EXMºS SENHORES VICE-PRESIDENTES DA ASSEMBLEIA NACIONAL; EXMºS SENHORES MEMBROS DO EXECUTIVO;
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- Mario Guterres Araújo
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1 REPÚBLICA DE ANGOLA ASSEMBLEIA NACIONAL EXMºS SENHORES VICE-PRESIDENTES DA ASSEMBLEIA NACIONAL; EXMºS SENHORES DEPUTADOS; EXMºS SENHORES MEMBROS DO EXECUTIVO; CAROS CONVIDADOS; MINHAS SENHORAS; MEUS SENHORES, 1
2 A actividade internacional da Assembleia Nacional tem-se caracterizada pelo desenvolvimento da cooperação interparlamentar e participação de suas delegações nas reuniões e assembleias e, de um modo geral, nos trabalhos das organizações parlamentares internacionais e regionais, das quais é membro e, mais recentemente, também nos eventos internacionais no quadro da parceria entre a ONU e a UIP. Tal como os demais parlamentos, também a Assembleia Nacional de Angola é parte de uma acção ampla na área externa que se insere no contexto do que já se vem autonomizando, como Diplomacia Parlamentar. 2
3 A Diplomacia Parlamentar, embora alvo de controvérsias, afigura-se cada vez mais como um importante instrumento de cooperação, de reforço de relações de amizade e de solidariedade entre os povos, no contexto das relações político-diplomáticas entre os Estados. Os Parlamentos mantêm, entre si, um patamar de diálogo e de cooperação, de forma bilateral ou multilateral, seja no âmbito da União Interparlamentar (UIP) ou das Organizações Interparlamentares Regionais. O Parlamento Angolano como membro da UIP, do Fórum Parlamentar da SADC, do Parlamento Pan-Africano, da União Parlamentar Africana, da Assembleia 3
4 Parlamentar Paritária ACP-EU, da Assembleia Parlamentar da CPLP e da rede de parlamentares da CEAC, tem tomado parte activa nos debates das grandes questões mundiais e regionais através de uma participação assídua nas suas reuniões regulares e em outros fora importantes. A acção parlamentar, no plano internacional, assenta nos postulados gerais da política externa de Angola, cujos princípios encerram os ideais da Carta das Nações Unidas e da Carta da União Africana, plasmada no artigo 12º da Constituição. A diplomacia parlamentar angolana caminha, na vertente da consolidação dessa política, a favor dos valores inalienáveis de Paz, de 4
5 Amizade e do Progresso entre os povos e sintetiza o sentimento do Povo Angolano, expresso na actuação dinâmica dos parlamentares angolanos, para reforçar a imagem e o posicionamento da República de Angola no contexto internacional. Embora jovem, o nosso Parlamento tem granjeado a simpatia dos demais. Tem sido, frequentemente visitado por diferentes entidades estrangeiras de alto nível e parlamentares de diversos Países e tem aumentado consideravelmente a sua intervenção nas grandes tribunas e foruns internacionais e regionais. 5
6 Enquanto isso, a avaliação que dele fazemos impele-nos a actuar no sentido do aperfeiçoamento e do reforço da sua capacidade para uma actuação mais concertada e dinâmica, tendo em conta também os desafios da actual conjuntura internacional, aqui retratada pelo Senhor Secretário de Estado das Relações Exteriores e, sobretudo, os sinais de instabilidade política que se apresentam, com destaque para o Mali, o Sudão e a Guiné-Bissau. Crescemos mas precisamos de aperfeiçoar para melhor intervir. É, pois dentro deste espírito que saúdo a realização deste Seminário que se vai debruçar sobre uma matéria muito importante no âmbito 6
7 das funções da Assembleia Nacional expressas nas alíneas k, e l do artigo 161º da Constituição, sobre os Tratados Internacionais, matéria sensível e complexa, no contexto das Relações Internacionais. Na Constituição estão definidas as competências do Poder Executivo e do Legislativo, em matéria dos Tratados Internacionais, competências que, em alguns sistemas se confrontam sendo que, no caso angolano, estão devidamente tratados no ordenamento jurídico interno. Os Tratados Internacionais, ou dependentemente da designação que se adopta, constituem a principal fonte de direito internacional e estipulam direitos e obrigações 7
8 entre os Estados nacionais e outros sujeitos do direito internacional, estabelecendo um vínculo jurídico com suporte no direito interno. Daí a delicadeza e complexidade que envolve a sua tramitação, plasmada na lei 04/11 de 14 de Janeiro. Este evento vai, pelos seus objectivos, identificar os principais problemas e constrangimentos existentes em matéria de Tratados Internacionais. A República de Angola é parte de múltiplos tratados e impõe-se uma avaliação dos que estão já em vigor e de que ainda não é parte e fazer o balanço do grau de implementação dos já ratificados para que se reflicta do impacto dos mesmos na ordem interna. 8
9 É uma acção intensa que envolve vários organismos, daí a moldura humana que participa no evento e que muito particularmente, convido-vos para um debate objectivo que conduza a resultados positivos. Saúdo a organização do evento porque dele sairá, certamente, uma maior capacitação dos Deputados, quadros e funcionários do Executivo para um trabalho mais articulado, como define a lei que gere a matéria e, por outro, aconselharia, obviamente, a necessária modernização, com recurso às novas tecnologias, para a criação de uma base de dados sobre os Tratados que seja acessível e periodicamente actualizada. 9
10 Saúdo igualmente a delegação da Assembleia da República de Moçambique, da sua Comissão de Relações Exteriores, presente neste evento e que se encontra de visita ao nosso País, para troca de experiências com a sua congénere angolana. Eis aqui um belo exemplo de crescimento conjunto. Com estas palavras declaro aberto o Seminário sobre os Tratados Internacionais. Muito Obrigado! 10
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