REFLEXÕES EM LUDWIK FLECK: A APLICABILIDADE DE SEUS CONCEITOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS

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1 REFLEXÕES EM LUDWIK FLECK: A APLICABILIDADE DE SEUS CONCEITOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS Resumo MELZER, Ehrick Eduardo Martins UFPR ehrickmelzer@yahoo.com.br Eixo Temático: Cultura, Currículo e Saberes Agência Financiadora: não contou com financiamento O presente trabalho apresenta a teoria do fato científico de Ludwik Fleck, com algumas reflexões e levantamentos acerca de seu uso em pesquisas no ensino de ciências. Iniciando-se por uma abordagem contextualizada da obra de Fleck e de suas categorias de análise. Em uma segunda etapa apresenta-se alguns dados retirados do Banco de Teses da CAPES 1 sobre trabalhos de Pós-Graduação, na área de ensino de ciências, que usam o referêncial teórico fleckiano. De acordo com os dados coletados, pode-se compreender que nos últimos 5 anos se tem produzido poucos trabalhos usando as categorias deste autor, contabilizando um total de 5 trabalhos. Também se destaca os recentes avanços dos pesquisadores em ensino de ciências para utilização de Fleck como referêncial teórico em pesquisas, com destaque na UFSC que tem uma forte tendência em pesquisas. Concluindo que mesmo com todos os esforços da comunidade de pesquisadores, os trabalhos em ensino de ciência usando Fleck, como referêncial, são muito escassos. Palavras-chave: Sociologia das Ciências. Ensino de Ciências. Ludwik Fleck. Introdução Este artigo tem como objetivo principal fazer uma leitura da obra do médico-filosófo polaco Ludwik Fleck, com um levantamento de como vem se dando seu uso no Brasil nos últimos anos (2006 a 2010). De acordo com Lowy (1994), Obregón (2002), Delizoicov et al (1992) dentre outros, Fleck desenvolveu sua tese em meados de 1920 e a publicou em alemão na Suiça em Como Delizoicov et al (2002) e Lowy (1994) salientam que Fleck seria o percursor de uma abordagem construtivista, sociologicamente orientada, na compreensão de como as ciências funcionam, descrevendo o estudo de caso da sífilis e a invenção da reação de 1 O Banco de Teses da CAPES está disponível no endereço eletrônico:

2 6777 Wasserman. O grande diferencial nessa obra, segundo os autores, é o fato desse médico ter forte base sociológica que é uma de suas carcteristicas mais marcantes, para Fleck (2010, 1979), a ciência não é diferente de qualquer outra atividade coletiva e social e que pode ser influênciada por outras esferas menos especializadas da sociedade. Ou seja, em sua obra considera-se que existam inúmeros grupos sociais que produzem conhecimento, os que são formados por especialistas e o que é formado de leigos, sem descartar a relação de mutuainfluência. Pode-se compreender que Fleck (2010, 1979) não se preocupa com o problema da demarcação 2, e sim como as pessoas apreendem o conhecimento e como nascem formas de pensar que virão a se tornar modelos a serem seguidos na sociedade. Tornando-o nas palavras de Delizoicov em o pioneiro na abordagem construtivista, interacionista e sociologicamente orientada sobre história e filosofia da ciência (Delizoicov et al, 2002, p.53) O presente artigo é um estudo reflexivo sobre a obra de Fleck e está dividido em 3 partes. Inicio fazendo uma contextualização de sua obra baseada em pesquisadores e historiadores que estudaram a vida e as influências de Fleck. Na segunda parte apresento a suas categorias de análise com base na obra A Gênese e Desenvolvimento de um Fato Científico (Fleck, 2010) em suas duas versões. Na terceira parte trago um breve levantamento das pesquisas no ensino de ciências que usam Fleck como referêncial teórico. Ludwik Fleck: contexto e produção De acordo com Lowy (1994), Fleck viveu quase toda sua vida na região de Lwöw (atual Polônia), se formou médico pela escola de medicina filosófica polonesa, se especializando nas áreas de bacteorologia e sorologia. Durante toda sua trajetória de vida, Fleck não se interessou somente pela medicina, tendo uma vasta produção na área da sociologia, filosofia e epistemologia, relacionadas à atividade laboral do médico. Como pesquisador, nas áreas de sorologia e bacteorologia, presidiu e fez parte de inúmeras equipes de laboratórios de ponta (na Polônia, Alemanha e posteriormente em Israel). Teve uma brusca interrupção de sua carreira, durante o avanço nazista e o crescente repúdio aos judeus, durante 2 O problema da demarcação é um dilema para os filósofos da ciência. De acordo com Dutra (2009) pode ser compreendido quando o filósofo cria certos parâmetros para separar a ciência do que não faz parte do projeto científico, porém, como afirma o próprio autor esse critério tem causado grande debates entre filósofos por muitas gerações pela dificuldade de separar a ciência do projeto social.

3 6778 a Segunda Guerra Mundial, sendo forçado a viver em guetos na cidade de Lwöw. Foi posteriormente capturado pelo exército Alemão. Sendo mandado para os campos de concentração de Aushwitz e Bunchelard, conseguindo fugir com a ajuda dos russos. Retornando a Polônia no final da guerra, concentrando seus esforços na reconstrução do país, trabalhando em laboratórios importantes e ensinando na Universidade Jan Kazimierz. No final de sua vida Fleck mudou-se para Israel com o intuito de ficar mais próximo de seu filho. Em sua estada presidiu um importante laboratório de bactereologia e lecionou por um curto espaço de tempo na Universidade de Jerusalém, mas sua condição física e a dificuldade com o idioma o fizeram largar as aulas e continuar seu trabalho no laboratório. Ludwik Fleck morreu com 65 anos de idade. Dentre sua extensa produção médica, com inúmeros artigos publicados, o autor também deixou trabalhos no estudo da gênese de conhecimento científico e em estudos de caso da atividade médica. Na escola de medicina filosófica polonesa, de acordo com os estudos de Lowy (1994), os médicos polacos se especializaram nos tratamentos terapêuticos, e consequentemente orientaram e fizeram estudos sobre a natureza psicológica, sociológica e filosófica da atividade médica, devido a falta de equipamentos médicos, inaugurando toda uma tradição na formação de gerações de médicos-filosóficos, com o objetivo de melhorar as formas de tratar seus pacientes. Nesse caldeirão de pensamentos, Fleck (1979, 2010) encontra terreno fértil para o desenvolvimento de suas categorias. Lowy (1994) defende que três gerações desta escola foram vitais para o discernimento e desenvolvimento do modo de pensamento de Fleck (2010 e 1979). Na primeira geração encontra-se Tyrus Chalubinski, que estudou no território francês e tentou introduzir os métodos da escola de clínica de Paris, dentro da Polônia, destacando-se na linha de pesquisa sobre terapia: (...) seus trabalhos teóricos procuraram sistematizar a prática da terapia, tomando como ponto de apoio as regras gerais da fisiologia, de um lado, e a prática habitual do bons médicos ( e portanto uma síntese das abordagens terapêuticas existentes), de outro. Desenvolveu também a idéia de que as doenças não são entidades naturais, mas construídas pelos médicos (LOWY, 1994, p.13). Pode-se compreender, segundo os relatos de Lowy (1994), que na geração de Chalubinski, existia a intenção do caráter social da prática médica, que influenciará a formação da segunda geração, desenvolvendo pesquisas e estudos, dentro desta tradição. Na

4 6779 segunda geração, destaca-se Wladyslau Bieganski, que colocou a medicina no hall de ciência, pelo fato de que a mesma desenvolveu técnicas e um método próprio. Bieganski ainda afirma que a medicina é a única ciência que toma como objeto de estudo um sujeito consciente e reflexivo (LOWY, 1994, p. 13). Assim, Bieganski aprofunda a noção social da atividade médica, desenvolvida pelo seu antecessor Chalubinski, perpetuando nesse sentido a tradição médica na Polônia. Edmund Biernacki, também representante da segunda geração, operou a distinção entre a ciência das doenças e a arte de curar. A ciência da doença é uma prática mais recente que remonta o começo do século XIX, como salienta Lowy (1994) em seus aspectos: A ciência das doenças, explicou ele, é uma ciência experimental desenvolvida no começo do século XIX e que atingiu o auge em meados deste século (LOWY, 1994, p. 13). Entendendo-se, de acordo com os relatos de Lowy (1994), que a ciência das doenças, seria dotada de caráter científico e metodológico, tal como propõe Biernacki, ou seja, tem uma gênese dentro da ciência medicinal através do estudo e da prática experimental. Já a arte de curar, seria uma prática milenar ligada a um saber que quase não se identifica na ciência da doença. Lowy (1994), também destaca um terceiro médico-filosofo chamado Zygmunt Kransztyk, fundador da revista crítica médica. Muitos dos seus temas de pesquisa foram retomados nos estudos de Fleck, como a questão do olhar orientado que decanta na noção da harmonia das ilusões 3, os perigos das explicações simplificadas e o papel heurístico das explicações lógicas na medicina que, de fato, justificam e enobrecem práticas baseadas na experiência dos médicos (LOWY, 1994, p. 14). Para a autora, esses atores citados apesar de não aparecerem no arcabouço teórico de Fleck, podem te-lo influênciado através de um professor chamado Szumowski, que era zeloso divulgador de tal escola (LOWY, 1994, p. 14). Outro indício dessa influência que Fleck, em suas aulas, fortemente recomendava a leitura dos médicos filósofos polacos a seus alunos, segundo os relatos de estudantes. Entre 1925 a 1935, Fleck escreve sua obra na área da epistemologia, onde as preocupações de Fleck acerca a ciência se encontram em direção oposta as do circulo de Viena que buscava uma pura linguagem lógica da ciência (OBREGÓN, 2002, p. 49, 3 O termo harmonia de ilusões será explicado mais adiante neste artigo, por enquanto usaremos como a força de um pensamento sobre o indivíduo, impedindo-o de pensar diferente.

5 6780 tradução nossa). E assim, junto a Popper e Bachelard, Fleck se torna um dos contrapositores à visão deste grupo. Junto a todo esse conjunto de fatores, o pensamento de Fleck busca embasamento teórico em autores da sociologia e da escola de filosofia polonesa. Fleck pode ter se baseado em algumas categorias do método sociológico de Émile Durkheim como: O enfoque de Fleck da ciência e posteriormente o programa forte foram fortemente influenciados pela sociologia de Durkheim. A idéia de Fleck acerca do coletivo exerce coerção sobre os indivíduos provém de Durkheim (1964: 1-13), assim como seus conceitos de epistemologia comparada (DURKHEIM 1964: ) (OBREGÓN, 2002, p. 49, tradução nossa). Durkheim (2002), no livro Regras do Método Sociológico, leva em conta que as ações e idéias dos indivíduos são determinadas pela esfera coletiva. Logo, a coerção ocasionada pelo coletivo, que Fleck desenvolve em seu trabalho pode ser inspirada na sociologia durkheiniana. Segundo Obregón (2002), Fleck pode ter recebido influências de toda uma geração de filósofos polacos Alfred Tarski, Jan Lukasiewicz, Leon Chwistek, Kasimiers Twardowski e Kasimiers Adjukiewicz 4. Ainda há referências de Fleck a Levi-Bruhn, Manhem e Marx. Caracterizando a teoria do fato científico como fortemente influenciada pela sociologia e filosofia da sua época. As categorias de Fleck Para Fleck, a sociedade seria formada por um grande agrupamento contendo diferentes coletivos. Onde cada grupo detém um conjunto de conhecimentos e trabalham em conjunto na resolução de problemas. Assim, o autor descreve algumas categorias que serão, brevemente, desenvolvidas: coletivos de pensamento, protoidéias, fato, estilo de pensamento, harmonia de ilusões, comunicação intra e intercoletiva de pensamentos. Coletivos de pensamento podem ser compreendidos como agrupamentos de indivíduos que têm interesses comuns em determinadas áreas e problemáticas. Há um pequeno grupo que gera as idéias do coletivo seguidos de grupos maiores que recebem essas idéias. Uma característica que marca a visão de Fleck (2010, 1979) é de que o trabalho do coletivo não é 4 De acordo com Lowy (1994), Kasimiers Twardowski e Kasimiers Adjukiewicz integram a escola de Lwöw.

6 6781 individual, ou seja, é um projeto desenvolvido pelo grupo. Dentro dos seus escritos, há uma preocupação em tornar a ciência uma atividade social, feita por grupos de pessoas que juntas se debruçam sobre certas questões e estudam determinados fatos a ponto de construir uma forma de pensar. O coletivo possui duas dinâmicas: a esotérica e a exotérica. A esotérica é formada pelos genitores das teorias, os que criam as formas de pensar, é um grupo pequeno e altamente seleto. E o grupo exotérico, formado pelos consumidores das idéias geradas, sendo maior e menos seletivo. Fleck (2010, 1979) afirma que, geralmente, um indivíduo participa de poucos círculos esotéricos e de vários círculos exotéricos. Assim, no seu projeto social, todos esses coletivos se sobrepõem formando o que pode se entender como sociedade. As protoidéias, na cosmovisão de Fleck (2010), são sistemas de idéias que não possuem base científica e que são aceitos por um grande número de adeptos dos círculos exotéricos. Ou seja, as protoidéias possuem um passado primitivo que têm ligação com uma determinada tradição, mas que não tem lógica 5. Então Fleck (2010, 1979) afirma que muitos avanços científicos só foram possíveis devido as protoidéias, como no seu estudo de caso da sífilis e sua relação com o desenvolvimento da reação de Wassermann, ou como o exemplo da atomística: a antiguidade grega forneceu a pré-idéia à teoria moderna dos átomos, ensinada principalmente por Demócrito em sua atomística primitiva (FLECK, 2010, p. 65). Assim, na maioria dos estilos de pensamento, podemos supor que a protoidéia pode ser o primeiro suporte a invenção e desenvolvimento do estilo de pensamento. O sistema de protoidéias, dentro das leituras de Fleck (2010, 1979), seria caótico, onde o obscuro, o místico e o primitivo dão lugar a razão e ao fato. O que difere uma protoidéia de um estilo de pensamento é a aparição de uma etapa limíte na sua transformação, que é denominada por Fleck (2010) como fato. Para o autor, fato pode ser entendido como: Assim nasce o fato: primeiro um sinal de resistência no pensamento inicial caótico, depois uma certa coerção de pensamento e, finalmente, uma forma (Gestalt) a ser percebida de maneira imediata. Ele sempre é um acontecimento que decorre das relações de um determinado estilo de pensamento (FLECK, 2010, p. 144). 5 Aqui se faz referência a lógica no sentido da organização da atividade científica no seu tempo.

7 6782 O fato seria o primeiro indício de um estilo de pensamento, que não pode ser reproduzido e somente após muito trabalho e discussão este pode ascender a categoria de estilo de pensamento. Como Fleck (2010, 1979) ressalta, o fato não está sempre presente na gênese do estilo. Pode aparecer quando o estilo de pensamento está em crise com o conseqüente nascimento de um novo estilo de pensamento ou com a modificação do mesmo, explicando tudo o que o estilo anterior não explicava. Pode-se compreender o fato como um acontecimento que resiste ao coletivo e pode gerar ou modificar um estilo de pensamento. Entendendo que o estilo de pensamento não é algo parado no tempo, está em constante modificação, orientado pelo coletivo. Fleck (2010, 1979) denomina outra caracteristica do estilo de pensamento, a harmonia de ilusões. quando a capacidade coercitiva do estilo de pensamento impera sobre o coletivo. Tal sistema fechado e em conformidade com o estilo não está imediatamente acessível a qualquer inovação (FLECK, 2010, p. 74). Reprimindo qualquer outra idéia que surja, sendo vetada a possibilidade de pensar diferente. Gerando uma paralisia nas inovações do estilo de pensamento a essa época da vida de um estilo, Fleck (2010, 1979) entende como época clássica, onde a capacidade de coerção do estilo cega o pesquisador a outras possibilidades. O caráter fechado dos sistemas, os efeitos recíprocos entre o conhecido, as coisas a serem conhecidas e os atores do conhecimento garantem a harmonia de ilusões, que não se resolvem, de maneira alguma, dentro dos limites de um determinado estilo de pensamento (FLECK, 2010, p. 81). Para que haja uma renovação no estilo ou a sua transformação, é necessário a desconstrução da harmonia de ilusões que segundo Fleck (2010, 1979) pode ser feita com um certo aumento de anomalias e com a emergência de um novo fato, que reoriente todo o trabalho da pesquisa. As anomalias podem ser compreendidas como casos particulares que fogem a lógica do estilo. Seriam o que os pesquisadores chamam de exceção à regra. E logo, o acúmulo de exceções pode desconstruir a harmonia de ilusões, levando o estilo de pensamento à uma crise que com o aparecimento de um novo fato é renovado ou modificado. Podemos entender que, no mecanismo proposto por Fleck (2010, 1979), nem sempre existirá a ruptura de um estilo de pensamento, mas pode haver sua transformação e adaptação a novos fatos. Quem decidirá os rumos do estilo de pensamento não é um individuo, mas todo um coletivo, através da comunicação inter e intracoletiva.

8 6783 O contexto de comunicação intracoletiva é aquele que ocorre dentro do coletivo entre seus pares. É nessa comunicação que se torna possível a emergência de um fato que se desenvolverá em um estilo de pensamento. A atmosfera (Stimnung) particular do coletivo de pensamento da moda se baseia na disposição de notar instantaneamente aquilo que está na moda e de considerá-lo como sendo da maior importância, no sentimento de apego a outros membros do coletivo e na confiança ilimitada nos esotéricos. Os adeptos mais fieis da moda se encontram amplamente no círculo exotérico. Não tem contato imediato com os ditadores poderosos do círculo esotérico. Apenas, por assim dizer, as criações específicas chegam até eles, pelas vias oficiais do tráfego intracoletivo, de maneira despersonalizadas e mais coercitiva (FLECK, 2010, p. 159). A comunicação intracoletiva, na visão de Fleck (2010, 1979), acontece de forma determinada dentro do círculo esotérico, gerador do estilo, para os outros círculos exotéricos, os receptores, que contém os seguidores de um determinado estilo de pensamento, sem sair de um único coletivo. Já a comunicação intercoletiva é caracterizada pela comunicação entre coletivos distintos. Onde coletivos de pensamento que possuem estilos de pensamento com poucas diferenças, se comunicam e trocam idéias, caracterizando novos rumos de pesquisa em determinadas áreas correlacionadas. Fleck (2010, 1979) salienta que a comunicação intercoletiva é mais complexa e impossível de ser sistematizada em uma única doutrina. Mas não há como construir, no presente trabalho, uma doutrina completa dos estilos de pensamento. Apenas queremos chamar a atenção para algumas características de tráfego de pensamento intercoletivo (FLECK, 2010, p. 160). E assim, Fleck (2010) lembra que essa comunicação ocorre, porém, não de uma forma sistematizada e homogênea, mas lembra de um critério vital para se ter grande ou pouco tráfego de estilos: Quanto maior a diferença entre dois estilos de pensamento, tanto menor o tráfego de pensamentos. Quando existem relações intercoletivas, estas apresentam traços comuns, independentes das particularidades dos respectivos coletivos (FLECK, 2010, p. 160). Então quanto maior a congruência entre coletivos, maior será a comunicação entre os mesmos como remonta ao caso das ciências exatas e biológicas. A situação inversa também

9 6784 ocorre quando dificilmente idéias das ciências exatas e biológicas, chegam às ciências humanas, por exemplo. Outro fator destacado por Fleck (2010), ao final de sua obra é como o fato científico é simplificado, modificado ou reestruturado para ser usado em diferentes setores sociais. Para o autor, existem quatro tipos diferentes de ciência, compreendidos em: Ciência Popular, Ciência dos Periódicos, Ciência dos Manuais e Ciência dos livros didáticos. Ciência Popular seria o primeiro tipo de ciência que se encontra em círculos sociais menos especializados, enquanto a Ciência Especializada 6 é característica do circulo esotérico do coletivo. Fleck (2010, 1979) não aprofunda leituras sobre a Ciência Popular, entendendo a Ciência Popular, no sentido estrito, é ciência para não especialistas, ou seja, não deve ser vista como ciência introdutória, sendo que, normalmente, não é um livro popular, mas um livro didático que cuida da introdução (FLECK, 2010, p. 166). Nesse sentido, Fleck (2010, 1979) faz a distinção entre o que é veiculado da ciência pela sociedade, e ao mesmo tempo faz a distinção entre material de mera divulgação científica e material de iniciação ao estudo da ciência que é dado pelo livro didático, através de uma transformação do conteúdo da Ciência Especializada. A Ciência Popular é aquela que é diariamente veiculada pela mídia, altamente ilustrativa, evidenciando os resultados, os produtos e escondendo o método de obtenção dos mesmos. Essa categoria de Ciência Popular exerce uma forte influência sobre a população que é leiga, que desconhece os métodos e as formas de obtenção desse produto final apresentado. Uma das características da apresentação (Darstellung) popular é a ausência de detalhes e principalmente de polêmicas, de modo que se consegue uma simplificação artificial. Além disso, há a execução esteticamente agradável, viva e ilustrativa. E, finalmente, a avaliação apodítica, a simples aprovação ou reprovação de determinados pontos de vista. A ciência simplificada, ilustrativa e apodítica estas são as marcas mais importantes do saber exotérico (FLECK, 2010, p. 166). Esse saber popular 7 forma a opinião pública específica e a visão de mundo, surtindo, dessa forma, um efeito retroativo no especialista (FLECK, 2010, p. 166). Já a ciência 6 Para Fleck (2010, 1979) a ciência especializada é a união entre a ciência dos manuais e a ciência dos periódicos. 7 Neste trabalho adota-se saber popular como sinônimo de Ciência Popular

10 6785 especializada, se divide em dois grupos: a Ciência dos Periódicos e a Ciência dos Materiais, onde uma serve de base para a outra. Na Ciência dos Periódicos, Fleck (2010) atribui duas marcas vitais. O caráter provisório e o pessoal da atividade do cientista. No caráter provisório se caracteriza o tom de aspiração dado pelo autor do trabalho, almejando que seu esforço prático e teórico faça parte de um manual algum dia. Qualquer trabalho em periódicos contém, na introdução ou na conclusão, tal conexão com a ciência dos manuais como prova de que aspira à entrada no manual e que também pode ser sentido a partir das indicações sobre planos e esperanças e a partir da polêmica (FLECK, 2010, p. 172). A outra característica, denominada por Fleck (2010, 1979) de pessoal, encontra-se na preocupação do autor em não imprimir sua subjetividade na concepção do seu estudo, fazendo com que se faça desaparecer o caráter pessoal, durante a escrita, trocando o individual, caracterizado por eu, pelo nós, possuindo uma conotação mais coletiva de pensamento. Essas duas características dotam a Ciência dos Periódicos, que ascende à Ciência dos Manuais. A ciência dos periódicos, provisória, incerta, não aditiva e marcada por aspectos pessoais, que apresenta sinais soltos e arduamente elaborados de uma resistência ao pensamento, transforma-se primeiro, em virtude da migração intracoletiva dos pensamentos, na ciência dos manuais (FLECK, 2010, p. 173). Assim, mediante a um grande esforço de seleção, reorganização e transformação da Ciência dos Periódicos, a Ciência dos Manuais ganha um novo caráter de ciência linear, progressiva e não contraditória diferente da Ciência dos Periódicos. O manual, portanto, não nasce simplesmente da soma ou da seriação de trabalhos isolados em periódicos a primeira é impossível porque esses trabalhos muitas vezes se contradizem, e a última também não levaria a um sistema fechado, que é o objetivo da ciência dos manuais. Um manual nasce de trabalhos isolados como o mosaico nasce de muitas pedrinhas coloridas: por meio de seleção e composição ordenada. O plano, que determina a seleção e a composição, fornece então as diretrizes para a pesquisa posterior: decide o que deve ser considerado como conceito fundamental, quais métodos são chamados de louváveis, quais os rumos que são apresentados como prometedores, quais os pesquisadores que merecem uma posição de destaque e quais deles que simplesmente cairão no esquecimento. Tal

11 6786 plano é formado no tráfego esotérico do pensamento, isto é, na discussão entre os especialistas, mediante o entendimento e desentendimento recíproco, mediante entendimento e desentendimento recíproco, mediante concessões mútuas e pressões recíprocas que se polarizam em posturas obstinadas. Quando há dois pensamentos em conflito, recorre-se a todas as forças da demagogia. E quase sempre é um terceiro pensamento que vence: um pensamento tecido do conjunto de pensamentos exotéricos, alheios ao coletivo e conflituosos (FLECK, 2010, p. 173). Percebe-se que Fleck (2010, 1979) têm a compreensão de que a noção de ciência para os indivíduos, na sociedade, não é homogênea. Variando de acordo com o grau de especialização do coletivo. Compreende-se, também, que o autor leva em conta a significação de um mecanismo que opera na transformação dos saberes produzidos pela atividade científica. Fleck e a pesquisa no ensino de ciências O trabalho de Fleck, como visto no decorrer deste artigo, pode ter potêncial para pesquisas no ensino de ciências. Na Europa e no Estados Unidos, a bibliografia de Fleck vem sendo usada como referencial teórico em pesquisas na área médica e em educação desde sua menção no livro de Kuhn (1970). Na área de educação todo o trabalho e estudos culminaram no livro Cognition and fact: materials on Ludwik Fleck de Cohen e Schenelle (1985). No Brasil, Fleck, foi redescoberto mais recetemente nos trabalhos do professor Dr. Demétrio Delizoicov na UFSC, instituição onde se estabeleceu um dos primeiros grupos especializados em estudos de Fleck no Brasil. No ano de 2010 a editora Fabrefactum, de Belo Horizonte, lança a tradução para o português de sua obra A gênese e desenvolvimento de um fato científico (FLECK, 2010), dando um certo impulso para a utilização dessa referência em pesquisas. Fazendo um levantamento breve no Banco de Teses da CAPES, de 2006 a 2010, observou-se vários trabalhos sobre Fleck aplicados na área de saúde e alguns trabalhos de Mestrado, Doutorado e Profissionalizante voltados para o seu uso em educação e ensino de ciências, apresentados na tabela 1: Tabela 1: Registros de trabalhos de pós-graduação no Brasil Ano Mestrado Doutorado Mestrado Profissional

12 6787 Total Fonte: Dados organizados pelo autor, com base no Banco de Teses da CAPES De acordo com a tabela 1, pode-se observar que na área de educação há a menção de poucos trabalhos com o referêncial teórico de Ludwik Fleck. No ano de 2006, é apresentada a menção da dissertação de Parreiras (2006), que estuda o campo da biologia. No mesmo ano, Scheid (2006) trabalha quais são as contribuições da história e filosofia da ciência na formação do professor de biologia, onde a base epistemológica é fleckiana. Em 2007, o ano com maior número de produções (3 de mestrado), com os trabalhos de: Salles (2007) estudando a história e filosofia da ciência na visão de Fleck, Lambach (2007) que usa as categorias de estilos de pensamentos e coletivos de pensamento para analisar a formação dos professores da EJA 8 e a dissertação de Bertoni (2007) usando os estilos de pensamento do conceito de vida na história da biologia. 2008, há a menção de um trabalho de mestrado de Machado (2008) estudando como os docentes são preparados para fazer pesquisa. O ano de 2009 tem-se a produção de uma tese da autoria de Silva (2009) estudando como a teoria de Fleck pode contribuir para a formação de graduandos em Farmácia é marcado com o trabalho de Muenchen (2010) pesquisando as práticas docentes na região de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, usando as categorias de Fleck. Considerações Finais Fleck (2010, 1979), compreende que dentro de seu projeto social existem inúmeros mecanismos de Tráfego de Pensamentos, para os mais diferentes círculos, sejam eles esotéricos (acadêmicos) ou exotéricos (sociedade). Em cada tipo de Tráfego há uma dinâmica que pode ser marcada por simplificação na passagem do Ciência Especializada para a Ciência Popular ou que pode ser marcada na reestruturação do Saber Especializado para a Ciência dos Livros Didáticos. Entendendo-se que existam diferentes formas de gênese dos mais variados Saberes na sociedade, gerando o que pode ser entendido como a origem social dos saberes ou, como é lembrado por Delizoicov et al (2002), como sociogênese do conhecimento. Pode se ressaltar que há muito o que se explorar e desenvolver da obra fleckiana, nas mais diversas áreas da educação, ensino de ciências (química, física e biologia) e na área de 8 EJA é a sigla para educação de jovens e adultos.

13 6788 história e filosofia das ciências. Concluindo, que há ainda poucas produções relativas a esse referêncial teórico, com base nos ultimos 5 anos. REFERÊNCIAS BERTONI, Danisley. Um estudo dos estilos de pensamento biológicos sobre o fenômeno da vida p. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação UFPR. Curitiba COHEN, Robert S. SCHENELLE, Thomas. Cognition and fact: materials on Ludwik Fleck. Boston: D. Reidel DELIZOICOV, Demétrio et al. Sociogênese do conhecimento e pesquisa em ensino: contribuições a partir do referêncial fleckiano. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 19., n. Especial, p , jun DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. 17 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional DUTRA. Luiz Henrique de Araújo. Introdução à teoria da ciência. 3 ed. Florianópolis: Editora da UFSC FLECK, Ludwik. Genesis and development of a scientific fact. Chicago: University of Chicago Press FLECK, Ludwik. Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum KUHN, Thomas. The structure of scientific revolutions. 2 ed. Chicago: University of Chicago Press LAMBACH, Marcelo. Atuação e formação dos professores de química na EJA: carcterísticas dos estilos de pensamento um olhar através de Fleck p. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica). PPGECT UFSC. Florianópolis LOWY, Ilana. Ludwik Fleck e a presente história das ciências. História Ciência Saúde- Manguinhos, Rio de Janeiro, v.1, n. 1, p. 7-18, jul-out MACHADO, Nabiha Haddad Simões. O ensinar e o aprender a fazer pesquisa científica: o ideal e o desejado p. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de educação UNB. Brasília MUENCHEN, Cristiane. A disseminação de três momentos pedagógicos: um estudo das práticas docentes na região de Santa Maria/RS p. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica). PPGECT UFSC. Florianópolis

14 6789 OBREGÓN, Diana. La construcción social del conocimiento: los casos de Kuhn y de Fleck. Revista Colombiana de Filosofia da Ciência. Colômbia, v. 3, n. 6 e 7, p PARREIRAS, Márcia Maria Marins. Ludwik Fleck e a historiografia da ciência: diagnóstico de um estilo de pensamento segundo as ciências da vida p. Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de filosofia e ciências humanas UFMG. Belo Horizonte SALLES, Atonio Carlos de. Nem gênios, nem heróis: a história da ciência em Ludwik Fleck p. Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de filosofia e ciências humanas UFMG. Belo Horizonte SCHEID, Neusa Maria John. A contribuição da história da biologia na formação incial dos professores de ciências biológicas p. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica). PPGECT UFSC. Florianópolis SILVA, Wellington Barros da. A emergência da atenção famacêutica: um olhar epistemológico e contribuições para o seu ensino p. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica). PPGECT UFSC.Florianópolis

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