II ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA OS MUNICÍPIOS DE MS.
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- Luiz Gustavo Neto Macedo
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1 II ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA OS MUNICÍPIOS DE MS. Rita de Cássia do Prado Guido Gameiro (1) Engenheira Civil pela UNICAMP. Especialista em Saneamento Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Carlos Nobuyoshi Ide Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Adjunto do Departamento de Hidráulica e Transportes do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atual Coordenador do Programa de Mestrado em Tecnologias Ambientais da UFMS Jorge Gonda Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Mestre em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos - USP. Professor Titular do Departamento de Hidráulica e Transportes do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Luís Fernando de Souza Gameiro Engenheiro Civil pela UNICAMP. Administrador de Empresas pela Universidade Mackenzie. Engenheiro da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul - SANESUL Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Luiz Augusto Araujo do Val Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Uberlândia. Mestre em Planejamento de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia - IME. Professor Assistente do Departamento de Hidráulica e Transportes do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Endereço (1) : Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - Departamento de Hidráulica e Transportes - Cidade Universitária s/n. - Caixa Postal CEP: Campo Grande - MS - Brasil - Tel: (0xx67) ramal Fax: (0xx67) cide@nin.ufms.br. RESUMO Este trabalho apresenta os resultados da avaliação de quatro diferentes Sistemas de Tratamento de Esgoto Sanitário, no que diz respeito aos custos de implantação, operação e manutenção, índices de eficiência de tratamento e área requerida para a sua implantação, para obtenção de soluções, que aliem a satisfação dos índices de qualidade do efluente, ao menor custo de implantação e manutenção da unidade de tratamento. A análise comparativa foi realizada para os sistemas: Única; Lagoa Anaeróbia seguida de ; ; e seguido de, tomando-se como base os municípios do Estado de Mato Grosso do Sul, no que diz respeito à população, características do efluente a ser tratado, custos de instalação, operação e manutenção. Comparando-se os diversos sistemas no que diz respeito a seus custos de implantação e custos totais, observou-se que os sistemas constituídos unicamente por lagoas, são os mais indicados, para municípios com população inicial de projeto de até habitantes, e que o sistema, apesar de, na maioria das situações, apresentar menor custo de implantação, apresenta também uma eficiência, em média, 10% inferior à eficiência dos demais sistemas analisados. PALAVRAS-CHAVE: Análise de Custos, Tratamento de Esgoto,, Lagoas de Estabilização, Mato Grosso do Sul. ABES Trabalhos Técnicos 1
2 INTRODUÇÃO A conscientização quanto à necessidade de se preservar os corpos aquáticos é conseqüência da escassez crescente dos recursos hídricos. Os órgãos ambientais tem tido um papel importante neste processo, uma vez que o estabelecimento de padrões de qualidade, para a emissão de efluentes de sistemas de tratamento de esgotos, obrigou as empresas responsáveis pela disposição dos esgotos a buscar tecnologias apropriadas. Por outro lado, os recursos financeiros disponíveis para investimento em programas de saneamento básico são limitados, o que torna necessária a busca da máxima eficiência econômica dos sistemas de tratamento de esgotos. Com o objetivo de aliar a viabilidade financeira do empreendimento e a satisfação dos índices de qualidade do efluente do tratamento, são apresentados neste estudo, quatro diferentes propostas de Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários, e seus respectivos custos de implantação e manutenção, índices de eficiência de tratamento e área requerida para a sua implantação. Este estudo comparativo tem como base os municípios do Estado do Mato Grosso do Sul, no que diz respeito à população, características de operação, manutenção e instalação, e seus respectivos custos, se propondo a avaliar sistemas de baixo custo compatíveis com as características geográficas da região. Permite também, de forma expedita, determinar os custos de implantação, operação e manutenção de diversos tipos de sistemas e níveis de tratamento. Não são considerados neste estudo, Sistemas de Tratamento de Esgoto que utilizem equipamentos e operação especializada, uma vez que a grande maioria dos municípios não dispõe de suporte técnico para a rápida solução de problemas mecânicos dos equipamentos, e a distância da capital do Estado dificulta a manutenção dos equipamentos e a contratação de pessoal especializado. Os sistemas analisados, são os abaixo relacionados: Única; Lagoa Anaeróbia seguida de ; ; seguido de. As lagoas de estabilização foram escolhidas como a principal forma de tratamento, por requererem procedimentos simples de operação e manutenção, além de serem adequadas às características regionais de temperatura, relevo e ocupação urbana. Os reatores de manta de lodo, tipo, são utilizados neste estudo comparativo por ser o processo mais comumente usado no Estado. O reator, de forma tronco cônica, foi desenvolvido e difundido pela SANEPAR (Empresa de Saneamento do Paraná). METODOLOGIA O dimensionamento das unidades de tratamento, baseou-se na definição das populações de projeto que fossem representativas para os municípios de Mato Grosso do Sul, bem como os demais parâmetros de projeto, necessários à caracterização do efluente a ser tratado, que foram obtidos a partir da análise dos hábitos de consumo, tipo de ocupação urbana, perspectivas de crescimento populacional e das condições físicas e climatológicas dos municípios. Dos 77 municípios do Estado, 67 apresentam população residente na área urbana, abaixo dos habitantes (IBGE, 1996), o que representa 87% dos municípios e 35% da população urbana do Estado. Os municípios foram separados por faixas de população, estabelecendo-se os seguintes limites: Até 2.0 habitantes De 2.0 à habitantes De à 7.0 habitantes De 7.0 à habitantes De à habitantes De à habitantes Acima de habitantes 2 ABES Trabalhos Técnicos
3 Foram utilizados para dimensionamento das unidades de tratamento de esgotos sanitários, os valores limites superiores de cada faixa. Para efeito de projeção de população de projeto para o horizonte de 20 anos, foi feito o levantamento da população do Estado, nos anos de 1991 e A partir destes dados estimou-se a taxa de crescimento anual, e fez-se a projeção de população para o ano de Cabe ressaltar que esta projeção tem como objetivo a obtenção teórica de vazões de início e final de projeto. A vazão a ser tratada foi estimada em função da vazão do esgoto produzido e da vazão de infiltração. Os valores de contribuição per capita, variam bastante, e geralmente refletem o consumo de água e a produção de esgoto de países desenvolvidos, situando-se na faixa entre a L/hab.dia (ANDRADE NETO E CAMPOS,1999). Segundo VAN HAANDEL (1994), dados experimentais indicam o consumo de água abaixo de L/hab.dia em regiões de população de baixa renda. Desta forma, foi adotado o consumo médio de água por habitante de L/dia. A relação entre a vazão de esgoto que tem acesso ao sistema coletor e a vazão de água distribuída à população, varia entre 0,70 e 1,30. Foi adotado o valor mais comumente utilizado, que é 0,80 (ANDRADE NETO E CAMPOS, 1999). A infiltração foi estimada como 15% da vazão média (HAMMER, 1979). Conforme ANDRADE NETO E CAMPOS (1999) a curva de variação diária típica da vazão de esgotos apresenta: Q min = 0,5 Q méd e Q máx = 1,5 Q méd Para determinação da vazão da hora de maior consumo no dia de maior consumo, tem-se o coeficiente do dia de maior consumo, variando entre 1,2 à 1,5, comumente 1,25, e o coeficiente da hora de maior consumo, variando entre 1,5 e 1,3, comumente 1,5. Estes coeficientes foram aplicados à vazão média. As vazões de projeto utilizadas neste estudo, encontram-se resumidas abaixo, na Tabela 1. Para o dimensionamento das lagoas, utilizou-se a vazão média, mas para o reator, cujo tempo de detenção é menor que 1 dia, foram considerados os coeficientes da hora e do dia de maior consumo. Tabela 1: Vazões de Projeto. População Inicial (hab.) População Final (hab.) Produção de Esgoto (m³/dia) Infiltração estimada em 15% (m³/dia) Vazão Final Média (m³/dia) Um dos parâmetros mais significativos em termos de dimensionamento de sistemas de tratamento é a DBO 5, que para o presente trabalho foi considerado o valor estabelecido pela NB- 570/1990 que é de 54g de DBO 5 /hab.d. Para a DQO, considerou-se a razão normalmente encontrada em esgotos domésticos, de DQO/DBO 5 = 2 (VAN HAANDEL, 1994). Considerou-se também, em função da temperatura média anual da região, o valor de 20 C para a temperatura do líquido. Com base nestes parâmetros, foram dimensionadas as unidades de tratamento para as populações de projeto de 2.0, 5.000, 7.0, , e habitantes. Deste dimensionamento, resultou a área necessária à implantação de cada unidade de tratamento. Foi feita então a quantificação dos serviços necessários à execução e implantação das obras, não sendo considerados os serviços necessários à solução de problemas específicos, tais como rebaixamento de lençol, escavação em rocha, obras de contenção e vias de acesso. Os custos de implantação foram, então, orçados com base na tabela de preços unitários da SANESUL e em custos de aquisição de tubulações e equipamentos disponíveis em concorrências públicas da SANESUL e SABESP. Nestes custos, não foram incluídos os custos de aquisição da área requerida para cada um dos sistemas. Os custos de manutenção foram estimados com base nos custos de equipamentos de laboratório, materiais de limpeza, equipamentos de segurança, materiais de consumo, ensaios de laboratório e mão-de-obra, para as faixas de população de até habitantes e de a habitantes. Estes custos são apresentados em termos de Valor Presente Líquido, considerando um horizonte de análise de 20 anos e taxa de desconto de 12% ao ano. ABES Trabalhos Técnicos 3
4 Este estudo comparativo não considerou, na avaliação dos custos de implantação da Unidade de Tratamento de Esgotos, a localização da área escolhida, o que pode levar à necessidade da construção de emissário para o transporte do esgoto desde os coletores até a ETE. Este é um item de custo significativo, que envolve um grande número de parâmetros, não permitindo uma consideração genérica como a que foi feita neste estudo. RESULTADOS E DISCUSSÕES OS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS FORAM, AVALIADOS COMPARATIVAMENTE EM RELAÇÃO A: eficiência na remoção de DBO 5 prevista; área requerida para implantação da unidade de tratamento; custo de aquisição da área e de implantação da unidade; custo de aquisição da área e de implantação, operação e manutenção da unidade para um horizonte de projeto de 20 anos. Conforme os valores apresentados na Tabela 2 (VON SPERLING, 1996 e CAMPOS, 1999), a eficiência dos sistemas de tratamento pelo critério de remoção de DBO 5, é praticamente a mesma, à exceção do sistema, que apresenta uma eficiência média de 68%, contra uma eficiência média de 79% para os demais. Para efeito de comparação entre os custos dos sistemas propostos, esta diferença foi, inicialmente, considerada não significativa, embora ciente que, em muitos casos, a elevação da eficiência de um sistema em 10%, não seja uma tarefa simples e de baixo custo. Tabela 2: Comparativo de eficiência na remoção da DBO 5 Sistemas de Tratamento Eficiência na Remoção da DBO 5 (%) Lagoa Anaeróbia Conforme pode ser observado no gráfico da Figura 1, os sistemas que requerem maior área, são também os que mais sofrem influência da população inicial de projeto sobre este aspecto. Para o sistema, a área requerida, praticamente independe da população inicial de projeto, enquanto que no extremo oposto, o sistema de tem sua área requerida aumentada em cerca de 70%, quando a população inicial de projeto é dobrada. Figura 1: Comparativo de área requerida Área (ha) População Inicial (hab.) + Facultativa 4 ABES Trabalhos Técnicos
5 Nos custos de implantação, que correspondem às instalações físicas da unidade, devem ser considerados também, os custos de aquisição da área. Por ser este um custo variável em função, tanto do porte do município, quanto da valorização área, pela sua localização em relação à sede do município, os resultados foram avaliados, adotando-se como variável, o custo do metro quadrado de terreno. Desta forma, considerando-se as características dos municípios, objeto do estudo, adotou-se o custo do metro quadrado do terreno, para efeito de comparação entre os sistemas, variando de zero a R$4,00/m 2, uma vez que para estes municípios, o custo médio dos terrenos não ultrapassa R$2,00/m 2. Na Tabela 3 são apresentados os custos de implantação, manutenção e operação, bem como a área requerida para cada faixa de população inicial e para cada sistema de tratamento considerado. Tabela 3: Custos e área requerida para cada sistema de tratamento. Área requerida Sistemas de Tratamento População Custo de Implantação Inicial Custo de Operação e até 2.0 de 2.0 a de a 7.0 Lagoa Anaeróbia Lagoa + + Facultativa Facultativa Facultativa Área requerida (m 2 ) , , , ,00 Custo de Implantação (R$) , , , ,99 Custo de Op. e Manut. (R$) , , , ,58 Área requerida (m 2 ) , , , ,00 Custo de Implantação (R$) , ,67.604, ,95 Custo de Op. e Manut. (R$) , , , ,58 Área requerida (m 2 ) , , , ,00 Custo de Implantação (R$) , , , ,03 Custo de Op. e Manut. (R$) , , , ,58 Área requerida (m 2 ) , , , ,00 Custo de Implantação (R$) , , , ,09 de 7.0 a Custo de Op. e Manut. (R$) , , , ,58 Área requerida (m 2 ) , , , ,00 de Custo de Implantação (R$) , , , ,82 a Custo de Op. e Manut. (R$) , , , ,76 Área requerida (m 2 ) 57.8, , , ,00 de Custo de Implantação (R$) , , ,11.603,28 a Custo de Op. e Manut. (R$) , , , ,76 Obs.: Custos em Reais a preços de janeiro de 0, e custos de operação e manutenção atualizados com taxa de desconto de 12% ao ano, para um período de 20 anos. Com base nas informações contidas na tabela acima, foram feitas diversas simulações no intuito de mostrar a variação dos custos de cada sistema em função do valor unitário do terreno, para cada faixa de população inicial, considerando ainda duas situações: uma, onde são computados apenas os custos de investimento inicial, e outra, onde são apresentados os custos totais, isto é, os custos de implantação, operação e manutenção, que são apresentadas nos gráficos das figuras abaixo. Estes gráficos permitem estimar os custos de implantação e custos totais, com base nos custos unitários do terreno. Conforme dito anteriormente, deve-se ter sempre em mente que, embora comparando diretamente os custos dos sistemas propostos, em termos de eficiência, os sistemas constituídos unicamente por lagoas apresentam rendimento superior àqueles constituídos por. Para municípios com até 2.0 habitantes, conforme Figura 2, observa-se que o sistema de menor custo total é o de, para custo do terreno até R$1,, e acima deste valor, o de Lagoa Anaeróbia seguida de. Entretanto, o sistema de menor custo de implantação, é o de, para custo do terreno até R$0,60/m 2, o sistema constituído por, e acima deste valor, o sistema. ABES Trabalhos Técnicos 5
6 Figura 2: Custos para municípios com população inicial de projeto de até 2.0 habitantes., Operação e Lagoa Anaer + Facult + Facultativa + Facultativa Para municípios com população inicial entre 2.0 e habitantes, conforme Figura 3, observa-se que o sistema de menor custo total é o de, para custo do terreno até R$1,00/m 2, e acima deste valor, o de Lagoa Anaeróbia seguida de. Entretanto, o sistema de menor custo de implantação, é o de, para custo do terreno até R$0,90/m 2, e acima deste valor, o sistema. Figura 3: Custos para municípios com população inicial de projeto entre 2.0 e habitantes., Operação e + Facultativa + Facultativa Para municípios com população inicial entre e 7.0 habitantes, conforme Figura 4, observa-se que o sistema de menor custo total, é o de, para custo do terreno até R$0,80/m 2, entre R$0,80/m 2 e R$3,80/m 2, é o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de, e acima deste valor, o sistema. Entretanto, o sistema de menor custo de implantação, é o de, para custo do terreno até R$1,00/m 2, e acima deste valor, o sistema. 6 ABES Trabalhos Técnicos
7 Figura 4: Custos para municípios com população inicial de projeto entre e 7.0 habitantes., Operação e + Facultativa + Facultativa Para municípios com população inicial entre 7.0 e habitantes, conforme Figura 5, observa-se que o sistema de menor custo total é o de, para custo do terreno até R$0,70/m 2, entre R$0,70/m 2 e R$3,40/m 2 é o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de, e acima deste valor, o sistema. Entretanto, o sistema de menor custo de implantação é o de, para custo do terreno até R$0,80/m 2, entre R$0,80/m 2 e R$1,20/m 2, é o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de, e acima deste valor, o sistema. Figura 5: Custos para municípios com população inicial de projeto entre 7.0 e habitantes., Operação e + Facultativa + Facultativa Para municípios com população inicial entre e habitantes, conforme Figura 6, observa-se que o sistema de menor custo total é o de, para custo do terreno até R$0,70/m 2, e acima deste valor, o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de. Entretanto, o sistema de menor custo de implantação é o de, para custo do terreno até R$0,70/m 2, entre R$0,70/m 2 e R$1,30/m 2, é o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de, e acima deste valor, o sistema. ABES Trabalhos Técnicos 7
8 Figura 6: Custos para municípios com população inicial de projeto entre e habitantes , Operação e Facultativa + Facultativa Para municípios com população inicial entre e habitantes, conforme Figura 7, observa-se que o sistema de menor custo total é o de, para custo do terreno até R$0,70/m 2, e acima deste valor, o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de. Entretanto, o sistema de menor custo de implantação é o de, para custo do terreno até R$0,60/m 2, entre R$0,60/m 2 e R$1,/m 2, é o sistema de Lagoa Anaeróbia seguida de, e acima deste valor, o sistema. Figura 7: Custos para municípios com população inicial de projeto entre e habitantes , Operação e + Facultativa + Facultativa Analisando os custos apresentados nas figuras 2 a 7, observa-se que os sistemas constituídos unicamente por lagoas, são os que apresentam menores custos totais, tendo-se como limite, R$4,00/m 2 para o custo do terreno. Observa-se ainda, que o sistema, só apresenta custos inferiores às lagoas quando considera-se apenas os custos de implantação, e para custo do terreno superior a R$0,60/m 2, para municípios com população inicial de projeto até 2.0 habitantes, e para custo do terreno superior a R$1,/m 2, para municípios com população inicial de projeto entre e habitantes. Estes gráficos apresentam, também, uma tendência, indicando os sistemas constituídos por s, para municípios com população inicial de projeto maiores que habitantes. 8 ABES Trabalhos Técnicos
9 Por outro lado, questionando-se a equivalência de eficiência, assumida inicialmente, entre o sistema e os demais, pode-se dizer, que para este sistema ser comparado aos constituídos unicamente por lagoas, será necessário fazer um pós-tratamento do efluente do sistema, o que pode ser, por exemplo, o sistema seguido de. Desta forma, excluindo-se o sistema da comparação, observa-se que o sistema seguido de Lagoa Facultativa só passa a apresentar custo total inferior ao de Lagoa Anaeróbia seguida de, para municípios com população inicial de projeto de até 2.0 habitantes, para custo de terreno acima de R$11,60/m 2, e para municípios com população inicial de projeto de entre e habitantes, acima de R$9,70/m 2. Ainda nestas condições, o sistema seguido de só passa a apresentar custo de implantação inferior ao de Lagoa Anaeróbia seguida de, para municípios com população inicial de projeto de até 2.0 habitantes, para custo de terreno acima de R$2,70/m 2, e para municípios com população inicial de projeto de entre e habitantes, acima de R$4,00/m 2. O que vem a reforçar, para estes municípios, a indicação de sistemas constituídos unicamente por lagoas, preterindo-se aqueles constituídos por s. CONCLUSÕES Da análise dos dados apresentados, observa-se que para os municípios nas faixas de população analisadas (de 2.0 a habitantes), com as características topográficas e de ocupação urbana da maioria das cidades do Mato Grosso do Sul, os sistemas de tratamento de esgoto constituídos unicamente por Lagoas são os mais indicados, apresentando custos totais que podem chegar a cerca de % dos custos totais dos sistemas constituídos por s. Os custos de implantação (sem considerar a aquisição do terreno), mantiveram o mesmo padrão para todas as faixas de populações de projeto escolhidas, tendo resultado na seguinte ordem em valores crescentes: 1 ; 2 Lagoa Anaeróbia seguida de ; 3 ; 4 seguido de. Observa-se ainda nestes municípios que os sistemas de tratamento de esgoto constituídos unicamente por Lagoas apresentaram melhores resultados, quanto aos custos de implantação, ainda que sejam considerados os valores referentes a aquisição de grandes áreas para sua implantação, uma vez que custos dos terrenos urbanos na maioria destes municípios, no Estado de Mato Grosso do Sul, não ultrapassam R$ 2,00/m². A influência do custo do terreno se torna sensivelmente menos importante, quando se consideram na análise os custos de operação e manutenção. Considerando que deve ser evitada a análise comparativa de sistemas, apenas pelo custo de implantação, onde são desprezados os custos de operação e manutenção, pode-se concluir que, para municípios de até habitantes, os custos do terreno terão pouca influência na decisão de escolha entre os sistemas. Observa-se também que existe uma tendência dos sistemas mais compactos, os constituídos por s, serem os mais indicados para municípios maiores. E da mesma forma, para municípios maiores que habitantes, os custos do terreno tanto mais influenciarão na análise comparativa quanto maior for o município. É importante ressaltar que, quando a comparação é feita com o sistema, sem pós tratamento, o custo não é o único fator a ser analisado, uma vez que sua eficiência pode não ser suficiente para atendimento às exigências, quanto ao padrão de lançamento no corpo receptor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário (NBR12209 antiga NB570), ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário (NBR9649 antiga NB 567) ABES Trabalhos Técnicos 9
10 3. ANDRADE NETO, Cícero Onofre de; CAMPOS, José Roberto. Introdução. in: CAMPOS, José Roberto (coordenador). Tratamento de esgotos sanitários por processo anaeróbio e disposição controlada no solo. Rio de Janeiro, ABES, 1999, 464p. 4. CHERNICHARO, Carlos Augusto de Lemos; VAN HAANDEL, Adrianus C.; AISSE, Miguel Mansur; CAVALCANTI, Paulo Frassinetti Feitosa. Reatores anaeróbios de manta de lodo. in: CAMPOS, José Roberto (coordenador). Tratamento de esgotos sanitários por processo anaeróbio e disposição controlada no solo. Rio de Janeiro, ABES, 1999, 464p. 5. HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1979, 563p. 6. KELLNER, Erich; PIRES, Eduardo Cleto. Lagoas de estabilização: projeto e operação. Rio de Janeiro, ABES, 1998, 244p. 7. PESSOA, Constantino Arruda; JORDÃO, Eduardo Pacheco. Tratamento de esgotos domésticos. Rio de Janeiro, ABES, 1982, 536p. 8. SILVA, Salomão Anselmo; MARA, David Duncan. Tratamento biológico de águas residuárias. Lagoas de estabilização. Rio de Janeiro, ABES, 1979, 140p. 9. VAN HAANDEL, Adrianus C.; LETTINGA, Gatze. Tratamento anaeróbio de esgotos. Um manual para regiões de clima quente. Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 1994, 232p. 10. VON SPERLING, Marcos. Lagoas de Estabilização. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. v.3, DESA-UFMG, Belo Horizonte, 1996,134.p 11. VON SPERLING, Marcos. Princípios básicos do tratamento de esgotos. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. v.2, DESA-UFMG, Belo Horizonte, 1996, 134.p 10 ABES Trabalhos Técnicos
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