RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E BALANÇO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO ANO 2012

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1 DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO AGROALIMENTAR, RURAL E LICENCIAMENTO DIVISÃO DE APOIO À AGRICULTURA E PESCAS RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E BALANÇO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO ANO 2012 Viseu

2 ÍNDICE 1 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 1.1 Localização Recursos humanos Instalações e equipamento Postos de observação Postos meteorológicos Postos de observação fenológica e biológica (POB s) Utentes 4 2 ACTIVIDADES DA ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO Emissão de boletins fitossanitários Ensaios realizados e divulgação Outras actividades 7 3 RESULTADOS OBTIDOS EM 2012 E SUA ANÁLISE Vinha Estados fenológicos Míldio (Plasmopara viticola Berl & de Toni) Escoriose (Phomopsis vitícola Sacc.) Oídio (Uncinula cinerea Pers.) Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.) Podridão negra (Guignardia bidwellii (Ellis) Viala & Ravaz) Esca da Videira (Phaeomoniella chlamydospora., Phaeoacremonium spp. e Fomitiporia mediterranea) Fenómenos fisiológicos: Escaldão Traças da uva (Lobesia botrana Den & Schiff e Eupoecilia ambiguella Hb.) Cigarrinha Verde (Empoasca vitis Gothe) Cicadelideo vector do fitoplasma da Flavescência Dourada 22 Quadro resumo dos avisos emitidos para a vinha Macieira Estados fenológicos Pedrado (Venturia ineaqualis Cke.) Fogo Bacteriano (Erwinia amylovora) Bichado (Cydia pomonella L.) Lagartas mineiras (Phyllonorycter blancardella F. e Leucoptera malifoliella C.) 48

3 3.2.6 Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comstock) Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch) Piolhos Verde (Aphis pomi Pass.), Cinzento (Dysaphis plantaginea Fonsc.) e Pulgão Lanígero (Erisoma lanigerum) Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.) Sésia (Synanthedon myopaeformis) Cecidómia da macieira (Dasineura mali K.) e tigre (Stephanitis pyri F.) 54 Quadro resumo dos avisos emitidos para a macieira Olival Estados fenológicos Traça da oliveira (Prays olea Bernard) Mosca da azeitona (Dacus olea Gmelin) Euzophera pinguis Haw Margaronia unionallis H Olho de Pavão (Spilocea oleagina Cast.), tuberculose (Pseudomonas savastanoi), cercosporiose (Cercospora cladosporioides) e Gafa (Colletotrichum spp.) 63 Quadro resumo dos avisos emitidos para o olival Outras culturas/inimigos Pessegueiro/Lepra (Taphrina deformans) Cerejeira/Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) Castanheiro/Bichado da castanha (Cydia splendana) Batateira/Traça da batata (Phthorimaea operculella Z.) 67 Quadro resumo dos avisos emitidos para o pessegueiro e cerejeira 68 ANEXOS

4 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 1.1 Localização A Estação de Avisos do Dão é uma das cinco estações de avisos da Divisão de Apoio à Agricultura e Pescas da Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar, Rural e Licenciamento da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, encontrando-se localizada na Estação Agrária de Viseu. 1.2 Recursos humanos Em 2012, o grupo de trabalho foi o seguinte: Maria Helena Cortês Pinto Marques Eng.ª Agrícola Jorge Manuel Esteves Carvalho Sofia Eng.º Agrícola Vanda Cristina Azevedo da Costa Batista - Eng.º Agrícola Manuel Salazar Eng.º Técnico Agrário Fernanda Jesus Lopes Rodrigues Assistente Administrativo 1.3 Instalações e equipamento A Estação de Avisos do Dão está instalada no edifício principal da Estação Agrária de Viseu, ocupando 2 gabinetes e um laboratório. 1.4 Postos de observação Postos Meteorológicos De forma a aplicar as metodologias de previsão baseadas nos dados meteorológicos da região, a Estação de Avisos do Dão dispõe de postos meteorológicos automáticos. As estações meteorológicas automáticas registam os dados horários e diários da temperatura, humidade relativa, precipitação, número de horas de folha molhada, velocidade e direção do vento, recolhidos via GSM. As 9 estações meteorológicas tradicionais existentes foram desativadas. 1

5 Figura 1 - Localização das estações meteorológicas automáticas Postos de observação fenológica e biológica (POB) As observações da fenologia das culturas da vinha, pomar e olival e da biologia dos seus principais inimigos, foram efectuadas pelos técnicos da Estação de Avisos do Dão nos locais onde estão instalados os Postos de Observação Biológica. No caso da oliveira foram instalados mais dois postos em duas zonas representativas da cultura, Penalva do Castelo e Nelas. Os POB, localizados em Viseu, Foz de Arouce (Lousã), Canas de Santa Maria (Tondela), S. Paio (Gouveia), S. Pedro do Sul/Arcozelo (S. Pedro do Sul), Penalva do Castelo e Nelas, são acompanhados semanalmente e para cada cultura são monitorizados os estados fenológicos das culturas e as pragas e doenças referenciadas no. Relativamente ao acompanhamento dos inimigos de quarentena outras áreas da região foram prospetadas. 2

6 Quadro 1 Principais pragas e doenças acompanhados nos POB PRAGAS Traças da uva Cigarrinha verde Bichado da fruta Aranhiço vermelho Piolhos verde e cinzento Lagartas mineiras Cochonilha de S. José Mosca da fruta Sésia Pulgão-lanígero PRAGAS/DOENÇAS DE QUARENTENA Vinha Scaphoideus titanus e Flavescência dourada Macieira Fogo bacteriano DOENÇAS Doenças do lenho Míldio Oídio Podridão cinzenta Podridão negra/black Rot Pedrado Cancro Traça da oliveira Mosca da azeitona Euzophera pingüis Margaronia Algodão Mosca da fruta Mosca da cereja Olival Pessegueiro Cerejeira Drosophyla suzukii Gafa Olho de Pavão Cercosporiose Tuberculose Lepra do pessegueiro 3

7 1.5 Utentes Em 2012 registaram-se 487 inscrições, de agricultores, Cooperativas Agrícolas, Associações e outros particulares. Cumulativamente há ainda 37 inscrições permanentes não pagas, para organismos do Ministério da Agricultura, leitores dos postos meteorológicos tradicionais e demais colaboradores. 4

8 2. ACTIVIDADES DA ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 2.1 Emissão de boletins fitossanitários Em 2012 foram enviadas 19 circulares com avisos e informações para tratamento das principais pragas e doenças de pomóideas, prunóideas, vinha, olival e batateira. 2.2 Ensaios realizados e divulgação A Estação de Avisos do Dão realizou em 2012 os seguintes ensaios: Confusão sexual no controlo do bichado da fruta na Estação Agrária de Viseu; Aplicação de Alginure e sua eficácia no controlo do pedrado; Contributo para a validação do modelo Maryblyt para previsão de fogo bacteriano; Épocas de maior ocorrência de Phaeomoniella chlamydospora, principal agente da Esca, em vinhas da região do Dão, para compreensão das épocas de maior risco de infecção; Ensaio de validação do modelo Vitimeteo e para previsão de ocorrência de Podridão Negra; Colaboração com o CEVDão em diversos ensaios demonstrativos da ação e épocas de aplicação de fungicidas para combate à podridão negra; Ensaios de novas modalidades para combate à esca da videira. Durante o ano de 2012 os técnicos realizaram e participaram em várias acções de divulgação que tiveram como público-alvo agricultores, associações, técnicos, entre outros: Ação Sapec sobre Fogo bacteriano realizada na Guarda, 15 de fevereiro; Ação Kenogard sobre gama de produtos, realizada em Viseu, 16 de fevereiro; Ação Syngenta sobre vinha realizada em Penalva do Castelo, 14 de março; Palestra a convite da empresa Syngenta crop protection que decorreu na Casa da Ínsua em Penalva do Castelo, com o tema Doenças do Lenho da Videira a 13 e 14 de março. Ação Syngenta sobre fruticultura, realizado em Alcobaça com apresentação de dois temas: Pedrado da macieira e Operation Pollinator, 21 e 22 março; 5

9 Organização e realização de seminário sobre fogo bacteriano no Instituto Politécnico de Viseu, com apresentação do tema Contributo para a determinação do risco de infecção de Fogo Bacteriano, 29 de março; Ação Bayer na Estação Agrária de Viseu, com apresentação dos dados sobre as Pragas e doenças da macieira, 18 de maio; Duas ações destinadas a alunos da Escola Secundária de Viriato, com apresentação do tema Proteção das culturas, 22 de maio; Organização de uma Jornada Técnica sobre Podridão Negra da Videira que decorreu em Viseu a 24 de maio; Colaboração na elaboração de uma monografia sobre podridão negra da videira oferecida durante a Jornada Técnica sobre Podridão Negra da Videira; Elaboração do Livro de Resumos da Jornada Técnica Sobre Podridão Negra da Videira; Organização e realização da ação na Estação Agrária de Viseu sobre Doenças e pragas da vinha, medidas de controlo e tratamento com apresentação do tema Aspetos relevantes sobre a biologia e morfologia do inseto Scaphoideus titanus, 6 de junho; Organização e realização da ação no Centro de Estudos de Nelas sobre Doenças e pragas da vinha, medidas de controlo e tratamento com apresentação do tema Aspetos relevantes sobre a biologia e morfologia do inseto Scaphoideus titanus, 13 de junho; Comunicação oral do tema Contribution for a better understanding of Petri disease and other grapevine trunk diseases in the Portuguese Dão wine region no 8th International Workshop on Grapevine Trunk Diseases, que decorreu em Valência de 18 a 22 de junho; Ação Syngenta na Estação Agrária de Viseu com apresentação dos dados sobre as Pragas e doenças da macieira estratégia 2012, 26 de junho; Moderação de mesa sobre sanidade de mirtilo, que decorreu em Sever do Vouga, a 28 de junho; Palestra sobre doenças da groselheira que decorreu em Sever do Vouga a 28 de setembro. Elaboração de um dossier informativo sobre doenças de pequenos frutos, com particular ênfase na groselheira; Comunicação oral do tema Current state-of-the-art of esca syndrome and Petri Disease in the Portuguese demarcated wine region of Dão no Patholux 2012 que decorreu no Luxemburgo de 22 a 26 de outubro; 6

10 Apresentação do Poster Guinardia bidwellii: Epidemiology and Symptoms in mediterranean environment no Patholux 2012 que decorreu no Luxemburgo de 22 a 26 de outubro; Apresentação do Poster Vitimeteo Black Rot: Development and validation of a novel grape black rot model", no Patholux 2012 que decorreu no Luxemburgo de 22 a 26 de outubro. Ação com a apresentação dos dados do ensaio de eficácia realizado para fogo bacteriano em Alcobaça, 30 de outubro; Organização e realização da ação destinada a alunos da Escola Superior Agrária de Viseu com apresentação do tema Proteção das culturas, 19 de novembro; Balanço da cultura da maçã realizado na Estação Agrária de Viseu com apresentação do tema Utilização de modelos de previsão para o fogo bacteriano, 26 de novembro; Ação Syngenta sobre projeto Operation Pollinator com apresentação do tema Operation Pollinator in apple trees in Viseu, ISA, 13 de dezembro. 2.3 Outras atividades Além das ações atrás referidas, os técnicos dos Serviços de Avisos desempenharam outras atividades nomeadamente: Emissão de pareceres relativos a fitossanidade; Assistência técnica aos agricultores no domínio da Sanidade Vegetal em gabinete e no campo; Apoio à exploração da Estação Agrária de Viseu nas seguintes atividades: o Observações biológicas e emissão de parecer para a realização dos tratamentos fitossanitários efetuados durante 2012; o Apoio na programação de rega; o Transporte interno e externo dos produtos da exploração; o Colheita, podas, trabalhos mecânicos e outras operações culturais. Emissão de pareceres para isenção de análise de pesticidas em águas destinadas a consumo humano; Apoio em projetos da DRAPC; Prospeção de organismos de quarentena na área de influência da Estação de Avisos do Dão; 7

11 Contributo para a elaboração dos diversos Planos de Ação Nacional coordenados pela DGAV; Receção e acompanhamento de grupos de formandos de cursos de formação, escolas e politécnicos (visita à exploração e estação meteorológica); Elaboração de listas de produtos homologados para posterior distribuição pelos utentes do serviço; Elaboração de fichas técnicas para divulgação no site da DRAPCentro; Auxilio na manutenção de Estações Meteorológicas Automáticas; Elaboração de relatórios semanais, intercalares e final de atividades. 8

12 3. RESULTADOS OBTIDOS EM 2012 E SUA ANÁLISE 3.1. Vinha Estados fenológicos O Quadro 2, abaixo, indica as datas de ocorrência dos diferentes estados fenológicos da vinha nos vários Postos de Observação Biológica acompanhados pelos técnicos da Estação de Avisos do Dão no decurso de A Figura 2 mostra a evolução comparativa desses estados nos diferentes POB. Quadro 2 - Evolução fenológica da cultura da vinha no ano de 2012 Evolução fenológica da vinha durante o ano de 2012 Tondela Foz de Arouce Viseu S.Pedro do Sul Gouveia A A/B B B/C C C/D D D/E E E/F F F/G G G/H H H/I I I/J J J/K K K/L L L/M M

13 Figura 2 - Evolução comparativa dos estados fenológicos da vinha no decurso de Míldio (Plasmopara viticola Berl & de Toni) A metodologia utilizada para verificação da maturação dos oósporos de míldio, adiante sumariamente descrita, permite verificar o seu estado de maturação, através do tempo que demoram a germinar. Quando esta ocorre em menos de 24 horas, há indicação de que os oósporos se encontram maduros e em condições de promover infecções. Os fragmentos, colocados em condições de campo no Outono de 2011, começaram a ser recolhidos semanalmente a partir de final de Fevereiro de 2012 para serem colocados a incubar, em câmara húmida, numa estufa a uma temperatura de aproximadamente 22ºC. Como se pode aferir da análise do Quadro 3, no ano de 2012 não se verificou a germinação de oósporos em menos de 24 horas em qualquer um dos Postos de Observação Biológica mantidos pela EADão e apenas foram observados oósporos germinados em dois dos POBs, nomeadamente Foz de Arouce e Tondela, em pequena quantidade e após vários dias em câmara húmida. Esta falta de maturação dos oósporos poderá ser relacionada com a falta de humidade que se fez sentir durante o período invernal de 2012 /

14 Gouveia Várzea Lobão da Beira Foz de Arouce Viseu Quadro 3 - Germinação dos oósporos dos diferentes POBs Data Colocação em estufa Postos Nº de dias de permanência dos fragmentos em estufa M T M T M T M T M T M T M T M T M T M T 28-Fev C Mar C Mar C Mar C Mar C Abr C Abr C Abr C Abr C Mai C Mai C Mai C Mai C Fev C Mar C Mar C Mar C Abr C Abr C Mai C Mai C Mai C Mai C Jun C Jun C Fev C Mar C Mar C Mar C Mar C Abr C Abr C Abr C Mai C Mai C Mai C Jun C Fev C Mar C Mar C Abr C Abr C Abr C Abr C Mai C Mai C Mai C Mai C Mai C Mar C Mar C Mar C Mar C Mar C Abr C Abr C Abr C Abr C Mai C Mai C Mai C Mai C

15 Precipitação diária (mm) Temperatura média diária ( C) Embora não tendo sido detectados oósporos maduros as condições para surgimento de manchas primárias de míldio, nomeadamente estado fenológico, temperatura média e precipitação, reuniram-se com a precipitação acumulada a partir de 11 de Abril (Figura 3) apenas para o POB de São Pedro do Sul. Os restantes Postos biológicos não possuíam à altura desenvolvimento fenológico favorável ao desenvolvimento da doença. 45 Temperatura média e precipitação diárias em abril P Viseu P Tondela P Seia P Nelas P Nabais P Oliveira P S. Pedro Sul 15 6 Tm Viseu Tm Tondela Tm Seia Tm Nelas 0 0 Tm Nabais Tm Oliveira Tm S.Pedro Sul Datas Figura 3 - Precipitação e temperatura média durante o mês de abril de 2012, registadas nas diversas Estações meteorológicas Automáticas.(Várzea, Tondela, Viseu, Nelas, Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital). Na legenda P significa precipitação e Tm temperatura média diária Essa condição foi cumprida, para os demais POBs, com a precipitação ocorrida a partir de 20 de Abril. Atendendo à continuação de tempo instável e à previsão de aparecimento de manchas primárias para o dia 29 de Abril nas zonas onde a cultura se encontrava mais desenvolvida, foi emitido o primeiro aviso para míldio com a Circular de Aviso nº 07/12 de 24 de Abril, fazendo referência a que o tratamento, com um produto sistémico, só deveria ser efetuado nas vinhas com crescimentos superiores a 10 cm e que deveria ser posicionado antes da data de aparecimento das manchas. Nesta Circular indicava-se também que em vinhas com crescimentos inferiores a 10 cm se devia aguardar pela emissão de novo aviso. Com esta circular seguiu a lista dos produtos fitofarmacêuticos homologados para combate ao míldio da videira. À data prevista não foram encontradas quaisquer manchas de míldio. A 9 de Maio tendo em consideração a forte precipitação que se tinha feito sentir no dia 7 do mesmo mês (Figura 4), o facto de as vinhas se encontrarem desprotegidas e o risco de continuação de tempo instável, foi emitido com a Circular nº09/12 novo aviso para míldio indicando a data prevista de aparecimento de manchas -12 e 13 de Maio- e que esse tratamento deveria ser posicionado o mais próximo do aparecimento das manchas. Face ao estado fenológico de cachos separados, à necessidade de proteger o rápido crescimento 12

16 Precipitação diária (mm) Temperatura média diária ( C) Precipitação diária (mm) Temperatura média diária ( C) dos lançamentos e o risco de existência de manchas não detetadas, recomendou-se a utilização de um produto sistémico de ação curativa. 60 Temperatura média e precipitação diárias em maio P Viseu P Tondela P Seia P Nelas P Nabais P Oliveira P S. Pedro Sul Tm Viseu Tm Tondela 10 5 Tm Seia Tm Nelas 0 0 Tm Nabais Tm Oliveira Tm S.Pedro Sul Datas Figura 4 - Precipitação e temperatura média durante o mês de maio de 2012, registadas nas diversas estações meteorológicas automáticas (Várzea, Tondela, Viseu, Nelas, Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital). Na legenda P significa precipitação e Tm temperatura média diária. Embora o tempo decorresse sem precipitação, as previsões meteorológicas apontavam para ocorrência de chuva a partir de dia 31 de maio. Uma vez que a vinha se encontrava numa fase muito sensível início de floração - a 28 de maio foi emitida a Circular de Aviso nº 08/12 recomendando a renovação do tratamento, posicionando-o antes daquela data. No dia 11 de Junho, face à previsão de precipitação foi emitida a circular nº 12/12 recomendando a renovação do tratamento para esta doença. 12 Temperatura média e precipitação diárias em junho P Viseu P Tondela 8 25 P Seia P Nelas P Nabais P Oliveira P S. Pedro Sul 4 10 Tm Viseu Tm Tondela 2 5 Tm Seia Tm Nelas 0 0 Tm Nabais Tm Oliveira Tm S.Pedro Sul Datas Figura 5 - Precipitação e temperatura média durante o mês de junho de 2012, registadas nas diversas Estações meteorológicas Automáticas.(Várzea, Tondela, Viseu, Nelas, Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital). Na legenda P significa precipitação e Tm temperatura média diária 13

17 Precipitação diária (mm) Temperatura média diária ( C) As primeiras manchas de míldio, detectadas no ano de 2012, foram provocadas pela precipitação sentida a 20 de junho, tendo sido encontradas em muito pequeno número, em vinhas não tratadas dos concelhos de Nelas, Tondela e Lousã nos dia 24 e 25 do mesmo mês. A presença de manchas de míldio na região, a precipitação sentida a 30 de Junho (Figura 5), com previsão de aparecimento de manchas para dia 5 de Julho e risco de precipitação em torno dessa data levou à emissão de novo aviso para míldio com a Circular nº 13/12. Face à fase fenológica de bago-de-ervilha recomendou-se a utilização de um produto penetrante, com aplicação dirigida ao cacho. 25 Temperatura média e precipitação diárias em julho P Viseu P Tondela P Seia P Nelas P Nabais P Oliveira P S. Pedro Sul Tm Viseu Tm Tondela Tm Seia Tm Nelas 0 0 Tm Nabais Tm Oliveira Tm S.Pedro Sul Datas Figura 6 - Precipitação e temperatura média durante o mês de julho de 2012, registadas nas diversas Estações meteorológicas Automáticas.(Várzea, Tondela, Viseu, Nelas, Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital). Na legenda P significa precipitação e Tm temperatura média diária. Face à ocorrência de alguma precipitação nos dias 25 e 26 de Julho (Figura 6), pontualmente forte (Nabais, Gouveia), e à situação de forte dessecamento das folhas foi emitida a 26 de Junho a última indicação para míldio de 2012 com a Circular de Aviso nº 15/12, recomendando a renovação do tratamento, com um fungicida com cobre, fazendo referência à mais-valia deste tratamento para proteger a folhagem recente, promover o endurecimento da película e o atempamento das varas. Verificou-se na região do Dão, no decurso de 2012, uma quase ausência de míldio na cultura. Esta situação foi acompanhada de uma fraca e tardia germinação de oósporos, possivelmente devido à falta de precipitação que se fez sentir até abril. Pese embora as condições favoráveis à infecção terem ocorrido em abril, como foi aqui relatado, as primeiras manchas de míldio apenas foram detetadas em final de junho, em pequena quantidade e apenas sobre folhas, não tendo atingido em nenhum ponto da região o cacho. 14

18 Escoriose (Phomopsis viticola Sacc.) Na sequência do esforço envidado pela Estação de Avisos do Dão, em anos anteriores, para controlo da escoriose., foram emitidas, em 2012, recomendações para escoriose em duas Circulares de Aviso: A Circular de Aviso nº 01/12 de 23 de Janeiro aproveitou a época de poda para alertar os viticultores para os sintomas da doença e medidas profiláticas passíveis de minorar a sua acção; A Circular de Aviso nº 04/12 de 28 de Março foi emitida na sequência de algumas vinhas da região se encontrarem no estado fenológico C/D (Quadro1), altura indicada para aplicação dos tratamentos de Primavera homologados para a escoriose. Nessa circular foram resumidas as diferentes opções e estratégias que poderiam ser adoptadas pelos vitivinicultores, chamando-se também a atenção para o facto de no presente ano e à data não se verificarem condições muito favoráveis (nomeadamente precipitação) para a ocorrência da doença: Opção 1, efectuar duas aplicações recorrendo às substâncias activas: enxofre, azoxistrobina, azoxistrobina + folpete, folpete, mancozebe, metirame, metirame + piraclostrobina, propinebe; A 1ª aplicação com 30 40% dos gomos no estado fenológico D. A 2ª aplicação com 40% dos gomos no estado fenológico E. Opção 2, efectuar uma única aplicação ao estado fenológico D recorrendo a um produto contendo fosetil de alumínio + folpete ou fosetil de alumínio +mancozebe; Opção 3, se a vinha se encontrar pouco afectada, efectuar uma única aplicação entre os estados C a E recorrendo a um produto contendo metirame + piraclostrobina. Embora o início do ciclo vegetativo da vinha tenha decorrido com tempo extremamente seco em março, marcado apenas por dois episódios esporádicos e de fraca intensidade de precipitação (Figura 7),que faziam antever uma fraca expressão da doença, sucedeu-lhe um abril chuvoso, com temperaturas relativamente baixas que atrasaram o desenvolvimento da cultura, favorecendo portanto a disseminação da doença, que teve no presente ano de 2012, no geral das vinhas da região, uma expressão muito superior à sentida em

19 Precipitação média diária (mm) Temperatura média diária ( C) Temperatura média e precipitação diárias em março P Viseu P Tondela P Seia P Nelas P Nabais P Oliveira P S. Pedro Sul Tm Viseu Tm Tondela Tm Seia Tm Nelas Tm Nabais Datas Tm Oliveira Figura 7 - Precipitação e temperatura média durante o mês de março de 2012, registadas nas diversas Estações meteorológicas Automáticas.(Várzea, Tondela, Viseu, Nelas, Seia, Gouveia e Oliveira do Hospital). Na legenda P significa precipitação e Tm temperatura média diária Oídio (Erysiphe necator Schwein) O primeiro aviso para o oídio foi emitido com a circular nº 05/12 no dia 9 de Abril quando algumas vinhas da região do Dão se encontravam no início do estado fenológico de cachos visíveis, de grande sensibilidade a esta doença aconselhando-se o recurso ao enxofre em pó. Na mesma circular, e para vinhas onde a podridão negra se tinha feito sentir com intensidade no ano anterior, fazia-se a recomendação de opção por uma finalidade capaz de cobrir as duas doenças. Com esta Circular de Aviso foi enviada a lista de substâncias activas homologadas para o oídio da videira e para a podridão negra. A 28 de maio, face à humidade que se fazia sentir e ao facto de muitas vinhas da região se encontrarem no estado de botões florais separados, foi recomendado novo tratamento através da Circular de Aviso nº 11/12, recomendando-se a utilização de um produto sistémico ou penetrante, capaz de combater também a podridão negra que se fazia sentir com intensidade. A 2 de Julho havendo fortes condições de humidade e, foi recomendado na Circular de Aviso nº 13/12 a última recomendação para esta doença, recomendando a proteção até ao estado de fecho do cacho. 16

20 Podridão Cinzenta (Botrytis spp.) À floração/alimpa e atendendo à previsão de instabilidade meteorológica foi incluída na Circular de Aviso nº 12/12 de 11 de junho a recomendação de um tratamento. Com esta circular foi enviada a lista de substâncias activas homologadas para combate a esta doença na vinha. A última recomendação para tratar contra a Podridão Cinzenta foi efectuada na Circular de Aviso nº 15/12 de 26 de Julho, por a maior parte das vinha se encontrar no estado de Pintor e haver previsão de chuva para o início do mês de Agosto. Nesta recomendação fazia-se indicação para que vinhas fustigadas pelo granizo sentido nalguns locais a 25 e 26 de Julho deveriam sofrer esse tratamento de imediato Podridão negra/black Rot (Guignardia bidwellii (Ellis) Viala & Ravaz) Na sequência da importância que esta doença tem atingido na região no decurso das três últimas campanhas, com a primeira Circular de Aviso, emitida a 23 de Janeiro e aproveitando a época de poda, seguiu uma indicação sobre profilaxia da vinha de modo a diminuir as fontes de inóculo para esta doença. A 9 de Abril, por a vinha se encontrar numa fase fenológica sensível à podridão negra e na sequência da preconização de um tratamento para oídio, na Circular 05/12 fez-se a recomendação para optar por um produto capaz de combater as duas doenças simultaneamente. Com esta circular seguiu a lista dos produtos homologados à data para combate à podridão negra, assim como um desdobrável a cores ilustrando os principais sintomas associados à doença. Com a precipitação sentida desde o início do mês (Figura 4) a 9 de Maio foi emitida a circular 09/12 indicando que as condições eram favoráveis ao desenvolvimento da doença e aconselhando o agricultor a manter a vigilância da vinha, removendo folhas que viessem a manifestar sintomas, por se tratar de sintomas iniciais. A 17 de Maio na sequência da detecção recente das primeiras manchas de podridão negra, em folhas, pâmpanos e cachos e havendo previsão de tempo instável, fez-se a recomendação para um novo tratamento com a Circular 10/12. Por haver novas finalidades homologadas foi enviada com esta circular nova lista de finalidades para a podridão negra. A fase fenológica de floração, a elevada quantidade de inóculo presente nalgumas vinhas da região sobre folhas, cachos e pâmpanos e a previsão de chuva levou a que a 28 de Maio, com a Circular de Aviso nº 11/12 surgisse nova recomendação para tratamento contra esta doença. Mais uma vez procurou-se que este tratamento fosse combinado com tratamentos para míldio e/ou oídio 17

21 preconizados na mesma circular. A 11 de Junho, com a circular de aviso nº 12/12, encontrando-se as vinhas da região na fase de alimpa, havendo previsão de chuva e havendo, nalgumas vinhas, forte pressão de inóculo, foi feita nova recomendação para esta doença, particularmente nas vinhas onde houvesse forte presença da mesma. Nova recomendação para a podridão negra veio a 2 de Julho na Circular de Aviso nº 13/12 e apenas para as vinhas onde houvesse a doença. Novamente procurou-se que este tratamento fosse conciliado com os recomendados para o oídio e míldio na mesma circular. A 18 de Outubro, com a Circular 19/12 surge a última referência à doença, indicando medidas profiláticas destinadas a impedir a sua disseminação. A estratégia para a podridão negra da EADão, no corrente ano, procurou enquadrar a fileira, fornecendo o máximo de informação possível e tentando implementar uma lógica de tratamentos que encaixasse noutros já praticados e de carácter quase obrigatório (míldio e oídio), evitando assim o aumento do nº de tratamentos já praticados na vinha. Das 8 recomendações efectuadas para a podridão negra, 3 recomendavam medidas profiláticas apenas, 4 recomendavam o uso de produtos igualmente eficazes para míldio ou oídio, de tratamento obrigatório, tendo sido feita apenas uma recomendação específica de tratamento para esta doença. Jornada Técnica sobre Podridão Negra A 24 de maio decorreu na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu uma Jornada Técnica sobre Podridão Negra da Videira. Este encontro pretendeu dar resposta às preocupações da manifestadas pela fileira, face à progressão da doença, fornecendo informação que permitisse melhorar os conhecimentos sobre a sua sintomatologia, epidemiologia, outros fatores que influenciassem o desenvolvimento da doença e sobre os meios, técnicas, estratégias e opções de luta para o problema. Ofereceu também a oportunidade de troca de experiências no seu controlo, usufruindo dos conhecimentos adquiridos em países onde a Podridão Negra se tem vindo a manifestar de forma grave e constante. O número de participantes no evento ultrapassou os 350, entre técnicos, docentes, investigadores e viticultores, oriundos de todas as regiões do país, com maior representatividade das regiões Centro e Norte do país, demonstrando o interesse que este problema tem suscitado à vitivinicultura nacional. Desta jornada resultaram duas publicações Uma monografia sobre a doença e o livro de resumos da Jornada. 18

22 Ensaio Vitimeteo Em colaboração com o Dr. Daniel Molitor do Centre de Recherche Public Gabriel Lippmann do Luxemburgo e com a Drª Laura Mugnai da Universidade de Florença, foi instalado no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, um ensaio, com infecção de videiras da Casta Jaen, para compreensão das épocas de maior sensibilidade à infecção por Guignardia bidwellii, assim como dos tempos de incubação da doença. Este ensaio permitiu, até à data, confirmar, que o aparecimento dos primeiros sintomas se dá aos 175 graus dia acumulados após uma chuva contaminante, sendo esses graus considerados apenas entre uma temperatura mínima de 6ºC e máxima de 24ºC. Simultaneamente foi perceptível que as infecções que desencadearam os primeiros sintomas, observados a 16 de Maio, foram originadas por chuvas que ocorreram entre 9 e 14 de Abril no estado fenológico BBCH 09 (D/E, escala de Baggiolini). Estes resultados, ainda de carácter preliminar, são bastante satisfatórios, permitindo posicionar com maior precisão os primeiros tratamentos para esta doença, de forma a evitar as contaminações ditas primárias que mais tarde infectarão o cacho. As condições do presente ano, não permitiram verificar se a regra dos 175 graus dia se poderia ou não aplicar às infecções ao bago, de maior importância económica, pelo que será útil dar continuidade a este estudo em anos vindouros Esca da Videira (Phaeomoniella chlamydospora., Phaeoacremonium spp. e Fomitiporia mediterranea) A Circular nº 01/12 de 23 de Janeiro, fez a primeira referência de 2012 a Esca, recomendando medidas profiláticas destinadas ao controlo deste tipo de doenças. Esta recomendação continha uma referência a um link com mais informação sobre doenças do lenho. Aproveitando as primeiras manifestações da doença, foi emitida recomendação com a Circular de Aviso nº 14/12 de 16 de Julho alertando para a sua sintomatologia, sua importância e necessidade de marcar as cepas afectadas para posterior remoção A 18 de Outubro com a Circular de Aviso nº 19/12, fez-se a última referência à doença indicando medidas para o seu controlo antes da época da poda. 19

23 14-Mar 21-Mar 28-Mar 04-Abr 11-Abr 18-Abr 25-Abr 02-Mai 09-Mai 16-Mai 23-Mai 30-Mai 06-Jun 13-Jun 20-Jun 27-Jun 04-Jul 11-Jul 18-Jul 25-Jul 01-Ago 08-Ago 15-Ago 22-Ago 29-Ago 05-Set 12-Set 19-Set 26-Set 03-Out 10-Out Fenómenos fisiológicos: Escaldão Na sequência das fortes temperaturas e baixa humidade sentidas na semana de 16 a 22 de Julho, com extremos de 42ºC durante algumas horas e HR de 12%, a 19 de Julho, foi enviado um com fotografias e descrição dos sintomas associados ao fenómeno alertando e esclarecendo a situação, de forma a procurar evitar tratamentos fitossanitários por risco de confusão com outras sintomatologias. A 26 de Julho, atendendo ao elevado número de produtores que continuavam a acudir à EADão com o problema nas suas vinhas, emitiu-se nova nota na Circular de Aviso nº 15/ Traças da uva Eudemis (Lobesia botrana Den & Schiff) No início do mês de Março, foram colocadas armadilhas sexuais para a traça da uva (Lobesia botrana) nos vários postos biológicos. Da observação do gráfico da Figura 8 é perceptível que o nº de capturas do insecto foi baixo, permitindo no entanto a identificação de três gerações, a 1ª com pico a 4 de Abril, a 2ª em meados de Junho e a terceira no período de final de Agosto e princípio de Setembro. À semelhança dos anos anteriores foi no posto de Tondela que se verificou o maior número de capturas Viseu S.Paio Tondela F. Arouce Várzea 0 Figura 8 - Curva de vôo de Lobesia botrana À semelhança do ocorrido em 2012, no dia 21 de Março, em função das primeiras capturas de traça foi dada a indicação para a colocação dos difusores da confusão sexual, divulgada pela Circular de Aviso nº 03/12. 20

24 nº de exemplares capturados Na observação efectuada aos cachos ao longo do ciclo vegetativo, nos diversos Postos de Observação Biológica, não foram detectados quaisquer estragos correspondentes à 1ª geração (ninhos) tendo o mesmo ocorrido com a 2ª e 3ª gerações Cochilis (Eupoecilia ambiguella Hb.) Manteve-se uma armadilha para esta espécie no Posto de Observação Biológica de S. Paio. O número de adultos capturados não foi significativo, nunca ultrapassando a unidade por visita ao POB. As poucas capturas efectuadas concentraram-se no período entre 15 de Junho e 15 de Setembro Cigarrinha Verde (Empoasca vitis Gothe) O voo da cigarrinha verde foi acompanhado com o auxílio de placas cromotrópicas amarelas instaladas em todos os POBs. Durante praticamente todo o ciclo o número de capturas foi relativamente baixo (Figura 9), observando-se apenas um aumento de capturas durante o mês de Julho, provavelmente correspondente à 2ª geração da praga 350 Capturas semanais de cigarrinha verde em placa cromotrópica amarela Viseu 150 S.Paio Tondela F. Arouce Várzea 10-Out 26-Set 12-Set 29-Ago 15-Ago 1-Ago 18-Jul 4-Jul 20-Jun 6-Jun 23-Mai 9-Mai 25-Abr 11-Abr 28-Mar 14-Mar Datas de observação Figura 9 - Capturas semanais de cigarrinha verde nos diferentes POBs. De acordo com o protocolo, foram realizadas observações semanais em 100 folhas de videira nos POB de Tondela e Foz de Arouce (Figura 10) Como se depreende da Figura, não foi atingido o nível económico de ataque em qualquer um dos POB acompanhados. No entanto observações fora dos POB usuais indicaram, a 24 de Julho, 70%das folhas da casta Alfrocheiro ocupadas na zona de Moreira e 80% na zona de Nelas, pelo que na Circular de 21

25 nº de exemplares observados 14-Mar 21-Mar 28-Mar 04-Abr 11-Abr 18-Abr 25-Abr 02-Mai 09-Mai 16-Mai 23-Mai 30-Mai 06-Jun 13-Jun 20-Jun 27-Jun 04-Jul 11-Jul 18-Jul 25-Jul 01-Ago 08-Ago Aviso 15/12 de 26 de Julho se efectuou uma recomendação para observar e tratar contra esta praga, se necessário Observações semanais de ninfas de cigarrinha verde em 50 folhas Tondela Foz de Arouce Datas das observações Figura 10 - Observações semanais de ninfas de cigarrinha verde em 50 folhas Cicadelídeo vector do fitoplasma da flavescência dourada (FD) (Scaphoideus titanus Ball) Em 2012, a prospeção na região do Dão do cicadelideo Scaphoideus titanus Ball., inseto vetor da Flavescência Dourada, recaiu sobre 51 locais, distribuídos por 12 concelhos dos seguintes distritos: 2 concelhos do distrito da Guarda, 9 do distrito de Viseu e 1 do distrito de Coimbra. Foram acompanhados 9 viveiros distribuídos nos concelhos de Carregal do Sal, Viseu, Sátão, Tondela e S. Pedro do Sul, nos quais não foi registada a presença de adultos do vetor. Quadro 4 - Concelhos e freguesias alvo de trabalhos de prospeção de S. titanus no Dão, em Distrito Concelho alvo de prospeção ST Freguesias alvo de prospeção ST Nº de locais de prospeção Viseu Viseu Carregal do Sal Povolide (viveiro) 1 Silgueiros 3 S. João de Lourosa 1 Beijós (viveiros) 4 Cabanas de Viriato 1 S. Pedro do Sul S. Pedro do Sul 2 22

26 Serrazes 1 S. Pedro do Sul 1 Bordonhos (viveiro) 1 S. Cristovão de Lafões/ Sta. Cruz da Trapa 1 Vouzela Fataunços 1 Nelas Mangualde Nelas 5 Aguieira 1 Santar 1 Vilar Seco 2 Carvalhal Redondo 1 Moreira 1 Canas de Senhorim 1 Senhorim 1 Alcafache 2 Lobelhe do Mato 1 Fornos Maceira Dão 1 Moimenta Maceira Dão 1 Cunha Baixa 4 Sátão S. Miguel Vila Boa (viveiros) 2 Penalva do Castelo Sezures 1 Campo de Besteiros (viveiro) 1 Santiago de Besteiros 1 Tondela Parada de Gonta 1 Lajeosa do Dão 1 Canas de Santa Maria 1 Sabugosa 1 Coimbra Lousã Foz de Arouce 1 Guarda Gouveia Nabais 1 Seia Paranhos da Beira 1 Em 2012 a prospeção teve início em junho com recurso à técnica das pancadas executada com cadência semanal. Considerando que em 2011 o maior número de adultos foi intercetado na freguesia de Serrazes (S. Pedro do Sul), as observações incidiram nesse local. 23

27 As vinhas localizadas nas freguesias de Lobelhe do Mato, concelho de Mangualde e Casal Sancho freguesia de Santar, concelho de Nelas também foram alvo deste acompanhamento. A 5 de junho, na vinha de Serrazes, foram observadas as primeiras ninfas recém-eclodidas, correspondente ao estado N1. Este registo também se verificou na semana seguinte. No dia 25 de junho foram observadas as primeiras ninfas em N2 e no dia 3 de junho as primeiras ninfas em N3. N3 N1 N2 N2 Figura 11 Ninfas N1, N2 e N3 (Vanda Batista, 2012) Foi registado um maior número de ninfas N3 na observação de 16 de junho, pautada pelo aparecimento de ninfas N4. Um exemplar pré-alado (N5) foi capturado a 10 de Julho em Casal Sancho tendo a captura deste tipo de ninfa ocorrido em Serrazes a 3 de Agosto. Os primeiros adultos foram capturados nas armadilhas cromotrópicas de Casal Sancho a 25 de julho e nas de Serrazes o 1º adulto foi intercetado no dia 31 mesmo mês. N4 N5 Figura 12 - Ninfas N4 e N5 (Vanda Batista, 2011 e 2012) 24

28 Comparando com a campanha anterior verificou-se um atraso no desenvolvimento da praga. Em Serrazes no decorrer de 2011, os primeiros adultos foram observados a 19 de julho, 12 dias mais cedo relativamente a Situação idêntica foi verificada em Casal Sancho, onde em 2011 os primeiros adultos foram observados a 3 de Agosto, enquanto que em 2012 só o foram 22 dias depois. Figura 13 Adulto de S. titanus (Vanda Batista, 2012) Considerando que o aparecimento dos adultos é escalonado e que a oportunidade de tratamentos é essencial no controlo do vetor, foi emitida recomendação na circular nº 14/12 de 16 de junho. Neste aviso constaram os concelhos e freguesias onde já tinha sido identificado o inseto no ano de 2011 e também as substâncias ativas homologadas. Quadro 5 - Concelhos e freguesias onde S. titanus tinha sido identificado em 2011 Concelhos Mangualde Nelas Freguesias Alcafache e Lobelhe do Mato Carvalhal Redondo, Moreira e Santar S. Pedro do Sul Baiões, Várzea, Serrazes e S. Pedro do Sul Viseu Silgueiros Conforme referido, os primeiros adultos foram observados em Casal Sancho (Santar) a 25 de julho e em Serrazes a 31 de julho. Nas freguesias de Alcafache e Lobelhe do Mato, concelho de Mangualde, a sua presença apenas se fez notar nos dias 13 e 30 de agosto, respetivamente. Na freguesia de Rebordinho, concelho de Viseu, foi pela primeira vez detetado o inseto a 8 de Agosto. Nas demais freguesias de Nelas, as primeiras capturas 25

29 deram-se a 13 de Agosto tanto em Carvalhal Redondo como em Moreira. O mesmo sucedeu na freguesia de Lajeosa do Dão, concelho de Tondela, onde a 13 de Agosto se detetou pela primeira vez um adulto de S. titanus. Nos dias 5, 6 e 7 de Novembro procedeu-se à colheita de material vegetal, segundo a metodologia preconizada, para análise e identificação da presença do fitoplasma da Flavescência Dourada nas vinhas onde se registou a presença do inseto. Foram colhidas 22 amostras, as quais foram devidamente identificadas e remetidas para o INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Figura 14 Distribuição das amostras colhidas em 2012 Concelho de S. Pedro do Sul No concelho de S. Pedro do Sul a presença do cicadelídeo S. titanus Ball., foi registada a 31 de julho, na freguesia de Serrazes. Os últimos adultos foram intercetados na primeira semana de Outubro. O gráfico seguinte elucida sobre o desenvolvimento do inseto em cada uma das freguesias prospetadas. É de salientar que na presente campanha não foi acompanhada a freguesia da S. Pedro do Sul devido ao arranque da vinha e a freguesia de Baiões face à dificuldade no acesso às explorações. A presença do inseto apenas foi notada na freguesia de Serrazes, ocorrendo o pico de capturas 4 de setembro com 90 adultos, contrastando com os 165 obtidos a 2 de agosto na campanha anterior. Face à indisponibilidade dos proprietários não foi possível efetuar o acompanhamento na freguesia de Baiões. Contrariamente ao esperado, não foi observada a 26

30 presença do inseto na freguesia de S. Pedro do Sul como sucedeu no ano passado. Esta situação conduziu á necessidade de monitorizar o inseto numa outra vinha localizada na mesma freguesia, onde o resultado foi idêntico. Na figura seguinte está representado o voo do inseto segundo as capturas no POB de Serrazes. Está incluída a freguesia de Fataunços, concelho de Vouzela, onde não foi registado nenhum inseto suspeito à semelhança de anos anteriores. Figura 15 - Evolução do vetor nas freguesias de S. Pedro do Sul e Vouzela Concelho de Mangualde No concelho de Mangualde a presença do inseto foi notada apenas no mês de agosto. As freguesias assinaladas são Alcafache e Lobelhe do Mato, não se registando evolução do inseto neste concelho. O voo dos adultos encontra-se representado na figura seguinte. Na freguesia de Alcafache foram acompanhadas duas vinhas localizadas em Aldeia de Carvalho e Casal Sandinho. O pico do voo registou-se a 30 de agosto, com 11 adultos, em Aldeia de Carvalho e 11 de setembro em Casal Sandinho, com 54 adultos. Em Lobelhe do Mato o pico de capturas foi registado a 13 de Setembro, com 13 adultos. Também foram monitorizados quatro pontos de prospeção na freguesia da Cunha Baixa, não sendo de assinalar a presença de adultos do vetor. 27

31 Figura 16 - Evolução do vetor nas freguesias de Mangualde Concelho de Nelas O vetor já foi detetado em três das suas freguesias a Norte Santar, Moreira e Carvalhal Redondo. Na vinha acompanhada na freguesia de Moreira, uma parcela de Alfrocheiro, onde era notória a presença do inseto, foi arrancada e destruída, sendo evidente que após o arranque dessa parcela o nº de insetos capturados foi reduzido substancialmente nas restantes parcelas do mesmo local onde se manteve a monitorização. O inseto foi ainda monitorizado em vinhas das freguesias de Nelas, Vilar Seco, Aguieira e Canas de Senhorim, onde à semelhança dos anos anteriores não foi detetado qualquer espécimen do mesmo Jun 18-Jun 2-Jul 16-Jul 30-Jul 13-Ago 27-Ago 10-Set 24-Set Santar Moreira Carvalhal Redondo Figura 17 - Evolução do vetor nas freguesias onde foi detectado, no concelho de Nelas 28

32 Concelho de Viseu Em Viseu a monitorização incidiu sobre as freguesias de Silgueiros (2 pontos de monitorização Pindelo de Silgueiros e Silgueiros - dada a grande dimensão da freguesia) e de S. João de Lourosa. Tal como no ano anterior, não foi detetado qualquer exemplar de S. titanus na freguesia de Silgueiros, pese embora desde 2010 o inseto ser indicado como presente na freguesia, em virtude de ter sido detetado um único exemplar daquele inseto na localidade de Pindelo de Silgueiros. Ainda neste concelho, o lugar de prospeção existente na freguesia S. João de Lourosa, foi transferido para o lugar de Rebordinho, tendo aí sido assinalada a presença do vetor no dia 8 de agosto. Concelho de Carregal do Sal Atendendo à presença de sintomas suspeitos numa vinha da região, foram colocadas armadilhas numa vinha do concelho situada em Cabanas de Viriato, não tendo sido capturado qualquer exemplar do insecto. Situação idêntica se verificou nos viveiros prospetados. Concelho de Tondela No concelho de Tondela foram mantidos sob monitorização quatro freguesias Canas de Santa Maria, Sabugosa, Parada de Gonta e Lajeosa do Dão. Pela primeira vez foram detetados exemplares de S. titanus na freguesia de Lajeosa do Dão, embora em pequeno número dia 13 de Agosto, 1 exemplar; dia 29 de Agosto, 1 exemplar - nas restantes freguesias a monitorização não detetou qualquer espécimen do vetor da flavescência dourada. Concelho do Sátão Foram acompanhados viveiros localizados na freguesia de S. Miguel Vila Boa e não se observou a presença do inseto. Concelho de Penalva do Castelo Foi acompanhado o posto localizado em Sezures, concelho de Penalva do Castelo, onde não foi detetado o inseto. Concelho da Lousã No Posto de Observação Biológica situado na freguesia de Foz de Arouce, foram colocadas armadilhas que foram acompanhadas durante todo o ciclo vegetativo, não tendo sido capturado qualquer exemplar de S. titanus. 29

33 Concelho de Gouveia Foi acompanhado o posto localizado em Nabais, concelho de Gouveia, onde não foi detetado o inseto. Concelho de Seia Foi acompanhado o posto localizado em Paranhos da Beira, concelho de Seia, onde não foi detetado o inseto. Nota final Após conclusão dos trabalhos de prospecção foram assinaladas mais duas freguesias positivas quanto à presença de S. titanus - S. João de Lourosa e Lajeosa do Dão - localizadas nos concelhos de Viseu e Tondela, respectivamente. Na figura 18 estão referenciadas as freguesias prospetadas, estando assinaladas a vermelho as freguesias onde foi observada a presença do inseto. Figura 18 Freguesias prospetadas na região demarcada do Dão 30

34 Em resumo e considerando a necessidade de alargar, no próximo ano, o perímetro de prospeção, serão de considerar os seguintes concelhos/freguesias: Quadro 6 - Concelhos e freguesias a considerar na prospeção de 2013 Concelhos Mangualde Nelas Tondela Freguesias Alcafache e Lobelhe do Mato Carvalhal Redondo, Moreira e Santar Lajeosa do Dão S. Pedro do Sul Baiões, Várzea, Serrazes e S. Pedro do Sul Viseu Silgueiros e S. João de Lourosa 31

35 Quadro 7 - Recomendações referentes a vinha emitidas com as Circulares de Aviso durante o ano de Circulares emitidas Míldio Oídio Podridão Cinzenta Podridão Negra Escoriose Traça da Uva Cigarrinha verde Scaphoideus titanus Escaldão Doenças do lenhoesca Nº 1 23 de Janeiro Nº 2 29 de Fevereiro Nº 3 21 de Março Nº 4 28 de Março Nº5 09 de Abril Nº 6 16 de Abril Nº 7 24 de Abril Nº 8 02 de Maio Nº 9 09 de Maio Nº de Maio Nº de Maio Nº de Junho Nº 13 2 de Julho Nº de Julho Nº de Julho Nº de Agosto Nº de Setembro Nº de Setembro Nº de Outubro 32

36 3. MACIEIRA Estados fenológicos Estados Fenológicos Lobão da Beira S. Pedro do Sul S. Paio Viseu Foz de Arouce Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. 21/2 21/2 1/3 21/2 24/2 24/2 6/3 27/2 8/3 1/3 6/3 27/2 12/3 6/3 12/3 8/3 12/3 6/3 20/3 20/3 20/3 15/3 20/3 15/3 16/3 12/3 20/3 20/3 2/4 29/3 26/3 22/3 2/4 26/3 26/3 26/3 9/4 2/4 5/4 29/3 9/4 2/4 9/4 9/4 13/4 10/4 11/4 2/4 13/4 13/4 13/4 13/4 20/4 13/4 19/4 13/4 19/4 11/4 13/4 13/4 26/4 26/4 26/4 20/4 26/4 19/4 26/4 19/4 26/4 26/4 2/5 2/5 2/5 2/5 2/5 2/5 26/4 26/4 2/5 2/5 14/5 14/5 12/5 12/5 12/5 12/5 12/5 12/5 14/5 14/5 33

37 Pedrado (Venturia ineaqualis Cke.) De forma a monitorizar a projecção dos ascósporos foram colocadas folhas de macieira provenientes de pomares atacados por pedrado e colocadas em condições de campo. A partir de março e antes da ocorrência de precipitação, foram colocadas 2 lâminas com vaselina, com objectivo de contabilizar os ascósporos projectados. Também foram observadas semanalmente ao microscópio peritecas provenientes de cada POB, com a finalidade de acompanhar a sua maturação. Em 2012 verificou-se um atraso na maturação das peritecas. A falta de humidade que se fez sentir durante o inverno foi determinante para este atraso. Na campanha anterior as primeiras peritecas maduras, com alguns ascos e ascósporos formados no seu interior, foram observadas no dia 1 de Março nos POB s da S. Pedro do Sul e Tondela. Este ano, em igual período, eram visíveis apenas algumas peritecas imaturas. Este cenário verificou-se no decorrer de março e apenas no final do mês foram observados os primeiros ascos mas sem ascósporos diferenciados. O desenvolvimento das peritecas decorreu durante abril tendo a precipitação ocorrida contribuído para a evolução da sua maturação. No final do mês já eram visíveis em todos os POB s peritecas desenvolvidas, com ascos e ascósporos formados. No dia 19 de Março foram contabilizados os ascósporos projetados aquando da ocorrência de precipitação a 16 a 18 de Março. O valor foi nulo, auxiliado pelo facto dos pomares ainda não se encontrarem em estado fenológico sensível. A 21 de Março foi emitida a primeira circular a recomendar tratamento preventivo, considerando que algumas cultivares já tinham atingido o estado fenológico C 3 -D e estava prevista ocorrência de precipitação para dia 24. Conforme referido anteriormente as peritecas ainda se encontravam em fase de maturação, não representando um risco elevado. Contudo, alguns fruticultores iniciaram a rega nos seus pomares e este procedimento contribuiu, naqueles locais, para o desenvolvimento das peritecas. A conjugação destes fatores conduziu à emissão do aviso. A 28 de Março foi difundida nova circular pois o Instituto de Meteorologia previa a ocorrência de precipitação para o fim-de-semana. 34

38 Figura 19 Ilustração da estratégia adotada em Março A chuva decorrida provocou a lavagem dos produtos aplicados, atendendo a que estes são lavados quando as precipitações atingem valores superiores a 25 l/m 2. No dia 3 de abril foi emitido SMS aos fruticultores. Após observação das lâminas não se observaram projeções. De 5 a 7 de abril registou-se novo período de precipitação e foram observados os primeiros ascósporos, 6 no total. No dia 9 de abril foi emitida nova circular reforçado com envio de SMS no dia seguinte. Estava previsto novo período de chuva que se previa de alto risco, já que as peritecas se encontravam maduras. Foram observados 47 ascósporos. Situação idêntica se verificou a 16 de abril, data que marcou o envio de nova circular. Após as chuvas foram contabilizados 30 ascósporos. No dia 24 de abril foi emitida nova circular, pois avizinhava-se novo período de precipitação que revelou ser bastante intenso, contabilizando-se mm de chuva de 25 abril a 8 de maio. Estas condições impediram a realização de tratamentos, com infeções sucessivas aliadas ao aparecimento de manchas resultantes das infeções anteriores. Segundo as previsões, as primeiras manchas iriam surgir no final do mês, tendo-se a 30 de abril, observado as primeiras manchas não esporuladas. No dia 3 de maio foram contabilizados 38 ascósporos e 21 no dia 9 de maio, perfazendo um total de

39 Figura 20 Ilustração da estratégia adotada em Abril A 2 de maio é emitido novo alerta ocasionado pela previsão de tempo instável, aparecimento de manchas e intensificação de projeções. Este aviso e o seguinte, emitido a 9 de maio, foi fundamental considerando que se assistiu ao aparecimento sequencial de manchas. Na visita ao POB de S. Pedro do Sul a 8 de maio, foram observadas manchas esporuladas, resultantes das infeções de 17 a 21 de abril e novas machas não esporuladas, resultantes das infeções provocadas pelas últimas chuvas. Nesta fase foi recomendada a realização de produtos de ação erradicante. A 17 de maio foi recomendada a proteção do pomar com produto de ação preventiva pois o Instituto de Meteorologia previa a ocorrência de precipitação para o fim-de-semana. Estas chuvas revelaram ser de alto risco, considerando que o aumento de temperatura e humidade no solo favoreceram a maturação das peritecas. Esta situação foi validada com a observação das projeções que atingiram um total de 52. Estando previsto novo período de precipitação foi enviada nova circular a 28 de maio. As projeções foram diminuindo de intensidade, tendo sido observados 11 ascósporos a 8 de junho. A partir desta data registaram-se valores nulos. 36

40 Figura 21 Ilustração da estratégia adotada em Maio Em junho e julho foram registados períodos de chuvas espaçados ao longo do tempo, que aliadas ao número de horas de folha molhada, iriam favorecer o desenvolvimento de infeções secundárias, em particular nos pomares onde já existiam manchas. As recomendações foram para a utilização de produtos preventivos. Figura 22 Ilustração da estratégia adotada em Junho 37

41 Figura 23 Ilustração da estratégia adotada em Julho No dia 18 de outubro foi enviada a última circular (Aviso nº 19/11) que continha informações sobre a aplicação de ureia, tratamento fundamental que visa a redução de inóculo para o ano seguinte. Considerando que o pedrado é doença chave na região do Dão, foi iniciado em 2011 um ensaio com objetivo de testar o produto Alginure da empresa Biosani, que tem como modo de ação potenciar o desenvolvimento de anticorpos que são naturalmente sintetizados pelas plantas quando estas são alvo de infeções. O produto foi testado na dose de 2,5 litros/ha e aplicado em mistura com os produtos químicos utilizados no controlo da doença. Na modalidade padrão foram efetuados os tratamentos com os mesmos fungicidas, sem adição de Alginure. O delineamento das observações foi elaborado com base na guideline da OEPP, relativa a ensaios de eficácia com fungicidas para V. pyrina PP 1/5(3). Deste modo seriam registados o nº de folhas infetadas e não infetadas, num total de 200 por parcela elementar e o nº de frutos infetados e não infetados, num total de 100 frutos por parcela elementar. Foram realizadas 11 observações sendo a primeira datada de 18 de Junho. A incidência nas folhas encontra-se representada na figura seguinte. A modalidade não tratada com Alginure revelou ser mais afetada pelo pedrado. Ao longo do ciclo o número de manchas afetadas foi claramente inferior na modalidade tratada com Alginure. 38

42 Figura 24 Nº de folhas infetadas por pedrado Relativamente à severidade da doença nas folhas, as diferenças não foram tão visiveis. Contudo, em praticamente todas as datas de observação, com excepção de 30 de Julho, a doença manifestou mais severidade na modalidade não tratada com Alginure. Figura 25 Severidade da doença nas folhas Nas mesmas datas foram observados 100 frutos por cada modalidade e registou-se um maior número de frutos afetados na modalidade tratada com Alginure, perfazendo um total de 17 frutos infetados. Na modalidade não tratada apenas se observaram 11 frutos. 39

43 Figura 26 Nº de frutos atacados Fogo bacteriano (Erwinia amylovora B.) Com base no modelo de previsão Maryblyt, desenvolvido por Steiner em 1990, a Estação de Avisos do Dão acompanhou o desenvolvimento da doença, tendo a preocupação de contribuir para a sua validação face às condições meteorológicas locais. Este modelo baseia-se no somatório de temperaturas desde o abrolhamento da cultura, para prever eventuais sintomas nos rebentos e cancros bacterianos. Considerando que a cultivar Bravo tem sido a mais afetada pelo fogo bacteriano foram considerados os dados fenológicos da cultivar. Em 2012 foi assinalado o abrolhamento a 12 de março, tendo sido iniciado o somatório para o aparecimento de cancros bacterianos desde essa data. Para além disso, é necessário indicar os eventos traumáticos e o período da floração. Foi registada queda de granizo a 2 de abril que não constituiu risco. Em 2012, a floração da cultivar Bravo decorreu durante o mês de Abril e não foram registadas condições meteorológicas favoráveis ao desenvolvimento da doença, sendo, por isso, o risco baixo a médio. 40

44 Figura 27 Previsão do modelo para aparecimento de cancros bacterianos Figura 28 Previsão do modelo na floração 41

45 Temperaturas médias de 14,4 C de máxima e 5,8 C de mínimas, não constituíram ameaça, que, contudo, pairou numa fase pós-floração, uma vez que a 9 de Maio as temperaturas aumentaram e o risco de infeção passou de baixo/médio para elevado. Este risco, porém, assumia um caráter diminuto, considerando que o número de flores era reduzido. Contudo parece-nos importante dar cumprimento ao preconizado no Manual da Boas Práticas para o controlo de fogo Bacteriano (DGADR, 2011) que indica a eliminação manual das inflorescências, antes da abertura das flores, que surjam fora da época normal de floração. Caso as flores já estejam abertas devem ser cortadas e queimadas no local. Esta medida torna-se importante na medida que a bactéria migra de uma flor infetada para o porta-enxerto matando a árvore na mesma campanha. Figura 29 Previsão do modelo na floração e pós-floração A 23 de Maio, atingiu-se o somatório de temperaturas para o aparecimento de cancros bacterianos. O granizo ocorrido a 20 de maio desencadeou novo somatório para sintomas nos rebentos (SBS) e sintomas derivados deste evento traumático (TBS). O seu aparecimento estava previsto para 31 de maio e 2 de junho. 42

46 Figura 30 Previsão do modelo para sintomas SBS e TBS Esta situação originou a emissão do aviso nº 11/12 a 28 de maio, onde se aconselhou o acompanhamento dos pomares e a necessidade de aplicar as medidas de controlo visadas no Plano de Ação Nacional para o Controlo do fogo bacteriano. Juntamente com a circular foi enviado um folheto técnico com informações sobre a doença. Na tentativa de validar o modelo para as condições regionais, foi encetado um conjunto de observações no pomar da Estação Agrária de Viseu, onde a 28 de maio de observou um rebento com sintomatologia suspeita e a 29 de junho cancros com exsudados característicos da doença. a b Figura 31 Sintomas de fogo bacteriano nos rebentos (a) e exsudado no tronco (b) (Fotos: Vanda Batista) 43

47 A 2 de junho a Estação de Avisos do Dão contemplou informações sobre a doença na circular nº 13/12. Face aos sintomas observados foi recomendada vigilância nos pomares. Em 2012 a doença manifestou-se de uma forma menos severa, sendo no entanto importante exercer práticas que contribuam para a redução de inóculo desta e de outras doenças que afetam os pomares. A 18 de outubro na circular nº 19/12 foram visadas medidas que contribuem para redução desta e de outros inimigos da macieira Bichado (Cydia pomonella L.) Os primeiros adultos de bichado da fruta foram intercetados a 2 de Abril no POB de S. Pedro do Sul, com 88,78ºC de temperatura acumulada. Na semana seguinte foram capturados adultos em todos os POB s. A 9 de Abril foi emitida a Circular nº 5/2012, recomendando a instalação dos difusores da confusão sexual. A emergência dos adultos em insectário ocorreu a 10 de abril, mas as condições meteorológicas observadas no decorrer do mês condicionaram as emergências. As eclosões ocorreram num período de tempo mais curto comparativamente a 2011, onde a eclosão foi mais faseada. O pico registou-se no início de Junho. O gráfico seguinte ilustra o número de emergências registadas no insectário. Figura 32 Evolução das emergências em insectário 44

48 A 8 e 10 de maio foram instaladas duas mangas de postura com casais. As primeiras posturas foram observadas a 11 de maio, com 2 ovos na primeira manga e 14 na segunda. Esta fase revelou ser determinante para a realização de tratamentos com inseticidas de ação ovicida, devidamente assinalada com a emissão do aviso nº 9/2012 a 9 de maio. O estado cabeça negra foi visível a 17 de maio data em que se procedeu ao envio da Circular nº 10/12 aconselhando a aplicação de produtos com ação ovicida larvicida ou larvicida. No dia 11 de junho e após observação de frutos com perfurações recomendou-se na Circular nº 12/2012 a renovação de tratamento. a a b Figura 33 Posturas (a) e primeiras perfurações de bichado (b) (Fotos: Vanda Batista) O fim da eclosão de adultos no insectário registou-se a 4 de julho, coincidindo com o início do voo dos adultos da 2ª geração. Foi difundida nova circular a 16 de Julho a recomendar tratamento, pois previa-se um aumento do voo, tendo-se verificado o pico no POB de Tondela a 18 de Julho. A atividade dos adultos manteve-se intensa durante a 2ª quinzena de Julho. No dia 7 de agosto foi emitida nova circular pois o voo continuava intenso. Analisando a curva, observa-se um voo intenso da 1ª geração, tendo-se atingido o pico de voo a 14 de maio com 40 adultos no POB de S. Paio, 26 no POB de Tondela e 27 no POB de S. Pedro do Sul. A 2ª geração foi mais proeminente no POB de Tondela, com um máximo de 51 adultos no dia 18 de Julho. 45

49 Figura 34 Curva de voo de bichado da fruta À semelhança dos anos anteriores encontra-se implementado o método da confusão sexual nalgumas parcelas de pomar da Estação Agrária de Viseu. A instalação dos difusores ocorreu a 17 de abril nas parcelas F2, F8 e F9. A parcela F4 foi sujeita à aplicação de tratamentos químicos com inseticidas. Figura 35 Parcelas alvo de avaliação na Estação Agrária de Viseu 46

50 As parcelas foram monitorizadas semanalmente com a observação de 1000 frutos por parcela. No dia 11 de Junho foram observados os primeiros frutos bichados na parcela F2, mas devido à característica da perfuração foi identificado como Cydia molesta. A incidência desta praga aumentou e no dia 15 foram observados 11 frutos na mesma parcela. É de salientar que os frutos atacados estavam localizados na bordadura. A 25 de junho foram observados frutos com Cydia molesta nas restantes parcelas. Naquela data foi observada a primeira perfuração de bichado da fruta na F9. No dia 28 de Junho foi realizado a primeira intervenção química nas parcelas sujeitas à confusão sexual. A parcela onde se verificou uma maior pressão da praga foi na F9, onde é recorrente surgirem os ataques mais intensos. As parcelas F8 e F4 manifestaram um ataque inferior. No dia 18 de julho o ataque intensificou-se e repetiu-se o tratamento. Na parcela F4 foram realizados quatro tratamentos e nas restantes apenas dois. O método da confusão sexual permite uma redução da aplicação de inseticidas o que se traduz numa diminuição de residuos. Figura 36 Evolução do ataque de bichado da fruta nas parcelas F2, F8, F9 e F4 No inicio de junho foram colocadas 20 cintas de cartão canelado em cada parcela, para avaliar o risco potencial para o ano seguinte. Em finais de outubro as cintas foram retiradas e o número de larvas interceptadas foi de 5 na F2, 1 na F8, 7 na F4, 1 na F9 e 2 na F2. O risco potencial revelou ser reduzido em particular nas parcelas sujeitas ao método da confusão sexual. 47

51 Foram instaladas cintas de cartão canelado noutros pomares devido à necessitadade de obter 1000 larvas para colocar no insetário. Foram colocadas 70 cintas no POB de S. Paio, 67 no pomar biológico da Estação Agrária de Viseu e 62 num pomar localizado na freguesia de Povolide. Em S. Paio foram retiradas 104 larvas, no pomar biológico 184 e em Povolide O risco potencial para a próxima campanha é de 1,5 para S. Paio, 2,7 para o pomar biológico e 17,7 para o pomar de Povolide Lagartas mineiras (Phyllonorycter blancardella F. e Leucoptera malifoliella Costa) A Estação de Avisos do Dão acompanha duas espécies de lagartas mineiras, a mineira pontuada (Phyllonorycter blancardella) e a mineira circular (Leucoptera malifoliella). Estas não são consideradas praga-chave visto os estragos que causam serem muito reduzidos. No presente ano apenas foram colocadas armadilhas sexuais no POB de S. Pedro do Sul. À semelhança de anos anteriores o voo da lagarta mineira pontuada teve início mais cedo e foi mais intenso ao longo da campanha. São detetáveis três gerações anuais sendo mais proeminentes na lagarta mineira pontuada. Apesar da população de adultos ser intensa, os estragos provocados por esta espécie não foram representativos. Relativamente à lagarta mineira circular, os primeiros adultos surgiram a 4 de Abril. O número de capturas foi menor e tendo-se registado 3 picos a 15 de Maio (67 adultos), 11 de Julho (81 adultos) e 27 de Agosto (187 adultos). Figura 37 Curva de voo da lagarta mineira pontuada e lagarta mineira circular 48

52 Cochonilha de S. José (Quadraspidiotus perniciosus Comstock) Em meados de Março foram instaladas as armadilhas cromotrópicas brancas com feromona sexual nos postos de Viseu, Tondela, Foz de Arouce e S. Pedro do Sul. Os primeiros adultos foram intercetados no dia 19 de Março no POB de Foz de Arouce. O voo dos adultos da geração hibernante não foi significativo, tendo-se verificado valores nulos nos POB s de Viseu, Lobão da Beira e S. Pedro do Sul. Este facto está relacionado com as condições meteorológicas observadas em abril. A chuva e frio inibem o voo dos machos. Em todos os POB s monitorizados observou-se um aumento do número de adultos em Setembro e Agosto, facto que coincidiu com as elevadas temperaturas registadas naquela altura. Foram colocadas cintas adesivas bi-facetadas em Foz de Arouce, Viseu e Tondela. Analisando a figura seguinte facilmente são identificados os dois períodos referentes à 1ª e 2ª geração. Em Viseu as primeiras ninfas foram intercetadas a 23 de maio com pico de eclosão a 6 de Junho. Nos restantes POB s a eclosão verificou-se na semana seguinte com pico de eclosão a 15 e 20 de Junho. Figura 38 Curva de voo dos machos da cochonilha de S. José A 2ª geração teve início em agosto com picos de eclosão a 17 de agosto no POB de Lobão da Beira e 31 de agosto nos POB s de Foz de Arouce e Viseu. 49

53 Figura 39 Curva de eclosão das ninfas de cochonilha de S. José Estes dados foram essenciais para emissão das circulares de aviso. O primeiro aviso foi emitido a 29 de fevereiro e visava a aplicação de óleo de Verão a 4% para controlo das formas hibernantes. No dia 11 de junho foi emitida circular nº 12/12 a aconselhar tratamento para as formas móveis, após o registo do pico de eclosões das ninfas. A renovação de tratamento foi aconselhada na circular nº 16/12 de 7 agosto, depois da interceção das ninfas da 2ª geração. No quadro seguinte estão relacionadas as datas e o somatório de temperaturas registadas para o aparecimento dos adultos da geração hibernante, ninfas da 1ª e 2ª geração. Quadro 8 Somatório de temperaturas para adultos e ninfas da 1ª e 2ª geração Somatório Ninfas Somatório Ninfas Somatório POB Adultos Temp. 1ª Geração Temp. 2ª Geração Temp. Viseu maio ºC 1 agosto ºC Tondela maio ºC 1 agosto ºC 50

54 Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch) Para determinar o início das primeiras eclosões dos ovos de Inverno, colocaram-se nos diferentes postos biológicos duas tábuas de eclosão, com dois fragmentos de ramo de macieira. Cada fragmento continha ovos de Inverno de aranhiço vermelho e, para impedir a fuga das larvas, foi colocada vaselina no perímetro da tábua. O início da eclosão verificou-se a 27 de Fevereiro em todos os POB s, com exceção de Tondela. Esta situação conduziu à emissão da circular nº 02/2012 a 29 de fevereiro com a recomendação da aplicação de óleo de Verão a 4% a alto volume e alta pressão de forma a molhar bem as árvores, o mais próximo possível da rebentação (Inchamento do gomo). O gráfico seguinte ilustra a evolução da eclosão das larvas. O pico da eclosão foi registado a 29 de março em Tondela, 9 de abril na Foz de Arouce, Viseu e S. Pedro do Sul e a 26 de abril em S. Paio. Contrariamente a anos anteriores não foi emitida circular ao pico da eclosão dos ovos de inverno, pois a intensa precipitação provocou a lavagem das larvas não se justificando a intervenção química nesta situação. Foram emitidos mais 2 avisos para o controlo da praga (17 de maio e 2 de julho) a recomendar tratamento apenas se observassem 50 a 75% folhas ocupadas. Figura 40 Curva de eclosão de aranhiço vermelho 51

55 Piolhos Verde (Aphis pomi P.), Cinzento (Dysaphis plantaginea F.) e Pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum) O primeiro tratamento para formas hibernantes destas pragas foi emitido a 27 de fevereiro. O tratamento deveria ser posicionado o mais próximo possível da rebentação (Inchamento do gomo), com óleo de Verão a 4%, a alto volume e alta pressão, de forma a molhar bem as árvores. No dia 16 de Abril foi emitido um aviso para o piolho cinzento, recomendando a observação de 100 rebentos e a realização de tratamento caso fossem observados 2 a 5% de rebentos infestados. Esta aplicação deveria ser posicionada apenas no período pósfloração. No dia 9 de maio foi renovada a recomendação na circular nº 09/12, desta vez contemplando o piolho verde e piolho cinzento. No mês de junho eram visíveis ataques intensos de piolho verde nalguns pomares da região, dado que justificou o alerta difundido na circular nº 12/12 do dia 11. De acordo com os princípios da proteção integrada foi recomendada a observação de 100 rebentos e tratamento apenas se fossem contabilizados 10 a 15% de órgãos infestados. Relativamente ao pulgão-lanígero observou-se um aumento da população da praga em alguns pomares da região. Atendendo que as práticas culturais são determinantes para o seu controlo foi veiculada na circular nº 1, práticas que visavam a limpeza dos tumores provocados pela praga Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.) Para monitorizar o voo da mosca da fruta foi utilizada a garrafa mosqueira com trimedlure e fosfato di-amónio a 5%, colocadas nos POB s na primeira semana de Junho. Os primeiros adultos foram intercetados a 7 de agosto em todos os postos com a exceção de Foz de Arouce. Nesse dia foi emitida a primeira circular a recomendar tratamento para a praga (Circular nº 16/2012), realçando a importância de posicionar o tratamento considerando a maturação das cultivares. Atendendo à intensificação do voo no final do mês de Agosto e Setembro foi emitida nova circular a 6 de Setembro, visando apenas a protecção das cultivares mais tardias. Esta recomendação assumiu especial importância visto, durante o mês de Setembro, se ter observado uma intensificação da praga e muitas cultivares ainda se encontravam em fase final de maturação. 52

56 Figura 41 Curva de voo de mosca da fruta No dia 18 de outubro a praga foi contemplada na circular nº 19/12, considerando que neste mês os ataques foram mais intensos e as medidas culturais a adotar, no período póscolheita, são essenciais para reduzir a incidência da praga. A evolução da praga foi acompanhada nos pomares da Estação Agrária de Viseu com instalação de garrafas mosqueiras nas parcelas F4 e F9. Os primeiros adultos foram intercetados no dia 1 de Agosto com a presença de 1 macho na armadilha instalada na F4. No dia 11 de Setembro foram observados 4 adultos na armadilha da F9. O aparecimento mais tardio na F9 é justificado pelo facto de esta parcela ser constituída pela cultivar Bravo, mais tardia a nível de maturação. Nas semanas seguintes observou-se uma intensificação no número de capturas, essencialmente na F9, tendo sido intercetados 25 adultos no dia 16 de outubro. Não se registaram estragos à colheita relacionados com o ataque desta praga Sésia (Synanthedon myopaeformis) No pomar da Estação Agrária de Viseu foi colocada uma armadilha para monitorizar o voo dos adultos de sésia. Registaram-se dois picos nas capturas de adultos a 26 de Maio e 21 de Julho. 53

57 Figura 42 Curva de voo da sésia Cecidómia da macieira (Dasineura mali Kieffer) e tigre (Stephanitis pyri Fabricius) Nas últimas campanhas tem sido observada a presença da cecidómia (Dasineura mali Kieffer) e tigre (Stephanitis pyri Fabricius), nalguns casos significativa, em pomares de macieira, em particular na cultivar Bravo. Até ao momento estas pragas manifestam-se de forma esporádica e pontual em macieira, sendo por isso consideradas pragas secundárias. No sentido de alertar os fruticultores e sensibilizar para a eventual presença foi elaborada uma ficha técnica que permite identificar a sintomatologia e estragos provocados por cada praga. Segundo vários autores estas são facilmente controladas por inimigos naturais, sendo fundamental manter o equilíbrio biológico do pomar. Considerando que não existem produtos homologados para controlar estas pragas recomenda-se uma estratégia de proteção fitossanitária racional, menos agressiva para os insetos auxiliares, nomeadamente mirídeos, antocorídeos e himenópteros parasitóides. Face à necessidade de fornecer informações aos produtores sobre ambas as pragas foi elaborada pela Estação de Avisos do Dão a Ficha Técnica nº 4 (Anexo), disponível no site da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. 54

58 Quadro 9 - Recomendações referentes á cultura da macieira, emitidas com as Circulares de Aviso no ano de 2012 Piolhos Circulares emitidas Pedrado Fogo bacteriano Cancro Bichado Cochonilha de São José Verde, Cinzento e Aranhiço vermelho Mosca da fruta lanígero Nº 1-23 janeiro Nº 2 29 fevereiro Nº 3 21 março Nº4-28 março Nº 5-9 abril Nº 6 16 abril Nº 7 24 abril Nº 8 2 maio Nº 9-9 maio Nº maio Nº maio Nº junho Nº 13-2 julho Nº julho Nº julho Nº 16 7 agosto Nº 17 6 setembro Nº setembro Nº outubro Total de Recomendações

59 3.2. OLIVAL Estados fenológicos Estados Fenológicos Lobão da Beira S. Paio Viseu S. Pedro do Sul Foz de Arouce Penalva A 14/2 20/2 21/2 21/2 14/2 20/2 A/B 27/2 1/3 5/3 27/2 27/2 1/3 B 12/3 1/3 6/3 6/3 12/3 1/3 C 2/4 29/3 26/3 15/3 13/4 29/3 D 19/4 19/04 20/4 20/4 26/4 27/04 D/E E 10/5 24/5 17/5 17/5 10/5 17/5 17/5 31/05 27/4 27/04 17/5 31/05 F 29/5 06/06 05/06 5/6 29/05 06/06 F1 29/5 06/06 05/06 5/6 29/05 06/06 G 12/6 14/06 15/06 14/07 12/06 14/06 H 23/7 09/08 20/08 31/07 31/07 09/08 I 28/8 19/10 17/10 16/10 28/8 19/10 J 28/11 28/11 28/11 28/11 56

60 Traça da oliveira (Prays olea Bernard) Esta praga teve três gerações anuais distintas conforme figura seguinte. A primeira geração foi menos intensa comparando com anos anteriores, muito devido às condições meteorológicas verificadas no mês de abril. Figura 43 Curva de voo dos adultos de traça da oliveira Nos postos de observação biológica de Penalva do Castelo e Viseu foram realizadas observações semanais para as diferentes gerações da traça da oliveira. É de referir que a intensa desfoliação, observadas em algumas variedades instaladas no olival varietal de Viseu condicionaram as observações. Para a 1ª geração, ou geração filófaga, observaramse 100 rebentos, 2 por árvore em 50 árvores. Foi registado o nº de galerias, rebentos roídos e larvas vivas. No POB de Viseu observaram-se as primeiras galerias no dia 5 de março, nas variedades Galega e Picual, e em Penalva do Castelo a 1 de março. O NEA referenciado para esta geração é de 10% de rebentos roídos. Em nenhum dos postos acompanhados foi atingido este limite. Esta geração não provocou estragos significativos pelo que não foi necessário efetuar recomendação, em particular, para tratamento de árvores jovens. 57

61 Figura 44 Evolução da geração filófaga no olival varietal de Viseu Figura 45 Evolução da geração filófaga no posto de Penalva do Castelo Em ambos os postos não foram observados estragos da geração antófaga. A intensa precipitação e frio ocorrido durante o mês de abril, contribuíram para a minimização dos estragos. No POB de Viseu não se observaram ninhos mas em Penalva do Castelo foram observados 4 ninhos a 21 de junho e 1 ninho a 19 de junho, ambos sem larva viva. 58

62 As primeiras posturas de traça foram observadas a 15 de julho no POB de Viseu. A prever um aumento do voo e intensificação de posturas foi emitida a 16 de julho a circular nº 14/12 a recomendar tratamento. Este aviso foi oportuno na medida em que o voo aumentou de forma significativa nas duas semanas seguintes. A 26 de junho foram observados 6 ovos na variedade Galega do olival varietal acompanhado em Viseu, seguidos de 4 ovos a 1, 3 e 8 de agosto. Em Penalva do Castelo foi observado 1 ovo a 19 de junho. Neste aviso também foi veiculada informação sobre o algodão cuja presença tem aumentado em alguns olivais da região Mosca da azeitona (Dacus olea Gmelin) Foi realizada, em todos os postos biológicos, a contagem semanal do número de moscas capturadas na placa cromotrópica amarela com feromona. O primeiro adulto intercetado foi no POB de Foz de Arouce a 27 de junho. Também foi neste posto onde se registou um maior número de capturas a 3 de outubro. Figura 46 Curva de voo dos adultos Em meados de julho a presença dos adultos era notada nos olivais, contudo os estragos começaram a ser visíveis no final do mês. Os primeiros ovos foram observados em Viseu no dia 26 de julho e em Penalva do Castelo a 19 de junho. Nas semanas seguintes o número de picadas com postura aumentou mas devido às elevadas temperaturas foi possível manter a pressão da praga a níveis baixos. 59

63 A praga evoluiu e a 16 de agosto foram observadas 2 picadas sem nada e 2 ovos no POB de Penalva do Castelo. O número de frutos com ovos foi visível mais cedo no POB de Viseu, a 8 de agosto. A 30 de agosto foram monitorizados outros olivais e em S. Paio foram observadas 6 larvas vivas e 5 ovos e noutro olival 2 larvas vivas e 2 ovos. Em Penalva do Castelo 3 larvas vivas e 7 ovos. Em Viseu na parcela biológica 8 larvas vivas e 4 ovos, na parcela F1S 1 ovo e na variedade Galega do olival varietal 6 larvas vivas e 3 ovos. No posto de Nelas, localizado a sul de Viseu, observaram-se 8 larvas vivas no dia 28 de agosto. Figura 47 Evolução da mosca da azeitona nos POB de Penalva do Castelo Figura 48 Evolução da mosca da azeitona nos POB de Viseu 60

64 Com este conjunto de dados e com as observações efetuadas na semana seguinte foi possível reunir informação suficiente para sustentar a emissão do aviso nº 17/12 a 6 de setembro. O Nível Económico de Ataque estabelecido para a praga foi atingido sendo oportuno realizar o primeiro tratamento contra a mosca da azeitona. Neste aviso foi incluída a lista de produtos e substâncias ativas homologadas para o controlo da praga e uma chamada de atenção relativamente aos cuidados a ter no caso da cultura se encontrar consociada com outras culturas, como a vinha. Este tratamento revelou ser de extrema importância já que a 13 de setembro foram observadas 12 larvas vivas em Nelas, 17 larvas vivas em Penalva do Castelo, 13 larvas vivas em S. Paio, 10 larvas vivas na variedade Galega do olival varietal em Viseu. Neste último verificou-se, nas observações seguintes, um decréscimo do ataque da praga visto ter sido realizado tratamento. Contrariamente, em Penalva do Castelo o número de larvas vivas manteve-se elevado observando-se 18 larvas vivas e 6 ovos a 20 de setembro, 11 larvas vivas e 19 ovos a 4 de outubro, 4 larvas vivas e 14 ovos a 11 de outubro e 26 larvas vivas e 6 ovos a 19 de outubro. Em Nelas o número de larvas vivas também se manteve elevado com observação de 16 formas vivas a 24 de setembro. No dia 26 de Setembro foi emitida nova recomendação que se revelou oportuna considerando os dados apresentados. Esta recomendação também foi despoletada pela precipitação ocorrida nos dias anteriores que provocou a lavagem dos produtos aplicados. No dia 18 de Outubro foi renovada a recomendação através do envio da circular nº 19/12, pois os valores continuavam acima do NEA Euzophera pinguis Haw. Esta praga não tem grande expressão na região, sendo acompanhada somente no olival varietal da Estação Agrária de Viseu. Os primeiros adultos surgiram no dia 4 de Maio. O gráfico seguinte ilustra o voo dos adultos que teve o seu pico a 24 de Junho com a intercepção de 11 adultos. A partir desta data houve um decréscimo no número de capturas, registando-se um novo pico a 15 de Agosto com 6 adultos. 61

65 Figura 49 Curva de voo da Euzophera pinguis Haw Margaronia unionalis H. À semelhança da praga anterior esta praga também não tem grande expressão na região. Na armadilha instalada no POB de Viseu foram apenas intercetados adultos a 4 de julho. Figura 50 Curva de voo da Margaronia unionalis H. 62

66 Olho de Pavão (Spilocea oleagina Cast.), tuberculose (Pseudomonas savastanoi), cercosporiose (Cercospora cladosporioides Sacc.) e Gafa (Colletotrichum spp.) Considerando que o Olho de pavão é uma doença que causa graves desfoliações e como medida preventiva foram recomendadas a 23 de janeiro aplicações com cobre. Na mesma circular foi contemplada a tuberculose da oliveira e as operações culturais que visam a sua redução. A 29 de Fevereiro foi recomendada a protecção do olival desde o estado fenológico B até ao aparecimento dos botões florais, sempre que ocorressem chuvas. Esta recomendação foi renovada a 9 de abril na circular nº 5/12. Estes tratamentos também são importantes para o controlo da cercosporiose que se manifestou de forma intensa no POB de Penalva do Castelo. As primeiras manchas foram observadas a 1 de março num total de 7 folhas ocupadas em 100 folhas observadas. Na semana seguinte o número de folhas ocupadas aumentou para 17. Os níveis mais elevados da doença foram registados entre abril e maio, tendo atingido o pico de ocupação a 7 de maio com 42 folhas infetadas. Figura 51 Evolução da presença de cercosporiose no POB de Penalva do Castelo Relativamente à gafa foi emitido o primeiro aviso a 6 de setembro. O Instituto de Meteorologia previa a ocorrência de precipitação e considerando à necessidade de posicionar os produtos preventivamente foi emitida a circular 17/12. 63

67 De 23 a 30 de setembro verificou-se um novo período de chuvas que iriam provocar infeções. A 26 de setembro, na circular nº 18/12 foi recomendada a realização imediata de tratamento com cobre. No dia 17 de outubro ocorreram 42,6 l/m 2 de chuva o que provocou a lavagem do produto aplicado. No dia seguinte foi recomendada a sua renovação na circular 19/12. Os tratamentos para a gafa assumiram especial importância na presente campanha considerando que a sua incidência em olival não tratados provocou perdas significativas. 64

68 Quadro 10 - Recomendações referentes á cultura do olival, emitidas com as Circulares de Aviso no ano de 2012 Circulares emitidas Olho Pavão Tuberculose Gafa Traça da Oliveira Mosca da Azeitona Algodão Nº 1-23 janeiro Nº 2 29 fevereiro Nº 3 21 março Nº4-28 março Nº 5-9 abril Nº 6 16 abril Nº 7 24 abril Nº 8 2 maio Nº 9-9 maio Nº maio Nº maio Nº junho Nº 13-2 julho Nº julho Nº julho Nº 16 7 agosto Nº 17 6 setembro Nº setembro Nº outubro Total de Recomendações

69 3.4. Outras culturas/inimigos Pessegueiro/Lepra (Taphrina deformans) A informação para a realização de tratamentos contra a lepra do pessegueiro foi enviada no dia 23 de Janeiro, aconselhando-se um tratamento após a poda e próximo do abrolhamento, com um produto à base de cobre. A 29 de fevereiro foi emitida uma nova circular a recomendar a renovação de tratamento para a lepra, e também a 21 de março, 9, 16 e 24 de abril e 2 de maio. Relativamente à mosca da fruta foi aconselhado o posicionamento de um tratamento de acordo com a maturação das variedades no dia 7 de agosto. Também se alertou para a necessidade de respeitar o número de dias que decorre entre a aplicação e a colheita, o intervalo de segurança Cerejeira/Mosca da cereja (Rhagoletis cerasi) No final de Abril foi instalada a armadilha para monitorização da mosca da cereja nas cerejeiras da Estação Agrária de Viseu. No dia 14 de Maio foram intercetados 8 adultos. A 17 de maio foi emitida a recomendação para a realizar de tratamento para a praga integrada na Circular nº 10/2012. Esta recomendação foi oportuna visto o número de capturas ter aumentado nas duas semanas seguintes com 39 adultos e 22 adultos. Também foram instaladas armadilhas para captura de Drosophila suzukii mas não foram intercetados adultos suspeitos Castanheiro/Bichado da castanha (Cydia splendana) No início de agosto foi instalada uma armadilha nos castanheiros da Estação Agrária de Viseu para monitorizar o bichado. Foram registados apenas 2 períodos de capturas a 29 de agosto com 1 adulto e a 6 de setembro com 3 adultos. Após esta data não foram intercetados mais adultos. A fraca pressão da praga refletiu-se na produção onde os estragos foram muito reduzidos. 66

70 Batateira/Traça da batata (Phthorimaea operculella Zeller) Na presente campanha também monitorizada a traça da batata devido aos ataques observados nos anos anteriores. Observaram-se dois picos de capturas a 12 de junho e 13 de julho. Considerando que a maioria dos produtores procede à colheita em finais de julho a inícios de agosto, considerou-se oportuna a emissão do aviso a 16 de julho. A acompanhar este aviso seguiu também a Ficha Técnica nº 1 que continha aspetos morfológicos e biológicos da praga e os meios de luta a praticar no campo e armazém (Anexo), disponível no site da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. Sendo este o ano zero considera-se necessário prosseguir o acompanhamento desta praga em futuras campanhas. 67

71 Quadro 11 - Recomendações referentes a outras culturas, emitidas com as Circulares de Aviso no ano de 2012 Circulares emitidas Lepra do pessegueiro Mosca da Fruta em pessegueiro Mosca da cereja Traça da batata Nº 1-23 janeiro Nº 2 29 fevereiro Nº 3 21 março Nº4-28 março Nº 5-9 abril Nº 6 16 abril Nº 7 24 abril Nº 8 2 maio Nº 9-9 maio Nº maio Nº maio Nº junho Nº 13-2 julho Nº julho Nº julho Nº 16 7 agosto Nº 17 6 setembro Nº setembro Nº outubro Total de Recomendações

72 ANEXOS 69

73 FICHA TÉCNICA Nº 1 TT RRAAÇÇAA DDAA BBAATT AATT AA (PPHHTTHHORRI ( IIM AAEEAA O PPEERRCCUULL EELLLL AA ZZ eel lll eerr) ) 1 É a praga que mais estragos e prejuízos causa na batata (Figura 1), em particular, na armazenada, podendo originar perdas superiores a 70%, desvaloriza os frutos atacados e compromete a conservação, mesmo que por períodos relativamente curtos. Embora os estragos se observem principalmente no armazém, a praga inicia o seu desenvolvimento nos tubérculos ainda no campo, podendo também atingir as folhas e o caule, sendo da máxima importância a adoção de uma estratégia de luta integrada desde a plantação até ao armazenamento. MO RRFFOLLOG IIAA I EE BBI IIOEECCOLLOGI IIAA Os adultos têm aproximadamente 10 a 12 mm de comprimento, possuem abdómen cinzento e antenas compridas. As asas são estreitas, as anteriores são cinzento-amareladas com pequenas manchas negras, enquanto as posteriores são cinzentas e possuem sedas compridas (Figura 2). Os ovos têm forma oval, são lisos e de cor branca leitosa (Stand et al.,1992). As posturas são isoladas, uma fêmea pode pôr até 195 ovos durante 10 dias, com uma viabilidade de 46.8% (Dirceu Pratissoli et al.,2003). As larvas com cerca de 10 a 12 mm são brancas rosadas, têm capsula cefálica castanho escura e alguns pontos negros. O casulo é esbranquiçado, muito estreito e atinge cerca de 12 mm de comprimento (Flint., 1998). 2 Esta espécie passa o inverno em qualquer fase do seu desenvolvimento, dependendo apenas das condições de armazenamento. Nas zonas mediterrâneas pode chegar às 6-7 gerações por ano, embora no nosso país julga-se que não ultrapassa as 3 gerações. Temperatura acima dos 10ºC, com o ótimo aos 25ºC, associada com tempo seco são condições ótimas para o seu desenvolvimento. No campo, os adultos acasalam, iniciando as posturas em 24 horas. As fêmeas entram pelas fendas do solo e depositam os ovos, preferencialmente, nos tubérculos da batata junto aos olhos, mas podem fazê-lo também na parte aérea da planta. Após um período de 3-6 dias, as larvas eclodidas, passam a alimentar-se ora da parte aérea das plantas, vivendo como mineiras nas folhas originando galerias, ora do tubérculo. As larvas que eclodem sobre o tubérculo, quer ainda em campo quer no armazém, penetram para o seu interior alimentando-se inicialmente das camadas mais superficiais e cavando galerias sinuosas para o centro, atirando os excrementos para o exterior. Quando completam o seu desenvolvimento larvar (15 a 20 dias), as larvas abandonam as galerias para pupar no solo ou, no caso de batata armazenada, é vulgar encontrar-se pupas aderentes à parte exterior do saco ou nas estruturas de armazenamento (fendas das caixas, postes, etc.). A duração do estado de pupa é de 10 a 30 dias dependendo das condições climáticas. Em locais mais quentes, como nos armazéns, o ciclo repete-se durante o inverno. No campo a traça hiberna sob a forma de pupa enterrada junto a restos, emergindo os primeiros adultos nos meses de Março-Abril. MEEI IIOSS DDEE LLUUTT AA NNO CCAAMPPO É uma praga de difícil controlo e, por essa razão, devem ser tomadas algumas medidas preventivas, quer no campo, quer no armazém, para diminuir a importância dos ataques. Destrua tubérculos, batateiras atacadas e plantas solanáceas hospedeiras da praga (tomate, beringela, pimento, ervamoira, etc.). Efetue rotações culturais. Não efetue plantações em parcelas ou próximo de campos que, na campanha anterior, apresentaram ataques elevados. Utilize batata de semente saudável.

74 Escolha variedades de ciclo curto com tuberização mais profunda. Plante a uma profundidade superior a 10 cm. Evite a formação de fendas no solo, ajustando as regas e amontoas, para impedir que a traça efetue posturas nos tubérculos. Proceda à amontoa o mais cedo possível chegando a terra para junto do pé da planta de modo a impedir a entrada da praga pelas fendas do solo. Regue sempre que necessário mantendo a terra húmida e as batatas cobertas. Proteja o batatal recorrendo a substâncias homologadas como o Bacillus thuringiensis (DIPEL 8 L, TUREX, DIPEL WP, DIPEL, SEQURA, PRESA, BELTHIRUL), beta-ciflutrina (BULLDOCK) e ciflutrina (CIFLUMAX) posicionando a sua aplicação de acordo com as indicações do Serviço de Avisos que acompanha a praga com recurso a armadilhas de monitorização (Figura 3). 3 Respeite as condições de aplicação dos produtos e o intervalo de segurança que é o número de dias que decorre desde a aplicação até à colheita. Antecipe a colheita pois esta prática reduz o tempo de exposição dos tubérculos à praga. Esta antecipação é conseguida com o corte ou aplicação de dessecantes da rama da batateira que permite a aceleração da maturação dos tubérculos, também designado por encascamento. Não utilize a rama para cobrir a batata no campo. Proceda à sua destruição pois assim eliminará uma grande quantidade de ovos e lagartas que aí se possam encontrar. Depois da colheita não deixe as batatas amontoadas nos campos, pois é uma prática que favorece a propagação da praga. Armazene logo após a colheita, eliminando as batatas com sintomas evidentes de traça. MEEI IIOSS DDEE LLUUTT AA NNO AARRMAAZZÉÉM Os armazéns devem ser limpos e desinfetados antes da entrada da nova colheita. A desinfeção pode ser feita, por exemplo, queimando 30 gramas de enxofre em pó por metro cúbico de volume do armazém, depois de bem fechado e vedado. O armazém deve ficar fechado durante dois dias e só após o seu arejamento é que podem ser armazenadas as batatas. Opte por um local fresco, arejado e escuro. Isole janelas e portas com rede plástica ou metálica muito fina de modo a impedir a entrada de adultos de traça e a consequente reinfestação do armazém. No tratamento em armazém utilize apenas produtos autorizados para essa finalidade, evitando a utilização de outros produtos que possam por em risco a saúde dos consumidores. Os inseticidas autorizados em armazém são à base de deltametrina polvilhável (JACKPOT e PODRINA) e o seu uso está restrito a 1 aplicação por campanha. Siga as indicações que constam no rótulo das embalagens e após a sua aplicação coloque uma cobertura permeável de papel ou cartão sobre a batata tratada. Fotografia 1 gentilmente cedida pelo Agente Técnico Carlos Coutinho da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Para mais informações contacte: DIRECÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO AGROALIMENTAR, RURAL E LICENCIAMENTO / DIVISÃO DE APOIO À AGRICULTURA E PESCAS ESTAÇÃO DE AVISOS DA BAIRRADA Estação Vitivinícola da Bairrada Apartado Anadia Tel Fax eabairrada@drapc.min-agricultura.pt ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO Estação Agrária de Viseu Quinta do Fontelo Viseu Tel Fax eadao@drapc.min-agricultura.pt JULHO 2012

75 FICHA TÉCNICA Nº 4 NNO VVAASS PPRRAAG AASS SSEECCUUNNDD ÁÁRRI IIAASS EEM MAACCI IIEEI IIRRAA A cecidómia (Dasineura mali Kieffer) e o tigre (Stephanitis pyri Fabricius) são pragas que se manifestam de forma esporádica e pontual em macieira. Nas últimas campanhas tem sido observada a sua presença, nalguns casos significativa, em pomares desta espécie. Estas pragas podem assumir, localmente e em determinadas circunstâncias, importância económica sendo por isso designadas por pragas secundárias. A importância destes inimigos pode diferir de região para região sendo fundamental avaliar a intensidade do seu ataque, os fatores que contribuem para a sua nocividade e os organismos auxiliares presentes. O sucesso da proteção do pomar contra estas pragas passa por privilegiar outros meios de luta nomeadamente a luta cultural, através de fertilizações e podas equilibradas, e a luta biológica pela preservação e fomento das populações de insetos auxiliares, utilizando substâncias ativas com menor toxicidade. Considerando que não existem produtos homologados para controlar estas pragas recomenda-se uma estratégia de proteção fitossanitária racional, menos agressiva para os insetos auxiliares, nomeadamente, mirídeos, antocorídeos e himenópteros parasitóides. CCEECCI II DDÓMI II AA DDAA MAACCI IIEEI IIRRAA (DDAASSI ( IINNEEUURRAA M AALL II I KKI II EEFFFF EERR) ) 1 A cecidómia é um díptero da família Cecidomidae e de acordo com Bovey et. al. (1984) é um inimigo ocasional nos pomares de macieira dos Estados Unidos e Europa Ocidental. Contudo assistiu-se à sua dispersão para a Europa Oriental, em particular na Rússia, América do Sul e Nova Zelândia. As folhas atacadas ficam enroladas longitudinalmente (Figura 1), com larvas alaranjadas no seu interior. As folhas dessecam e ficam quebradiças verificando-se, em ataques muito graves, a desfoliação dos lançamentos e a redução de crescimento. Estes estragos têm particular importância em pomares jovens, onde se observa um atraso na entrada em produção, dificuldades de desenvolvimento e condução. Nas árvores adultas os estragos assumem uma importância menor e o seu impacto sobre a frutificação é pouco expressivo. Alguns autores defendem que, nesta situação, a sua presença opera como regulador de crescimento vegetativo e as folhas enroladas servem de refúgio a insetos auxiliares predadores, nomeadamente, a mirídeos e antocorídeos. MO RRFFOLLOG IIAA I EE BBI IIOEECCOLLOGI IIAA Os adultos são pequenos insetos difíceis de observar medindo apenas 1,5 a 2 mm. São acastanhados com abdómen avermelhado, sendo mais escuro na fêmea, com patas longas e finas (Figura 2). Os ovos, de cor laranja, são depositados nas axilas das pequenas folhas, ainda enroladas, dos jovens rebentos. Após 3 a 5 dias as larvas apodas de cor alaranjada eclodem e iniciam o seu processo de alimentação, injetando a saliva tóxica nas jovens folhas que ficam deformadas com tonalidade vermelho violáceo (Figura 3). O desenvolvimento larvar dura entre 10 a 15 dias. No último estado de desenvolvimento as larvas caem no solo, tecem um casulo e aí permanecem, sob a forma de pupa, durante o inverno. Segundo Bovey et. al. (1984), o primeiro voo normalmente coincide com a floração da macieira ocorrendo posteriormente diversas gerações. Giraud et al. (2006) consideram que podem ocorrer 3 a 5 gerações anuais, sendo a 2ª geração a mais importante pois coincide com o máximo crescimento vegetativo da cultura. Fonte: INRA 2 3

76 TTI IIGRREE ( SSTT EEPPHHAANNI IITTI IISS PPYYRRI II FF AABBRRI IICCI UUSS) ) Os tigres são hemípteros da família Tingidae e existem diferentes espécies que afetam plantas arbustivas e arbóreas, como azáleas, cotoneaster, plátanos, piracantas, rododendros, etc. Nas espécies fruteiras afetadas destacam-se a amendoeira, macieira, pereira e castanheiro (Fraval, 2006). A espécie Stephanitis pyri Fabricius é comum em macieira (Figura 4), pereira e castanheiro mas também na espécie florestal espinheiro-alvar, também conhecido como pilriteiro (Fraval, 2006). É um inseto picador-sugador cujas larvas e adultos se alimentam dos líquidos intracelulares da página inferior das folhas, provocando o aparecimento de manchas cloróticas na página superior (Figura 5). Segundo Bovey et al. (1984), a melada excretada provoca queimaduras que juntamente com os excrementos produzidos, constituem um meio propício ao aparecimento de fumagima. Os invernos amenos e secos favorecem a praga que gosta particularmente de ambientes quentes. Os estragos mais importantes surgem de finais de junho a julho. Um ataque severo pode causar a completa desfoliação das árvores. Invernos frios e húmidos contribuem para a diminuição da população da praga. 4 5 MO RRFFOLLOG IIAA I EE BBI IIOEECCOLLOGI IIAA O adulto mede cerca de 4 a 6 mm e apresenta uma cabeça e abdómen escurecidos com expansões laterais translucidas e reticuladas. As asas anteriores são planas, transparentes e reticuladas, dispostas sobre o corpo e com 4 pontos acastanhados (Figura 6). As larvas são amareladas com manchas castanhas na cabeça, no pronoto e abdómen, onde são visíveis pequenos espinhos (Giraud et al., 2006). 6 7 Esta praga apresenta 2, por vezes 3, gerações anuais desde maio a setembro. Hiberna sob o estado adulto nas folhas caídas no solo ou nos troncos em pequenas fissuras. Os adultos iniciam a sua atividade em maio e deslocam-se para a página inferior das folhas (Giraud et al., 2006). Posteriormente, as fêmeas iniciam o processo de postura, com duração de cerca de um mês, colocando em média 100 ovos. Os ovos são dispostos isoladamente ao longo da nervura principal e inseridos nas células da página inferior das folhas. Terminada a postura os ovos são cobertos pelos próprios excrementos. As larvas formam colónias e atingem a maturidade ao fim de 20 dias (Figura 7) (INRA, s/ data). Surgem assim os adultos da 1ª geração entre junho e julho e uma 2ª geração em finais de agosto a setembro (Giraud et al., 2006). No controlo de outros inimigos do pomar optar por produtos menos agressivos e com menor impacto na fauna auxiliar. O parasitóide Platygaster demades Walker foi identificado em 1950 na Nova Zelândia como inimigo natural da cecidómia da macieira com taxas de parasitismo na ordem dos 80 a 95%. No controlo do tigre é fundamental a ação dos antocorídeos e mirídeos, merecendo destaque o mirídeo Stethoconus cyrtopeltis Flor. PARA MAIS INFORMAÇÕES CONTACTE: DIRECÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO AGROALIMENTAR, RURAL E LICENCIAMENTO DIVISÃO DE APOIO À AGRICULTURA E PESCAS ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO Estação Agrária de Viseu Quinta do Fontelo Viseu Tel Fax eadao@drapc.min-agricultura.pt SETEMBRO 2012

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