RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

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1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2008

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3 Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP: João Pedro Travassos de Carvalho Pimentel (Presidente) Rosa Maria Reis Marques Furtado de Oliveira (Vice Presidente) Joaquim Gomes da Silva (Vogal) Mário Rui Fernandes Pinto Ferreira (Vogal) Coordenação da edição António Morais Lúcio Meneses Almeida Lígia Carvalho José Coimbra Pedro Filipe Morais Francisco Matos Sandra Lourenço Colaboração Alda Rebelo, Conceição Toscano, José Manuel Tereso, Ana Correia,, Humberto Rocha, Isabel Coelho, Jorge Pereira, José Carlos Almeida, António Morais, António Queimadela Baptista, Conceição Casimiro, Eduarda Oliveira, Eugénio Cordeiro, Ernesto Fernandes, Fernanda Pinto, Fernando Gomes da Costa, Fernando José Lopes, Hélder Ferreira, Ilídia Duarte, Ivone Saavedra, Isabel Lança, João Paulo Gonçalves, Joaquim Moita, Judite Maia Ribeiro, Lúcio Meneses de Almeida, Maria Hermínia Trindade Simões, Maria José Hespanha,, Zélia Fernandes. iii

4 ÍNDICE GERAL 1. Descrição geográfica Indicadores sócio demográficos Estrutura etária Índice de envelhecimento e índices de dependência Esperança de vida à nascença Natalidade, mortalidade e fecundidade Indicadores de Saúde Mortalidade Morbilidade REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE Recursos Humanos Indicadores de produção Hospitalar Indicadores de produção dos centros de saúde Programa de prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças cardio cerebro vasculares Doenças cardio cerebro vasculares Programa de prevenção e controlo da diabetes Programa de prevenção das doenças oncológicas Programa de rastreio do cancro da mama Programa de rastreio do cancro do colo do útero Programa de rastreio do cancro do cólon e recto Programa de cuidados continuados integrados Programa de doenças transmissíveis Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis Programa nacional de vacinação PNV VIH SIDA Fonte: Notificações do INSA VE...55 Metas atingidas

5 Avaliação das actividades dos CAD da Região Centro Programa de prevenção e controlo da gripe Programa de prevenção e luta contra a tuberculose Programa de saúde materno infantil e dos adolescentes programa de PREVENÇÃO DO tabagismo Programa Nacional de Luta contra a obesidade Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar (QVA) Programa de promoção da saúde em meio escolar Programa de promoção da saúde oral/contratualização Programa nacional de saúde escolar Programa Nacional de Prevenção e Controlo da DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA Programa de gestão ambiental Programa Água e Saúde PROGRAMA DE TELEMEDICINA Gabinete do Utente sistemas de Informação Reorganização dos serviços Cuidados de Saúde Primários Cuidados de saúde hospitalares Unidades Locais de saúde INDICE DE FIGURAS Figura 1 Mapa da Administração Regional de Saúde do Centro, por NUTS III (área de influência transitória DL 317/99)... 2 Figura 2 Nova configuração da rede de serviços de saúde da área de influência da ARSC, IP Figura 3 Distribuição geográfica dos concelhos envolvidos Figura 4 Proposta de Agrupamentos de Centros de Saúde para a Região Centro Figura 5 Serviços de Urgência Básica e equipamentos de apoio à urgência/emergência da Região Centro,

6 INDICE DE QUADROS Quadro 1 População, superfície e densidade populacional, por localização geográfica, em 31/12/ Quadro 2 Variação populacional e suas componentes, segundo a localização geográfica, em Quadro 3 Estimativas de população residente por grupo etário e localização geográfica em Quadro 4 Índice de envelhecimento e índices de dependência por localização geográfica (2007)... 6 Quadro 5 Indicadores de saúde na Região Centro e Continente, 1997, 2002 e 2007 (% o )... 8 Quadro 6 Mortalidade por doença isquémica do coração padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:27) (%ooo) Quadro 7 Mortalidade por doenças cerebro vasculares padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:29) (%ooo) Quadro 8 Mortalidade por neoplasias padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:08 14) (%ooo) Quadro 9 Mortalidade por neoplasia da mama feminina padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:113) (%ooo) Quadro 10 Mortalidade por neoplasia do cólon e recto padronizada para a Idade pela população europeia (CID 9:12) (%ooo) Quadro 11 Mortalidade por neoplasia do colo do útero padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:180) (%ooo) Quadro 12 GDH de internamento por enfarte de miocárdio na Região Centro (2008) Quadro 13 GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2008) Quadro 14 GDH de internamento por neoplasia da mama feminina na Região Centro (2008) Quadro 15 GDH de internamento por neoplasia colo rectal na Região Centro (2007) Quadro 16 GDH de internamento por neoplasia do colo uterino na Região Centro (2008) Quadro 17 Rede de cuidados de saúde primários na Região Centro, por Sub região de Saúde, incluindo a ULS da Guarda, em 31/12/ Quadro 18 Rede de cuidados hospitalares na Região Centro, por Sub região de Saúde, incluindo a ULS da Guarda, em 31/12/ Quadro 19 Efectivos em cuidados de saúde primários na Região Centro, por grupo de pessoal e por Subregião de Saúde, a 31/12/ Quadro 20 Efectivos em cuidados de saúde primários na Região Centro, por relação jurídica de emprego e por Sub região de Saúde, a 31/12/

7 Quadro 21 Efectivos saídos dos cuidados de saúde primários na Região Centro, por motivo de saída e por Subregião de Saúde, a 31/12/ Quadro 22 Pessoal em efectividade de funções em cuidados de saúde hospitalares na Região Centro, em 31/12/ Quadro 23 Pessoal em efectividade de funções na rede de cuidados de da ULS da Guarda, EPE, em 31/12/ Quadro 24 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro (acumulados 2008) Quadro 25 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro (acumulados 2008) (2) Quadro 26 Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulados 2008). 23 Quadro 27 Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e respectiva variação 2007/ Quadro 28 Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro. (Acumulados 2008) Quadro 29 Dados de produção hospitalar psiquiátrica. (Acumulado 2008) Quadro 30 Total de consultas psiquiatria no ano de Quadro 31 Indicadores de qualidade assistencial (2008) Quadro 32 Dados sobre lista de espera cirúrgica (2008) Quadro 33 Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por Sub região de Saúde, de 01/01/2008 a 31/12/ Quadro 34 Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por Sub região de Saúde Quadro 35 Distribuição das consultas realizadas em cuidados de saúde primários na Região Centro em Quadro 36 Indicadores de produção das unidades de AVC (UVAC), desde o início de actividade até 31/12/ Quadro 37 Novos hipocoagulómetros distribuídos por distrito, em Quadro 38 Nº de retinografias realizadas de 2001 a Quadro 39 Doentes sujeitos a tratamentos de Retinopatia Diabética com laser Quadro 40 Número de camas por tipologia e por distrito Quadro 41 Proveniência dos utentes atendidos Quadro 42 Motivo da alta Quadro 43 SARA Doenças declaradas na Região Centro, por concelho, tipo e data, em

8 Quadro 44 Sistema de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória Principais doenças declaradas em Portugal e na Região Centro em 2007 e Quadro 45 Cobertura vacinal vacinas do PNV coortes de nascidos do ano de avaliação, 1, 2, 7 e raparigas com 13 anos de idade Quadro 46 Cobertura vacinal Vacinas do PNV coortes de nascidos de 14, 18, 25 e 65 anos de idade Quadro 47 Cobertura vacinal da Campanha Men C, em 31/12/ Quadro 48 Cobertura vacinal da vacinação complementar contra o Sarampo, em 31/12/ Quadro 49 Mapa de inoculações na Região Centro em 2008 (total de doses por vacina) Quadro 50 Casos de Infecção por VIH Diagnosticados no ano 2008, por distrito (Casos declarados até 30/09/08) Quadro 51 Casos novos por distrito Quadro 52 Casos TB por tratamento Quadro 53 Cobertura de TOD Quadro 54 Casos por nacionalidade Quadro 55 Casos por país de origem Quadro 56 Acções de formação por distrito Quadro 57 Distribuição das consultas de cessação tabágica Quadro 58 Novas consultas em 2008 e consultas seguintes de cessação tabágica Quadro 59 Hábitos tabágicos das grávidas Quadro 60 Determinações distribuídas pelas % de compostos polares Quadro 61 População abrangida Quadro 62. Padarias envolvidas por distrito Quadro 63 Número de análises realizadas por distrito Quadro 64 Média de NaCl por 100g de pão após sensibilização Quadro 65 VALORES LIMITES DOS RESULTADOS EM GRAMAS DE NaCl POR 100g DE PÃO Quadro 66 Valores de NaCl por 100g de pão Quadro 67 Percentagem de incumprimentos Quadro 68 PNPSO/CONTRATUALIZAÇÃO (2008) Quadro 69 Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar

9 Quadro 70 Qualidade das águas balneares em Quadro 71 Instalação de software em unidades de cuidados de saúde primários da ARS Centro (2008) Quadro 72 Unidades de saúde familiar (USF) em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/ ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico I Variação populacional entre 1991 e 2007, segundo a localização geográfica... 4 Gráfico II Evolução da população residente na Região Centro, por grupo etário... 5 Gráfico III Esperança de vida à nascença segundo a distribuição geográfica... 7 Gráfico IV Evolução da natalidade (por habitantes)... 7 Gráfico V Taxa de incidência de cancro de colo do útero na Região Centro, padronizada para a idade pela população europeia (%000) Gráfico VI T. Infectados Diagnosticados no ano de 2008 por distrito Gráfico VII Evolução dos Casos Diagnosticados de Infecção pelo VIH/sida, na Região Centro Gráfico VIII Infecção VIH/sida: casos notificados até 30/09/ Gráfico IX Testes de Rastreio para o VIH Efectuados pelos CADs em Gráfico X Nº de concelhos envolvidos no projecto Gráfico XI Percentagem de execução do projecto por distrito Gráfico XII Nº de avaliações realizadas por distrito Gráfico XIII Nº de avaliações dsitribuídas pelas % de compostos polares Gráfico XIV Contratualização 2000/ Gráfico XV PNPSO 2008 início do programa Gráfico XVI PNPSO final do programa Gráfico XVII Programa Básico de Saúde Oral no Jardim de Infância Gráfico XVIII Programa Básico de Saúde Oral no 1 Ciclo do E.B Gráfico XIX Total de teleconsultas em

10 Nota prévia Um relatório de actividades é um instrumento fundamental de planeamento porque permite avaliar o desempenho de programas e projectos em curso. Não obstante os indicadores constantes deste documento reflectirem o processo (actividades) mais do que o resultado da intervenção mais difícil de avaliar, porque a longo prazo e porque de causalidade difícil de estabelecer, permitem corrigir cursos de acção tendo em vista a optimização de recursos. De facto, num contexto de custos crescentes em saúde, decorrentes da inovação tecnológica deste sector, da elevada prevalência de doentes crónicos e da exigência de mais e melhores cuidados de saúde por parte dos indivíduos e das populações, a racionalização de recursos, ao invés de um constrangimento ao funcionamento dos serviços de saúde, gera secundariamente recursos que poderão ser utilizados na satisfação de outras necessidades de saúde. Desta forma, evidencia se o papel fundamental da Saúde Pública, enquanto parte integrante do sistema de saúde, na definição de prioridades em saúde tendo em vista a satisfação de necessidades reais pelos restantes componentes do sistema. Neles se incluem os Cuidados Primários de Saúde, pilar do sistema de saúde porque providenciando a satisfação, de forma eficiente, da generalidade das necessidades em saúde da população, e os Cuidados Diferenciados, a quem compete a satisfação de necessidades diferenciadas, não passíveis de gestão apropriada pelo nível primário ou, mais correctamente, primeiro de cuidados de saúde. De acordo com a legislação em vigor, cabe às Administrações Regionais de Saúde assegurar o acesso à prestação dos cuidados de saúde de qualidade às populações das respectivas áreas de influência. Nessa medida, emerge a Contratualização como fundamental à prossecução das actividades destes institutos públicos. Por outro lado, e considerando a centralidade do sistema de saúde no cidadão (que é a razão de ser do próprio sistema), a gestão eficiente dos Recursos Humanos, peças primordiais do sistema, afigura se como basilar a uma prestação de cuidados de saúde de qualidade. O presente documento espelha (algumas) das actividades desenvolvidas, no transacto ano de 2008, pelo instituto público ao qual tenho a honra de presidir. A todos os profissionais que, directa ou indirectamente, contribuíra, através das actividades aqui descritas, para a promoção da saúde das populações da Região Centro, o agradecimento expresso e sincero do Conselho Directivo da ARS do Centro, IP. O Presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro, IP (João Pedro Travassos Pimentel) 7

11 CAPÍTULO I. A REGIÃO

12 1. DESCRIÇÃO GEOGRÁFICA A Administração Regional de Saúde do Centro, IP (ARS Centro), com sede em Coimbra, foi criada ao abrigo do Decreto Lei nº 222/2007 de 29 de Maio, dando cumprimento ao disposto no Decreto Lei nº 212/2006 de 27 de Outubro. Os seus estatutos foram publicados a 30 de Maio de 2007 (Portaria nº 650/2007). De acordo com o disposto no número 1 do artigo 2º do Decreto Lei nº 222/2007 de 29 de Maio, a jurisdição territorial da área de influência da ARS do Centro, IP (âmbito territorial transitório) corresponde à Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos de nível II (NUTS II) previstos no Decreto Lei nº 317/99 de 11 de Agosto, e consequentemente abrange as NUTS III do Baixo Vouga, Dão Lafões, Beira Interior Norte, Baixo Mondego, Pinhal Interior Norte, Serra da Estrela, Cova da Beira, Pinhal Litoral, Pinhal Interior Sul e Beira Interior Sul (Figura 1). Desta forma, a Região de Saúde do Centro integra 78 concelhos, em virtude da transição de 18 concelhos para a área de influência da Administração Regional de Saúde do Norte IP (ARS Norte), e de 6 concelhos.para a área de influência da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo IP (ARS Lisboa e Vale do Tejo). Figura 1 Mapa da Administração Regional de Saúde do Centro, por NUTS III (área de influência transitória DL 317/99) 2

13 2. INDICADORES SÓCIO DEMOGRÁFICOS De acordo com as Estimativas Provisórias de População Residente do INE referentes a 31/12/2007, residem na Região Centro (nova área de influência da ARS do Centro, IP NUTS 99) indivíduos, distribuídos por uma superfície de ,2 Km 2, a que corresponde uma densidade populacional de 76 habitantes por Km 2 (Continente: 114 hab/km 2 ). (Quadro 1) O novo âmbito territorial da ARS do Centro, IP, revela uma perda de habitantes (cerca de 6% da população residente no Continente), bem como a redução de Km 2 do território (cerca de 4% do território continental) integrante da sua área de jurisdição. Quadro 1 População, superfície e densidade populacional, por localização geográfica, em 31/12/2007. Região Centro (NUTS 99) Continente Portugal POPULAÇÃO RESIDENTE (nº habitantes) SUPERFÍCIE (Km2) , ,7 DENSIDADE POPULACIONAL (habitantes/km2) Fonte: INE Estimativas Provisórias de População Residente 2007 Atendendo à evolução da população residente no último ano, a Região Centro (NUTS 99) registou um ligeiro decréscimo de população ( 0,1%), quase nulo, contrariamente ao que se verificou no conjunto do País (Quadro 2). A Região Centro contempla a NUTS III que apresenta a taxa de crescimento efectivo e a taxa de crescimento natural mais baixa do território nacional: o Pinhal Interior Sul. Além desta, também as NUTS III Baixo Mondego, Serra da Estrela, Beira Interior Norte e Sul, Cova da Beira e Pinhal Interior Norte observaram uma diminuição da população em 2007, em resultado de saldos naturais negativos e de saldos migratórios reduzidos (Quadro 2). Quadro 2 Variação populacional e suas componentes, segundo a localização geográfica, em

14 Taxa de Taxa de Taxa de Localização geográfica Acréscimo populacional Saldo natural Saldo migratório crescimento efectivo crescimento natural crescimento migratório % Continente ,2 0,0 0,2 Centro (NUTS 99) ,1 0,0 0,0 Baixo Vouga ,3 0,0 0,3 Baixo Mondego ,5 0,3 0,3 Pinhal Litoral ,6 0,0 0,5 Pinhal Int. Norte ,2 0,7 0,5 Dão Lafões ,0 0,3 0,4 Pinhal Interior Sul ,3 1,1 0,2 Serra da Estrela ,8 0,9 0,1 Beira Interior Norte ,9 0,9 0,1 Beira Interior Sul ,0 1,0 0,1 Cova da Beira ,5 0,5 0,1 Fonte: INE A evolução da população entre os Censos de 1991 e as estimativas de população para 2007 mostra que a Região Centro (NUTS 99) não só tem vindo a abrandar o crescimento populacional, como no último ano registou mesmo uma diminuição dos seus efectivos. (Gráfico I) Gráfico I Variação populacional entre 1991 e 2007, segundo a localização geográfica 2.1. ESTRUTURA ETÁRIA 4

15 Os dados disponíveis evidenciam, para a Região Centro, uma estrutura etária semelhante à do todo nacional e Continente, ainda que a prevalência de idosos seja superior nesta região e a prevalência de jovens ligeiramente inferior. Assim, enquanto que a proporção de idosos (+ 65 anos) residentes na área de influência da ARS Centro em 2007 é de 20,6% e a de jovens (0 14 anos) de 13,9%, no Continente esses valores correspondem, respectivamente, a 17,6% e 15,2% (Quadro 3). Em todas as NUTS III a proporção de idosos é superior à proporção de jovens, estando bem patente a diferença litoral interior: um litoral menos envelhecido, com a população jovem a conseguir contrabalançar o peso da população idosa e, um interior cada vez mais envelhecido, com aumento do número de idosos e diminuição de jovens. Refletem as NUTS III do Baixo Vouga e do Pinhal Litoral maior juventude aproximeando se da realidade do País, contrariamente às do Pinhal Interior Sul, Serra da Estrela, Beira Interior Norte e Sul e Cova da Beira, que são as que se revelam mais envelhecidas. (Quadro 3). Quadro 3 Estimativas de população residente por grupo etário e localização geográfica em 2007 Localização geográfica TOTAL Grupos etários 0 14 % % % 65 + % Portugal , , , ,4 Continente , , , ,6 Centro (NUTS 99) , , , ,6 Baixo Vouga , , , ,1 Baixo Mondego , , , ,2 Pinhal Litoral , , , ,8 Pinhal Int. Norte , , , ,0 Dão Lafões , , , ,5 Pinhal Int. Sul , , , ,7 Serra da Estrela , , , ,7 Beira Interior Norte , , , ,5 Beira Int. Sul , , , ,5 Cova da Beira , , , ,4 Fonte: INE Estimativas Provisórias de População Residente 2007 Atendendo à evolução da população por grupos etários desde o censo de 1991, pode confirmar se o referido, com um aumento de população adulta e idosa (a partir dos 25 anos) e uma diminuição de crianças e jovens (até aos 24 anos), conforme o gráfico II. Gráfico II Evolução da população residente na Região Centro, por grupo etário 5

16 Fonte: INE 2.2. ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO E ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA O índice de envelhecimento da Região Centro é substancialmente superior ao do Continente, traduzindo o já referido acréscimo de idosos relativamente aos jovens. Também o índice de dependência de idosos apresenta um valor (31,0) superior ao do Continente (26,3), acontecendo o oposto com o índice de dependência de jovens, o que revela um ritmo de envelhecimento da população mais acentuado nesta região. (Quadro 4) Quadro 4 Índice de envelhecimento e índices de dependência por localização geográfica (2007) Índices de dependência Índice de Localização geográfica envelhecimento Jovens Idosos Total Continente 116,2 23,3 26,3 48,6 Centro (NUTS 99) 144,8 22,8 31,0 52,6 Baixo Vouga 111,7 24,2 25,2 47,8 Baixo Mondego 152,0 20,3 30,4 49,6 Pinhal Litoral 115,5 24,0 26,7 49,3 Pinhal Interior Norte 179,5 23,3 38,3 60,8 Dão Lafões 144,4 24,3 31,3 53,8 Pinhal Interior Sul 289,7 21,2 52,2 72,2 Serra da Estrela 211,2 21,8 36,4 55,8 Beira Interior Norte 214,3 21,9 40,7 61,8 Beira Interior Sul 235,9 19,8 45,3 65,9 Cova da Beira 179,3 21,5 34,4 54,3 Fonte: INE 6

17 2.3. ESPERANÇA DE VIDA À NASCENÇA A esperança de vida à nascença é um indicador positivo de saúde que reflecte o estado geral de saúde e bemestar duma população. A Região Centro apresenta valores mais elevados quando comparados com a totalidade nacional, evidenciando uma evolução favorável nos últimos anos, conforme se pode observar no gráfico III. Gráfico III Esperança de vida à nascença segundo a distribuição geográfica Fonte: INE NATALIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE Tal como já referido, tem havido uma diminuição do número de efectivos traduzido em parte pela baixa natalidade verificada ao longo dos últimos anos. Conforme se pode observar no gráfico seguinte, desde o ano 2000 que se mantem uma tendência decrescente, com a Região Centro a apresentar sempre valores inferiores aos do Continente. Gráfico IV Evolução da natalidade (por habitantes) Fonte: DGS,

18 Relativamente às taxas de mortalidade, estas têm vindo a diminuir, consolidando a tendência decrescente das últimas décadas. No que concerne à mortalidade infantil, a Região Centro tem apresentado valores mais favoráveis e claramente inferiores aos verificados no Continente (2,9 e 3,4 % o, respectivamente, em 2007). Também a mortalidade neonatal diminuiu igualmente na última década, passando de 3,6 em 1997 para 1,7 em (Quadro 5). Quadro 5 Indicadores de saúde na Região Centro e Continente, 1997, 2002 e 2007 (% o ). Mortalidade Mortalidade infantil Mortalidade neonatal ANO Continente Centro Continente Centro Continente Centro ,5 12 6,3 5,5 4,1 3, ,2 11,2 4,9 3,6 3,4 2, ,8 11,3 3,4 2,9 2 1,7 FONTE: DGS 8

19 3. INDICADORES DE SAÚDE 3.1. MORTALIDADE No que respeita às principais causas de morte, podemos verificar, da análise dos quadros 6 a 11, que as doenças cérebro vasculares, as neoplasias e a doença isquémica do coração são as mais prevalentes. De notar que as taxas de mortalidade específicas, por doenças cérebro vasculares bem como por doenças isquémicas cardíacas, têm vindo a decrescer progressivamente. A mortalidade por doenças neoplásicas, aproxima se da principal causa de morte doenças cerebrovasculares em número absoluto e taxa bruta de mortalidade e tem se mantido estável, prevendo se que possa, a curto prazo, constituir a principal causa de morte. Em termos de mortalidade padronizada, as neoplasias superam as doenças cérebro vasculares desde 2000 na Região e desde 1997 no Continente. A Região Centro tem vindo a apresentar, continuadamente, para a mortalidade por neoplasias taxas ligeiramente inferiores relativamente ao Continente. Quadro 6 Mortalidade por doença isquémica do coração padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:27) (%ooo) Continente 68,8 69,6 69,5 58, ,6 54,2 50,6 Região Centro 48,7 51, ,7 41,5 40,2 36,9 33,3 Quadro 7 Mortalidade por doenças cerebro vasculares padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:29) (%ooo) Continente ,8 158,2 132,4 126,9 114,8 113,2 97,6 91,9 Região Centro 162,5 158, ,5 127,2 119,6 119,8 100,2 95,2 Fonte: DGS 9

20 Quadro 8 Mortalidade por neoplasias padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:08 14) (%ooo) Continente 169,4 169,4 169,3 157,9 160,4 159,7 159,4 154,3 154,1 Região Centro 153,3 154,5 153,7 145,2 145, , ,4 Relativamente às neoplasias mais prevalentes como causa de morte, há a referir o aumento da mortalidade por cancro da mama, colo rectal, genito urinário, pulmonar e do sistema hematopoiético. A mortalidade padronizada por neoplasia da mama tem mantido valores estabilizados, caindo em 2003, pela primeira vez, abaixo dos 20 por mulheres (Quadro 9). Quadro 9 Mortalidade por neoplasia da mama feminina padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:113) (%ooo) Continente 24,5 23, ,4 22,9 21,5 21,1 19,1 19,4 Região Centro 22,8 21,6 21,7 20,3 20, ,8 18,1 18 A mortalidade por neoplasia colo rectal tem vindo a aumentar progressivamente nos últimos anos, constituindo actualmente o mais mortal dos cancros passível de rastreio (Quadro 10). Quadro 10 Mortalidade por neoplasia do cólon e recto padronizada para a Idade pela população europeia (CID 9:12) (%ooo) Continente 21,6 22,1 22,1 23,1 21,7 22,6 21,8 21,9 23,2 23,4 Região Centro 17,7 20,8 19,2 20, ,3 20,7 21,6 21,1 20,4 Quadro 11 Mortalidade por neoplasia do colo do útero padronizada para a idade pela população europeia (CID 9:180) (%ooo) Continente 3,3 3,5 3,3 3,6 4,3 3,2 3,2 3 3,2 Região Centro 3,4 2,5 2,6 3,1 4,1 3 2,9 2,7 2,2 10

21 3.2. MORBILIDADE No que diz respeito às doenças mais prevalentes, as doenças crónico degenerativas de tipo cerebrovascular motivaram o internamento de indivíduos de ambos os sexos por enfarte agudo do miocárdio e indivíduos de ambos os sexos por AVC em unidades hospitalares dependentes da ARS Centro em 2008, conforme se pode observar nos quadros 12 e 13. Quadro 12 GDH de internamento por enfarte de miocárdio na Região Centro (2008) Enfarte Agúdo de Miocárdio Transferências como Causa de Internamento Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Covilhã M F Média de Idades M F Hospitais da Região Centro Hospitais de outras regiões Falecidos ,3 77, Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,0 75, Hospitais da Universidade de Coimbra ,8 75, Hospital Amato Lusitano Castelo Branco ,9 75, Hospital de Santo André, EPE Leiria ,0 73, Hospital de São Teotónio, EPE Viseu ,9 76, Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,2 74, Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,0 81, Hospital Distrital de Águeda ,5 82, Hospital Distrital de Pombal 0 1 0,0 82, Hospital Infante D. Pedro, EPE Aveiro ,4 76, M F TOTAL ,7 75, Fonte: Base de Dados dos GDHs 11

22 Quadro 13 GDH de internamento por acidentes vasculares cerebrais na Região Centro (2008) AVC como Causa de Internamento Internamento s Totais M F Total Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Covilhã ,8% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,4% Hospitais da Universidade de Coimbra ,1% Hospital Amato Lusitano Castelo Branco ,5% Hospital de Cândido Figueiredo Tondela ,8% Hospital de José Luciano de Castro Anadia ,8% Hospital de Nossa Senhora da Assunção Seia ,6% Hospital de Santo André, EPE Leiria ,2% Hospital de São Teotónio, EPE Viseu ,2% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,0% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,3% Hospital Distrital de Águeda ,5% Hospital Distrital de Pombal ,0% Hospital do Visconde de Salreu Estarreja ,8% Hospital Infante D. Pedro, EPE Aveiro ,9% % AVC Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,02% TOTAL ,0% Fonte: Base de Dados dos GDHs No que diz respeito às doenças neoplásicas mais frequentes, a neoplasia da mama feminina foi responsável, em 2008, por episódios de internamento nos hospitais da Região, e destes, 8,5% (119) corresponderam a diagnósticos de carcinoma in situ. (Quadro 14) 12

23 Quadro 14 GDH de internamento por neoplasia da mama feminina na Região Centro (2008) Neoplasia da Mama Feminina como Causa de Internamento Mama In situ da mama Total Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Covilhã Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Amato Lusitano Castelo Branco Hospital de Cândido Figueiredo Tondela Hospital de José Luciano de Castro Anadia Hospital de Santo André, EPE Leiria Hospital de São Teotónio, EPE Viseu Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Distrital de Águeda Hospital Distrital de Pombal Hospital Dr. Francisco Zagalo Ovar Hospital Infante D. Pedro, EPE Aveiro Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE TOTAL Fonte: Base de Dados dos GDHs O diagnóstico de neoplasia colo rectal motivou o internamento de individuos de ambos os sexos em 2008 nas unidades hospitalares dependentes da ARS Centro (Quadro 15), sendo que a neoplasia do colo uterino foi responsável pelo internamento, em idêntico período, de 404 mulheres (Quadro 16). 13

24 Quadro 15 GDH de internamento por neoplasia colo rectal na Região Centro (2007) Neoplasia Colo Rectal como Causa de Internamento Cólon e sigmóide Recto e ânus In situ colo rectal Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Covilhã Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Amato Lusitano Castelo Branco Hospital de Cândido Figueiredo Tondela Hospital de José Luciano de Castro Anadia Hospital de Santo André, EPE Leiria Hospital de São Teotónio, EPE Viseu Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Distrital de Águeda Hospital Distrital de Pombal Hospital do Visconde de Salreu Estarreja Hospital Dr. Francisco Zagalo Ovar Hospital Infante D. Pedro, EPE Aveiro Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Fonte: Base de Dados dos GDHs Total TOTAL Quadro 16 GDH de internamento por neoplasia do colo uterino na Região Centro (2008) Neoplasia do Colo Uterino como Causa de Internamento Invasivos In situ do colo Total Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Covilhã Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Amato Lusitano Castelo Branco Hospital de Santo André, EPE Leiria Hospital de São Teotónio, EPE Viseu Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Infante D. Pedro, EPE Aveiro Fonte: Base de Dados dos GDHs TOTAL

25 4. REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE Em Dezembro de 2008, a ARS Centro dispunha de 20 hospitais e de 109 centros de saúde na sua rede de cuidados de saúde. No entanto, a criação dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) em 2009, juntamente com a transição para a nova área de jurisdição territorial (conforme disposto no artigo 19º do decreto lei nº 222/2007 de 29 de Maio), reduz a rede de cuidados de saúde primários para 86 centros de saúde (Figura 2). Contavam se ainda em funcionamento neste ano 36 unidades de saúde familiar (USF). Figura 2 Nova configuração da rede de serviços de saúde da área de influência da ARSC, IP. 15

26 Durante o ano de 2008, a rede de cuidados de saúde primários da ARS Centro sofreu uma visível reoganização, na sequência da criação da Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE (ULS da Guarda), entidade que sucede à Sub região de Saúde da Guarda desde 1 de Outubro. Para esta ULS transitaram 12 centros de saúde (e respectivas extensões) da SRS da Guarda. Exceptuam se os centros de saúde e extensões dos concelhos de Aguiar da Beira e de Vila Nova de Foz Côa que, por não integrarem a ULS, transitaram para a SRS Viseu até que sejam criados os ACES. A este facto se deve a variação negativa apresentada no quadro 17, no qual não se incluem as unidades de saúde da ULS no total da ARSC, respeitando a autonomia de que aquela entidade é dotada. O encerramento de algumas extensões de saúde contribuiu igualmente para a variação negativa da rede de cuidados de saúde primários. A valência de internamento mantém se em 5 centros de saúde, e 58 contam ainda com um Serviço de Atendimento Permanente (SAP), conforme o quadro seguinte. Quadro 17 Rede de cuidados de saúde primários na Região Centro, por Sub região de Saúde, incluindo a ULS da Guarda, em 31/12/2008 (ex ) Região Var. Castelo (ex ) ULS Aveiro Guarda Leiria Viseu ** Centro 07/08 (%) Branco Coimbra Guarda * Centros de saúde 97 11, Extensões de saúde , Centros de saúde com SAP 58 14, Centros de saúde com internamento 5 37, N.º de camas em CS 64 35, Fonte: ARSC, IP * A partir de 01/10/2008 os CS e extensões transitaram para a ULS da Guarda e para a SRS Viseu. ** Inclui os CS de Aguiar da Beira e de Vila Nova de Foz Côa (SRS Guarda) que não integram a ULS da Guarda. Relativamente aos cuidados hospitalares, a ULS da Guarda integrou 2 dos 20 hospitais que desde o ano de 2007 pertenciam à rede de serviços de saúde da Região Centro, pelo que a variação negativa se deve essencialmente a este facto, tal como aconteceu no âmbito dos cuidados de saúde primários. Os 20 hospitais totalizavam, em Dezembro de 2008, uma lotação de 5562 camas, distribuídas conforme o quadro

27 Quadro 18 Rede de cuidados hospitalares na Região Centro, por Sub região de Saúde, incluindo a ULS da Guarda, em 31/12/2008 (ex ) Região Var. Castelo (ex ) ULS Aveiro Guarda Leiria Viseu Centro 07/08 (%) Branco Coimbra Guarda * Hospitais 18 10, Lotação (camas) , Fonte: ARSC, IP * A partir de 01/10/2008 os hospitais transitaram para a ULS da Guarda RECURSOS HUMANOS A 31 de Dezembro de 2008, o Balanço Social das instituições da ARS Centro indicava 7096 efectivos dos vários grupos profissionais, dos quais 1737 médicos (das carreiras hospitalar, clínica geral e saúde pública), 1798 enfermeiros e 1735 administrativos, sendo os grupos que mais efectivos reúnem em todas estruturas subregionais. De notar que os efectivos referentes à SRS da Guarda apenas incluem o pessoal que em 31/12/2008 assegurava os serviços administrativos da estrutura regional, na sequência da transição do pessoal daquela SRS para a ULS da Guarda, EPE, com efeitos a 1 de Outubro, nomeadamente os profissionais afectos aos centros de saúde que vieram a integrá la. É por este motivo que o Balanço Social da SRS da Guarda apresenta essencialmente efectivos administrativos (Quadro 19). De um modo geral, os efectivos médicos e de enfermagem sofreram uma variação positiva nas estruturas da ARS Centro; apenas na SRS Castelo Branco os efectivos médicos sofreram um ligeiro decréscimo. Os administrativos foram o grupo de pessoal que sofreram redução de efectivos em todas as estruturas da ARS Centro (Quadro 19). 17

28 Quadro 19 Efectivos em cuidados de saúde primários na Região Centro, por grupo de pessoal e por Subregião de Saúde, a 31/12/2008 Grupo de Pessoal ARSC Aveiro Var. 07/08 (%) Cast. Branco Var. 07/08 (%) (ex ) Coimbra * Var. 07/08 (%) (ex ) Guarda ** Var. 07/08 (%) Leiria Var. 07/08 (%) Médico , , , , , ,7 Técnico Superior Saúde ,0 10 0, , ,0 9 80,0 8 33,3 Técnico Superior ,0 15 0, , ,0 8 27, ,6 Enfermagem , , , , , ,5 Técnico Diagnóstico Terapêutica ,0 29 1,0 53 7, ,0 47 4,4 57 7,5 Administrativo , , , , , ,2 Auxiliar ,0 31 3,0 61 0, , ,1 37 2,8 Outros , , ,5 1 99, , ,4 Total de efectivos , , , , , ,5 Fonte: Balanço Social 2008 * Inclui os efectivos da estrutura central. ** Pessoal ainda em funções nos serviços da ex SRS da Guarda. Não inclui o pessoal que transitou para a ULS da Guarda, EPE. Viseu Var. 07/08 (%) Atendendo à relação jurídica de emprego, 86% são efectivos dos quadros de pessoal (nomeação). Este valor tem vindo a diminuir devido às saídas ocorridas, entre outros motivos, por aposentação compulsiva ou limite de idade. Não obstante, em 2008 há a considerar ainda a transição dos efectivos da SRS da Guarda para a ULS da Guarda, facto que também se reflecte nos valores dos quadros seguintes. Quadro 20 Efectivos em cuidados de saúde primários na Região Centro, por relação jurídica de emprego e por Sub região de Saúde, a 31/12/2008 (ex ) (ex ) Var. 06/07 (%) Cast. ARSC % Aveiro Coimbra Guarda Leiria Viseu Branco * ** Nomeação ,0 10, Contrato administrativo provimento 214 3,0 9, Contrato trabalho termo certo ,0 3, Outros 67 0,9 5, Total de efectivos , Fonte: Balanço Social 2008 * Inclui os efectivos da estrutura central. ** Pessoal ainda em funções nos serviços da ex SRS da Guarda. Não inclui o pessoal que transitou para a ULS da Guarda, EPE. 18

29 Quadro 21 Efectivos saídos dos cuidados de saúde primários na Região Centro, por motivo de saída e por Sub região de Saúde, a 31/12/2008 (ex ) Var. 07/08 (%) Cast. (ex ) ARSC % Aveiro Coimbra Leiria Viseu Branco Guarda * Falecimento 8 0,7 24, Exoneração ,5 590, Aposentação ,1 317, Limite de idade 4 0,4 3, Aposentação compulsiva 1 0,1 1, Demissão 1 0,1 1, Mútuo acordo 4 0,4 1, Outros motivos ,7 117, Fonte: Balanço Social 2008 TOTAL , * Inclui os efectivos da estrutura central. ** Não inclui dados da ULS da Guarda, EPE. O pessoal em efectividade de funções nas unidades hospitalares do âmbito territorial da ARSC não pertencentes à ULS da Guarda totalizava, em Dezembro de 2008, profissionais, dos quais 1599 médicos, 4474 enfermeiros, 867 técnicos de diagnóstico e terapêutica e 1065 administrativos. Uma vez mais, a perda de efectivos é agravada pela transição do Hospital da Guarda e do Hospital de Seia para a ULS da Guarda, EPE, nomeadamente no que respeita aos médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica que reduziram os seus efectivos em 2008, independentemente desta reorganização (Quadro 22). Quadro 22 Pessoal em efectividade de funções em cuidados de saúde hospitalares na Região Centro, em 31/12/2008 Grupos profissionais/carreiras ARSC (com ULS Guarda) Var. 07/08 (%) ARSC Var. 07/08 (%) Dirigente 36 40, ,0 Administrador Hospitalar 44 29, ,7 Médico Hospitalar , ,6 Médico Clínica Geral 6 14,3 6 14,3 Outro Pessoal Médico 2 0,0 2 0,0 Técnico Superior 156 2, ,0 Técnico 11 21,4 9 35,7 Técnico Superior Saúde 150 2, ,1 Enfermagem , ,7 Técnico Diagnóstico e Terapêutica 922 1, ,1 Pessoal Docente e de Investigação 27 25, ,0 Informático 52 4,0 48 4,0 Técnico Profissional 367 6, ,1 Outro Pessoal Técnico 0 100, ,0 19

30 Fonte: ARSC, IP Nota: não inclui médicos internos. Administrativo , ,1 Operário , ,4 Serviços Gerais , ,6 Auxiliar , ,1 Outro Pessoal 14 44, ,0 Total , ,0 * A partir de 01/10/2008 os hospitais transitaram para a ULS da Guarda A ULS da Guarda, EPE, em Dezembro de 2008, contava com 1391 profissionais em efectividade de funções, na sua maioria enfermeiros a exercer actividade nos hospitais (Quadro 23). Quadro 23 Pessoal em efectividade de funções na rede de cuidados de da ULS da Guarda, EPE, em 31/12/2008 Grupos profissionais/carreiras Centros de saúde * Hospitais Total Dirigente Administrador Hospitalar Médico Hospitalar Médico Clínica Geral Outro Pessoal Médico Técnico Superior Técnico Técnico Superior Saúde Enfermagem Técnico Diagnóstico e Terapêutica Pessoal Docente e de Investigação Informático Técnico Profissional Outro Pessoal Técnico Administrativo Operário Serviços Gerais Auxiliar Outro Pessoal Total ULS Fonte: ULS Guarda, EPE * Inclui pessoal do quadro da ex SRS Guarda 20

31 5. INDICADORES DE PRODUÇÃO HOSPITALAR Em Julho de 2007 verificou se a transição de 8 unidades hospitalares para a área de jurisdição territorial de outras ARS, ao abrigo do decreto lei nº 222/2007 de 29 de Maio. Não obstante esse facto e a redução da lotação dos hospitais entidade pública empresarial (EPE) em 4,2%, observou se um (ligeiro) aumento do número de doentes saídos, traduzido por um acréscimo de 0,5% relativamente a No que diz respeito aos hospitais do sector público administrativo (SPA), quer a lotação quer o número de doentes saídos em 2008 foram inferiores ao ano transacto, com a particularidade da redução do número de doentes saídos ter sido inferior à da lotação indiciadora de uma maior taxa de ocupação de camas (Quadro 24). Quadro 24 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro (acumulados 2008) Taxa de Taxa Taxa de Doentes Dias de crescimento crescimento Lotação crescimento saídos internamento 2007/ / /2008 TOTAL HOSPITAIS EPE (S/PSIQ.) ,5% ,5% ,2% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,3% ,0% 344 0,6% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,1% ,6% 533 8,6% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,2% ,6% ,8% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,4% ,1% 144 0,0% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,5% ,8% 386 2,8% Hospital S. Teotónio, EPE ,2% ,3% 618 8,6% Hospital Santo André, EPE ,1% ,6% 450 0,0% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE ,5% ,3% 186 6,1% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,2% ,7% 327 9,4% TOTAL HOSPITAIS SPA (S/PSIQ.) ,8% ,4% ,4% C.Medicina de Reabilitação Rovisco Pais ,6% Hospital Amato Lusitano ,4% ,0% 294 9,5% Hospital Arcebispo João Crisóstomo 0 100,0% Hospital Cândido de Figueiredo ,8% ,2% 64 0,0% Hospital Distrital de Águeda ,5% ,0% 110 0,0% Hospital Distrital de Pombal ,8% ,6% 59 14,5% Hospital Dr. Francisco Zagalo ,5% ,2% 34 57,0% Hospital José Luciano de Castro ,0% ,4% 20 54,5% Hospital Visconde de Salreu ,1% ,7% 48 4,0% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC 21

32 Relativamente a indicadores de qualidade, e desagregando mais uma vez, as unidades hospitalares de acordo com o modelo gestionário vigente (EPE e SPA), observou se em ambos os modelos um aumento do número de doentes saídos por cama (consistente com a inferência atrás produzida), ainda que mais acentuada nos hospitais SPA o mesmo se passando com a taxa de ocupação (aumento de cerca de 5% nos hospitais EPE contra quase 28% nos hospitais SPA) (Quadro 25). No entanto, e no que diz respeito à demora média para internamento médico, observou se o inverso relativamente a 2007: aumento de 0,1% nos hospitais EPE contra 13,1% nos hospitais SPA. Quadro 25 Dados de produção relativos ao internamento nos hospitais da Região Centro (acumulados 2008) (2) Taxa de Doentes Taxa de Taxa de Demora cresciment Taxa de Saídos/ crescimento crescimento Média o Ocupação Cama 2007/ / /2008 TOTAL HOSPITAIS EPE (S/PSIQ.) 37,8 4,9% 7,5 0,1% 78,1% 4,9% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 37,0 1,9% 7,6 1,4% 77,3% 0,5% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 42,6 10,6% 7,7 0,5% 89,2% 10,1% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE 32,1 1,4% 8,1 2,6% 71,4% 1,2% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 40,0 6,4% 7,1 3,1% 77,8% 3,1% Hospital Infante D. Pedro, EPE 42,9 8,5% 6,8 2,2% 80,4% 10,9% Hospital S. Teotónio, EPE 38,9 9,2% 7,8 0,1% 83,5% 9,0% Hospital Santo André, EPE 45,7 7,1% 6,4 5,1% 80,4% 1,6% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 34,6 10,2% 7,3 1,2% 68,7% 8,9% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 37,6 3,5% 7,8 2,7% 80,1% 6,3% TOTAL HOSPITAIS SPA (S/PSIQ.) 29,0 12,8% 8,5 13,1% 67,3% 27,6% C.Medicina de Reabilitação Rovisco Pais 2,4 114,8 74,4% Hospital Amato Lusitano 32,5 10,1% 7,3 1,6% 65,0% 8,3% Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Cândido de Figueiredo 27,9 7,8% 7,8 0,7% 59,3% 7,2% Hospital Distrital de Águeda 32,3 15,5% 7,6 3,9% 67,2% 11,0% Hospital Distrital de Pombal 31,6 14,9% 8,5 2,8% 73,9% 11,6% Hospital Dr. Francisco Zagalo 34,2 12,6% 6,4 0,6% 59,7% 13,3% Hospital José Luciano de Castro 62,3 58,4% 6,7 4,9% 113,5% 66,2% Hospital Visconde de Salreu 26,3 12,6% 8,1 3,1% 58,1% 15,3% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC No que diz respeito ao número de primeiras consultas hospitalares, observou se um aumento superior a 10% relativamente a 2007 (10,1% nos hospitais EPE e 13,1% nos hospitais SPA) enquanto que o aumento observado 22

33 em idêntico período relativamente ao total de consultas foi inferior (7,0% nos hospitais EPE contra 7,7% nos hospitais SPA). Tal traduziu se por uma taxa de crescimento das primeiras consultas relativamente ao total de consultas de 2,9% nos hospitais EPE e de 5,0% nos hospitais SPA (Quadro 26). Quadro 26 Consultas realizadas nos hospitais da Região Centro e taxas de crescimento (acumulados 2008) Taxa de % 1.ªs Taxa de Taxa de Primeiras Total cresciment Consultas/ crescimento crescimento consultas consultas o Total de 2007/ / /2008 Consultas TOTAL HOSPITAIS EPE (S/PSIQ.) ,1% ,0% 28,1% 2,9% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,8% ,3% 30,8% 0,4% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,4% ,9% 29,0% 6,1% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,0% ,0% 24,8% 0,0% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,6% ,0% 30,5% 2,5% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,5% ,7% 34,0% 11,6% Hospital S. Teotónio, EPE ,0% ,7% 31,5% 5,7% Hospital Santo André, EPE ,9% ,6% 32,8% 1,6% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE ,1% ,5% 14,6% 4,6% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,5% ,5% 31,2% 0,9% TOTAL HOSPITAIS SPA (S/PSIQ.) ,1% ,7% 36,1% 5,0% C.Medicina de Reabilitação Rovisco Pais ,0% ,8% 25,7% 28,2% Hospital Amato Lusitano ,2% ,0% 30,5% 3,2% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,6% ,1% 46,0% 41,6% Hospital Cândido de Figueiredo ,5% ,3% 46,5% 1,1% Hospital Distrital de Águeda ,9% ,9% 45,4% 0,9% Hospital Distrital de Pombal ,7% ,0% 29,9% 2,9% Hospital Dr. Francisco Zagalo ,4% ,7% 36,8% 4,0% Hospital José Luciano de Castro ,9% ,6% 37,6% 2,1% Hospital Visconde de Salreu ,6% ,6% 33,5% 12,5% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC Relativamente aos atendimentos urgentes, verificou se um decréscimo relativamente a 2007, incipiente no caso dos hospitais EPE e acentuado no caso dos hospitais SPA. Neste último caso, deveu se ao encerramento do serviço de urgências do Hospital José Luciano de Castro, em Anadia, e no início do processo no que diz 23

34 respeito ao Hospital Visconde de Salreu, de Estarreja em ambos os casos, ao abrigo do processo de requalificação da rede de urgências da Região Centro (Quadro 27). Quadro 27 Total de atendimentos na urgência dos hospitais da Região Centro e respectiva variação 2007/2008 Atendimentos em Taxa de crescimento Urgência 2007/2008 TOTAL HOSPITAIS EPE (S/PSIQ.) ,5% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,4% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,2% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,5% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,0% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,4% Hospital S. Teotónio, EPE ,0% Hospital Santo André, EPE ,5% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,8% TOTAL HOSPITAIS SPA (S/PSIQ.) ,4% C.Medicina de Reabilitação Rovisco Pais Hospital Amato Lusitano ,4% Hospital Arcebispo João Crisóstomo Hospital Cândido de Figueiredo ,8% Hospital Distrital de Águeda ,2% Hospital Distrital de Pombal ,3% Hospital Dr. Francisco Zagalo Hospital José Luciano de Castro ,7% Hospital Visconde de Salreu ,4% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC A produção hospitalar cirúrgica traduziu se por uma taxa de crescimento do total de cirurgias de cerca de 4% nos hospitais EPE e de cerca de 12% nos hospitais EPE (Quadro 28). De destacar que a totalidade das cirurgias realizadas em 2008 no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, de Cantanhede, corresponderam a cirurgias em ambulatório. 24

35 Quadro 28 Dados de produção em cirurgia nos hospitais da Região Centro. (Acumulados 2008) Cirurgia ambulatória Cirurgia Convencional Cirurgia Urgente Total de Cirurgias Taxa de crescimento 2007/2008 TOTAL HOSPITAIS EPE (S/PSIQ.) ,6% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,2% Centro Hospitalar de Coimbra, EPE ,1% Hospitais Universidade de Coimbra, EPE ,8% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,8% Hospital Infante D. Pedro, EPE ,7% Hospital S. Teotónio, EPE ,2% Hospital Santo André, EPE ,7% Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE ,2% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,1% TOTAL HOSPITAIS SPA (S/PSIQ.) ,8% C.Medicina de Reabilitação Rovisco Pais Hospital Amato Lusitano ,2% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,3% Hospital Cândido de Figueiredo ,2% Hospital Distrital de Águeda ,6% Hospital Distrital de Pombal ,3% Hospital Dr. Francisco Zagalo ,9% Hospital José Luciano de Castro ,8% Hospital Visconde de Salreu ,7% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC Pela sua especificidade assistencial, apresenta se abaixo (quadros 29 e 30) o movimento assistencial dos hospitais que integram o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra. Este centro hospitalar especializado, criado ao abrigo da portaria nº 1580/2007 de 12 de Dezembro, integra o Hospital Psiquiátrico do Lorvão, o Hospital Sobral Cid e o Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes. Observou se em 2008 uma redução dos internamentos por doença psiquiátrica aguda de cerca de 2% e uma redução dos internamentos por doença psiquiátrica crónica de quase 61% relativamente a 2007 (Quadro 29). 25

36 Esta variação acompanhou se da redução dos dias de internamento (agudo, crónico e residencial), menos acentuada no internamento agudo, e por uma redução das respectivas lotações (Quadro 29). Quadro 29 Dados de produção hospitalar psiquiátrica. (Acumulado 2008) Acumulado Dez 2008 Tx. Crescimento 2008/2007 Internamento Agudo ,9% Internamento Crónico 46 60,7% Dias de Internamento Agudo ,4% Dias de Internamento Crónico ,0% Dias de internamento Estrutura Residencial ,6% Lotação Internamento Agudo ,3% Lotação Internamento Crónico ,6% Lotação Estrutura Residencial 30 25,0% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC Em relação às primeiras consultas de psiquiatria, observou se um crescimento de quase 10% relativamente a 2007, acompanhado por uma redução das restantes consultas de 5,1%. No que diz respeito ao total de consultas (primeiras e subsquentes), verificou se uma redução de 4,1% (Quadro 30). Quadro 30 Total de consultas psiquiatria no ano de Acumulado Dez 2008 Tx. Crescimento 2008/ ªs Consultas ,1% Consultas Subsequentes ,1% TOTAL CONSULTAS ,1% FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC Os indicadores de qualidade assistencial (taxa de readmissão, proporção de cirurgias em ambulatório e demora média) encontram se discriminados por unidade hospitalar no quadro

37 Quadro 31 Indicadores de qualidade assistencial (2008) Taxa de readmissões no internamento nos 1ºs 5 dias Peso cirurgia ambulatória no total das cirurgias Programadas (%) Demora Média (dias) Objectivo Realizado Desvio (%) * Objectivo Realizado Desvio (%) * Objectivo Realizado Desvio (%) * Hospital Distrital de Águeda Hospital José Luciano de Castro Hospital Visconde de Salreu Hospital Dr. Francisco Zagalo Hospital Amato Lusitano 2,60 2,41 7,31 28,00 45,33 61,89 7,00 7,60 8,57 3,00 1,29 57,00 27,00 26,55 1,67 7,00 6,66 4,86 3,50 3,33 4,86 36,00 34,41 4,42 4,50 8,06 79,11 2,70 1,64 39,26 40,00 52,35 30,88 6,50 6,37 2,00 2,70 2,35 12,96 30,00 35,82 19,40 6,50 7,29 12,15 HUC, EPE (4 meses) 2,30 2,43 5,65 30,00 35,97 19,90 7,80 7,87 0,90 Hospital Distrital de Pombal 2,50 3,35 34,00 60,00 66,74 11,23 8,00 8,55 6,88 Hospital Cândido de Figueiredo 1,60 1,91 19,38 14,00 14,33 2,36 7,50 6,84 8,80 Hospital Infante D. Pedro, EPE 2,50 2,75 10,00 29,70 36,55 23,06 6,70 7,09 5,82 Instituto Português Oncologia de Coimbra 2,40 2,40 0,00 31,00 32,82 5,87 7,20 7,26 0,83 Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 2,71 2,48 8,49 53,80 63,31 17,68 6,74 7,09 5,19 Centro Hospitalar de Coimbra, EPE 2,30 2,53 10,00 35,00 41,88 19,66 7,20 7,65 6,25 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 3,00 2,93 2,33 35,00 33,49 4,31 7,60 7,61 0,13 Hospital Santo André, EPE 2,50 2,48 0,80 40,00 51,87 29,68 7,00 6,42 8,29 Hospital S. Teotónio, EPE 2,00 2,16 8,00 29,00 30,90 6,55 7,80 7,84 0,51 * Desvio (%) = ((Realizado Objectivo)/Objectivo) * 100 FONTE: Departamento de Contratualização, ARSC As listas de espera cirúrgica são um dos indicadores mais importantes no que diz respeito à qualidade dos serviços e satisfação dos utentes. O quadro 32 discrimina as primeiras consultas (proporção relativamente ao total de consultas cirúrgicas) e taxa de crescimento da lista de espera (incluindo primeiras consultas) por hospital. 27

38 Quadro 32 Dados sobre lista de espera cirúrgica (2008) % Primeiras Consultas no Total Taxa Crescimento Lista Espera Cirúrgica Taxa Crescimento Lista Espera 1ªs Consultas Objectivo Realizado Desvio (%) * Objectivo Realizado Desvio (%) * Objectivo Realizado Desvio (%) * Hospital Distrital de Águeda Hospital José Luciano de Castro Hospital Visconde de Salreu Hospital Dr. Francisco Zagalo Hospital Amato Lusitano 43,00 45,41 5,60 4,00 18,51 362,75 4,00 45, ,5 33,00 37,57 13,85 5,00 20,99 519,80 0,00 13,81 100,00 35,00 33,46 4,40 2,00 54, ,00 94,40 844,00 37,00 36,80 0,54 0,00 29,02 100,00 0,00 59,33 100,00 30,00 30,52 1,73 7,50 48,15 542,00 3,00 9,10 203,33 HUC, EPE (4 meses) 25,07 24,54 2,11 8,00 0,00 100,00 5,00 1,54 130,80 Hospital Arcebispo João Crisóstomo C. Med.Reabilitação Rovisco Pais Hospital Distrital de Pombal Hospital Cândido de Figueiredo Hospital Infante D. Pedro, EPE Instituto Português Oncologia de Coimbra Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Hospital Santo André, EPE Hospital S. Teotónio, EPE 39,50 45,96 16,35 2,00 12,75 537,50 2,00 136, ,5 30,00 25,74 14,20 ** 50,00 100,00 100,00 34,60 29,86 13,70 10,00 7,56 24,40 0,00 140,31 100,00 45,00 46,48 3,29 0,00 42,86 100,00 10,00 62,75 527,50 30,40 33,99 11,81 8,00 21,40 367,50 5,00 30,36 507,20 16,00 14,60 8,75 6,00 31,01 416,83 0,00 100,00 100,00 33,00 30,52 7,52 5,00 3,86 22,80 5,00 7,67 53,40 29,00 29,04 0,14 10,00 45,08 350,80 5,60 35,64 536,43 30,00 30,78 2,60 15,00 50,99 239,93 0,00 24,82 100,00 30,00 32,80 9,33 8,00 29,81 272,63 0,00 18,42 100,00 29,00 31,50 8,62 10,00 36,75 267,50 2,00 55, ,0 28

39 6. INDICADORES DE PRODUÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE Durante o ano de 2008 existiam utentes inscritos utilizadores na área de influência da ARS Centro, que se traduz numa diminuição de 17% em relação ao mesmo período de As 3 sub regiões de Saúde do litoral da região (Aveiro, Coimbra e Leiria) reuniam mais de metade (69%) dos utentes utilizadores, situação que se tem verificado nos últimos anos. Em termos etários, a maioria dos utilizadores dos cuidados de saúde primários durante 2008 tinha entre 19 e 64 anos, representado 67% do total de utilizadores. Os utentes com mais de 65 anos representavam 12% dos utilizadores da região centro, enquanto que as crianças até aos 2 anos não vão além dos 2% (Quadro 33). Quadro 33 Número de utilizadores em cuidados de saúde primários na Região Centro, por Sub região de Saúde, de 01/01/2008 a 31/12/2008 Grupos Etários Região Centro * % Var. 07/08 (%) Aveiro Castelo Branco (ex ) Coimbra (ex ) Guarda * Leiria Viseu < 12 meses , meses , anos , anos , anos , => 65 anos , Total Fonte: ARSC, IP * Inclui utentes da ULS da Guarda, EPE Do total de utentes inscritos nos centros de saúde desta área de influência, não dispunham de médico de família atribuído em Dezembro de 2008, mais 6,4% do que em Quase 80% dos utentes sem médico atribuído estavam inscritos em centros de saúde das Sub regiões de Saúde de Aveiro, Leiria e Viseu, e menos de 5% correspondiam a centros de saúde dos distritos de Castelo Branco e Guarda. No entanto, foi nas SRS de Castelo Branco e da Guarda que mais aumentou o nº de inscritos sem médico de família (Quadro 34). Os utentes com médico de família, que em Dezembro de 2008 totalizavam utentes, registaram um aumento de 5,7% relativamente ao ano anterior, para tal contribuindo a SRS de Leiria e da Guarda, verificandose o oposto em Aveiro e em Castelo Branco (Quadro 34). 29

40 Quadro 34 Número de inscritos com e sem médico de família atribuído, por Sub região de Saúde Sub região de Saúde Com Médico de Família Var. 07/08 (%) Nº de Utentes Inscritos até Sem Médico de Família Var. 07/08 (%) Total Var. 07/08 (%) AVEIRO , , ,7 CAST. BRANCO , , ,4 COIMBRA , , ,3 GUARDA * , , ,8 LEIRIA , , ,9 VISEU , , ,1 TOTAL , , ,8 Fonte: ARSC, IP * Inclui utentes da ULS da Guarda, EPE Em 2008 foram realizadas consultas de adultos em unidades de cuidados de saúde primários da ARS Centro. A maioria dessas consultas corresponderam a consultas do idoso (65 e mais anos), não obstante este grupo etário corresponder a apenas 12% dos utentes utilizadores (quadro 35). As consultas de planeamento familiar, saúde materna e saúde infanto juvenil totalizaram enquanto que, em idêntico período, foram realizados domicílios (Quadro 35). As consultas urgentes (SAP) realizadas em 2008 ascenderam a consultas, menos 15% do que em 2007, e o atendimento complementar atingiu as consultas (relativamente a estas não há informação referente às SRS de Guarda e Leiria), conforme o quadro 35. Quadro 35 Distribuição das consultas realizadas em cuidados de saúde primários na Região Centro em 2008 Consultas Realizadas Rgião Centro * Var. 07/08 (%) Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda * Leiria Viseu Total de consulta adultos anos anos e mais anos Total de consultas Planeamento Familiar Total de consultas de Saúde Materna Total Consultas Saúde Infantil e Juvenil Domicílios Atendimento Complementar SAP Especialidades Fonte: ARSC, IP 30

41 CAPÍTULO II. PROGRAMAS DE SAÚDE

42 1. PROGRAMA DE PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS DOENÇAS CARDIO CEREBRO VASCULARES As doenças crónicas designadamente as doenças cardiovasculares são as doenças mais prevalentes nas regiões e países mais desenvolvidos do Mundo, estando relacionadas com o envelhecimento da população e estilos de vida ( riscos auto impostos ). Em Portugal e na Região Centro as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade, implicando elevados custos (directos e indirectos) decorrentes da sua gestão clínica. Pelo risco de complicações vasculares (macro e microvasculares) decorrentes da diabetes mellitus, esta doença está incluída no programa de prevenção e controlo das doenças cardiocerebrovasculares não obstante dispor de programa de actividades e coordenação regional próprios. 1.1 DOENÇAS CARDIO CEREBRO VASCULARES As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte e de incapacidade nas sociedades ocidentais. A Região Centro do País não é excepção neste aspecto, sendo de prever que o impacto nefasto destas doenças na nossa Região se venha a agravar com o crescente envelhecimento da população e com o aumento da prevalência dos factores de risco a elas associadas, particularmente na população mais jovem. Ao pretender se reduzir o impacto destas doenças do aparelho circulatório na Região Centro, e na sequência do Plano de Acção já desenvolvido desde 2006, tornou se necessário continuar a intervir em duas vertentes essenciais: tratamento adequado das complicações agudas destas doenças e prevenção primária da doença (em especial nos grupos etários mais jovens). A estratégia consiste na organização mais eficiente dos recursos físicos e humanos existentes, permitindo oferecer a um maior número de pessoas o acesso a tratamentos apropriados, com evidência de redução da mortalidade e na morbilidade destas doenças e na prossecução de estratégias de prevenção e de capacitação em saúde, em especial junto da população jovem. 31

43 Actividades desenvolvidas e seus indicadores de produção Unidades de AVC Foram implantadas no terreno, e em conformidade com os objectivos traçados no anterior Plano de Acção, unidades de AVC (UVAC) com capacidade de realização de trombólise em todos os distritos, com excepção do distrito da Guarda neste último apenas ficou operacional em 2009 (Hospitais: HUC, CHC, Aveiro, Castelo Branco, Cova da Beira, Leiria e Viseu). Quadro 36 Indicadores de produção das unidades de AVC (UVAC), desde o início de actividade até 31/12/2008 Cidade Início U AVC Nº doentes admitidos na U AVC Nº doentes admitidos VVerde (INEM) Nº doentes admitidos urgência (directa) Nº doentes c AVC isquémico Nº doentes submetidos a fibrinólise COVILHÃ <= COIMBRA Jun % + 90% COIMBRA Nov (a) 161(b) x 1099(c) 50 CASTELO BRANCO Nov x AVEIRO x LEIRIA x x 52 5 FIGUEIRA DA FOZ UAVC BASICA x VISEU x x Programa PRECOCE Trata se de um programa em que, nos casos suspeitos de enfarte do miocárdio, os diversos centros de saúde (serviços de atendimento urgente) e os diversos hospitais podem contactar, via telemedicina, com os serviços de UCIC de referência e ali ser efectuado on line o diagnóstico à distância, com a avaliação em directo do ECG, exame clínico e outros exames necessários. Permite, igualmente, o aconselhamento terapêutico imediato e a organização do processo de referenciação do doente de modo a que chegue com a maior brevidade de tempo e já pré diagnosticado ao destino mais adequado (UCIC, hemodinâmica, etc.). 32

44 O sistema encontra se já implantado em 11 centros de saúde, tendo sido efectuadas em 2008 cerca de 30 intervenções por esta via. Prevê se o aumento da resposta com a entrada em funcionamento e transferência de plataformas de telemedicina para os serviços de urgência básica (SUB) a iniciar funções. Nos casos em que se fizeram monitorizações, verificou se uma taxa de confirmação de diagnóstico de EAM em 73% e uma demora média de admissão nas UCIC (ou Hemodinâmica) de duas horas após o contacto inicial por telemedicina. Cartão de risco cardiovascular Este projecto tem como finalidade promover a autogestão dos factores de risco e doença cardíaca, através da distribuição, aos utentes dos centros de saúde, de um cartão que regista os 5 principais factores de risco das doenças cardiovasculares (marcação com as cores verde, amarelo ou vermelho consoante o risco identificado). Fornece, também, explicações básicas sobre os factores de risco, sendo replicado nos sistemas informáticos. A fase piloto foi lançada em três centros de saúde (Aveiro, Eiras/Coimbra e Cantanhede), onde foram distribuídos cerca de 700 cartões. Foram criados novos interfaces e sistemas de recolha de dados nos sistemas informáticos de gestão das consultas e actos de enfermagem e, ao longo do ano e na sequência das reuniões de monitorização havidas, foram efectuadas adaptações para poder incluir os dados colhidos através dos cartões (os 5 factores de risco das doenças cardiovasculares) e articular devidamente os programas SAM e SAPE. O impacto junto dos utentes foi significativo, em particular nos casos em que havia factores de rico elevados (cartões amarelos ou vermelhos), tendo se observado, nestes casos, uma taxa de retorno para controlo de cerca de 95%. Programa de hipocoagulação Foi já cumprida a primeira parte do programa, que consistiu na distribuição de coagulómetros por todos os centros de saúde da ARSC que se mostraram interessados e na formação básica sobre a sua utilização. Foram ainda definidas as normas e vias para aquisição das tiras a utilizar. Quadro 37 Novos hipocoagulómetros distribuídos por distrito, em 2008 Distrito Nº hipocoagulómetros Aveiro 114 (já existiam cerca de 40) Coimbra 31 (já existiam 3) Castelo Branco 4 (já existiam 10) Guarda 15 Leiria 20 33

45 Viseu 20 TOTAL ARS 204 Neste momento (Janeiro de 2009) todos os centros de saúde equipados se encontram a utilizar este sistema. Para 2009 irão ser implementadas medidas de monitorização deste programa e irão ser instalados equipamentos de registo electrónico e transferência de dados entre instituições. Procurar se à responder às necessidades entretanto detectadas de aquisição de mais hipocoagulómetros, não só para os centros de saúde já integrados no programa como para outros que, entretanto, se mostraram interessados em aderir a este projecto. Programas locais de Suporte Básico de Vida (SBV) Este projecto destina se a dar competências de actuação prática no âmbito do SBV a diversas pessoas, profissionais de saúde ou não, que integrem comunidades locais a nível dos concelhos da área de influência da ARSC e a promover a instalação de desfibrilhadores externos automáticos (DEA) em locais cuja dimensão populacional e/ou tipo de actividades o justifiquem. Sendo reconhecida a extrema importância da precocidade de intervenção nas situações de paragem cardiorespiratória, e sendo quase total a falta de informação e formação da população nessa área, estes programas irão, de forma faseada promover a aquisição de DEA e possibilitar a formação contínua e prática regular do SBV aos formandos. Dentre os locais em que se considera relevante a implementação deste programa, mediante a formação em SBV, destacam se os centros desportivos, escolas, fábricas de grande dimensão e outras instituições sociais. Foi delineado um protocolo de colaboração entre a ARSC, Fundação Portuguesa de Cardiologia e Câmara Municipal de Cantanhede, bem como um plano de actuação e organização, tendo em vista iniciar, durante o ano de 2009, o projecto piloto PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA DIABETES A diabetes mellitus é uma doença crónica e incapacitante para o doente, considerada grave, representa um enorme desafio para o Serviço Nacional de Saúde. 34

46 Em consonância com os objectivos do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, procurou se inverter a tendência de crescimento da diabetes e das suas complicações, aumentando os ganhos em saúde. A diabetes mellitus é uma doença crónica grave. Até 2009 em Portugal, os estudos de prevalência de diabetes não eram efectuados em amostras representativas, consideravam se então os dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), relativamente à prevalência auto referida nas amostras de 1999 (4,7%) e de 2006 (6,7%), como os mais aproximados da realidade. Havia a convicção de uma tendência crescente da prevalência da diabetes em Portugal. Estimada pela Internacional Diabetes Federation (IDF), em 2007 a prevalência de diabetes seria de 8,2% e para 2025 seria cerca de 9,8%. Estas expectativas foram largamente ultrapassadas, para pior. Segundo o Estudo de Prevalência da Diabetes em Portugal 2009, a prevalência da diabetes verificada para a população portuguesa foi de 11,7%, destas tinham diagnóstico prévio 6,6% das pessoas e 5,1% das pessoas não sabiam que tinham diabetes Na Região Centro a prevalência da diabetes é 10,7%, sendo 6,4% diabéticos já diagnosticados e 4,3% diabéticos não diagnosticados. Em números totais o Estudo aponta para a existência de portugueses entre os 20 e os 79 anos com diabetes, dos quais (43,6% do total) não sabem que são portadores desta doença crónica. A prevalência de pré diabetes foi estimada de 23,2% entre os 20 e 79 anos, o que corresponde a pessoas com pré diabetes. 34,9% da população portuguesa, entre os 20 e os 79 anos ( portugueses), sofrem de diabetes ou de pré diabetes. As complicações resultantes desta doença, tais como a cegueira, amputações não traumáticas dos membros inferiores, insuficiência renal terminal e doenças cardiovasculares, cujo aparecimento poderá ser evitado ou retardado, desencadeiam um impacto negativo na qualidade de vida do diabético. Os objectivos gerais e metas a alcançar, por este Programa, coincidem genericamente com os definidos na Declaração de St. Vincent (1989), que visam a obtenção de ganhos em saúde, através da promoção da saúde e do aumento da sua qualidade, da esperança de vida do doente diabético e da redução das complicações crónicas da doença, isto é, aumentar o número de anos médio de vida livres de incapacidades por complicações da diabetes. As complicações resultantes desta doença, tais como a cegueira, amputações não traumáticas dos membros inferiores, insuficiência renal terminal e doenças cardiovasculares, cujo aparecimento poderá ser evitado ou retardado, desencadeiam um impacto negativo na qualidade de vida do diabético. Sendo a equidade um dos objectivos a atingir na promoção da saúde as estratégias de saúde no que se refere à diabetes mellitus assentam em intervenções de carácter equitativo, na medida em que pretendem proporcionar a todos os diabéticos ao Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, promovendo a auto gestão de todas as pessoas crianças, adolescentes, adultos e idosos. Mantêm se as orientações para todos os clínicos gerais e médicos de família disporem no seu horário de trabalho, de um período expresso para Consulta de Diabetes, com uma equipa constituída por médico/enfermeiro e se possível 35

47 com apoio de nutricionista/dietista, podologista, psicólogo, assistente social, etc.. Para tal, tem sido adquirido o material necessário, que se tem vindo a disponibilizar a todas as unidades de saúde. Rastreio Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética A prevalência de retinopatia diabética em diabéticos tipo 1 é de cerca 40% enquanto em diabético tipo 2 é de 20%. A faixa etária mais atingida situa se entre anos, sendo o sexo feminino mais afectado. Foram envolvidos todos os centros de saúde da ARS Centro, IP na convocação e realização de retinografias (2 fotos a cada olho). Para o tratamento da retinopatia diabética, com laser, foram envolvidos 11 hospitais: Hospitais Universidade Coimbra, Centro Hospitalar Coimbra, Hospital da Figueira Foz, Hospital S. Sebastião Feira (desde Julho de 2007 sob jurisdição territorial da ARS do Norte, IP), Hospital S. Teotónio Viseu, Hospital Sousa Martins Guarda, Centro Hospitalar da Cova da Beira, Hospital Amato Lusitano Castelo Branco, Hospital Sto. André Leiria, Centro Hospitalar das Caldas Rainha e Hospital Infante D. Pedro Aveiro. Através da identificação nominal dos diabéticos nos centros de saúde, realiza se a convocatória anual para o rastreio da retinopatia diabética. Número de retinografias realizadas em 2007: Número de retinografias realizadas em 2008: Total (desde o início do Programa) ANO Total Rastreios Quadro 38 Nº de retinografias realizadas de 2001 a 2008 Doentes que necessitam tratamento % Doentes que não necessitam de tratamento , , , , , , , , , , , , , ,4 Total % 36

48 Distritos AVEIRO Quadro 39 Doentes sujeitos a tratamentos de Retinopatia Diabética com laser HOSPITAIS Enviados Tratados Enviados Tratados Enviados Tratados H. S. Sebastião, EPE H. Aveiro CASTELO C. Cova Beira, EPE BRANCO H. C. Branco, SPA COIMBRA H.U.C., EPE H. CHC, SPA H. Fig. Foz, EPE GUARDA H. Guarda, SPA LEIRIA H. Leiria, EPE C. Caldas Rainha, SPA VISEU H. Viseu, EPE TOTAL

49 2. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS ONCOLÓGICAS 2.1. PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DA MAMA O rastreio do cancro da mama decorre na ARS Centro dentro dos padrões estipulados nas guidelines europeias. É um rastreio de base populacional, iniciado em Junho 1990, que atingiu a totalidade dos concelhos da Região em A população alvo é de mulheres entre 45 e 69 anos. O convite personalizado (bienal) à participação foi instituído em 2003, e a a digitalização da mamografia, feita pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em A consulta de aferição mantém se centralizada (cirurgia, imagiologia, citopatologia e psicologia), tendo este processo sido objecto de protocolo específico entre a ARS Centro e a LPCC em Outubro de Resultados: Mulheres convidadas (2007 8) 98,3% Mulheres rastreadas (2007 8) total Taxa de participação (2007) 68,5% (total) (Urbana 56,8%; Rural 81,7%) (Novas 35,7%, Repetidas 82,0%) Taxa de cobertura 67,3% Discrepância inter leitores em dupla ocultação( entre 1994 e 2007) 7,8% Nº de aferições na última volta (2007 8) (Tx Mamomgrafia +) ( 4,1%) Nº de aferições positivas na última volta (2007 8) 906 (9,4% das aferidas ou 4,1 por mil mulheres rastreadas). Com a reestruturação dos cuidados de saúde primários, fazemos a análise da participação, cobertura e aferição segundo a nova organização dos centros de saúde em ACES em anexo.( anexo I) Podemos constatar que a participação é mais elevada em Aveiro Norte/ARSN 85%, Beira Interior Norte I e Dão 83%, e a cobertura da população alvo sobretudo no interior onde há menor oferta (Beira Interior Norte I 86%, Dão 84%, Beira Interior Norte II e Serra da Estrela 81%). Os índices mais baixos de participação ocorreram no Litoral sul urbano, Pinhal Litoral II/Leiria 50%, no ACeS do distrito de Leiria que migra para a ARSLVT 51% e Baixo Mondego II 53%. A menor cobertura da população alvo observou se nos mesmos agrupamentos. 38

50 Os resultados finais relativos a só estarão disponíveis em 2010 dado que a maioria das mulheres ainda estão em tratamento, pelo que se apresentam os resultados obtidos até 2006: Taxa de detecção tumoral (1990 a 2006) Total 2,9 (Novas 3,8 ; Repetidas 1,9 ) Valor preditivo positivo da aferição (1990 a 2006) Total 59,3% (Novas 56,2%; Repetidas 59,3%) Até 2006, 81% dos tumores detectados eram invasivos (19% in situ). Das mulheres submetidas a cirurgia (98%), 39% realizaram cirurgia conservadora e as restantes 61% mastectomia. O tratamento primário por cirurgia ocorreu em 90% dos casos invasivos. Em 80% dos cancros detectados no programa de rastreio, não havia invasão ganglionar PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO COLO DO ÚTERO O rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) na Região Centro iniciou se de forma estruturada em 1990, com coordenação do Instituto Português de Oncologia de Coimbra (IPOC).Até 1997 foram englobados 65 centros de saúde. A partir de 2005, com a coordenação do programa dependente da Comissão Oncológica Regional (COR), o programa alargou se à totalidade dos centros de saúde da região em Julho de Alargámos o envolvimento a 2 laboratórios de citopatologia altamente qualificados. Foi criada rede de referenciação especifica com 12 Unidades de Patologia Cervical de referência creditadas, e adquiriu se um programa de informação específico. Até à reestruturação do programa em 2005, diagnosticaram se e trataram se 210 cancros do colo (0,5 %O) e 2490 lesões de alto grau pré malignas (5,4 %O ). A taxa de incidência na região subiu inicialmente, devido à procura activa, de 19,6 por 100 mil até 28,4 por 100 mil em 1995, iniciando uma queda progressiva desde essa data, situando se em 14,0 por mil em 2006 (última edição do Registo Oncológico Regional). De referir que, relativamente aos carcinomas invasivos, a região com 8 casos apresenta valores idênticos aos mais baixos encontrados nos países da CE, Espanha, Irlanda e Malta, 7 por 100 mil embora superiores ao gold standard Finlândia com 4 por 100 mil. 39

51 Gráfico V Taxa de incidência de cancro de colo do útero na Região Centro, padronizada para a idade pela população europeia (%000) A mortalidade por cancro do colo do útero tem vindo a diminuir, de 3, em 1996 até 2,1 em A incidência de cancro invasivo reduziu se drasticamente, se antes do inicio do rastreio menos de 20% dos cancros eram detectados no estádio I e II, sendo mais de 50% detectados em estadios avançados (III e IV), actualmente a situação inverteu se, sendo detectados mais de 90% dos casos nos estadios I e II sendo menos de 7% os casos detectados em fase avançada da doença. Desde 2005 a cobertura populacional tem vindo a subir. Foram rastreadas mulheres em 2004 (65 centros de saúde participantes), em 2005 (82 centros de saúde) e em 2006 (cobertura de todos os 109 centros de saúde da região em Junho), em 2007 e em Estes valores correspondem a uma cobertura progressivamente crescente da população alvo de 53% em 2006, 60% em 2007 e 61% em A última volta 2006 a 2008 : Realizaram o rastreio mulheres, o que em 3 anos representa uma taxa de cobertura de 60,2%. A taxa de execução aumentou 53% relativamente à volta anterior (2003 a 2005). Diagnosticaram se e trataram se 96 cancros do colo correspondendo a uma taxa de incidência de 0,30 Diagnosticaram se 1194 lesões de alto grau a que corresponde uma incidência de 3,7 e 3458 lesões de baixo grau (10,7 ). A percentagem de citologias insatisfatórias foi menor que 1%, significativamente inferiores à de outros programas. Mais de 90% (87) dos cancros diagnosticados correspondem a mulheres que foram rastreadas na primeira fase. 40

52 Pode ser consultada em anexo a cobertura e diagnóstico citológico por centro de saúde e por ACeS. (anexo II ) Podemos constatar que a cobertura da população alvo é mais elevada nos ACeS da Beira Interior Norte I 79,1%, Aveiro Norte/ARSN 75,4% e no Baixo Vouga Aveiro 72,2%) Os índices mais baixos de cobertura ocorrem nos ACeS do Litoral de Pinhal Interior Norte II 24%, Pinhal Litoral I 30% e Pinhal Litoral II 37%) PROGRAMA DE RASTREIO DO CANCRO DO CÓLON E RECTO O Grupo de Trabalho do Rastreio do Cancro do Cólon e Recto foi criado em 14 de Fevereiro de 2006, com o objectivo primordial de implementar na região um programa de rastreio de base populacional centrado nos médicos de família/equipas de saúde, de acordo com os procedimentos metodológicos técnica e cientificamente aceites, possuindo uma relação custo efectividade comportável, com um sistema de informação universal, facilitador do desempenho dos intervenientes e que permita a monitorização do processo e avaliação de resultados. Em Portugal, o carcinoma do cólon e do recto (CCR) representa a primeira causa de morte por cancro, mortes em 2005 (quase 10 óbitos por dia), vindo consecutiva e consistentemente a aumentar entre nós desde o início da década de 80, a uma taxa média anual superior a 4%. O CCR é uma neoplasia maligna susceptível de ser prevenida. Com efeito, cerca de 90% destes tumores têm a sua origem em pólipos adenomatosos benignos, os quais crescem e se desenvolvem no cólon durante 10 a 20 anos até se tornarem malignos, podendo a identificação e remoção atempada destes adenomas prevenir o CCR e, decorrentemente, reduzir a sua incidência. Além disso o CCR possui uma fase préclínica relativamente longa, no decurso da qual o tumor pode ser detectado num estádio precoce e curável. De acordo com dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) comprovados pelas estatísticas de saúde de países com programas de rastreio iniciados nos anos 80 90, uma em cada três mortes poderia ser evitada se os indivíduos com mais de 50 anos fossem vigiados com regularidade, uma vez que mais de 90% dos CCR ocorrem depois daquela idade. As recomendações do International Agency for Research on Cancer (IARC)/European Colorectal Cancer Network (ECRCN), vão no sentido da realização de rastreios de base populacional, utilizando a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) complementada com colonoscopia total nos casos positivos. 41

53 Foi esta a metodologia adoptada para a proposta de um piloto deste rastreio na Região Centro, incluído no Plano de Acção da ARSC 2006/2008. Obtivemos a colaboração da ACSS e do ACS CNDO na aquisição de um sistema de informação de apoio ao programa de rastreio em todas as suas vertentes. O Manual do rastreio foi concluído em Abril 2007 e apresentado à Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas (CNDO) em Julho 2007 em reunião da COR da ARS Centro. Possuímos, na região, capacidade técnica, diagnóstica e terapêutica para implementação do programa de base populacional, com resposta em tempo útil, com um módulo de monitorização e garantia de qualidade. Consideramos haver razoabilidade económica da proposta que indubitavelmente conduzirá a ganhos em saúde com elevada eficiência e efectividade (de referir que este rastreio possibilitará a prevenção e tratamento de cancro e de lesões pré malignas, a um custo global ligeiramente inferior ao dos rastreio cancro da mama e do cancro do colo do útero). O programa está pronto a ir para o terreno em 31 centros de saúde correspondendo a 6 ACeS tendo toda a estrutura montada no terreno projecto com manual, participação das equipas de medicina familiar, laboratório de saúde pública, gastrenterologia, anatomia patológica, cirurgia e módulo de monitorização (epidemiologia, estatística e informática). A 12 de Janeiro de 2009 será anunciado publicamente pela Srª Ministra da Saúde o inicio do rastreio na região centro, que se quer progressivamente abrangente de todo o território nacional. 42

54 3. PROGRAMA DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS Com o aumento da esperança de vida e o envelhecimento da população, surgem, necessariamente, novas necessidades em saúde e, consequentemente, agravam se os problemas familiares e sociais, surge um número cada vez maior de doentes com doenças crónicas incapacitantes e de pessoas com doenças incuráveis em estado avançado e em fase final de vida. As famílias enfrentam cada vez mais problemas para apoiarem os seus dependentes. O recurso aos hospitais de agudos torna se uma situação frequente para estes doentes cujas estadias muitas vezes se prolongam para além do número de dias desejável para colmatar os seus problemas. É neste contexto que surge a necessidade de criar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), facto consumado através do Decreto Lei n.º 101/2006 de 6 de Junho. As Unidades que integram a RNCCI podem ser de diferentes tipologias: Convalescença, Média Duração e Reabilitação, Longa Duração e Manutenção e Cuidados Paliativos, de acordo com a Directiva Técnica n.º 1/UMCCI/2008 de 07/01/2008. Equipas de rede A coordenação da RNCCI desenvolve se a três níveis: nacional, regional e local. Na Região Centro existe uma Equipa de Coordenação Regional (ECR), dezasseis Equipas de Coordenação Local (ECL) e treze Equipas de Gestão de Altas (EGA). Estas equipas, asseguram o planeamento, gestão, controlo e avaliação da Rede a nível Regional. Capacidade instalada A RNCCI começou a sua implementação na Região Centro através do estabelecimento de contratos com Unidades, no âmbito da Experiência Piloto, a partir de meados de Novembro de Até Dezembro de 2008 foram contratualizadas 871 camas, distribuídas pelas tipologias descritas no quadro

55 Quadro 40 Número de camas por tipologia e por distrito Distrito / Tipologia Convalescença Média duração Longa duração Paliativos Total Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Total % 12% 37% 48% 3% 100% Acordos efectuados No final de 2008 existiam 34 Instituições com as quais foram estabelecidos acordos de prestação de cuidados continuados integrados. Doentes atendidos Foram internados na Região Centro desde o início da experiência piloto até 30/9/2008 um total de doentes. A média etária dos utentes atendidos foi de 74 anos. Foi na tipologia de convalescença que existiu um maior número de utentes atendidos (1534 contra 1489 de média duração, 947 de longa duração e 285 de paliativos), acontecimento que está intimamente relacionado com o facto de a rotatividade ser necessariamente maior nesta tipologia, comparativamente com as outras. Proveniência dos doentes atendidos A origem dos doentes que integraram a rede, corresponde a 68,6% têm como proveniência o hospital (Quadro 41). A referenciação feita pelos hospitais tem principal relevância no ingresso na tipologia de convalescença, pois representa 87,3%. 44

56 Proveniência / Tipologia Quadro 41 Proveniência dos utentes atendidos Convalescença Média duração Longa duração Paliativos Total Domicílio 7,3% 20,5% 28,0% 0,5% 14,1% Lar /Residência 0,6% 2,8% 1,7% 0,0% 1,3% Hospital 87,3% 51,5% 39,9% 95,8% 68,6% Convalescença 0,1% 15,6% 3,4% 0,0% 4,8% UMDR 0,0% 1,2% 8,7% 0,0% 2,5% ULDM 0,4% 2,5% 3,4% 0,0% 1,6% CS /USF com Internamento UMDR Unidades de Média Duração e Reabilitação ULDM Unidades de Longa Duração e Manutenção 4,2% 6,0% 14,9% 3,7% 7,2% O facto de se verificar o ingresso de utentes numa tipologia, provenientes de uma unidade dessa mesma tipologia (acontecimento explicado com as transferências de utentes entre Instituições), demonstra a preocupação constante em colocar o doente o mais próximo possível da sua morada preferencial. Utilização da capacidade instalada Em 2008 (até Setembro), na Região Centro, a taxa de ocupação média das diferentes unidades foi de 74% para Convalescença, 87% na Média Duração, 93% na Longa Duração e 80% em Cuidados Paliativos. Em média cada episódio de internamento demora 57 dias. Os internamentos em Cuidados Paliativos têm a demora média mais baixa (19 dias) e os referentes à Longa Duração são os mais elevados (125 dias). Motivo da alta Verifica se que 35,5% dos utentes saídos tiveram alta porque atingiram os objectivos terapêuticos previstos (Quadro 42). O óbito representa 30,2%, sendo nos Cuidados Paliativos a tipologia onde a percentagem apresenta uma maior expressividade (60,7%). A agudização foi o terceiro motivo (12,8%) de alta dos doentes. Quadro 42 Motivo da alta Motivo da alta / Tipologia Convalescença Média Duração Longa Duração Paliativos Total Obt. objectivos terapêuticos previstos 50,1% 43,9% 13,7% 34,5% 35,5% Agudização 11,5% 14,8% 20,7% 4,4% 12,8% Cronicidade 14,6% 8,5% 2,3% 0,0% 6,3% Óbito 7,9% 17,0% 35,2% 60,7% 30,2% Alta a pedido 2,4% 7,6% 16,0% 0,0% 6,5% Outros 13,5% 8,3% 12,1% 0,5% 8,6% 45

57 4. PROGRAMA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 4.1. SISTEMAS DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Sistema de alerta e resposta apropriada (SARA) Em 2008, na região centro, foram declarados 12 casos de doença meningocócica pelo SARA; 6 meningites meningocócicas; 1 meningite pneumocócica e 5 sepsis meningocócicas. Leiria foi o único concelho a registar mais do que uma ocorrência. Sete doentes eram do sexo masculino e 5 do sexo feminino; 9 tinham menos de 1 ano de idade, variando esta entre os 2 e os 7 meses, e uma idade média de 4 meses. Os restantes 3 tinham respectivamente; 3; 8 e 37 anos. Setenta e cinco por cento dos casos ocorreram entre o final do Inverno e início do verão, de Janeiro a Julho.(Quadro 43). Quadro 43 SARA Doenças declaradas na Região Centro, por concelho, tipo e data, em 2008 CONCELHO DOENÇA SEXO IDADE DATA Alcobaça Meningite Meningocócica M 6 Meses 3 Mar Coimbra Sepsis Meningocócica M 2 Meses 12 Fev Condeixa a Nova Covilhã Meningite Meningocócica Meningite Meningocócica F 3 Anos 3 Set F 37 Anos 12 Dez Leiria Sepsis Meningocócica M 3 Meses 12 Jan Leiria Meningite Meningocócica F 4 Meses 21 Abr Oliveira do Hospital Sepsis Meningocócica M 3 Meses 15 Jul Peniche Meningite Pneumocócica F 7 Meses 28 Mar Pombal Meningite Meningocócica M 4 Meses 27 Abr Porto de Mós Sepsis Meningocócica M 3 Meses 29 FEV Sertã Meningite Meningocócica F 8 Anos 2 Jul Tábua Sepsis Meningocócica M 7 Meses 6 Set 46

58 A transcendência da doença meningocócica prende se mais com a gravidade da doença e consequências potencialmente graves do que com o número de casos. Não têm sido detectados casos agrupados de doença meningocócica por razões desconhecidas, no que depende das estirpes em circulação. Sabe se que a probabilidade de ocorrência é maior perante estirpes importadas para as quais a população não apresenta memória imunológica. Invoca se a importância da quimioprofilaxia dos contactantes, na prevenção da eclosão de casos agrupados, pois sabe se que a sua prescrição é regra dos médicos envolvidos no controlo e vigilância da doença meningocócica; no entanto esta hipótese carece de confirmação. Doenças de declaração obrigatória A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das DDO. A última publicação refere se aos dados históricos de 2003 a 2007 (Doenças de Declaração Obrigatória , Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde, Divisão de Epidemiologia, Direcção Geral da Saúde, Lisboa, 2008). Nesta série de 5 anos a proporção dos casos declarados pela região centro, em relação ao total de casos residentes no país, variou entre os 20% (1040/5259) em 2005 e os 18% (714/4019) em A tuberculose respiratória foi sempre a doença mais declarada nesta série temporal, seguida de outras salmoneloses e da febre escaronodular, quer no país, quer na região centro. Em 2007, o total nacional de tuberculose respiratória foi de 2219 caos, o que corresponde a uma taxa de 20,9 %oooo habitantes. Na região centro foram declaradas 307 tuberculoses respiratórias (A15 + A16), o que corresponde a uma taxa de 12,72 %oooo habitantes. A tuberculose respiratória representou 55% de todas as DDO declaradas a nível nacional em 2007 e 46% das declaradas na região centro. A taxa de incidência da tuberculose respiratória na região centro em 2007, calculada a partir do Sistema de Vigilância da Tuberculose (SVIGTB) mostra um valor (12,97%oooo) consistente com a taxa calculada a partir do Sistema de Vigilância das DDO (12,72%oooo). Em 2008 foram declaradas 208 tuberculoses respiratórias (A15 + A16), na região centro, o que corresponde uma taxa de 11,60 %oooo habitantes (Quadro 44). Em 2008, a taxa de incidência de tuberculoses respiratórias (A15 + A16) foi de 11,60 %oooo habitantes, como vimos, enquanto a taxa de tuberculoses pulmonares calculada pelo SVIGTV, também para a região centro, foi de 11,18 %oooo habitantes. Embora exista uma diferença de 10 casos que podem estar relacionados com a redefinição das regiões, os valores dados pelos 2 sistemas continuam consistentes. 47

59 Apesar do sistema de vigilância das DDO nunca ter sido avaliado é convicção generalizada dos diversos actores de que existe uma larga sub notificação. Contudo o comportamento do sistema é diferente consoante a doença. Assim, e como acabamos de ver, os dados da notificação obrigatória da tuberculose respiratória são consistentes com os dados do SVIGTB, que é um sistema cuja sensibilidade se situa acima dos 90% (Three Sources Capture Recapture Analysis to Assess the Sensitivity of Tuberculosis Surveillance in the Portuguese Health Region of Lisboa e Vale do Tejo in 2003, Furtado Cristina, et al Seminário sobre tuberculose multirresistente, DGS, 14 e 15 de Maio de 2008). É plausível que o mesmo se passe com as meningites de declaração obrigatória, mas pensamos que a larga maioria das restantes DDO enferme de facto de um larga sub notificação. Quadro 44 Sistema de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória Principais doenças declaradas em Portugal e na Região Centro em 2007 e 2008 Portugal, 2007* 2008 Doenças de Declaração Obrigatória Nº Taxa (%oooo) Tuberculose respiratória ,9 Outras salmoneloses 461 4,34 Febre escaronodular 182 1,71 Tuberculose respiratória ,6 Região Centro, 2007 Outras salmoneloses 97 4,02 Febre escaronodular 61 2,53 Tuberculose respiratória ,6 Febre escaronodular 64 2,65 Outras salmoneloses 44 1,8 Parotidite epidémica 34 1,4 Brucelose 26 1,07 Sífilis precoce 19 0,78 Tosse convulsa 18 0,74 Doença dos legionários 10 0,41 Região Centro, 2008 Hepatite aguda B 10 0,41 Tuberculose miliar 9 0,37 Hepatite aguda C 9 0,37 Meningite meningocócica 8 0,33 Leptospirose 8 0,33 Infecção meningocócica 7 0,29 Botulismo 5 0,2 Shigelose; d. hansen; tétano; I. gonocócicas; sarampo; H.viral não especificada; malária; leishmaníase visceral; equinococose 1 0,04 * Foi utilizada a estimativa da população residente para o final de 2007 (Fonte: INE) 48

60 4.2. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO PNV Com a finalidade de proporcionar à população da Região Centro serviços de melhor qualidade na área da vacinação, tem vindo a ser implementado o projecto Excelência na vacinação, que tem por finalidade: Proporcionar, à população da Região Centro, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando normas de procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adoptar, introduzir ou alterar medidas correctoras. As actividades desenvolvidas em 2008 (níveis regional, subregional e local), permitiram alcançar resultados que só foram possíveis com a sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área. Actividades desenvolvidas e indicadores ACTIVIDADES Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7, 14, 18, 25 e 65 anos de idade COMENTÁRIOS Foram realizadas avaliações semestrais (unidade de saúde, SRS/distrito e região) e Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes abrangidas pela campanha Men C Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes abrangidas pela vacinação complementar contra o sarampo Elaboração do relatório de actividades programa de Vacinação da Região Centro ano 2007 Uniformização da avaliação da cobertura vacinal a nível nacional Introdução da vacina contra as infecções por vírus do papiloma humano no PNV Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à Gripe Sazonal Participação do projecto Excelência na vacinação no Encontro Equidade, Efectividade e Eficiência em Saúde Prémio de Boas Práticas Inclusão do projecto Excelência na vacinação no Banco de Inovação em Saúde Apresentação do projecto Excelência na vacinação no decurso da visita de representação da Organização Mundial da Saúde à ARSC,IP Divulgação de informação relativa ao Programa nos sites da ARSC,IP, e da DGS Foram realizadas avaliações semestrais (unidade de saúde, SRS/distrito e região) e Foram realizadas avaliações semestrais (unidade de saúde, SRS/distrito e região) e Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua integração no relatório de actividades da ARSC,IP Participação em reuniões com responsáveis regionais e nacionais generalização da aplicação da ficha de avaliação da região Centro a nível nacional Preparação da entrada desta vacina no PNV, e dirigida às jovens nascidas em 1995 (ano 2008); Divulgada informação no site da ARSCentro,IP Aplicação de suportes de informação relativos a: profissionais de saúde centros de saúde e hospitais; idosos e população em geral; instituições de apoio social e/ou privada de saúde Preparado documento para o Prémio de Boas Prática, sendo produzido e apresentado Poster exposto durante o Encontro, realizado em 16 e Preparado documento para o Banco da Inovação em Saúde, tendo sido aceite a sua inclusão em Setembro de 2008 projecto em Apresentação do projecto em reunião de trabalho realizada em Foram divulgadas através do site da ARSCentro diversos materiais de apoio à implementação do PNV localizados em saúde pública material de apoio técnico Excelência na vacinação PNV. Reuniões com os responsáveis subregionais do Programa de Vacinação Foram realizadas 7 reuniões ao longo do ano de 2008 Elaboração, edição, distribuição e divulgação de material de apoio ao programa Elaborado: folheto vacina HPV cartões de convocatória vacina HPV 49

61 Foram momentos marcantes para o Programa de Vacinação Regional em 2008, a continuidade na implementação do PNV, a campanha de vacinação contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do Serogrupo C (Campanha Men C), a vacinação complementar contra o sarampo, a introdução em 27 de Outubro de 2008, da vacina contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV), a implementação de suporte de informação relativo à Gripe Sazonal e o contributo prestado para a uniformização da avaliação da cobertura vacinal a nível nacional. Cobertura vacinal (PNV) Verificou se uma evolução positiva das coberturas vacinais, com particular destaque para as coortes dos 18, 25 e 65 anos de idade. Referência para os 84% de cobertura atingida em , com a 1.ª dose da vacina HPV, nas raparigas nascidas em 1995, reflexo do investimento efectuado nesta área, pelos profissionais de saúde. À excepção das coortes que completaram o 25.º e 65.º aniversários em 2007, todas as outras, obtiveram taxas de cobertura superior a 95% (quadros 45 e 46). As metas regionais, foram atingidas, nas coortes que completaram o 1.º e 65.º aniversários em Quadro 45 Cobertura vacinal vacinas do PNV coortes de nascidos do ano de avaliação, 1, 2, 7 e raparigas com 13 anos de idade Nascidos ano de avaliação 1 ano de idade 2 anos de idade 7 anos de idade Raparigas com 13 anos de idade BCG VHB I BCG DTPa III Hib III VIP III VHB III MenC II DTPa IV Hib IV VASPR I MenC DTPa VIP IV VASPR II HPV I Avaliação 2006 (%) Avaliação 2007 (%) Avaliação 2008 (%)

62 Quadro 46 Cobertura vacinal Vacinas do PNV coortes de nascidos de 14, 18, 25 e 65 anos de idade 14 anos de idade 18 anos de idade 25 anos de idade 65 anos de idade VASPR II VHB III Td VASPR II VIP VHB III Td Td Td Avaliação 2006 (%) Avaliação 2007 (%) Avaliação 2008 (%) Campanha de vacinação contra a doença invasiva por Neisseria Meningitidis do serogrupo C A Região Centro apresenta cobertura vacinal 95% nas coortes de nascidos entre 1994 e 2004 (até Setembro). Durante o ano de 2008, foram vacinadas crianças e jovens integradas na campanha de vacinação, existindo ainda um total de crianças e jovens que ficaram por vacinar na Região Centro. Dado que a campanha Men C acabou no final de 2008, aguarda se que a DGS emita circular que uniformize procedimentos a adoptar, nomeadamente em relação aos remanescentes das coortes que estiveram em campanha, e ainda sem qualquer dose de Men C. Quadro 47 Cobertura vacinal da Campanha Men C, em 31/12/2008 Coortes de nascidos 2004 (até Setembro) Avaliação a % 97% 96% 96% 96% 95% 93% 94% 93% 91% 90% 90% 89% 87% 87% 85% Avaliação a % 97% 98% 98% 97% 96% 96% 97% 96% 96% 95% 94% 93% 91% 91% 88% Vacinação complementar contra o Sarampo Na sequência de surtos de sarampo ocorridos em vários países europeus (e noutros continentes), foi realizada durante 2008, avaliação da cobertura vacinal com a vacina contra o sarampo, a parotidite epidémica e a rubéola, nas coortes de nascidos entre 2006 e

63 A Região Centro apresenta cobertura vacinal 97% nas coortes de nascidos em 2001, 1993, 1992, 1991 e 1990, cobertura vacinal 98% nas coortes de nascidos em 2006, 2005, 2004, 2003, 2000, 1999, 1998, 1997, 1996, 1995 e 1994 e cobertura vacinal 99% na coorte de nascidos em Quadro 48 Cobertura vacinal da vacinação complementar contra o Sarampo, em 31/12/2008 Coortes de nascidos Avaliação a % 98% 98% 98% 99% 97% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 97% 97% 97% 97% Inoculações de vacinas do programa nacional de vacinação No ano de 2008, foram administradas e registadas no SINUS Vacinação, vacinas, na Região Centro. Quadro 49 Mapa de inoculações na Região Centro em 2008 (total de doses por vacina) Vacinas BCG VHB Td VIP Hib VASPR DTPaHib DTPaVIP DTPaHibVIP DTPa MenC HPV Gard HPV Cerv Região Centro Vacinação contra a gripe sazonal em 2007/2008 Em relação aos profissionais de saúde, deverão ser reformuladas as estratégias que possam permitir uma maior adesão à vacinação antigripal, devendo envidar se esforços para melhorar essa situação já na próxima época sazonal. No que respeita aos idosos e população em geral, a possibilidade desta vacina ser administrada em farmácias e postos de enfermagem retirou aos serviços oficiais qualquer possibilidade de monitorização e avaliação credíveis, devendo ser acauteladas medidas que minimizem esse inconveniente. Mantém se uma boa adesão por parte das instituições, verificando se ainda a necessidade de melhorar a cobertura vacinal, nos utentes institucionalizados, mantendo se uma baixa taxa de cobertura nos profissionais. 52

64 Profissionais de saúde Idosos e população em geral Instituições de apoio social e/ou privada de saúde** Centros Saúde Médicos Hospitais* Centros Saúde Enfermeiros Hospitais* Centros Saúde Hospitais* Administrativos, Auxiliares, Outros técnicos < 36 meses 3 8 anos 9 17 anos anos anos anos 65 anos Total Profissionais das instituições Utentes institucionalizados Instituições respondentes Avaliação 07 08(%) ,2 0,5 0,6 0,5 0,8 3,3 16,3 4, * Dados de 10 Hospitais (num total de 20) ** Dados de 98 concelhos (num total de 101) 4.3. VIH SIDA A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) inclui no seu Plano de Actividades um programa de prevenção e controlo da infecção VIH/sida que segue as linhas estratégicas da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, devidamente adaptado à realidade da Região Centro. O ano de 2008 foi o último ano de existência das Subregiões de Saúde e, consequentemente das Comissões Distritais de Luta Contra a Sida (CDLCS) que ainda funcionavam, pelo que este Relatório de Actividades inclui os seus Relatórios de Actividades (Castelo Branco, Leiria e Viseu). No distrito de Coimbra, apesar de já não existir a Subregião de Saúde, mantiveram se alguns dos interlocutores privilegiados existentes previamente na CDLCS, com a coordenação da saúde através do Centro de Aconselhamento e Detecção do VIH (CAD) de Coimbra, pelo que também se inclui o respectivo Relatório de Actividades. O desenvolvimento de todas actividades de prevenção e controlo do VIH foi efectuado com base no preconizado no Plano da ARSC para 2008/09, bem como nas linhas estratégicas delineadas a nível nacional e articuladas a nível regional através da sua equipa coordenadora. Esta reúne periodicamente, através dos seus Pontos Focais, com a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, trabalhando em estreita colaboração com esta, Conselho Directivo da ARSC, CDLCS, CADs, Centros de Resposta Integrada (CRIs) do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), Centros de Saúde, Unidades de Saúde Familiares (USF), Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDPs), hospitais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e outros serviços e instituições de Educação, de Serviço Social, Autarquias, Institutos da Juventude, Associações Académicas e Comunicação Social da Região Centro. 53

65 Procurou fazer se a avaliação dos indicadores sugeridos a nível nacional, quando aplicáveis, através de todos os indicadores previstos no Plano Regional de Actividades da ARSC para 2008/09, apresentado. A ARSC, até Dezembro de 2008 possuía uma população residente (estimada em 31/12/2007), de habitantes distribuída por seis distritos. Até 30 de Setembro de 2008 foram notificados casos de infecções por VIH *, na Região Centro, o que dá uma taxa de infectados (casos acumulados) de 127,3 por 100 mil habitantes, isto é, um valor inferior à média nacional. No ano de 2008 (até 30 de Setembro), foram diagnosticados 119 casos em residentes na Região Centro (taxa de incidência de 4,93 por 100 mil habitantes), tendo ocorrido nestes 7 óbitos a). Aveiro foi o distrito com a maior taxa de diagnósticos de Infecção VIH/sida no ano 2008 (6,94 por 100 mil habitantes) (Gráfico VI e Quadro 50) e Guarda o que apresentou a menor (1,74 por 100 mil habitantes). Gráfico VI T. Infectados Diagnosticados no ano de 2008 por distrito VE Infecção VIH/sida Casos notificados diagnosticados no ano 2008, até 30/09 Fonte: INSA Quadro 50 Casos de Infecção por VIH Diagnosticados no ano 2008, por distrito (Casos declarados até 30/09/08) Estado Vital Distrito Casos Óbitos Total Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Total Fonte: CVEDT VE Infecção VIH/sida 54

66 Embora se tenha vindo a verificar um aumento progressivo dos diagnósticos nos últimos anos na Região Centro (especialmente acentuado em 2007 = 135), parece ter começado a estabilizar ou diminuir em 2008 (112 casos). Gráfico VII Evolução dos Casos Diagnosticados de Infecção pelo VIH/sida, na Região Centro Fonte: INSA VE Infecção VIH/sida: Casos notificados diagnosticados no ano 2008, até 30 de Setembro A Tuberculose (TB) é a infecção oportunista e doença indicadora de Sida mais frequente nos doentes infectados pelo VIH. Em 2008 foram notificados (DDO) na Região Centro, 289 casos de Tuberculose (280 de TB Respiratória e 9 de TB Miliar) na população em geral. A percentagem de co infectados com TB e VIH foi de 7,38 % em A maior parte dos casos diagnosticados em 2008 (57,1%) foi de Portadores Assintomáticos. Gráfico VIII Infecção VIH/sida: casos notificados até 30/09/2008 Fonte: Notificações do INSA VE 55

67 Metas atingidas METAS Nº de casos e óbitos por infecção VIH/sida, tuberculose, hepatites B e C e outras IST identificados, durante o ano a) % de notificações de casos de infecções VIH/sida efectuadas no ano 2008 b) Atingidas VIH/sida.358 TB.8 Hep B.3 Hep. C.12 Outras IST.92,3%Hospitais. 3,3% C. Saúde. 2,6% CATs. 0,4% EP. 1,5% Outros Atingidas VIH/sida.349 TB.10 Hep B.0 Hep. C.20 Outras IST. 85,1% Hospitais. 6,9% CRIs. 4,6% IPSS. 3,4% CS/USF % de doentes com tuberculose diagnosticada sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP 64,0% 48% % de notificações por tuberculose efectuadas c) 96,7% 82,8 % % de CS e USF que desenvolvem projectos de Saúde Escolar em 47,3% 46,2% parceria com escolas do Ensino Básico e Secundário nesta área d) % de CAJs que efectuam aconselhamento, detecção precoce do VIH/outras IST e referenciação dos casos positivos 100% 66,7% Nº de testes de pesquisa de AC VIH pedidos pelos hospitais Nº de testes de pesquisa de AC VIH pedidos pelos CS e USF # % de encaminhamentos de casos VIH positivos efectuados pelos CS/USF # 80% % de notificações de infecções por VIH/sida efectuados pelos CS e USF 3,3% 3,4% Nº de casos VIH positivos detectados pelos CDPs (7,4%) % de estabelecimentos prisionais com actividades de prevenção de Doenças Infecciosas em Meio Prisional 100% 100% % de ET do IDT do Centro que implementaram o Programa Klotho 100% 100% % de ERRMD do IDT do Centro que implementaram o Programa Klotho 50% 50% % de atendimentos/rastreios efectuados pelos CADs a trabalhadores e/ou utilizadores de sexo pago/ migrantes/hsh 32,4 % 21,8% e) Nº de reuniões efectuadas com hospitais, CS/USF, CDPs, IDT e CADs 5 4 Nº de cursos de formação efectuados para profissionais de saúde dos CS/ USF 2 2 Nº de cursos de formação efectuados para outros profissionais sobre a infecção VIH 0 2 Constituição da rede de referência hospitalar para os doentes VIH positivos f) sim Sim % de maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH 28,6% g) 50% g) % de hospitais que possuem testes rápidos de rastreio do VIH nos serviços de urgência # 40% g) ERRMD = Equipas de Redução de Riscos e Minimização de Danos e) f) Referente aos CADs respondentes (80% em 2008). Embora os doentes VIH positivos, possam optar ser referenciados para qualquer Hospital. g) Relativamente aos hospitais respondentes. * A identificar # Dados não disponíveis 56

68 Avaliação das actividades dos CAD da Região Centro Funcionaram, durante o ano de 2008, 5 CADs na Região Centro: Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu. Efectuaram testes de rastreio do VIH, sendo o CAD de Coimbra o que efectuou mais rastreios. Gráfico IX Testes de Rastreio para o VIH Efectuados pelos CADs em 2008 Fonte: ARS /CAD Foram positivos 36 dos indivíduos rastreados (em 2007 = 44), o que dá uma taxa de infecção pelo VIH de 7,6 por mil rastreados, inferior à verificada em 2007 (9,5 por mil rastreados). A taxa de infectados detectados varia nos diferentes CADs, apresentando o CAD de Leiria a maior (11,8 por 1000 rastreados) e o CAD de Coimbra a menor (5,2 por mil). Constatou se que uma percentagem razoável dos utentes dos CADs (21,8%) pertencem a grupos vulneráveis da população, tais como trabalhadores/utilizadores de sexo pago/ migrantes e/ou HSH (Homens que têm Sexo com Homens). As seguintes Comissões Distritais de Luta Contra a Sida (CDLCS) que ainda funcionaram em 2008, apresentaram a avaliação das suas actividades através dos respectivos Relatórios de Actividades, CDLCS de Castelo Branco; CDLCS de Leiria; CDLCS de Viseu. A CDLCS de Coimbra, apesar de formalmente extinta com a extinção da SRS, manteve os seus interlocutores privilegiados através da coordenação do CAD de Coimbra, apresentou, desenvolveu e apresentou o respectivo Relatório de Actividades. 57

69 4.4. PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA GRIPE De acordo com o disposto no Plano Nacional de Contingência do Sector da Saúde para a Pandemia de Gripe da DGS editado em Março de 2007, a gestão da ameaça pandémica da gripe a nível regional é da responsabilidade das administrações regionais de saúde. O Plano Regional de Contingência para a Pandemia de Gripe/sector da saúde, homologado em Julho de 2008 pelo Conselho Directivo, é normativo no que diz respeito às unidades de saúde (públicas e privadas) da área de influência da ARSC. Este documento diz, contudo, respeito a todas as fases de actividade gripal (incluindo a gripe sazonal). Actividades desenvolvidas A ARSC, enquanto focal point regional da preparação pandémica, deu cumprimento ao disposto no Plano Nacional de Contingência do Sector da Saúde para a Pandemia de Gripe da DGS editado em Março de 2007, tendo operacionalizado em Abril de 2008 este normativo nacional na forma de Plano de Contingência Regional para a Pandemia de Gripe na sequência do determinado pelo Conselho Directivo deste instituto público em Abril de 2007 (data da divulgação do normativo nacional). Em Dezembro de 2007 foi submetido, pelo Departamento de Saúde Pública e Planeamento, aquele órgão dirigente uma versão preliminar do plano regional que, depois de apreciada pelo Grupo Regional da Gripe (estrutura na dependência directa do Conselho Directivo da ARSC e que inclui os principais hospitais da Região) e aprovada em Março de 2008, foi submetida aquele conselho em Abril desse ano para aprovação e homologação. Em Julho de 2008 é homologado pelo Conselho Directivo da ARSdo Centro, IP o Plano de Contingência Regional para a Pandemia de Gripe/sector da saúde disponibilizado on line, desde Setembro de 2008, na página web deste instituto público em saude.pt/saudepublica/material/paginas/gripe.aspx. Dando cumprimento às orientações da DGS, a ARSC tem promovido desde 2005, através das suas sub regiões de saúde, a vacinação sazonal de todos os profissionais (assistenciais) de saúde nas unidades de saúde da sua área de influência, mediante a oferta de vacina trivalente aos profissionais de saúde de unidades sob a sua dependência directa (unidades de cuidados de saúde primários) e a emissão de orientações destinadas aos hospitais e unidades privadas da sua área de influência a quem cabe assumir os custos integrais da vacinação anti gripal dos seus profissionais. 58

70 Assim, foi disponibilizada, no inicio da época gripal de 2008/2009 a todos os profissionais de saúde das unidades dependentes da ARSC a vacina trivalente (sazonal) da gripe. A coordenação de todo o processo e a recolha, consolidação e processamento de dados vacinais esteve a cargo do Programa regional de vacinação. Pretende se com esta medida preconizada pelos CDC desde meados dos anos 80 do século passado reduzir o risco de infecção em indivíduos particularmente susceptíveis que acorrem às unidades de saúde e, adicionalmente, prevenir o absentismo laboral dos profissionais de saúde decorrente de surtos gripais. Durante a época sazonal de 2008/2009, e mais precisamente nas últimas semanas de 2008, as elevadas taxas de ataque observadas e traduzidas por um aumento de procura de cuidados de saúde, motivaram as deliberações do Conselho Directivo a ARSC de manter em funcionamento no dia 1 e fins de semana de 3 e 4 e 10 e 11 de Janeiro centros de saúde das principais áreas urbanas da Região. A estratégia da ARSC em promover a utilização apropriada dos serviços de saúde 1º contacto institucional com o nível primário do sistema de saúde conforme preconizada no Plano Regional para a Pandemia de Gripe incluiu a dupla vertente institucional atrás referida e a capacitação da população em geral através da campanha on line Gripe? O que devo fazer. Esta campanha, que contou com a colaboração da assessoria de comunicação e relações públicas, incluiu a divulgação de press releases na imprensa regional e difusão de spots publicitários nas principais rádios da Região Centro ver Programa regional de capacitação em saúde PROGRAMA DE PREVENÇÃO E LUTA CONTRA A TUBERCULOSE Apesar de existir cura para a estirpe de TB que é sensível à medicação há mais de 50 anos, a tuberculose continua a ser a segunda infecção mais mortífera. Quase um terço da população mundial, está infectado com o Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Anualmente mais de oito milhões desenvolvem tuberculose activa, dos quais dois milhões vêem a morrer. A co infecção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB, duplicando o número de casos e de mortes de TB com VIH positivo. 59

71 Simultaneamente a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento inadequado, representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando minar anos de progresso no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige medicação diferente e mais onerosa. A finalidade do PNT é a redução sustentada do impacto da tuberculose na saúde da comunidade, traduzindo se numa diminuição anual da taxa de incidência, a qual será atingida através do aumento da taxa de detecção de casos novos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso terapêutico. Novas abordagens no diagnóstico da TB, associadas a sistemas de saúde aperfeiçoados e a uma maior informação da população, com paralelo investimento na estratégia DOTS (Toma de observação directa) são pois decisivas na detecção e tratamento precoces desta doença que deve ser encarada como uma pandemia a controlar. Impõe se assim o envolvimento pleno do Conselho Directivo da ARS e dos serviços de saúde no processo organizativo do PNT como programa prioritário, e a um enquadramento do novo modelo organizativo na reforma da saúde em curso, garantindo a continuidade da prestação de cuidados de saúde e dos processos de vigilância e controlo da TB. Actividades Foi criado em 2008 o grupo coordenador regional e definida a estrutura organizativa do PNT a nível regional. Reuniões com os coordenadores das unidades funcionais. Instalação do Programa SVIG TB, a nível da coordenação regional, que permitiu a análise dos dados e a articulação entre a coordenação regional e os coordenadores das unidades funcionais, no sentido de correcções e melhoria dos indicadores. Monitorização do programa a nível regional. Resultados Foram notificados 375 casos dos quais 350 foram casos novos, 27 foram recidivas e 4 após interrupção de tratamento. A incidência de TB na Região Centro em 2008 foi de 15,5%0000, decrescendo ligeiramente, relativamente a 2007 (16,4%0000). Foram notificados 3 casos multirresistentes, nenhum deles extensivamente resistente. 60

72 O distrito de Aveiro concentrou o maior número de casos com 40,8 seguido pelos de Viseu e Leiria com 15,7 e 14,7 % respectivamente (Quadro 51). O meio de detecção da doença foi por rastreio passivo, através dos sintomas, em 94,5 % (360) dos casos. Quadro 51 Casos novos por distrito Distrito M F MF % Aveiro ,8 C. Branco ,5 Coimbra ,8 Guarda ,5 Leiria ,7 Viseu ,7 Total ,0 Fonte: SVIG TB Continuam em tratamento 47,5 % (181) dos doentes e 46,2 % (176) completaram o tratamento. Houve mais mortes relativamente a 2007 (de 6 para 11) e o abandono à terapêutica também duplicou (3 em 2007 e 6 em 2008). Não se verificou insucesso terapêutico (Quadro 52) Quadro 52 Casos TB por tratamento Nº % Em tratamento ,7 Tratamento completado ,9 Interrupção por abandono 6 1,6 Morte 11 2,9 Insucesso terapêutico 0 0 Transferidos 7 1,9 Total ,0 Fonte: SVIG TB 61

73 A cobertura de TOD (Toma observada directa) foi de 63, 5 %. Aveiro foi o Distrito com maior número de doentes em TOD (139) seguido por Viseu (46). Quadro 53 Cobertura de TOD Nº % TOD ,5 NÃO TOD 87 23,2 TOD DESCONHECIDO 11 2,9 SEM REGISTO DE TOD 39 10,4 TOTAL ,0 Fonte: SVIG TB Dos casos notificados 94,9% (356) eram de nacionalidade portuguesa e apenas 5,1 % (19) foram diagnosticados em estrangeiros (Quadro 54) Os ucranianos encabeçam a lista dos casos de nacionalidade estrangeira com 4 casos, seguindo se os países das excolónias portuguesas: Angola, Moçambique, Guiné e Cabo Verde (Quadro 55). Quadro 54 Casos por nacionalidade Nº % PORTUGUESES ,9 ESTRANGEIROS 19 5,1 TOTAL ,0 Fonte: SVIG TB 62

74 Quadro 55 Casos por país de origem Nº % PORTUGAL ,9 UCRÂNIA 4 1,1 ANGOLA 3 0,8 MOÇAMBIQUE 2 0,5 GUINÉ BISSAU 2 0,5 CABO VERDE 2 0,5 VENEZUELA 1 0,3 S. TOMÉ E PRÍNCIPE 1 0,3 ROMÉNIA 1 0,3 PAQUISTÃO 1 0,3 LUXEMBURGO 1 0,3 BRASIL 1 0,3 TOTAL ,0 Fonte: SVIG TB 63

75 5. PROGRAMA DE SAÚDE MATERNO INFANTIL E DOS ADOLESCENTES Os indicadores materno infantis alcançados nos últimos anos pelo País e particularmente pela Região Centro, colocando os entre os melhores do Mundo, podem ser explicados pelo investimento estrutural e aplicação do Programa Nacional da Saúde da Mulher e da Criança (PNSMI). A CRSMC foi nomeada em 1998 e desde então as sucessivas direcções da ARS da Região Centro têm integrado na sua Missão o cumprimento do PNSMI, garantindo continuidade na organização materno infantil, por ele preconizada. Pretendeu se integrar a assistência de toda a população da Região numa rede de cuidados que garantisse equidade no acesso aos recursos instalados. Estabeleceu se uma rede de referenciação inter hospitalar com níveis assistenciais bem definidos. Criaram se relações de complementaridade entre os hospitais de diferentes níveis, visando a concentração das grávidas e recém nascidos de alto risco nos hospitais de apoio perinatal diferenciado (HAPD) e referenciação dos casos de diagnóstico prénatal. Os Serviços de Urgência Obstétricos equiparam se para garantir a monitorização de trabalho de parto. Constituíramse equipas perinatais com capacidade e competência para garantir o nascimento com qualidade e parto com segurança. Procedeu se à reorganização dos serviços de urgência obstétrica, garantindo cuidados de qualidade em continuidade. Estabeleceu se uma rede de referência entre os hospitais e os centros de saúde. Executou se um programa de formação de recursos humanos pluridisciplinares com distribuição racional por todas as instituições das redes de referência. Procedeu se à distribuição de equipamentos adequados ao cumprimento das responsabilidades assistenciais definidas para as Instituições. Constituíram se as Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF) em todas as redes de referência entre os hospitais e centros de saúde. As UCF estabeleceram protocolos assistenciais entre os hospitais e respectivos centros de saúde visando a concretização da vigilância partilhada da grávida, recém nascido, criança, jovem e adolescente. Estas unidades têm mantido um programa de avaliação e formação, visando a distribuição e cumprimento das normas por todos os profissionais. O rastreio das populações de risco foi efectuado em todos os serviços de neonatologia e utilizada a carta de nascimento e alta como veículo de sinalização e comunicação com os centros de saúde. Estabeleceram se relações de complementaridade entre os serviços de Neonatologia para concretizar com eficácia e eficiência as referências neonatais. Criaram se pólos de reanimação neonatal, em todas as maternidades com equipamento e recursos humanos, que permitem reanimação, suporte e estabilização de funções vitais até a concretização da transferência para cuidados intensivos. 64

76 Garantiu se o transporte neonatal medicalizado de todos os hospitais da Região para os HAPD, com uma equipa sediada na UCI do Hospital Pediátrico de Coimbra, que para além das funções assistenciais tem cumprido um programa de auditoria desde 1990, contribuindo para a articulação eficaz entre os vários hospitais da Região. A diminuição dos transportes neonatais, por sucesso dos programas de transferências in utero, permitiram que a mesma equipa concretizasse a transferência de crianças de alto risco dos vários Serviços de Pediatria da Região para a UCI do Hospital Pediátrico (único no País). Esta intervenção tem sido efectuada a nível regional, de forma equitativa, abrangendo os vários processos da assistência materna e infantil, visando a prevenção primária, secundária e terciária. A nível dos cuidados primários conseguiu se uma cobertura quase universal da vigilância da grávida e iniciou se a consulta pré concepcional. Alcançaram se as mais baixas taxas de prematuridade e prevalência do RN de Muito Baixo Peso do País. Com os programas de transferência ante natal conseguimos fazer nascer nos HAPD mais de 90% dos recém nascidos (RN) de alto risco. Investindo nos pólos de reanimação neonatais e nos diferentes serviços de neonatologia diminuíram se as admissões em CI e desapareceram as mortes potencialmente evitáveis na Região. A garantia de transporte medicalizado a toda a região permitiu garantir o acesso em boas condições aos cuidados intensivos neonatais e pediátricos a todas as crianças e RN. Iniciou se a implementação do sistema de vigilância partilhada do jovem e adolescente, à semelhança do já consolidado com a grávida, recém nascido e criança. Cumpriram se dois levantamentos regionais das necessidades assistenciais não satisfeitas. Resultados A taxa de cobertura em Saúde Obstétrica é de 99% e em Saúde Infantil de 90% sendo ainda precária no Jovem e Adolescente. Na Região Centro, só 1/3 dos nascimentos nascem em HAPD, condicionando uma poupança e rentabilização significativa dos recursos. Apesar de 2/3 dos nascimentos se efectuarem nos HAP, 90% dos RN de Alto Risco nascem nos HAPD, devido à eficácia dos programas de transporte antenatal só possível com os laços de complementaridade consolidados. Toda esta estrutura tem sido a responsável pelo facto das taxas de mortalidade serem as mais baixas do País (taxa de mortalidade neonatal inferior a 1,7 na Região). 65

77 A coordenação do processo de regionalização é assumida pelos HAPD, defendida pela comissão regional de saúde da mulher e da criança (CRSMC), com várias intervenções executadas voluntariamente e sem qualquer remuneração. A elaboração de protocolos entre HAP e CS tem sido executada de forma voluntária e sem remuneração pelos elementos das Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF), motivando e conseguindo adesão e participação de todos os profissionais. a) Propôs se a rectificação do decreto das UCF (entretanto a ARS Centro assumirá o apoio logístico e normativo até agora da responsabilidade das sub regiões), de forma que as UCF fossem renomeadas em todos os hospitais e criadas consultas de referência pediátricas e de adolescentes, em todos os serviços de Pediatria, a exemplo das Obstétricas; (processo que aguarda decisão) b) Propôs se que os contratos programa incluam na contratualização, todas as actividades inerentes à acção das UCF e às responsabilidades das Redes de Referenciação c) Propôs se a inclusão das UCF nos programas de articulação a elaborar pelos ACES; d) Fomentou se a articulação dos centros de diagnóstico prenatal e alargaram se, tendendo à sua generalização, as consultas pré concepcionais. 66

78 6. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DO TABAGISMO O consumo de tabaco e a exposição do fumo do mesmo é um dos principais problemas de saúde pública, com importantes consequências na saúde, na sociedade, na economia e no meio ambiente. É factor de risco de diversas patologias e a primeira causa conhecida de mortalidade e morbilidade evitáveis, Um em cada cinco mortes por cancro é atribuível ao consumo de tabaco. É o principal problema para a saúde pública nos países desenvolvidos. A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumadora A abordagem deste problema pelos profissionais de saúde aos seus utentes afigura se fundamental, tendo em vista incentivá los ao abandono do consumo de tabaco, optando por mais e melhor qualidade de vida. A prevenção na comunidade escolar e na comunidade em geral é essencial para alertar os jovens para estilos de vida saudáveis. Actividades desenvolvidas e indicadores Acções de formação para profissionais No decurso do ano de 2008 foram desenvolvidas acções de formação teórica com a carga horária de 18 horas, nos distritos/sub regiões de saúde desta Região (Quadro 56). O público alvo inclui profissionais com interesse na implementação de consultas nas suas unidades de saúde. Quadro 56 Acções de formação por distrito SRS/Distrito Médicos Enfermeiros Psicólogos Outros Total Aveiro Coimbra Não houve formação Castelo Branco Guarda Leiria Curso adiado para 2009 Viseu Total

79 Consultas de cessação tabágica Quadro 57 Distribuição das consultas de cessação tabágica SRS/distrito Total dos CS CS com consulta Aveiro Coimbra 22 4 Castelo Branco 11 8 Guarda 14 2 Leiria Viseu 26 7 Total Quadro 58 Novas consultas em 2008 e consultas seguintes de cessação tabágica SRS/distrito Casos novos 2007 Consultas seguintes Aveiro (1) Castelo Branco Coimbra (3) (3) Guarda (2) Leiria Viseu Total (1) Dados correspondentes à Universidade de Aveiro (2) Dados correspondentes ao Centro de Saúde da Meda (3) Dados não disponibilizados Contactos por telefone A Sub região de saúde (SRS) de Leiria realizou um total de 59 contactos por telefone. Grávidas fumadoras Quadro 59 Hábitos tabágicos das grávidas SRS Leiria Grávidas fumadoras Deixaram de fumar Continuaram a fumar 163(2) (2) Excluindo os centros de saúde Dr. Gorjão Henriques (Leiria), Marinha Grande e Nazaré (dados não disponibilizados) 68

80 Actividades desenvolvidas com enfoque para a prevenção Publicações de artigos sobre tabagismo em jornais distritais e regionais e em revistas locais. Distribuição de folhetos informativos dirigidos à comunidade e de cartazes divulgados nos centros de saúde, escolas e comunidade através das Unidades Móveis de Saúde. Participação em programas radiofónicos de âmbito local. Foram realizadas sessões de esclarecimento na comunidade e em escolas do 1º,2º 3º ciclo e Ensino Secundário, escolas profissionais e estabelecimentos prisionais. Realização de acções de rastreio dirigidos aos fumadores na comunidade em geral em Leiria e Castelo Branco e na comunidade escolar em Castelo Branco. Realização de um Colóquio (Covilhã) em parceria com a Santa Casa da Misericórdia. Acção de formação dirigida aos profissionais de Saúde no Hospital S. Teotónio, em Viseu. Colaboração da SRS de Leiria no 1º Encontro de Cessação Tabágica do Hospital S. André. Colaboração na organização do 2º Encontro sobre Tabagismo da Região Centro Realidades na Cessação Tabágica organizado pelo Grupo de Trabalho sobre Prevenção e a Cessação Tabágica da ARS Centro, IP. No âmbito específico do Projecto Escolas Livres de Fumo da SRS de Leiria: Distribuição de marcadores nas escolas que aderiram ao Projecto Escolas Livres de Fumo Curso de Formação com Acreditação a 75 professores das escolas que aderiram ao Projecto Escolas Livres de Fumo em Leiria, com carga horária de 18 horas Sessões de educação para a saúde em algumas escolas do Projecto. 69

81 7. PROGRAMA NACIONAL DE LUTA CONTRA A OBESIDADE A obesidade é uma doença crónica de relevo sócio económico. É também um grave problema de saúde pública, pela sua elevada prevalência e pela repercussão que apresenta na mortalidade das pessoas atingidas e pelos custos directos e indirectos que acarreta para a economia da saúde. A obesidade é a doença nutricional mais frequente nos países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. A sua prevalência (incluindo a obesidade grave) tem aumentado nas ultimas décadas. A era em que vivemos é marcada pelo desenvolvimento tecnológico e pela industrialização à qual a industria alimentar não é indiferente. A estes dois vectores associam se teorias económicas de gestão de recursos que levam à produção intensiva para reduzir custos e optimizar lucros, e as campanhas publicitárias agressivas e por vezes, cientificamente pouco correctas, que levam as populações menos informadas a adoptar padrões alimentares pouco saudáveis. Consciente deste problema foi criada a Comissão de Coordenação do Programa Nacional de Combate à Obesidade por despacho nº 4571/2005 de 01/02/2005 (publicado em DR nº 43 II série de 2/03/2005). Posteriormente foi criada a Plataforma Nacional Contra a Obesidade, medida estratégica, assumida politicamente a nível nacional, visando criar sinergias entre o sector da saúde e outros sectores. Os objectivos da plataforma nacional consistem em diminuir a prevalência da pré obesidade e obesidade, através de medidas integradas de prevenção primária, secundária e terciária, visando: alcançar progressos visíveis na redução da obesidade sobretudo em crianças e jovens até 2011; contribuir para o controlo da epidemia de obesidade; quantificar a prevalência da obesidade em adultos e crianças. Actividades desenvolvidas Das muitas actividades propostas para 2008 agendadas na planificação da Plataforma e que constam do respectivo programa, foram desenvolvidas com a parceria das ARS (designadamente, ARSC), as seguintes: Formação de formadores em alimentação saudável, nutrição e actividade física dirigidos a médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos; O programa de vigilância nutricional infantil da OMS (WHO European childhood obesity surveillance initiative Estudo COSI), que decorreu na Região Centro entre 29 de Maio e Junho de 2008; 70

82 Foram pesadas e medidas crianças do 1 º e 2 º anos do ensino básico nas escolas da Região que aderiram ao programa; Foram aplicados questionários ( Escola e Família ), pelos professores e pais das crianças envolvidas; De parceria com uma petrolífera nacional esteve na rua um road show que visitou algumas escolas de todo o país, tendo como finalidade sensibilizar a população em geral, e particularmente os jovens, para a necessidade de boas práticas a nível da alimentação; Foi dada continuidade ao projecto Comer na escola é bué de fixe que resultou de uma parceria assinada com a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) e a ARS do Centro; Foram implementados, ou dada continuidade aos seguintes projectos da área da qualidade alimentar desenvolvidos pelo Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARSC: projectos Pão.Come, Oleovitae e Aguarela Alimentar (ver Programa da Qualidade e Vigilância Alimentar). Foi criado, em 5 centros de saúde, a título experimental, um projecto de consultas multidisciplinares visando as boas práticas alimentares na luta contra a obesidade A criação de um módulo de aconselhamento telefónico do SNS continua em projecto, prevendo se a sua implementação em

83 8. PROGRAMA DA QUALIDADE E VIGILÂNCIA ALIMENTAR (QVA) A World Health Organization adoptou em 2000 uma resolução para reconhecer a segurança alimentar como uma função essencial de saúde pública, tendo em consideração o facto de morrerem anualmente em todo o mundo por doenças veiculadas por alimentos, cerca de 2,2 milhões de pessoas, sendo 1,9 milhões de crianças.. As Toxinfecções Alimentares Colectivas, não são presentemente nos países desenvolvidos a sua maior preocupação em termos de alimentação. Nos últimos anos por imposições legislativas e consciencialização colectiva tem havido uma melhoria franca no sector da restauração e em todos os operadores que processam a cadeia alimentar. A Alimentação está ainda, directa ou indirectamente relacionada com doenças crónicas como a hipertensão, dislipidémias, obesidade e excesso de peso, constituindo assim um importante factor de risco de patologias crónicas, como sejam as doenças do aparelho circulatório, a diabetes mellitus, as neoplasias e a osteoporose Os erros alimentares condicionam substancialmente o aparecimento das doenças supra mencionadas, sendo necessária uma intervenção integrada dos serviços de saúde, através de estratégias definidas no sentido de tentar mudar comportamentos e minimizar consequências. PROBLEMAS DE SAÚDE DA POPULAÇÃO INTERVENCIONADA PELO PROGRAMA DA QVA OBESIDADE TOXINFECÇÕES ALIMENTARES COLECTIVAS HTA DISPIDÉMIAS NEOPLASIAS D. CARDIO E CEREBRO VASCULARES O programa da QVA pretende contribuir para a avaliação e diminuição dos riscos para a saúde humana associados ao consumo de alimentos, melhorando a qualidade e a segurança alimentar, através de uma estratégia sustentada em vários projectos de intervenção. 72

84 Estratégias de Intervenção APOIAR A ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS SERVIÇOS DE AUTORIDADE DE SAÚDE ÁREA DA QUALIDADE ALIMENTAR AUMENTAR AS COMPETÊNCIAS EM NUTRIÇÃO DOS PROFISSIONAIS MÉDICOS E ENFERMEIROS DOS CSP ATRAVÉS DE UM PROCESSO DE FORMAÇÃO MONITORIZAÇÃO DOS COMPOSTOS POLARES NOS ÓLEOS DE FRITURA NA RESTAURAÇÃO COLECTIVA DIMINUIÇÃO PARA 1% DO NaCl ADICIONADO AO PÃO CONSUMIDO NA REGIÃO CENTRO CONTRIBUIR PARA A DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DAS TAC CONTRIBUIR PARA A DIMINUIÇÃO DA OBESIDADE DA POPULAÇÃO CONTRIBUIR PARA A DIMINUIÇÃO DA PREVALÊNCIA DAS NEOPLASIAS DA MAMA, DO CÓLON E PÂNCREAS CONTRIBUIR PARA A DIMINUIÇÃO DA PREVALÊNCIA DAS NEOPLASIAS DA NASOFARINGE/ ESTÔMAGO E DOENÇAS CARDIO E CEREBROVASCULARES APLICAÇÃO INFORMÁTICA PROJECTO AGUARELA PROJECTO OLEOVITAE PROJECTO PÃO.COME No ano de 2008 foram priorizados por estes serviços o projecto oleovitae e o projecto pão.come, dos quais passaremos a fazer um resumo de avaliação Projecto Oleovitae A elevada morbi mortalidade por doenças neoplásica, nomeadamente por neoplasias que eventualmente possam estar relacionadas com o excesso de gorduras saturadas introduzidas na alimentação e/ou aquelas que pela sua inadequada utilização culinária formam compostos polares em concentrações elevadas (>25), constituíram uma das preocupações deste programa. Considerámos assim, que a educação alimentar dos operadores do sector da restauração deveria ser um objectivo a concretizar durante o ano de A educação alimentar deste grupo populacional passou por um ensino personalizado dos manipuladores acerca do saber usar as gorduras na alimentação, as suas utilizações culinárias adequadas, a inutilização atempada das mesmas e encaminhamento para valorização ambiental (reciclagem). O projecto teve uma abrangência Regional e foram envolvidos todos os serviços de saúde pública da ARSC. Pretendemos assim vigiar a segurança dos óleos de fritura da restauração colectiva, através de detecção de compostos polares. 73

85 Sensibilizar os manipuladores de alimentos para uma utilização adequada dos óleos e uma confecção mais saudável dos alimentos. Vigiar o encaminhamento dos óleos pós utilização. Actividades desenvolvidas 1. Distribuição de 2760 Kits de detecção de compostos polares pelos Serviços de Saúde Pública da Região Centro (101). 2. Elaboração de dossier técnico, composto por vária documentação e distribuição informática através dos responsáveis sub regionais de projecto por todas as Autoridades de Saúde da Região Centro. 3. Distribuição de 1000 folhetos previamente elaborados pelo grupo de trabalho. Resultados Dos 101 concelhos envolvidos neste projecto, obtivemos respostas de 80, o que corresponde a uma percentagem de adesão de 79%. Gráfico X Nº de concelhos envolvidos no projecto N.º de concelhos envolvidos da ARSC Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu n.º concelhos n.º concelhos com respostas Em cada distrito a % de execução teve a distribuição referenciada no gráfico que se segue. Esta % teve como base o n.º de Kits distribuídos por distrito. 74

86 Gráfico XI Percentagem de execução do projecto por distrito % de execução do projecto em cada distrito Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Região Gráfico XII Nº de avaliações realizadas por distrito n.º de avaliações realizadas por distrito Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Ao todo na região centro foram feitas 2039 avaliações de compostos polares nos óleos de fritura. Uma percentagem de 7% encontrava se com valores superiores a 24% de CP (compostos polares), pelo que os alimentos confeccionados com estes óleos poderiam ser considerados de risco para a saúde dos consumidores. Acima de 17% de CP encontramos 22% de avaliações. Embora valores entre os 17 e os 24% sejam ainda aceitáveis teremos de ter uma maior acuidade nestas situações que poderão tornar se de risco se não houver sensibilização dos profissionais da restauração para esta matéria. 75

87 Gráfico XIII Nº de avaliações dsitribuídas pelas % de compostos polares n.º de avaliações distribuidas pelas % de compostos polares < 5 6 a a a 23 > 24 0 Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Quadro 60 Determinações distribuídas pelas % de compostos polares DISTRITO N.º DE DETERMINAÇÕES DISTRIBUÍDAS PELAS % DE CP N.º TOTAL DE DETERMINAÇÕES < 5 6 a a a 23 > 24 Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Região Propostas para 2009 Consideramos que o trabalho desenvolvido nesta área merece continuidade, porque nos permite contribuir de uma forma inequívoca para a melhoria da segurança alimentar, pelo que nos propomos continuar a vigiar o sector da restauração e bebidas e a sensibilizar os profissionais que nele trabalham como manipuladores de alimentos. Perspectivamos a aquisição de sondas de avaliação de compostos polares, para serem utilizadas pelos serviços de Saúde Pública num regime de rotatividade. Estas sondas permitirão uma avaliação mais precisa e um maior número de avaliações o que possibilitará aos serviços, uma cobertura mais alargada dos estabelecimentos de restauração da Região Centro. Incidiremos o nosso trabalho nas situações que nos pareceram, face aos resultados encontrados, as mais problemáticas. 76

88 Projecto pão.come As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte nos países desenvolvidos, sendo Portugal é o país da União Europeia com a maior elevada taxa de mortalidade por acidentes vasculares cerebrais (AVC). O principal efeito adverso associado ao consumo excessivo sal é o aumento da tensão arterial factor de risco das doenças cardiovasculares. Além da patologia cardiovascular (hipertensão arterial e hipertrofia ventricular esquerda secundária) o consumo excessivo de sal está também associado a um risco acrescido de neoplasias designadamente, de localização gástrica, laríngea e oro e nasofaríngea. Com o objectivo de diminuir estas patologias na Região Centro, propôs se a ARSC intervir na indústria de panificação por forma a que apenas se adicione cerca de 1% de sal por quilo de farinha, na confecção do pão. Actividades desenvolvidas Reuniões de formação e sensibilização dos profissionais de saúde pública dos novos concelhos envolvidos. Uma reunião de avaliação do projecto Conferência de impressa para apresentação pública do projecto Artigos de revistas e jornais Elaboração de poster e sua distribuição Entrevistas de rádio e televisão Participação no evento praça do pão.come Envolvidos neste projecto mais 34 concelhos Envolvidas 439 padarias Envolvimento de cerca de 150 profissionais Realizadas 2144 análises. Resultados Os resultados aqui apresentados, por dificuldades técnicas (faseamento do projecto, que se encontra em estadios diferenciados) são resultados agregados de avaliação da primeira e segunda fase de 60 concelhos envolvidos. A taxa de adesão das padarias a este projecto foi de 97% A taxa de cobertura a 31 de Dezembro era de 77% da população da Região Centro. 77

89 Quadro 61 População abrangida DISTRITOS/REGIÃO CENTRO POPULAÇÃO ABRANGIDA PELO PROJECTO EM DEZEMBRO DE 2008 AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA GUARDA LEIRIA VISEU REGIÃO CENTRO (77% da população da região) Quadro 62. Padarias envolvidas por distrito AVEIRO 183 CASTELO BRANCO 40 COIMBRA 221 GUARDA 107 LEIRIA 125 VISEU 85 REGIÃO CENTRO 761 Quadro 63 Número de análises realizadas por distrito AVEIRO 341 C.BRANCO 75 COIMBRA 437 GUARDA 421 LEIRIA 402 VISEU 195 REGIÃO

90 Quadro 64 Média de NaCl por 100g de pão após sensibilização 1.º objectivo 2.º objectivo 1,5g 1,25g 1.ª aval 2.ª aval AVEIRO O,97 0,77 CASTELO BRANCO 1,12 1,11 COIMBRA 1,28 1,13 GUARDA 1,07 1,01 LEIRIA 1,25 1,13 VISEU 0,97 0,96 MÉDIA 1,14 1,02 Quadro 65 VALORES LIMITES DOS RESULTADOS EM GRAMAS DE NaCl POR 100g DE PÃO AVEIRO 0,18 0,83 CASTELO BRANCO 0,56 1,52 COIMBRA 0,57 1,95 GUARDA 0,52 1,82 LEIRIA 0,25 2,43 VISEU 0,47 1,72 REGIÃO 0,18 2,43 CUMPRIMENTOS DAS METAS PROPOSTAS O projecto apresenta para cada padaria quatro metas analíticas que são avaliadas laboratorialmente em cada semestre, sendo os valores propostos os seguintes: Quadro 66 Valores de NaCl por 100g de pão 1.ª = <1,5g 2.ª = <1,25g 3.ª = <1g 4.ª = < 0,8g Quadro 67 Percentagem de incumprimentos Figura 3 Distribuição geográfica DISTRITOS 1.ª Fase 2.ª Fase INCUMP (%) INCUMP (%) AVEIRO 2 3 CASTELO BRANCO 5 20 COIMBRA GUARDA 1 5 LEIRIA VISEU 7 10 Região Centro dos concelhos envolvidos 79

91 Propostas para 2009 Para o ano de 2009 propomo nos envolver mais 10 concelhos e 100 padarias. Não poderemos estimar o número de análises a realizar pois o mesmo será decorrente do número que padarias que irão aderir ao projecto no próximo ano, assim como a sua evolução nas padarias que se encontram com o pão.come em curso. 80

92 9. PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM MEIO ESCOLAR 9.1. PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ORAL/CONTRATUALIZAÇÃO O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) é um programa de nível nacional que assenta numa estratégia de promoção da saúde e prevenção das doenças orais. Nos últimos nove anos tem garantido às crianças até aos 16 anos de idade a possibilidade de tratamento da cárie dentária. Os profissionais dos centros de saúde (médicos, enfermeiros e higienistas orais) têm assegurado as actividades de educação para a saúde, reforço da escovagem dos dentes nos jardins de infância e nas escolas, administração do bochecho fluoretado nas escolas do 1º ciclo, rastreios orais e encaminhamento para tratamentos. Numa perspectiva de continuidade de cuidados, o processo de contratualização com estomatologistas e médicos dentistas tem permitido realizar os tratamentos dentários das crianças que, na escola, participam nas actividades do programa básico de saúde oral e desenvolveram cárie dentária. Anualmente, por despacho ministerial, é aprovada a dotação financeira, as prioridades e os procedimentos para a abertura das candidaturas ao processo de adesão à contratualização. Após a aprovação da contratualização a distribuição do financiamento é feita de acordo com critérios demográficos e de taxas de execução obtidas no ano anterior. A nível regional os procedimentos são desencadeados em sede de Comissão Paritária, com base nos Termos de Referência e consubstanciados através da celebração de Contratos de Prestação de Serviços. A avaliação dos resultados é feita no final de cada ano civil num Mapa Anual criado para o efeito. A operacionalização de todos estes procedimentos compete à Comissão Paritária Regional. 81

93 Indicadores de produção e taxas de execução Quadro 68 PNPSO/CONTRATUALIZAÇÃO (2008) C. S. com contratualização % Profissionais contratualizados (Estomatologistas e Médicos Dentistas) 388 Grupo Etário 3 5 Anos 6 8 Anos 9 13 Anos Anos N.º de crianças contratualizadas: N.º de crianças que concluíram a contratualização: % N.º de consultas realizadas: Valor da facturação ,00 euros , , , ,00 Diagnóstico Dentário do Grupo Temporários Temporários Permanentes Permanentes Permanentes N.º de dentes cariados N.º de dentes perdidos Inicio do Program a N.º de dentes obturados N.º de dentes selados Final do Program a N.º de dentes cariados N.º de dentes perdidos N.º de dentes obturados N.º de dentes selados Evolução das taxas de execução de 2000 a 2008: Gráfico XIV Contratualização 2000/2008 TAXA DE EXECUÇÃO

94 Ganhos em saúde: Gráfico XV PNPSO 2008 início do programa Cariados INÍCIO DO PROGRAMA Perdidos Obturados Selados anos 6-8 anos 9-13 anos anos Gráfico XVI PNPSO final do programa FINAL DO PROGRAMA Cariados Perdidos Obturados Selados anos 6-8 anos 9-13 anos anos Da análise dos gráficos verifica se: Uma subida das taxas de execução de 84% em 2000 para 98% em 2008 (gráfico XIV); 83

95 Ganhos em saúde obtidos com a contratualização da análise do resultado do diagnóstico inicial e final, por emparelhamento e comparação das Fichas Individuais, nas mesmas crianças e nos mesmos grupos etários (gráficos XV e XVI). Alargamento do Programa de Saúde Oral a Grávidas e Idosos Cheques utilizados Grávidas SOG Idosos SOPI 84

96 Previsão para 2009: 1 Manter as actividades de promoção da saúde oral em curso e continuação da excussão da contratualização no formato Cheque Dentista, destinadas à Saúde Infantil e a Crianças e Jovens. 2 Manter os procedimentos relativos ao PNPSO, às Grávidas do SNS e Idosos beneficiários do Complemento Solidário. 9.2 PROGRAMA NACIONAL DE SAÚDE ESCOLAR O Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) assenta na execução sistemática de um conjunto de actividades organizadas, que contemplam uma intervenção integrada em quatro áreas a saúde individual e colectiva, a inclusão escolar, o ambiente e os estilos de vida. Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que nos permitirão evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar. A avaliação quantitativa visa monitorizar a execução do PNSE e traduz se em taxas de cobertura. 85

97 A avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos são transcritos para suportes de informação normalizados, preenchidos ao nível local, remetidos à ARSC, compilados, tratados, analisados e enviados à DGS. A intervenção da saúde na escola incide frequentemente sobre problemas multifactoriais, população alvo muito heterogénea, contextos complexos e realidades muito variáveis. As equipas de saúde escolar direccionam a sua intervenção para dar resposta às necessidades, reais e sentidas, da comunidade educativa. As metas são guias orientadores no sentido da mudança desejável, inseridas no processo de planeamento. A sua concretização depende, para além do empenho dos profissionais envolvidos, praticamente na sua globalidade, dos recursos disponíveis para a sua operacionalização. Resultados Indicadores de produção e taxas de execução Quadro 69 Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar 2008 AVALIAÇÃO - indicadores 2008 Act INDICADOR META % Avaliação 1. Centros de Saúde que desenvolvem actividades no âmbito do PNSE Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino pré- escolar Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 1º ciclo do ensino básico Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico Taxa de cobertura, por saúde escolar, a alunos do ensino secundário Taxa de cobertura, pelo Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do ensino pré- escolar Taxa de cobertura pelo, Programa Básico de Saúde Oral, a alunos do 1º ciclo do ensino básico

98 8. Taxa de cobertura, dos alunos com 6 anos, por exames globais de saúde -EGS Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 6 anos Taxa de cobertura, dos alunos com 13 anos, por exames globais de saúde -EGS Taxa de cobertura vacinal dos alunos com 13 anos Taxa de cobertura, das Escolas que têm Actividades de Saúde Escolar, por vistorias de Avaliação das Condições de Segurança Higiene e Saúde do Meio Ambiente e do Edifício Escolar Percentagem de escolas que melhoraram, relativamente à avaliação anterior Gráfico XVII Programa Básico de Saúde Oral no Jardim de Infância % % ESCOVAGEM OUTRAS ACTV. Gráfico XVIII Programa Básico de Saúde Oral no 1 Ciclo do E.B. 87

99 ALUNOS ABRANGIDOS (84%) % % ESCOVAGE M O Programa Nacional de Saúde Escolar apresentou resultados abaixo das metas propostas, reflexo da escassez de recursos sentida nos serviços. Apesar disso, mercê de uma acção concertada da ARS Centro, das Sub regiões e sobretudo das Equipas de Saúde Escolar dos Centros de Saúde, o desenvolvimento das actividades de Saúde Escolar foi uma realidade na maioria dos Centros de Saúde. No ano de 2008, dos 109 Centros de Saúde existentes, 91% desenvolveram actividades de Saúde Escolar de forma regular e sustentada. A população alvo do Programa de Saúde Escolar são os alunos, professores, educadores de infância, auxiliares de acção educativa e pais a que genericamente se designa por Comunidade Educativa. Nas escolas abrangidas por saúde escolar as acções têm recaído, principalmente, sobre crianças do Jardim de infância, cerca de e alunos do 1º ciclo, cerca de , correspondendo a uma taxa de cobertura de 79% e 84% respectivamente. Os alunos dos outros níveis de ensino têm vindo a ser abrangidos em menor percentagem, crianças e jovens do secundário com a taxa de cobertura de 41%. Das actividades de execução corrente, a realização dos Exames de Saúde Global e da Vacinação tem vindo a aumentar gradualmente a sua execução. O Programa Básico de Saúde Oral, depois de ter tido uma redução significativa na ingestão de fluoretos no Jardim de infância de acordo com o preconizado pela DGS, tem mantido e até superado o nível de implementação nas outras componentes de programa, nomeadamente a educação para a saúde e a 88

100 escovagem dos dentes, apesar de tudo, ainda insuficientes para uma adequada saúde oral da população escolarizada. A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas, foi realizada a 37% das escolas que têm actividades de saúde escolar, correspondendo a cerca de 1300 escolas avaliadas. Apesar de se verificar que alguns dos problemas detectados se mantêm, relativamente a uma avaliação anterior, 13% da escolas avaliadas melhoraram as suas condições de Segurança de Higiene e Saúde do Meio Ambiente e do Edifício Escolar. Previsão para 2009 Manter as actividades de promoção da saúde em meio escolar, sempre numa perspectiva de melhoria, através de um maior número de: Centros de saúde (CS) com equipas de Saúde Escolar formalmente designadas; CS com planeamento e programação em saúde escolar; Cursos de formação na área da saúde escolar Equipas de Saúde Escolar Nucleares, formadas de acordo com o preconizado pelo PNPSE; Equipas de Saúde Escolar Alargadas que integrem outros técnicos; Parcerias com outras estruturas/projectos na área da saúde escolar. 10. PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÓNICA O Programa Nacional de Prevenção e Controlo da DPOC foi criado pelo despacho nº 4318/2005 de Sua Excelência o Ministro da Saúde. A criação e desenvolvimento do programa assentam no conhecimento da prevalência da doença em Portugal (5,3 % em adultos activos) e das altas taxas de mortalidade e morbilidade a ela associadas. Segundo dados divulgados pela OMS, a mortalidade por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), entre as décadas de 60 e 90 do século passado, aumentou 163%, em contra ciclo com o verificado nas outras doenças crónicas frequentes (cardio e cérebro vascular e metabólicas) cuja mortalidade diminuiu. Em 2010 será a 4ª causa de morte na Europa Ocidental, e em 2020 a 3ª a nível mundial. A DPOC, como causa de incapacidade, ocupava internacionalmente o 12.º lugar em 1990, prevendo se que venha a ocupar o 5.º lugar no ano de Para este cenário devastador contribuem a elevada taxa de tabagismo (pelo menos 20% dos indivíduos com antecedentes tabágicos virão a contrair DPOC) e o diagnóstico tardio da doença. 89

101 O objectivo do programa é contrariar a tendência para o aumento significativo, a médio e longo prazo, da mortalidade precoce, da perda de funcionalidade da população activa e dos custos directos, decorrentes da DPOC (consultas, hospitalizações, fármacos, oxigenoterapia). Pretende, para isso, uma abordagem abrangente dos serviços prestadores de cuidados de saúde junto da população em risco ou já portadora da doença, promovendo o seu diagnóstico precoce e adequados tratamento e reabilitação, em complementaridade com as acções desenvolvidas pelo Programa de Intervenção Integrada sobre Factores Determinantes da Saúde Relacionados com os Estilos de Vida. O Programa inspira se no Projecto GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) da OMS e conta com o aval científico da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. O programa, tem vindo a aplicar se, fundamentalmente, através do desenvolvimento, no espaço geográfico das Administrações Regionais de Saúde, de estratégias de intervenção, de formação e de recolha e análise de informação. A Direcção Geral da Saúde, através da Comissão de Coordenação do PNPC/DPOC tem desenvolvido instrumentos técnicos de suporte e ajuda à implementação do programa. A Comissão de Coordenação Nacional inclui representantes das Administrações Regionais de Saúde, da DGS e da ACSS. Actividades desenvolvidas Foram executadas as seguintes actividades programadas para Foram publicados ou estão em fase de publicação os seguintes documentos: Cessação Tabágica na DPOC Tratamento Farmacológico da DPOC estável Exacerbações da DPOC Reabilitação Respiratória A Comissão acompanhou e colaborou com a ACSS na elaboração do Concurso Público nº 2008/100 ( Prestação de serviços de cuidados técnicos respiratórios domiciliários de aerossolterapia, de oxigenoterapia, de ventiloterapia... ). Este documento, cuja publicação se aguarda a qualquer momento, é essencial na regulamentação da prestação de Cuidados Respiratórios Domiciliários. Juntamente com a Norma de Prescrição da DGS levará, por via, da qualidade de prescrição e da exigência técnica pedida aos fornecedores a uma melhoria dos cuidados aos doentes e simultaneamente à redução de custos. A Comissão colaborou na elaboração do Estudo de Construção de Referenciais de Competências e de Formação de apoio ao Plano Nacional de Saúde para a DPOC. 90

102 Deram se os primeiros avanços na criação de uma Rede Nacional de Espirometria. A espirometria deve estar acessível a todos os médicos, tornando se necessária a aquisição de equipamentos, contratação de técnicos de cardiopneumologia e a articulação dos centros de saúde com os serviços de Pneumologia para decisão sobre os resultados. A Comissão elaborou um projecto nesse sentido, que por envolver custos, foi apresentado à Ministra da Saúde. No essencial, o projecto prevê a criação de Unidades Móveis de Espirometria, integrando técnicos e dotadas de espirómetro e computador. As unidades serão criadas por iniciativa dos hospitais, em sintonia com as ARS. Terão como tarefa a identificação sistemática de todos os indivíduos com DPOC. Em 2008, iniciou se uma fase piloto com dois hospitais centrais de Lisboa e Porto. Em 2009 o projecto abrangerá outras regiões, incluindo a Região Centro. A Comissão propôs a criação do Cartão do Doente com DPOC. Os doentes deverão beneficiar de sistemas de protecção, à semelhança do que acontece noutras patologias invalidantes, que permitam o seu tratamento e reabilitação adequados. Para doentes com DPOC com défice de alfa 1 anti tripsina, a Comissão elaborou recomendações de diagnóstico e tratamento e tentará criar um registo nacional. Pretende se que o modelo informático de prescrição de Cuidados Respiratórios Domiciliários (CRD) seja implementado progressivamente em todos o País. Caberá à ARSC seleccionar as empresas que forem homologadas no Concurso Público de CRD tendo em vista a prestação dos melhores serviços disponíveis aos doentes da Região. Os centros de saúde e alguns hospitais na Região dispõem do SONHO SAM, sendo a ARS Centro a que estará mais avançada nesta matéria. Tal permite que o modelo informático de prescrição de CRD instrumento fundamental para o fácil e rápido controlo da quantidade e qualidade da prescrição possa ser rapidamente introduzido na Região. 11. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL Sendo a gestão ambiental o suporte do cumprimento dos condicionantes de desenvolvimento sustentável, na perspectiva da optimização de recursos e harmonização e eficiência de procedimentos, com mais valias económicas decorrentes de minimização de riscos e rentabilização de processos, foi considerada necessária a sua implementação e decorrente inclusão no programa de actividades deste instituto público. Atendendo a que a análise das condições existentes corresponde ao suporte do desenvolvimento do programa, foi dada continuidade aos projectos anteriormente iniciados nas três áreas fundamentais de aplicação, nas unidades de prestação de cuidados de saúde da Região Centro (centros de saúde e hospitais), nomeadamente: Projecto de qualidade do ar Projecto de resíduos hospitalares 91

103 Projecto de prevenção da doença dos legionários Como principal objectivo estabeleceu se o cumprimento das metas definidas no Plano de Acção. Toda a informação constante do Relatório de Avaliação de Parâmetros para Implementação de Gestão Ambiental em Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde, apresentado ao Conselho Directivo da ARS Centro, IP em Outubro de 2007, foi actualizada e complementada com as características técnicas dos equipamentos e instalações sujeitas a intervenção. Taxas de cobertura A informação recolhida, considerava as metas propostas no Plano de Acção , designadamente: Projecto de qualidade do ar Teve por base a abrangência pela alínea a) do ponto 2 do artigo 3º do Decreto lei nº 78/2004, ou seja a obrigatoriedade de todas as instalações de combustão com uma potência térmica nominal superior a 100KWth efectuarem a monitorização pontual das suas emissões, duas vezes em cada ano civil (número 1 do artigo 19º). Efectivação do procedimento de concurso de aquisição de serviços para a realização da caracterização técnica das fontes fixas de emissão, para determinação da aplicabilidade do decreto lei nº 78/2004 e verificação das condições de amostragem em conformidade com as Normas Portuguesas. Cumprimento da monitorização legalmente imposta. Definição da articulação dos planos de monitorização e acompanhamento. Preparação da base de dados georeferenciada, referente a fontes de emissão (caracterização e monitorização). Projecto de prevenção da doença dos legionários Da intervenção que tem vindo a ser desenvolvida no âmbito da Doença dos Legionários, em especial em situações de ocorrência de casos em que é disponibilizado o apoio do Departamento de Saúde Pública e Planeamento (DSPP) constata se que existe um número significativo de casos que apenas a posteriori são do conhecimento dos serviços ou que nem chegam, mesmo, a ser comunicados. A realidade dos números e o conhecimento da realidade, são um alerta para uma intervenção em saúde pública, tanto mais que esta é uma preocupação emergente a nível mundial. Tratando se de um contexto particular, em que a intervenção é efectuada a nível dos equipamentos ou instalações contaminadas, através de procedimentos de desinfecção e implementação de manutenção eficaz, é necessário no âmbito da prevenção utilizar a informação disponível por forma a obter resultados para a salvaguarda da saúde pública. 92

104 É nesta vertente ambiental que a informação pode ser usada para obter um instrumento de trabalho, através do conhecimento da distribuição da colonização de meios artificiais de desenvolvimento das bactérias, naturalmente presentes no ambiente. Foi, assim, priorizado a preparação do projecto Georeferenciação de Legionella pneumophila Ocorrência de casos, contaminações e riscos. Intervenção ambiental. Será igualmente de considerar a interacção com as autarquias, ou outras entidades que possam colaborar como parceiras no desenvolvimento da projecto. Como exemplo salientam se acções de formação para comunicação de riscos e metodologia de intervenção, apoio na orientação de procedimentos de intervenção, etc. Projecto de resíduos hospitalares A nível global constata se que a gestão de resíduos implementada, embora com algumas deficiências, já contempla aspectos fundamentais tais como a triagem separativa mediante as principais fileiras, para além da triagem dos resíduos hospitalares do grupo III (GIII) e do grupo IV (GIV). Foram empreendidas medidas de controlo, informação e gestão relativamente ao cumprimento da legislação de resíduos no que concerne ao SIRER, introduzindo alterações substanciais no regime jurídico de gestão, consignado no Decreto Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro, que transpôs directivas comunitárias para o direito interno. Foi assim criado o Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), cujo regulamento foi aprovado pela Portaria nº 1408/2006, de 18 de Setembro, reformulada pela Portaria nº 320/2007, de 23 de Março. O SIRER entrou em funcionamento em 18 de Abril de 2007 sendo um sistema de registo e acesso a dados sobre resíduos, substituindo os anteriores mapas de registo de produção de resíduos, incluindo os de resíduos hospitalares que constavam da Portaria nº 178/97, de 11 de Março, revogada pela Portaria nº 320/2007. No âmbito de aplicação do SIRER estava implícita a obrigatoriedade de ser efectuado, pelo produtor, o registo de acordo com a Portaria 320/2007 de 23 de Março. De entre as actividades desenvolvidas, destacam se: Elaboração de informação sobre o SIRER, destinada aos responsáveis dos centros de saúde da ARS do Centro, IP; Formação aos responsáveis designados para cada centro de saúde; Cumprimento das exigências de preenchimento legal dos formulários 93

105 No âmbito da Gestão Ambiental foi prestada colaboração nos projectos candidatos ao QREN, tendo igualmente sido estabelecida a colaboração com o Departamento de Instalações e Equipamentos da ARS Centro, IP. Propostas para 2009 Dar continuidade aos aspectos anteriormente identificados como sendo pontos mais deficitários na perspectiva da sustentabilidade e do cumprimento da legislação que vai sendo publicada sobre a matéria. Tendo ficado excluídos aspectos fundamentais tais como energia (optimização de consumos de electricidade e combustíveis), água, (redução de consumos e eventuais reutilizações), águas residuais (diminuição de cargas poluentes e riscos e impactes no meio receptor), deverá ser alargado futuramente o âmbito do estudo. A implementação de um sistema de gestão ambiental nas unidades de prestação de cuidados de saúde reflecte se não só na qualidade das condições de prestação dos actos executados, na minimização de riscos para o interior e a envolvente, mas também na optimização de recursos utilizados. Tem como principal objectivo a minimização de impactes negativos decorrentes da actividade das unidades prestadoras de cuidados de saúde, traduzindo se na redução de riscos e na utilização sustentável de recursos. No entanto, a sua implementação e funcionamento implica o conhecimento técnico da instalação, o que se revelou como sendo a maior falha do sistema, nomeadamente nos centros de saúde e respectivas extensões de saúde, em que existe uma ausência generalizada de dados técnicos PROGRAMA ÁGUA E SAÚDE A água está intimamente ligada à saúde humana. Para além de ser vital ao funcionamento do nosso organismo pode, também, ser utilizada para fins terapêuticos e recreativos, proporcionando a prática de exercício físico, repouso e lazer, componentes fundamentais da saúde e bem estar. Os serviços de saúde, bem como outras entidades, têm um papel fundamental nos processos relacionados com a água: emitem pareceres sobre projectos que podem interferir com a qualidade da água, procedem à vigilância sanitária de vários tipos de água, efectuam a avaliação dos riscos para a saúde decorrentes da exposição à água bem 94

106 como e a gestão desse risco, efectuam a vigilância epidemiológica e realizam investigação de surtos de origem hídrica. Muitas dessas responsabilidades vêm explicitadas em legislação diversa, sendo de salientar os seguintes diplomas legais: Decreto Lei nº 236/98 de 1 de Agosto que estabelece normas, critérios e objectivos de qualidade da água em função dos seus principais usos Decreto Lei nº 306/2007 de 5 de Setembro que regula a qualidade da água destinada ao consumo humano e tem por objectivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes de qualquer contaminação, assegurando a sua salubridade e limpeza Decreto Lei nº 156/98 de 6 de Junho que define a caracteriza as águas minerais naturais e as águas de nascente e estabelece regras relativas à sua exploração, acondicionamento e comercialização Decreto lei 142/2004 de 11 de Junho que regula o licenciamento, organização, funcionamento e vigilância dos estabelecimentos termais. Tendo em conta a especificidade de intervenção dos serviços de saúde face às diversas formas de utilização da água optou se por constituir vários sub programas dentro do programa geral Água e Saúde. Informação relativa ao Programa Água e Saúde (PAS), referente ao ano de 2008 Águas balneares (AB) Nº de praias abrangidas pelo PAS Nº de águas balneares classificadas Nº de praias com bandeira azul...32 Quadro 70 Qualidade das águas balneares em 2008 AB/Qualidade Boa % Aceitável % Má % total Marítimas Interiores Total Estabelecimentos Termais na Região Centro 95

107 Caldas da Rainha, Monte Real Monfortinho Unhais da Serra Caldas de São Jorge Luso Cúria Vale da Mó Alcafache Aregos Felgueira Sangemil Carvalhal São Pedro do Sul Caldas e Fonte Santa Cavaca Cró Longroiva Fonte Santa de Almeida Águas de consumo humano Principais incumprimentos verificados em 2008 na água proveniente de sistemas de abastecimento: Enterococcus i E.coli Clostridium p. ph Ferro Manganésio Nitratos Amónio Sulfatos Arsénio Alumínio Oxidabilidade Cobre THM Actividades desenvolvidas Elaboração e avaliação do Plano Água e Saúde que inclui actividades dos sub programas: Águas Balneares, Monitorização de Cianobactérias em Aguas Superficiais, Água de Consumo Humano, Piscinas e Parques Aquáticos, Águas Minerais Naturais de Nascente e Estabelecimentos Termais. Acompanhamento da execução do Plano de Actividades e coordenação das actividades dos vários programas. Participação na reunião promovida pelo INAG, em Coimbra, sobre o Projecto Praia Acessível. Participação em 3 reuniões com a Administrações de Regiões Hidrográficas (ARH Centro) para preparação da Campanha balnear Preparação da Campanha balnear 2008 através de contactos estabelecidos com as ARH Tejo e ARH Norte Participação na formação de alunos de Medicina, através da prestação de 5 sessões teorico práticas sobre doenças de origem hídrica e intervenção dos serviços de saúde, no âmbito de um acordo de cooperação com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Colaboração com a DGS na elaboração de 2 circulares normativas e transposição para a legislação portuguesa da directiva das águas balneares. Manutenção de uma base de dados actualizada com informação referente a determinantes da saúde relacionados com a prática balnear, nomeadamente: qualidade analítica da água, avaliação das instalações 96

108 envolventes das zonas balneares e avaliação do respectivo índice sanitário, focos de poluição, ocorrência de situações de incumprimento paramétrico e informação referente a problemas de saúde. Participação sistemática semanal (de Maio a Outubro) na avaliação de risco das 168 praias do programa, e apoio na gestão de risco para a saúde consequentes em 8 situações de ocorrência de incumprimentos paramétricos de águas balneares, Participação nas reuniões de Adjuntos do Delegado Regional de Saúde do Centro para análise de informação, discussão de metodologias e divulgação de informação sobre águas balneares, minerais naturais, consumo humano e piscinas. Elaboração de pareceres relativos a situações de incumprimento de valores paramétricos. Organização e implementação dos processos de interdição de 6 águas balneares e coordenação de outras medidas de gestão de risco em águas balneares. Apoio na investigação epidemiológica de problemas de saúde relacionados com a utilização da água. Apoio ao Delegado Regional de Saúde do Centro (DRSC) no âmbito da atribuição do galardão da Bandeira Azul. Preparação, acompanhamento e coordenação nas actividades de cooperação analítica com a ARH Centro, referentes a 11 águas balneares costeiras com a bandeira azul. Recolha de informação, organização de processos e apoio à emissão de pareceres pelo DRSC para classificação de 59 águas balneares em estudo pelas ARH. 12. PROGRAMA DE TELEMEDICINA A telemedicina, e em sentido mais lato, a tele saúde, tem vindo a assumir progressiva importância na organização, gestão e implementação dos cuidados de saúde, não só através de um cada vez maior interesse por parte dos profissionais e instituições, como também por um alargamento do âmbito das actividades potenciadas por uma tecnologia em constante desenvolvimento. 97

109 Assim, áreas como a tele enfermagem, os cuidados continuados e o apoio domiciliário emergem como novos campos em que a telemedicina pode ter um papel crucial em termos facilitação de acessibilidade, diminuição dos custos, aumento de eficácia e rapidez no apoio e intervenção. Os custos da saúde continuam em crescendo, a exigência dos utentes é, felizmente, cada vez maior, e a qualidade de prestação de cuidados passa pela rapidez do acesso ao diagnóstico e decisão terapêutica, articulação eficaz e célere entre os diversos níveis de cuidados, eliminação de redundâncias e gestão da informação clínica de modo seguro, organizado e acessível em todos os pontos do sistema de saúde. A telemedicina, enquanto sistema, responde potencialmente a todos estes itens, pelo que deverá constar na agenda de qualquer plano de acção no âmbito da Saúde e, por maioria de razão, tem toda a pertinência enquanto programa transversal da Administração Regional de Saúde do Centro, IP. Por outro lado, a telemedicina pode contribuir para uma maior capacidade de resposta em campos emergentes, como o dos cuidados domiciliários e apoio à rede de cuidados continuados, pelo que se preconiza a sua implementação de forma alargada e cada vez mais sistematizada. O programa de telemedicina/tele saúde da ARSC teve como finalidade, no ano de 2008, a melhoria de funcionamento e rentabilização dos programas já em curso e das plataformas já instaladas, procurando aumentar a taxa de utilização, de utilizadores profissionais e de utentes integrados nas teleconsultas. Complementarmente, procurou se aumentar o âmbito de actuação e de instituições abrangidas, não só através de novos programas em áreas clínicas e assistenciais específicas, como ainda pela instalação de mais plataformas em centros e saúde e hospitais. Face às inevitáveis contingências financeiras e de recursos humanos, não houve lugar à aquisição de novas plataformas (salvo as do Programa Pneumo XXI, adquiridas com financiamento próprio), tendo sido necessário renovar contratos de manutenção e actualização de software nas plataformas instaladas, situação que demorou algum tempo a ser resolvida, tendo resultado na inactividade de algumas plataformas por diversos meses. Tratando se 2008 de um ano de transição, sobretudo no âmbito da rede de urgências, o programa foi também fortemente condicionado pela redefinição dos serviços, onde prioritariamente deverão ser instaladas (adquiridas ou transferidas) plataformas de telemedicina, devendo haver uma recuperação e readaptação à nova realidade no decurso de 2009/2010. Por último, foi também um factor condicionante a reestruturação do IGIF/ACSS, o que nem sempre permitiu as ligações e respectivos testes nos tempos ideais. 98

110 Actividades desenvolvidas e indicadores de produção Consultas programadas /apoio aos serviços de urgência/precoce (PRECOCE acrónimo de apoio urgente on line às situações de suspeita de Enfarte Agudo do Miocárdio) Distrito de Aveiro: Este distrito esteve já em 2008 em fase de rotina em termos de teleconsultas programadas, nomeadamente nas áreas de medicina, cardiologia, dermatologia, pediatria e imagiologia, devendo o ano de 2009 ser de consolidação e de alargamento eventual a outras especialidades, a adequar em função das necessidades detectadas e em articulação com a nova realidade dos agrupamentos de centros de saúde (ACES). Gráfico XIX Total de teleconsultas em 2008 Foram realizadas um total de 477 teleconsultas, assim distribuídas: Total teleconsultas em N.º Teleconsultas ÁGUEDA AROUCA AVEIRO CT PAIVA ESTARREJA ÍLHAVO MURTOSA OL BAIRRO SV VOUGA VAGOS Centros de Saúde Distrito de Coimbra: Hospital Pediátrico de Coimbra/Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE (HPC): continuaram em curso as consultas (de rotina) em cardiologia pediátrica, fetal e transfontanelar, com todos os hospitais distritais da área de influência da ARS Centro, IP e ainda com Vila Real e Madrid. Foi iniciada a consulta de cardiologia pediátrica e fetal com o Hospital Pediátrico de Luanda, tendo sido ainda efectuado pelo HPC um curso por tele formação com aquele hospital angolano.no total foram realizadas no HPC, em 2008, teleconsultas em regime diário. 99

111 No Centro de Saúde de Arganil foram iniciadas as teleconsultas de cardiologia, pneumologia, desabituação tabágica e PRECOCE, aguardando se o início das teleconsultas de dermatologia, neurologia, e tele enfermagem para Neste centro de saúde foi instalado um ecógrafo que irá servir para fazer ecografia obstétrica em ligação com a Maternidade Daniel de Matos. No que diz respeito ao Centro de Saúde de Poiares, as teleconsultas de cardiologia e PRECOCE estão em curso, enquanto que se aguarda o início das teleconsultas de dermatologia, neurologia. Nos HUC foi criada uma sala específica para teleconsultas equipada com uma plataforma específica, tendo ficado outra plataforma na UCIC (para o programa PRECOCE), e ainda outra na Urgência, que se destinará a tele urgência com os diversos hospitais e serviços de urgência básica (SUB). Em termos de número de consultas, e estando em fase de instalação os SUB, o total de teleconsultas efectuadas com os centros de saúde do distrito de Coimbra (presentemente os centros de saúde de Arganil e de Vila Nova de Poiares) ronda apenas as 30, devendo ser alargadas assim que estiverem em funcionamentos os SUB. Foi também colocada durante 2008 uma plataforma no Centro de Saúde de Cantanhede transferida da Pampilhosa da Serra, onde estava inactiva e que irá iniciar funções em 2009 nas áreas de pneumologia, dermatologia, cardiologia, tele enfermagem e cuidados continuados. Distrito de Castelo Branco: Apenas está instalada uma plataforma, no Centro de Saúde da Sertã, que tem sido, em nosso entender, exemplar na utilização/rentabilização desta metodologia em locais de acesso difícil aos serviços centrais. Foram efectuadas regularmente teleconsultas programadas com as seguintes unidades hospitalares: Hospital Amato Lusitano Castelo Branco Dermatologia 114 teleconsultas (111 primeiras consultas); Oncologia médica 1 teleconsulta; Neurologia 20 teleconsultas (17 primeiras consultas); 100

112 Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) Endocrinologia 78 teleconsultas (60 primeiras consultas); Diabetologia 7 teleconsultas (6 primeiras consultas); Cardiologia (PRECOCE) 12 Total de teleconsultas realizadas: 232 Primeiras Consultas 207 Consultas seguintes 25 Distrito da Guarda: Os centros de saúde (CS) de Seia, Meda, Pinhel, Fornos de Algodres iniciaram teleconsultas de dermatologia com o Hospital de Sousa Martins, da Guarda. As consultas de dermatologia estiveram a todas funcionar, embora com algumas situações de descontinuidade por problemas de recursos humanos e por isso não há ainda dados precisos das teleconsultas efectuadas. Coimbra Pneumo XXI O projecto Coimbra Pneumo XXI, desenvolvido no decurso do ano de 2008, destina se a diagnosticar, monitorizar controlar os doentes com DPOC, cancro do pulmão e tabagismo. Este projecto, que obteve um subsídio do Ministério da Saúde no valor de , encontra se em fase de testes finais, apesar de já se terem iniciado algumas das actividades previstas. As primeiras 3 plataformas, interfaces de utilização, e espirómetros adquiridos por este projecto bem como a respectiva integração no sistema informático foram, ao longo de 2008, desenvolvidas em conjunto pela ARSC, Serviço de Pneumologia dos HUC e PT Inovação a fim de serem entregues em Maio de Nas Jornadas de Pneumologia dos HUC, em Junho de 2008, foi efectuada a divulgação pública deste projecto. Ainda em 2008 tiveram início as primeiras consultas/teste de tabagismo entre o CS de Arganil e os HUC, tendo sido realizadas 18 teleconsultas. 101

113 Para 2009 deverão ser iniciadas as consultas regulares de doentes com DPOC de Cantanhede e Arganil, com efectivação on line de espirometrias, e alargadas as consultas de desabituação tabágica. Divulgação Em 30 Maio de 2008 decorreram no auditório do Museu Monográfico de Conímbriga os III Encontros de Telemedicina de Conímbriga, organizados em conjunto pela Associação Portuguesa de Telemedicina e a ARSC. Este encontro, de âmbito internacional, possibilitou a divulgação de projectos, discussão de conceitos e metodologias e projecções sobre o futuro da Telemedicina em Portugal, Europa e Países Lusófonos. Participaram neste encontro mais de 300 pessoas de todas as regiões de Portugal Continental e de alguns países europeus, bem como representantes dos países lusófonos. Tele enfermagem Foram definidas e estruturadas duas novas áreas de intervenção, inovadoras a nível nacional tele enfermagem (protocolo entre a Ordem dos Enfermeiros e a ARSC) e tele cuidados continuados. Em termos de tele enfermagem, tiveram início as primeiras ligações teste entre os CS de Gouveia, Pinhel e Meda e os HUC e Hospital Pediátrico de Coimbra, tendo sido criado um grupo de trabalho conjunto. Em 2009 deverão iniciar se a título regular acções de tele enfermagem a partir de centros de saúde do distrito da Guarda e Coimbra com os HUC. 13. GABINETE DO UTENTE A missão deste serviço e os objectivos que têm presidido à sua actuação, pautam se pelos seguintes pressupostos: Acompanhar os índices de satisfação e o nível de participação dos utentes do SNS; Obter e tratar de forma credível e oportuna a informação disponível sobre o modo como a qualidade dos serviços prestados é percebido pelos cidadãos; 102

114 Acompanhar e monitorizar as exposições apresentadas pelos cidadãos (reclamações, sugestões e elogios), bem como as decisões a elas respeitantes; Promover o empenho na melhoria contínua do funcionamento dos gabinetes do cidadão (GC) e da sua actuação com o Sistema de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR) nos serviços de saúde da Região Centro; Zelar pelo respeito dos direitos fundamentais dos utilizadores dos serviços de saúde, com vista a uma maior e melhor participação dos mesmos no pleno uso dos seus direitos e deveres de cidadania. Actividades desenvolvidas Gabinete do Cidadão De acordo com as suas atribuições, o Gabinete Regional do Cidadão desenvolveu, em síntese, as seguintes acções: Atendimento presencial e telefónico de cerca de 200 cidadãos que pretenderam manifestar, a um âmbito regional, a sua opinião relativamente à actuação de serviços ou profissionais de saúde das instituições de saúde da Região Centro. Avaliação e encaminhamento, através do SGSR, das exposições que visaram centros de saúde e/ou hospitais da Região remetidas à ARSC pela tutela ou por outras entidades, cuja resposta em primeira instância terá de ser dada pela instituição visada. Análise e tratamento dos processos para os quais os serviços locais consideraram não dispor de competência para o seu tratamento, bem como de diversas questões relativas ao tratamento de exposições e registos efectuados no SGSR pelos gabinetes do utente (GU) das instituições a carecer de rectificação traduzidos em, aproximadamente, contactos telefónicos. Análise das contestações apresentadas pelos cidadãos que, tendo anteriormente reclamado, não ficaram esclarecidos com as respostas recebidas dos serviços locais ou não obtiveram qualquer resposta (as chamadas 2ªs. Reclamações no SGSR). Houve a necessidade de efectuar as tarefas necessárias à audição dos serviços visados, bem como, em diversas situações, de entrevistar os cidadãos, com o objectivo de os apoiar na solução do seu problema e de recolher elementos que permitissem elaborar propostas para resposta aos mesmos, a apresentar superiormente, para decisão. 103

115 Esclarecimento/orientação/apoio aos GC/GU da Região Centro acerca do preenchimento, com rigor, dos mapas estatísticos relativos à produção mensal dos GC/GU. Para além destas actividades e como elemento integrante do Observatório Regional, o Gabinete Regional do Cidadão colaborou de forma estreita e sistemática, designadamente no 1ºsemestre do ano, com a tutela do SGSR em diversas acções, entre outras: Levantamento, análise e proposta de superação dos bug do SGSR; Actualização do SGSR correcção e desenvolvimento; Acompanhamento dos GC na implantação das alterações introduzidas no Sistema; Co elaboração do Manual de Procedimentos SGSR, com a ACSS; Colaboração na elaboração dos relatórios semestrais e anual com os elementos estatísticos produção dos GCidadão; Formação dos profissionais da Secretaria Geral do Ministério da Saúde e da Direcção Geral da Saúde (DGS), a convite da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), sobre o SGSR, de modo a se tornar possível o funcionamento em rede nacional de todos os níveis. Observatório regional O Observatório Regional (OR) foi criado para fazer o acompanhamento e monitorização das exposições dos cidadãos utentes do SNS apresentadas nos serviços do âmbito das respectivas ARS, bem como das decisões a elas respeitantes. Assumiu como seus principais objectivos de actuação, no presente ano: Desenvolver o processo da melhoria contínua do SGSR nos serviços de saúde da Região Centro, tendo em vista dar voz ao cidadão e tornar o sistema de reclamações eficiente; Aperfeiçoar o processo de monitorização do SGSR; Acompanhar os gabinetes do cidadão tendo particular atenção às alterações em curso nos serviços decorrentes das alterações legislativas. Não obstante os constrangimentos decorrentes, desenvolveu acções em diversas áreas, entre outras: 1) Acompanhamento/apoio aos responsáveis dos GC/GU da Região, através de: 104

116 Reforço do acompanhamento/apoio, treino e formação dos responsáveis dos gabinetes do cidadão, designadamente, dos nomeados 2ºs utilizadores /SGSR, em Março, com o objectivo de os preparar para a sua actuação com o Sistema. Foram realizadas, trimestralmente, por distrito, reuniões com todos os responsáveis dos GC/GU, num total de 21 reuniões no ano em que foram abrangidos 700 profissionais, perfazendo um total de 21 dias e de 150 horas. Orientação dos GC/GU dos centros de saúde (CS) com Unidades de Saúde Familiares (USF) na sua actuação no âmbito do SGSR, veiculando as orientações recebidas da ACSS e Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários (UMCSP), sobre esta temática. 2) Elementos Estatísticos Produção dos GC/GU Com a recolha dos dados de produção dos GC e dos GU, pretende se a avaliação da actividade destes serviços (eficiência de utilização dos recursos) e dos resultados obtidos. 3) Formação dos responsáveis dos Gabinetes do Cidadão Com o objectivo de promover a qualificação dos profissionais dos GC no exercício das suas funções, foi elaborada e apresentada a candidatura sobre as temáticas: O GC no contexto da Reforma dos Serviços de Saúde Ética e desempenho do Gabinete do Cidadão nos Serviços de Saúde Esta formação não foi realizada por falta de financiamento, tendo, contudo, sido desenvolvidas reuniões de formação em serviço, nos seis distritos. Tendo o SGSR uma forte componente tecnológica, procurámos assegurar o treino sistemático dos profissionais dos GC/GU para uma correcta actuação com o mesmo, por forma a ser possível não só identificar as dificuldades e obstáculos na sua utilização, como também dar a conhecer e treinar as suas actualizações/ desenvolvimentos. 4) Monitorização do Sistema colaboração/articulação com os dirigentes das instituições de saúde da Região Tendo em vista a melhoria da qualidade de registo e tratamento das exposições dos cidadãos no SGSR, bem como, da qualidade da resposta às mesmas e o cumprimento do prazo legal previsto para o efeito, foram monitorizadas mais de 80% do total das 5760 exposições registadas no Sistema. 105

117 Com a colaboração dos interlocutores distritais, efectuámos a monitorização permanente das exposições registadas no Sistema, com a Grelha de Análise previamente concebida que contém os elementos mais importantes a avaliar, em cumprimento dos termos determinados pela Coordenação Nacional. O conteúdo destas monitorizações foi remetido a cada GC/GU, com conhecimento simultâneo ao dirigente de cada instituição. 5) Articulação com a Agência Regional de Contratualização do Sistema de Saúde hospitais e centros de saúde Fornecemos semestralmente a esta Agência, a nível Regional e Nacional, os elementos referentes à produção dos GC/GU de toda a região, organizados por mês e instituições, de acordo com os itens registados no SGSR, uma vez que a opinião dos Utilizadores do sistema de saúde constitui também um input necessário à contratualização dos Serviços. Remetemos também à Direcção Geral do Consumidor os elementos estatísticos que nos foram solicitados relativos a ) Colaboração com Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) Mantivemos o apoio sistemático à coordenação nacional do sistema nas tarefas de organização e desenvolvimento do projecto e de articulação com a empresa GesSystem, contratada pelo Ministério de Saúde para executar e manter a aplicação informática, designadamente no 1º semestre do ano. Participámos na elaboração do Manual de Procedimentos do SGSR para disponibilização fácil (on line) a todos os seus utilizadores e apresentámos propostas de melhoria do sistema, exercendo apertada vigilância sobre o seu desenvolvimento no que diz respeito à identificação de bugs, anomalias, alterações a introduzir no seu desenvolvimento e sugerindo novas potencialidades. Participámos no 1º trimestre em oito reuniões do Observatório Nacional e dos Gabinetes do Cidadão Regionais realizadas pela ACSS, para acompanhamento da Rede Nacional do GC/GU, sua actuação e desenvolvimento do SGSR e ainda em três com a UMCSP (definição do papel do GC nos ACES, USF e ULS) e DGS (definição do futuro do SIM Cidadão). Colaborámos na formação dos profissionais da Secretaria Geral do Ministério e DGS, preparando os para actuarem com o SGSR. Resultados Avaliando a actividade desenvolvida pelo Gabinete do Cidadão e Observatório Regional e comparando a com os objectivos definidos no início do ano, considera se que os mesmos foram atingidos. 106

118 Alguns aspectos a destacar: Podemos constatar que aumentou o número de instituições que passaram a registar as exposições no SGSR bem como a qualidade do seu registo melhorou significativamente, apesar da necessidade de melhoria por parte de alguns hospitais. Realizou se o acompanhamento sistematizado dos responsáveis dos Gabinetes do Cidadão/Utente 1º e 2º utilizadores. Foram realizadas reuniões de acompanhamento (formação em serviço) nos 6 distritos da Região com todos os responsáveis dos GC/GU. Foi continuada a realização da formação prática contínua de pequenos grupos de responsáveis de GC/GU nas instalações do OR, sempre que se verificou necessário. Foi efectuado o levantamento e tratamento dos elementos estatísticos de produção dos Gabinetes do Cidadão e apercebemo nos de que tem sido cumprido com maior rigor o prazo de envio deste mapa ao OR. Os elementos que integram Observatório Regional (interlocutores distritais) têm conseguido um desempenho adequado da sua função, tendo a monitorização sido efectuada de forma contínua e sistemática e dada a conhecer aos GCs e aos seus Dirigentes. 14. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Um dos objectivos da Assessoria Especializada de Informação e Comunicação é promover, acompanhar e coordenar a utilização de tecnologias de informação e de comunicações pelos diversos organismos tutelados pela ARS Centro, IP, assim: 107

119 Garantir a utilização nos cuidados de saúde primários (CSP) de um sistema de informação que permita aos profissionais de saúde o registo da sua actividade clínica; Desenvolvimento e implementação do Módulo de Estatísticas do SAM dos CSP; Implementação de um sistema de apoio à decisão na ARS Centro, IP; Garantir a gestão da rede informática da ARS Centro, IP, velando pela sua segurança e pela segurança de informações e de bases de dados; Apoiar a implementação de novos modelos de gestão na saúde, nomeadamente, Agrupamentos de Centros de Saúde, USF, Unidades Básicas de Urgência (UBU), Unidades Locais de Saúde (ULS), Rede de Cuidados Continuados Integrados. Cerca de 95% dos 109 centros de saúde dependentes da ARS do Centro, IP dispunham em 2008 de software de apoio à actividade assistencial (clínica SAM ou de enfermagem SAPE) quadro 71. Quadro 71 Instalação de software em unidades de cuidados de saúde primários da ARS Centro (2008) Distrito N.º de centros de saúde existentes Nº de centros de saúde com SAM, SAPE e SINUS % de centros de caúde com SAM, SAPE e SINUS Aveiro % Castelo Branco % Coimbra * % Guarda % Leiria % Viseu % Região Centro % * 3 CS com software privado 15. REORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Os Cuidados de Saúde Primários, os Cuidados de Saúde Hospitalares e a Requalificação da Rede de Urgências são três áreas que a ARS Centro, IP definiu como prioritárias no seu Plano de Acção para e que têm vindo a conhecer significativas alterações nos últimos anos. 108

120 15.1. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Alteração de horário de funcionamento de centros de saúde No âmbito da reforma dos cuidados de saúde primários, tendo em atenção a reorganização da rede de urgência e as propostas apresentadas pela ARS Centro, os centros de saúde de São Pedro do Sul e de Vouzela sofreram uma alteração do seu horário de funcionamento com a cessação de actividade dos respectivos SAP, com efeitos a 02 de Janeiro de Além desta alteração, o centro de saúde de São Pedro integrou, em Novembro, a rede de serviços de urgência básica (SUB). Na sequência de outra prosposta da ARS Centro, em Janeiro cessou a consulta de reforço realizada na extensão de saúde de Sangalhos, pertencente ao centro de saúde de Anadia, bem como teve início a consulta não programada no Hospital de Anadia. Consultas não programadas teveram também início no Hospital do Fundão, em Janeiro, e no Hospital de Estarreja, em Novembro de Implementação de USF A implementação de Unidades de Saúde Familiares (USF) em CS da Região Centro levou a um trabalho concertado e exigente com a Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP). Com efeito, durante o ano de 2008 começaram a funcionar dez USF (As Gandras, Beira Ria, Cuidar, Fiães, João Semana, Lafões, Santa Joana, S. João, S. João de Ovar e Viriato), o que representa ao todo 36 USF em funções na Região Centro. O distrito de Aveiro dispõe actualmente de 17 USF, o distrito de Coimbra 9, o distrito de Leiria 4 e o distrito de Viseu 6. Em 2008 há ainda a assinalar a alteração de 8 USF para o modelo B (quadro LXXXIV). Em 2009, com a criação dos ACES e a transição para a nova área de influência da ARS Centro, IP, 12 USF irão para a jurisdição da ARS Norte, IP e 2 transitarão para a ARS Lisboa e Vale do Tejo, IP. Quadro 72 Unidades de saúde familiar (USF) em funcionamento na área de influência da ARSC em 31/12/2008 Designação das USF Centro de Saúde Abertura Modelo A Modelo B Anta Espinho As Gândras Cantanhede Beira Ria Ílhavo Briosa Norton Matos Buarcos Figª da Foz Condeixa Condeixa Cruz de Celas Celas

121 Cuidar Santa Maria da Feira D. Diniz Gorjão Henriques Da Barrinha Ovar DouroVita Lamego Egas Moniz Santa Maria da Feira Espinho Espinho Famílias Santa Maria da Feira Fiães Santa Maria da Feira Grão Vasco Viseu Infante D. Henrique Viseu João Semana Ovar Lafões Oliveira de Frades Marquês de Marialva Cantanhede Moliceiro Aveiro S. João S. João da Madeira S. João de Ovar Ovar S. Julião Figª da Foz S.Pedro S. Pedro do Sul Santa Joana Aveiro Santa Maria Alcobaça Santiago de Leiria Arnaldo Sampaio Saúde Mais Santa Maria da Feira Sem Fronteiras Santa Maria da Feira Serra da Lousã Lousã Sudoeste Santa Maria da Feira Terras de Santa Maria Santa Maria da Feira Tornada Caldas da Rainha Viriato Viseu VitaSaurium Soure Nº USF criadas em Total a 31/ 12/ USF a transitar para ARS Norte, IP 12 para ARS Lisboa e Vale do Tejo, IP 2 Fonte: MCSP Agrupamentos de centros de saúde (ACES) A reestruturação dos cuidados de saúde primários da ARS Centro, I.P. conheceu, em 2007, uma evolução significativa, quer com a extinção da Sub região de Saúde de Coimbra e a consequente integração dos serviços e do pessoal na estrutura central, quer com a elaboração da proposta de ACES para a Região Centro. A proposta da ARS Centro I.P. prevê a organização dos centros de saúde em 16 ACES (Figura 4), tendo em conta afinidades geográficas, acessibilidades, referenciação para hospitais, recursos humanos e equipamentos de saúde 110

122 disponíveis, e resulta de reuniões conjuntas com os coordenadores das Sub regiões de Saúde e com responsáveis da Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP). Figura 4 Proposta de Agrupamentos de Centros de Saúde para a Região Centro CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES Contratualização Relativamente aos cuidados de saúde primários, foram realizadas as contratualizações com as USF da região (36) e realizou se a preparação da contratualização para 2009, incluindo dos cadernos de carteiras adicionais de serviços 111

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