UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES DISCIPLINA FILOLOGIA ROMÂNICA I PROFA. LILIANE BARREIROS

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES DISCIPLINA FILOLOGIA ROMÂNICA I PROFA. LILIANE BARREIROS VOCALISMO E CONSONANTISMO ROMÂNICO: UM ASPECTO DE DIFERENCIAÇÃO INTERNA DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS VOCALISMO ROMÂNICO Estudo da evolução das vogais latinas para as línguas românicas. As línguas românicas herdaram o mesmo sistema vocálico, mas cada uma delas o tratou segundo suas próprias características e tendências (influências de substratos e superstratos). LATIM CLÁSSICO ACENTUAÇÃO DO LATIM Breves ĕ ŏ Braquia (meia-lua sobre a vogal) indica que a vogal é breve Longas ī ū ˉ Mácron (traço sobre a vogal) indica que a vogal é longa As vogais longas tinham o valor de duas breves. CARACTERÍSTICAS GERAIS SISTEMA QUANTITATIVO duração/pronúncia Quantidade é a propriedade que as vogais têm de serem longas ou breves. No latim clássico, era por meio da duração que os romanos distinguiam palavras com significados distintos, como, por exemplo: mlum = maçã / mlum = desgraça ŏs = osso / s = boca REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1. As palavras latinas têm o acento na penúltima ou na antepenúltima sílaba; 2. A sílaba que indica onde cai o acento é a penúltima; 3. Se a penúltima vogal for breve, o acentua recua para a vogal anterior (proparoxítona). Ex.: agricŏla, ae agrícola; 4. Se a penúltima vogal for longa, o acento cai sobre ela mesma (paroxítona). Ex.: regīna, ae - regína; 5. Em regra geral, não há palavras com acento na última sílaba. Quando necessário, os sinais de quantidade também aparecem na última sílaba (nas lições). 6. Em latim, não existem sinais gráficos (diacríticos) de acentuação - acento agudo, circunflexo etc. Estes sinais podem aparecer para indicar a correta acentuação da palavra, sendo usados geralmente em livros didáticos e dicionários. Como regra geral, seguem-se as seguintes normas práticas: Vogais Breves são vogais seguidas de outras vogais, p. ex. muler (múlier); Vogais Longas são vogais seguidas de duas consoantes, p. ex. ancīlla (ancílla). COLAPSO DO SISTEMA QUANTITATIVO Reorganização do sistema vocálico passa a se distinguir pela QUALIDADE (timbre), podendo ser abertas ou fechadas. TRANSIÇÃO do SISTEMA QUANTITATIVO (duração/pronúncia - longa e breve) para o SISTEMA QUALITATIVO (timbre - aberta e fechada). [...] há uma tendência geral em várias línguas, que leva a pronunciar abertas as vogais breves e fechadas as longas. (VIDOS, 1968, p. 165) Breve (por sua menor duração) > Aberta // Longa (por sua maior duração) > Fechada Latim clássico Transição para o Sistema Itálico abstração da vogal > a (aberto) = 9 vogais 1

2 VOCALISMO TÔNICO: OS QUATRO SISTEMAS VOCÁLICOS LATINOS Há, segundo Lausberg (1981), quatro sistemas vocálicos em toda a România. SISTEMA I Sistema Qualitativo Itálico (Centro e sul da Itália, o mais extenso de todos) Compreende a Íbero-România (português, espanhol, catalão), a Galo-România (francês, provençal), a Reto- România (dialetos réticos), a Ítalo-România (Sul e Leste da Lucânia, com exceção da Sardenha) e a antiga Dalmácia. SISTEMA I Sistema Qualitativo Itálico LATIM CLÁSSICO SISTEMA ITÁLICO EXEMPLOS PORTUGUÊS a (aberto) mare > mar pace > paz a ĕ e (aberto) dece > dez é tela > teia e (fechado) siccu > seco i > ê ille > ele ê ī i (fechado) filu > fio i ŏ o (aberto) rota > roda ó totu > todo o (fechado) lupu > lobo ô ū u (aberto) luna > lua u 10 vogais 7 vogais 7 vogais Com exceção do romeno, todas as línguas românicas têm por base esse sistema, este desempenha um papel fundamental no atual ensino das línguas românicas. (LAUSBERG, 1981, p. 111). SISTEMA II Sistema Arcaico (É próprio do sardo, do Sul da Lucânia na Itália). Prioriza a quantidade sobre o timbre (qualidade) - Caracterizado pela permanência do sistema quantitativo latino durante um espaço maior de tempo. Há teóricos que não destacam como sistema (ILARI e BASSETTO, por exemplo). SISTEMA II Sistema Arcaico LATIM CLÁSSICO SISTEMA ARCAICO EXEMPLOS pugnare > punnare A ĕ herba > erva (é) E cateno > katena filu > filu I ī pira > pira ŏ sole > sole O rota > rota muru > muru U ū sole > sole 10 vogais 5 vogais Não há uma exata correspondência entre a quantidade da vogal latina e o respectivo timbre, aberto ou fechado, como se dá no Sistema I. Em sardo, o timbre das vogais tônicas e e o depende das vogais seguintes. e e o (fechadas) > i e u e e o (abertas) > outras vogais Pronunciam-se fechadas antes de i e u originários e abertas antes de outras vogais. (ELIA, 1974, p. 164). 2

3 SISTEMA III Sistema de Compromisso É próprio da Lucânia oriental e do romanço balcânico, em particular do romeno. Caracterizado por adotar o Sistema Itálico para as vogais palatais (anteriores) e e i e o Sistema Arcaico para as vogais velares (posteriores) o e u constitui a base do vocalismo romeno. SISTEMA III Sistema de Compromisso SISTEMA DE LATIM CLÁSSICO EXEMPLOS (Romeno) COMPROMISSO a aqua > apa ĕ é fele > fiere stellae > stele ê viride > verde ī i filu > fir ŏ porcu > porc ô formosu > frumus munge > mulge u ū unu > un 10 vogais 6 vogais O e longo e o i breve fundem-se no e fechado (Sistema I); o u breve mantém-se como u e não se confunde com o longo (ELIA, 1974, p. 164; LAUSBERG, 1981, p. 113). SISTEMA IV Sistema Siciliano (Compreende a Sicília, a Calábria - com exceção da faixa norte, que se prende ao sistema do sardo - e o Sul da Apúlia). Caracterizado pelo fechamento de e e o longos, que acabaram por se confundirem, respectivamente, com i e u. Tem-se atribuído essa tendência de fechamento das vogais à presença do elemento estrangeiro, pois são regiões com forte influência de adstrato e superstrato grego. SISTEMA IV Sistema Siciliano LATIM CLÁSSICO SISTEMA SICILIANO EXEMPLOS A ĕ É fele > fele stella > stilla I viride > virde ī ŏ Ó octo > ottu ū 10 vogais U 5 vogais nepote > nipute VOGAIS TÔNICAS E VOGAIS ÁTONAS NA LÍNGUA PORTUGUESA As vogais tônicas sofreram as alterações semelhantes às que caracterizam o Latim Vulgar. Pela persistência da sua tonicidade, mantiveram-se: a, é, ê, i, ó, ô, u As exceções justificam-se por causas fonéticas, analógicas, ou pela introdução de palavras eruditas na língua. VOGAIS ÁTONAS 1. PRETÔNICAS - As vogais átonas antecedem a sílaba tônica. Estas podem, segundo a posição em que aparecem na palavra, dividir-se em: 3

4 1.1. PRETÔNICAS INICIAIS - quando se encontram em início de palavra. Estas ora permaneceram, ora desapareceram por aférese (supressão de um segmento no início de palavra): amicu > amigo (permaneceu) // acutu > agudo (permaneceu) episcopu > bispo (sofreu aférese) // acume > gume (sofreu aférese) 1.2. PRETÔNICAS MEDIAIS - Geralmente, o processo de evolução condenou-as ao desaparecimento, através da síncope (supressão de um segmento no meio de palavra): bonitate > bondade // honorare > honrar // computare > contar 2. POSTÔNICAS - Se as vogais átonas se encontram após a sílaba tônica, denominam-se postônicas. Estas podem, segundo a posição em que aparecem na palavra, dividir-se em: 2.1. POSTÔNICAS MEDIAIS - No interior de palavra, em posição adjacente à tônica, acabaram por desaparecer, por meio de síncope: viride > verde // lepore > lebre // opera > obra 2.2. POSTÔNICAS FINAIS - Em posição final, as vogais i e u das palavras latinas passaram a e e o, respectivamente: vivi > vive // vesti > veste campu > campo // libru > livro Quando a vogal postônica é precedida de uma consoante que pode formar sílaba com a vogal anterior, sofre geralmente apócope (supressão de fonema ou sílaba no final de palavra): male > mal bene > bem amare > amar cruce > cruze > cruz As vogais a e e, em posição postônica final, mantiveram-se inalteráveis: aqua > água // Cicero > Cícero As vogais átonas postônicas estão sujeitas a síncopes frequentes. O italiano, o sardo e o romeno conservam-nas quase sempre; o francês, o provençal e o catalão tendem a eliminá-las; o português e o espanhol ocupam, por assim dizer, posição intermediária. LATIM ITALIANO FRANCÊS PROVENÇAL CATALÃO PORTUGUÊS ESPANHOL Duodecum dodici douze dotze dotze Doze doce DITONGOS No Latim Clássico havia três ditongos: ae, au, oe. Entretanto, o Latim Vulgar apresentava tendência para reduzir esses ditongos a vogais simples. Na passagem para o português temos: ae > é: caelu > céu au > ou ou au: audace > audaz // aula > aula // tauro > touro oe > ê/é: poena > pena // foeno > feno O ditongo ou alterna com o ditongo oi, sem que seja explicável foneticamente: ouro e oiro // touro e toiro // louro e loiro // cousa e coisa Isto significa que a língua portuguesa possui dois ditongos de origem latina: au e ou (oi). Contudo, é fácil constatar que a língua portuguesa apresenta mais ditongos. O aparecimento destes dever-se-á à fase evolutiva dos romances (falares de origem românica). CAUSAS DA DITONGAÇÃO: resultado de determinados fenômenos fonéticos A. DITONGOS ORAIS 1. Por síncope da consoante intervocálica: vanitate > vaidade // vadi (t) > vai 2. Por vocalização (transformação de uma consoante em vogal): nocte > noite // regnu > reino 4

5 3. Por hipértese (transposição de um fonema de uma sílaba para outra): rabia > raiva // capio > caibo 4. Por alargamento (epêntese - adição de um fonema em interior de palavra - de uma semivogal para desfazer o hiato): arena > area > areia // credo > creo > creio 5. Por oclusão (fechamento ou abrandamento do timbre das vogais e e o, passando, respectivamente, a i e u): malo > mao > mau // velo > veo > véu // amatis > amades > amaes > amais B. DITONGOS NASAIS DITONGO -ÃO: O ditongo final -ão, do português moderno representa as formas do português arcaico - am, -ã, -õ, correspondentes às terminações latinas -anu, -ane, -one, -udine, -ant, -unt: veranu > verão paganu > pagão pane > pão cane > cão oratione > oração ratione > razão HIATOS multitudine > multidão solitudine > solidão dant > dão sunt > são A Língua Portuguesa apresenta, desde a sua fase arcaica, forte tendência para evitar os hiatos. Por via de regra, os hiatos desfazem-se: 1. Por meio da Crase (redução de duas vogais iguais a uma só): vedere > veer > ver // ponere > poor > pôr 2. Através da oclusão (fechamento do timbre das vogais e e o, passando, respectivamente, a i e u): caelo > ceo > céu // ego > eo > eu 3. Por alargamento (acrescentamento de uma semivogal epentética - acrescentamento de fonema ou sílaba no meio de palavra): pleno > cheo > cheio // freno > freo > freio CONSONANTISMO ROMÂNICO Estudo das transformações sofridas pelas consoantes latinas ao longo da sua evolução histórica para as línguas românicas. CONSOANTES SIMPLES: iniciais, mediais (surdas e sonoras) e finais CONSOANTES AGRUPADAS As consoantes simples iniciais do latim vulgar mantêm-se nas diferentes línguas românicas. O h- inicial era ligeiramente aspirado nas classes cultas de Roma, talvez por imitação do grego. Nas classes populares devia ser inteiramente mudo, pois dele não há vestígios nas línguas românicas. A sua conservação na escrita é fruto do espírito tradicionalista das escolas. Caso diferente é o do aparecimento de um h- inicial em Castelhano, que não remonta a um h- latino e sim a um f-, como em: facere > hacer (substrato ibérico, território basco povos pirineus). Menéndez Pidal admitiu, como base para explicação dessa mudança fonética, a possibilidade de um influxo de substrato ibérico. Como é sabido, a passagem f > h se deu não só no castelhano, mas também no gascão, isto é, em dois idiomas convizinhos do território basco (nos pirineus), língua em que não existe a consoante f. Outro argumento favorável a hipótese substratista é o de que o câmbio f- > h- se propagou do norte para o sul, isto é, dos dialetos confinantes com a língua basca para os demais falares da Península. Não se julgue, porém, que a tendência, de possível origem ibérica, para a eliminação do f- latino haja permanecido latente por vários séculos. O mais provável, como supôs Pidal e o aceitou Vidos, é que a passagem de f- para h- tenha começado no norte e nordeste da península entre as classes incultas da população. Cabe ainda observar que a passagem f > h não é exclusiva da região pirenaica: encontra-se em dialetos românicos do sul da Itália e dialetalmente no próprio latim. Por esses e outros motivos, vários romanistas se têm pronunciado contrariamente à tese substratista. Em latim, a letra C representava sempre o mesmo fonema /K/, isto é, ao contrário do português, soava do mesmo modo quer antes de a, o, u, quer antes de e, i. Por certo, precedendo vogal palatal (e, i), a 5

6 articulação do fonema se devia adiantar para a zona do palato; mas esses fatos pertenciam ao domínio da fonética e não da fonologia. Em Francês (e franco-provençal) o C também se palatalizou quando seguido de -a. Portanto, uma palavra como carru passou a pronunciar-se como kyarru. Se, porém, o -a estava em sílaba aberta (não travada por consoante ou semivogal), evoluiu para -e, como é normal no francês (fr. fata > fée). Há certo paralelismo entre a evolução de c + e, i e a de g + e, i. Também a letra G, em latim, representava um fonema único, estivesse ela seguida de a, o, u ou de e, i, ao contrário do português. Esse fonema era /g/, valor que tem em português quando seguido de -o. Em francês o g- seguido de -a também se palatalizou, tal como vimos para c + a. Também o a se conserva como tal em sílaba fechada: em sílaba aberta passa para e: gamba > jambe *galina (por gallina) > geline. Em relação às consoantes simples mediais, o caso mais notável é o da sonorização das surdas intervocálicas. Essa mudança é tão importante que Von Wartburg a considerou um dos traços fônicos decisivos para distinguir a România ocidental (que sonoriza) da România Oriental (que não sonoriza). A situação é, pois, em resumo a seguinte: sonorização no português, espanhol, catalão, provençal, francês, dialetos reto-românicos, norte da Itália; conservação da surda: romeno, italiano, parte da Sardenha, sul da Córsega. Deve-se ainda observar que, na România Ocidental, há que fazer uma subdivisão. Numa área, que fica ao sul, a surda passa simplesmente a sonora (português, espanhol, catalão, provençal); noutra área, norte-oriental, a sonora ainda se fricatiza (se era oclusiva) e, em certos casos, vai até ao desaparecimento (francês, franco-provençal, reto-românico). Em relação à causa do fenômeno, também bastante se tem especulado. Há uma teoria substratista que procura ligar o fenômeno a ancestrais tendências célticas. Argumenta-se que no proto-celta houve um fenômeno de ordem geral denominado lenição céltica, que consistia num debilitamento das consoantes, principalmente quando intervocálicas. Por outro lado, a sonorização românica se verifica em regiões onde se pode assinalar um substrato céltico. Para W. Von Wartburg a evolução do grupo interno -ct é também um traço fônico decisivo para distinguir a România Ocidental da România Oriental. Essa evolução teria tido uma base comum: a fricatização do c, que se teria convertido numa fricativa dorsal surda. O fenômeno fonético de maior importância é o do destino do -s final na România. Para Von Wartburg, a mudança fonética mais diferenciadora e importante, e de maiores consequências entre todas as que ocorreu no interior da România, é sem dúvida a que oferece o tratamento do -s final. CONSONANTISMO NA LÍNGUA PORTUGUESA As consoantes iniciais do LV, de um modo geral, se conservam na passagem para o português: bucca > boca, cabbalu > cavalo, dare > dar, feroce > feroz, gutta > gota, lacu > lago, male > mal, nocte > noite, pace > paz, rivu > rio, siccu > seco, tauru > touro. São raras as alterações: cattu > gato, vessica > bexiga, pallore > bolor. As consoantes mediais surdas passam a sonoras: sapere > saber, vita > vida, pacare > pagar, facere > fazer, profectu > proveito, rosa > rosa (/rossa/ > /roza/). As mediais sonoras têm três destinos: a) síncope: crudu > cruu > cru, gelare > gear, granu > grão, lana > lãa > lã, persona > pessõa > pessoa; 6

7 b) permanência: paganu > pagão, amare > amar; c) alteração: dubitare > duvidar (degeneração -b- > -v-). As consoantes finais, todas sofreram apócope, exceto o -s: Deus > Deus, Marcus > Marcos, amas > amas, debemus > devemos, magis > mais; o -r permaneceu sofrendo metátese (é a transposição de sons dentro de uma mesma cadeia sintagmática): semper > sempre, quattor > quatro, super > sobre; o -m final, que já era muito débil, tanto no Latim Clássico quanto no Latim Vulgar, permaneceu na escrita para indicar a ressonância nasal: cum > com, quem > quem. Quanto aos grupos consonantais, façamos uma síntese, apontando os casos principais: os grupos iniciais terminados em -r se conservam: cruce > cruz, dracone > dragão, gradu > grau, pratu > prado; os terminados em -l sofrem palatalização, uma das inovações do galego-português (clave > chave, flamma > chama, pluvia > chuva), ou modificam o -l- para -r- (clavu > cravo, flaccu > fraco, placere > prazer). Consoantes agrupadas Dentre os grupos consonantais mediais, destacam-se os representados pelas consoantes duplas ou geminadas (grupos homogêneos). Como estas eram pronunciadas duplamente, sofreram apenas simplificação, no próprio LV, ao contrário das consoantes simples, que desapareceram ou sofreram algum tipo de alteração. Ex.: sabbatu > sábado, bucca > boca, additione > adição, effectu > efeito, aggravare > agravar, capillu > cabelo, flamma > chama, pannu > pano, suppa > sopa, gutta > gota. Alguns grupos consonantais mediais formaram-se pela síncope de uma consoante medial, no próprio LV, outros já existiam, sofrendo diversos tipos de evolução. Por exemplo: a) palatalização (dígrafos -lh- e -ch-): oc(u)lu > olho, teg(u)la > telha (a par de reg(u)la > regra), rot(u)la > *rocla > rolha, inflare > inchar; b) conservação: membru > membro, nigru > negro, intrare > entrar; c) alteração: lacrima > lágrima, duplare > dobrar, lepore > *leb(o)re > lebre. Nos grupos consonantais disjuntos (em sílabas diferentes), do tipo -ps-, -rs-, a segunda consoante assimilou a primeira (assimilação regressiva): ipse > esse, persicu > pêssego. Trata-se de fenômeno que remonta ao próprio LV, pois no Appendix Probi aparece persica non pessica. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática latina: curso único e completo. 29. ed. São Paulo: Saraiva, BASSETTO, Bruno Fregni. Elementos de filologia românica: história interna das línguas românicas. Vol. 2. São Paulo: EDUSP, ELIA, Silvio. Caracteres gerais das línguas românicas. In:. Preparação a Linguística Românica. Rio de Janeiro: Livro Técnico, ILARI, Rodolfo. Linguística Românica. São Paulo: Ática, LAUSBERG, H. Linguística Românica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, VIDOS, B. E. Manual de Linguística românica. Madrid: Gredos,

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