ENTENDENDO O PROTOCOLO DE KYOTO E O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ENTENDENDO O PROTOCOLO DE KYOTO E O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO 1"

Transcrição

1 ENTENDENDO O PROTOCOLO DE KYOTO E O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO 1 Daniela S. Machado Fernando Angeli Juan Saeta Luiz Fernando P. Santos Mauricio C. Faria Wagner B. Castro 2 Introdução O efeito estufa, vem ganhando cada vez mais espaço na mídia, tanto pelos seus efeitos (derretimento das geleiras e calotas polares, intensificação de temperaturas extremas, desertificação, etc.), como também pela ampla discussão que o mesmo vem incentivando em todas as áreas (acadêmicas, sociais e econômicas). É importante ressaltar que o efeito estufa natural, é essencial para a manutenção da vida no planeta. Conforme definido por Pereira e May (2003, p.219): O efeito estufa é causado pela presença em concentração adequada de determinados gases na atmosfera terrestre os quais chamados de gases de efeito estufa (GEE)... A presença dos gases permite que a atmosfera capte os raios solares e retenha uma parte do calor emitido, fazendo com que a temperatura média do planeta mantenha-se em níveis adequados para o desenvolvimento da vida. Trata-se, portanto, na sua origem, de um fenômeno natural, que não depende da ação do homem. Entretanto, o homem, em virtude do desenvolvimento das suas atividades industriais e econômicas, emite também gases do efeito estufa (GEE), principalmente o dióxido de carbono (CO 2 ), elevando a sua concentração na atmosfera, ocasionando um processo de intensificação do efeito estufa. A partir da década de 80, devido à preocupação com as questões ambientais globais, a mudança climática 3 foi introduzida na agenda política mundial e, com 1 Texto apresentado como exigência parcial para aprovação na disciplina de Economia do Meio Ambiente no 2º semestre de Alunos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

2 2 preocupação crescente acerca de uma possível mudança no padrão do funcionamento climático, este tema vem assumindo um papel central. Em junho de 1988, em Toronto no Canadá realizou-se a Conferência Mundial sobre Mudanças Atmosférica, The Changing Atmofere:Implications for Global Security 4, que dentre outras aspectos, estabeleceu o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (Intergovernamental Panel on Climate Change IPCC), que em 1990 publicou o seu Primeiro Relatório de Avaliação, afirmando que a mudança climática representaria uma ameaça a humanidade. Cinco anos depois no seu Segundo Relatório de Avaliação, o IPCC, sugere evidências que indicam uma nítida influência do homem sobre o clima. Em 1992, ocorre a aprovação do texto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática e Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (mais conhecida como Rio-92). A Convenção estabelecia que os países do chamado Anexo I (países pertencentes em 1992 à OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico e também pelas antigas repúblicas socialistas da União Soviética) deveriam adotar políticas e medidas de mitigação capazes de fazer com que seus níveis de emissão antrópica (causadas pelo homem) de GEE retornassem aos níveis de Como este compromisso assumido pelos países do Anexo I não foi honrado, em alguns países ocorreu inclusive um crescimento das emissões de CO 2, com base no princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, ficou para ser definido na Terceira Conferência das Partes (COP 3), realizado em Kyoto, no Japão, um protocolo ou outro instrumento legal, com metas quantitativas de redução de GEE (PEREIRA; MAY; 2003, p.227). 3 Pereira e May (2003, p.222) utiliza-se o termo mudança climática de forma bastante genérica para designar vários aspectos do efeito estufa : as causas da intensificação desse fenômeno natural, as conseqüências do aquecimento global, as medidas necessárias para prevenir ou minimizar esse aquecimento global, as medidas necessárias para prevenir ou minimizar esse aquecimento e as consequentes mudanças no clima da terra e também as prováveis medidas que a humanidade deverá adotar para se adaptar a essa mudança, considerando que seja inevitável, sem a adoção de políticas e práticas destinadas a mitigar esses efeitos 4 Tradução dos autores Pereira e May (2003, p.224) : A Atmosfera em Mudança: Implicações para a Segurança Global

3 3 O documento, denominado de Protocolo de Kyoto foi aprovado e lista os seis GEE que, por serem os mais importantes relacionados a atividades humanas, terão metas quantificadas de redução de emissões. Estes compromissos quantificados foram estabelecidos de forma diferenciada e estão compreendidos em um intervalo que varia entre uma redução de 8% e um aumento de 10% das emissões e essas metas devem ser atingidas entre 2008 e 2012 (PEREIRA; MAY; 2003, p.228). Foram estabelecidos também neste documento os chamados mecanismos de flexibilidade com objetivo de ajudar os países pertencentes ao Anexo I a cumprirem suas metas. Dos três mecanismos de flexibilidade estabelecidos (comércio das emissões de GEE, implementação conjunta e o mecanismo de desenvolvimento limpo) apenas o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) diz respeito aos países em desenvolvimento, uma vez que consiste no financiamento de projetos que possam gerar reduções certificadas de emissão. Diante da importância do Protocolo e da criação do mecanismo que permite a transferência de recursos financeiros e tecnologia para os países em desenvolvimento e a posteriori, a contabilização do crédito pela redução da emissão de GEE para os Estados responsáveis pela transferência destes recursos, o objetivo geral do presente trabalho é revisar a bibliografia existente combinando-as com o texto oficial em versão traduzida pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para definir os princípios e pressupostos do Protocolo de Kyoto. Como objetivo especifico o presente trabalho buscará apontar as ações a serem desenvolvidas e as dificuldades apresentadas para uma ou mais empresas de ingressar no atualmente denominado mercado de créditos de carbono, originado pelo MDL, utilizando como fonte as informações da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) e as dados referentes aos projetos existentes no Brasil. 1. O Efeito Estufa e o Protocolo de Kyoto 1.1 O Efeito Estufa

4 4 Por manter a temperatura média do planeta em níveis adequados, o efeito estufa natural, é essencial para o desenvolvimento da vida no planeta. Durante milhares de anos, os seres humanos viveram sob o capricho das variações climáticas naturais, sem intervir neste processo. Conforme destacado por Pereira e May (2003, p.220), sem o chamado efeito estufa natural, a temperatura média do planeta estaria em trono de 17ºC negativos e toda a superfície do planeta estaria coberta de gelo, ou seja, é o efeito estufa natural que garante que a temperatura média do planeta esteja próxima atualmente dos 15º C. Portanto, este efeito estufa natural não é nocivo, mas a sua intensificação, causada principalmente por ações antrópicas, é que representa um problema para a humanidade. Dados expostos por Pereira e May (2003, p.220) apontam que nos últimos 100 anos a temperatura média do planeta teria se elevado em cerca de 0,6ºC (margem de erro de 0,2ºC), sendo este o maior crescimento na temperatura média nos últimos mil anos - para corroborar com estes dados, a década de 90 foi registrada como a mais quente desde meados do século XIX. A partir de modelos de simulação atmosférica, os cientistas, prevêem que a temperatura continuará se elevando nos próximos 100 anos em função do crescimento das emissões de GEE. Dentre os cenários possíveis, os mais otimistas estimam um aumento de 1,5ºC na temperatura média do planeta e os mais pessimistas estimam uma elevação de 5,8ºC (PEREIRA; MAY; 2003, p.221). Como explicar este fenômeno? Com o início da era industrial, ocorre um processo de intensificação do efeito estufa, em função de uma maior interferência do homem no sistema climático. É justamente no período da Revolução Industrial que se intensifica o uso de combustíveis fundamentados em aproveitamento de depósitos de hidrocarbonetos (carvão mineral, gás natural e petróleo). Trata-se, portanto, conforme definido por Pereira e May (2003, p.223), de um marco histórico para o aumento da emissão e da concentração atmosférica de GEE., explicado pela invenção do tear a vapor, que acarretou em um elevado consumo de combustíveis fósseis. Este aumento seria fortalecido posteriormente pela utilização de derivados do petróleo como fonte

5 5 energética através da iluminação por lampiões e na seqüência, a ampliação do uso destes derivados em motores de combustão. Em suma, os fatos destacados demonstram o papel crucial dos homens no aumento das emissões de GEE a partir da Revolução Industrial e, somando-se aos fatos, é possível inferir que países que já completaram seus processos de industrialização, foram também os maiores emissores de GEE. 1.2 O Protocolo de Kyoto Em 1992, após a definição do texto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou como ficou mais conhecida, a Cúpula da Terra ou Rio- 92, onde mais de 150 países firmaram a Convenção que entrou em vigor a partir de Esta Convenção estabelece um processo de tomada de decisão coletiva entre as partes reconhecendo a mudança do clima como uma preocupação comum da humanidade e propõe uma estratégia global para proteger o sistema climático para gerações presentes e futuras. Seu objetivo é estabilizar as emissões de GEE, impedindo que a interferência antrópica prejudique o sistema climático, assegurar a produção adequada de alimentos e permitir o crescimento econômico de maneira sustentável. A Convenção reconhece a interferência do homem sobre o aquecimento global, em especial a maior participação neste processo dos países industrializados, os princípios da equidade, da precaução 5 e das responsabilidades comuns, mas diferenciadas 6. Partindo do principio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas, a Convenção dividiu os países em dois grupos : o primeiro de países listados em seu denominado Anexo I e o segundo composto por todos os países não listados no referido anexo. 5 Pereira e May (2003, p.225), artigo 3.3 da Convenção, segundo o qual a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar,medidas 6 Pereira e May (2003, p.226) a Convenção estabelece que as partes [signatárias] devem proteger o sistema climático em benefício das gerações presentes e futuras da humanidade... reconhece que...a maior parcela das emissões globais históricas e atuais, de GEE é originária dos países desenvolvidos... e Em decorrência,...(os) países desenvolvidos devem tomar a iniciativa no combate à mudança climática e a seus efeitos.

6 O objetivo desta divisão é separar os principais países responsáveis pela causa do aquecimento global, tomando por base as emissões globais de CO 2 referente ao ano de 1990 o grupo de países do Anexo I eram responsáveis, no ano de 1990, por aproximadamente 63% das emissões globais de CO 2 (vide tabela 1). Com base nestes números, a Convenção estabelecia que os países (partes) listados no Anexo I deveriam adotar políticas e medidas que contribuíssem para que os níveis de emissão retornassem aos níveis de Tabela 1 - Maiores emissores de Dióxido de Carbono em 1990 Parte Anexo I Emissões CO (mil toneladas) Participação (%) sobre 2 Total Anexo I Total global EUA ,00 34,50 21,62 Rússia ,33 26,55 16,64 Japão ,00 7,67 4,81 Alemanha ,00 7,25 4,54 Reino Unido ,33 4,04 2,53 Canadá ,67 3,04 1,91 Itália ,33 2,86 1,79 Polônia ,33 2,49 1,56 Austrália ,67 1,91 1,19 Outros ,67 9,70 6,08 Total Anexo I ,33 100,00 62,66 Total Não-Anexo I ,00 37,34 Total ,33 100,00 Fonte : Pereira e May (2003, p.227) 6 Ao avaliar os objetivos propostos de redução de emissões de GEE, constatou-se que a meta de redução não estava sendo alcançada, em alguns casos, ocorreram inclusive, um crescimento das emissões destaque para os EUA que no período compreendido entre 1990 e 1996, as emissões de CO 2 foi, 3,7 vez maior do que toda a emissão da América Latina (PEREIRA;MAY; 2003, p.227). Em conseqüência, ficou para ser definido até a Terceira Conferência das Partes (COP 3), metas quantificadas de redução de emissão de GEE e instrumentos para o seu alcance. Esta conferência foi realizada em Kyoto, no Japão e deu origem a documentado intitulado de Protocolo de Kyoto. Este documento lista os seis GEE mais importantes relacionados a atividades humanas e estabelece metas quantificadas de redução de emissões, são eles : dióxido

7 7 de carbono (CO 2 ), metano (CH 4 ), óxido nitroso (N 2 O), hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF 6 ) destaque para o dióxido de carbono (CO 2 ). Estes compromissos foram estabelecidos de forma diferenciada às partes do Anexo I (como se fosse um leilão, no qual cada país ofereceu suas metas), utilizando como base o ano de 1990 e estão compreendidas em intervalos que variam entre uma redução de 8% e um aumento de 10% das emissões dos gases listados metas que devem ser atingidas entre 2008 e Tabela 2 - Anexo B do Protocolo de Kyoto - Compromissos quantificados de limitação ou redução de emissões (base 1990=100) País Meta País Meta País Meta Alemanha 92 Estônia 92 Luxemburgo 92 Austrália 108 Federação Russa 100 Mônaco 92 Àustria 92 Finlândia 92 Noruega 101 Bélgica 92 França 92 Nova Zelândia 100 Bulgária 92 Grécia 92 Países Baixos 92 Canadá 94 Hungria 94 Polônia 94 Comunidade Européia 92 Irlanda 92 Portugal 92 Croácia 92 Islândia 110 Dinarmarca 92 Itália 92 Reino Unido da Grã- Bretanha e Irlanda do Eslováquia 92 Japão 94 República Tcheca 92 Eslovênia 92 Letônia 92 Romênia 92 Espanha 92 Liechtenstein 92 Suécia 92 EUA 93 Lituânia 92 Suíçã 92 Ucrânia 100 Fonte : Pereira e May (2003, p.229) 92 Neste documento, com intuito de ajudar os países pertencentes ao Anexo I a cumprirem suas metas foram estabelecidos os chamados mecanismos de flexibilidade com objetivo de permitir maior eficiência econômica na mitigação do efeito estufa. São três os mecanismos criados (CHANG; 2003, p.88 ): a) Implementação Conjunta (Joint Implementation), que permite maior flexibilidade aos países do Anexo I para investirem entre si no cumprimento de seus compromissos de redução; b) Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Clean Development Mechanism), que permite aos países industrializados financiar projetos que ajudem na redução de

8 8 emissão em países em desenvolvimento e receber créditos, de maneira a cumprir o seu compromisso de redução de emissão; c) Mercado Internacional das Emissões (International Emissions Trading), que possibilita aos países do Anexo I comercializarem entre si as quotas de emissão e os créditos adquiridos através do MDL em países em desenvolvimento. Dos três, apenas o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) refere-se diretamente aos países em desenvolvimento. Vale ressaltar que o objetivo destes mecanismos de flexibilização é ajudar as partes a cumprirem as metas e, portanto, são suplementares às ações domésticas, ou seja, somente uma parte das reduções de emissões de GEE quantificadas no Protocolo de Kyoto pode ser alcançada pelo uso desses mecanismos. Parte da idéia do MDL surgiu da proposta brasileira que dentre os pontos apresentados, continha o Fundo de Desenvolvimento Limpo, em substituição à implementação conjunta. Esta proposta de caráter punitivo, em linha com o Princípio do Poluidor Pagador, advogava que caso,...as partes não cumprissem suas metas, deveriam contribuir para o Fundo com um certo valor monetário por tonelada de carbono emitida além dos limites estabelecidos. (PEREIRA; MAY; 2003, p.232). Após negociações em torno do Fundo de Desenvolvimento Limpo, ocorreram modificações que alteraram a proposta do fundo para um mecanismo, substituindo as contribuições e multas por ajuda as partes do Anexo I a atingirem as suas metas (PEREIRA; MAY; 2003, p.232). Em suma, conforme o artigo 12 do Protocolo de Kyoto, os países do Anexo I podem implementar nos países não listados no Anexo I, projetos para redução de emissões, obtendo créditos, ou as chamadas reduções certificadas de emissões (RCEs). A fim de garantir o processo, as reduções de emissões serão certificadas por entidades operacionais, que fornecerão garantias de que a mitigação dos GEE estão trazendo benefícios mensuráveis. Outro ponto importante é que estas entidades devem garantir também que essas reduções serão realizadas de acordo com o princípio da

9 9 adicionalidade 7 e assegurar que a participação nos projetos seja voluntária e contribua para o desenvolvimento sustentável. A lógica subjacente é que uma vez ratificado o Protocolo de Kyoto, os compromissos dos países industrializados em reduzir as emissões será transferido para as empresas intensivas em emissão nesses países e por meio de uma política regulamentará as obrigações de reduções. As empresas que não buscarem oportunidades e alternativas diante desse novo mercado em formação, podem arcar com o risco de ficar para trás e pagarem altos preços pelos certificados (RCEs). Por fim, o Protocolo de Kyoto, firmado em 1997, entrou em vigor somente em Fevereiro de 2005, após a adesão da Rússia, garantindo assim que os responsáveis por 55% das emissões globais estavam presentes no acordo. Com saída do EUA (maior emissor) do acordo alegando que este estaria equivocado e que seu cumprimento prejudicaria a economia americana, a adesão da Rússia salvou o acordo e impediu que se perdessem dez anos de árdua discussão e negociação e de defender uma solução de cooperação multilateral para o aquecimento global. 2. O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) é oriundo da convergência de ações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), focadas ao pleno aproveitamento das oportunidades de negócios pertinentes à implementação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto. Foi idealizado a fim de organizar o MBRE, mediante o desenvolvimento e a implantação do Banco de Projetos BM&F, além de outras medidas visando à estruturação da negociação em bolsa de créditos de carbono oriundos de projetos de MDL (BM&F, 2006). O Banco de Projetos constitui, portanto, a primeira etapa do projeto, onde busca conferir visibilidade às oportunidades de projeto de MDL. O mesmo envolve um sistema eletrônico de registro de projetos e empreendimentos com potencial de geração de 7 Pereira e May (2003, p.225), artigo 12.5c do Protocolo de Kyoto...as reduções devem ser adicionais àquelas que ocorreriam mesmo na ausência da atividade certificada do projeto.

10 10 créditos de carbono na internet. Estará aberto a projetos que promovam a redução de emissões ou o seqüestro de gases de efeito estufa (GEEs) da atmosfera, funcionando como fomentador daqueles que busquem reconhecimento no âmbito do Protocolo de Kyoto. Adicionalmente, por meio do sistema de registro do Banco de Projetos, será mais fácil para o investidor acompanhar os estágios de implantação de um projeto de seu interesse, uma vez que nele registrar-se-ão o andamento e o cumprimento das etapas do ciclo de cada um (BVRJ, 2006). No entanto, segundo a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro - BVRJ (2006), salienta-se que o objetivo do sistema de banco de projetos não é validar, certificar ou aprovar projetos de MDL, no âmbito do Protocolo de Kyoto. Essas prerrogativas são atribuídas às entidades especificadas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, como o Conselho Executivo do MDL, as Autoridades Nacionais Designadas (ANDs) e as Entidades Operacionais Designadas (EODs), cada qual dentro de sua competência, estas que serão descritas abaixo. Cabe ao Banco de Projetos, com efeito, proporcionar visibilidade aos projetos, criando espaço que favoreça futuros negócios com créditos de carbono e, assim, contribuindo para a diminuição dos custos de transação associados ao processo do MDL. Conforme MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia (2006b), o MDL permite a certificação de projetos de redução de emissões nos países em desenvolvimento e a posterior venda das reduções certificadas de emissão, para serem utilizadas pelos países desenvolvidos como modo suplementar para cumprirem suas metas. Esse mecanismo deve implicar em reduções de emissões adicionais àquelas que ocorreriam na ausência do projeto, garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo para a mitigação da mudança do clima. Contudo. segundo o MCT (2006b), para que um projeto resulte em reduções certificadas de emissões RCEs, as atividades de projeto do MDL devem, necessariamente, passar pelas etapas do ciclo do projeto, que são sete: elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), usando metodologia de linha de base e plano de monitoramento aprovados; validação (verifica se o projeto está em conformidade com a regulamentação do Protocolo de Kyoto); aprovação pela

11 11 Autoridade Nacional Designada AND, que no caso do Brasil é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima CIMGC (verifica a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável); submissão ao Conselho Executivo para registro; monitoramento; verificação/certificação; e emissão de unidades segundo o acordo de projeto. 2.1 Etapas de elaboração do projeto A elaboração do Documento de Concepção de Projeto DCP é a primeira etapa do ciclo. Esse documento, conforme MCT (2006b), deverá incluir, entre outras coisas, a descrição: das atividades de projeto; dos participantes da atividade de projeto; da metodologia da linha de base; das metodologias para cálculo da redução de emissões de gases de efeito estufa e para o estabelecimento dos limites da atividade de projeto e das fugas; e do plano de monitoramento. Deve conter, ainda, a definição do período de obtenção de créditos, a justificativa para adicionalidade da atividade de projeto, o relatório de impactos ambientais, os comentários dos atores e informações quanto à utilização de fontes adicionais de financiamento. Os responsáveis por essa etapa do processo são os participantes do projeto. A validação é o segundo passo no Brasil e corresponde ao processo de avaliação independente de uma atividade de projeto por uma Entidade Operacional Designada EOD, no tocante aos requisitos do MDL, com base no DCP. A aprovação, por sua vez, é o processo pelo qual a AND das partes envolvidas confirmam a participação voluntária e a AND do país onde são implementadas as atividades de projeto do MDL atesta que dita atividade contribui para o desenvolvimento sustentável do país. No caso do Brasil, os projetos são analisados pelos integrantes da Comissão Interministerial, onde, segundo MCT (2006b), os mesmos avaliam o relatório de validação e a contribuição da atividade de projeto para o desenvolvimento sustentável do país, segundo cinco critérios básicos: distribuição de renda, sustentabilidade ambiental local, desenvolvimento das condições de trabalho e geração líquida de emprego, capacitação e desenvolvimento tecnológico, e integração regional e articulação com outros setores.

12 12 Após esta etapa, deve-se obter o registro, onde é aceitação formal pelo Conselho Executivo, de um projeto validado como atividade de projeto do MDL. A aprovação de projetos no Conselho Executivo do MDL é subseqüente à aprovação pela Autoridade Nacional Designada. A aprovação pela CIMGC é necessária para a continuidade dos projetos, mas não é suficiente para sua aprovação pelo Conselho Executivo, que analisa também a metodologia escolhida, a adicionalidade do projeto, entre outros aspectos. O registro é o pré-requisito para o monitoramento, a verificação/certificação e emissão das RCEs relativas à atividade de projeto no âmbito do MDL (MCT, 2006b). A quinta etapa é designada como o monitoramento da atividade de projeto inclui o recolhimento e armazenamento de todos os dados necessários para calcular a redução das emissões de gases de efeito estufa, de acordo com a metodologia de linha de base estabelecida no DCP, que tenham ocorrido dentro dos limites da atividade de projeto e dentro do período de obtenção de créditos. Os participantes do projeto serão os responsáveis pelo processo de monitoramento (MCT, 2006b). A sexta etapa é a verificação/certificação. Segundo MCT (2006b), a verificação é o processo de auditoria periódico e independente para revisar os cálculos acerca da redução de emissões de gases de efeito estufa ou de remoção de CO 2 resultantes de uma atividade de projeto do MDL que foram enviados ao Conselho Executivo por meio do DCP. Esse processo é feito com o intuito de verificar a redução de emissões que efetivamente ocorreu. Após a verificação, o Conselho Executivo certifica que uma determinada atividade de projeto atingiu um determinado nível de redução de emissões de gases de efeito estufa durante um período de tempo específico. A etapa final é quando o Conselho Executivo tem certeza de que, cumpridas todas as etapas, as reduções de emissões de gases de efeito estufa decorrentes das atividades de projeto são reais, mensuráveis e de longo prazo e, portanto, podem dar origem a RCEs. Conforme MCT (2006b), as RCEs são emitidas pelo Conselho Executivo e creditadas aos participantes de uma atividade de projeto na proporção por eles definida e, dependendo do caso, podendo ser utilizadas como forma de cumprimento parcial das metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.

13 Status dos projetos Em setembro de 2006, segundo MCT (2006b), 1182 projetos encontravam-se em alguma fase do ciclo de projetos do MDL, sendo 299 já registrados pelo Conselho Executivo do MDL e 883 em outras fases do ciclo. Atualmente o Brasil ocupa o 2º lugar em número de atividades de projeto, com 187 projetos (16%), sendo que em primeiro lugar encontra-se a Índia com 417 (35%) e, em terceiro, a China com 159 (13%) projetos. Ainda, em termos de reduções de emissões projetadas, o Brasil ocupa a terceira posição, sendo responsável pela redução de 185 milhões de t CO 2 e, o que corresponde a 11% do total mundial, para o primeiro período de obtenção de créditos, que podem ser de no máximo 10 anos para projetos de período fixo ou de 7 anos para projetos de período renovável (os projetos são renováveis por no máximo três períodos de 7 anos dando um total de 21 anos). A China ocupa o primeiro lugar com 587 milhões de t CO 2 a serem reduzidas (34%), seguida pela Índia com 420 milhões de t CO 2 e (25%) de emissões projetadas para o primeiro período de obtenção de créditos. No Brasil, para MCT (2006b), o maior número de projetos é desenvolvido na área de geração elétrica e de cogeração com biomassa, os quais representam à maioria das atividades de projeto (54%). No entanto, esses projetos reduzem menos de 25% do total de emissões. Os escopos que mais reduziriam toneladas de CO 2 são os de aterro sanitário e os de redução de N 2 O totalizando 110 milhões de t CO 2 a serem reduzidas no primeiro período de obtenção de créditos, o que representa 61% do total de redução de emissões das atividades de projeto brasileiras. Segundo MCT (2006b), do total de 299 projetos registrados no mundo, 66 são projetos brasileiros, estando o Brasil em segundo lugar em número de projetos registrados, sendo primeiro a Índia, com 92 projetos, e em terceiro o México, com 25. Em relação a quantidade de redução de emissões de gás de efeito estufa durante o primeiro período de obtenção de créditos dos projetos registrados no Conselho Executivo, o Brasil também se encontra em segundo lugar, onde obtém 113 milhões de t CO 2 e do total mundial de 672 milhões de t CO 2.

14 14 Tabela 3 Status atual atividades de projeto brasileiras no Conselho Executivo do Projetos brasileiros registrados no Conselho Executivo 66 Projetos brasileiros pedindo registro no Conselho Executivo 6 Total de projetos no Conselho Executivo 72 Fonte: MCT (2006b) 2.3 Um estudo de caso: Projeto Ação contra o Aquecimento Global A rigor, são três projetos com financiadores diferentes, executados pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e apoiados pelo The Nature Conservancy (ONG ambientalista norte-americana). O primeiro é financiado pela empresa norte-americana de energia elétrica a Central and South West Corporation (CSW). Este projeto iniciou-se em 1999, com uma montante de financiado no valor de US$ 5,4 milhões e um período de execução de 40 anos. Foram adquiridos 7000 há dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba, litoral do Paraná, com os objetivos de: i) restauração florestal; ii) desenvolvimento sustentável no meio rural, buscando alternativas viáveis de renda para a população; iii) controle de vazamentos de carbono; iv) monitoramento do ganho de carbono ao longo dos 40 anos e; v) gerenciamento operacional (CHANG, 2002, p.97). Este projeto espera seqüestrar 8 um milhão de toneladas de carbono no decorrer dos 40 anos, sendo 500 mil toneladas através da proteção contra o desmatamento e 500 mil através da restauração florestal. Outra importante meta do projeto é a conservação da biodiversidade de um ecossistema particular, uma vez que a reserva encontra-se na maior remanescente contígua da Mata Atlântica do país (CHANG, 2002, p.97). 8 Segundo Chang (2002, p.86), o sequestro de carbono trata-se do mecanismo de absorção e transformação do gás carbônico atmosférico, através da fotossíntese, em estoques de carbono na biomassa terrestre como as plantas. O autor ainda argumenta que existem outras formas de seqüestro (injeção de carbono no poços petrolíferos ou no fundo dos oceanos), porém encontram-se em vias de desenvolvimento.

15 15 Para cumprir com esse objetivo, um rigoroso programa de monitoramento da quantidade de carbono seqüestrada foi montado pela Winrock International (PEREIRA; MAY; 2003, p.238). A adicionalidade do projeto está em tentar reduzir as agressões ambientais associadas a bubalinocultura, através da normatização da produção de búfalos, de forma que os animais fiquem restritos a pequenas áreas (eliminando a criação extensiva). Outros incentivos do projeto da SPVS são: i) a fomentação de atividades economicamente sustentáveis como ecoturismo e; ii) a produção de artesanatos como alternativa de geração de renda. O segundo projeto iniciou-se em 2001, no valor de US$ 10 milhões, sendo financiado pela General Motors e tem a mesma filosofia de trabalho. Neste projeto foram adquiridos, através da SPVS, ha em Cachoeirinha, também localizado Guaraqueçaba, com o intuito de seqüestrar 1,7 milhão de toneladas de carbono ao longo de 40 anos, através da regeneração de pastos degradados e plantio de árvores nativas. O terceiro projeto também iniciou-se em 2001, com um montante de US$ 3 milhões financiados pela Texaco, numa área de 1000 há, em Morro de Mina, Garaqueçaba. 3. As dificuldades para um projeto de MDL O Brasil é hoje o segundo país em termos de números de projetos propostos via MDL e o terceiro em volume de redução de emissões. As etapas de obtenção de CERs de um projeto de MDL são a elaboração do documento de esquematização do projeto, a validação e aprovação, o registro, o monitoramento, a verificação e certificação e, por fim, a emissão de certificados de emissões reduzidas (COTTA et al, 2006, p.2). De acordo com Cotta et al (2006, p.5) a Índia é a primeira colocada em números de projetos de MDL, o Brasil o segundo e a China vêm na terceira colocação.

16 16 De acordo com os mesmos autores (2006, p.6) se considerar os projetos brasileiros em fase de validação, pedido de registro e registrados, há 39% que são projetos com relação à utilização de biomassa para geração de energia, 19% à agricultura e 13% a projetos hidrelétricos. Assim, essas três atividades de projeto são responsáveis por aproximadamente 70% do número de projetos desenvolvidos no país. A figura a seguir ilustra os projetos e a que atividades se destinam. Atividades de Projeto Desenvolvidas no Brasil 12% 1% 19% 13% 1% 5% 7% 39% 2% 1% Agropecuária Energia de biomassa Cimento Energia eólica Eficiência energética Subst.comb.fóssil Emissões fugitivas Hidroeletricidade Gás de aterro Redução de N2O Figura 1 - Distribuição das atividades de projeto no Brasil Fonte: Cotta et al, 2006, p.6. O setor florestal e de energia oferecem boas oportunidades para projetos de MDL. Com os vastos recursos florestais e a tendência à emissões associadas ao desmatamento, as oportunidades florestais oferecem um grande potencial. Já o setor de energia, é dominado pelas hidroelétricas. Existe hoje uma tendência ao aumento do uso de combustíveis fósseis, como o gás natural e o óleo combustível, mas a criação de formas de co-geração de energia e o uso de fontes renováveis poderiam limitar essa expansão (MOTTA et al, 2000, p.5). Apesar do real potencial florestal brasileiro, o estabelecimento de regras para projetos florestais limitou muito a participação das empresas do setor nesse mercado. Para se ter uma idéia, até o final do 1º semestre de 2006 nenhum projeto dessa natureza se encontrava registrado pelo Conselho Executivo de MDL (COTTA et al, 2006, p.6). Segundo Cotta et al apud Cotta:

17 a grande dificuldade para aprovação desse tipo de atividade de projeto está no estabelecimento de metodologias consistentes para a determinação da linha de base e em encontrar maneiras para quantificar as emissões de GEEs e as reduções de carbono. Além disso, existem incertezas quanto à durabilidade e os riscos de reversibilidade desse tipo de atividade. É alegado que os projetos florestais não oferecem segurança de perenidade, estando sujeitos à ocorrência de sinistros (fogo, pragas) ou à substituição por outro tipo de ocupação do solo (2006, p. 7 apud 2005). 17 O mercado de eletricidade mostra que há tendência de aumento por demanda de combustíveis fósseis, com conseqüente aumento da emissão de CO 2, mas ainda há custos muito elevados para fontes alternativas. Assim, as dificuldades para o mercado brasileiro acontecem mais especificamente no setor florestal, sendo este o mais vasto e que poderia obter melhores resultados. Desta forma, é necessário que sejam desenvolvidas novas fontes de energia, novas tecnologias e novos processos industriais. Muitos projetos, então, tem dificuldades para serem aprovados devido à própria carência de metodologias válidas, devido a número muito grande de restrições, às incertezas e constante elevação da burocracia e sem contar também que não há regras claras para o próximo período a partir de Portanto, as perspectivas reais para o desenvolvimento de projetos de MDL florestal são limitadas face à rigidez das regras estabelecidas e à insegurança do mercado quanto à opção por esse tipo de projeto. Sendo que existem barreiras institucionais que dificultam também os projetos de outros níveis. 4. Considerações Finais Diante do objetivo proposto deste trabalho de apontar as ações a serem desenvolvidas e as dificuldades apresentadas para uma ou mais empresas de ingressar no mercado de carbono, originado pelo MDL, podemos destacar alguns pontos.

18 18 Primeiro, para que projeto de MDL resulte em RCEs, o mesmo deve passar por sete etapas distintas que são : i) elaboração de documento de concepção de projeto (DCP), ii)validação; iii)aprovação pela Autoridade Nacional Designada AND; iv) submissão ao Conselho Executivo para registro; v) monitoramento; vi) verificação/certificação e; vii) emissão de unidades segundo o acordo de projeto - todas estas etapas foram descritas no tópico 2.1 deste trabalho. Com base nos dados recolhidos junto ao MCT (2006b) e nos textos dos autores (COTTA et al, 2006), as atividades que mais concentram investimentos em MDL no país são biomassa para a geração de energia, agricultura e projetos hidrelétricos, totalizando 70% do número de projetos desenvolvidos no país. Diante destes números pode-se destacar que apesar do grande potencial oferecido pelo país no setor florestal e energético, o que chama a atenção é o fato do setor florestal não estar entre os de maiores captação de investimentos. Com relação ao setor de energia, a explicação segundo Chang (2002, p.99) seria que a matriz energética brasileira, por ser 90% hidrelétrica, é relativamente pouco poluente, o que não atrairá investimentos e tornará difíceis e custosas as reduções das emissões brasileiras... Quanto ao segmento florestal, dentre os principais motivos, destacamos o estabelecimento de metodologias que determinem a base e a quantificação das emissões de GEE. Ou seja, na sua primeira etapa, elaboração de documento de concepção de projeto, onde deve constar, dentre outras coisas, a metodologia da linha de base, metodologia para cálculo da redução de emissões de GEE, os projetos de MDL para este setor já encontra dificuldades. Somando-se a este aspecto tem-se a incerteza e risco, quanto a definição dos limites e formas de implementação desses investimentos exposto por Chang (2002), ou mesmo os riscos de reversibilidade, seja pela sua perenidade ou ocorrência distintas como fogo, pragas, etc. (COTTA et al, 2006). Internacionalmente, a União Européia e Grã-Bretanha, são contrários a inclusão do uso da terra e das florestas como opção viável pra a captura de carbono, exatamente pelas incertezas destacadas acima. Este grupo acredita que os projetos tendentes à mudança de fontes energéticas, que eliminam a queima de combustíveis fósseis, são as únicas

19 19 respostas sérias ao aquecimento global. A posição oficial do governo brasileiro se alia a esse bloco, porém, sob a ótica de um país em desenvolvimento. O país prioriza projetos de energia limpa e renovável, de certa, talvez ajudando a explicar as barreiras institucionais para estes projetos (COTTA et al, 2006, p.6). Por fim, acreditamos que foram apontadas as ações e dificuldades para um projeto de MDL no país e de certa forma, contribuímos com discussão sobre o aquecimento global, suas causas, efeitos e ações desenvolvidas para atenuar este problema. Nota-se também que ainda são incertas perspectivas futuras para o mercado de carbono, uma vez que o Protocolo torna-se incerto após Entende-se então, que o presente trabalho deu início sobre as perspectivas do Protocolo de Kyoto, esse poderá estender-se pelos próximos 6 anos, novos trabalhos trarão novas diretrizes e circunstâncias sejam elas favoráveis ou não. 5. Referências Bibliográficas AMAZONAS, M.C. Economia Ambiental Neoclássica e desenvolvimento Sustentável. São Paulo: IBAMA /CEBRAP, s/d. Disponível em : < Acesso em: 01 set Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ). Guia do Banco de Projetos. Disponível em : < Acesso em: 17 set Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Ciclo de um Projeto de MDL. Disponível em : < >. Acesso em: 17 set CENAMO, Mariano C. Mudanças climáticas, o Protocolo de Quioto e Mercado de Carbono. Texto apresentado para conclusão de Estágio do CEPEA. Disponível em: < Acesso em: 29 set CHANG, Manyu. Seqüestro de Carbono Florestal: oportunidades e riscos para o Brasil. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 102, p , jan-jun COTTA, Michele Karina et al. Os projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo no Brasil. Texto para discussão Universidade de Campinas. São Paulo, p. 1-11, DINIZ, Eliezer M. Entendendo o protocolo de Kyoto. Informações FIPE, São Paulo, n. 225, p , jun. 1999

20 20 GOLDEMBERG, José; FILHO, Luiz Gylvan M. Um novo protocolo de Kyoto Barros. Texto para o Instituto de Estudos Avançados da USP. Disponível em : < Acesso em: 17 set LIMA, Lucila F. A moldura regulatória internacional do mecanismo de desenvolvimento limpo do protocolo de quioto. São Paulo. Tese (Mestrado em Direito Ambiental). USP, São Paulo, MAY, Peter H. et al. Economia do Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Campus, Ministério da Ciência e Tecnologia. Protocolo de Quioto. Disponível em : < >.Acesso em: 17 set Ministério da Ciência e Tecnologia. Status atual das atividades de projeto no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no mundo. Disponível em : < >.Acesso em: 17 set MOTTA, Ronaldo Serôa da et al. O mecanismo de desenvolvimento limpo e o financiamento do desenvolvimento sustentável no Brasil. Texto para discussão IPEA, n. 761.Rio de Janeiro, ROCHA, Marcelo T. Aquecimento Global e o Mercado de Carbono: Uma aplicação do Modelo Cert Tese (Doutorado em Ciências) Escola Superior de Agricultura, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

Entre no Clima, Faça sua parte por. um MUNDO melhor.

Entre no Clima, Faça sua parte por. um MUNDO melhor. Entre no Clima, Faça sua parte por um MUNDO melhor. Aquecimento Global Conheça abaixo os principais gases responsáveis pelo aquecimento global: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O AQUECIMENTO GLOBAL Desde a revolução

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade"

Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono. Fórum Permanente Meio Ambiente e Sociedade Recuperação energética de gás de aterro & Créditos de carbono Fórum Permanente "Meio Ambiente e Sociedade" São Paulo, Brasil 15 de Outubro de 2013 Sumário MDL & Créditos de Carbono Panorama do Mercado

Leia mais

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais Efeito Estufa Fontes de Emissões Impactos Acordos Internacionais Fontes de Emissões Antropogênicas Fonte: Quarto Relatório de Avaliação do IPCC, 2007.

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

Status dos projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no mundo

Status dos projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no mundo Status dos projetos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no Brasil e no mundo 1º Período de compromisso do Protocolo de Quioto (2008-2012) (Data final de coleta de dados: 12/02/2014) O

Leia mais

Tratados internacionais sobre o meio ambiente

Tratados internacionais sobre o meio ambiente Tratados internacionais sobre o meio ambiente Conferência de Estocolmo 1972 Preservação ambiental X Crescimento econômico Desencadeou outras conferências e tratados Criou o Programa das Nações Unidas para

Leia mais

Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil. Maisa de Souza Ribeiro

Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil. Maisa de Souza Ribeiro Painel Créditos de Carbono: emissão, comercialização e tratamento contábil Maisa de Souza Ribeiro Objetivos do Protocolo de Quioto Desenvolvimento Social, Ambiental e Econômico Países Poluidores PROTOCOLO

Leia mais

Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil. A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto

Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil. A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto Histórico das reuniões 1992 - assinam a Convenção Marco sobre Mudança Climática na ECO-92.

Leia mais

Inventário de Gases de Efeito Estufa

Inventário de Gases de Efeito Estufa Inventário de Gases de Efeito Estufa Gerenciamento de Informações e Ações Dirigidas Nicole Celupi - Three Phase Gerenciamento de Informações e Ações Dirigidas Institucional A Three Phase foi criada em

Leia mais

Problemas Ambientais

Problemas Ambientais Problemas Ambientais Deflorestação e perda da Biodiversidade Aquecimento Global Buraco na camada de ozono Aquecimento Global - Efeito de Estufa Certos gases ficam na atmosfera (Troposfera) e aumentam

Leia mais

Capítulo 21 Meio Ambiente Global. Geografia - 1ª Série. O Tratado de Kyoto

Capítulo 21 Meio Ambiente Global. Geografia - 1ª Série. O Tratado de Kyoto Capítulo 21 Meio Ambiente Global Geografia - 1ª Série O Tratado de Kyoto Acordo na Cidade de Kyoto - Japão (Dezembro 1997): Redução global de emissões de 6 Gases do Efeito Estufa em 5,2% no período de

Leia mais

Gestão Ambiental. Disciplina Ciências do Ambiente Profa Elizete A Checon de Freitas Lima

Gestão Ambiental. Disciplina Ciências do Ambiente Profa Elizete A Checon de Freitas Lima Gestão Ambiental Disciplina Ciências do Ambiente Profa Elizete A Checon de Freitas Lima Gestão Ambiental Ato de administrar o ambiente natural ou antrópico (PHILIPPI Jr e BRUNA, 2004). Gestão Ambiental

Leia mais

O projeto de Neutralização das Emissões de Carbono do Camarote Expresso 2222 envolve as seguintes etapas:

O projeto de Neutralização das Emissões de Carbono do Camarote Expresso 2222 envolve as seguintes etapas: Relatório de Emissões de Carbono Camarote Expresso 2222 Carnaval Salvador 2010 Introdução As atividades da humanidade têm aumentado como nunca visto a concentração de gases poluidores na atmosfera. Alguns

Leia mais

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 ATENÇÃO: ANTES DE ASSINAR ESTA CARTA, LEIA O CONTEÚDO ATÉ O FINAL E CLIQUE NO LINK. FÓRUM DE AÇÃO EMPRESARIAL PELO CLIMA CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015 O desafio da mudança do clima

Leia mais

O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Carlos Alberto Widonsck

O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Carlos Alberto Widonsck O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões Carlos Alberto Widonsck O Protocolo de Quioto (1997) Define diretrizes para estimular a redução de emissões de gases de efeito estufa; Países Desenvolvidos (Anexo

Leia mais

Geografia. Professor: Jonas Rocha

Geografia. Professor: Jonas Rocha Geografia Professor: Jonas Rocha Questões Ambientais Consciência Ambiental Conferências Internacionais Problemas Ambientais Consciência Ambiental Até a década de 1970 o homem acreditava que os recursos

Leia mais

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática A Abiquim e suas ações de mitigação das mudanças climáticas As empresas químicas associadas à Abiquim, que representam cerca

Leia mais

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho SABESP São Paulo, 12 de novembro de 2008 Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados Universidade de São Paulo A terra recebe energia do sol na forma de

Leia mais

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Mudanças Climáticas e Economia Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE Junho de 2009 Aquecimento global como falha de mercado O clima tem forte relação com a atividade econômica: Interação mais conhecida

Leia mais

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publica a seguinte lei: Capítulo I Das Disposições Preliminares

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publica a seguinte lei: Capítulo I Das Disposições Preliminares Projeto de lei n. Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima e fixa seus princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos. A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publica a seguinte

Leia mais

Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões

Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Mercados Mundiais de Carbono: Questões Estratégicas - Aspectos Jurídicos da Estruturação de Projetos de Redução de Emissões Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzinifreire.com.br Mercado de Carbono no Brasil

Leia mais

Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL

Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL Mercado de Créditos de Carbono Fases dos Projetos MDL BRITCHAM SP 18/08/06 São Paulo samuel barbosa 3 DET NORSKE VERITAS Introdução FUNDAÇÃO - Fundação independente estabelecida na Noruega em 1864. OBJETIVO

Leia mais

As políticas públicas de mudanças climáticas e suas implicações

As políticas públicas de mudanças climáticas e suas implicações WORKSHOP ASPECTOS RELEVANTES DA PRÁTICA EMPRESARIAL EM GESTÃO AMBIENTAL CAMPINAS, 17 DE ABRIL 2010 As políticas públicas de mudanças climáticas e suas implicações Profa. Josilene T.V.Ferrer Estado de São

Leia mais

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS CONTEÚDO CRITÉRIO I - POLÍTICA... 2 INDICADOR 1: COMPROMISSO, ABRANGÊNCIA E DIVULGAÇÃO... 2 CRITÉRIO II GESTÃO... 3 INDICADOR 2: RESPONSABILIDADES... 3 INDICADOR 3: PLANEJAMENTO/GESTÃO

Leia mais

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras Emilio Lèbre La Rovere Coordenador, CentroClima/LIMA/PPE/COPPE/UFRJ 2º Encontro dos Secretários

Leia mais

O Protocolo de Kyoto e o Mandato de Bali:

O Protocolo de Kyoto e o Mandato de Bali: Briefing A Caminho de Bali Brasília, 21 de Novembro 2007 O Protocolo de Kyoto e o Mandato de Bali: O que o mundo precisa fazer para combater as mudanças climáticas As mudanças climáticas são, sem dúvida,

Leia mais

Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21

Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21 Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21 Resenha Desenvolvimento Raíssa Daher 02 de Junho de 2010 Desenvolvimento e Meio Ambiente: As Estratégias de Mudanças da Agenda 21

Leia mais

CGD. Relatório de Compensação de Emissões de GEE

CGD. Relatório de Compensação de Emissões de GEE CGD 1 RELATÓRIO DE COMPENSAÇÃO DE EMISSÕES DE GEE CGD S.A. 2014 2 CGD Relatório de Compensação de Emissões de GEE - CGD S.A. 2014 1.1 Introdução O Programa de Baixo Carbono, pioneiro no setor da banca

Leia mais

Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1

Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1 Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1 Conteúdo: O efeito estufa. Habilidade: Demonstrar uma postura crítica diante do uso do petróleo. REVISÃO Reações de aldeídos e cetonas. A redução de um composto

Leia mais

Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados. Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br

Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados. Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br Projetos de MDL no Brasil: Cuidados e Riscos que devem ser Avaliados Vladimir Miranda Abreu vabreu@tozzini.com.br Mercado de Carbono Somente projetos estruturados com base nos mecanismos de flexibilização

Leia mais

Resumo Aula-tema 02: Panorama mundial e nacional mudanças climáticas e políticas públicas emergentes.

Resumo Aula-tema 02: Panorama mundial e nacional mudanças climáticas e políticas públicas emergentes. Resumo Aula-tema 02: Panorama mundial e nacional mudanças climáticas e políticas públicas emergentes. As mudanças nos ecossistemas, causadas pelo modelo de desenvolvimento econômico atual, trazem impactos

Leia mais

O que é o mercado de carbono e como ele opera no Brasil?

O que é o mercado de carbono e como ele opera no Brasil? O que é o mercado de carbono e como ele opera no Brasil? Fernando B. Meneguin 1 O crédito de carbono é um certificado eletrônico que é emitido quando há diminuição de emissão de gases que provocam o efeito

Leia mais

NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS. Inventários de Emissões

NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS. Inventários de Emissões NECESSIDADE DE CONHECIMENTO DAS EMISSÕES NOS PROCESSOS PRODUTIVOS Inventários de Emissões O QUE É UM INVENTÁRIO? Um inventário corporativo de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa é a

Leia mais

Mais clima para todos

Mais clima para todos Mais clima para todos 1 Mais clima para todos Na União Europeia, entre 1990 e 2011, o setor dos resíduos representou 2,9% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), e foi o 4º setor que mais contribuiu

Leia mais

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA JULIETA BARBOSA MONTEIRO, Dra julieta@lepten.ufsc.br 2011-1 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS ANEEL Potencial Instalado (MW) PROCESSOS DE CONVERSÃO DA BIOMASSA PNE 2030

Leia mais

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br

Marcio Halla marcio.halla@fgv.br Marcio Halla marcio.halla@fgv.br POLÍTICAS PARA O COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA Programa de Sustentabilidade Global Centro de Estudos em Sustentabilidade Fundação Getúlio Vargas Programa de

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21 Adriano Santhiago de Oliveira Diretor Departamento de Mudanças Climáticas Secretaria de Mudanças Climáticas e

Leia mais

Visão. Brasil precisa inovar mais em tecnologias de redução de emissões de carbono. do Desenvolvimento. nº 97 4 ago 2011

Visão. Brasil precisa inovar mais em tecnologias de redução de emissões de carbono. do Desenvolvimento. nº 97 4 ago 2011 Visão do Desenvolvimento nº 97 4 ago 2011 Brasil precisa inovar mais em tecnologias de redução de emissões de carbono Por André Albuquerque Sant Anna (APE) e Frederico Costa Carvalho (AMA) Economistas

Leia mais

Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA)

Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA) Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA) Conteúdo A Política Nacional sobre Mudança do Clima O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) Aplicações Não-Reembolsáveis Aplicações Reembolsáveis

Leia mais

Fundado em 2003, o Instituto Totum conta com profissionais com grande experiência e altamente qualificados em projetos de créditos de carbono.

Fundado em 2003, o Instituto Totum conta com profissionais com grande experiência e altamente qualificados em projetos de créditos de carbono. Fundado em 2003, o Instituto Totum conta com profissionais com grande experiência e altamente qualificados em projetos de créditos de carbono. Os serviços envolvem uma ampla faixa de consultoria, desde

Leia mais

ESTUDO CRÉDITOS DE CARBONO

ESTUDO CRÉDITOS DE CARBONO ESTUDO CRÉDITOS DE CARBONO Ilidia da Ascenção Garrido Martins Juras Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial e Desenvolvimento Urbano e Regional ESTUDO

Leia mais

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas Maria Teresa de Jesus Gouveia Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Leia mais

Evitando o Desforestamento na Amazônia: REDD e os Mercados PSA Cuiabá, 1º de abril de 2009

Evitando o Desforestamento na Amazônia: REDD e os Mercados PSA Cuiabá, 1º de abril de 2009 Evitando o Desforestamento na Amazônia: REDD e os Mercados PSA Cuiabá, 1º de abril de 2009 Desflorestamento e Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados

Leia mais

Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15

Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15 Seminário Internacional - Oportunidades e Desafios do Mercado de Carbono Pós COP-15 São Paulo, 24/02/2010 Mudanças Climáticas: redução de emissões de GEE pelo setor sucro-alcooleiro Isaias C. Macedo NIPE,

Leia mais

Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia

Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DO ESTADO DE MINAS GERAIS ANO BASE 2005 O Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Meio Ambiente FEAM, entidade da Secretaria Estadual de Meio

Leia mais

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas

Leia mais

OS IMPACTOS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO SOBRE O AQUECIMENTO TERRESTRE: A CONTRIBUÍÇÃO DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

OS IMPACTOS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO SOBRE O AQUECIMENTO TERRESTRE: A CONTRIBUÍÇÃO DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO OS IMPACTOS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO SOBRE O AQUECIMENTO TERRESTRE: A CONTRIBUÍÇÃO DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO Maria Fernanda Cavalieri de Lima Santin Economista. Mestranda em Desenvolvimento Econômico

Leia mais

Padrões de produção e consumo

Padrões de produção e consumo INDICADORES AMBIENTAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 113 Padrões de produção e consumo Recicloteca da COMLURB - Gávea 114 INDICADORES AMBIENTAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ÁGUA ATMOSFERA SOLO BIODIVERSIDADE

Leia mais

POLITICAS PARA AS MUDANÇAS CLIMATICAS

POLITICAS PARA AS MUDANÇAS CLIMATICAS IV FORUM DA TERRA POLITICAS PARA AS MUDANÇAS CLIMATICAS Denise de Mattos Gaudard SABER GLOBAL / IIDEL FIRJAN Rio de Janeiro Novembro 2011 O QUE ESTA ACONTECENDO COM NOSSO PLANETA? Demanda de Consumo de

Leia mais

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo.

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo. Entraves à consolidação do Brasil na produção de energias limpas e renováveis Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo

Leia mais

Econergy International PLC. Projetos de MDL

Econergy International PLC. Projetos de MDL Econergy International PLC. Projetos de MDL São Paulo, 18 de agosto de 2006 Econergy Escritórios rios Ireland Boulder (CO) Washington D.C. Monterrey São Paulo Buenos Aires Nossa Missão é Agregar Valor

Leia mais

A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais

A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais VIII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí I Seminário dos Estudantes de Pós Graduação A Importância de Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em Governos Locais (1) Leonardo

Leia mais

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. MDL Conselho Executivo Relatório da 32 a reunião do Conselho Executivo Anexo 38 página 1

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. MDL Conselho Executivo Relatório da 32 a reunião do Conselho Executivo Anexo 38 página 1 página 1 Orientação sobre o registro de atividades de projetos no âmbito de um programa de atividades como uma única atividade de projeto do MDL (Versão 2.1) A Conferência das Partes na qualidade de reunião

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

CONVENÇÃO DO CLIMA. Edna Cardozo Dias

CONVENÇÃO DO CLIMA. Edna Cardozo Dias CONVENÇÃO DO CLIMA Edna Cardozo Dias Doutora em Direito pela UFMG, professora de Direito Ambiental, presidente da Liga de Prevenção da Crueldade contra o Animal Artigo publicado na revista FORUM DE DIREITO

Leia mais

Under Strict Embargo Not for distribution or publication until 19 November, 2014, 10:01 Washington D.C. Time (EST)/15:01 GMT

Under Strict Embargo Not for distribution or publication until 19 November, 2014, 10:01 Washington D.C. Time (EST)/15:01 GMT Under Strict Embargo Not for distribution or publication until 19 November, 2014, 10:01 Washington D.C. Time (EST)/15:01 GMT NEGOCIAÇÕES FUNDAMENTAIS SOBRE MUDANÇA CLIMÁTICA CRUCIAL NOS PRÓXIMOS DIAS EM

Leia mais

Economia de Floresta em Pé

Economia de Floresta em Pé Seminário Perspectivas Florestais para Conservação da Amazônia Economia de Floresta em Pé 12/Julho/2011 Porto Velho, Rondônia AGENDA MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO CARBONO DE FLORESTA REDD NA PRÁTICA

Leia mais

Empresas e as mudanças climáticas

Empresas e as mudanças climáticas Empresas e as mudanças climáticas O setor empresarial brasileiro, por meio de empresas inovadoras, vem se movimentando rumo à economia de baixo carbono, avaliando seus riscos e oportunidades e discutindo

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial de Transporte e de Mobilidade Urbana para Mitigação da Mudança do Clima PSTM - Parte 2: Mobilidade Urbana /

Leia mais

PROTOCOLO DE INTENÇÕES PARA A INICIATIVA PETS

PROTOCOLO DE INTENÇÕES PARA A INICIATIVA PETS PROTOCOLO DE INTENÇÕES PARA A INICIATIVA PETS Aos 25 dias do mês de março de 2007, reuniram-se em cerimônia solene durante o I Encontro de Animais Exóticos Invasores, as entidades a seguir para assinar

Leia mais

O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental

O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental Roberto Kishinami Consultor Independente para DESK GREEN ECONOMY Projeto Desenvolvimento Sustentável Bilateral Câmara Ítalo Brasileira

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

Thelma Krug thelma@dir.iai.int. Workshop: Propostas Metodológicas para Projetos de Sequestro de Carbono por Florestas Nativas

Thelma Krug thelma@dir.iai.int. Workshop: Propostas Metodológicas para Projetos de Sequestro de Carbono por Florestas Nativas Resoluções e Decisões Técnicas com Relação ao Uso da Terra, Mudança no Uso da Terra Florestamento/Reflorestamento no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Thelma Krug thelma@dir.iai.int Workshop: Propostas

Leia mais

S.O.S TERRA. Associated Press

S.O.S TERRA. Associated Press S.O.S TERRA O mundo atravessa uma fase crítica com relação ao clima e aos desafios energéticos. Se a Terra falasse, com certeza pediria socorro! Mas os desastres naturais já falam por ela e dizem muito

Leia mais

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Aula nº85 22 Maio 09 Prof. Ana Reis Recursos energéticos Vivemos numa época em que os recursos energéticos afectam a vida de todas as pessoas.

Leia mais

V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA CARBONO PARA ESTIMULAR SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO

V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA CARBONO PARA ESTIMULAR SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO Universidade Federal do Amazonas Centro de Desenvolvimento Energético Amazônico V FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA MERCADO VOLUNTÁRIO DE CARBONO PARA ESTIMULAR PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO

Leia mais

AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS. João Paulo Nardin Tavares

AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS. João Paulo Nardin Tavares AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS João Paulo Nardin Tavares INTRODUÇÃO Já podemos sentir o aquecimento global No último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão

Leia mais

Brasil, Mudanças Climáticas e COP21

Brasil, Mudanças Climáticas e COP21 Brasil, Mudanças Climáticas e COP21 Carlos Rittl Secretário Executivo São Paulo, 10 de agosto de 2015 SBDIMA Sociedade Brasileira de Direito Internacional do Meio Ambiente Eventos climáticos extremos Desastres

Leia mais

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima

Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Anexo III da Resolução n o 1 da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Contribuição da Atividade de Projeto para o Desenvolvimento Sustentável I Introdução O Projeto Granja São Roque de redução

Leia mais

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015 O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil Mario Lima Maio 2015 1 A Matriz Energética no Brasil A base da matriz energética brasileira foi formada por recursos

Leia mais

Conceito e Evolução da utilização da Energia

Conceito e Evolução da utilização da Energia Energia Limpa Agenda O que é energia limpa? Tipos de energia limpa Energia Hídrica Energia Eólica Energia Geotérmica Biomassa Energia Solar Energia do Mar O Brasil neste cenário Protocolo de Kyoto Conceito

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

MUDANÇAS CLIMÁTICAS, PROGRAMA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO ESP - PROCLIMA

MUDANÇAS CLIMÁTICAS, PROGRAMA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO ESP - PROCLIMA MUDANÇAS CLIMÁTICAS, PROGRAMA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO ESP - PROCLIMA Josilene Ticianelli Vannuzini Ferrer PROCLIMA - CETESB, 2010 SP, a Agenda Climática e a CETESB 40 milhões de habitantes 18 milhões

Leia mais

Professor: Márcio Luiz

Professor: Márcio Luiz Capítulo 14 Meio Ambiente Global Geografia 1ª Série Conteúdo complementar O Tratado de Kyoto Acordo na Cidade de Kyoto Japão (Dezembro 1997): Redução global de emissões de seis gases do efeito estufa em

Leia mais

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica R E A L I Z A Ç Ã O : A P O I O : A Razão Diversos estados e municípios também estão avançando com suas políticas de mudanças

Leia mais

EMISSÕES DO SETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS (2009-2010)

EMISSÕES DO SETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS (2009-2010) EMISSÕES DO SETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES LÍQUIDOS (2009-2010) Sumário Executivo De acordo com a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), adotada em 1992, as mudanças

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria Processo de Construção do Plano Indústria O art. 11 da Lei 12.187/2009 determinou realização de Planos setoriais

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

CRÉDITOS DE CARBONO (FINANCIAMENTO)

CRÉDITOS DE CARBONO (FINANCIAMENTO) CRÉDITOS DE CARBONO (FINANCIAMENTO) ILÍDIA DA A. G. MARTINS JURAS Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento Urbano e Regional JANEIRO/2001

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE 1. OBJETIVO E ABRANGÊNCIA Esta Política tem como objetivos: Apresentar de forma transparente os princípios e as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e direcionam

Leia mais

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz:

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz: Sumário dos resultados-chave do Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Grupo de Trabalho III de Mitigação de Mudanças Climáticas Bangkok, Maio de 2007 Não é

Leia mais

Sustentabilidade e Responsabilidade Social no Setor Elétrico Brasileiro: Novos Desafios

Sustentabilidade e Responsabilidade Social no Setor Elétrico Brasileiro: Novos Desafios Sustentabilidade e Responsabilidade Social no Setor Elétrico Brasileiro: Novos Desafios Lisangela da Costa Reis Novembro/ 2008 Introdução Forte associação entre RSC e Sustentabilidade Construção de agendas

Leia mais

Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília. 08 e 09 de Junho 2010

Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília. 08 e 09 de Junho 2010 Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília 08 e 09 de Junho 2010 No Programa de Governo Gestão 2009-2012 está previsto o Programa Biocidade e neste o Plano

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal. Rio de Janeiro, 8 de maio de 2013

Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal. Rio de Janeiro, 8 de maio de 2013 Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal Rio de Janeiro, 8 de maio de 2013 Histórico O Protocolo foi assinado em 03 abril de 2012, pelas empresas: Aperam South America ArcelorMittal Gerdau Siderúrgica

Leia mais

Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020. São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020. São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Contexto Convenção sobre Diversidade

Leia mais

Gestão da Sustentabilidade: Políticas Publicas e Mudanças Climáticas no Estado de São Paulo

Gestão da Sustentabilidade: Políticas Publicas e Mudanças Climáticas no Estado de São Paulo Gestão da Sustentabilidade: Políticas Publicas e Mudanças Climáticas no Estado de São Paulo Fernando Rei Presidente da CETESB Sustentabilidade Conceito sistêmico relacionado com a continuidade dos aspectos

Leia mais

Perguntas Frequentes Mudanças Climáticas

Perguntas Frequentes Mudanças Climáticas Perguntas Frequentes Mudanças Climáticas 1) O que é Mudança do Clima? A Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (em inglês: United Nations Framework Convention on Climate Change UNFCCC),

Leia mais

Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: desafios e oportunidades

Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: desafios e oportunidades Instrumentos Econômicos para a Gestão Ambiental Rural na Amazônia: desafios e oportunidades Eduardo Bandeira de Mello Chefe do Departamento de Meio Ambiente Cuiabá, 21 de agosto de 2007 SUMÁRIO 1. Desenvolvimento

Leia mais

9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE

9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE 9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade I Tempo, espaço, fontes históricas e representações cartográficas. 2

Leia mais

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro

Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira. Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro Estratégias para evitar o desmatamento na Amazônia brasileira Antônio Carlos Hummel Diretor Geral Serviço Florestal Brasileiro Perfil - 2-1. Fatos sobre Brasil 2. Contexto Florestal 3. Estratégias para

Leia mais

Junho, 2015. Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira

Junho, 2015. Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida do Brasil Junho, 2015 Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira

Leia mais

Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas

Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas 4o. Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana de Açúcar em Mato Grosso do Sul CANASUL 2010 Campo Grande, Agosto 2010 Isaias C Macedo NIPE/UNICAMP

Leia mais

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima.

MINUTA PROJETO DE LEI. Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. MINUTA PROJETO DE LEI Súmula: Institui a Política Estadual sobre Mudança do Clima. A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Esta Lei institui a Política

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 4ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO SUB-GRUPO DE TRABALHO DE TRATADOS INTERNACIONAIS

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 4ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO SUB-GRUPO DE TRABALHO DE TRATADOS INTERNACIONAIS FORMULÁRIO DESCRITIVO DA NORMA INTERNACIONAL Norma Internacional: Protocolo de Quioto à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas Assunto: Diminuição da emissão de gases de efeito estufa

Leia mais

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios João Ricardo Albanez Superintendente de Política e Economia Agrícola, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO Resposta ao Observatório do Clima sobre suas considerações ao Sumário de informações sobre como

Leia mais