Excelência Senhor Pier Paolo Balladelli, Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas e Representante do PNUD em Angola;

Transcrição

1 REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Gabinete do Ministro Excelência Senhor Pier Paolo Balladelli, Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas e Representante do PNUD em Angola; Excelências Distintos Membros do Executivo Angolano; Ilustres Representantes do Corpo Diplomático Acreditado em Angola; Digníssimos Membros das Organizações Internacionais e Regionais; Prezados Directores e Funcionários do Ministério das Relações Exteriores de Angola; Caros Convidados; Minhas Senhoras e Meus senhores. Permitam-me, que em nome do Governo da República de Angola, e particularmente de Sua Excelência Ministro das Relações Exteriores, quem represento neste acto, felicitar a Organização das Nações Unidas (ONU), pela celebração de mais um aniversário da sua fundação. Saúdo igualmente todos os participantes neste evento. Aproveito o ensejo para felicitar, o Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas, o Senhor Paolo Balladelli pela iniciativa de organizar com o Ministério das Relações Exteriores, esta singela comemoração o que testemunha a excelência das relações existentes entre Angola e as Nações Unidas formalizadas há mais de 40 anos. 1

2 Reflectir neste formato sobre os 71 anos de existência da Organização é um acto que devemos repetir pelo menos nesta ocasião. A real materialização dos compromissos assumidos desde a fundação da organização; a capacidade para promover, manter e reforçar a paz, a segurança e a estabilidade mundiais, bem como assegurar uma resposta precisa, concreta, eficiente e em tempo útil aos desafios actuais e emergentes para a comunidade internacional, é determinante para o entendimento entre os Estados membros desta magna Organização. Caros Convidados, Minhas Senhoras e Meus Senhores. Como é do vosso conhecimento, o compromisso de Angola com o sistema das Nações Unidas tem sido reforçado com a contínua presença e participação tangível nos trabalhos da organização, contribuindo significativamente para o cumprimento dos propósitos consagrados na Carta. Neste contexto, no período 2015/16, Angola continuou a ocupar posições e a desempenhar tarefas nos órgãos dos Sistema das Nações Unidas, para os quais foi eleita, nomeadamente no Conselho Executivo do UNICEF, do UN-HABITAT e PAM. Destacamos igualmente a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas no mês de Março, na qual propôs como temas para os debates abertos, a Manutenção da Paz e Segurança Internacional; a Prevenção e Resolução de Conflitos na Região dos Grandes Lagos; Mulheres, Paz e Segurança; O Papel das Mulheres na Prevenção e Resolução de Conflitos em África. 2

3 Estes temas refletem a preocupação da República de Angola para com os grandes desafios que se colocam à Humanidade, num mundo cada vez mais conturbado, sob a ameaça da guerra, tensões e conflitos regionais mas, reflectem também, a sua forma de estar no mundo pelo diálogo, pelo respeito da soberania dos Estados, pela paz, cooperação e desenvolvimento. É, neste contexto que sua Excelência José Eduardo dos Santos, Presidente da República e Titular do Poder Executivo referiu na sua recente mensagem do Estado da Nação, cito «Temos que estudar com maior atenção e profundidade os fenómenos que acontecem no plano internacional para compreender melhor o mundo em que estamos e saber proteger os nossos interesses» fim de citação. Assistimos a transformações marcantes no contexto global com a emergência de várias potências, num mundo onde multilateralismo ganha cada vez mais espaço e reclama por um diálogo universal, por uma maior atenção ao sofrimento de milhões de cidadãos forçados a abandonar de forma abrupta, desesperada e humilhante as suas localidades e haveres. São desafios que a ONU deve assumir e, com contribuição de cada um dos estados membros, buscar soluções que concorram para o respeito da soberania e da dignidade dos Povos nas zonas em conflito, particularmente das crianças, cuja sobrevivência é permanentemente ameaçada e cujos direitos são, nestas condições, espezinhados. 3

4 Caros Convidados; Minhas Senhoras e Meus Senhores. A República de Angola irá celebrar, no próximo dia 11 de Novembro, o quadragésimo primeiro aniversário da Independência Nacional, num ambiente de paz e de reconciliação inclusiva. É, pois, nosso dever aproveitar esta ocasião para agradecer a ONU pela colaboração e apoio permanentes e participação directa na preservação desta conquista maior do povo Angolano. Permitam-me aproveitar esta oportunidade para agradecer e honrar a memória daqueles que sob a bandeira das Nações Unidas sacrificaram a sua vida neste país promissor, cuja estabilidade e PAZ todos hoje disfrutamos. Angola reitera a firme determinação de continuar a trabalhar com as Nações Unidas, a fim de promover a cooperação multilateral por forma a aumentar a disponibilidade de oportunidades, recursos e condições que permitirão enfrentar os desafios económicos e sociais, especialmente aqueles ligados à diversificação económica, à erradicação da pobreza e da fome; à promoção dos direitos Humanos, ao empoderamento da mulher e, à mitigação dos efeitos nefastos causados pelas mudanças climáticas. Ao terminar, gostaria de reafirmar igualmente o compromisso de Angola para com os desafios da ONU e, neste contexto de continuar a trabalha5r com as suas agências, em particular aquelas que operam no território nacional e para implementação da nova 4

5 Agenda Mundial 2030 e os objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS). Sua Excelência Presidente José Eduardo dos Santos referiu na sua mensagem do estado da Nação que, cito «O objectivo a que o país aspira é o de pertencer até 2025 ao Grupo dos Países de desenvolvimento Humano Elevado» fim de citação, desiderato que é compaginável com espírito da resolução da Assembleia Geral da ONU de Fevereiro deste sobre a graduação de Angola dos PMAs, cuja «estratégia de transição suave» está a ser equacionada conjuntamente. Angola vai continuar a trabalhar em estreita colaboração com as Nações Unidas e outros parceiros relevantes, no esforço incansável para se encontrarem soluções pacíficas para os conflitos que ameaçam a paz, estabilidade e retardam o desenvolvimento multidimensional das nações. Aproveitamos esta soberana oportunidade para referir que Angola espera contar, desde já, com o apoio dos demais Estado membros da ONU, cujos dignos representantes estão presentes neste acto à candidatura para uma vaga ao Conselho dos Direitos Humanos no período Muito obrigado pela Vossa atenção. 5