Comissão de Biossegurança do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

Transcrição

1 Comissão de Biossegurança do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

2 NR-32 tadoras/nr_32.pdf Consideram-se Agentes Biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons.

3 Lei de Biossegurança Lei nº , de 24 de Março de 2005 OGM e seus derivados RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 02, de 27 de novembro de html Dispõe sobre a classificação de riscos de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os níveis de Biossegurança a serem aplicados nas atividades e projetos com OGM e seus derivados em contenção.

4 Classes de Risco NR-32

5 Os níveis de Biossegurança recomendados para um dado agente, representam as condições nas quais o agente pode ser manuseado com segurança

6 Baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade Baixa probabilidade de causar doença ao ser humano NB-1

7 NB-1 Treinamento específico Supervisão de um responsável Pia para lavar as mãos Bancadas impermeáveis e de fácil descontaminação

8 NB-1 Extremo cuidado com Agulhas contaminadas e instrumentos cortantes Acidente percutâneo Exposição da membrana mucosa Ingestão de material infeccioso Aerossóis Respingos

9 NB-1

10 Moderado risco individual para o trabalhador e para a comunidade Baixa probabilidade de disseminação para a coletividade Podem causar doenças ao ser humano Há profilaxia e tratamento Bactérias, parasitas, fungos, vírus NB-2 Treponema pallidum Vibrio cholerae

11 NB-2 Plasmodium falciparum Vírus hepatite C Staphylococcus aureus

12 NB-2 NB-2 Poliovírus Toxocara canis Vírus Influenza Herpes simplex virus Trypanosama cruzi

13 NB-2 Schistosoma mansoni

14 NB-2 Treinamento adequado Supervisão de um responsável Acesso limitado durante os procedimentos Símbolo de risco biológico Imunização Autoclave para descontaminação de resíduos no local de geração

15 Utilize CSB classe II para agentes infecciosos Aerossóis e respingos Grandes volumes Elevadas concentrações NB-2

16 NB-3 Elevado risco individual para o trabalhador Probabilidade de disseminação para coletividade Pode causar doenças graves ao ser humano Risco a quem o manipula Potencialmente transmitido por aerossóis Nem sempre há tratamento ou profilaxia

17 NB-3 Vírus da raiva Vírus da febre amarela HIV-1 Yersinia pestis Histoplasma capsulatum

18 NB-3 Cápsula do Bacillus anthracis Prion HTLV

19 NB-3 A separação física entre instalações NB-3 das demais instalações, laboratórios ou corredores de acesso deve ser por sistema de dupla porta, com fechamento automático por inter-travamento e com sala para troca de roupas, chuveiros, bloqueio de ar e outros dispositivos, para acesso em duas etapas O sistema de ar nas instalações deve ser independente e deve prever uma pressão diferencial e fluxo unidirecional de modo a assegurar diferencial de pressão que não permita a saída do agente de risco. No sistema de ar devem estar acoplados manômetros, com sistema de alarme, que acusem qualquer alteração sofrida no nível de pressão exigido para as diferentes salas

20 NB-3 As janelas das instalações devem ser lacradas, com vidros duplos de segurança Deve existir autoclave para a descontaminação de resíduos, localizada no interior das instalações, com sistema de dupla porta individual Todo o líquido efluente das instalações deverá ser descontaminado antes de liberado no sistema de esgotamento sanitário, através do tratamento em caixas de contenção

21 NB-3 Não deve existir exaustão do ar para outras áreas do prédio. O ar de exaustão não deve, portanto, ser recirculado e deverá ser filtrado através de filtro HEPA antes de ser eliminado para o exterior das instalações, devendo haver verificação constante do fluxo de ar nas instalações Todos os procedimentos que envolverem a manipulação de OGM de classe de risco 3 devem ser conduzidos dentro de cabines de segurança biológica Classe II ou III. Os manipuladores devem utilizar equipamentos de proteção individual

22 NB-3 CSB classe II ou III

23 NB-4 Elevado risco individual para o trabalhador Elevada probabilidade de disseminação para a coletividade Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo para o outro Pode causar doenças graves ao ser humano Não há profilaxia ou tratamento eficazes doença fatal vírus Junin vírus Ebola vírus de Marburg

24 NB-4 Grande poder de transmissibilidade Transmissão Via respiratória aerossóis Membrana mucosa e/ou pele lesionada - gotículas Auto-inoculação Desconhecida Vírus e Micoplasmas RDC 306 ANVISA

25 NB-4 Cabine classe III Macacão com pressão positiva e ventilado por sistema de suporte de vida Prédio separado Ventilação especial Gerenciamento especial de lixo

26 HIV-1 60 o C 7 min 56 o C 10 a 20 min 37 o C 6 a 11 dias Solução aquosa TA 15 dias Vírus seco 3 a 7 dias Sonicar / UV resistente Álcool 70% - 10 min suspensão (não efetivo para vírus seco) Formaldeído 1% - 10 min Hipoclorito 0,1-0,5% - 10 min HBV Vírus seco a 25 o C 7 dias 56 o C 10 min 37 o C 6 a 11 dias Solução aquosa TA 15 dias Vírus seco 3 a 7 dias 60o C 5 horas Hipoclorito 0,05-5% - 10 min Álcool 70% Autoclave HCV Autoclave 121 o C min Hipoclorito 0,1-5% min Álcool 70-85% min Formaldeído 4-8% min H 2 O 2 6% min Matéria orgânica inativa o hipoclorito usar concentração e/ou tempo maior

27 Óculos de Proteção Sapatos fechados Avental, de algodão, com manga comprida Avental com punho Protetor facial

28 Máscara Luvas adequadas ao procedimento Touca

29 Chuveiro e lava-olhos Cabine de Segurança Biológica

30 NÃO ACREDITE QUE SEU TRABALHO É INÓCUO SÓ PORQUE VOCÊ AINDA NÃO SOFREU UM ACIDENTE UM DIA ISSO PODE ACONTECER Slide cedido por Antonio Carlos Magnanelli

31 Dra. Maria Carmen Arroyo Sanchez Laboratório de Soroepidemiologia e Imunobiologia Instituto de Medicina Tropical de São Paulo Universidade de São Paulo arroyo@usp.br Fone: