Microrganismos indígenas do Homem

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1 Relações hospedeiro-parasita, Acção patogénica dos microrganismos Thomas Hänscheid Microrganismos indígenas do Homem Nascimento estéril Colonização por biliões de microrganismos Pele, mucosas nasal, bucal, intestinal, vagina Nenhum ser vive só! Microrganismos indígenas do Homem Microrganismos indígenas do Homem Adulto médio células totais = biliões células humanas = biliões 90 biliões de células são microrganismos Só 10% de nós é humano! Savage, 1977; Ann Rev Microbiol 31:

2 Microrganismos indígenas do Homem - Benefícios Estimulação precoce da imunidade Prevenção da colonização por microrganismos patogénicos Síntese de substâncias essenciais (ex. Vitaminas K, B) Microrganismos indígenas do Homem - Inconvenientes Potencial disseminação para locais previamente estéreis Desenvolvimento excessivo de microrganismos potencialmente patogénicos: após alteração das condições locais após terapêutica antibiótica após imunossupressão O perigo : Microrganismos patogénicos vírus bactérias fungos, parasitas 2

3 Are we all going to die? 3

4 4

5 Microrganismos indígenas do Homem Hygiene hypothesis Origem da infecção Endógena Exógena Aquisição de microrganismos Transmissão de microrganismos Porta de entrada Porta de saída Reservatório Vector Horizontal Vertical 5

6 Reservatórios e Vectores Microganismos e doença microrganismos sempre associados a doença Mycobacterium tuberculosis Vibrio cholerae Yersinia pestis microrganismos frequentemente associadas a doença Staphylococcus aureus Streptococcus pyogenes Pneumococcus microrganismos raramente associadas a doença Corynebacterium spp. (excepto C. diphtheriae) Bacillus spp. (excepto B. anthracis) Brucella spp. Salmonella spp. Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Transmissão de Microrganismos Transmissão de Microrganismos fecal - oral vírus da influenza Mycobacterium tuberculosis coronoavirus, SARS Salmonella spp. Vibrio cholerae Shigella spp. Transmissão de Microrganismos sexual Transmissão de Microrganismos através de vector HIV vírus de hepatite B e C Chlamydia spp. Plasmodium spp. (malária) vírus da febre amarela 6

7 Transmissão de Microrganismos zoonose, sem vector Transmissão de Microrganismos zoonose, com vector Brucella spp. vírus da raiva Trypanosoma spp. (doença do sono) Controlo da Transmissão Fecal - Oral Saneamento básico Água potável Sexual Barreira física (preservativo) Redução da promiscuidade Controlo da Transmissão Sanguínea Controlo agulhas, transfusões Zoonoses Controlo da infecção animal Respiratória Não controlável Virulência Aderência Colonização Invasão Penetração, progressão e multiplicação Produção de toxinas Exotoxinas, endotoxinas Fuga aos mecanismos de defesa do hospedeiro Eliminação e transmissão Virulência Aderência Ligação a receptores celulares específicos Estruturas microbianas específicas: pili, ácido lipoteicoico Estruturas microbianas inespecíficas: biofilme, slime 7

8 Aderência Aderência Aderência Virulência Capacidade invasiva Penetração de barreiras anatómicas Inibição ou neutralização de mecanismos humorais de defesa Inactivação de mecanismos celulares de defesa Virulência Capacidade invasiva Virulência Produção de toxinas Exotoxinas Proteínas libertadas para o exterior do microrganismo, permanecendo este vivo Endotoxinas Lipopolissacáridos que são parte integrante da parece celular microbiana. Libertam-se quando há lise do microrganismo 8

9 Virulência Fuga aos mecanismos de defesa Fuga aos mecanismos de defesa Localização privilegiada Localização privilegiada (intracelular ou outra) Mimetismo antigénico Revestimento com moléculas do hospedeiro Tolerância Variação antigénica Imunossupressão Fuga aos mecanismos de defesa Mimetismo antigénico Revestimento com moléculas do hospedeiro Fuga aos mecanismos de defesa Tolerância Variação antigénica Fuga aos mecanismos de defesa Imunossupressão Estabelecimento da infecção Colonização Aderência Invasão Penetração, multiplicação Produção de toxinas Endotoxinas; Exotoxinas Fuga aos mecanismos de defesa do hospedeiro 9

10 Organism Infectious dose Survival time Adenovirus types 1, 2, 3, 150 plaque forming units intranasal 4, 5 and 7 Bacillus anthracis inhalation Up to 70 years Campylobacter jejuni/coli 500 organisms or less (by ingestion) 1-7 days EHEC E. coli Appears to have low infectious dose, may be 2-10 days in food, up to 2 months in soil similar to that of Shigella spp.,10 organisms by ingestion Cryptosporidium parvum ID50=132 Oocysts 3-6 months in moist environment Hepatitis B virus? Survives in dried blood for weeks, stable on environmental surfaces 7 days at 25 C HIV? Drying in environment causes rapid (within several hours) 90-99% reduction in HIV concentration Mycobacterium tuberculosis 10 bacilli by inhalation Guinea pig carcasses - 49 days; carpet - up to 70 days; dust - 90 to 120 days; cockroaches - 40 days; manure 45 days; paper book days; sputum (cool, dark location) - 6 to 8 months; clothing - 45 days Salmonella 100-1,000 organisms - ingestion Long periods Shigella organisms by ingestion Feces up to 11 days; flies - up to 12 days; water - 2 to 3 days; shirts of patients - 8 days Vibrio cholerae organisms byingestion Dust - 3 to 16 days; feces - up to 50 days; glass - up to 30 days; metal coins - 7 days; finger tip - 1 to 2 hours; soil - 16 days; survives well in waters Organism Infectious dose Survival time Adenovirus types 1, 2, 3, 150 plaque forming units intranasal 4, 5 and 7 Bacillus anthracis inhalation Up to 70 years Campylobacter jejuni/coli 500 organisms or less (by ingestion) 1-7 days EHEC E. coli Appears to have low infectious dose, may be 2-10 days in food, up to 2 months in soil similar to that of Shigella spp.,10 organisms by ingestion Cryptosporidium parvum ID50=132 Oocysts 3-6 months in moist environment Hepatitis B virus? Survives in dried blood for weeks, stable on environmental surfaces 7 days at 25 C HIV? Drying in environment causes rapid (within several hours) 90-99% reduction in HIV concentration Mycobacterium tuberculosis 10 bacilli by inhalation Guinea pig carcasses - 49 days; carpet - up to 70 days; dust - 90 to 120 days; cockroaches - 40 days; manure 45 days; paper book days; sputum (cool, dark location) - 6 to 8 months; clothing - 45 days Salmonella 100-1,000 organisms - ingestion Long periods Shigella organisms by ingestion Feces up to 11 days; flies - up to 12 days; water - 2 to 3 days; shirts of patients - 8 days Vibrio cholerae organisms byingestion Dust - 3 to 16 days; feces - up to 50 days; glass - up to 30 days; metal coins - 7 days; finger tip - 1 to 2 hours; soil - 16 days; survives well in waters 10

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