Os Conselhos Gestores e a lógica da institucionalização da participação política na esfera pública brasileira

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1 Os Conselhos Gestores e a lógica da institucionalização da participação política na esfera pública brasileira Renata S. Schevisbiski O cenário político contemporâneo tem sido marcado pela problemática da revitalização e do aprofundamento da democracia. Isso se deve ao processo de enfraquecimento da esfera pública influenciado pelo distanciamento dos cidadãos em relação à política e suas instituições tradicionais. A lógica privatista das sociedades contemporâneas contribui nesse sentido para afetar a ação política, gerando uma espécie de cidadãos-consumidores, voltados exclusivamente para a satisfação pessoal e a busca de interesses particulares. Nesse contexto, uma das principais questões que emergem é o problema da participação política, do engajamento cívico e de uma cidadania ativa. Numa tradição republicana, eles constituem suportes fundamentais para a vida em comunidade. Em países de redemocratização recente, como é o caso brasileiro, estão ocorrendo novas formas de participação política dos cidadãos desde o início dos anos Diversos espaços públicos foram institucionalizados como é o caso dos Conselhos Gestores, do Orçamento Participativo, além de experiências como Fóruns e Conferências que contam com a participação de um grande número de atores da sociedade civil organizada. Essas experiências adquirem status de novidade frente às condições políticoinstitucionais até então vigentes, marcadas pela centralização decisória e pelo autoritarismo por parte do Estado. Isso porque a participação da sociedade nesses espaços ocorre de maneira colegiada, atuando na discussão e elaboração de políticas públicas. O resultado das decisões adquire legitimidade democrática e vontade normativa capaz de parametrar a ação do Estado. Nesse sentido, consideramos que o entendimento da esfera pública na atualidade exige o reconhecimento de um conjunto de questões relativas ao Professora de Sociologia do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina. 1

2 envolvimento dos cidadãos no processo de tomada de decisão, assim como à estrutura das instituições políticas na qual esse envolvimento ocorre. O que significa identificar os problemas que emergem quando essa participação institucionaliza-se num contexto político como o brasileiro, marcado por traços de uma tradição autoritária, clientelista e onde impera uma profunda desigualdade social. Este trabalho propõe estabelecer esse tipo de reflexão, partindo de uma bibliografia que é resultado de uma diversidade de estudos empíricos sobre o tema, especialmente no que se refere à participação nos Conselhos Gestores. Inicialmente, faremos uma exposição sobre o processo de criação dos Conselhos, passando para uma discussão sobre os principais problemas identificados pela literatura sobre a questão da institucionalização da participação na esfera pública no âmbito desses espaços institucionais. Concluímos argumentando que, a despeito das dificuldades, não podemos ignorar a relevância desse conjunto de práticas participativas, capazes de contribuir para democratizar o processo de decisão política no interior do Estado. A institucionalização da participação política na esfera pública Localizados no âmago do sistema brasileiro de políticas sociais, os Conselhos Gestores têm sido responsáveis, desde a sua criação, no início da década de 1990, pela formulação e fiscalização de políticas públicas mediante a participação de segmentos representativos da sociedade civil e da esfera governamental. A atuação dessas instituições se faz presente em setores como saúde, educação, assistência social, trabalho, direitos da criança e do adolescente, além de outras áreas como meio ambiente, cultura, desenvolvimento econômico e social, defesa dos direitos da pessoa humana, etc. A sua criação derivou de um movimento de contestação nas décadas de 1970 e 80 quanto ao padrão centralizador, autoritário e excludente que vinha marcando a relação entre as agências estatais e os beneficiários das políticas sociais. Havia, naquele momento, uma demanda crescente por parte de setores da sociedade por maior controle do Estado e de suas políticas, num contexto de agravamento dos problemas sociais e de 2

3 crise do setor público. Ao mesmo tempo, questionava-se a capacidade do Estado para responder às demandas sociais. Dessa forma, esperava-se que a participação da sociedade organizada no interior do Estado contribuísse para tornar as políticas mais transparentes e mais adequadas aos interesses dos setores afetados pelas decisões governamentais. Além disso, a sociedade poderia fiscalizar as ações da burocracia estatal, imprimindo uma lógica mais democrática às decisões. A tônica, portanto, era democratizar os processos de decisão e, ainda, garantir a eficácia dos resultados, ou seja, das decisões políticas. A institucionalização da participação social através dos Conselhos Gestores tinha a finalidade de reverter o padrão vigente de planejamento e execução das políticas públicas no Brasil. A participação provocaria um tensionamento nas agências estatais, tornando-as mais transparentes, mais responsáveis e mais suscetíveis ao controle da sociedade. Assim, os Conselhos Gestores seriam instituições capazes de imprimir uma nova lógica de formação e tomada de decisões em políticas na esfera do Estado. Assim que foram estabelecidas as leis responsáveis por normatizar o princípio participativo, inicia-se o processo de criação dos Conselhos no âmbito dos estados e municípios em princípios da década de Concomitante à implementação dos conselhos ocorreu o processo de descentralização. Ambos, longe de representarem processos automáticos, demandaram por parte do Estado o estabelecimento de um conjunto de incentivos para a sua institucionalização 1. No que se refere aos Conselhos, a legislação estabeleceu para vários setores que o repasse de recursos da união aos estados e municípios estaria vinculada ao estabelecimento do respectivo conselho 2. Algo que demandou uma corrida por parte dos gestores governamentais pela regulamentação dessas instituições. 1 No que diz respeito ao processo de descentralização, Arretche (ARRETCHE, 1999) afirma que este dependeu de estratégias de indução eficientemente implementadas por parte do Governo Federal, tendo em vista a existência de custos para os Estados e Municípios que, por um lado, estavam adquirindo novas competências e atribuições ao assumir a gestão de uma dada política e, por outro, deveriam assumir novos encargos fiscais e administrativos para desempenhar tal tarefa. 2 Destacamos as áreas de saúde, educação e assistência social. 3

4 Apesar do seu estabelecimento formal, esse processo não foi automático como sugere a literatura. Entre os fatores apontados, são recorrentes as referências à postura das autoridades governamentais quanto à participação (CORTES, 1998), assim como ao grau de envolvimento das entidades interessadas no estabelecimento desses espaços institucionais (SOUZA, 2004). No que se refere ao funcionamento dos conselhos, adquire centralidade a problemática da participação. Ela teria um duplo impacto. O primeiro, diz respeito à própria participação da sociedade civil organizada, a qual, mediante um processo de socialização política através dos Conselhos, seria capaz de desenvolver uma cultura política de cunho democratizante. Além disso, a participação de organizações sociais por meio de seus representantes nos Conselhos teria o efeito de alavancar a ação coletiva, fortalecendo práticas políticas como a negociação, a contestação e a reivindicação. O segundo impacto refere-se às políticas públicas. A participação em organismos colegiados como os Conselhos Gestores seria responsável por tornar as decisões mais transparentes e adequadas aos interesses dos setores afetados pelas decisões governamentais. Nesse sentido, a participação contribuiria para tornar as decisões cada vez mais voltadas para as demandas da sociedade, imprimindo uma lógica mais democrática na definição da prioridade na alocação de recursos públicos. Ao mesmo tempo, a sociedade poderia fiscalizar as ações da burocracia estatal, tornando-as cada vez mais responsivas. Esses fatores contribuíram para que a forma Conselho fosse recebida como o novo nome da Democracia. O entusiasmo que cercou os Conselhos e que orientou diversas pesquisas nos anos 1990 derivou, portanto, do estímulo à participação e da possibilidade de democratizar a tomada de decisão em políticas públicas, conferido pelo desenho institucional desses espaços colegiados. Assim que foram apresentados os primeiros resultados de análises empíricas, no entanto, muitos pesquisadores foram tomados por certo descontentamento, uma vez que os dados indicaram que os efeitos produzidos, essencialmente no que compete à participação, não se revelaram tão positivos assim. Na prática, existem dificuldades para que os princípios normativos que orientam os Conselhos se efetivem. 4

5 Como indicou Tatagiba (2002), o que se constata a partir dos vários estudos é o fato de que tem sido muito difícil reverter, na dinâmica concreta de funcionamento dos Conselhos, a centralidade e o protagonismo do Estado na definição das políticas e das prioridades sociais, apesar de a própria existência dos Conselhos já indicar uma importante vitória na luta pela democratização dos processos de decisão (TATAGIBA, 2002, p. 55). As razões que dificultam o funcionamento ideal dos Conselhos são de naturezas diferenciadas, o que se constata é que vários deles estão atrelados à cultura política e à conjuntural local onde estão inseridas essas instituições 3. Vejamos, então, o que salienta a literatura e de que maneira os Conselhos têm sido analisados 4. A revisão de alguns dos principais estudos da área orienta-se pelos determinantes do desenho institucional dos Conselhos, como: a) composição: a participação de representantes da sociedade civil e do Estado disposta de maneira paritária; e b) competência: caráter deliberativo na elaboração e fiscalização de políticas públicas. No que diz respeito à composição, há na literatura vários fatores apontados como responsáveis por afetar, tanto negativa, como positivamente a participação, entre os quais citamos: a) a desigualdade de recursos entre os atores participantes (FUKS, 2004; PERISSINOTTO, 2004); b) a orientação político-ideológica do Executivo (CORTES, 1998); c) a relação conselheiro-entidade (TATAGIBA, 2002); d) o processo de seleção das entidades participantes (COELHO, 2004); e d) a qualificação dos conselheiros (TATAGIBA, 2002). A paridade nos Conselhos Gestores é vista pela literatura, de um modo geral, como uma das condições necessárias para que haja uma disputa real entre divergentes posições e interesses. A igualdade numérica de participantes do Estado e da sociedade seria um pressuposto para se alcançar maior equilíbrio na tomada de decisão. 3 Sobre essa questão ver estudos de Santos (2000) e Santos Jr. (2001). 4 Antes, porém, de apontarmos os resultados de várias pesquisas sobre os Conselhos, devemos indicar ao leitor que a maior parte dos estudos concentra sua atenção sobre os determinantes da participação. Em sua maioria, esses estudos partem dela para compreender diferentes aspectos, inclusive no que concerne às políticas públicas. 5

6 Sabemos, no entanto, que a igualdade formal não é suficiente para garantir a igualdade política. Existem assimetrias derivadas, por exemplo, da existência de uma desigualdade de recursos, tanto os de natureza individual (renda e escolaridade), como os relativos a recursos subjetivos (de engajamento político e cultura política) e recursos organizacionais (possuídos pelas entidades dos conselheiros), afetando a possibilidade de uma participação equitativa nos Conselhos (FUKS, 2004; PERISSINOTTO, 2004). Os trabalhos de Fuks (2004) e Perissinotto (2004) discutem o quanto a desigualdade de recursos se traduz numa desigualdade política e, por sua vez, afeta o processo decisório no interior dos Conselhos Municipais de Saúde e Assistência Social de Curitiba. O que há em comum nessas duas pesquisas é a confirmação da desigualdade de recursos que tem por conseqüência evidenciar o protagonismo dos atores representativos da esfera governamental. No caso específico do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba, no entanto, a constatação de que os representantes de usuários do sistema de saúde acumulam maior quantidade de recursos políticos (filiação e militância partidárias) altera um pouco aquele quadro. O que torna esses participantes capazes de exercer uma considerável influência política no Conselho. O estudo de Soraya Cortes (CORTES, 1998) também traz contribuições importantes para a compreensão dos fatores que influenciam a dinâmica de participação nos Conselhos. Para Cortes (1998), o funcionamento dos Conselhos é limitado e condicionado pela realidade concreta das instituições e da cultura política dos municípios brasileiros. Isso significa afirmar que embora a estrutura institucional dos Conselhos seja a mesma em todo o país, porque regida por princípios constitucionais da União para os estados federados, a implementação e o funcionamento adequado dessa estrutura em termos de participação política, depende de características essencialmente locais. Além disso, o papel de atores localizados em postos de comando deve ser destacado, tendo em vista que o maior acesso a informações e aos meios essenciais para implementação de políticas faz com que esses atores detenham poder considerável de influência na tomada de decisões. A autora acrescenta: 6

7 Importante é apreciar a atitude dos gestores em relação à participação de usuários. Dependendo de suas preferências políticas, eles podem promover diferentes tipos de participação. São eles que definem a natureza do apoio, em termos de infra-estrutura, a ser colocada à disposição dos Conselhos. (...) A trajetória pessoal pode caracterizar os gestores como membros ativos de uma categoria profissional ou como integrantes de um policy community tentando influenciar o processo de decisão que tem lugar no setor público. (CORTES, 2002, p ) Em artigo que revisa a literatura sobre os Conselhos, Tatagiba (2002) destaca a relação conselheiro-entidade como um fator capaz de afetar o funcionamento dos Conselhos. A natureza do vínculo interfere na participação, visto que, como aponta a autora, quanto mais forte a relação, maior a possibilidade de que diferentes interesses possam de fato se fazer representar nos conselhos. Ainda no que diz respeito à representação, o estudo de Vera Schattan P. Coelho (COELHO, 2004), sobre os Conselhos de Saúde da cidade de São Paulo considera que a legitimidade e a efetiva participação nessas instituições dependem em grande medida da presença de uma sociedade civil organizada e/ou de autoridades políticas comprometidas com a democracia participativa. Com o intuito de investigar sob que condições os Conselhos da cidade de São Paulo conseguem fazer valer princípios de organização democráticos e baixar os custos associados à participação política dos segmentos que contam com menos capacidade de mobilização, conhecimentos técnicos e recursos comunicativos, Coelho (2004) sai em defesa de novos procedimentos de representação. O processo de seleção praticado nessas instituições, em que os próprios conselheiros decidem quem deve atuar como representante no Conselho contribui para que grupos excluídos não-organizados, ou mesmo grupos organizados, mas sem os mesmos vínculos políticos acabem não participando. Além disso, de acordo com os dados apresentados pela autora, o processo de escolha de representantes se apresentou extremamente insulado, isto é, pouco participativo, marcado por pequena divulgação sobre o processo de escolha de representantes 5. 5 Outro aspecto relativo à forma como é realizada a escolha do representante diz respeito ao fato de que a eleição direta em assembléia dos membros da associação não é um método generalizado, segundo a análise de Labra e Figueiredo (LABRA & FIGUEIREDO, 2002, p.544). No caso dos Conselhos da 7

8 É por essas razões que a autora questiona a legitimidade dessas arenas decisórias, visto que deve haver critérios e procedimentos definidos de forma a garantir que grupos excluídos ganhem espaço no processo de formulação e gestão da política, no caso, a de saúde 6. O diagnóstico de que os conselheiros apresentam uma defasagem de conhecimentos técnicos relativos à sua área de atuação revela-se um entrave ao bom funcionamento dos Conselhos (TATAGIBA, 2002). Há um consenso entre os vários pesquisadores dessa temática quanto à falta de capacidade dos conselheiros, tanto governamentais, quanto não-governamentais para uma intervenção mais ativa no diálogo deliberativo no interior dos Conselhos. A defasagem diz respeito à falta de conhecimentos relativos: a) ao papel do Conselho e dos conselheiros; b) ao funcionamento dessas instituições; c) ao conteúdo da própria política em que atuam; d) a aspectos da administração pública vinculados ao planejamento estratégico e ao desenvolvimento de mecanismos gerenciais; e) a questões de orçamento; e f) relativas aos trâmites legais para o despacho de certas questões. Por essas e outras razões mencionadas, verificamos que um dos elementos mais inovadores do desenho institucional dos conselhos - a composição favorável à participação de setores tradicionalmente excluídos capazes de influenciar a produção de políticas - vê-se afetado por vários fatores, em especial, aqueles relacionados às desigualdades sociais pré-existentes 7. Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o que se constata é o duplo papel do conselheiro representante e dirigente da associação. 6 A autora aponta cinco critérios para assegurar a legitimidade da representação: 1) identificar pessoas, grupos ou associações que representam interesses de alguma forma afetados pelas políticas a serem implementadas; organizar a representação de forma a 2) reproduzir o perfil sociodemográfico da população; a 3) representar as principais posições em disputa; a 4) fazer uso de princípios de ação afirmativa, ou a 5) oferecer incentivos estruturais capazes de fomentar a participação de grupos vulneráveis. (COELHO, 2004, p ) 7 A influência das desigualdades sociais sobre a participação nos conselhos é recorrente na literatura, como podemos perceber nos estudos de Santos Jr. (2001) e Santos (2000), para quem o estabelecimento formal da participação não se traduz, automaticamente, em ampla inclusão. 8

9 Os fatores responsáveis por condicionar o funcionamento dos Conselhos, também se referem a outra característica institucional desses organismos: a competência deliberativa para formular políticas públicas e fiscalizar as ações do Estado. Nesse caso, o que está em questão é uma compreensão da capacidade dos Conselhos deliberarem, isto é, induzirem o Estado à ação; e, ao mesmo tempo, exercerem o controle social, no sentido fiscalizatório que visa impedir o Estado de transgredir. Como aponta Tatagiba (2002), a maior parte dos estudos indica que os conselhos possuem uma baixa capacidade de inovação das políticas públicas a partir da participação da sociedade civil nos conselhos, sugerindo que essa participação assume contornos mais reativos que propositivos (TATAGIBA, 2002, p. 92). Entre os motivos apontados estão: a) a centralidade do Estado na elaboração da pauta; b) falta de capacitação dos conselheiros; c) problemas com a representatividade; c) dificuldade em lidar com a pluralidade de interesses; d) manutenção de padrões clientelistas na relação entre Estado e sociedade; e e) recusa do Estado em partilhar o poder. Além desses fatores, destaca-se o problema da gestão dos fundos. Cabe aos conselhos a sua gestão, visto que o processo de descentralização desencadeado pela Constituição de 1988 vinculou o repasse de recursos financeiros da união para estados e municípios à existência do respectivo conselho. De acordo com Tatagiba (2002), há uma grande resistência por parte dos governos em instituir mecanismos mais transparentes e democráticos de financiamento e repasse de recursos. De acordo com a autora, as acomodações políticas, as trocas eleitoreiras e a corrupção continuam imperando como matriz que orienta a destinação das verbas públicas, em acordos na maioria dos casos nãopublicizáveis. Os fundos, com sua exigência intrínseca da publicização, chocam-se com uma cultura política marcada pela apropriação privada dos bens públicos. (TATAGIBA, 2002, p. 97) A inserção institucional é outro fator importante a ser destacado. Tatagiba (2002) afirma que a divisão de funções entre os conselhos e as instituições 9

10 administrativas e burocráticas quanto à definição, execução e acompanhamento das políticas públicas não está resolvida no âmbito da legislação pertinente. Na ausência desse marco legal e da natureza ambígua da expressão formular políticas públicas essa divisão das funções acaba ocorrendo a partir dos acordos possíveis de serem estabelecidos em cada contexto específico e em cada conjuntura particular, variando à medida que se altera o jogo da correlação de forças entre os participantes.(tatagiba, 2002, p. 95) Sendo assim, no caso de correlações desfavoráveis, o conselho pode isolar-se, tornando-se meramente formal, porque obrigatório. Nesse caso, ele acaba constituindose como uma institucionalidade paralela, com pouco ou nenhum efeito democratizante sobre as instituições estatais, afirma a autora. Existem dificuldades derivadas do poder que as deliberações possuem, no sentido de fazer com que o Estado deva ou não acatá-las 8. Em determinadas situações, onde não há consenso entre conselho e governo, a saída é acionar mecanismos como o Ministério Público, para obrigar o cumprimento da decisão. Em situações como essas, se recoloca a necessidade de construção de consensos para além dos limites dos conselhos. Sustenta-se, portanto, que os conselhos parecem estar mais capacitados para impedir o Estado de transgredir, do que de induzi-lo a agir. Nesse caso, os conselhos estariam investindo suas energias mais no controle das prestações de contas e dos serviços prestados pelo Estado, do que na formulação das políticas (Tatagiba, 2002). A Esfera Pública em questão Como vimos na literatura sobre a prática da participação nos Conselhos Gestores, há uma gama variada de fatores capazes de afetar as condições em que ela se dá no plano político. O que indica que pensar a esfera pública demanda um debate profundo acerca dos avanços e dificuldades experimentados pela prática participativa. 8 De maneira geral, os Conselhos emitem resoluções que podem ser compreendidas como o principal instrumento deliberativo de que dispõem. Cabe, por sua vez, ao representante da pasta na esfera correspondente (Ministro, Secretario) homologar essas resoluções, o que pressupõe a existência de acordos prévios, realizados internamente aos conselhos, a fim de que a resolução não seja vetada. 10

11 Existem elementos extremamente positivos no que se refere a esse modelo de participação. Os Conselhos resultam de uma luta histórica dos movimentos sociais na década de 1980 pela criação de espaços públicos capazes de democratizar o processo de tomada de decisão, promovendo a participação colegiada. Trata-se, nesses termos, de uma nova lógica de formação e tomada de decisão, marcada pela interface Estadosociedade. Não podemos negar o potencial dessas instituições, no sentido de proporcionar uma dinâmica mais democrática na definição da prioridade na alocação de recursos públicos, permitindo que a participação da sociedade civil organizada defina quais são os objetivos efetivamente relevantes no que concerne às políticas públicas governamentais. Ao mesmo tempo, no entanto, conforme indicou a literatura, há uma série de dificuldades responsáveis por travar esse processo. Algo que consideramos como um resultado direto da dinâmica que a participação vem promovendo no interior do Estado. À medida que ela avança no sentido da garantia de espaços públicos onde possa ocorrer, opera-se um conjunto de práticas, bem como de situações derivadas do contexto político e social brasileiro. Assim, constatações como as que foram apresentadas pela literatura como a desigualdade de recursos entre os atores participantes, a centralidade e o protagonismo dos atores estatais, o problema da representatividade dos conselheiros, a relevância do conhecimento técnico, a recusa do Estado em partilhar o poder, evidenciam a dificuldade enfrentada na prática para a construção da esfera pública no Brasil. Podemos arriscar dizer que a natureza republicana dos Conselhos e a persistência da participação política nesses espaços poderão contribuir para alterar ao longo do tempo esse diagnóstico negativo. Nesse caso, a institucionalização da participação poderá gerar, mediante uma dinâmica de enfrentamento político, um conjunto de práticas democratizantes. Como não cabe aqui fazer uma espécie de futurologia da esfera pública, podemos apenas sublinhar que o seu entendimento passa pela dimensão dos avanços e retrocessos, das lutas e dos embates promovidos por diversos atores sociais, caracterizando a prática política no Brasil. 11

12 BIBLIOGRAFIA ARRETCHE, M. T. S. (1999). Políticas Sociais no Brasil: descentralização em um Estado federativo. RBCS, vol. 14, nº 40, p COELHO, V. S.(2004) Conselhos de Saúde enquanto instituições políticas: o que está faltando? In: COELHO, V.S; NOBRE, M. (orgs.) Participação e Deliberação: Teoria Democrática e Experiências Institucionais no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Ed. 34. CORTES, S. M. V. (1998). Conselhos Municipais de Saúde: a possibilidade dos usuários participarem e os determinantes da participação. Ciência e Saúde Coletiva, vol. III, nº 1, 1998, p FUKS, M. (2004). Democracia e Participação no Conselho Municipal de Saúde de Curitiba ( ). In: FUKS, M.; PERISSINOTTO, R.; SOUZA, N. R. (orgs.) Democracia e Participação: os conselhos gestores do Paraná. Curitiba: Ed. UFPR. LABRA, M. E.; FIGUEIREDO, J. S. A. (2002). Associativismo, participação e cultura cívica. O potencial dos conselhos de saúde. In: Ciência & Saúde Coletiva. 7(3): PERISSINOTTO, R. (2004). Poder e Participação no Conselho Municipal de Assistência Social de Curitiba ( ). In: FUKS, M.; PERISSINOTTO, R.; SOUZA, N. R. (orgs.) Democracia e Participação: os conselhos gestores do Paraná. Curitiba: Ed. UFPR. SANTOS, M. R. dos. (2000). Conselhos Municipais: a participação cívica na gestão das políticas públicas. Rio de Janeiro, 138 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, Universidade do Rio de Janeiro. SANTOS Jr., O. A. dos. (2001). Democracia e governo local: dilemas da reforma municipal no Brasil. Rio de Janeiro: REVAN: FASE. SOUZA, V. (2004) Políticas Públicas do Trabalho e a Formação Institucional do Conselho Estadual do Trabalho no Paraná e no Rio Grande do Sul: um estudo comparativo ( ). In: FUKS, M.; PERISSINOTTO, R.; SOUZA, N. R. (orgs.) Democracia e Participação: os conselhos gestores do Paraná. Curitiba: Ed. UFPR. 12

13 TATAGIBA, L. (2002). Os Conselhos Gestores e a Democratização das Políticas Públicas no Brasil. IN: DAGNINO, E. (org.) Sociedade Civil e Espaços Públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra. 13

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