<<PERUÍBE TERRA DA ETERNA JUVENTUDE>>

Transcrição

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2 INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE PERUIBE PERUIBEPREV POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

3 ÍNDICE ANALÍTICO Introdução Objetivo Definição do Modelo de Gestão Processo de seleção de Administradores/Gestores de Recursos l Origem dos Recursos Avaliação do Cenário Macroeconômico Gerenciamento de Riscos Riscos em Fundos de Ações Proposta de gestão para Limitações Dos Limites para aplicação de recursos Precificação e Custódia Política de Transparência Considerações Finais

4 INTRODUÇÃO O Instituto de Previdência Municipal de Peruíbe PERUIBEPREV, criado através da Lei Complementar nº 76, de 30 de setembro de 2005, apresenta sua Política de Investimentos para o exercício de 2009 que tem a missão de estabelecer as diretrizes que serão observadas na aplicação dos recursos, em conformidade com o que disciplina a Resolução do Banco Central/Conselho Monetário Nacional de nº 3790, de 24 de setembro de 2009, ou pela legislação que vier substituí-la ou complementá-la. Os critérios, procedimentos e limites estabelecidos para aplicação dos ativos, foram selecionados levando em consideração as perspectivas econômicas para o próximo ano, as normas que regulamentam os RPPS e principalmente com as obrigações futuras já apontadas no cálculo atuarial. Os cenários de retorno e rentabilidade foram criados tendo como ponto referencial as projeções macroeconômicas divulgadas pelo Banco Central do Brasil, cuja metodologia para revisão dos índices inflacionários e da Taxa SELIC, leva em consideração os fatores externos e internos que possam vir a provocar mudanças no comportamento da economia nacional. A alocação dos recursos foi definida, em razão da legalidade, segurança, solidez e rentabilidade nos diversos segmentos permitidos pela norma vigente. 4

5 1. OBJETIVO O presente documento objetiva estabelecer as diretrizes e linhas gerais de procedimentos que nortearão os investimentos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV, instituído pela Lei Complementar nº 76, de 30 de setembro de 2008, com foco no cumprimento da meta atuarial definida para o ano de 2009 e tendo em consideração o cenário econômico-financeiro esperado. Respeitados os limites e regulamentos definidos pelo Conselho Monetário Nacional CMN, por meio da Resolução nº 3790, de 24 de setembro de 2009, do Banco Central do Brasil - BACEN, a distribuição proposta para os recursos, nas modalidades de aplicações existentes no mercado financeiro, visa otimizar o retorno desses investimentos e assegurar a sustentabilidade do plano atuarial. A estratégia de investimentos tem como ponto central o respeito às condições de segurança, rentabilidade, solvência e liquidez dos ativos financeiros a serem escolhidos mediante avaliações criteriosas, tanto quantitativas quanto qualitativas. 2. DEFINIÇÃO DO MODELO DE GESTÃO A gestão das aplicações dos recursos financeiros do PERUIBEPREV será mista, ou seja, parte da aplicação dos recursos poderá ser realizada pelo próprio Instituto e parte por instituição financeira previamente selecionada, segundo critérios definidos nesta política. 5

6 3. PROCESSO DE SELEÇÃO DE ADMINISTRADORES/GESTORES DE RECURSOS Através do processo de seleção de gestores, o PERUIBEPREV deverá buscar as condições de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência na destinação dos recursos financeiros do PERUIBEPREV, valendo-se, ainda, quando necessário, de empresa de consultoria especializada na seleção de administradores de recursos de terceiros, exigindo-se, inicialmente, a apresentação dos seguintes documentos: a) Pré-qualificação das instituições aptas a participar do processo; b) Análise de desempenho e risco dos fundos de investimento; c) Verificação do enquadramento das alternativas de investimentos perante a Legislação em vigor e à política de investimento do PERUIBEPREV. d) Análise do Patrimônio Líquido do gestor e respectivos fundos de investimento; e) Tracking Record dos fundos de investimento, ou seja, histórico mínimo de 1 ano ou que esteja atrelado às instituições de experiência positiva no exercício da atividade de administração de recursos de terceiros; f) Total administrado pelo gestor do fundo para o segmento de renda fixa e para o segmento de renda variável. 6

7 4. META ATUARIAL O objetivo da alocação de recursos será a preservação do equilíbrio financeiro e o atendimento da meta atuarial de 6% ao ano de taxa de juros, acrescida da variação do INPC Índice Nacional de Preço ao Consumidor, medido pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A Política de Investimentos do PERUIBEPREV foi formulada de maneira que os cenários econômicos bem como os de alocação de recursos sirvam de instrumento para que os investimentos sejam efetuados com segurança e, a rentabilidade seja gerada em nível suficiente para atingir e, se possível, superar as necessidades demonstradas pelo cálculo atuarial de ORIGEM DOS RECURSOS Os recursos em moeda corrente do PERUIBEPREV são originários das contribuições dos servidores, do ente e das compensações previdenciárias, descontadas as despesas administrativas. 6. AVALIAÇÃO DO CENÁRIO MACROECONÔMICO CENÁRIO MACROECONÔMICO Para embasar as decisões de investimento será elaborado cenário macroeconômico com revisão bimestral das seguintes premissas nacionais e internacionais. 7

8 Cenário Internacional Capacidade de crescimento dos países; Política de defesa de suas moedas; Nível de taxa de juros; Nível de inflação; Abertura comercial; Acordos bilaterais; Política cambial dos diversos países. Cenário Nacional Previsão de Taxa SELIC no final do período; Previsão de SELIC de juros média; Inflação (IPCA, IGPM); Crescimento econômico; Superávit primário; Participação Relativa da Dívida Pública sobre o PIB; Níveis possíveis de juros reais. Tendências de Mercado Possibilidade de investimento em renda fixa e em renda variável. 8

9 PROJEÇÃO DE INDICADORES ECONÔMICOS. Ano Taxa Selic Médi a % a.a Taxa Selic Final % a.a IPC A % IGP M % Câmbio Médio (R$/US$ ) Superávi t Primário % PIB Relação Divida/PI B Cresc. PIB % Juro Real Selic Médi a X IPCA % 9,20 10,00 4,45 4,50 1,74 2,0 42,35 5,0 4,35 8,80 9,20 4,00 3,80 1,80 3,0 40,00 5,0 4,60 7. GERENCIAMENTO DE RISCOS 7.1. Nos investimentos diretos via títulos públicos ou operações compromissadas (Resolução BCB 3339/06 e Resolução BCB 550/79) e nos investimentos indiretos via fundos de investimentos, o PERUIBEPREV levará em conta para sua política de investimentos os seguintes riscos envolvidos nas operações: 7.2. Risco de crédito dos ativos: possibilidade do devedor não honrar seus compromissos Risco sistemático ou conjuntural: são os riscos que os sistemas econômicos, político e social, impõem ao governo Risco Próprio: consiste no risco intrínseco ao ativo e ao subsistema ao qual o ativo pertença Risco de Mercado: é o risco de oscilações de preços do ativo. 9

10 7.6. Risco de liquidez: também chamado risco financeiro. É conhecido pela falta de condição de pagamento do emissor ou ausência de mercado secundário daquele tipo de ativo Risco de contraparte: também conhecido como risco de coobrigação, é quando da securitização de dívida existe endosso por parte de terceiros e este também fica sem liquidez Risco legal: tipo de risco o qual o objeto do investimento esteja sujeito a interpelação judicial Risco de administração: está ligado à incompetência ou à desonestidade dos administradores. Os ativos integrantes das carteiras ou seus respectivos emissores, conforme acima listados, serão considerados baixo risco de crédito, de acordo com classificação mínima (rating) estabelecida por pelo menos uma das agências classificadoras de risco em funcionamento no País, conforme tabela abaixo: AGÊNCIA CLASSIFICADORA RISCO Standard & Poor s Moody s SR Rating Austin Asis FITCH Atlantic DE RANTING MÍNIMO BrBBB ou bra-3 A3.br ou BR-2 BBB ou sra BBB BBB (bra) ou F3 (bra) 10

11 8. RISCOS EM FUNDO DE AÇÕES A política anual de investimentos, para a seleção de fundos de ações no que se refere a risco, basear-se-á em que o administrador do fundo em questão atenda a duas metodologias: 8.1. Value at Risk (VaR): Valor em Risco é correspondente à estimativa da perda máxima esperada da certeira nas hipóteses e critérios previamente definidos, já computados os efeitos compensatórios decorrentes da existência de vários tipos de ativos na carteira. 8.2 Stress testing: processo que visa identificar e gerenciar situações que possam causar perdas extraordinárias, com quebra de relações históricas, temporárias ou permanentes. 9.PROPOSTA DE GESTÃO PARA LIMITAÇÕES Como todo investimento do mercado financeiro, é relevante mencionar que as aplicações do PERUIBEPREV encontram-se sujeitas à incidência de fatores de risco (risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e risco operacional, dentre outros) que podem afetar adversamente o seu retorno. Os gestores procuram minimizar tais fatores por meio de metodologias de acompanhamento e avaliação dos investimentos específicos, o que não significa dizer que o Fundo está imune aos riscos. 11

12 10. DOS LIMITES PARA APLICAÇÃO DE RECURSOS Diante do novo cenário de investimentos proporcionado pela publicação da Resolução CMN 3790/2009, com vistas a otimizar os investimentos do PERUIBEPREV através da ampliação quantitativa e qualitativa de seu rol de aplicações, os Gestores de Investimentos propõe a adoção dos limites, conforme tabela abaixo: Para as aplicações em Fundos Imobiliários, entendemos que esta alternativa de investimento apresenta níveis elevados de segurança e rentabilidade adequados para o perfil de carteira de investimentos, sendo importante para o atendimento das metas de rentabilidade. Em decorrência da limitação de integralização de cotas exclusivamente com terrenos ou outros imóveis vinculados por lei ao regime próprio de previdência social, decidimos por não atribuir limite à categoria. 12

13 10.1 Renda Fixa TIPO LIMITE LIMITE INFERIOR ( SUPERIOR %) ( %) Alocação (%) DIVERSIFICAÇÃO Títulos Públicos ZERO 100 Operações via plataforma eletrônica Compromissadas ZERO 15 Por risco de contraparte Fundos 100% TP ZERO 100 Até 20% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo; Até 20% do Patrimônio liquido do fundo e carteira com 70% no IMA-B de preferência Poupança ZERO 20 Por risco de instituição financeira Fundos Renda Fixa ZERO 30 FIDC Fechado ZERO 5 FIDC Aberto ZERO 15 Fundo Referenciado ZERO 80 Fundo Previdenciário RF ZERO 80 Até 30% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo; Até 20% do Patrimônio líquido do fundo; carteira com 70% no IMA-B de preferência, risco de crédito nos limites do regulamento do fundo e dos itens 8 e 9 desta Polinv/10 Até o limite autorizado por fundo e risco de crédito nos limites do regulamento do fundo e do item 8 e 9 desta Polinv/10 Até o limite autorizado por fundo e risco de crédito nos limites regulamento do fundo e dos itens 8 e 9 desta Polinv/10 Até 20% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo, Até 20% do Patrimônio liquido do Fundo, e carteira com 70% no IMA-B de preferência, risco de crédito nos limites do regulamento do fundo e dos itens 8 e 9 desta Polinv/10 Até 25% do Patrimônio Liquido do Fundo; Até 20% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo; carteira com 70% no IMA-B de preferência; risco de crédito nos limites do regulamento do fundo e dos itens 8 e 9 desta Polinv/10. RETORNO ESPERADO 13

14 10.2 Renda Variável TIPO Fundo Previdenciário Ações Fundo de Índice de Ações Multimercado Aberto Fundo de Ações Referenciado FI em Participações - Fechado LIMITE LIMITE INFERIOR ( SUPERIOR %) (%) ZERO 30 ZERO 20 ZERO 5 Alocação (%) DIVERSIFICAÇÃO Até 25% do Patrimônio Liquido do Fundo, Até 20% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo Até 20% do Patrimônio Liquido do Fundo, Até 20% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo. Até o limite permitido por fundo ZERO 15 Até o limite permitido por fundo ZERO 5 Fundo Imobiliário ZERO 5 Até 5% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo. Até 5% dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDENCIA MUNICIPAL DE PERUIBE - PERUIBEPREV por fundo. RETORNO ESPERADO 11.PRECIFICAÇÃO E CUSTÓDIA 14

15 Os títulos públicos integrantes da carteira do Fundo serão registrados contabilmente e terão seus valores ajustados pela curva de mercado, observados regras e procedimentos definidos pelo Ministério da Previdência Social - MPS. Conforme a Resolução CMN n. 3790/2009, a aplicação em fundos de direitos creditórios é vedada aos fundos constituídos em regime de condomínio fechado. Em consonância com o disposto na Resolução CMN 3790/2009, tais ativos serão custodiados por instituição legalmente habilitada para a prestação do serviço após procedimento formal de contratação. 12. POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA As informações relevantes referentes à gestão financeira do PERUIBEPREV, com destaque para seu desempenho, serão disponibilizadas no site link do PERUIBEPREV, no máximo 30 (trinta) dias após a sua aprovação, para acompanhamento e fiscalização por parte dos servidores segurados pelo Regime Próprio de Previdência Municipal de Peruíbe. 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente Política está sujeita a modificação em virtude de alterações na legislação que rege a aplicação de recursos dos regimes de previdência bem como em decorrência de mudanças significativas no cenário econômico. Em ambos os casos, a adequação da presente política será discutida em reunião entre a Diretoria Executiva, e Conselho de Administração. A Política de Investimentos terá vigência por um ano, a contar a partir de 01 de janeiro de 2010 e término em 31 de dezembro de Esta Política de Investimentos foi aprovada através da Ata de Reunião do Conselho de Administração e Diretoria Executiva, do dia 15 de dezembro de

16 INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE PERUÍBE - PERUIBEPREV, 15 DE DEZEMBRO DE RAQUEL SANTOS PRADO Superintendente Peruibeprev ANDRÉ LUIZ DA SILVA MENDES Diretor Financeiro/Investimentos - ANBID CPA10 VALÉRIA MENDES G. DOS SANTOS Presidente Conselho de Administração Peruibeprev FÁTIMA FACCHINI SERRANO Membro Conselho de Administração CARLOS ALBERTO OMURO Membro Conselho de Administração EDUARDO MARTINS TELES DE AGUIAR Membro Conselho de Administração REGIANE TEIXEIRA FERREIRA Suplente Conselho de Administração JUSEMBERG TORQUATO BATISTA Suplente Conselho de Administração JOSINO MOREIRA DA SILVA Suplente Conselho de Administração 16