UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO NO ÂMBITO DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Aline Saboia Valente Orientador Profº: Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2006

2 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO NO ÂMBITO DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa Por: Aline Saboia Valente

3 DEDICATÓRIA 3 Dedico esse trabalho a minha família, ao meu namorado, aos meus amigos, e em especial as minhas sobrinhas, Tabata e Lívia que trazem diariamente muito mais alegria ao meu viver.

4 AGRADECIMENTOS 4 A DEUS que, com Tua presença constante me conduziu firme, não vacilante; me guiando sempre ao encontro da verdade e da justiça.

5 RESUMO 5 O presente trabalho conceitua a lavagem de dinheiro e suas práticas, descrevendo os métodos mais tradicionais de lavagem. Aborda como prioridade os procedimentos que podem ser feitos para prevenir e combater o crime de lavagem de dinheiro junto às instituições financeiras, para não expôlas, bem como seus profissionais que, definido pela legislação, têm a responsabilidade de estarem atentos e seguirem as instruções necessárias para o cumprimento efetivo e adequado de prevenção à lavagem de dinheiro. Como método foi utilizada a pesquisa bibliográfica, com característica descritiva. Ao final do trabalho conclui-se que a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro por parte das instituições financeiras, mais que uma obrigação legal é um compromisso com os cidadãos de bem que trabalham arduamente para construírem um país digno de se viver.

6 METODOLOGIA 6 A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, com característica descritiva. Adotou-se como referencial teórico a legislação sobre o crime de lavagem de dinheiro. Quanto aos fins, esse trabalho tem a característica de uma pesquisa descritiva, onde o objetivo é demonstrar a importância de prevenir e combater o crime da lavagem de dinheiro nas instituições financeiras.

7 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I LAVAGEM DE DINHEIRO 12 CAPÍTULO II A LAVAGEM DE DINHEIRO E SUA RELAÇÃO COM O 29 MERCADO FINANCEIRO CAPÍTULO III PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO 39 NO ÂMBITO INTERNACIONAL CAPÍTULO IV PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO 44 NO BRASIL CAPÍTULO V KNOW YOUR CUSTOMER (CONHEÇA SEU CLIENTE) 57 CONCLUSÃO 67 ANEXOS 74 REFERÊNCIAS 85 ÍNDICE 88 ÍNDICE DE FIGURAS FOLHA DE AVALIAÇÃO

8 8 INTRODUÇÃO A imagem e a reputação de uma instituição financeira podem ser seriamente comprometidas se, de alguma forma, forem envolvidas, mesmo que involuntariamente, em operações que impliquem em lavagem de dinheiro. O que se levou décadas para se construir pode ser rapidamente afetado, às vezes de maneira irreversível. Compreender o que significa o crime de lavagem de dinheiro e conhecer os procedimentos que dão suporte à sua prevenção têm uma importância, que abrange várias dimensões, entre elas: - Saber o que diz a legislação que trata desse tema. - Conhecer os órgãos responsáveis pela implementação das regras de prevenção; identificação de indícios de lavagem de dinheiro e seu controle. - Saber os impactos previstos na lei, em termos de recomendação, exigências e penalizações. Portanto, a melhor forma de resguardar as instituições financeiras é tomar os devidos cuidados para coibir este risco indesejado, orientando os

9 9 profissionais que trabalham nessas instituições, que têm a responsabilidade de seguir essas regras de prevenção, de acordo com a legislação. Em todo mundo, as atividades criminosas como o narcotráfico, o contrabando de armas, a corrupção de funcionários, o terrorismo têm movimentado expressivas somas de dinheiro. Há estimativas feitas por especialistas que, por ano, circulam na economia mundial cerca de U$2 trilhões (há controvérsias a respeito desse número). Esses recursos criam um mercado artificial, especulativo, sem qualquer compromisso com o crescimento e o desenvolvimento. Um mercado que, pela volatilidade e pela associação ao crime, pode desestabilizar economias e governos, bem como denegrir a imagem de instituições financeiras. Por outro lado, recursos de origem ilícita são, também, fontes de financiamento para outras atividades criminosas como, por exemplo, o terrorismo, tão difundido nos dias atuais. Cria-se um ciclo que se auto-alimenta, potencializando os efeitos negativos e os riscos à sociedade democrática. Para dar ao dinheiro uma aparência lícita, longe de qualquer suspeita, e se esquivarem de investigações policiais e judiciais, os criminosos utilizam-se de artifícios variados, que mundialmente tornaram-se conhecidos como lavagem de dinheiro, isto é, a transformação de dinheiro sujo em dinheiro limpo. Para a consumação da lavagem de dinheiro, as instituições financeiras são um dos setores da economia mais visados. Oferecem, pelas características

10 10 de seu negócio, uma vasta gama de produtos e serviços que, associados a avançadas tecnologias, permitem a circulação de recursos, com grande velocidade. Através de transações financeiras, o dinheiro de origem ilícita se mistura rapidamente a valores movimentados legalmente, favorecendo o processo de dissimilação da origem espúria. No capítulo 2, estaremos desvendando o que é a lavagem de dinheiro, em si; as etapas em que o processo se divide; as técnicas mais utilizadas e os crimes que antecedem a lavagem, que são na verdade, o real motivo para a existência do crime secundário da lavagem de dinheiro. Em seguida, no capítulo 3 veremos a relação da lavagem de dinheiro com o mercado financeiro, a Lei 9.613/98 que tipificou o crime de lavagem de dinheiro, o que ela dispõe a respeito, dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; da identificação dos clientes e manutenção de seus registros; da comunicação das operações financeiras e as penalidades aplicadas. Adiante, nos capítulos 4 e 5 veremos a prevenção e combate à lavagem de dinheiro tanto em âmbito internacional, com seus órgãos controladores/fiscalizadores, quanto no Brasil, onde mais uma vez se apresenta a Lei 9.613/98 regulamentando as questões que envolvem o crime de lavagem, bem como as responsabilidades atribuídas às instituições financeiras e o cumprimento das obrigações.

11 11 Por fim, no capítulo 6, estaremos verificando como funciona a política Know Your Customer, Conheça Seu Cliente, onde são apresentados alguns dos possíveis indícios de lavagem de dinheiro, e abordando dicas de prevenção e oportunidades de negócios.

12 CAPÍTULO I 12 LAVAGEM DE DINHEIRO 1.1- O que é a Lavagem de Dinheiro? Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos com uma origem aparentemente legal. Em outras palavras, constitui um conjunto de operações comercias ou financeiras que visam incorporar recursos, bens e serviços provenientes ou ligados a atos ilícitos (crimes antecedentes), que prejudicam a economia de um país, sem mencionar os seus efeitos funestos na sociedade. Resumindo, lavar recursos é fazer com que produtos decorrentes da criminalidade pareçam ter sido adquiridos legalmente. A lavagem de dinheiro permite aos traficantes, contrabandistas de armas, terroristas ou funcionários corruptos, entre outros, continuarem com suas atividades criminosas, facilitando os seus acessos à legalização dos lucros ilícitos. A lavagem de dinheiro impacta a imagem das instituições financeiras e, se não controlada, pode afetar a confiança pública nelas. Por isso o termo lavagem : a transformação do dinheiro sujo (dinheiro de origem ilícita) em dinheiro limpo, como explica BARROS, 1998:

13 13 Lavagem é o ato de lavar ou limpar banhando. Emprega-se a expressão lavagem de dinheiro no sentido figurado para destacar a limpeza ou o branqueamento do dinheiro, que sendo sujo transmuta-se em limpo. É a reciclagem do dinheiro ilegal. Em outros idiomas, utilizam-se denominações equivalentes: lavado de activos, lavado de dinero, blanqueo de dinero, money laundering, reciclaggio, reciclaje. OLIVEIRA, 1998, em Lei de Lavagem de Capitais, enuncia: O termo lavagem de dinheiro é na verdade um neologismo próprio das últimas décadas, bastante difundido e aceito nos meios científicos e entre os especialistas que tratam da criminalidade organizada. A expressão, apesar do seu pouco rigor técnico, foi adotada pelo mundo acadêmico e pela quase totalidade das nações, gerando denominações equivalentes (...).

14 O processo de lavagem de dinheiro: 14 Dinheiro Sujo Dinheiro com origem ilícita Operações financeiras e/ou comerciais Dinheiro com aparência lícita Dinheiro Limpo O processo de lavagem de dinheiro é um delito que, em termos mundiais, provoca impacto negativo e grave sob diversos aspectos: - Ético : A lavagem de dinheiro legaliza atividades criminosas validando pessoas sem escrúpulos e nenhuma responsabilidade social.

15 - Social: 15 -> Famílias inteiras são destruídas. -> Jovens se perdem nas drogas. -> Cidades, estados e países são afetados pelo terror financiado. - Econômico Há estimativas feitas por especialistas que o dinheiro sujo que circula no mundo representa algo em torno de U$ 2 trilhões Etapas da Lavagem de Dinheiro O processo de transformação do dinheiro sujo em dinheiro limpo a lavagem de dinheiro, é constituída de três etapas distintas, sintetizadas nas expressões: Colocação, Ocultação e Integração Colocação A primeira etapa. Consiste no ingresso dos recursos ilícitos no sistema econômico. O criminoso distancia o dinheiro de sua origem, escolhendo a forma e o local (cidade, estado, país) que permitam mais facilidades para

16 16 colocar este dinheiro sujo. Para isso, são realizadas as mais diversas operações, como, por exemplo: a) Depósitos pulverizados em contas correntes bancárias em várias instituições; b) Compra de produtos e serviços financeiros, como títulos de capitalização, previdência privada e seguros; c) Aplicações em depósito a prazo, poupança e fundos de investimentos; d) Compra de bens, que, de preferência, possam ser convertidos em dinheiro: imóveis, jóias, objetos de arte, antiguidades, etc Ocultação A segunda etapa. Nesta etapa, o criminoso encontra formas de encobrir a seqüência de suas ações. São realizadas operações com o objetivo de quebrar a cadeia de evidências sobre a origem do dinheiro, dificultando o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. A ocultação também é conhecida como dissimulação. Para ocultação são utilizadas, por exemplo: a) Transferências de recursos entre contas correntes, por meio eletrônico; b) Transferência de recursos entre empresas;

17 17 c) Operações através de contas fantasma (contas abertas em instituições financeiras com nomes e documentos falsos, para pessoas ou empresas inexistentes, com o fim de movimentar recursos de origem ilícita) e de laranjas (pessoas ou empresas que abrem contas em instituições financeiras, mas que na realidade não são os titulares dos recursos movimentados); d) Transferência de recursos para paraísos fiscais (países que oferecem oportunidades vantajosas, incluindo sigilo bancário e isenção de impostos, para empresas e pessoas físicas movimentarem recursos) Integração Terceira, e última etapa. Consiste na incorporação formal dos ativos no sistema econômico, sob a forma de investimentos ou compra de ativos, com uma documentação aparentemente legal. Ou seja, o criminoso formaliza os ativos (de origem ilícita) no sistema econômico de um país. Teoricamente, o dinheiro já está limpo, quer dizer, já tem uma origem. A integração é feita, por exemplo, através da realização de investimento em negócios lícitos, nos diversos setores da economia: comércio, indústria, serviços. Nessa etapa é comum a participação de grandes empresas, cuja natureza da atividade econômica aparentemente comporta investimentos vultuosos, sem despertar suspeitas quanto à origem dos recursos.

18 18 Em alguns casos essas etapas podem acontecer de forma simultânea Técnicas de Lavagem de Dinheiro A seqüência dessas três etapas colocação, ocultação e integração forma uma cadeia que permite, com facilidade, legitimar o dinheiro ilegal. As operações realizadas e os meios utilizados nesse processo para colocar, ocultar e integrar o dinheiro são tão variados e articulados, que passaram a ser mencionados como técnicas de lavagem de dinheiro. Todas as técnicas têm como ponto em comum, o objetivo de dificultar a detecção da origem ilegal dos recursos. A opção por uma, ou por outra, ou por várias delas, conjugadas, depende das características de cada operação de lavagem : volume, praça, origem dos recursos, grau de sofisticação da organização criminosa, etc. Vejamos aqui algumas das técnicas mais conhecidas: Compra de ativos ou de instrumentos monetários

19 19 Ativos tangíveis como carros, barcos, aeronaves, imóveis, metais preciosos ou instrumentos monetários ordens de pagamento, vales postais, cheques administrativos, cheques de viagem, ações são adquiridos mediante pagamento com dinheiro em espécie Contrabando de moeda O dinheiro em espécie é transportado fisicamente para outros países, através de meios ou artifícios que permitam sua ocultação como, por exemplo, acomodação em bolsas ou compartimentos secretos no meio de transporte utilizado; mescla com recursos transportados em carros blindados; ocultação em bens exportados (fogões, geladeiras, fornos de microondas, etc.). Se, por um lado o contrabando de moeda tem limitações quanto aos montantes possíveis de serem transportados fisicamente, por outro, permite a total quebra de vínculo entre a origem dos recursos e seu destino Cumplicidade de agente interno Funcionário, ou funcionários, de instituições financeiras ou empresariais são aliciados para facilitar a realização de transações com recursos de origem ilícita. Em geral, o funcionário cúmplice executa operações não permitidas pela instituição ou, ao contrário, deixam de cumprir procedimentos de segurança determinados pela instituição e/ou pela lei, como, por exemplo, identificar o depositante ou comunicar o indício de lavagem de dinheiro às autoridades Empresas de fachada

20 20 Empresas legalmente organizadas, inclusive com estabelecimento físico, que aparentemente atuam em ramos de atividades legítimos, mas que, de fato servem apenas como fachada para colocar na economia os recursos ilícitos. Os recursos aparentemente gerados pela atividade produtiva da empresa não o são, mas sim decorrem de atividades ilícitas Empresas fictícias Ao contrário das empresas de fachada, que são legalmente organizadas, as empresas fictícias só existem no papel. Não participam de qualquer atividade comercial ou produtiva. São criadas e utilizadas exclusivamente para camuflar a movimentação de recursos de origem ilícita Estruturação Através da estruturação são realizadas várias transações em instituições financeiras (em uma ou mais instituições financeiras), em valores àqueles fixados pelos órgãos reguladores do país Faturas falsas de importação e exportação Faturas de importação ou de exportação são emitidas com valor superior ao da transação. A diferença é paga, ou recebida, com valores de origem ilícita. A suposta operação de importação, ou de exportação acoberta os recursos de origem criminosa Mescla

21 21 Recursos ilícitos são misturados, mesclados, com recursos de origem legítimos de uma empresa. O volume total é apresentado como resultado do faturamento operacional Transferências eletrônicas Recursos ilícitos são transferidos, dentro do próprio país, ou para o exterior, através de transações eletrônicas disponíveis na rede bancária. As transferências eletrônicas permitem, com facilidade e rapidez, transferir grandes somas de dinheiro para um ou para múltiplos titulares Venda fraudulenta de propriedades imobiliárias Propriedades imobiliárias são compradas, com recursos de origem ilícita, por valores oficialmente menores que os valores efetivamente pagos. A diferença entre o valor da transação e o valor declarado oficialmente é paga com dinheiro em espécie. Na seqüência, a propriedade é vendida (revendida) pelo valor de mercado (valor real) e o lucro aparentemente é gerado, ganho de capital, é utilizado para justificar a origem do dinheiro.

22 Setores da economia mais visados para a lavagem de dinheiro De acordo com o Ministério da Fazenda, alguns setores são muito visados no processo de lavagem de dinheiro. Entre eles destacam-se: Instituições financeiras No Brasil controladas pelo Banco Central (BACEN), as Instituições Financeiras, compõem um dos setores mais visados pelas organizações criminosas para realização de operações de lavagem de dinheiro. A razão disso é que as novas tecnologias e a globalização dos serviços financeiros imprimem uma velocidade sem precedentes à circulação do dinheiro. Recursos em busca de taxas de juros mais atraentes, compra e venda de divisas e operações internacionais de empréstimo e financiamento misturam-se num vasto circuito de transações complexas. Nessas transações, o dinheiro sujo se mistura com quantias que essas instituições movimentam legalmente todos os dias, o que favorece o processo de dissimulação da origem ilegal. As redes mundiais que interligam computadores, a exemplo da Internet, favorecem amplamente este processo, ampliando as possibilidades de movimentação dos recursos, conferindo maior rapidez e garantindo o anonimato das operações ilegais. Este setor é, portanto, o mais afetado e o mais utilizado nos processos de lavagem de dinheiro, mesmo quando as operações criminosas não são

23 23 realizadas pelas próprias instituições financeiras, elas acabam sendo o "meio" por onde transitam os recursos até a chegada ao mercado ocorrendo a integração, última etapa do processo de lavagem Paraísos fiscais e centros off-shore Tanto os paraísos fiscais (países que oferecem oportunidades vantajosas, incluindo sigilo bancário e isenção de impostos, para empresas e pessoas físicas movimentarem recursos), quanto os centros off-shore (centros bancários extraterritoriais não submetidos ao controle das autoridades administrativas de nenhum país) compartilham de uma finalidade legítima e uma certa justificação comercial. No entanto, os principais casos de lavagem de dinheiro descobertos nos últimos anos envolvem organizações criminosas que se aproveitaram, de forma generalizada, das facilidades oferecidas por eles para realizarem manobras ilegais Bolsas de valores No Brasil, o controle e a fiscalização dessas instituições é responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a qual descreve: As bolsas de valores visam a facilitar a compra e venda de ações e direitos. Nas bolsas de valores é possível a realização de operações em cinco modalidades: (i) a vista; (ii) a prazo; (iii) a termo; (iv) a futuro e (v) por opção. Enquanto nas quatro primeiras formas se negociam ações,

24 no mercado de opções o que se negocia é o direito sobre 24 essas ações. Os investidores, porém, não compram ações diretamente em uma bolsa. Compram-nas através das sociedades corretoras membros daquela entidade. O cliente emite uma ordem de compra ou venda à sua corretora e esta se encarrega de executá-la no pregão. Para isto as corretoras mantém, no recinto de negociação, seus operadores, que são habilitados por meio de um exame de qualificação. Para fechar uma operação na bolsa, qualquer pessoa, banco ou empresa tem que usar os serviços de uma corretora, que recebe uma taxa de corretagem por realizar essa transação. As bolsas de valores oferecem condições propícias para se efetuarem operações de lavagem de dinheiro, tendo em vista que: a. permitem a realização de negócio com características internacionais; b. possuem alto índice de liquidez; c. as transações de compra e venda podem ser efetuadas em um curto espaço de tempo;

25 25 d. as operações são realizadas, em sua grande maioria, por intermédio de um corretor; e e. existe muita competitividade entre os corretores Companhias seguradoras O mercado de seguros, capitalização e previdência privada aberta, fiscalizado no Brasil pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), é outro setor vulnerável à lavagem de dinheiro. Quer em relação aos acionistas, quer em relação aos segurados, subscritores, participantes e intermediários pode haver a tentativa de "limpeza" de recursos: a. os acionistas podem usar seu poder de deliberação realizando investimentos que possibilitem a prática de lavagem de dinheiro; b. os segurados, por sua vez, podem lavar recursos mediante a apresentação de avisos de sinistros falsos ou fraudulentos, o mesmo ocorrendo com os subscritores e participantes, os quais podem, respectivamente, transferir a propriedade de títulos de capitalização sorteados e inscrever pessoas inexistentes ou falecidas em planos de previdência privada aberta; e

26 26 c. a intermediação, materializada na corretagem, também pode ensejar a malfadada lavagem nas transações envolvendo terceiros ou clientes não residentes Mercado imobiliário A lavagem de dinheiro é uma prática muito freqüente no setor imobiliário. Por meio da transação de compra e venda de imóveis e de falsas especulações imobiliárias, os agentes criminosos lavam recursos com extrema facilidade, principalmente se eles utilizam recursos em espécie. A criatividade das organizações criminosas faz com que suas atuações no setor sejam extremamente dinâmicas, dificultando o trabalho de detecção das ilegalidades. A ausência de controle do setor imobiliário também facilita a ação dos criminosos Jogos e sorteios São conhecidos os casos de lavagem de dinheiro por meio de jogos e sorteios, como bingos e loterias. As principais características dos processos criminosos envolvem a manipulação das premiações e a realização de alto volume de apostas em uma determinada modalidade de jogo, buscando fechar as combinações. Em muitos casos, o agente criminoso não se importa em perder uma parte dos recursos, contanto que consiga finalizar o processo de lavagem com êxito.

27 27 Há diversas outras operações comerciais realizadas internacionalmente que facilitam a lavagem de dinheiro e, por essa razão, merecem exame permanente e detalhado. Entre essas operações estão, por exemplo, a compra e venda de jóias, pedras e metais preciosos e objetos de arte e antiguidades. Esse comércio mostra-se muito atraente para as organizações criminosas, principalmente por envolverem bens de alto valor, que são comercializados com relativa facilidade. Além disso, essas operações podem ser realizadas utilizando-se uma ampla gama de instrumentos financeiros, muitos dos quais garantem inclusive o anonimato Crimes antecedentes à lavagem de dinheiro Da própria conceituação conjunto de operações com o objetivo de incorporar na economia recursos, bens e serviços originados ou associados a atividades ilícitas depreende-se que a lavagem de dinheiro é, sempre, precedida de alguma atividade ilícita, criminosa, através da qual os recursos foram obtidos. A lavagem de dinheiro, não é, portanto, uma atividade primária. Requer para sua realização matéria-prima (dinheiro) que, nesse caso, é produzida, invariavelmente, através de alguma atividade criminosa precedente. O dinheiro obtido ilicitamente recursos gerados pelas organizações criminosas, pelo terrorismo, pelo tráfico de drogas, de armas ou de pessoas em geral vultoso,

28 28 para ser utilizado necessita ser colocado na economia com uma aparência legal, o que se dá através da lavagem. A lavagem de dinheiro é, sempre, o complemento de uma atividade criminosa antecedente. É uma etapa no processo de atividades criminosas, na medida em que viabiliza a utilização de recursos obtidos ilicitamente. Ao mesmo tempo, retro-alimenta um ciclo criminoso, vez que oferece possibilidades para movimentar os recursos necessários para financiar outras atividades ilícitas, como é o caso, por exemplo, do terrorismo. Como para os criminosos não existem princípios, valores ou limites legais, a riqueza produto do crime representa séria ameaça aos direitos humanos e à ordem democrática. Não se trata de um problema localizado em um ou outro país, mas sim de um fenômeno mundial. Por isso, a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro transformaram-se em uma preocupação internacional.

29 CAPÍTULO II 29 A LAVAGEM DE DINHEIRO E A SUA RELAÇÃO COM O MERCADO FINANCEIRO No Brasil, a Lei 9.613, de , - posteriormente alterada pelas Leis , de , e , de tipificou o crime de lavagem de dinheiro. A Lei dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei, cria o Conselho de Controle de Atividades financeiras COAF, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, destinado a disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas. Vejamos: 2.1- Dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores LEI Nº 9.613, DE MARÇO DE CAPÍTULO I Dos Crimes De Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores

30 30 Art.1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime: I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins. II - de terrorismo e seu financiamento. III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção. IV - de extorsão mediante seqüestro. V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos. VI - contra o Sistema Financeiro Nacional. VII - praticado por organização criminosa. VIII - praticado por particular contra a administração pública estrangeira. (art. 337-B, 337-C e 337-D do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 Código Penal). (inciso incluído pela Lei nº , de ). Pena: Reclusão de três a dez anos e multa. 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo:

31 I os converte em ativos ilícitos; 31 II os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; III importa ou exporta bens como valores não correspondentes aos verdadeiros. 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: I utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo; II participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei. 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal. 4º A pena será aumentada de um a dois terços, nos casos previstos nos incisos I a VI do caput deste artigo, se o crime for cometido de forma habitual ou por intermédio de organização criminosa. 5º A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou participe colaborar

32 32 espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam a apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objetos do crime. O que mais diz a Lei com relação a: 2.2- Das Pessoas Sujeitas À Lei CAPÍTULO V Das Pessoas Sujeitas À Lei Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não: I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira; II a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial; III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, intermediação ou administração de títulos ou valores mobiliários. Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações: I - as bolsas de valores e bolsas de mercadorias ou futuros; II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência complementar ou de capitalização;

33 33 III - as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para aquisição de bens ou serviços; IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que permita a transferência de fundos; V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento comercial (factoring); VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado; VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que de forma eventual; VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros; IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas neste artigo; X - as pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades. XII as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que

34 34 envolvam grande volume de recursos em espécie. (Incluído pela Lei nº , de ) 2.3- Da Identificação dos clientes e manutenção de Registros CAPÍTULO VI Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º: I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes; II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedidas; III - deverão atender, no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo Conselho criado pelo art. 14, que se processarão em segredo de justiça. 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários. 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente.

35 35 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mêscalendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente. Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado formando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº , de ) 2.4- Da Comunicação das Operações Financeiras CAPÍTULO VII Da Comunicação de Operações Financeiras Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se; II - deverão comunicar, abstendo-se de dar aos clientes ciência de tal ato, no prazo de vinte e quatro horas, às autoridades competentes: a) todas as transações constantes do inciso II do art. 10 que ultrapassarem limite fixado, para esse fim, pela mesma autoridade e na forma e condições por ela estabelecidas, devendo ser juntada a identificação a que se refere o inciso I do mesmo artigo; (Redação dada pela Lei nº , de )

36 36 b) a proposta ou a realização de transação prevista no inciso I deste artigo. 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por suas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista. 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. 3º As pessoas para as quais não exista órgão próprio fiscalizador ou regulador farão as comunicações mencionadas neste artigo ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras - COAF e na forma por ele estabelecida 2.5- Penalidades CAPÍTULO VIII Da Responsabilidade Administrativa Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções: I - advertência; II - multa pecuniária variável, de um por cento até o dobro do valor da operação, ou até duzentos por cento do lucro obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da

37 37 operação, ou, ainda, multa de até R$ ,00 (duzentos mil reais); III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º; IV - cassação da autorização para operação ou funcionamento. 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9º, por negligência ou dolo: I deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no prazo assinalado pela autoridade competente; II não realizarem a identificação ou o registro previstos nos incisos I e II do art. 10; III - deixarem de atender, no prazo, a requisição formulada nos termos do inciso III do art. 10; IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação a que se refere o art º A inabilitação temporária será aplicada quando forem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, devidamente caracterizada em transgressões anteriormente punidas com multa. 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidência específica de infrações anteriormente punidas com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.

38 38 Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções previstas neste Capítulo será regulado por decreto, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

39 CAPÍTULO III 39 COMBATE AO CRIME NO ÂMBITO INTERNACIONAL A preocupação dos organismos internacionais em relação à prevenção e ao combate à lavagem de dinheiro tem aumentado nos últimos anos devido ao crescimento desse mercado. Organizações internacionais, como o GAFI Grupo de Ação Financeira sobre a Lavagem de Dinheiro, têm desenvolvido e promovido políticas para combater a lavagem de dinheiro. Essas organizações têm também atuado como uma espécie de órgãos fiscalizadores, avaliando as medidas tomadas pelos países para combater e prevenir a lavagem de dinheiro em todo o mundo. O tema da lavagem de dinheiro, embora conhecido desde a década de 80, difundiu-se por intermédio de conferências internacionais quando a preocupação com os aspectos práticos do combate a esse crime começou a se materializar de forma mais ampla, no início dos anos 90. Desde então, diversos países têm tipificado o crime de lavagem de dinheiro e criado agências governamentais responsáveis pelo combate. Essas agências são conhecidas mundialmente como Unidades Financeiras de Inteligência FIU (sigla em

40 40 inglês de Financial Intelligence Unit), e suas ações estão em linha com os procedimentos adotados pelo(a): 3.1-Convenção de Viena Firmada em 1988, na Áustria, pelas Nações Unidas a Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas. Foi o primeiro instrumento jurídico internacional a classificar a lavagem de dinheiro como crime. A partir de então, os países signatários da convenção de Viena se comprometeram a tipificar o crime de lavagem de dinheiro. Por isso, a Convenção de Viena é considerada um marco fundamental para prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro, em âmbito internacional CICAD Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas. Criada com o objetivo de desenvolver uma estratégia hemisférica de combate ao narcotráfico. Objetiva implementar planos e programas para fortalecer os esforços nacionais no combate ao tráfico de drogas e às atividades criminosas, entre as quais, também a lavagem de dinheiro UNODC United Nations on Drugs and Crime (Escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes) é responsável por auxiliar países membros da ONU no combate aos crimes relacionados a drogas ilícitas, aos

41 41 crimes internacionais e ao terrorismo. O UNODC dá especial atenção ao crime de Lavagem de Dinheiro, possuindo um programa de combate à lavagem de dinheiro auxiliando os países na criação de mecanismos e de legislação específica para combater esse crime GAFI/FATF Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro (GAFI) ou Financial Action Task Force (FATF), criado em 1989 pelos 7 países mais ricos do mundo (G7) no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a finalidade de examinar, desenvolver e promover políticas de combate à lavagem de dinheiro. Em 1990, o GAFI/FATF publicou as 40 recomendações com o intuito de estabelecer ações a serem seguidas pelos países imbuídos do propósito de combater o crime de lavagem de dinheiro. Em 1996, as 40 recomendações foram revisadas a fim de que pudessem refletir as tendências atuais do crime de lavagem e potenciais ameaças futuras Grupo de Egmont É um organismo internacional informal, criado por iniciativa da Unidade Financeira de Inteligência belga (CTIF) e norte-americana (FINCEN) para promover, no âmbito mundial, a troca de informações, o recebimento e o tratamento de comunicações suspeitas relacionadas à Lavagem de Dinheiro, provenientes dos outros organismos financeiros.

42 42 Segundo a definição do Grupo de Egmont, a Unidade Financeira de Inteligência (FIU) é a: agência nacional, central, responsável por receber (e requerer), analisar e distribuir às autoridades competentes, as denúncias sobre as informações financeiras com respeito a procedimentos criminosos conforme legislação ou normas nacionais para impedir a lavagem de dinheiro. A principal função de uma FIU é estabelecer um mecanismo de prevenção e controle do delito de lavagem de dinheiro através da proteção dos setores financeiros e comerciais passíveis de serem utilizados em manobras ilegais. Essas unidades podem ser de natureza judicial, policial, mista (judicial/policial) ou administrativa. As FIU, em sua maioria, orientam-se de acordo com as recomendações contidas no Plano de Ação Contra Lavagem de Dinheiro: A adoção de legislação e programas nacionais para conter a lavagem de dinheiro até o ano 2003; Adesão às diretrizes contra lavagem de dinheiro e assuntos correlatos contidos na Convenção de Viena; Maior cooperação internacional e judicial em casos envolvendo lavagem de dinheiro;

43 43 Inclusão da lavagem de dinheiro como crime em acordos de assistência legal mútua; Estabelecimento de um regime efetivo de regulação financeira que impeça os criminosos e seus recursos ilícitos de penetrarem no sistema financeiro; Criação de procedimentos de identificação e verificação que apliquem o conceito Know Your Customer; Superação dos obstáculos que o sigilo bancário impõe, dificultando a investigação e a punição da lavagem de dinheiro; Assistência contínua às instituições, organizações e entidades comprometidas com o controle da lavagem de dinheiro, principalmente por meio do oferecimento de programas de treinamento e cooperação técnica. O Brasil também tem sua Unidade Financeira de Inteligência (FIU) que é o COAF Conselho de Controle das Atividades Financeiras. O COAF optou pelo modelo administrativo.

44 CAPÍTULO IV 44 PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO NO BRASIL 4.1- A legislação brasileira sobre lavagem de dinheiro Cumprindo o compromisso assumido ao firmar a Convenção de Viena, em 1988, o Brasil tipificou o crime de lavagem de dinheiro através da Lei nº 9.613, de , posteriormente alterada (complementada) pelas Leis , de , e , de A regulamentação da Lei e a aplicação das penas ficaram a cargo dos órgãos de supervisão e fiscalização já existentes, em suas respectivas áreas de competência, e, para os setores econômicos sem órgão fiscalizador/regulador, a cargo do Conselho de Controle de Atividades Financeiras COAF:

45 45 ÓRGÃO DE SUPERVISÃO E FISCALIZAÇÃO SETOR ECONÔMICO Instituições Financeiras Banco Central do Brasil BACEN Compra e venda de moeda estrangeira Administradoras de consórcios Empresas de arrendamento mercantil (leasing) Comissão de Valores Mobiliários - CVM Secretaria de Previdência Complementar - SPC Superintendência de Seguros Privados - SUSEP Bolsas de valores e valores mobiliários Bolsa de mercadorias e futuros Entidades fechadas de previdência privada (fundos de pensão) Seguro, capitalização e previdência privada Bolsa de mercadorias Cartões de Crédito Meio eletrônico ou magnético para transferência de fundos Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF Empresa de fomento comercial (factoring) Sorteios Promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis Bingos Comércio de jóias, pedras e metais preciosos Objetos de arte e antiguidades No âmbito das instituições financeiras sobre as quais versa esse trabalho o Banco Central do Brasil regulamentou a matéria através dos seguintes normativos:

46 46 Circular BACEN 2.852, de Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei 9.613/98; Carta-Circular BACEN 2.826, de Divulga a relação de operações e situações que podem configurar início de ocorrência dos crimes previstos e estabelece procedimentos para a comunicação ao Banco Central; Carta-Circular BACEN 2.977, de Divulga a criação da transação PCAF500 do SISBACEN (Sistema de Informações do Banco Central do Brasil) e as instruções operacionais de comunicação de operações e situações que podem configurar indício de crime previsto na Lei 9.613/98; Carta-Circular BACEN 3.098, de Determina o registro de depósitos e retiradas em espécie, bem como de pedidos de provisionamento para saques. Carta-Circular BACEN 3.101, de Divulga instruções para comunicação, por meio da transação PCAF500 do SISBACEN, de operações e situações com indício do crime previsto na Lei 9.613/98. Também tratam sobre o assunto:

47 47 Carta-Circular BACEN 2.997, de Divulga recomendação para monitoramento intensificado de transações financeiras com país não cooperante quanto à prevenção e repressão à lavagem de dinheiro; Carta-Circular BACEN 3.029, de Divulga recomendação referente a operações ou propostas envolvendo países não cooperantes quanto à prevenção e repressão à lavagem de dinheiro COAF Conselho De Controle Das Atividades Financeiras A partir da XI Reunião Plenária do GAFI/FATF, realizada em setembro de 1999, o Brasil passou a integrar esse organismo como membro observador, através da criação, em 1998, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras COAF, no âmbito do Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades. O trabalho do COAF está em consonância com as orientações que vêm sendo adotadas internacionalmente pelos organismos encarregados de promover o combate à lavagem de dinheiro e, considerando que seu funcionamento segue o modelo de uma Unidade Financeira de Inteligência

48 48 FIU, tem ampliado seus vínculos com organismos internacionais e agências congêneres de outros países empenhados na luta contra delitos dessa natureza, estabelecendo um amplo relacionamento com entidades no Brasil e no exterior para uma rápida e eficaz troca de informações. O COAF tem algumas atribuições tais como (BRASIL, 1998): Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à Lavagem de Dinheiro; Receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas de lavagem de dinheiro; Disciplinar e aplicar penas administrativas, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades. Esses procedimentos, basicamente, implicam na obrigatoriedade, pelos agentes econômicos, de identificar clientes e manter cadastros atualizados, registrar todas as transações acima do limite estabelecido e comunicar as operações suspeitas aos órgãos competentes.

49 4.3- Responsabilidades atribuídas às instituições financeiras 49 Entre as obrigações impostas às instituições financeiras, tanto pela Lei 9.613/98, como pela regulamentação emitida pelo Banco Central do Brasil, ressaltam-se: a) Identificar e manter atualizados os dados cadastrais dos clientes Seguindo o princípio know your customer ( conheça seu cliente ), contido nas Quarenta Recomendações do GAFI, a Lei 9.613/98, no artigo 10, e a Carta Circular BACEN 2.852/98, nos artigos 1º e 2º, determinam que as instituições financeiras identifiquem seus clientes e mantenham cadastros atualizados, inclusive para as pessoas físicas autorizadas a representar pessoas jurídicas, bem como seus proprietários/controladores. Determinam, também, que os cadastros sejam mantidos e conservados durante o período mínimo de cinco anos contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do encerramento das contas correntes ou das operações (Lei 9.613/98, artigo 10, 2º e Circular BACEN 2.852/98, artigo 3º). b) Registrar as operações realizadas pelos clientes A Lei 9.613/98, no artigo 10, inciso II, e a Circular BACEN 2.852/98, artigo 1º, inciso III, determinam que as instituições financeiras devem manter registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser

50 50 convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por estas expedidas. O limite a que a Lei e a Circular se referem foi fixado em R$ ,00, através da Circular BACEN 2.852/98, artigo 4º /98: Devem ser registradas, segundo o artigo 1º da Circular BACEN operações envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro; operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto R$ ; operações cujo titular de conta corrente apresente créditos ou débitos que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação. Da mesma forma que os dados cadastrais dos clientes, os registros devem ser mantidos e conservados durante o período mínimo de cinco anos contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do encerramento das contas correntes ou das operações (Lei 9.613/98, artigo 10, 2º e Circular BACEN 2.852/98, artigo 3º).

51 51 c) Acompanhar e modificar as transações realizadas pelos clientes A Circular BACEN 2.852/98 determina: no artigo 1º, inciso II, que as instituições financeiras mantenham controles e registros internos consolidados que permitam verificar, alem da adequada identificação do cliente, a compatibilidade entre as correspondentes movimentações de recursos, atividade econômica e capacidade financeira; no artigo 2º, que as instituições dispensem especial atenção às propostas cujas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, formas de realização e instrumentos utilizados, ou que, pela falta de fundamento econômico ou legal, possam indicar a existência dos crimes previstos na Lei 9.613/98, ou com eles relacionados. A Circular BACEN 2.852/98 divulga uma relação de operações e situações que podem configurar indício de ocorrência dos crimes previstos na Lei 9.613/98. A Circular detalha situações relacionadas com: operações em espécie ou em cheques de viagem; manutenção de contas correntes; atividades internacionais; empregados das instituições e seus representantes.

52 52 d) Comunicar ao Banco Central do Brasil as movimentações de valores em espécie superiores a R$ ,00 A Carta-Circular BACEN 3.098, de , determinou que as instituições financeiras comuniquem ao Banco Central do Brasil, na data da ocorrência, os depósitos e retiradas em espécie de valor igual ou superior a R$ , bem como os provisionamentos para saque, independentemente de qualquer análise ou providência. e) Comunicar ao Banco Central do Brasil os indícios de lavagem de dinheiro identificados Indícios de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, identificados pelas instituições financeiras, devem ser comunicados ao Banco Central do Brasil (Lei 9.613/98, artigo 11, inciso II, alínea b). A Lei prescreve, também, que: não deve ser dada ciência ao cliente sobre a comunicação efetuada (artigo 11, inciso II). As comunicações de boa-fé não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa (artigo 11, 2º)

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