Democratização do acesso, currículo e qualidade de ensino na educação básica brasileira

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1 Gestão da Rede Pública para Supervisores e Dirigentes de Ensino Módulo 1 Democratização do acesso, currículo e qualidade de ensino na educação básica brasileira Amaury Patrick Gremaud

2 Equipe Multidisciplinar Coordenação Geral: Gil da Costa Marques Coordenação de Produção: Leila Humes Coordenação do Curso: Ireme Kazumi Miura Gerente de Produção: Beatriz Borges Casaro Autoria: Amaury Patrick Gremaud Design Gráfico: Daniella Pecora, Juliana Giordano e Priscila Pesce Lopes de Oliveira Ilustração: Alexandre Rocha da Silva, Aline Antunes, Camila Guedes Torrano, Celso Roberto Lourenço, João Marcos Ferreira Costa, Lídia Hisae Yoshino, Maurício Rheinlander Klein e Olivia Rangel Bianco Design Instrucional: Gezilda Balbino Pereira, Carolina Costa Cavalcanti e Roberta Takahashi Soledade Revisão de Texto: Marina Keiko Tokumaru

3 Iconografia Conceito! Atenção Ex: Exemplo Saiba Mais Ambiente Virtual de Aprendizagem

4 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira Apresentação Ementa A democratização do acesso e a crise da qualidade de ensino na Educação Básica: histórico, fatores determinantes, indicadores e políticas implementadas para superar a crise qualitativa, com destaque para as normas e iniciativas relacionadas ao currículo. Quadro legal e políticas voltadas para a qualidade do ensino nos anos 1990, com destaque para as relativas à avaliação e ao currículo da Educação Básica. Papel dos três níveis de decisão curricular no Brasil federal, estadual, municipal e escolar. Esta disciplina contemplará a ementa e será desenvolvida a partir de 4 temas principais: 1. Introdução: a Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 2. Democratização do acesso: evolução e desafios atuais, o que dizem os dados quantitativos 3. Educação Básica: marcos legais e as principais políticas referentes à democratização do acesso 4. A questão da qualidade de ensino na Educação Básica e o currículo

5 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios Não devem existir muitas dúvidas sobre a importância da educação nas sociedades modernas, dado o seu impacto sobre os indivíduos e em todas as atividades em que este indivíduo se envolve. Além das crenças desenvolvidas diretamente por educadores e pessoas do próprio meio educacional, cientistas políticos destacam os efeitos positivos sobre a cidadania e o processo democrático; sociólogos, sobre as interações sociais; economistas, sobre a produtividade, o mercado de trabalho, a geração e distribuição de renda; sanitaristas destacam os efeitos sobre a saúde pública etc. Assim, tanto a sociedade se beneficia coletivamente com os avanços educativos, como também os indivíduos têm benefícios óbvios e múltiplos com os diferentes processos educativos. Nesse sentido, toda sociedade se preocupa com o estado atual e futuro de sua educação. E o Brasil, como anda em termos de educação? A resposta a esta pergunta provoca algumas discussões acirradas, mas em geral existe algum consenso de que a situação não é boa; há fortes desigualdades, mas está melhorando. Muito deste consenso vem da evolução de diferentes indicadores educacionais e de comparações com outros paí-ses ou com benchmark (pontos de referência) definidos pelos especialistas. Mas nem sempre essas comparações internacionais são julgadas corretas, visto que não se deveria comparar o Brasil com determinados outros países os pontos de referência nem sempre são acordados entre os especialistas. Mesmo assim, a sensação que se vive é a de que ainda resta muito a fazer em termos educacionais no Brasil, mesmo que se concorde que houve algumas mudanças no período recente. Quão distante do ideal estamos? Qual deveria ser este ideal? Em que ritmo estamos avançando: rápido, lento, o possível? Quem está avançando mais? O que devemos fazer para melhorar, ou para melhorar mais rapidamente? Quais políticas públicas adotar? São questões cujas respostas mostram divergências entre os especialistas. A seguir, destacaremos alguns dados relativos à Educação Básica brasileira.

6 6 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira Tópico 1 Aspectos quantitativos da educação no Brasil: média de anos de estudo, analfabetismo e hiato educacional Um dos principais indicadores educativos é o de número médio de anos de estudo da população. Por este indicador, percebe-se pelo Gráfico 1 e Tabela 1 que a média da população brasileira com mais de 15 anos é de 7,4 anos. Houve uma evolução positiva nesses dados, com um aumento de mais de 2 anos ao longo das últimas duas décadas. Este número, porém, ainda é baixo e fica inclusive abaixo do número de anos de ensino obrigatório 8 anos, período recentemente ampliado para 9 anos. A evolução deu-se de maneira quase equivalente em termos regionais, mas percebe-se também que persistem diferenças entre as regiões brasileiras. A desigualdade da educação brasileira mostra-se de modo evidente quando se observa esse mesmo indicador levando em consideração a localização e a raça/cor da população. Se a população urbana das regiões metropolitanas atinge uma média de 8,6 anos, na população rural esta média é de 4,6 anos; enquanto na população branca o número médio de anos de estudo é de 8,3, a população negra tem uma média de 6,5 anos, ou seja, 1,8 anos a menos. Outra desigualdade importante na educação brasileira é a referente à renda. Pela tabela 2 percebem-se essas diferenças. Em média, uma pessoa que está entre as famílias mais ricas do país (entre as 20% mais ricas) tem mais 10 anos estudo, enquanto uma pessoa que está entre as mais pobres tem em média 5 anos estudo. Gráfico 1: Média de anos de estudo da população com idade igual ou superior a 15 anos - Brasil e regiões / Fonte: CEPA. Dados: IPEA (2009)

7 Tema 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 7 categorias Brasil 5,2 5,3 5,5 5,7 5,7 5,9 6,1 6,3 6,5 6,7 6,8 6,9 7,1 7,3 7,4 Norte 5,4 5,3 5,5 5,6 5,7 5,8 6,1 6,3 6,5 6,6 6,2 6,5 6,7 6,8 7,0 Nordeste 3,8 4,0 4,1 4,3 4,3 4,5 4,6 4,9 5,1 5,3 5,5 5,6 5,8 6,0 6,2 Sudeste 5,8 6,0 6,2 6,3 6,4 6,6 6,7 7,1 7,2 7,4 7,5 7,6 7,8 7,9 8,1 Sul 5,6 5,7 5,9 6,1 6,1 6,3 6,5 6,7 6,9 7,2 7,3 7,4 7,5 7,6 7,8 Centro-Oeste 5,4 5,5 5,6 5,8 6,0 6,1 6,2 6,5 6,8 6,9 7,1 7,2 7,4 7,5 7,7 Localização Urbano Metropolitano 6,6 6,7 6,9 7,0 7,1 7,3 7,4 7,6 7,8 8,0 8,1 8,2 8,4 8,5 8,6 Urbano Não Metropolitano 5,4 5,4 5,6 5,8 5,9 6,0 6,2 6,4 6,6 6,8 6,9 7,0 7,2 7,3 7,5 Rural 2,6 2,8 2,9 3,1 3,1 3,3 3,4 3,4 3,6 3,3 4,0 4,1 4,3 4,5 4,6 Sexo Masculino 5,1 5,2 5,4 5,6 5,6 6,8 5,9 6,2 6,4 6,6 6,7 6,8 7,0 7,1 7,2 Feminino 5,2 5,4 5,6 5,7 5,8 4,7 6,2 6,5 6,7 6,8 6,9 7,1 7,3 7,4 7,6 Raça ou Cor Branca 6,1 6,2 6,4 6,5 6,7 6,8 7,0 7,3 7,4 7,6 7,7 7,8 8,0 8,1 8,3 Negra 4,0 4,1 4,3 4,5 4,5 4,7 4,9 5,2 5,5 5,6 5,8 6,0 6,2 6,3 6,5 Faixa Etária 10+ 4,9 5,0 5,2 5,3 5,4 5,6 5,8 6,1 6,2 6,4 6,5 6,6 6,8 6,9 7,1 15 a 24 anos 5,8 5,9 6,2 6,3 6,5 6,8 7,0 7,4 7,7 7,9 8,1 8,2 8,4 8,5 8,7 25 a 29 anos 6,5 6,6 6,7 6,8 6,9 7,0 7,2 7,4 7,7 8,0 8,1 8,4 8,7 8,9 9,2 30 a 39 anos 6,1 6,2 6,4 6,6 6,7 6,8 6,8 7,0 7,2 7,3 7,5 7,5 7,8 7,9 8, ,8 3,9 4,2 4,3 4,4 4,6 4,7 5,0 5,2 5,3 5,4 5,5 5,7 5,9 6,0 Tabela 1 Média de anos de estudo da população de idade igual ou superior a 15 anos, por categorias selecionadas a Nota: A partir de 2004, a PNAD passa a contemplar a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá / Fonte: CEPA. Dados: Microdados da PNAD (IBGE) IPEA (2009) Característica Quintos de rendimento familiar per capita (%) 1 quinto 2 quinto 3 quinto 4 quinto 5 quinto Brasil 5,0 6,0 6,4 7,8 10,4 Norte 5,2 6,1 6,8 8,0 10,3 Nordeste 4,6 5,6 5,8 7,9 10,7 Sudeste 5,7 6,4 6,7 7,9 10,4 Sul 5,4 6,1 6,3 7,7 10,1 Centro-Oeste 5,6 6,1 6,3 7,8 10,6 Localização Urbano 5,6 6,4 6,7 8,1 10,6 Rural 4,0 4,5 4,4 5,6 6,9 Raça ou Cor Branca 5,5 6,4 6,6 8,1 10,7 Negra ou parda 4,9 5,8 6,2 7,5 9,6 Sexo Homens 4,7 5,7 6,2 7,7 10,4 Mulheres 5,4 6,3 6,5 8,0 10,4 Tabela 2 Média de anos de estudo da população de idade igual ou superior a 15 anos, por categorias selecionadas, segundo os quintos de rendimento mensal familiar per capita / Fonte: CEPA. Dados: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008

8 8 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira Um dos elementos que explicam esse baixo número médio de anos de estudo é a persistência das taxas de analfabetismo, sobretudo entre a população mais idosa. Isso ajuda a entender a diferença, observada na tabela 1, de anos médios de estudo da população com mais de 40 anos (6 anos de estudo em média) em comparação com as coortes da população entre 25 e 29 anos (9,2 anos de estudo em média). Os dados sobre o analfabetismo e sua persistência no Brasil podem ser vistos no gráfico 2 e nas tabelas 3 e 4. O grau de analfabetismo é medido pela taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete simples atualmente, esse índice é de 10% no Brasil, muito acima dos países desenvolvidos, onde se aproxima de zero. A queda no grau de analfabetismo brasileiro é mais lenta, com exceção da região Nordeste, mostrando a dificuldade de se erradicar o analfabetismo no Brasil. As desigualdades novamente são visíveis em termos de localização, regiões, raça/cor e renda. Chama atenção, contudo, que boa parte do analfabetismo se encontra nas coortes populacionais acima de 40 anos (16,9%) o índice é bem menor na população mais jovem. Ainda assim, persiste um incômodo número de quase 2% da população jovem não alfabetizada, mesmo seguindo este critério de alfabetismo, que é muitas vezes considerado pouco exigente. Gráfico 2: Taxa de analfabetismo da população com idade igual ou superior a 15 anos a 2008 / Fonte: CEPA. Dados: IPEA (2009)

9 Tema 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 9 categorias Brasil 17,2 16,4 15,6 14,7 14,7 13,8 13,3 12,4 11,9 11,6 11,5 11,2 10,5 10,1 10,0 Norte 14,2 14,8 13,3 12,4 13,5 12,6 12,3 11,2 10,4 10,6 12,7 11,6 11,3 10,9 10,7 Nordeste 32,7 31,8 30,5 28,7 29,4 27,5 26,6 24,2 23,4 23,2 22,4 21,9 20,7 19,9 19,4 Sudeste 10,9 9,9 9,3 8,7 8,6 8,1 7,8 7,6 7,2 6,9 6,7 6,6 6,0 5,8 5,8 Sul 10,2 9,8 9,1 8,9 8,3 8,1 7,8 7,1 6,8 6,4 6,3 5,9 5,7 5,5 5,4 Centro-Oeste 14,5 14,0 13,3 11,6 12,4 11,1 10,8 10,2 9,7 9,5 9,2 8,9 8,3 8,1 8,1 Localização Urbano Metropolitano 8,1 7,4 7,0 6,5 6,5 5,9 5,8 5,7 5,5 5,2 5,2 5,0 4,4 4,4 4,3 Rural 35,9 34,5 32,7 31,2 32,0 30,2 29,0 28,8 27,7 27,3 25,9 25,1 24,3 23,5 23,5 Sexo Masculino 10,6 10,1 9,5 9,4 8,9 8,4 8,3 7,7 7,5 7,1 7,2 7,0 6,6 6,2 6,2 Feminino 25,7 24,8 23,5 21,8 22,2 20,8 19,8 18,2 17,3 16,9 16,3 15,5 14,7 14,2 13,6 Faixa Etária 15 a 17 anos 8,2 8,1 6,5 5,8 5,4 4,6 3,7 3,0 2,6 2,3 2,1 1,9 1,6 1,7 1,7 18 a 24 anos 8,8 8,2 7,4 6,7 6,8 5,8 5,4 4,8 4,2 3,8 3,6 3,3 2,8 2,4 2,4 25 a 29 anos 10,0 9,3 9,3 8,1 8,6 7,7 7,2 6,8 6,4 5,9 5,9 5,8 4,8 4,4 4,2 30 a 39 anos 12,0 11,6 10,9 10,1 10,2 10,1 9,6 9,0 8,4 8,4 8,0 7,8 7,3 6,7 6, ,2 27,7 26,0 24,8 24,8 23,3 22,8 21,2 20,5 20,0 19,7 19,1 18,0 17,3 16,9 Tabela 3 Taxa de analfabetismo segundo categorias selecionadas a Nota.: A partir de 2004, a PNAD passa a contemplar a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá / Fonte: CEPA. Dados: Microdados da PNAD (IBGE), IPEA (2009) Quintos de rendimento familiar per capita (%) Característica 1 quinto 2 quinto 3 quinto 4 quinto 5 quinto Brasil 19,0 14,0 13,5 6,2 1,9 Norte 14,8 12,9 12,0 7,7 2,6 Nordeste 24,7 20,8 23,3 11,0 4,2 Sudeste 11,3 8,8 9,4 5,0 1,5 Sul 9,4 9,1 9,1 4,6 1,6 Centro-Oeste 13,0 11,2 12,4 7,1 1,8 Localização Urbano 15,2 11,2 11,0 5,1 1,6 Rural 26,4 24,7 27,2 16,7 9,0 Raça ou Cor Branca 14,9 10,7 10,6 4,6 1,3 Negra ou parda 20,5 15,8 15,9 8,2 3,4 Sexo Homens 22,0 14,8 13,1 5,6 1,6 Mulheres 16,4 13,2 13,9 6,8 2,3 Tabela 4 Taxa de analfabetismo das pessoas de idade igual ou superior a 15 anos, por categorias selecionadas, segundo os quintos de rendimento mensal familiar per capita / Fonte: CEPA. Dados: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 apud IPEA (2009)

10 10 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira Ainda em relação a esses aspectos, outros dois pontos podem ser mencionados para termos uma ideia de onde estamos em termos educacionais, especialmente nessas dimensões quantitativas. Tomado como padrão para um número ideal de anos de estudo o que foi definido anteriormente (o ensino obrigatório de no mínimo 8 anos), pode-se construir um indicador de hiato educacional que meça quantos anos de estudo, em média, faltam para os diferentes segmentos da população brasileira atingir esta meta (8 anos). No gráfico 3, a evolução desse indicador é mostrada por diferentes coortes populacionais ou faixas etárias. Apesar dos avanços, o hiato educacional da população com mais de 15 anos é grande. Esses avanços ocorreram de forma diferenciada dependendo da faixa etária: para a população com mais de 30 anos, o hiato educacional evoluiu lentamente de 5,6 anos para 5,2. Esta faixa etária, porém, só ampliará seus anos de estudo por meio de modalidades como o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e similares. Já na população de 15 a 17 anos, o hiato diminuiu entre 1992 e 2008 de 4 para 2,8 anos de estudo, uma evolução mais rápida. Este número, no entanto, ainda é elevado, já que se poderia esperar um número próximo a zero se todas as crianças ingressassem com 7 anos na antiga 1ª série (ou 6 anos no atual 1º ano) e fossem promovidas normalmente até a 8ª série (9º ano). Aqui se revela um dos grandes problemas da educação brasileira: as dificuldades dos alunos em concluir seus estudos no tempo adequado sem evadirem ou repetirem o ano escolar. Além de dar aos jovens acesso à escola e ampliar a educação obrigatória de 8 para 9 anos, com a perspectiva de talvez expandir este período incluindo mais 3 anos de Ensino Médio, passa a ser objeto das políticas públicas fazer com que esses jovens concluam, no mínimo, o Ensino Fundamental. Como foi dito no início, uma forma interessante de avaliar a situação educacional brasileira é estabelecer algumas comparações internacionais. Nesse sentido, podemos acompanhar, pela tabela 5, a proporção da população brasileira segundo faixas etárias que concluíram o Ensino Médio, comparando com o que ocorre em alguns outros países selecionados. Apenas 30% dos brasileiros entre 25 e 64 anos têm o Ensino Médio completo, o que já poderia ser intuído a partir dos dados anteriormente apresentados. Se, por um lado, esse dado é próximo ao de Portugal, México e Turquia, por outro é distante dos índices de Chile, Grécia e Irlanda, e bastante diferente de países como Alemanha, Canadá, EUA e Rússia. Gráfico 3 Hiato educacional - em anos de estudo e prioridade 1992 a 2008 / Fonte: CEPA. Dados: PNAD/IBGE apud Ipea (2009)

11 Tema 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 11 Países Faixas Etárias Diferença (25-34)-(55-64) Brasil Alemanha Canadá Chile Coréia do Sul Espanha EUA Finlândia Grécia Irlanda México Portugal Rússia Turquia Em termos evolutivos, podemos acompanhar o que acontece com as gerações e intuir como esse dado tem evoluído ao longo do tempo. Assim, se a população entre anos tem altas taxas conclusão do Ensino Tópico 2 A frequência escolar Tabela 5 Proporção da população com Ensino Médio completo, 2006 (em%) / Fonte: CEPA. Dados: dados OCDE, apud Veloso (2009) Médio, como é o caso da Alemanha e dos EUA, isto significa que a inclusão das pessoas no Ensino Médio já foi feita algumas décadas atrás (outra possibilidade seria a existência de um amplo processo de inclusão por meio de políticas de educação de adultos, o que não foi o caso). Quando se observa, nesses países, a diferença da fração da população de 55 a 64 anos com Ensino Médio em relação à população com 25 a 34 anos que tem o mesmo grau de instrução, percebe-se inclusive que não houve progressos significativos, justamente, porque boa parte da inclusão no Ensino Médio já fora feito anteriormente. No Brasil, essa diferença é significativa, pois há uma nítida melhora, já que apenas 11% dos indivíduos entre 55 e 64 anos têm Ensino Médio, enquanto essa fração atinge os 38% na faixa de 25 a 34 anos. Ou seja, o Brasil, assim como Portugal, apresentou uma melhora significativa, mas partiu de patamares muito baixos e ainda permanece em patamares baixos. Outro exemplo é o da Coreia do Sul, que fez um esforço muito significativo para universalizar o Ensino Médio nesse mesmo período. Também merecem destaque os esforços realizados, por exemplo, por Grécia e Irlanda. Um dos pontos em que houve melhorias importantes na educação brasileira é o acesso das crianças e jovens à escola. Para medir isto, um dos indicadores utilizados é o percentual da população por faixa etária que frequenta escola, independentemente do grau de ensino em que está Pela Lei nº de 2006, a idade de entrada no Ensino Fundamental obrigatório deixou de ser 7 anos e passou a ser 6 anos, aumentando a duração do Ensino Fundamental para 9 anos. Tal implantação pode ser feita em um período de até 10 anos. Muitas redes de ensino, contudo, já adotaram o sistema.

12 12 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira matriculada, dado cuja evolução pode ser acompanhada pela tabela 6. Pode-se observar que, na faixa de 7 a 14 anos, praticamente 98% das crianças brasileiras frequentam a escola, tendo havido um significativo esforço para alcançar esses indicadores nos últimos 15 anos. Nesta faixa, alcançaram-se os objetivos de universalização do acesso à educação no Brasil, em especial na chamada Educação Fundamental, que compreendia antes os 8 anos de ensino desta faixa etária e que passará a incorporar um ano a mais, incluindo as crianças com 6 anos. Olhando os dados relativos à Educação Infantil que passou a se estender, a partir de 2007, às crianças de até 5 anos, sendo a creche para crianças de até 3 anos e a pré-- -escola para as de 4 e 5 anos, percebe-se também um progresso significativo, apesar de ainda ser pequena a frequência às creches das crianças de 0 a 3 anos: apenas 18,1%. Na idade equivalente à pré-escola, a frequência alcançou, em 2008, quase 80% e, apesar de ainda não se ter uma cobertura quase completa como na faixa correspondente ao Ensino Fundamental, foi a faixa em que o indicador mais progrediu nas últimas duas décadas. Em 1992, pouco mais da metade das crianças desta faixa etária frequentava as (pré) escolas; atualmente, 4/5 o fazem. Na faixa dos 15 a 17 anos, ou seja, para os jovens que deveriam estar no Ensino Médio, a taxa de frequência teve crescimento contínuo até 2003 e, após um período em que se manteve constante, aumentou novamente em 2008, chegando a um índice razoável de 84,1%, contra os quase 60% do início dos anos 90. Os jovens da faixa etária entre 18 e 24 anos (que deveriam estar na educação superior) ampliaram a sua frequência à escola (e à universidade) até 1999, mas houve queda no período posterior a 2003, alcançando em 2008 a taxa de 30,5%, pouco superior em relação aos 22% do início da década anterior. 0 a 3 anos 4 a 6 anos 7 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 29 anos ,1 86,6 59,7 22,6 5, ,8 88,6 61,9 24,9 6, ,6 53,5 90,2 66,6 27, ,4 53,8 91,2 69,4 28,4 7, ,1 56, ,3 29,4 8, ,7 57,9 94,7 76,5 32,1 9, ,2 60,2 95,7 78,5 33,9 10, ,6 65,6 96,5 81, , , ,9 81,5 33,9 12, ,7 68,5 97,2 82, ,9 Tabela 6 Taxa de frequência à escola, segundo as faixas etárias 1992 a 2008 / Fonte: CEPA. Dados: PNAD (IBGE) apud IPEA (2009) ,4 70,6 97,1 81,9 32,2 12, ,3 81,7 31,6 12, ,4 76,1 97,6 82,1 31, ,1 77,6 97,6 82,1 30,9 12, ,1 79,8 97,9 84,1 30,5 12,3

13 Tema 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 13 Assim, o objetivo de colocar na escola todas as crianças entre 7 e 14 anos foi praticamente alcançado e, nas últimas décadas, houve aumento da frequência na Educação Infantil e avanços importantes, ainda que insuficientes, no Ensino Médio. No entanto, permanecem ainda algumas questões sem solução satisfatória, como a evasão e a retenção ao longo do tempo no sistema. Estes pontos serão retomados no próximo tópico deste tema. Tópico 3 A aprendizagem dos alunos Os dados relativos à aprendizagem dos alunos têm tido uma evolução talvez menos favorável, apesar de haver sinais claros de melhoria nos anos recentes. Esses dados de aprendizagem geralmente estão associados à ideia de qualidade do processo educacional e advêm das avaliações externas. Obviamente, tais dados são apenas um ângulo, ainda que importante, do trabalho efetuado pelas escolas e assim devem ser encarados, mesmo porque essas avaliações envolvem geralmente exames feitos de modo a avaliar a aquisição, por parte dos estudantes, de um número limitado de habilidades e competências. No período recente, porém, essas avaliações e seus resultados têm assumido uma grande importância na política educacional brasileira e é interessante observá-los. Para nos situarmos internacionalmente, uma avaliação frequentemente referida é o teste do PISA (Program for International Student Assessment Programa Internacional de Avaliação de Alunos desenvolvido pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que testa os jovens de 15 anos independentemente da série que eles estejam cursando. As áreas abrangida pelo PISA são: matemática, leitura e ciências da natureza. Nem todos os países participam do PISA: normalmente as nações desenvolvidas (membros da OCDE) e mais alguns países convidados. O Brasil, mesmo não sendo membro da OCDE, participou de todas as edições do exame, que teve início em 2000 e ocorre de 3 em 3 anos. O número de participantes tem crescido nas últimas edições. Tomando por referencia os resultados do PISA 2009, percebe-se que o grau de aprendizagem do Brasil, em comparação com os outros países, é baixo. Pelo gráfico 4, notamos Gráfico 4: Distribuição dos alunos por faixa no PISA 2009 Ciências - Países selecionados / Fonte: CEPA.

14 14 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira que mais de 50% dos alunos brasileiros tiveram desempenho, no exame de ciências de 2009, no nível 1 ou abaixo dele, o que significa que esses alunos frequentemente confundem características essenciais do método científico, utilizam informações incorretas e misturam fatos com opiniões pessoais para embasar um ponto de vista. Por outro lado, praticamente não encontramos jovens nos níveis 5 ou acima, em que os alunos podem, de forma consistente, identificar, explicar e aplicar seu conhecimento científico, buscar fontes de informação e explicações diferentes, e usar essas informações para justificar suas decisões, bem como usar raciocino científico avançado em situações desconhecidas. Os gráficos 5 e 6 mostram a média brasileira de desempenho em leitura e a evolução entre 2003 e 2009 em matemática em comparação com outros países. Vemos que o Brasil apesar de possui um nível muito baixo de aprendizagem, foi um dos países que maios avançou na última década. Em termos evolutivos para o Brasil, temos como referência os dados do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), também uma avaliação externa aplicada em todos os Estados, desde 1995, no final dos ciclos, isto é, na 4ª série (5º ano) e na 8ª série (9º ano) do Ensino Fundamental, e no 3º ano do Ensino Médio. O exame também envolve habilidades leitoras (português) e de resolução de problemas (matemática). Pelos gráficos 7, 8 e 9, podese acompanhar a evolução do rendimento médio nacional nesses exames em cada um dos ciclos e disciplinas. Independentemente da interpretação pedagógica desses resultados (esses exames serão mais bem analisados nos próximos módulos do curso), a evolução mostra que, além de o nível atual da aprendizagem dos alunos ser baixo, como comprovado pelos dados internacionais, a evolução não é completamente positiva, especialmente nas séries mais avançadas. Gráfico 5: Pontuação média em leitura (países OECD) / Fonte: CEPA. Dados: OECD (2007), PISA 2006

15 Tema 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 15 Gráfico 6: PMudanças na performance de matemática Pisa 2003 x Pisa 2009: países selecionados / Fonte: CEPA. Gráfico 7: Rendimento médio SAEB 4ª série do Ensino Fundamental - Brasil a 2010 / Fonte: CEPA. Dados: INEP Gráfico 8: Rendimento médio SAEB 8ª série do Ensino Fundamental - Brasil a 2010 / Fonte: CEPA. Dados: INEP Gráfico 9: Rendimento Médio SAEB 3 ano do Ensino Médio - Brasil a 2010 / Fonte: CEPA. Dados: INEP

16 16 Democratização do acesso, currículo e Qualidade de ensino na educação básica brasileira No final da primeira fase do Ensino Fundamental, pode ser observado que, nos anos 90, houve uma deterioração da aprendizagem média dos alunos. Esta, porém, foi revertida na década atual, tendo conseguido um crescimento bastante significativo nos últimos anos. Pode-se dizer que, em 2009, os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental têm pontuação média que a geração quatro anos mais velha só foi obter no final do 6º ano, em leitura, e quase ao final do 7º ano, em matemática. A melhora não é tão expressiva nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, mas percebe-se um início de reversão do quadro negativo, como ocorrera com a 4ª série em meados da década. Devemos aguardar as próximas avaliações para verificar se a tendência de melhora se confirma como parece ser o caso dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Pelo gráfico 10, percebe-se que, apesar da melhora verificada ao final da primeira fase do Ensino Fundamental, em todo o país, as desigualdades também existem e persistem do ponto de vista das aprendizagens dos alunos. Pode-se perceber as diferenças regionais, apresentando os estados da região Centro-Sul desempenho em média superior aos da região Norte-Nordeste. Conclusão Nos últimos 15 anos, houve uma evolução positiva da educação brasileira. Nesse período, praticamente todas as crianças em idade escolar obrigatória foram à escola, além de também ter progredido o acesso ao ensino infantil e médio, assim como se reduziu o grau de analfabetismo. Entretanto, ainda não alcançamos, na maior parte desses indicadores, níveis comparáveis com a média dos países desenvolvidos e, na maioria dos casos, também estamos defasados em relação aos países em desenvolvimento. Vários problemas persistem e a aprendizagem dos alunos também se situa em níveis baixos. Gráfico 10 SAEB Português 4ª série / Fonte: CEPA. Dados: INEP

17 Tema 1 Introdução: A Educação Básica no Brasil nas últimas décadas: avanços e desafios 17 Bibliografia VELOSO, Fernando. 15 anos de avanços na educação no Brasil: onde estamos In: Veloso, Fernando et al. (org.) Educação Básica no Brasil. Rio de janeiro: Ed. Campus IPEA Comunicado à Imprensa no 32: PNAD 2008 primeiras análises: educação, gênero e migração. Brasília: IPEA, OCDE. PISA 2006 Science Competencies for Tomorrow s World. Paris: OCDE, Sites para as principais fontes de dados: IBGE: INEP: PISA OCDE:

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