperatura em toda a Região chegando próximo dos 40ºC. Em novembro, as temperaturas máximas variam de 27ºC a 30ºC no oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e no oeste e norte do Paraná e as mínimas variam de 12ºC a 15ºC no leste do planalto e serra do Rio Grande do Sul, planalto catarinense e centro-sul do Paraná. Em dezembro, as temperaturas máximas variam de 30ºC a 33ºC no oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e no sudoeste e noroeste do Paraná; as temperaturas mínimas variam de 12ºC a 15ºC no leste do planalto e serra do nordeste no Rio Grande do Sul e no planalto sul de Santa Catarina. Em janeiro, as temperaturas máximas variam de 30ºC a 33ºC no oeste da Região e as temperaturas mínimas variam de 15ºC a 18ºC na serra e planalto do Rio Grande do Sul, Planalto Catarinense e centro do Paraná. Prevê-se para a estação temperaturas ligeiramente acima dos padrões climatológicos no norte do Paraná e dentro dos padrões climatológicos nas demais áreas. Instituto Nacional de Meteorologia - INMET Ministério da Agricultura, da Pecuária e Abastecimento.
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