A RELEVÂNCIA DAS PERDAS POR IMPARIDADE DO GOODWILL NOS OITO ANOS DE APLICAÇÃO DAS IAS/IFRS EM PORTUGAL

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1 A RELEVÂNCIA DAS PERDAS POR IMPARIDADE DO GOODWILL NOS OITO ANOS DE APLICAÇÃO DAS IAS/IFRS EM PORTUGAL Carla Carvalho Universidade de Aveiro Instituto Superior de Contabilidade e Administração Ana Maria Rodrigues (anarodri@fe.uc.pt) Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Carlos Ferreira (carlosf@ua.pt) Universidade de Aveiro Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial Área temática: A4) Relato Financeiro Palavras-chave: goodwill, perdas por imparidade, IFRS 3, concentração de atividades empresariais, manipulação dos resultados. Metodologia de investigação: M3) Empirical archival

2 Abstract A sujeição exclusiva a testes de imparidade relançou para a atualidade a discussão sobre a mensuração subsequente do goodwill, designadamente no seio dos organismos normalizadores, dada a complexidade e subjetividade associada à aplicação daqueles testes, com apelo a um grande número de julgamentos profissionais e estimativas. Ainda recentemente, em 1 de julho de 2013, o FASB emitiu o Exposure Draft Intangibles - Goodwill and Other (Topic 350) Accounting for goodwill, no qual se discute a relação custo/benefício da aplicação dos testes de imparidade do goodwill. Decorridos oito anos de prestação de contas em IAS/IFRS, este estudo tem por objetivo analisar a relevância das perdas por imparidade do goodwill nas sociedades portuguesas com valores cotados na Euronext Lisboa, durante o período de 2005 a 2012, procurando avaliar se a crise económica, com início em 2008, tem incrementado a frequência e magnitude daquelas perdas. Ao contrário do que seria expectável, os resultados do nosso estudo evidenciam que a atual crise económica não implicou um aumento significativo no valor das perdas por imparidade do goodwill. Podemos assim concluir que, também em Portugal, a decisão de reconhecimento daquelas perdas poderá estar a ser influenciada, não apenas por fatores económicos, mas também por interesses da gestão, aproveitando alguma discricionariedade permitida nas normas contabilísticas que regulam o goodwill. Este estudo revela-se de grande oportunidade, tanto para académicos e empresas, como para os normalizadores, não só pela relevância que o goodwill assume no balanço de muitos grupos económicos, mas também porque a discussão acerca da mensuração subsequente do goodwill se encontra novamente na ordem do dia dos mais importantes organismos normalizadores. 2

3 1. Introdução As normas de contabilidade orientam para a identificação em separado dos intangíveis adquiridos no âmbito de uma Concentração de Atividades Empresariais (CAE). Contudo, a realidade é que o goodwill continua a ser apresentado com elevados valores no balanço consolidado de muitos grupos económicos. PriceWaterhouseCoopers (2011) realizou um estudo sobre a contabilização das CAE em 12 países da União Europeia (UE), em 2009, concluindo que o valor afeto ao goodwill atinge 50% ou mais do custo de aquisição. Também Carvalho et al. (2012) concluíram que, em Portugal, o goodwill representa 46% do custo de aquisição das CAE realizadas pelas empresas do PSI 20 nos anos 2005 a 2009, sendo que no ano 2009 o valor do goodwill chega a representar 66% dos capitais próprios daquelas empresas, expondo os acionistas a um elevado risco de perda de capital. Já anteriormente Rodrigues (2003) tinha concluído que, em 48,5% dos grupos portugueses analisados no período de 1994 a 1998, o goodwill representa mais de 50% do custo de aquisição das CAE. Desde 2005 que as sociedades com valores cotados na Euronext Lisboa aplicam a IFRS 3 Business Combinations, sujeitando o goodwill exclusivamente a testes de imparidade, ao invés de ser amortizado sistematicamente. Embora o objetivo da IFRS 3 seja o de aumentar a qualidade e a comparabilidade na contabilização do goodwill, os resultados de alguns estudos revelam que aqueles objetivos nem sempre são atingidos (Jahmani et al., 2010; Shalev, 2009; Carvalho et al., 2008). O novo tratamento contabilístico do goodwill tem afetado negativamente a qualidade dos resultados de muitas empresas. Por exemplo, Bens et al. (2011) demonstram uma negativa reação do mercado à não amortização do goodwill, especialmente nas maiores empresas e com mais elevada assimetria de informação. Semelhante evidência foi obtida por Armstrong et al. (2010), especialmente nos países da common law, por não possuírem adequados mecanismos de enforcement. A sujeição a testes de imparidade relançou para a atualidade a discussão sobre a mensuração subsequente do goodwill, designadamente no seio dos organismos normalizadores. Em junho de 2012, o presidente do IASB, Hans Hoogervost (IASB, 2012), vem questionar a adequada aplicação prática dos testes de imparidade do goodwill e admite a sua revisão normativa. Mais recentemente, em 1 de julho de 2013, o FASB emitiu o Exposure Draft Intangibles - Goodwill and Other (Topic 350) Accounting for goodwill, no qual se discute a relação custo/benefício da aplicação dos testes de imparidade do goodwill. 3

4 De facto, a complexidade e subjetividade associada aos testes de imparidade do goodwill, com apelo a um grande número de julgamentos e estimativas, permite alguma discricionariedade na sua aplicação. Como consequência, aqueles testes podem ser mais influenciados por interesses da gestão, do que pela substância económica do goodwill. Desde 2008 que vivemos numa crise económica e financeira global, sendo a economia portuguesa uma das mais afetadas. Este contexto de crise, que tem deteriorado os resultados de muitas empresas nacionais, é um forte indício de declínio dos lucros futuros das empresas adquiridas no âmbito de CAE e, consequentemente, de um provável aumento na frequência e montante das perdas por imparidade do goodwill associado. Decorridos que estão oito anos de prestação de contas em IAS/IFRS, importa analisar como tem evoluído o reconhecimento das perdas por imparidade do goodwill em Portugal, com especial interesse no período pós 2008, ano em que se dá o início da crise mundial. Este estudo tem por objetivo analisar a relevância das perdas por imparidade do goodwill das sociedades com valores cotados na Euronext Lisboa, durante o período de 2005 a 2012, procurando avaliar se a crise económica tem incrementado a frequência e magnitude daquelas perdas. Pretendemos contribuir para a discussão sobre a aplicação prática dos testes de imparidade do goodwill, não só no meio académico mas também entre os principais organismos normalizadores. É premente que estes conheçam a praxis contabilística e tomem as medidas necessárias para minimizar a discricionariedade permitida nas normas que regulam esta matéria. O estudo tem a seguinte estrutura: na próxima secção é efetuada uma revisão da mais relevante literatura sobre a temática. Posteriormente apresentamos a amostra e a metodologia utilizada, analisamos os resultados e terminamos com as principais conclusões obtidas. 2. Revisão da literatura A mensuração subsequente do goodwill tem sido oportunisticamente utilizada pelos gestores para práticas de manipulação dos resultados. São vários os estudos que comprovam a existência destas práticas, particularmente as denominadas big bath, no ano de transição para o novo tratamento contabilístico do goodwill (Carvalho et al., 2008; Jordan et al., 2007; Sevin e Schroeder, 2005; Jordan e Clark, 2004). Mesmo nos períodos subsequentes à transição, os testes de imparidade do goodwill são utilizados para satisfazer interesses da gestão. Hayn e Hughes (2006) constataram que o 4

5 reconhecimento das perdas por imparidade do goodwill ocorre, em média, entre 3 a 4 anos após a sua imparidade económica, medida por indicadores de desempenho. Este substancial atraso pode refletir a gestão discricionária do momento do reconhecimento daquelas perdas, para servir determinados objetivos da gestão. Também Poel et al. (2008), com uma amostra de empresas cotadas em 15 países da UE, nos anos 2005 e 2006, corroboram as expectativas iniciais de que os gestores não aplicam os testes de imparidade do goodwill com o mesmo grau de diligência nos diferentes países. Já Comiskey e Mulford (2010) e Carlin e Finch (2010) concluíram que a determinação do valor recuperável do goodwill e a seleção das respetivas taxas de desconto é muito heterogénea entre empresas, demonstrando Petersen e Plenborg (2010) que algumas entidades nem sequer definem as unidades geradoras de caixa (UGC), tal como é exigido nas normas. Pieri (2010) analisou a evolução dos valores do goodwill em Itália, no período de 2005 a O autor concluiu que o goodwill continua a assumir elevados valores no balanço devido, entre outras razões, ao reconhecimento de insignificantes perdas por imparidade, mesmo em ambiente de evolução desfavorável da economia, o que indicia atitudes de ocultação intencional de efetivas perdas de valor do goodwill. A semelhante conclusão chegaram Jahmani et al. (2010) para o mercado norteamericano. Também a informação divulgada pelas empresas sobre as perdas por imparidade do goodwill é insuficiente e muito heterogénea, existindo estudos que comprovam um reduzido nível de cumprimento com os requisitos de divulgação das normas (Glaum et al., 2012; Carlin e Finch, 2010; Shalev, 2009). Os determinantes do reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill podem ser variados, desde fatores relacionados com as características da empresa, até motivações da gestão. Ramanna e Watts (2012) e Beatty e Weber (2006) concluíram que são os incentivos contratuais os que mais afetam a decisão das empresas de acelerar, ou atrasar, o reconhecimento das perdas por imparidade do goodwill. A estes fatores, outros autores acrescentam a mudança recente nos órgãos de gestão (Saastamoinen e Pajunen, 2012; AbuGhazaleh et al., 2011). Mais recentemente, num estudo realizado em Espanha para o período , concluiu-se que a dimensão das empresas é um dos fatores que mais influenciam a frequência das perdas por imparidade do goodwill, estando os respetivos testes a ser utilizados oportunisticamente pelos gestores, especialmente durante a crise, para alisamento de resultados (Pardo e Giner, 2013). No mesmo sentido, Poel et al. (2008) concluíram que as perdas por imparidade do goodwill estão altamente associadas a incentivos 5

6 de gestão, sendo reconhecidas quando os resultados são inesperadamente elevados, ou quando são inesperadamente baixos. 3. Amostra e metodologia O universo do nosso estudo é constituído pelas sociedades portuguesas com valores cotados na Euronext Lisboa no período de 2005 a Daquele universo excluímos as sociedades desportivas, dada a especificidade das suas atividades. Foram igualmente excluídas as sociedades que não apresentavam goodwill nos seus balanços consolidados em 31 de dezembro dos anos 2005 a 2012 e que, em simultâneo, não efetuaram qualquer movimento na rúbrica goodwill. A determinação da amostra final pode ser observada na Tabela 1. Tabela 1 Determinação da amostra Descrição Sociedades portuguesas com valores cotados Sociedades excluídas da amostra: Setor desportivo Com QE do goodwil = 0 e sem movimentos no período Total Na Tabela 2 apresentamos a distribuição da amostra por setor (de acordo com a classificação da Euronext Lisboa). Como se pode verificar, ao longo dos oito anos o setor com maior representatividade é o da Indústria (inclui 28% das empresas no total dos oito anos), seguindo-se o dos Serviços ao Consumidor (25%). Tabela 2 Distribuição da amostra por setor de atividade Setor de atividade Anos Total N.º % Indústria 33% 31% 26% 29% 26% 27% 27% 27% 83 28% Serviços ao consumidor 28% 25% 26% 24% 24% 24% 24% 24% 73 25% Financeiro 6% 8% 9% 11% 11% 11% 11% 11% 28 10% Tecnologia 8% 8% 9% 8% 11% 8% 8% 8% 25 9% Bens de consumo 8% 8% 9% 8% 8% 8% 8% 8% 24 8% Materiais básicos 8% 8% 9% 8% 8% 8% 8% 8% 24 8% Telecomunicações 6% 6% 6% 5% 5% 5% 5% 5% 16 5% Energia 3% 3% 6% 5% 5% 5% 5% 5% 14 5% Gás e petróleo 0% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 7 2% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% % 6

7 Já os setores Financeiro, Tecnologia, Bens de Consumo e Materiais Básicos, têm uma representatividade muito similar, que varia entre os 10% e os 8% no total dos oito anos. Os setores menos representativos são Telecomunicações e Energia, agregando cada um 5% das empresas, e o setor do Gás e Petróleo, composto por apenas 1 grupo económico a partir de Ainda no que respeita à caracterização da amostra 1, o número de empresas que integram o PSI 20, nos oito anos em análise, é muito próximo do número de sociedades que não compõem aquele índice. Tabela 3 Distribuição da amostra pelo PSI 20 Sociedades que: Total Integram o PSI 20 53% 53% 54% 47% 47% 49% 49% 46% 49,7% Não integram o PSI 20 47% 47% 46% 53% 53% 51% 51% 54% 50,3% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Como se pode observar na Tabela 3, o ligeiro maior peso relativo das empresas que compõem o PSI 20 nos anos 2005, 2006 e 2007 foi-se perdendo, de forma moderada, nos períodos seguintes até que, em 2012, são as empresas que não integram aquele índice que maior representatividade têm na nossa amostra. Esta inversão resulta do facto de, a partir de 2008 o PSI 20 passar, por um lado, a englobar uma empresa estrangeira (não integra o universo em estudo) e, por outro lado, o Banif, SGPS, S.A. integrar, a partir de 2011, o índice mas ter sido excluído da amostra por não possuir goodwill nos seus balanços consolidados. O método de recolha de dados consistiu na análise de conteúdo dos relatórios e contas consolidadas das empresas da amostra, no período de 2005 a 2012, o que implicou a análise de informação quantitativa e narrativa de 294 relatórios anuais. A recolha de dados incidiu, essencialmente, sobre algumas rubricas do balanço consolidado, da demonstração dos resultados por naturezas e a informação disponível no Anexo relativa às alterações do goodwill, com particular ênfase nas perdas por imparidade reconhecidas no período. 4. Resultados 4.1. A relevância do goodwill no balanço A Tabela 4 é ilustrativa da relevância do valor do goodwill no balanço dos grupos da nossa amostra. Quando analisamos a sua proporção no total dos ativos intangíveis, verificamos que 1 De sublinhar que, embora a nossa amostra seja apenas composta por grupos económicos com valores cotados em Portugal, a verdade é que a dimensão daqueles grupos é bastante heterogénea e tal reflete-se nos valores absolutos das diversas rubricas das demonstrações financeiras. Veja-se, a título de exemplo, que em 2012 o valor mínimo do Ativo Total é de milhares de e o valor máximo atinge os milhares de. 7

8 o goodwill é o mais importante componente dos ativos intangíveis de cada um dos grupos analisados: em 2005 atinge uma percentagem média de 70% e em 2012 desce para os 62%. Esta diminuição progressiva do peso relativo do goodwill justifica-se pelo facto de assistirmos, nos últimos anos e por efeitos da crise, a um menor número de CAE e, em simultâneo, a uma diminuição do respetivo custo de aquisição e, consequentemente, do valor do goodwill. Refira-se, ainda, que em 7 grupos o goodwill chega a representar no período em análise mais de 95% do valor dos seus ativos intangíveis. Tabela 4 Peso relativo do goodwill sobre algumas rubricas do balanço Rácios (valores médios) Anos Goodwill / Total dos Ativos Intangíveis (incluindo goodwill) 70% 69% 69% 70% 70% 63% 61% 62% Goodwill / Total do Ativo 13% 14% 13% 14% 15% 14% 14% 15% Goodwill / Total do Capital Próprio 43% 64% 46% 38% 119% 82% 72% 95% Ao analisarmos a proporção do goodwill no total do ativo, verificamos que o goodwill tem ganho, em termos médios, algum peso relativo no total dos ativos (passou de 13%, em 2005, para 15% em 2012), não tendo contudo sofrido grandes oscilações. O rácio goodwill / total do capital próprio é muito importante porquanto permite-nos, não só analisar a importância relativa do goodwill, mas também dá-nos uma indicação da vulnerabilidade da empresa a uma possível perda por imparidade do goodwill reconhecido no seu balanço. Ora, na nossa amostra, em média o goodwill começou por representar 43% dos capitais próprios em 2005, decresceu para os 38% em 2008, para chegar a ser, em 2009, superior aos capitais próprios. Em 2010 este rácio desceu para os 82%, subindo para 95% em Importa referir que para estes elevados valores médios em muito contribuiu o rácio de algumas empresas em particular, nas quais o valor do goodwill chega a ser superior ao valor dos capitais próprios em mais de 200%, atingindo uma empresa mais de 1000%. Ou seja, em termos médios, os capitais próprios das empresas da nossa amostra estão significativamente expostos ao risco de reconhecimento futuro de perdas por imparidade do goodwill Tipologia de movimentos reconhecidos no goodwill De modo a identificar as principais operações que deram origem aos movimentos na rúbrica goodwill e a aferir qual a importância que as perdas por imparidade têm no total daqueles movimentos (em frequência e em valor), procedemos à reconciliação da quantia escriturada do goodwill, no início e no final de cada período, para todas as empresas da nossa amostra. 8

9 Tabela 5 Frequência do tipo de movimentos no goodwill Movimentos no goodwill Anos Total N.º Emp. % Si Goodwill Aumentos no período: % Aquisições % Variações cambiais positivas % Outros movimentos não explicados % Alterações no perímetro de consolidação % Anulação de PI acumuladas (liquidação, venda ou QE = 0) % Correção no custo de aquisição de CAE de anos anteriores % Transferências % Conclusão da imputação do custo de CAE de anos anteriores % Efeito de cisões 1 1 0% Diminuições no período: % Perdas por imparidade reconhecidas no período % Alienações % Variações cambiais negativas % Outros movimentos não explicados % Conclusão da imputação do custo de CAE de anos anteriores % Transferências % Abates % Alterações no perímetro de consolidação % Correção no custo de aquisição de CAE de anos anteriores % Efeito de cisões % Liquidações % Sf Goodwill Como se pode observar nas Tabela 5 e Tabela 6, o principal movimento que deu origem a aumentos na quantia reconhecida do goodwill foram as aquisições (quer as que configuram CAE, quer as que consubstanciam aumentos de participação no capital de subsidiárias), representando mais de metade (52%) das operações de aumento do goodwill e 66% do seu valor. Regista-se, contudo, a partir do ano 2008 uma considerável diminuição, quer do número, quer do valor das aquisições que deram origem ao goodwill. Tal como já documentámos em trabalho anterior (Carvalho, et al., 2012), esta diminuição será reflexo da atual crise financeira de alcance mundial, fator que provavelmente terá diminuído, por um lado, o número de CAE em Portugal e, por outro lado, o número de aquisições que deram origem ao goodwill, por força do natural decréscimo do custo de aquisição daquelas operações. Tabela 6 Valor dos movimentos no goodwill Movimentos no goodwill (milhares de euros) Anos Total Valor % Si Goodwill Aumentos no período: ,0% Aquisições % Alterações no perímetro de consolidação % Variações cambiais positivas % Conclusão da imputação do custo de CAE de anos anteriores % Transferências % Anulação de PI acumuladas (liquidação, venda ou QE = 0) % Outros movimentos não explicados % Correção no custo de aquisição de CAE de anos anteriores % Efeito de cisões % Diminuições no período: % Alienações % Variações cambiais negativas % Perdas por imparidade reconhecidas no período % Conclusão da imputação do custo de CAE de anos anteriores % Transferências % Abates % Alterações no perímetro de consolidação % Efeito de cisões % Outros movimentos não explicados % Correção no custo de aquisição de CAE de anos anteriores % Liquidações % Sf Goodwill

10 A seguir às aquisições, são as variações cambiais positivas o tipo de movimento reconhecido com maior frequência pelas sociedades da nossa amostra (16%), representando cerca de 10% do valor dos aumentos, percentagem expressiva para alterações de valor. Com 13% do número dos movimentos no goodwill contribuíram os Outros movimentos não explicados, embora o seu valor seja insignificante. Este dado é bastante interessante uma vez que evidencia que as empresas apenas residualmente, e para valores materialmente irrelevantes, não apresentam qualquer explicação para alguns movimentos reconhecidos no goodwill, cumprindo assim com a característica qualitativa da relevância da informação financeira. Esta mesma situação acontece nos outros movimentos não explicados que deram origem a diminuições do goodwill. Um outro tipo de movimento que, embora tenha sido pouco frequente (apenas reconhecido em 15 relatórios ao longo dos 8 anos em análise) assume algum peso relativo em termos de valor (16,3%), são as alterações no perímetro de consolidação. Os restantes tipos de movimentos de aumento do goodwill são pouco significativos, quer em frequência, quer em montante. No que respeita aos movimentos que deram origem a diminuições do goodwill, o reconhecimento de perdas por imparidade foi o registo mais frequente (27%), embora em montante tenha sido apenas o terceiro mais relevante (14%). Contudo, a partir de 2008, as perdas por imparidade têm contribuído de forma crescente para a diminuição do valor do goodwill. Em termos de valor, o movimento mais relevante foram as alienações de participações financeiras com goodwill associado (representando 42% do valor total das diminuições), embora apenas 21% do número de movimentos de diminuição se devam a alienações. Outros movimentos com algum peso são as variações cambiais negativas, quer em número de registos (16%), quer no montante das diminuições (17%), e a Conclusão da imputação do custo de CAE de anos anteriores (7% em frequência e 10% em valor) Reconciliação das perdas por imparidade acumuladas do goodwill Na Tabela 7 apresentamos uma reconciliação de todos os movimentos reconhecidos na rúbrica Perdas por imparidade acumuladas do goodwill, em frequência e em valor, pelas empresas da nossa amostra 2 nos oito anos de aplicação das IAS/IFRS. 2 Nos anos 2009 a 2012 foram acrescentadas à nossa amostra 2 grupos (Compta e Lisgráfica) porque, embora nunca tenham apresentado goodwill no balanço, em 2008 reconheceram goodwill e no mesmo período registaram uma perda por imparidade pela totalidade do goodwill reconhecido no período, o que fez com que tivessem perdas por imparidade acumuladas do goodwill nos períodos seguintes. 10

11 Tabela 7 Tipos de movimentos em perdas por imparidade acumuladas do goodwill Reconciliação N.º de empresas por ano Total N.º empresas Valor (milhares de ) Si Perdas por imparidade acumuladas: Empresas com Si perdas por imparidade acumuladas = Empresas com Si perdas por imparidade acumuladas > Aumentos no período: % ,0% Reconhecimento de perdas por imparidade do período % ,9% Variação cambial % 995 0,1% Diminuições no período: % ,0% Eliminação de PI por abate de goodwill com QE = % ,8% Eliminação de PI por alienação de participações % ,5% Eliminação de PI por variação do perímetro de consolidação % ,6% Variação cambial 1 1 6% ,1% Sf Perdas por imparidade acumuladas Empresas com Sf perdas por imparidade acumuladas = Empresas com Sf perdas por imparidade acumuladas > Os aumentos nas perdas por imparidade acumuladas do goodwill são justificados, na sua generalidade, pelo reconhecimento de perdas por imparidade do período (96%). Numa análise da evolução do reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill, que aprofundaremos adiante, verifica-se um aumento na frequência daquelas perdas, especialmente nos anos 2011 e Embora as perdas por imparidade do goodwill não possam ser revertidas, existem outros movimentos que podem justificar diminuições no valor das perdas por imparidade acumuladas. Assim, no período de 2005 a 2012, 10 grupos (responsáveis por 18% das diminuições) eliminaram parte das perdas por imparidade acumuladas por abate à respetiva quantia bruta, em situações em que a quantia escriturada do goodwill era nula. As perdas por imparidade acumuladas foram, ainda, eliminadas por variação do perímetro de consolidação. Apesar desta última operação ter ocorrido em apenas 3 sociedades, os seus valores são bastante significativos, representando cerca de 77% do total das diminuições. O outro movimento que justificou a diminuição de perdas por imparidade acumuladas diz respeito à alienação de participações que tinham afeto goodwill em imparidade em anos anteriores. Da análise da Tabela 7 podemos, ainda, verificar que o número de sociedades com um saldo final de perdas por imparidade do goodwill tem vindo a aumentar, naturalmente por força do acréscimo de reconhecimento daquelas perdas. Assim, em 2005, apenas 6 empresas tinham um saldo positivo de perdas por imparidade acumuladas, sendo que em 2012 aquele número mais que quadruplicou, sendo já 29 as sociedades com aquele saldo positivo. De sublinhar, por fim, que existe a concentração de um elevado número de movimentos em poucos grupos económicos. Com efeito, 28% das 29 sociedades com saldo em perdas por imparidade acumuladas é responsável por 53% dos movimentos efetuados naquela rúbrica. 11

12 4.4. Frequência de reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill A frequência de reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill, por ano e por setor, pode ser observada na Tabela 8. Em termos globais, 27% das empresas que compõem a nossa amostra reconheceram, em pelo menos um dos anos de 2005 a 2012, perdas por imparidade do goodwill. Quanto à evolução da frequência de reconhecimento, em 2005 apenas 3 empresas registaram perdas por imparidade do goodwill, aumentando para 10 empresas em 2006 e mantendo-se este número com ligeiras oscilações até Em 2011 verifica-se um acentuado aumento no número de empresas que reconheceu perdas por imparidade do goodwill (16 empresas), sendo igualmente o ano em que se verificou o maior número de registos daquelas perdas (o que equivale a 43% das empresas). Este cenário manteve-se em 2012, com apenas menos uma empresa a registar perdas por imparidade do goodwill. Podemos, assim, concluir que o maior incremento no reconhecimento de perdas ocorre apenas 3 anos após o início da crise económica que ainda hoje vivemos, indo de encontro aos resultados do estudo de Hayn e Hughes (2006) de que o reconhecimento das perdas por imparidade do goodwill ocorre, em média, entre 3 a 4 anos após a sua imparidade económica. Tabela 8 Frequência do reconhecimento de PI do goodwill por ano e por setor Anos Total Setor de atividade N.º empresas com PI N.º empresas do setor % Empresas com PI no setor Gás e Petróleo % Bens de Consumo % Serviços ao Consumidor % Energia % Indústria % Tecnologia % Financeiro % Materiais Básicos % Telecomunicações % Total de empresas com reconhecimento de PI N.º empresas da amostra % Empresas com PI sobre o total de empresas da amostra 8% 28% 23% 29% 24% 22% 43% 41% 27% Numa análise detalhada da evolução por setor, verificamos que são os setores dos Serviços ao Consumidor e da Indústria os responsáveis pelo aumento acentuado de registo de perdas por imparidade do goodwill em Por outro lado, se ponderarmos o número de empresas que reconheceram perdas por imparidade do goodwill no setor, com o número total de empresas do mesmo setor, verificamos que o setor com maior reconhecimento de perdas por imparidade 12

13 é o do Gás e Petróleo (43%), seguindo-se o dos Bens de Consumo (42%), o dos Serviços ao Consumidor (33%) e o da Energia (29%). O setor com menor reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill é o das Telecomunicações. Ponderando, agora, o número de anos que cada sociedade reconheceu perdas por imparidade do goodwill, com o número total de anos que a mesma sociedade integrou a nossa amostra, no período de 2005 a 2012, construímos a Tabela 9, na qual distribuímos a frequência com que cada empresa reconheceu aquelas perdas. Tabela 9 Percentagem de anos que cada empresa reconheceu PI do goodwill % (n.º anos de reconhecimento de perdas por imparidade / n.º anos na amostra) 0% >0% e 25% >25% e 50% >50% e 75% >75% e <100% 100% Total N.º de empresas que reconheceu perdas por imparidade do goodwill entre 2005 e Dos 44 grupos económicos analisados 3, 15 nunca reconheceram, desde o ano 2005, qualquer perda por imparidade do goodwill. A segunda classe, na qual se inclui o maior número de empresas, é aquela em que reconheceram perdas por imparidade do goodwill até 25% dos anos. Já 9 grupos reconheceram perdas por imparidade entre 25% e 50% dos anos que integraram a amostra e apenas 3 grupos (Impresa, Corticeira Amorim, e Ibersol) reconheceram entre 50% e 75%. Por fim, os grupos que, com maior frequência, reconheceram perdas por imparidade do goodwill foram a Sonae e a Martifer (em 88% e 83% dos anos, respetivamente, ou seja, apenas não reconheceram perdas em um dos anos em que integraram a amostra). Dois grupos (Lisgráfica e Compta) reconheceram perdas em 100% dos anos porque as registaram, precisamente, no único ano em que integraram a nossa amostra Montante reconhecido de perdas por imparidade do goodwill Analisando apenas as empresas que, em pelo menos um dos oito anos, reconheceu perdas por imparidade do goodwill (o que totaliza 214 relatórios) constatámos que 58% do valor total das perdas foram reconhecidas por apenas 2 empresas (BCP e Cimpor), tendo contudo o BCP só reconhecido perdas em 2 anos e a Cimpor em 3 anos. Por outro lado, apenas 6 empresas (BCP, Cimpor, EDP, Martifer, Imprensa e Sonae), que representam 21% daquela amostra, reconheceram 82% da totalidade das perdas por imparidade durante o período de 2005 a Note-se que, no período de 2005 a 2012, houve anos em que alguns destes 44 grupos não tiveram as suas ações cotadas na Euronext Lisboa, razão pela qual a nossa amostra (cf. Tabela 1) por ano é inferior a 44 sociedades. 13

14 Esta análise não tem, contudo, em consideração a dimensão da empresa e, consequentemente, o valor do seu goodwill. Para uma análise mais rigorosa, procedemos à ponderação, por empresa, do montante das perdas por imparidade do goodwill reconhecidas em cada período, com o valor do goodwill (antes das perdas por imparidade do período, eliminando o efeito das mesmas), de que resultou a Tabela 10. Tabela 10 Peso relativo das perdas por imparidade sobre o valor do goodwill, por empresa Nome Total das perdas por imparidade reconhecidas entre 2005 e 2012 (milhares de ) Considerando todos os anos das empresas que reconheceram PI em pelo menos 1 ano Valor total do goodwill (antes de perdas por imparidade) (milhares de ) % Perdas por imparidade / Goodwill Considerando apenas os anos em que as empresas reconheceram PI Valor total do goodwill (antes de perdas por imparidade) (milhares de ) % Perdas por imparidade / Goodwill Compta - Equipamentos e Serviços de Informática, S.A ,0% ,0% Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S.A ,0% ,0% Martifer, SGPS, S.A ,5% ,5% Corticeira Amorim, SGPS, S.A ,5% ,0% Estoril Sol, SGPS, S.A ,2% ,2% BANIF, SGPS, S.A ,4% ,7% Banco Comercial Português, S.A ,9% ,8% VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A ,4% ,9% Brisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A ,4% ,1% Teixeira Duarte, S.A ,3% ,7% Sociedade Comercial Orey Antunes, S.A ,8% ,8% Banco Espírito Santo, S.A ,7% ,0% Impresa, SGPS, S.A ,6% ,5% Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, S.A ,3% ,3% Cimpor - Cimentos de Portugal, SGPS, S.A ,2% ,7% Grupo Media Capital, SGPS, S.A ,2% ,2% Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A ,8% ,1% Mota-Engil, SGPS, S.A ,7% ,1% Sonae SGPS, S.A ,7% ,8% Reditus, SGPS, S.A ,5% ,3% SONAECOM, SGPS, S.A ,3% ,2% Glintt - Global Intelligent Technologies, SGPS, S.A ,3% ,3% EDP - Energias de Portugal, S.A ,3% ,5% Galp Energia, SGPS, S.A ,2% ,9% Cofina, SGPS, S.A ,1% ,1% Novabase, SGPS, S.A ,1% ,8% Sumol+Compal, S.A ,1% ,4% Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A ,1% ,2% Ibersol, SGPS, S.A ,1% ,1% Total ,2% ,6% Considerando, numa primeira análise, todos os anos das empresas que, em pelo menos um ano, reconheceram perdas por imparidade, e ponderando o valor total destas perdas reconhecidas entre 2005 e 2012 com o valor total do goodwill (antes de perdas por imparidade), em média as empresas que reconheceram perdas por imparidade em maior 14

15 percentagem de goodwill foi a Compta e a Lisgráfica (100%) 4, seguidas das Martifer (19,5%), da Corticeira Amorim (14,5%), da Estoril Sol (13,2%), do Banif (9,4%) e do BCP (8,9%). Numa segunda análise, considerámos no valor total do goodwill (antes de perdas por imparidade) de cada empresa, apenas os períodos em que foram reconhecidas perdas por imparidade do goodwill. O nosso objetivo foi eliminar o efeito da frequência de reconhecimento das perdas por imparidade e, deste modo, ter uma melhor perceção da percentagem média de goodwill abatido em cada período em que as perdas foram reconhecidas. Ora, analisando a Tabela 10, verificamos que foi a Estoril Sol a abater, em média, maior valor do seu goodwill em cada período de reconhecimento de perdas por imparidade (64,2% do goodwill), embora entre 2005 e 2012 apenas tenha reconhecido perdas por imparidade num total de 13,2% do seu goodwill. Segue-se o BCP que, em apenas 2 anos, reconheceu 34,8% do goodwill daqueles períodos, embora apenas tenha reconhecido no total dos oito anos 8,9% de perdas por imparidade do seu goodwill. Em terceira posição está o Banif (32,7%), seguido da Corticeira Amorim (23%) e da Martifer (22,5%). Tabela 11 Peso relativo das perdas por imparidade sobre o valor do goodwill, por setor Anos Setor de atividade Total Financeiro 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 22,2% 31,5% 0,2% 7,4% Bens de Consumo 0,0% 6,9% 1,8% 2,6% 0,2% 3,7% 4,4% 1,6% 2,6% Indústria 0,0% 0,1% 0,2% 1,1% 1,2% 0,9% 0,3% 4,2% 1,4% Serviços ao Consumidor 0,2% 0,7% 0,3% 0,5% 0,1% 0,2% 2,4% 0,3% 0,6% Tecnologia 0,6% 0,3% 0,0% 0,0% 0,1% 0,9% 0,4% 0,3% 0,3% Energia 0,0% 0,3% 0,0% 0,5% 0,1% 0,0% 1,1% 0,0% 0,3% Materiais Básicos 0,0% 1,8% 0,0% 0,2% 0,0% 0,1% 0,0% 0,0% 0,3% Gás e Petróleo - 3,5% 2,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,5% 0,2% Telecomunicações 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,4% 0,1% Total 0,1% 0,4% 0,1% 0,5% 0,3% 1,7% 2,4% 1,3% 0,9% Na Tabela 11 apresentamos a evolução do peso relativo das perdas por imparidade, sobre o valor do goodwill, por setor de atividade. Da sua análise ressalta, desde logo, que é o setor Financeiro aquele que maior valor do goodwill abateu por força do reconhecimento de perdas por imparidade (7,4% do valor do goodwill). Este facto não é surpreendente uma vez que foi precisamente no setor Financeiro que se deu o epicentro da atual crise económica. Contudo, 4 Esta percentagem é justificada pelo facto de estas duas empresas terem reconhecido perdas por imparidade pelo valor total do goodwill no período em que o mesmo foi registado no âmbito de uma CAE. Acresce que ambas as empresas apenas foram incluídas na nossa amostra um ano, que coincidiu precisamente com o período em que reconheceram o goodwill e respetivas perdas por imparidade. 15

16 numa análise evolutiva, a maior proporção de goodwill reconhecido em perdas por imparidade ocorreu em 2011, cerca de três anos após o início da crise, embora já em 2010 aquela percentagem fosse elevada (22,2%). Seguidamente são os setores de Bens de Consumo (2,6%) e o da Indústria (1,4%) que registaram uma maior parcela do goodwill em perdas por imparidade. Curiosamente, no setor de Bens de Consumo, o ano em que tal proporção foi mais elevada foi em 2006 (6,9%), período de ainda alguma estabilidade económica. Mas, seguindo a mesma tendência do setor Financeiro, também é nos anos 2011 (4,4%) e 2010 (3,7%) que se registou uma maior proporção de perdas por imparidade do goodwill. Já no setor da Indústria, é em 2012 que se regista um maior reconhecimento de perdas (4,2%), período no qual os restantes setores registaram insignificantes perdas. Com efeito, em 2012 a percentagem global das perdas por imparidade reconhecidas do goodwill foi de apenas 1,3% do seu valor, tendo o seu máximo sido atingido em 2011 (2,4%), depois de em 2010 se situar nos 1,7%. Dos dados apresentados podemos concluir que, embora se tenha verificado, em termos globais, um aumento na percentagem de goodwill abatido através de perdas por imparidade no período de 2005 a 2012, com maior expressão nos anos 2010 e 2011, a verdade é que aquelas percentagens continuam a ser muito reduzidas. Curiosamente, em 2012, ano de profunda crise económica nacional e em que (cf. Tabela 8) a frequência de reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill se mantém relativamente elevada, até se verifica uma diminuição na proporção de perdas por imparidade do goodwill reconhecidas. Ou seja, neste último ano, as sociedades reconheceram com maior frequência perdas por imparidade do goodwill mas por montantes inferiores. Em suma, o valor do goodwill apresentado no balanço dos grupos portugueses com valores cotados foi, em média, pouco ou, em alguns casos, nada afetado pela maior crise económica dos últimos tempos, sendo os nossos resultados consistentes com os documentados em outros estudos para outros países da UE (PriceWaterhouseCoopers, 2011; Jahmani et al., 2010; Pieri, 2010). São diversas as explicações possíveis para esta situação, a qual, numa primeira apreciação, não seria expectável. Tal como sugere PriceWaterhouseCoopers (2011), uma primeira justificação prende-se com o facto de o valor recuperável do goodwill, afeto às UGC das sociedades com valores cotados, poder ter sofrido um substancial declínio, mas manter-se ainda acima da sua quantia escriturada, não dando origem ao reconhecimento de qualquer 16

17 perda por imparidade do goodwill. Uma outra razão, para a diminuta expressão das perdas por imparidade do goodwill, reside na circunstância de a eventual perda de valor do goodwill adquirido, no âmbito de uma CAE, poder estar a ser compensado pelo goodwill gerado internamente na UGC a que o goodwill adquirido foi afeto. Porquanto, na determinação da quantia recuperável do goodwill, é difícil autonomizar os fluxos de caixa gerados pelo goodwill adquirido, dos fluxos que têm origem no goodwill que foi entretanto gerado internamente e que não é reconhecido no balanço das empresas. Deste modo, na opinião de PriceWaterhouseCoopers (2011), poderá inclusive existir uma certa tentação, por parte dos gestores, de alocar o goodwill adquirido às UGC com maior propensão para gerarem internamente goodwill, de modo a evitar o futuro reconhecimento de perdas por imparidade. Esta última justificação entronca numa problemática, profusamente apontada na revisão da literatura: a discricionariedade permitida nas normas na realização dos testes de imparidade do goodwill, por apelarem a um grande número de julgamentos e estimativas, altamente subjetivos, permitindo aos gestores reconhecer o nível desejado de perdas por imparidade, motivados por fatores diversos. Numa tentativa de procurar antecipar um primeiro determinante do reconhecimento, ou não, de perdas por imparidade do goodwill, dividimos a nossa amostra inicial em duas categorias: as que reconheceram, em pelo menos um dos anos de 2005 a 2012, perdas por imparidade do goodwill; e as que nunca reconheceram naquele período perdas por imparidade do goodwill. Tabela 12 Perdas por imparidade por magnitude do goodwill Divisão das empresas Anos Total Empresas que reconheceram perdas por imparidade em pelo menos um ano Empresas que não reconheceram perdas por imparidade em qualquer ano Valor do goodwill (milhares de ) % s/ total do goodwill 31% 30% 24% 25% 26% 20% 26% 24% 25% N.º empresas % s/ total empresas 67% 72% 77% 74% 74% 73% 73% 73% 73% Valor do goodwill (milhares de ) % s/ total do goodwill 69% 70% 76% 75% 74% 80% 74% 76% 75% N.º empresas Total % s/ total empresas 33% 28% 23% 26% 26% 27% 27% 27% 27% Valor do goodwill (milhares de ) N.º empresas por ano Da análise da Tabela 12 podemos concluir que, ao longo do período 2005 a 2012, foram as sociedades com maior valor do goodwill que nunca reconheceram perdas por imparidade. 17

18 Com efeito, estas sociedades, que representam 27% da nossa amostra, têm um valor de goodwill escriturado (antes de imparidades) que ascende a 75% do goodwill total da nossa amostra para os oito anos analisados. Ou seja, podemos inferir que serão as empresas de menor dimensão que tendem a reconhecer perdas por imparidade do goodwill. Um outro resultado preliminar do nosso estudo, é o de que parecem ser as empresas com resultados negativos a reconhecer um maior volume de perdas por imparidade (ver Tabela 13). Dividindo as empresas/ano em que foram reconhecidas perdas por imparidade em dois grupos, as que tiveram Resultados Antes de Impostos (RAI) (antes de imparidades do goodwill) positivos e as que tiveram RAI negativos, verificamos que metade do valor das perdas por imparidade foi reconhecida pelas 21 empresas/ano com RAI negativos, as quais representam apenas 26% das empresas/ano da amostra. Neste grupo de empresas com RAI negativos, as perdas por imparidade do goodwill pioraram os resultados em 13%. Como seria de esperar, a maior parte destas empresas (75%) não integraram o PSI 20 no ano em que reconheceram perdas por imparidade do goodwill, tendo sido precisamente nestas que as perdas por imparidade reconhecidas mais afetaram negativamente os seus resultados (16%). De referir que, das 6 empresas/ano desta amostra com RAI negativos, metade são do setor Financeiro. Tabela 13 Perdas por imparidade do goodwill e desempenho das sociedades Indicador PSI 20 Total de empresas/ano que Total de perdas por imparidade reconheceram PI entre do goodwill 2012 Valor (milhares de ) % N.º % Valor total do RAI (antes de PI goodwill) (milhares de ) % Perdas por imparidade / RAI Sim % 31 53% % RAI >0 Não % 28 47% % Total % % % Sim % 6 29% % RAI <0 Não % 15 71% % Total % % % Total Já as 59 empresas/ano que tiveram um desempenho positivo (74% da amostra), reconheceram os outros 50% das perdas por imparidade, contribuindo estas negativamente para o RAI das empresas em apenas 3%. Destas, 53% integraram o PSI 20 no ano em que reconheceram perdas por imparidade do goodwill, tendo estas perdas afetado negativamente o seu desempenho em apenas 2%. Por seu lado, as empresas que não integraram o PSI 20, viram os 18

19 seus RAI serem afetados negativamente em 15%, percentagem bem mais significativa do que as do PSI 20. Não obstante estes resultados necessitarem de ser complementados com outro tipo de testes, mais robustos, sugerem-nos, nesta primeira análise e à semelhança dos resultados do estudo de Pardo e Giner (2013), que as empresas mais lucrativas tendem a reconhecer menores perdas por imparidade do goodwill, em consistência com a estratégia de alisamento de resultados. Por outro lado, parecem ser as sociedades que integram o PSI 20 as que menos reconhecem tais perdas, sejam positivos ou negativos os seus resultados. Ora, estas últimas empresas são as que possuem maior capitalização bolsista e, concomitantemente, são de maior visibilidade no mercado e, por isso, mais escrutinadas e tendem a ser de maior dimensão. 5. Conclusões Num cenário de profunda crise económica, como a que vivemos atualmente em Portugal, se os testes de imparidade fossem apenas influenciados por fatores económicos e financeiros, seria expectável assistir-se a um substancial aumento no reconhecimento de perdas por imparidade do goodwill. Contudo, e ao contrário do que seria expectável, os resultados do nosso estudo evidenciam que a atual crise não implicou um aumento significativo no valor das perdas por imparidade do goodwill. Em termos de frequência, foi nos anos 2011 e 2012 que se registou o maior número de registos de perdas por imparidade do goodwill (43% das empresas), pelo que, o maior incremento no reconhecimento daquelas perdas, ocorre apenas 3 anos após o início da crise económica, indo de encontro aos resultados do estudo de Hayn e Hughes (2006). Dos nossos resultados podemos também concluir que, embora se tenha verificado um aumento na percentagem do goodwill abatido através de perdas por imparidade entre 2005 e 2012, com maior expressão nos anos 2010 e 2011, a verdade é que aquelas percentagens continuam a ser muito reduzidas. Com efeito, em 2011 as perdas por imparidade do período representavam apenas 2,4% do valor do goodwill. O setor Financeiro foi aquele que maior valor do goodwill abateu por força do reconhecimento de perdas por imparidade, facto não surpreendente uma vez que foi neste setor que se deu o epicentro da atual crise económica. Por fim, e relativamente aos possíveis determinantes do reconhecimento das perdas por imparidade do goodwill, os nossos resultados preliminares indicam que parecem ser as 19

20 empresas com menor valor do goodwill e com resultados negativos a reconhecer um maior volume de perdas por imparidade. As empresas mais lucrativas e que integram o PSI 20 tendem a reconhecer menores perdas por imparidade do goodwill, em consistência com a estratégia de alisamento de resultados. Em síntese, a decisão de reconhecimento daquelas perdas poderá estar a ser influenciada, não apenas por fatores económicos, mas também por interesses da gestão, aproveitando alguma discricionariedade permitida nas normas. Este estudo revela-se de grande oportunidade, tanto para académicos e empresas, como para os normalizadores, não só pela relevância que o goodwill assume no balanço de muitos grupos, mas também porque a discussão acerca da mensuração subsequente do goodwill se encontra novamente na ordem do dia dos principais organismos normalizadores. 6. Referências bibliográficas AbuGhazaleh, N. M., Al-Hares O., Roberts, C. (2011). Accounting Discretion in Goodwill Impairments: UK Evidence. Journal of International Financial Management & Accounting, 22 (3), Armstrong, C. S., Barth, M. E., Jagolinzer, A. D., Riedl, E. J. (2010). Market Reaction to the Adoption of IFRS in Europe. The Accounting Review, 85 (1), Beatty, A., Weber, J. (2006). Accounting Discretion in Fair Value Estimates: An Examination of SFAS 142 Goodwill Impairments. Journal of Accounting Research, 44 (2), Bens, D., Hetzler, W., Segal, B. (2011). The Information Content of Goodwill Impairments and SFAS 142. Journal of Accounting, Auditing and Finance, 26 (3), Carlin, T.M., Finch, N. (2010). Evidence on IFRS Goodwill Impairment Testing by Australian and New Zealand Firms. Managerial Finance, 36 (9), Carvalho, C., Rodrigues, A.M., Ferreira, C. (2012). The Recognition of the Intangible Assets in Business Combinations: the Portuguese Case. 13th European Conference on Knowledge Management, setembro, Cartagena. Carvalho, C., Rodrigues, A.M., Ferreira, C. (2008). Imparidade do Goodwill na Transição para a IFRS 3: O Caso Português. XII Congresso de Contabilidade e Auditoria, novembro, Aveiro. Comiskey, E. E., Mulford, C. W. (2010). Goodwill, Triggering Events and Impairment Accounting. Managerial Finance, 36 (9), Glaum, M., Schmidt, P., Street, D. L., Vogel, S. (2012). Compliance with IFRS 3 and IAS 36 Required Disclosures Across 17 European Countries: Company and Country Level Determinants. Accounting and Business Research, ifirst, Hayn, C., Hughes, P. (2006). Leading Indicators of Goodwill Impairment. Journal of Accounting, Auditing & Finance, 21 (3),

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