ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS POUPADORAS DE ÁGUA PARA A FRUTICULTURA IRRIGADA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: UMA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES

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1 ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS POUPADORAS DE ÁGUA PARA A FRUTICULTURA IRRIGADA NO VALE DO SÃO FRANCISCO: UMA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS PEQUENOS AGRICULTORES Tiago Farias Sobel Ecio de Farias Costa RESUMO O presente trabalho apresenta uma avaliação da percepção dos pequenos agricultores do Vale do São Francisco localizados nos Perímetros Irrigados de Nilo Coelho e Maria Tereza quanto à adoção de tecnologias de irrigação poupadoras de água. A avaliação utiliza metodologia de estudo baseada em pesquisa de campo, onde foram aplicados questionários junto aos agricultores. Toda a informação obtida em perguntas relacionadas à custos de instalação e manutenção e produtividade das tecnologias utilizadas pelos agricultores e outras a disposição, entre outras informações, foram utilzadas na determinação dos resultados. A análise aponta um maior conhecimento quanto às vantagens de sistemas de irrigação modernos frente aos já ultrapassados, mas ainda assim, entraves ainda estão presentes e este reconhecimento não é unânime. PALAVRAS-CHAVE: Cachaça, Diagnóstico da Cadeia Produtiva, Alagoas. INTRODUÇÃO No contexto econômico da agricultura irrigada do Vale do São Francisco muitos aspectos positivos têm sido levantados. A agricultura irrigada gera empregos, alimentos, renda, e outros elementos-chave para a melhoria das condições de vida das famílias daquela região e da população dos estados de Pernambuco e Bahia. Por um outro lado, alguns aspectos negativos, outrora pormenorizados, vêm sendo levados à tona pela crescente demanda por água da agricultura irrigada e por conta de aspectos climáticos desfavoráveis que vêm sendo registrados ao longo das últimas duas décadas. A diminuição da água contida nos reservatórios que abastecem ambos os perímetros irrigados e também servem de fonte de geração de energia prejudica a fácil utilização dos recursos em ambos os usos. Como conseqüência, surge a necessidade de não somente obter como por em uso tecnologias de irrigação que sejam mais eficientes. Tais tecnologias devem ser absorvidas de imediato por produtores de todos os portes e devem ser adotadas conjuntamente a práticas de manejo de água que também sejam poupadoras. O presente trabalho aponta as taxas de adoção de tecnologias poupadoras de água por parte dos pequenos agricultores irrigados do Sumédio do São Francisco. Ou seja, se os pequenos produtores do Pólo Petrolina-Juazeiro estão utilizando os sistemas de irrigação de forma que os possibilitem obter máxima eficiência no cultivo da fruticultura irrigada. Para se atingir tal objetivo, investiga-se o grau de eficiência dos diferentes sistemas de irrigação para o cultivo da fruticultura irrigada no pólo. Segundo LEÃO & SOARES (2000), este é um questionamento atual, bastante demandado por produtores, empresários, técnicos e agrônomos. Todos estão ávidos por uma resposta convincente para uma tomada de decisão correta, já que diversas pesquisas mostram vários exemplos positivos e negativos no emprego desses sistemas de irrigação na microrregião aqui estudada. É importante frisar que o Submédio do São Francisco está situado numa região de clima semi-árido caracterizada por uma elevada escassez de água. Portanto, o trabalho visa, também, identificar os sistemas de irrigação que utilizam a água de forma mais racional, visto que, é visível, em vários casos, a utilização ineficiente desse recurso nos projetos em 1

2 operação na região estudada, ou seja, freqüentemente o manejo da água não é feito de forma racional pelos colonos da microrregião do pólo. Sabe-se, ainda, que diversos fatores influenciam na alocação eficiente do sistema de irrigação (solo, clima, topografia, cultura, etc.). Logo, procura-se identificar o sistema de irrigação que melhor se adapta as condições naturais do pólo Petrolina-Juazeiro, para determinadas culturas. Portanto, esta necessidade de encontrar o sistema de irrigação ideal a ser utilizado no semi-árido nordestino pode ser justificado pela: i) tentativa de eliminar ou minimizar as ineficiências no cultivo da fruticultura, maximizando assim os lucros dos produtores e; ii) busca da racionalização no uso da água para irrigação na microrregião. Além disso, neste estudo resultados são apresentados apenas para os pequenos produtores, já que estes apresentam maiores ineficiências na utilização dos sistemas de irrigação por diversos fatores (falta de capital, baixo nível de escolaridade, etc.). No entanto, apesar desse elevado grau de ineficiência dos colonos, observa-se que num contexto regional estes produtores representam um importante segmento em termos de área, produção, renda e emprego nas áreas irrigadas. CARACTERÍSTICAS DOS PROJETOS Projeto Senador Nilo Coelho O Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, localizado no Submédio do São Francisco, nos municípios de Petrolina, em Pernambuco, e Casa Nova, na Bahia, entrou em operação em Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), de ha implantados, ha são ocupados por pequenos irrigantes e ha por 131 empresas. Em 1997, foram produzidas mais de toneladas de produtos diversos, com receita bruta superior a R$ 83 milhões e valor bruto da produção de R$ 4.800,00 por hectare (CODEVASF, 2003). Dados da CODEVASF apontam que foram gerados empregos, entre diretos e indiretos no Projeto. São mais de 40 culturas exploradas, destacando-se a manga, banana, uva, feijão, tomate, melancia, melão, acerola, coco e goiaba. O perímetro é servido por três rodovias federais, através das quais é possível alcançar as principais capitais do Norte, Nordeste e Sudeste. Dispõe de transporte ferroviário, fluvial e aeroviário que constituem importantes componentes de apoio para o escoamento da produção. Além das condições apontadas acima, FRANÇA & PEREIRA (1990) observam que o perímetro está bem próximo de centros urbanos desenvolvidos (Petrolina e Juazeiro) onde se localiza um parque industrial consolidado e um mercado bem dinâmico de insumos e fatores. A captação hídrica e a distribuição da água de irrigação derivam da Barragem de Sobradinho. A operação e a manutenção do perímetro é executada pelo Distrito de Irrigação, associação civil sem fins lucrativos, que congrega os irrigantes do Projeto. Projeto Maria Tereza Este Projeto, anexa ao Projeto Senador Nilo Coelho, tem uma área total de ha, dos quais ha destinam-se a empresas e ha a pequenos irrigantes, técnicos agrícolas e agrônomos, gerando cerca de empregos CODEVASF (2003). As principais culturas exploradas são a uva, manga, banana, tomate, melão, melancia e feijão. REFERENCIAL TEÓRICO 2

3 A Irrigação e Seus Efeitos O Nordeste é uma das regiões mais pobres do Brasil, com uma relação de seu PIB per-capita em relação ao PIB per-capita do Brasil no patamar de 56,1%, além de indicadores sociais bem piores do que a média nacional (LIMA, 1998). Essa elevada taxa de pobreza é, em grande parte, explicada pela existência de uma imensa região localizada no interior do Nordeste com clima semi-árido com freqüentes ocorrências de secas, acarretando em elevada escassez de água para a população que vive nesta zona. Intensos fluxos migratórios destes locais para centros urbanos são conseqüência. Segundo FRANÇA & PEREIRA (1990), sem perspectiva de melhoria no seu nível de vida, os nordestinos sem terra e minifundiários migram para os grandes centros urbanos em busca de melhores condições de vida, contribuindo, assim, para o agravamento dos problemas sociais nas grandes cidades. Desta forma, vários autores, estudando os impactos da irrigação em zonas rurais e de clima seco, argumentam que o poder público deve dar ênfase a irrigação no Nordeste visando, dessa forma, atingir tais objetivos: i) abastecer o mercado interno; ii) ampliar as exportações de produtos agrícolas e iii) criar empregos no campo e na cidade e, assim, reduzir o ímpeto do êxodo rural e seus malefícios. Segundo FRANÇA (2001a), a irrigação possui a capacidade de obter êxito nos objetivos acima relatados através da: i) criação de grande números de empregos estáveis diretos e indiretos; ii) contribuição para atender à demanda interna de frutas e hortaliças que se eleva a taxas elevadas; iii) ampliação das exportações. Portanto, a implantação da irrigação no Nordeste, principalmente, nas regiões com elevados déficits hídricos como é o caso do semi-árido nordestino tem condições de contribuir acentuadamente para o abastecimento do mercado interno e para as exportações; além de criar emprego estável no campo (emprego direto) e em zonas urbanas (emprego indireto), reduzindo, deste modo, o fluxo de migrantes para os grandes centros urbanos. Neste contexto, o estado tem procurado interferir de várias formas na tentativa de tornar a região menos vulnerável a tais problemas conjunturais, i. e., às secas. Os programas de implantação de projetos de irrigação no Vale do São Francisco podem ser apontados como exemplo de política governamental com o intuito de minimizar tal problema do semi-árido nordestino. Hoje, o que se observa, é que a agricultura irrigada modificou a realidade e as perspectivas do Vale do São Francisco. Atualmente o Vale do São Francisco é modelo de sucesso da agricultura irrigada no país. De região predominantemente semi-árida, convivendo com problemas naturais de secas periódicas e confinada a uma agricultura de subsistência, o Vale desponta hoje como uma área alternativa de expressão nacional na produção de frutas. Com investimentos do setor público, a região passou a dispor de recursos hídricos que permitem tornar produtivas extensas áreas antes não exploradas, através da prática da agricultura irrigada intensiva. Essa tecnologia acarretou benefícios sobre a produção, a produtividade, o emprego e a renda. Inclusive gerou condições para geração de divisas à região. GENU & PINTO (2002) acreditam que a intensificação da irrigação na fruticultura nordestina tem efeito positivo em dois aspectos dos mais importantes na economia atual: aumenta a produtividade das culturas e melhora a qualidade dos frutos, tornando-os mais competitivos. O Brasil já é o terceiro produtor de frutas com uma produção de cerca de 6,78% da mundial. No entanto, segundo GENU & PINTO (2002), o Brasil ainda tem uma participação marginal no mercado internacional de frutas e o saldo da balança do produto ainda é inexpressivo. Para ALMEIDA (1998), o tamanho do mercado doméstico pode explicar a necessidade de importação, principalmente de frutas de clima temperado; mas não explica, em absoluto, o fraco desempenho das exportações, sobretudo de frutas de clima tropical. Vários autores acreditam que o Brasil tem um potencial de exportação de frutas 3

4 tropicais muito grande, principalmente nos Pólos irrigados do Sub-Médio do São Francisco. Segundo a CODEVASF (2001), os produtos com selo São Francisco Valley têm grande aceitação no exterior. Em suma, graças ao desenvolvimento da agricultura irrigada, vários pólos de produção e exportação de frutas foram formados no Semi-Árido. Grandes empresas estão sendo instaladas, e novos investimentos surgem a todo momento. Isso ocorre, pois, a irrigação estimula a modernização da agricultura, à instalação de agroindústrias e fomento do associativismo. Eleva o nível de vida rural e contribui para geração de produtos agrícolas de alta qualidade. Representa um importante vetor de sustentação ao crescimento da agricultura e da agroindústria, que não alcançariam seu pleno desenvolvimento sob o elevado risco climático característico do clima semi-árido predominante no Nordeste brasileiro, CODEVASF (2001). O Pólo Petrolina-Juazeiro Os efeitos causados pela implantação de projetos de irrigação no semi-árido, como descrito no item anterior, vêm modificando a estrutura econômica de alguns microrregiões do Nordeste. No entanto, há locais onde a implantação da irrigação vem logrando êxito bastante contundente, como é o caso do pólo Petrolina/Juazeiro. Petrolina fica localizada às margens do rio São Francisco, no extremo Oeste de Pernambuco, vizinha à cidade de Juazeiro, formando o Pólo Agroindustrial Petrolina- Juazeiro. Tal pólo consiste na principal experiência de sucesso da implementação de projetos de irrigação no semi-árido nordestino, apresentando elevados índices de crescimento econômico e desenvolvimento social devido à geração de empregos e renda resultantes da implantação da agricultura irrigada na região. De acordo com FRANÇA (2001a), as cidades de Petrolina e Juazeiro são as mais importantes da região e onde se concentram os negócios do setor agrícola. O Pólo apresenta ampla área urbana, atravessada por importantes entroncamentos rodoviários do Nordeste e dotado de infra-estrutura de transporte ferroviário, hidroviário e aéreo, de grande potencial de aproveitamento. O Pólo se caracteriza, também, pela existência de grandes números de empresas de industrialização e comercialização de produtos agrícolas. Aí encontram um ambiente favorável à diversificação e à complementação de atividades indispensáveis aos novos paradigmas de competitividade regional, FRANÇA (2001a). Destaca-se o desenvolvimento da fruticultura no pólo, setor esse que tem atraído investidores e mudado o perfil da economia dessa região. O crescimento verificado tem se mostrado expressivo no caso das culturas de uva, coco, manga, banana, goiaba, graviola, melão, pinha e mamão. O pólo é o maior centro produtor de uvas finas de mesa do País, exportando, segundo a CODEVASF (2001), cerca de 70% das exportações de uvas do Brasil em Responde, também, por 70% das exportações de manga, segundo dados da CODEVASF em Por se destacar na produção de manga e uva e, inclusive, na exportação desses produtos para os mercados americano e europeu, várias indústrias/empresas já se instalaram no Pólo. Dentre as principais indústrias, FRANÇA (2001a) destaca a: Agrovale (açúcar, álcool e manga); Fruitfort e Curaçá Agrícola (manga); Carrefour Labruinier, Vale das Uvas e Orgânica Vale (uva); Grupo Queiroz Galvão Fazenda Timbaúba (uva e manga) e CAJ (uva e manga); Grupo Special Fruit Sueme (uva e manga); Fazenda Brasiuvas (uva); e, Fazenda Nova Fronteira Agrícola (manga). Este fato mostra o impulso econômico que a irrigação impõe a região, atraindo várias indústrias, gerando, logo, emprego e renda. Logo, em conseqüência dos altos investimentos, o Pólo vem apresentando uma das maiores taxas de crescimento econômico dentre os demais municípios da Região Nordeste, 4

5 nos últimos 30 anos. Esse crescimento, segundo OLIVEIRA et al. (1991), vem acarretando na melhoria nos indicadores da qualidade de vida da região, como queda na taxa de mortalidade e aumento na expectativa de vida, fazendo, em conseqüência, com que a região apresente altas taxas de migração, tornando-se, assim, pólo de atração demográfica. Eficiência dos Sistemas de Irrigação Nota-se que, com a expansão rápida da agricultura irrigada no Brasil, muitos problemas têm surgido. Observa-se, com freqüência, que o uso da água não vem sendo feito de forma eficiente, em conseqüência do desconhecimento das diversas alternativas de sistemas de irrigação por parte dos produtores. Este desconhecimento pode induzir o produtor a uma seleção do sistema de irrigação inadequado, o que acarreta em elevação dos custos de produção, diminuição da produtividade agrícola e elevação da escassez de água. Desta forma, a alocação ineficiente dos sistemas de irrigação acaba causando o insucesso de muitos empreendimentos, com conseqüente frustração de agricultores com a irrigação e, muitas vezes, a degradação dos recursos naturais. Por se tratar, a irrigação, de um suplemento tecnológico de alto custo e capaz de proporcionar incrementos significativos na produção agrícola, a sua utilização correta deve ser um dos objetivos principais a ser perseguido. Isto porque o mau uso da irrigação acarreta em elevação nos custos de produção, à medida que deprecia mais rapidamente os equipamentos e aumenta os custos com água, fertilizantes (na fertirrigação), energia, entre outros. Tal uso equivocado ainda pode acarretar em elevados custos sociais à medida que contribui para uma maior escassez de água e contribui para a degradação do meio ambiente. Este emprego inadequado da irrigação gera, ainda, uma redução de receitas por parte do produtor, devido: i) a queda de produtividade, que diminui a produção por unidade produtiva e; ii) a queda na qualidade dos bens agrícolas quando comparados aos bens produzidos através de utilização correta da água, fato este que acarreta em queda nos preços desses bens ao obrigá-los a competir em mercados menos exigentes, onde os preços destes bens são menores. Logo, a utilização racional da tecnologia da irrigação gera condições para que o produtor maximize seu lucro (maximizando sua receita e minimizando sua despesa), sem que para isso seja preciso incorrer em custos sociais acima dos necessários. Uma das principais formas de se obter máxima eficiência no uso da irrigação depende da aplicação adequada da água, no momento certo e na quantidade exata. E para que a água seja aplicada corretamente, a escolha do sistema de irrigação correto é fator de suma importância. Portanto, a escolha do sistema de irrigação correta, é um dos principais fatores que condiciona a eficiência da irrigação. Desta forma, esta escolha acaba afetando de forma direta os lucros dos produtores e os custos sociais. Estudo feito por FRANÇA & PEREIRA (1990) com colonos de vários perímetros de irrigação no Nordeste pode contribuir para sustentar a afirmação acima. Os autores observaram que vários produtores apresentavam problemas no uso do sistema de irrigação, e apenas este fato acabava contribuindo bastante com a falta de capacidade financeira por parte destes pequenos irrigantes. Portanto, é de suma importância que os produtores procurem utilizar de forma eficiente os sistemas de irrigação, visando o mantenimento de sua própria saúde financeira. Para atingir tal eficiência, NASCIMENTO (2003) sugere a manutenção continuada dos sistemas, além do monitoramento da água aplicada na propriedade. O autor acredita que essas ações podem aumentar a rentabilidade das culturas conservando, ao mesmo tempo, a capacidade produtiva das áreas irrigadas. Como já frisado anteriormente, a aplicação adequada da água é de suma importância para se potencializar os benefícios da irrigação. No entanto, apesar de existir a consciência 5

6 da importância de que deve-se conduzir de forma adequada a aplicação da água no cultivo da agricultura irrigada, este fato não vem se constituindo como uma prática usual dentre os proprietários rurais. Segundo GENU & PINTO (2002), este fato se deve principalmente ao despreparo dos produtores e/ou a falta de orientação aos mesmos. Acabam, em conseqüência, utilizando água ineficientemente, ora aplicando água em excesso, ora submetendo as plantas ao estresse hídrico. Nessas condições, a cultura pode não expressar o seu potencial máximo de produção e os custos com a irrigação podem se tornar muito altos. Tal fato pode ser observado, por exemplo, quando água em excesso é aplicada. Além do desperdício de água, há o desperdício de energia, pois esta é utilizada para bombear a água para os campos irrigados. De acordo com FERREIRA et al. (1998), a quantidade ótima de água a ser aplicada na irrigação dependerá de várias características relacionadas à produção, ou seja, a quantidade de água a ser aplicada deve variar de acordo com: a cultura cultivada; o tipo de planta; a fase de desenvolvimento; e, a demanda climática do local, ao longo do ano. Além disso, outros fatores também devem afetar na quantidade de água a ser utilizada na irrigação, tais como: a qualidade da água; o tipo do solo; a pluviosidade do local; a adoção de práticas culturais, tais como a adubação e fertirrigação; e, a eficiência do sistema de irrigação utilizado. Com relação ao sistema de irrigação a ser utilizado, FERREIRA et al. (1998) acredita que a principal maneira para se maximizar a eficiência da irrigação, obtendo os maiores benefícios possíveis sem desperdiçar água, é através da escolha do sistema de irrigação correto. Portanto, os produtores devem procurar escolher o sistema de irrigação visando explorar todas as suas possíveis vantagens, maximizando, desta forma, seus lucros. No entanto, esta escolha é bastante complexa, já que diferentes sistemas de irrigação apresentam diferentes resultados em função de diferentes solos, climas, topografia e cultura. FERREIRA et al. (1998) aponta que, para que tal escolha seja feita corretamente, devem ser considerados os recursos financeiros disponíveis pelo produtor rural e as condições edafoclimáticas e ecológicas. SCALOPPI (1986) detalha um pouco mais tais fatores de decisão. Conclui que a escolha do sistema de irrigação depende de uma série de fatores técnicos, econômicos e culturais, concernentes a cada condição específica. Dentre tais fatores, destacam-se: i) recursos hídricos (potencial hídrico, situação topográfica, qualidade e custo da água); ii) topografia; iii) solos (retenção de água, infiltração, características químicas, profundidade); iv) clima (precipitação, vento e umidade relativa); v) cultura (exigência agronômica e valor econômico); vi) aspecto econômicos (custos iniciais, operacionais e de manutenção) e; vii) fatores humanos (nível educacional, poder aquisitivo, tradição e outros). GENU & PINTO (2002), apresenta opinião semelhante a SCALOPPI (1986) quando afirma que a seleção do método e do sistema de irrigação mais adequado a uma dada situação depende de avaliação dos recursos físicos existentes, tais como suprimento de água (quantidade, qualidade e localização), características dos solos (textura, estrutura, profundidade, salinidade, drenagem, topografia, erosibilidade) e o sistema planta-clima, em que se deve levar em conta a adaptabilidade da cultura às condições climáticas de cada local. Além do levantamento desses recursos físicos, deve-se também considerar a disponibilidade de capital para investimento, disponibilidade de mão-de-obra para condução da irrigação, disponibilidade e consumo de energia, viabilidade econômica e implicações para o meio ambiente. Portanto, observa-se que vários autores concordam em afirmar que não existe um sistema de irrigação ideal, capaz de atender satisfatoriamente às mais variadas condições de clima, solo, cultura e socioeconomia. Em conseqüência, deve-se selecionar o sistema de irrigação mais adequado para uma certa condição e para atender os objetivos desejados. De 6

7 acordo com a EMBRAPA (2003), o processo de seleção requer a análise detalhada das condições apresentadas (cultura, solo e topografia), em função das exigências de cada sistema de irrigação, de forma a permitir a identificação das melhores alternativas. Logo, a utilização eficiente do sistema de irrigação pode aumentar a produtividade e a qualidade do cultivo e, desta forma, pode agregar valor ao produto, ajudando as unidades produtivas a aumentarem suas rendas. No entanto, é preciso esclarecer que não são apenas fatores ligados a utilização eficiente da água que maximizam os lucros dos produtores. Existem outros fatores que podem gerar ganhos de escala e valor agregado nos produtos cultivados, principalmente para os pequenos irrigantes. Dentre estes, encontram-se: crédito rural, assistência técnica, organização de produtores e produção, pesquisa, controle sanitário e de qualidade, aspectos de mercado e comercialização, estruturação viária, portuária, aeroportuária, etc. Segundo FRANÇA (2001a), à medida que esses itens recebem um pouco mais de atenção, os resultados aparecem mais contundentemente à sociedade e ao produtor. Em suma, observa-se que, apesar de a irrigação do semi-árido do Nordeste brasileiro principalmente na microrregião de Petrolina/Juazeiro ser um dos principais responsáveis pelo aumento da produtividade agrícola nacional e melhoria da qualidade dos frutos; vários produtores desta região apresentam problemas em conduzir adequadamente a irrigação, seja por despreparo ou por falta de orientação. Desta forma, as culturas não atingem sua produtividade máxima, além de os custos com a irrigação aumentarem. METODOLOGIA E DADOS Os dados primários empregados neste trabalho foram coletados através de pesquisa de campo junto a pequenos agricultores, no ano de Foram entrevistados 62 colonos residentes na região do Vale do Rio São Francisco, situados nos Perímetros Irrigados Nilo Coelho e Maria Tereza. Os colonos foram escolhidos de maneira aleatória, sendo entrevistados diretamente em suas propriedades ou nas vilas agrícolas próximas às propriedades. Foram focados os colonos, nesta pesquisa, por se notar que estes apresentam maiores ineficiências na utilização dos sistemas de irrigação, por diversos fatores falta de capital, baixo nível de escolaridade, etc. apesar destes pequenos produtores, num contexto regional, representarem um importante segmento em termos de área, produção, renda e emprego nas áreas irrigadas. Em geral, os questionários contemplaram dois grupos de informações: i) dados técnicos, sobre os métodos de irrigação utilizados e os de preferência; fatores que mais influenciam em quando e quanto irrigar, entre outros; e, ii) dados socioeconômicos sobre escolaridade, rendimento mensal, número de pessoas na família, etc. As culturas que analisadas no estudo são banana, manga, uva e coco, dada a maior importância destas na pauta de produção do Pólo Petrolina/Juazeiro. Portanto, por estas culturas serem as culturas mais exploradas e apresentarem maior rentabilidade e maior demanda para o consumo; acredita-se que a análise quanto à eficiência do cultivo desses produtos irá representar uma forte aproximação quanto a eficiência geral dos pequenos irrigantes na produção de frutas irrigadas no solo. Os Perímetros Irrigados Nilo Coelho e Maria Tereza também podem representar os outros perímetros dado que estes 2 estão situados em região com semelhante tipos de solo, clima, mão-de-obra, etc., que os outros 4 perímetros em funcionamento no Pólo. Nas unidades produtivas pesquisadas, foram considerados três tipos de sistemas de irrigação: aspersão, microaspersão e gotejamento. Isto porque a quantidade de colonos entrevistados que afirmaram utilizar outros sistemas de irrigação, que não os três citados acima, pode ser considerado desprezível. 7

8 SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO Há vários tipos de métodos de irrigação. Segundo a EMBRAPA (2003), existem basicamente quatro métodos de irrigação: superfície; aspersão; localizada e subirrigação. Para cada método há dois ou mais sistemas de irrigação, que podem ser empregados. A razão pela qual há muitos tipos de sistemas de irrigação é devido à grande variação de solo, clima, cultura, disponibilidade de energia e condições socioeconômicas para as quais o sistema de irrigação deve ser adaptado. Segundo FERREIRA (1998), normalmente os custos de implantação de sistemas de irrigação variam por hectare. Essa variação depende, basicamente, de fatores como: tamanho e relevo da área a irrigar; espaçamento da cultura; qualidade e quantidade da água disponível; localização da fonte de água (desnível e distância em relação à área a irrigar); tipo de solo e de clima; fonte de energia disponível; número possível de horas diárias de funcionamento do sistema; grau de automação pretendido; tipo de dispositivos para fertirrigação; qualidade dos equipamentos e materiais; idoneidade e experiência da empresa que dimensiona e instala o sistema; e, frete. Já os custos de operação e de manutenção dos sistemas de irrigação irão depender, principalmente, dos seguintes fatores como: demanda hídrica da cultura e manejo da irrigação; qualidade do dimensionamento do sistema; qualidade dos materiais e dos equipamentos que compõem o sistema; distância e presteza da assistência técnica e dos fornecedores de peças de reposição; fonte de energia disponível (eletricidade, óleo diesel); e, treinamento e interesse do pessoal envolvido com a cultura. Para GENU & PINTO (2002) os custos de implantação, operação e manutenção dos sistemas de irrigação são bastante elevados. Logo, os produtores devem procurar otimizar seus sistemas explorando todas as suas potencialidades. Basicamente os métodos de irrigação que existem são os seguintes: i) aspersão: quando a água é lançada em forma de chuva; ii) irrigação localizada: quando a irrigação atinge somente parte da área; iii) irrigação de superfície ou por gravidade: quando a água é conduzida escorrendo pelo solo. A partir desses métodos, existe um grande número de técnicas que os viabilizam, de acordo com as situações encontradas nas diversas plantações. Os métodos aqui analisados são o de aspersão e o de irrigação localizada (gotejamento e microaspersão), dada a ínfima quantidade de utilização dos outros métodos de irrigação pelos pequenos produtores entrevistados na pesquisa de campo. A Tabela 1 resume os principais fatores que influenciam na eficiência de determinado sistema de irrigação, seguindo os autores aqui citados. Tabela 1. Adaptabilidade, Impactos, Custos e Eficiências dos Sistemas de Irrigação no Pólo Petrolina-Juazeiro. ITEM GOTEJO MICROASPERSÃO ASPERSÃO CUSTO DE (1) (2) OPERAÇÃO MÉDIO - Baixo custo com mãode-obra - Alto custo com manutenção BAIXO - Baixo custo com mãode-obra - Médio custo com manutenção ALTO - Alto custo com mão-de-obra - Médio custo com manutenção EFICIÊNCIA EM ÓTIMA EFICIÊNCIA BOA EFICIÊNCIA BAIXA EFICIÊNCIA ECONOMIA DE (1) (2) ÁGUA - 10% mais econômico que microaspersão CUSTO DE INVESTIMENTO (um sistema em relação ao outro) (1)(2)(4) ALTO - 20% maior que micro aspersão - R$ a R$ ** MÉDIO - R$ a R$ ** BAIXO - R$ a R$ ** TIPO DE SOLO ARENO-ARGILOSO ARENOSO E ARENO- ARENOSO E ARENO- 8

9 ADEQUADO (3) ARGILOSO ARGILOSO EFICIÊNCIA NO CONTROLE FITOSSANITÁRIO (5) (6) ALTA EFICIÊNCIA - Não irriga ervas daninhas e não atinge caules e folhas MÉDIA EFICIÊNCIA BAIXA EFICIÊNCIA - Molha as folhas e os caules, removendo os fertilizantes EFICIÊNCIA NA UNIFORMIDADE DA APLICAÇÃO (afetado por ventos e declividade do solo) (6) (7) (8) ADAPTABILIDADE DA FRUTICULTURA (9) CUSTO DE ALTA EFICIÊNCIA - Vento e declividade não afetam MÉDIA EFICIÊNCIA - Vento e declividade afetam um pouco BAIXA EFICIÊNCIA - Vento, declividade e caules afetam bastante na uniformidade ÓTIMO ÓTIMO BAIXO ALTO - 20% maior que micro MÉDIO MÉDIO (?) MANUTENÇÃO (2) DESPESAS COM BAIXO BAIXO ALTO MÃO-DE-OBRA (1) * FONTES: (1) FERREIRA et al. (1998); (2) MENU & MARINOZZI (1997); (3) LEÃO & SOARES (2000); (4) FILHO et al. (2003); (5) GENU & PINTO (2002); (6) TESTEZFAZ (1997); (7) PIRES et al. (2003); (8) RURAL NEWS (2003); (9) BERNARDO (1984). ** Valores nominais de A quantidade média necessária de mão-de-obra e os outros custos de capital (exceto custos com mão-de-obra) dos diferentes métodos de irrigação, segundo NETO (2000), apresentam-se na Tabela 2. Tabela 2. Mão-de-obra Necessária e Custos de Capital dos Vários Métodos de Irrigação. SISTEMA MÃO-DE-OBRA (hora/ha) CUSTO CAPITAL* (US$/ha)** ASPERSÃO De deslocação periódica Manual 1,2 2, Rebocado 0,5 1, De rolagem 0,5 1, Móvel Aspersor móvel 0,5 1, LOCALIZADA Gotejamento 0, Microaspersão 0, * Dados coletados nos Estados Unidos. ** Excluído o custo de fornecimento de água, bomba e unidade de força (valores nominais de 2000). Fonte: NETO (2000). SISTEMAS POR CULTURA A seleção do método de irrigação mais adequado a uma situação depende, além dos recursos financeiros e fatores de capital (insumos) existentes tais como disponibilidade de capital para investimento, disponibilidade de mão-de-obra para condução da irrigação, disponibilidade de energia, etc. de aspectos naturais da região tais como características do solo, quantidade e qualidade da água disponível, clima, etc. e de cultura cultivada com suas diferentes exigências agronômicas e valor econômico. Portanto, é necessário uma 9

10 análise, levando em consideração tais características relacionadas, para se chegar a conclusões sobre qual o sistema de irrigação que deva se adequar melhor a fruticultura na região de Petrolina. Contudo, apenas a aplicação da mais alta tecnologia de irrigação não é suficiente para se obter os rendimentos potenciais de uma cultura. Segundo FERREIRA (1997), outras tecnologias devem ser empregadas, de forma coadjuvante e complementar, como: o manejo adequado do solo; o controle eficiente das pragas, doenças e plantas daninhas; a correta nutrição de plantas; etc.. Para se analisar o grau de eficiência de cada produto agrícola, foi desenvolvido a Tabela 3, que aponta, de forma simples e resumida, os resultados observados em levantamento bibliográfico. As medidas utilizadas na Tabela 3 (ótima, boa, média e baixa eficiências) são comparativas entre si, ou seja, a mais eficiente será apresentada como ótima eficiência, e as conseqüentes terão menores eficiência relativas à mais eficiente. Tabela 3. Eficiência do Sistema de Irrigação para Diferentes Culturas nos Perímetros Irrigados do Pólo. CULTURA GOTEJAMENTO MICROASPERSÃO ASPERSÃO VIDEIRA (1) Boa Eficiência Ótima Eficiência Média Eficiência MANGA (2) Ótima Eficiência Ótima Eficiência Baixa Eficiência COCO (3) Ótima Eficiência Boa Eficiência Baixa Eficiência BANANA (4) Boa eficiência Ótima eficiência Média eficiência Fontes: (1) LEÃO & SOARES (2000); (2) GENU & PINTO (2002); (3) FERREIRA et al. (1998); (4) ALVES (1999). Abaixo são reunidas parte das informações disponíveis sobre a irrigação de diferentes culturas (uva, manga, coco e banana) e são discutidos aspectos relacionados aos sistemas de irrigação mais utilizados e recomendados. RESULTADOS Os resultados encontrados referentes à importância dos diferentes fatores técnicos e naturais (condições do solo, condições das plantas, conselho de outros, temperatura recente, ver outros irrigando, entre outros) para decidir o quanto e quando irrigar confirmam, na prática, o que os vários autores mencionados anteriormente enfatizaram. Portanto, os resultados deixam claro a importância dos diferentes fatores para os colonos quando estes vão tomar decisões de quanto e quando irrigar. Tabela 4. Importância* de diferentes fatores para os colonos entrevistados na decisão de quanto irrigar. Condições de solo? / Quais? Condições das plantas? / Quais? Conselho de outros? / Quem? Muito Importante / Justificativa Muito Importante / Justificativa Muito Importante / Justificativa Argiloso 3 Ciclos 4 Técnico 51 Coloração das folhas 5 Consultores 1 Lençol freático, salinização. 1 Desenvolvimento 6 Agrônomos 21 Normal 1 Floração 9 Qualquer especialista 1 Seco 3 Murchamento 20 Qualquer pessoa 6 Profundidade 1 Ñão estiver verde 1 na 50 Textura 31 Pragas, doenças Um Pouco Importante / 12 Justificativa Drenagem 9 Sede ou água demais 3 Produtor 3 Umidade 38 Verde 2 Técnicos 13 10

11 Capacidade do campo 1 Amarelamento 3 Vizinho 3 Ponto de murcha 1 Exigência 3 Outra pessoa que não seja o técnico 4 na** 73 Fases fenalógicas 1 Qualquer pessoa 3 Um Pouco Importante / Justificativa Idade 2 na 11 Lençol freático 3 Visual da planta 3 Não é Importante / Justificativa 8 Seco 1 na 73 Agrônomo 1 Um Pouco Importante / Umidade 6 Justificativa Profissionais 2 na 1 Murcha 1 Não é Importante / Justificativa Ñão sabe 1 Técnico 6 Umidade 3 Estresse hídrico 3 pessoas estranhas 4 na 1 Não é Importante / Justificativa Qualquer pessoa 2 Murcha 5 na 8 na 9 * As respostas possíveis eram: muito, um pouco ou não é importante. ** Sem justificativa. Cerca de 91,53% dos entrevistados acreditam que as condições do solo são muito importante na decisão de quanto irrigar. Dentre os colonos que acham muito importante estas condições, a característica que mais afeta na decisão de quanto irrigar é a umidade do solo, citado por 21,47% dos colonos entrevistados. A textura do solo vem em seguida, constituindo o fator mais importante para 17,51% dos colonos entrevistados. Apenas 2,26% responderam que as condições do solo não fazem diferença para tomada de decisão de quanto irrigar. As condições das plantas são fator importante para 88,55% dos colonos entrevistados na decisão de quanto irrigar, ficando murchamento e pragas e doenças as condições mais observadas pelos produtores quando vão decidir quanto irrigar (12,05% e 7,23%, respectivamente). Apenas 8,43% dos entrevistados acreditam não ser importante as condições das plantas na decisão de quanto irrigar. Quando perguntados sobre a importância do conselho de outros, 68,42% acreditam que este fator é muito importante na decisão de quanto irrigar, sendo técnicos e agrônomos os conselheiros com maior credibilidade junto aos entrevistados (26,84% e 11,05%, respectivamente). Cerca de 12,11% dos entrevistados acreditam não ter importância a opinião de outros na decisão de quanto irrigar, já os outros 19,47% dos entrevistados acreditam ser um pouco importante o mesmo fator. Tabela 5. Importância* de diferentes fatores para os colonos entrevistados na decisão de quanto irrigar. Importância de quanto irrigar Muito Pouco Não Época do ano % 92,59 3,70 3,70 Viu outros irrigando % 3,08 6,79 90,12 Temperatura recente % 79,62 10,49 9,87 Quantidade de chuva % 91,35 8,64 0,00 * As respostas possíveis eram: muito, um pouco ou não é importante. 11

12 A época do ano, como explicitado na Tabela 5, é muito importante para 92,59% dos colonos entrevistados na decisão de quanto irrigar. A temperatura recente mostra-se muito importante para 79,62% dos entrevistados. A quantidade de chuva também apresenta-se de suma importância para os colonos entrevistados quando estes vão decidir quanto irrigar (91,35%). Nenhum dos entrevistados acredita que a chuva possui nenhuma importância na decisão de quando irrigar. Já o fato de ver outros produtores irrigando, apresenta-se como um fator de nenhuma importância para 90,12% dos entrevistados na decisão de quanto irrigar. Portanto, segundo os resultados obtidos, pode-se concluir que o fator mais importante na decisão de quanto irrigar é a época do ano seguido pelas condições do solo e quantidade de chuva. Já os fatores menos importantes são, respectivamente, ver outros irrigando, conselho de outros e temperatura recente. Talvez, pelo fato destes colonos terem, em sua maior parte, baixa escolaridade (59,68% possuem formação elementar enquanto apenas 6,46% possuem formação superior ver Tabela 8) e acreditarem ser menos importante que outros fatores o conselho de um agrônomo ou de um técnico, estes colonos acabam irrigando de forma ineficiente. Muitas vezes, estes colonos acabam seguindo tradições herdadas de família para manter determinadas técnicas de cultivo, mesmo que estas técnicas sejam menos eficientes ou mais defasadas em relação às novas técnicas de irrigação. Os itens época do ano e quantidade de chuvas podem estar intimamente relacionadas, já que sabe-se que durante determinada época do ano (de dezembro a março) as chuvas ocorrem com mais abundância no Pólo, influenciando assim, na quantidade de água necessária para a irrigação por parte dos colonos. No entanto, o mesmo item época do ano, pode também estar relacionada à estratégia do produtor de irrigar em períodos em que determinado produto esteja em entressafra em determinado mercado consumidor, se desprendendo, portanto, da relação íntima direta com o fator quantidade de chuva, a medida que outras regiões produtoras (outros países, estados, etc.) podem apresentar estações chuvosas em períodos diferentes das observadas no pólo Petrolina-Juazeiro. Resultados semelhantes foram encontrados quando perguntados aos colonos sobre a importância dos diferentes fatores técnicos e naturais para decidir o quanto e quando irrigar. Tabela 6. Importância* de diferentes fatores para os colonos entrevistados na decisão de quando irrigar. Condições de solo? Quais? Condições das plantas? Quais? Conselho de outros? Quem? Muito Importante / Muito Importante / Muito Importante / Justificativa Justificativa Justificativa Arenoso 2 Condições visuais 23 Profissionais 2 Desenvolvimento e coloração das folhas 7 Técnico 52 Argiloso 6 Capacidade de retenção de água 3 Floração 10 Agronômos 22 Condições físicas 2 Murcha 26 Consultores 7 Drenagem 17 Praga 18 Qualquer pessoa 4 Análise de solos 4 Sede ou água demais 3 na 27 Lençol freático, salinização. 1 Verde 2 Um Pouco Importante / Justificativa Normal 1 Ciclo da planta 5 Produtor 3 Profundidade 3 Fases fenalógicas 1 Técnico 18 Seco 8 Vigorosa 4 Vizinho 7 Não é Importante / Textura 51 na 40 Justificativa 12

13 Um Pouco Importante / Justificativa Agrônomo 1 Umidade 30 Parâmetros hidro-edáficos 1 Turgidez 2 Vizinhos 1 Molhado 3 Estresse Hídrico 3 Pessoas não especializadas 4 na** 36 Murcha 1 Qualquer pessoa 2 Um Pouco Importante / Justificativa Não sabe 1 Técnicos 2 Não é Importante / Justificativa na 8 Seco 3 Salinização 3 Murcha 2 Textura 4 Coloração 2 na 1 Visual 3 Não é Importante / Justificativa na 9 Textura 3 na 1 * As respostas possíveis eram: muito, um pouco ou não é importante. ** Sem justificativa. Cerca de 91,98% dos entrevistados acreditam que as condições do solo são muito importante na decisão de quando irrigar (ver Tabela 6). Dentre os colonos que acham muito importante estas condições, a característica que mais afeta na decisão de quando irrigar é a textura do solo, citado por 27,27% dos colonos entrevistados. A umidade do solo veio logo em seguida, constituindo o fator mais importante para 16,04% dos colonos entrevistados. Apenas 2,14% responderam que as condições do solo não fazem diferença para tomada de decisão de quanto irrigar. As condições das plantas é fator importante para 85,80% dos colonos entrevistados na decisão de quando irrigar, ficando murchamento e condições visuais e praga como as condições mais observadas pelos produtores quando vão decidir quando irrigar (16,05%, 14,20% e 11,11%, respectivamente). Apenas 9,88% dos entrevistados acreditam não ser importante as condições das plantas na decisão de quando irrigar. Quando perguntados sobre a importância do conselho de outros, 67,46% acreditam que este fator é muito importante na decisão de quanto irrigar, sendo técnicos e agrônomos novamente os conselheiros com maior credibilidade junto aos entrevistados (30,77% e 13,02%, respectivamente). Cerca de 10,65% dos entrevistados acreditam não ter importância a opinião de outros na decisão de quanto irrigar; enquanto outros 21,89% dos entrevistados acreditam ser um pouco importante o mesmo fator. Tabela 7. Importância* de diferentes fatores para os colonos entrevistados na decisão de quando irrigar. Importância de quando irrigar Muito Pouco Não Época do ano % 90,12 4,32 6,16 Viu outros irrigando % 6,79 6,17 87,03 Temperatura recente % 83,95 5,55 10,49 Quantidade de chuva % 92,60 7,40 0,00 * As respostas possíveis eram: muito, um pouco ou não é importante. 13

14 A época do ano, como explicitado na Tabela 7, é muito importante para 90,12% dos colonos entrevistados na decisão de quando irrigar. A temperatura recente mostra-se muito importante para 83,95% dos entrevistados. A quantidade de chuva também apresenta-se de suma importância para os colonos entrevistados quando estes vão decidir quando irrigar (92,60%). Novamente aqui 0% dos entrevistados acreditam que a chuva possui nenhuma importância na decisão de quando irrigar. Já o fato de ver outros produtores irrigando, apresenta-se como um fator de nenhuma importância para 87,03% dos entrevistados na decisão de quando irrigar. Portanto, segundo os resultados obtidos, pode-se concluir que o fator mais importante na decisão de quando irrigar é a quantidade de chuva seguido pelas condições do solo e época do ano. Já os fatores menos importantes são, respectivamente, ver outros irrigando, conselho de outros e temperatura recente. Nota-se que os resultados encontrados para as respostas de quando e quanto irrigar são bastante semelhantes. Isso ocorre pois o produtor leva em consideração os mesmos fatores para tomar uma decisão conjunta de quando e quanto irrigar. Em outras palavras, apesar de determinados fatores afetarem mais uma ou outra decisão (quando e quanto), quando o produtor decidi quando vai irrigar, ele deve ao mesmo tempo decidir quanto irrigar, levando, portanto, em consideração praticamente os mesmos fatores para a tomada das duas decisões de quanto e quando irrigar. Na Tabela 8, observa-se que maior parte dos colonos entrevistados (82,14%) acreditam que o sistema de irrigação por microaspersão é o melhor sistema para irrigação de seus determinados cultivos. Este resultado entra em acordo com o que os vários autores aqui citados sugerem como o método de irrigação mais eficiente para a fruticultura no semi-árido nordestino, juntamente com o gotejo. No entanto, maior parte destes colonos irrigam suas terras através do método de irrigação por aspersão. Este fato se deve, principalmente pelo fato desse sistema (aspersão) ter o custo inicial de investimento mais baixo dentre os três métodos, como pode ser observado nas tabelas 1 e 2. Tabela 8. Dados socioeconômicos e método de irrigação preferido*. Média Máximo Mínimo Total Idade (anos) 43, Número de pessoas na família 7, Tempo no perímetro (anos) 12, mês Formação Elementar Médio Superior Aspersor Micro Gotejo S.R.** Método de irrigação preferido * Dados relacionados aos colonos dos perímetros irrigados Maria Tereza e Nilo Coelho ** Sem Resposta Pelo fato de os colonos não apresentarem grandes quantidades de mão-de-obra contratada, por ser parente (filhos, irmãos, por exemplo) do pequeno empresário a maior parte mão-de-obra utilizada nestas pequenas unidades produtivas, estes não apresentam grandes preocupações com a economia nos custos de mão-de-obra gerada pela irrigação por gotejamento. Além disso, os custos de instalação do gotejamento são mais altos comparados aos outros dois sistemas, fazendo com que os irrigantes encontrem dificuldades de investimentos neste sistema, principalmente pelo fato desses não apresentarem boas condições financeiras para arcar com os altos custos iniciais do gotejamento. Logo, um programa de financiamento mais eficiente por parte do governo poderia ajudar os pequenos irrigantes a adquirirem este sistema. Estas características do gotejo fazem com que os seus 14

15 principais usuários sejam os produtores empresariais pois, além de apresentarem boa disponibilidade de capital para investimentos iniciais, estão bastante interessados em diminuir ao máximo a mão de obra, com o intuito de, segundo MENU & MARINOZZI (1997), evitar problemas de supervisão e diminuir os gastos variáveis. Por esta razão, praticamente nenhum dos entrevistados utilizam ou desejam possuir (ver Tabela 8) este sistema de irrigação por gotejamento, apesar de este sistema ser considerado mais eficiente do que o método por aspersão, para a fruticultura irrigada no pólo Petrolina-Juazeiro. Os Gráficos 1, 2 e 3 apresentam os resultados apresentados quanto a uma análise comparativa entre os sistemas quanto à percepção dos colonos em relação aos diferentes fatores que acarretam em maior ou menor grau de eficiência de determinado sistema de irrigação. Dentre os sistemas, destacam-se os sistemas de aspersão, microaspersão e gotejamento. Da análise dos gráficos, pode-se concluir que, apesar de declararem preferirem o sistema de irrigação por microaspersão (Tabela 8), o principal fator que leva os colonos utilizarem o sistema de irrigação por aspersão se deve a estes acreditarem que este é o melhor sistema de irrigação dada a restrição de capital inicial destes pequenos irrigantes. Tal fato pode ser retirado através da maioria das respostas expostas nos gráficos. No entanto, os diversos estudos utilizados neste trabalho apontam exatamente o método de irrigação por aspersão como o menos eficiente para o cultivo da fruticultura no semi-árido nordestino. Logo, a conclusão que se pode chegar é que os colonos estão utilizando os sistemas de irrigação errado, o que acarreta em maior grau de ineficiência para o cultivo da fruticultura nestas propriedades. E supondo que toda a população haja como a amostra aqui pesquisada, conclui-se que os colonos no Submédio do São Francisco estão utilizando de forma ineficiente o potencial frutícola da região através do uso do sistema de irrigação inadequado, o que acarreta em irracionalidade do uso da água, degradação do meio ambiente, diminuição dos lucros (aumento de despesas e queda nas receitas) perda de qualidade, queda de produtividade, entre outros males. 15

16 16

17 CONCLUSÕES Os pequenos produtores do pólo Petrolina-Juazeiro, de uma forma geral, estão produzindo de forma ineficiente ao utilizarem o sistema de irrigação menos aconselhável para o cultivo frutícola no semi-árido. Desta forma, não maximizam seus lucros, além de contribuir para o aumento da escassez de água na região, uma vez que o sistema de irrigação por aspersão é o mais utilizado pelos colonos e o que mais desperdiça água. Apesar de declararem ser o sistema de irrigação por microaspersão o preferido para ser utilizados em suas propriedades, o principal fato de os colonos usarem o sistema por aspersão é o fato destes acreditarem que este é o melhor sistema de irrigação, dada suas restrições de capital. No entanto, os diversos estudos utilizados neste trabalho apontam exatamente o método de irrigação por aspersão como o menos eficiente para o cultivo da fruticultura no semi-árido nordestino. Logo, a conclusão óbvia que se pode tirar é que os colonos estão utilizando os sistemas de irrigação errados, o que acarreta em ineficiência para o cultivo da fruticultura nestas propriedades. E supondo que toda a população haja como a amostra aqui pesquisada, conclui-se que os colonos no Submédio do São Francisco estão utilizando de forma ineficiente o potencial frutícola da região através do uso do sistema de irrigação inadequado, o que acarreta em irracionalidade do uso da água, degradação do meio ambiente, diminuição dos lucros (aumento de despesas e queda nas receitas) perda de qualidade, queda de produtividade, entre outros males. Desta forma, os pequenos irrigantes, por apresentarem grandes importância no contexto regional da fruticultura irrigada, precisam de um maior apoio de técnicos por parte da CODEVASF, EMBRAPA, entre outros órgãos, visando apresentar condições para aplicação de forma mais eficiente dos sistemas de irrigação em suas propriedades. Desta forma, poderão atingir uma maior produtividade, aumentando a produção, e em conseqüência, a renda e os empregos diretos e indiretos da região. Poderão, ainda, com a maior eficiência do sistema de irrigação: racionalizar o uso da água, numa região que sofre com problemas relacionados à seca; diminuir os custos com energia; melhorar a qualidade dos frutos cultivados, agregando valor ao seu produto; minimizar a degradação do meio ambiente; aumentar a oferta de alimentos; entre outros benefícios. Além de assistência técnica, os pequenos irrigantes precisam se conscientizar de que um esforço de organização dos pequenos produtores precisa ser feito para tentar se chegar a mercados mais exigentes com um produto de maior valor agregado. A organização da comercialização permite otimizar o valor agregado que a fruticultura irrigada pode gerar, com forte impacto potencial na renda dos irrigantes. FRANÇA (2001a). Não adianta ao pequeno produtor, para elevar sua renda (maximizar lucro), apenas utilizar eficientemente a água disponível através do sistema de irrigação correto, mas é necessário se enfatizar todo o agronegócio: crédito rural, assistência técnica, organização de produtores e produção, pesquisa, controle sanitário e de qualidade, aspectos de mercado e comercialização, estruturação viária, portuária, aeroportuária, etc. Segundo FRANÇA (2001b), à medida que esses itens recebem um pouco mais de atenção, os resultados aparecem à sociedade e ao produtor. REFERÊNCIAS ALMEIDA, C. O. Potencial e possibilidades de exportações de frutas tropicais brasileiras. Cruz de Almas: EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, Mimeografado. ALVES, É. J. (org.). A cultura da banana: aspectos técnicos, socioeconômicos e agroindustriais. 2.ed., ver. Brasília: Embrapa-SPI / Cruz das Almas: Embrapa-CNPMF,

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