Infeção VIH/Sida Região Norte

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1 Infeção VIH/Sida Região Norte Relatório 2017 Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. Departamento de Saúde Pública PRVIH/Sida

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3 Ficha Técnica Título Infeção VIH/ Sida Região Norte Relatório 2017 Editor Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. Rua de Santa Catarina, Porto Presidente do Conselho Diretivo da ARS Norte, I.P. Dr. Pimenta Marinho Departamento de Saúde Pública da ARS Norte, I.P. Diretora Dra. Maria Neto Área Funcional Promoção e Proteção da Saúde Dra. Lurdes Maio Gonçalves Morada Rua Anselmo Braamcamp, Porto Tel Fax: Equipa Técnica Maria José Santos Cármen Guimarães de contacto directora.dsp@arsnorte.min-saude.pt vih.dsp@arsnorte.min-saude.pt 3

4 Índice Introdução Perfil Epidemiológico da infeção VIH/Sida na região Norte Fast Track Cities: Cidades na Via Rápida Acompanhamento hospitalar dos doentes com infeção VIH/Sida Deteção da infeção por VIH nos Cuidados de Saúde Primários: Implementação Regional do Teste Rápido Rede de Centros de Aconselhamento e Deteção (CAD) A infeção VIH/Sida em diferentes contextos Infeção VIH nos utilizadores de drogas Programa Troca de Seringas Diz Não a uma Seringa em Segunda Mão Infeção VIH em Meio Prisional Organizações de Base Comunitária (OBC) Programa de Financiamento Público a projetos no âmbito do PNVIH/Sida Saúde Oral e Infeção Materiais de Prevenção Bibliografia

5 Siglas ACeS ACS ACSS AFP ANF ARS ARSN CAD CNSIDA CDP CSP DICAD DGAG DGRSP DGS DSP EP ERRMD ET ETA HSH IEC INSA ONG PNVIH/Sida PRVIH/Sida PTS QEM SCLÍNICO SICAD SINAVE SIDA SI.VIDA SPMS TB UAG UD UDI ULS UCSP USF USP VHB VHC VIH Agrupamento de Centros de Saúde Alto Comissariado da Saúde Administração Central do Sistema de Saúde Associação de Farmácias de Portugal Associação Nacional de Farmácias Administração Regional de Saúde Administração Regional de Saúde do Norte Centro de Aconselhamento e Deteção Coordenação Nacional para a Infeção VIH/Sida Centro de Diagnóstico Pneumológico Cuidados de Saúde Primários Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências Departamento de Gestão e Administração Geral Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais Direção-Geral da Saúde Departamento de Saúde Pública Estabelecimento Prisional Equipa de Redução de Riscos e Minimização de Danos Equipa de Tratamento Equipa Técnica de Avaliação Homens que têm Sexo com Homens Informação, Educação e Comunicação Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Organização Não Governamental Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida Programa Troca de Seringas Quadro de Execução Mensal Sistema de Informação de apoio à clínica Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Sistema de Informação para a Infeção VIH/Sida Serviços Partilhados do Ministério da Saúde Tuberculose Unidade de Apoio à Gestão Utilizadores de Drogas Utilizadores de Drogas Intravenosas Unidade Local de Saúde Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Unidade de Saúde Familiar Unidade de Saúde Pública Vírus da Hepatite B Vírus da Hepatite C Vírus da Imunodeficiência Humana 5

6 Introdução Os casos registados na base de dados nacional da vigilância epidemiológica da infeção por VIH e SIDA e notificados até 30 de junho de 2017, revelam que durante o ano 2016 foram diagnosticados em Portugal 1030 novos casos de infeção por VIH, correspondendo a uma taxa de 10,0 novos casos por habitantes, não ajustada para o atraso da notificação. A maioria dos diagnósticos (99,7%) ocorreu em indivíduos adultos (15 ou mais anos de idade). A seguir à Área Metropolitana de Lisboa, a região Norte foi aquela em que se registou o maior número de novos casos de infeção (237) e de casos de SIDA (62), correspondendo a 23,1% e a 23,8%, respetivamente, do total dos casos diagnosticados. O Distrito do Porto apresenta uma taxa de novos casos de 9,4% por habitantes, não ajustada para o atraso da notificação. As características clínicas dos novos casos de infeção indicam que a maioria ocorreu por transmissão sexual (96,8%) e, em 65,2% dos casos, a infeção era assintomática. Os dados disponíveis indicam que cerca de 55% das pessoas com infeção pelo VIH são diagnosticadas tarde (valores de CD4 350) (Relatório INSA, 2017). Contrariamente às abordagens médicas convencionais, baseadas em comorbilidades e multimorbilidades, uma visão sindémica de uma epidemia urbana permite explorar melhor os efeitos, sobre a saúde, das interações de determinada doença com os fatores sociais, económicos, ambientais e culturais e os determinantes que promovem a reciprocidade dessas interações, as quais contribuem para o agravamento das doenças. A intervenção sindémica reforça as estratégias de prevenção e de assistência, ao considerar o espectro completo das vulnerabilidades, em vez de tratar individualmente cada distúrbio e ignorar os contextos complexos nos quais ocorre (Lancet 2017;389: ). Em 2017, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) assinou, junto com o Município do Porto, a Declaração de Paris, assumindo o compromisso de definir uma estratégia conjunta que contribua para acabar com a SIDA até Cumprindo um dos objetivos do (PRVIH/Sida), apresentamos o presente relatório da Infeção VIH/Sida na região Norte.2017, na continuidade do publicado no ano transato, mantendo a base de informação recolhida e contribuindo, assim, para o melhor conhecimento desta infeção na região. 6

7 1. Perfil epidemiológico da infeção VIH/Sida na região Norte Em 2016 foram notificados 237 novos casos de infeção por VIH, o que corresponde a uma incidência de 6.6 por habitantes. Destes novos casos identificados, 62 apresentavam uma doença definidora de SIDA (1.7 por /hab). Nos quadros seguintes, observa-se a evolução temporal da incidência da infeção por VIH e de SIDA, desde 2012 a 2016, na região Norte e em Portugal Continental. Quadro n.º 1: Incidência da Infeção VIH por habitantes, Residência Continente 15,5 14,8 11,0 9,7 10,1 Região Norte 9,9 9,5 7,8 6,6 6,6 Quadro n.º 2: Incidência de SIDA por habitantes, Residência Continente 5,7 4,6 3,0 2,3 2,6 Região Norte 4,3 2,7 2,2 1,6 1,7 Podemos observar no gráfico seguinte a distribuição do número de casos de infeção VIH por grupo etário e sexo. Verifica-se que, de 2012 a 2016, o maior número de casos notificados de infeção se verificou no sexo masculino e no grupo dos 30 aos 44 anos < Feminino Masculino Gráfico n.º 1: Distribuição do número de casos de infeção VIH por grupo etário e sexo, região Norte, Relativamente à categoria de transmissão, apresenta-se a comparação do quinquénio com o de (gráfico n.º 2). Assim, podemos verificar um acentuado aumento da infeção associada aos homens que têm sexo com homens (HSH), de 18.4% para 33.7%. De realçar que a transmissão sexual foi responsável por 91.8% das infeções ocorridas no período de 2012 a

8 ,3% 4,8% 0,1% 3,2% Hetero 0,4% 21,5% 18,4% 58,4% HSH Mãe/ filho Toxicodependente 33,7% 58,1% Outras Gráfico n.º 2: Distribuição do número de casos de infeção VIH por categoria de transmissão e quinquénio, ambos os sexos. 8

9 2. Fast Track Cities: Cidades na Via Rápida Portugal continua a possuir uma elevada incidência da infeção VIH/Sida, nomeadamente em populações mais vulneráveis, pelo que urge adotar políticas integradas que visem a prevenção, identificação precoce de novos casos e a orientação adequada dos indivíduos infetados para os serviços de saúde, de forma a ser possível iniciar o tratamento de forma célere, implementando uma política abrangente no sentido de se conseguir controlar a epidemia do VIH. Uma das questões prementes que se verifica e à qual importa dar especial atenção, prende-se com o facto da incidência do VIH nas grandes cidades ser muito superior quando comparada com outras áreas do país. O número de novos casos de VIH nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto representa cerca de 2/3 do total de novas infeções em Portugal. Torna-se fundamental a criação de redes sustentadas de partilha de ações com outras entidades fora do Serviço Nacional de Saúde, de forma a chegarmos às populações mais vulneráveis, seguindo o exemplo de outros países, e constituindo um elemento crítico de sucesso a articulação com estruturas formais e informais da sociedade, nomeadamente autárquicas e de base comunitária. Neste âmbito, reconhece-se que as cidades têm um papel destacado na aceleração da resposta à epidemia do VIH/Sida. Adicionalmente, as dinâmicas urbanas aumentam frequentemente o risco e vulnerabilidade para a infeção por VIH, nomeadamente por enfrentarem desafios como a elevada densidade populacional, migrações e desigualdades. Neste sentido, as cidades representam um importante contributo para atingir, até 2020, as metas de tratamento propostas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/Sida (ONUSIDA), que consistem em 90% das pessoas que vivem com VIH estarem diagnosticadas, 90% destas receberem tratamento e 90% das pessoas sob terapêutica atingirem a supressão vírica. Isto significaria que 72,9% da população mundial a viver com a infeção pelo VIH teria carga viral indetetável no ano de Neste contexto, no dia mundial da SIDA em 2014, foi lançada a Declaração de Paris, Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH, tendo como principais parceiros: a cidade de Paris, a ONUSIDA, o programa específico das Nações Unidas para habitação e desenvolvimento urbano sustentável (UN-HABITAT United Nation Human Settlement) e a Associação Internacional de Prestadores de Cuidados no âmbito da SIDA (IAPAC), a qual foi subscrita por várias cidades de diferentes regiões do mundo, como Banguecoque, Costa do Marfim, Senegal, Amsterdão, Atenas, Atlanta, Bucareste, Denver, Genebra e São Francisco. As cidades que assinaram a Declaração de Paris comprometeram-se atingir sete objetivos principais: Acabar com a epidemia do VIH/Sida nas cidades até 2030 e atingir metas ambiciosas até 2020; Colocar as pessoas no centro da resposta ao VIH/Sida; Abordar as causas de risco, vulnerabilidades e transmissão do VIH; Usar a resposta ao VIH/Sida para uma transformação social positiva e construção de sociedades equitativas, inclusivas, resilientes e sustentáveis; 9

10 Construir e acelerar respostas adequadas às necessidades locais; Mobilizar recursos para uma saúde pública e um desenvolvimento integrado; Unir líderes, trabalhando de forma inclusiva. Neste enquadramento, importa também, em Portugal, através de uma abordagem conjunta do Ministério da Saúde em parceria com os Municípios e a Sociedade Civil, alinhados com os objetivos propostos pela ONUSIDA e pela experiência internacional, introduzir uma mudança positiva nas Cidades de Lisboa, do Porto e de Cascais, contribuindo para o objetivo de acabar com a epidemia do VIH/Sida. Tornam-se, portanto, pertinentes as estratégias diferenciadas destinadas a abordar os desafios do diagnóstico, tratamento e supressão viral nos cidadãos infetados nestas regiões. O projeto internacional Cidades na via rápida para acabar com a epidemia do VIH apresenta-se como uma oportunidade para a mobilização dos diferentes atores sociais no combate ao VIH/Sida. Importa assim, criar um grupo de trabalho com o objetivo de definir uma estratégia integrada para a eliminação da epidemia do VIH/Sida nas Cidades de Lisboa, do Porto e de Cascais, no contexto do projeto internacional Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH, que garanta uma articulação das várias instituições do Ministério da Saúde, das organizações da sociedade civil e municípios na prossecução deste objetivo, garantindo um aproveitamento integrado dos recursos e dos vários projetos a serem desenvolvidos. Por outro lado, é importante que o desenvolvimento deste processo permita lançar as bases nacionais para o alargamento a outros concelhos, aproveitando a experiência e o conhecimento que vier a ser construído. Neste âmbito, a ARSN assinou, a 29 de maio de 2017, o Protocolo da Declaração de Paris, assumindo assim os compromissos nela explicitados. O Grupo de Trabalho criado pelo Despacho n.º 5216/2017, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, integra um elemento da Administração Regional de Saúde do Norte/ Programa Regional para a Infeção VIH/Sida, que definiu uma estratégia integrada para a eliminação da epidemia do VIH/Sida nas cidades de Cascais, Lisboa e do Porto, no contexto do projeto internacional «Cidades na via rápida para acabar com a epidemia VIH», e definir o posterior alargamento a outros concelhos. 10

11 3. Acompanhamento hospitalar dos doentes com infeção VIH/Sida O SI.VIDA é um sistema de informação hospitalar que tem como finalidade melhorar a qualidade da vigilância epidemiológica da infeção por VIH e melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde prestados nas unidades hospitalares do SNS. Em setembro de 2017, foi publicado o Despacho n.º 8379/2017, que determina que a implementação do sistema informático SI.VIDA deverá estar concluída em todos os hospitais do SNS que seguem doentes com VIH, até 31 de dezembro de Este Despacho refere ainda que, até outubro de 2018, deverá ser realizada a integração dos sistemas locais de registo e acompanhamento das pessoas que vivem com o VIH com o SINAVE, de forma a garantir a automatização da notificação dos novos diagnósticos de VIH/Sida, sem necessidade de duplicação de registos ou plataformas para o efeito. A notificação dos novos casos, através do SINAVE, deve ocorrer de forma automática, no momento da confirmação de cada novo diagnóstico e registo dos dados essenciais no SClínico Hospitalar ou similar. Prevê ainda, que as notificações ao INSA passem a ser desmaterializadas e a efetivar-se de forma automática através do SClínico Hospitalar ou similar, articuladas com o SINAVE. Em 2017, verificou-se, na região Norte, que com a implementação do sistema SI.VIDA, em mais 3 Centros Hospitalares/Hospitais, 100% dos Centros Hospitalares/Hospitais da rede de referenciação VIH têm o SI.VIDA implementado (quadro n.º 3). De referir que os dados dos 3 Centros Hospitalares/Hospitais atrás referidos, não sendo considerados estabilizados, não foram incluídos no ano de CHP CHSJ CHTS CHVNG HB ULSM ULSAM CHTMAD HSOG Total Quadro n.º 3: Centros Hospitalares/ Hospitais com implementação SI.VIDA Centro Hospitalar do Porto Centro Hospitalar São João Centro Hospitalar Tâmega e Sousa Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho Hospital de Braga Unidade Local de Saúde de Matosinhos Hospital Pedro Hispano Unidade Local de Saúde do Alto Minho Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro Hospital Nossa Senhora da Oliveira - Guimarães 9 Centros Hospitalares/Hospitais Fonte: SPMS, 2017 Verifica-se que foram registados 7874 doentes, dos quais 6914 estão em tratamento anti retrovírico (TAR), o que representa 87,8% dos doentes em tratamento. Pretende-se, assim, obter informação fidedigna e sistemática que nos permita monitorizar as metas dos estabelecidas pela ONUSIDA até De seguida, apresentamos a distribuição, por Centro Hospitalar/ Hospital, do número de doentes em 11

12 seguimento hospitalar, em tratamento anti retrovírico e que apresentam cargas víricas (CV) suprimidas (quadro n.º 4). Quadro n.º 4: Número de doentes em acompanhamento hospitalar e em tratamento anti retrovírico Número de doentes em acompanhamento hospitalar CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP ULSAM CHTMAD HSOG Total Número de doentes com VIH/Sida em tratamento anti retrovírico (TAR) 90% ,8% Número de doentes com VIH/Sida em tratamento anti retrovírico (TAR) e com CV suprimida 90% Fonte: SPMS, 2017 Relativamente ao número de doentes com diagnóstico no último ano (2017), apresentase uma caracterização relativamente ao sexo (quadro n.º 5), grupo etário (quadro n.º 6) e categoria de transmissão (quadro n.º 7). Quadro n.º 5: Número de doentes com diagnóstico de infeção VIH e Sida em 2017, por sexo Centro Hospitalar/ Hospital CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP HSOG Total Masculino Sexo Feminino Total Fonte: SPMS, 2017 Quadro n.º 6: Número de doentes com diagnóstico de infeção VIH e Sida em 2017, por grupo etário Centro Hospitalar/ Hospital CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP HSOG Total Grupo etário Total Fonte: SPMS, 2017 Quadro n.º 7: Número de doentes com diagnóstico de infeção VIH e Sida em 2017, por categoria de transmissão Centro Hospitalar/ Hospital CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP Total Categoria de transmissão Bissexual Homossexual Heterossexual Toxicodependente (IV) Trabalhador/a do Sexo Outras categorias Total Fonte: SPMS, 2017 De acordo com o local onde foi efetuado o diagnóstico, e tal como plasmado no quadro n.º 8, verifica-se que, dos 178 novos casos, obteve-se informação relativa ao local de diagnóstico em 132 doentes, dos quais 51.5% dos diagnósticos foram realizados em 12

13 contexto hospitalar, 32.5 % foram diagnosticados nos cuidados de saúde primários e 11% através dos centros de aconselhamento e diagnóstico. Quadro n.º 8: Número de doentes com diagnóstico de infeção VIH e Sida em 2017, por entidade que efetuou o diagnóstico CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP Total Entidade que efetuou o diagnóstico CAD Centro de Saúde Hospital internamento consulta urgência outro Total Fonte: SPMS, 2017 Relativamente ao número de doentes com data de óbito em 2017, verifica-se que ocorreram 52 óbitos e que três destes óbitos correspondem a doentes em que o diagnóstico foi realizado nesse mesmo ano (quadro n.º 9). Quadro nº 9: Número de doentes com data de óbito em 2017 Centro Hospitalar/ Hospital CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP Total Com data óbito em Com diagnóstico em Fonte: SPMS, 2017 Outro aspeto relevante a monitorizar é o número de pessoas que recorrem aos serviços de urgência após uma exposição ao VIH, podendo esta ocorrer em contexto ocupacional ou não. Assim, e de acordo com a informação registada no SI.VIDA durante o período em análise, 62 utentes tiveram acesso à profilaxia pós-exposição (PPE). Quadro nº 10: Número de utentes com profilaxia pós-exposição ao VIH em 2017 Centro Hospitalar/ Hospital CHTS HB CHSJ CHVNG ULSM CHP Total Total de utentes Total Profilaxias Fonte: SPMS, Deteção da infeção por VIH nos Cuidados de Saúde Primários: Implementação Regional do Teste Rápido O (PRVIH/Sida) no cumprimento das orientações programáticas do Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida (PNVIH/Sida) e da Circular Normativa n.º 58/2011, atualizada em 2014, sobre o diagnóstico da infeção VIH, continua a monitorizar o grau de implementação desta medida. De acordo com a informação disponível (registo na plataforma eletrónica da DGS), verifica-se que, em 2017, foram realizados 9134 testes rápidos nas 197 unidades 13

14 funcionais registadas na plataforma, pertencentes a 18 ACeS. No seguinte gráfico pode ver-se a evolução temporal da implementação desta estratégia a nível regional ACES Registados Testes Realizados Fonte: Dados extraídos da Plataforma da DGS, 14/03/2018 Gráfico nº 3: Número de Testes Realizados por ACeS em 2017 Como se pode verificar no seguinte quadro, cinco ACeS têm implementado o teste rápido para deteção da infeção por VIH em 100% das suas unidades funcionais. Quadro nº 11: Implementação por ACeS em 2017 ACES Nº Unidades Existentes Nº Unidades Ativas % implementação 1 ACES Grande Porto I - Santo Tirso/ Trofa % 2 ACES Grande Porto IV - Póvoa do Varzim/ Vila do Conde % 3 ACES Tâmega III - Vale do Sousa Norte % 4 ACES Alto Ave - Guimarães/ Vizela/ Terras de Basto % 5 ACES Cávado II - Gerês/ Cabreira % 6 ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul % 7 ACES Entre Douro e Vouga I - Feira/ Arouca % 8 ACES Grande Porto VI - Porto Oriental % 9 ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte % 10 ACES Tâmega I - Baixo Tâmega % 11 ACES Cávado I - Braga % 12 ACES Douro II - Douro Sul % 13 ACES Ave - Famalicão % 14 ACES Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso % 15 ACES Grande Porto II - Gondomar % 16 ACES Douro I - Marão e Douro Norte % 17 ACES Grande Porto VIII - Espinho/ Gaia % 18 ACES Grande Porto VII - Gaia % 19 ACES Cávado III - Barcelos/ Esposende % 20 ACES Grande Porto III - Maia/ Valongo % 21 ACES Grande Porto V - Porto Ocidental % TOTAL REGIÃO NORTE % No entanto, considera-se que o número de testes registados na plataforma da DGS pode não traduzir o grau de implementação desta medida, pois durante o mesmo período e de acordo com a informação disponibilizada pela Unidade de Aprovisionamento Compras e Logística da ARSN, foram distribuídos testes rápidos a 20 ACeS, como mostra o seguinte quadro. 14

15 Quadro n.º 12: Número de Testes distribuídos por ACeS ACeS Nº testes Alto Ave - Guimarães/Vizela/Terras de Basto Alto Trás-os-Montes - Alto Tâmega e Barroso 275 Ave - Famalicão 560 Cávado I - Braga Cávado II - Gerês / Cabreira 925 Cávado III - Barcelos / Esposende 500 Douro I - Marão e Douro Norte 865 Douro II - Douro Sul 905 Entre Douro e Vouga I - Feira / Arouca Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte 760 Porto I - Santo Tirso / Trofa Porto II - Gondomar 80 Porto III - Maia/Valongo 580 Porto IV - Póvoa do Varzim / Vila do Conde 380 Porto VI - Porto Oriental Porto VII - Gaia 740 Porto VIII - Espinho / Gaia 380 Tâmega I - Baixo Tâmega Tâmega II - Vale do Sousa Sul Tâmega III - Vale do Sousa Norte TOTAL Fonte: Unidade de Aprovisionamento - Compras e Logística da ARSN À semelhança do ano anterior, verifica-se que o número de serologias (Anticorpos para VIH 1 e 2) por ACeS/ULS, requisitadas através dos Cuidados de Saúde Primários, foi de , com um impacto financeiro considerável cerca de euros (quadro n.º 12). Continuamos a verificar, na região, uma taxa de rastreio da infeção por VIH muito baixa, considerando que o número de utentes inscritos com médico de família, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, era de utentes. 15

16 Quadro n.º 13: N.º de exames prescritos nos Cuidados de Saúde Primários em 2017 ACeS Ano Exames Prescritos (Nº) 2017 Exames Prescritos (Custo - SNS) ACES Alto Minho ACES Entre Douro e Vouga I - Feira e Arouca ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte ACES Cávado II - Gerês / Cabreira ACES Cávado III - Barcelos / Esposende ACES Cávado I - Braga ACES Tâmega I - Baixo Tâmega ACES Ave / Famalicão ACES Tâmega III - Vale do Sousa Norte ACES Matosinhos ACES Grande Porto V - Porto Ocidental ACES Grande Porto VI - Porto Oriental ACES Grande Porto IV - Póvoa do Varzim / Vila do Conde ACES Grande Porto I - Santo Tirso / Trofa ACES Grande Porto VII - Gaia ACES Douro I - Marão e Douro Norte ACES Alto Trás-os-Montes - Alto Tâmega e Barroso ACES Douro II - Douro Sul ACES Grande Porto VIII - Espinho / Gaia ACES Alto Ave - Guimarães, Vizela e Terras de Basto ACES Grande Porto II - Gondomar ACES Grande Porto III - Maia / Valongo ACES Alto Trás-os-Montes - Nordeste Fonte: Departamento de Planeamento da ARSN,2018 Tendo sido definido como objetivo QUAR da ARSN (OOP6), promover o diagnóstico precoce da infeção por VIH/Sida, foram desenvolvidos esforços no sentido de garantir futuramente a plena concretização desta estratégia, através do que consideramos ser um aspeto crucial, a implementar a curto prazo: a contratualização com os ACeS/ULS do Indicador de Monitorização Contratualização (306) que avalia o grau de cumprimento da Circular Normativa n.º 058/2017 da DGS. Em fevereiro de 2017, sob proposta do PRVIH/Sida, foi realizada a parametrização do sistema de informação SClínico (versão 2.3), que permite a prescrição e registo do resultado do teste rápido em todas as unidades de saúde, que já se encontra disponível em todas as unidades. Como aspeto negativo a realçar, durante o ano de 2017, nenhuma das Unidades Locais de Saúde da região (3) implementou ainda o teste rápido como meio privilegiado e custo-efetivo de deteção precoce da infeção por VIH. As ULS não adquirem testes através da Unidade de Aprovisionamento e Gestão da ARSN, o que se traduz numa dificuldade acentuada em monitorizar a implementação dos testes rápidos nas suas unidades. 16

17 Verifica-se que, até ao momento, não se encontra inscrita na plataforma da DGS nenhuma unidade de saúde das três ULS da região. Importa ainda referir que, a nível regional, continua a verificar-se uma elevada taxa de diagnósticos tardios ( 350 CD4+) que se realizaram no último ano, isto é, o número de pessoas que foram diagnosticadas numa fase de doença, aumentando assim o custo quer a nível individual, quer para o sistema de saúde. Quadro n.º 14: Proporção das infeções com diagnóstico em 2017, com CD4 inferior a 350 cel/mm3 Fonte: SI.VIDA, SPMS

18 4. Rede de Centros de Aconselhamento e Deteção (CAD) Com o objetivo de dar continuidade ao trabalho iniciado no ano anterior, foi enviada para a DGS, em junho de 2017, uma proposta de alteração ao protocolo existente que previa o um conjunto de atividades a desenvolver, nomeadamente: 1) Alargamento do circuito de intervenção da unidade móvel (CAD Móvel) que pode assumir particular importância nos concelhos geograficamente mais distantes dos locais onde estão implementados os CAD fixos. 2) Elaboração de protocolos com Organizações Não Governamentais (ONG) com experiência junto de populações mais vulneráveis à infeção VIH/Sida, para promover a realização de testes rápidos em articulação com a unidade móvel. 3) Formação Contínua dos cinco psicólogos dos CAD da região Norte: Embora fazendo parte dos protocolos iniciais, a verba nunca foi utilizada para este efeito, daí propormos a alocação de uma verba anual para a formação contínua destes profissionais. 4) Desenvolvimento de uma aplicação informática de âmbito regional (junto da Área Funcional Sistemas de Informação da ARSN) que permita uniformizar a informação recolhida aos utilizadores dos quatro centros de aconselhamento fixos e na unidade móvel, e produza os mesmos indicadores de atividade. 5) Produção de Materiais de Informação, Educação e Comunicação (IEC): Produção de informação sobre o processo de aconselhamento e teste, bem como sobre os locais e horários de realização do mesmo. Como base no trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho, entretanto criado, foi produzido e distribuído, aos CAD, o Manual de Procedimentos Regional, destinado a uniformizar os procedimentos dos profissionais que exercem funções nos CAD, bem como cartazes para divulgação da rede CAD, contendo informação relativa à rede CAD, sua localização e horários de funcionamento, entre outros. Os resultados obtidos nos CAD, em 2017, são apresentados no seguinte quadro. Quadro n.º 15: N.º de testes realizados, reativos, confirmados e referenciados, por CAD, em Testes Realizados Testes Reativos Confirmados Referenciados Braga Bragança Porto * Viana do Castelo Total *Referenciados utentes com testes reativos anteriores a

19 5. A infeção VIH/Sida em diferentes contextos 5.1 Infeção VIH nos utilizadores de drogas No cumprimento da intervenção conjunta (PRVIH/Sida e DICAD), que permite monitorizar, de forma consistente e no que à infeção VIH diz respeito, todos os utentes atendidos nas Equipas de Tratamento (ET) /Equipas de Redução de Riscos e Minimização de Danos (ERRMD) da região Norte, em 2017, foram realizadas várias reuniões de trabalho, tendo-se verificado que era necessário uniformizar os procedimentos de atuação relativamente ao programa de deteção precoce implementado em todos os Centros de Resposta Integrada (CRI). Por isso, procedeu-se à elaboração/atualização de um Manual de Procedimentos, distribuído a todas as equipas. No plano de monitorização foi atualizado o Quadro de Execução Mensal (QEM), que permite obter o número de testes rápidos realizados, e a caracterização dos utentes em tratamento e acompanhados nas equipas de redução de danos. Assim, em 2017 foram atingidos os seguintes objetivos: 1. Elaboração/atualização de um Manual de Procedimentos, distribuído a todas as equipas. 2. Atualização do Quadro de Execução Mensal (QEM), que permite a obtenção mensal dos indicadores de realização dos testes nos utentes ativos; 3. Foram realizados 2906 testes rápidos, dos quais 15 foram reativos (0,52%). 4. O teste rápido foi proposto a 74,4% dos utentes em 1.ª consulta, superando assim o objetivo proposto (70%) Programa Troca de Seringas Diz Não a uma Seringa em Segunda Mão O Programa Troca de Seringas (PTS) disponibiliza o fornecimento gratuito de material de injeção estéril para consumo endovenoso e, simultaneamente, promove a recolha de seringas usadas, evitando a troca de seringas entre utilizadores e permitindo a diminuição do tempo de retenção de seringas contaminadas pelos utilizadores. Relativamente à região Norte, em 2017, integraram o programa 497 farmácias (ANF+AFP), 15 Equipas de Rua e um ACeS. Foram distribuídas seringas por estas estruturas, o que corresponde a 42% das trocas realizadas a nível nacional, sendo que 92,4 % foram distribuídas pelas ERRMD e 7,6 % pelas farmácias. A troca de seringas nos CSP é apenas efetuada no ACeS Baixo Tâmega, concretamente na UCSP do Marco de Canaveses (20 seringas). No quadro n.º 15, apresenta-se o número de seringas distribuídas por estrutura. Assim, embora exista a capacidade instalada em 18 ACeS/ ULS, continua a verificar-se que os UDI não recorrem às estruturas dos CSP para efetuaram a troca de material para consumo, confirmando a perceção geral (de profissionais de saúde e de utentes) que o PTS tinha voltado às farmácias. 19

20 Quadro n.º 16: Distribuição do número de seringas por estrutura em 2017 Seringas distribuídas Seringas distribuídas por estrutura Unidades CSP ONG/OG Farmácias (ANF+AFP) Estruturas que integram o PTS ACES ONG Farmácias jan-dez Fonte: PTS, Infeção VIH em Meio Prisional A nível nacional, a 31 de dezembro de 2017, o número de reclusos em Estabelecimentos Prisionais (EP) era de cerca de reclusos, valor ao qual acrescem 147 inimputáveis, internados em estabelecimentos psiquiátricos não prisionais, correspondendo a um total de pessoas a cumprir penas e medidas de segurança privativas da liberdade de Do total de reclusos, (29,4%), encontram-se nos 14 EP da região Norte. No seguinte quadro, apresenta-se a distribuição do número de reclusos por EP da região e a correspondente taxa de ocupação, verifica-se uma sobrelotação na ordem dos 120,4%, sendo apenas três, os estabelecimentos prisionais que apresentam taxas de ocupação abaixo dos 100%. Figura n.º1. Estabelecimentos Prisionais da Região Norte 20

21 Quadro n.º 17: Distribuição número de reclusos/lotação por Estabelecimento Prisional Estabelecimentos Prisionais Total população prisional Lotação Taxa de ocupação % EP Braga EP Bragança EP Chaves EP Guimarães ,5 EP Izeda EP Lamego EP Paços de Ferreira EP PJ Porto EP Porto EP Sta Cruz Bispo Feminino EP Sta Cruz Bispo Masculino EP Vale do Sousa EP Viana do Castelo EP Vila Real TOTAL ,4%, Fonte: DGSP, 2018 O PRVIH/Sida solicitou à Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), informação relativa à região Norte, para que fosse possível monitorizar este importante setting, no que às doenças infeciosas diz respeito. Verifica-se que, a 31 de dezembro de 2017, 146 reclusos eram portadores de VIH, o que representa uma prevalência de 3,69%. Destes, 133 (91%) encontravam-se em tratamento anti retrovírico. Relativamente à infeção pelo vírus da hepatite C, e de acordo com os dados da DGRSP, 496 reclusos apresentam anticorpos para o VHC e destes, 13% apresentam coinfecção com VIH, sendo que, apenas 24 (5%) se encontram em tratamento. De salientar que durante 2017, 13 reclusos iniciaram tratamento para a Tuberculose Pulmonar na região Norte Organizações de Base Comunitária (OBC) É fundamental intervir em determinadas populações, que pelas suas características se encontram em situação de maior vulnerabilidade, quer por barreiras geográficas, culturais ou de outra ordem. Considerando que, estas populações, têm maiores dificuldades de acesso a meios de prevenção e ao diagnóstico da infeção VIH/Sida, o papel de estruturas de proximidade, como as Organizações de Base Comunitária é fundamental. 21

22 Em 2017, o PRVIH/Sida promoveu, em parceria com Organizações de Base Comunitária com intervenção na Cidade do Porto (Abraço, APDES, APF, Arrimo, Médicos do Mundo e Norte Vida) e o CAD do Porto, um conjunto de iniciativas, designadamente: 1. Vacinação contra a hepatite A: Em resposta ao surto de hepatite A na região de saúde do Norte, através da colaboração estabelecida com ONG e com o CAD do Porto, foi possível promover a vacinação de grupos de risco, na comunidade, nomeadamente HSH, na cidade do Porto. Neste contexto comunitário foram administradas 510 doses de vacina da hepatite A. 2. Semana Europeia do Teste: É uma iniciativa europeia que tem por objetivo aumentar o número de pessoas que conhecem o seu estatuto serológico face ao VIH e às hepatites virais, aumentando a acessibilidade e promovendo o teste em diferentes contextos. Este ano decorreu entre os dias 17 e 24 de novembro. Foram distribuídos, pelas OBC com intervenção na Cidade do Porto, folhetos da Semana Europeia do Teste. 3. Roteiro Cidade do Porto : Foi produzido um folheto, desdobrável, tipo cartãode-visita, de modo a agregar os contactos, os serviços prestados, os horários de atendimento e a população-alvo, de todas as ONG e alguns serviços de saúde da Cidade do Porto, que desenvolvem atividades no âmbito da infeção VIH. A sua distribuição foi assegurada por todas as ONG e CAD do Porto. 4. Divulgação das atividades propostas pelas ONG e pelo CAD na página da ARS Norte: Ações dirigidas aos utilizadores de drogas, promovidas pela ARRIMO e pela NORTE VIDA; Divulgação de resultados dos projetos do Centro Comunitário da Abraço e do Porto Escondido da responsabilidade dos Médicos do Mundo; Ações dirigidas a jovens universitários, promovidas pelo CAD do Porto; Tertúlia No Sofá com a Abraço num espaço recreativo noturno; Rastreio do VIH e Hepatites Virais, com o alargamento do horário e dos circuitos das unidades móveis Programa de Financiamento Público a projetos no âmbito do PNVIH/Sida O Decreto-Lei n.º 186/2006, de 12 de setembro, estabelece o regime de atribuição de apoios financeiros pelo Estado, através dos serviços e organismos centrais do Ministério da Saúde e das ARS, a pessoas coletivas privadas sem fins lucrativos. O sistema de apoios instituído por este Decreto- Lei tem como principal objetivo centrar nas prioridades definidas pelas políticas de saúde o financiamento concedido pelos diversos serviços e organismos públicos do setor da saúde e garantir uma maior eficácia dos apoios atribuídos, favorecendo a emergência de novos polos de inovação e complementaridade, tendo como finalidade aumentar os ganhos em saúde da população. 22

23 A DGS, através do Núcleo de Gestão dos Programas de Apoios Financeiros, promove anualmente concursos de projetos no âmbito do PNVIH/Sida. Estes projetos devem concorrer para a prossecução dos objetivos do PNVIH/Sida As candidaturas das organizações de base comunitária (OBC) com intervenção nas populações consideradas mais vulneráveis à infeção VIH/VHC e outras IST são avaliadas por uma Comissão de Seleção, constituída por elementos do PNVIH/Sida-DGS e um elemento do PRVIH/Sida-ARSN. Estas OBC diferem na sua estrutura, mas a sua atividade centra-se, fundamentalmente, no rastreio destas populações e em garantir o acesso aos meios preventivos, designadamente preservativos masculinos e femininos e material de consumo seguro. Atualmente, são financiados na região Norte cinco projetos, de acordo com este programa: Centro João Carlos; Porto Escondido; Porto G; Centro Comunitário + Abraço; + Abraço Aveiro. O Espaço Pessoa, embora atualmente não seja financiado pela DGS, continua a reportar atividade na plataforma. Em 2017, foram realizados por estas estruturas 985 testes VIH, apresentando uma proporção de reativos de 2,84%. Verifica-se, no entanto, que a proporção de casos reativos atingiu, na população dos HSH, valores de incidências da infeção por VIH na ordem dos 6,36 %, como pode verificar-se no seguinte quadro. Quadro n.º 18: Testes Realizados por projeto em População-Chave Realizados Reativos Referenciados Confirmados Incidência Centro Comunitário +Abraço HSH ,36% Porto Escondido HSH; TS e seus clientes; sem-abrigo; UDI; Migrantes ,80% Porto G TS e seus clientes ,56% Projeto +Abraço Aveiro HSH; TS e seus clientes; sem-abrigo; UDI; Migrantes % Espaço Pessoa Norte) (APF- TS ; sem-abrigo; UDI; ,40% Total ,84% Fonte: Plataforma DGS

24 5.4. Saúde Oral e Infeção O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) tem como objetivo a redução da incidência e da prevalência das doenças orais e a promoção da equidade na prestação de cuidados de saúde oral. Através da atribuição de cheques-dentista aos utentes beneficiários, o PNPSO promove a prestação de cuidados de saúde oral personalizados, preventivos e curativos, ministrados por estomatologistas e médicos dentistas. Em 2010, o PNPSO passou a abranger os doentes infetados pelo VIH/Sida. Na região Norte, em 2017, foram emitidos 473 cheques-dentista para doentes portadores de VIH/Sida, dos quais foram utilizados 416, o que corresponde a uma taxa de utilização de 87,9%. Comparativamente com o ano anterior, verifica-se uma diminuição no n.º de chequesdentistas emitidos, embora se observe um aumento de 3,5% na taxa de utilização dos mesmos. 6. Materiais de Prevenção Distribuição de Material Preventivo De forma a dar cumprimento à Norma da DGS n.º 7/2014, o PRVIH/Sida distribuiu, nas Unidades de Saúde, material preventivo da transmissão por via sexual do VIH. Em 2017, foram distribuídos a 20 Unidades de Saúde preservativos masculinos, preservativos femininos, unidades de gel lubrificante, kits sexy e folhetos. Foram, ainda, distribuídos 389 dispensadores de preservativos a todas as unidades funcionais dos ACeS/ULS. Distribuíram-se desdobráveis Roteiros VIH Cidade do Porto e folhetos da Semana Europeia do Teste 2017, pelas OBC com intervenção na Cidade do Porto. Relativamente ao ano de 2016, houve um aumento significativo na distribuição de material, chegando em alguns casos a duplicar a quantidade de material distribuída em algumas unidades, conforme se pode verificar no quadro nº 19. Quadro n.º 19: Nº de preservativos distribuídos pelo PRVIH/Sida Distribuídos pelo PRVIH/Sida Preservativos masculinos Preservativos femininos Gel lubrificante Kit Sexy

25 Anexo 1 Resumo das principais características dos projetos 1. Associação Abraço Associação de apoio a pessoas infetadas com VIH/Sida Designação do Projeto: Centro João Carlos Vigência: 12 meses (de 9 março de 2017 a 11 março de 2018) Âmbito de intervenção do projeto: Infeção VIH/Sida Área geográfica de intervenção do projeto: Distrito do Porto Público-Alvo: 60 pessoas infetadas com VIH, por ano, residentes na área metropolitana do Porto referenciados por Hospitais, IPSS e Serviço Social em apoio domiciliário; 8 utentes/mês, doentes em situação de vulnerabilidade socioeconómica e em isolamento familiar e social em apoio residencial; 100 pessoas (que vivem com a infeção por VIH/Sida e familiares) em atendimento e acompanhamento psicossocial. 2. Associação Médicos do Mundo Portugal Designação do Projeto: Porto Escondido Vigência: 12 meses (de 24 de julho de 2017 a 23 de julho de 2018) Âmbito de intervenção do projeto: Infeção VIH/Sida e Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST). Área geográfica de intervenção do projeto: Região do Grande Porto: Concelhos Vila do Conde (Freguesia de Vila do Conde); Vila Nova de Gaia (Freguesias de Mafamude e Santa Marinha); Porto (Freguesias de São Nicolau, Sé, Lordelo do Ouro, Campanhã, Cedofeita, Massarelos, Nevogilde, Santo Ildefonso, Bonfim, Vitória e Miragaia). Público-Alvo: 920 pessoas de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 25 e 59 anos, pertencentes aos grupos de Trabalhadores do Sexo e seus clientes, População sem-abrigo, Utilizadores de Drogas Intravenosas, Populações Migrantes e Homens que têm Sexo com Homens. 3. APDES Agência Piaget para o Desenvolvimento Designação do Projeto: Porto G Vigência: 24 meses (de 6 abril de 2016 a 6 abril de 2018) Âmbito de intervenção do projeto: Infeção VIH/Sida e IST Área geográfica de intervenção do projeto: concelhos de Vila Nova de Gaia, Maia, Porto, Matosinhos, Penafiel, Paredes, Vila do Conde e Póvoa do Varzim Público-Alvo: 150 trabalhadores do sexo e seus clientes 4. Associação Abraço Associação de apoio a pessoas infetadas com VIH/Sida Designação do Projeto: Centro Comunitário + Abraço Vigência: 24 meses (setembro de 2016 a setembro de 2018) Área geográfica de intervenção do projeto: Distrito do Porto Público-Alvo: Homens que fazem sexo com Homens. 5. Associação Abraço Associação de apoio a pessoas infetadas com VIH/Sida Designação do Projeto: + Abraço Aveiro Vigência: 12 meses (dezembro de 2017 a dezembro de 2018) Âmbito de intervenção do projeto: Infeção VIH/Sida Área geográfica de intervenção do projeto: Distrito de Aveiro Público-Alvo: Homens que fazem Sexo com Homens, Trabalhadores do Sexo e seus clientes, População sem-abrigo, Utilizadores de Drogas Intravenosas e Populações Migrantes. 25

26 Bibliografia Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Compendium of HIV Prevention Interventions with Evidence of Effectiveness. Atlanta, Estados Unidos da América: CDC; Departamento de Saúde Pública (DSP) da ARS Norte, I.P. (ARSN). Programa Regional para a Infeção VIH/SIDA. Porto, Portugal: DSP da ARSN; Departamento de Saúde Pública (DSP) da ARS Norte, I.P. (ARSN). Plano Regional de Saúde do Norte, Porto, Portugal: DSP da ARSN. Direção-Geral da Saúde (DGS). Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção por VIH/SIDA Lisboa, Portugal: DGS; Direção Geral dos Serviços Prisionais. Plano de Ação e Combate Doenças Infeciosas em Meio Prisional European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC). HIV/AIDS surveillance in Europe Estocolmo, Suécia; Joint United Nations Programme on HIV and AIDS (UNAIDS). The gap report. Genebra, Suíça: UNAIDS, ILO e IOM; Organização Mundial de Saúde (OMS). Public health aspects of migrant health: a review of the evidence on health status for refugees and asylum seekers in the European Region. Copenhaga, Dinamarca: OMS; Organização Mundial de Saúde (OMS). Improving the quality of HIV- Related Point of Care Testing. Ensuring the reliability and accuracy of test results. Dec Organização Mundial de Saúde (OMS).Consolidated Guidelines on HIV Testing Services. july

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