MULHER É DESDOBRÁVEL: AUTORES E PERSONAGENS EM A HORA DA ESTRELA E UM SOPRO DE VIDA, DE CLARICE LISPECTOR

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1 MULHER É DESDOBRÁVEL: AUTORES E PERSONAGENS EM A HORA DA ESTRELA E UM SOPRO DE VIDA, DE CLARICE LISPECTOR Maria das Graças Fonseca Andrade 1 Para Áurea, porque Eu carrego seu coração comigo Eu o carrego no meu coração. Mulher é desdobrável. Eu sou. Adélia Prado A hora da estrela (1977), Um sopro de vida: pulsações (1978) e os contos Um dia a menos e A bela e a fera ou A ferida grande demais, publicados em A bela e a fera (1979), foram escritos por Clarice Lispector quase que ao mesmo tempo. Olga Borelli, que desde Água viva (1973) passou a auxiliar no trabalho literário de Clarice, afirmou que ela descansava de um construindo outros. 2 Queremos salientar, portanto, que os dois livros que elegemos para examinar aqui (A hora da estrela e Um sopro de vida) são coetâneos, possuindo inclusive temas e estrutura narrativa que, à primeira vista, assemelha-os. 3 Consideramos ambos os livros atípicos. De fato, alguns elementos já nas primeiras páginas de A hora da estrela apontam para uma construção que rompe com um paradigma de livro. Primeiro, há, em letras maiúsculas, 1 Doutora em Estudos Literários: Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora vinculada à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). mgfandrade@gmail.com 2 GOTLIB, Nádia Batella. Clarice: uma vida que se conta. São Paulo: Ática, p A este respeito sugerimos a leitura de A ciranda de dizeres, onde examinamos os textos finais da autora mostrando como eles dialogam entre si. Cf. ANDRADE, Maria das Graças Fonseca. A sucata da palavra: um estudo de Um sopro de vida de Clarice Lispector p. (Dissertação de Mestrado em Literaturas de Língua Portuguesa) PUCMINAS Programa de Pós-Graduação em Letras, Belo Horizonte.

2 a DEDICATÓRIA DO AUTOR. É dispensável à dedicatória que seja enunciada de modo formal. Ela simplesmente é feita e de modo suscinto. Diz apenas a quem se dedica aquele labor, às vezes podendo apenas constar o nome do destinatário e até de modo não desvendado: A Madame Z.. Conforme Houaiss, dedicatória significa inscrição afetuosa que marca um presente ou lembrança, como livro, retrato etc.; dedicação.. 4 A dedicatória que consta em A hora da estrela foge ao modelo de uma dedicatória e, apesar de começar dedicando o texto ( Pois que dedico esta coisa aí ao antigo Schumann e sua doce Clara que são hoje ossos, ai de nós. ), 5 logo declara que o objeto de dedicação é o próprio escritor: Dedicome à saudade de minha antiga pobreza, quando tudo era mais sóbrio e digno e eu nunca havia comido lagosta. (HE, p. 21). Aliás, esta expressão dedicome é repetida ao longo da referida dedicatória seis vezes, evidenciando que tanto aos outros quanto a ele mesmo se destina essa narrativa. É um texto extenso para uma dedicatória. Em verdade, apesar de anunciar-se como DEDICATÓRIA DO AUTOR e de, entre parênteses, esclarecer que esse Autor é Clarice Lispector, tais palavras iniciais acabam por colocar para o leitor uma questão: se o autor é Clarice Lispector por que apresentar o texto no masculino? Dedico-me à cor rubra muito escarlate como o meu sangue de homem em plena idade e portanto dedico-me a meu sangue. ( )? Sobretudo dedico-me às vésperas de hoje e a hoje, ao transparente véu de Debussy, a Marlos Nobre, a Prokofiev, a Carl Orff, a Schönberg, aos dodecafônicos, aos gritos rascantes dos eletrônicos a todos esses que em mim atingiram zonas assustadoramente inesperadas, todos esses profetas do presente e que a mim me vaticinaram a mim mesmo a ponto de eu neste instante explodir em: eu. Esse eu que é vós, pois não aguento ser 4 HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, p LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 18. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p. 21. A partir desta citação, todas as subsequentes virão assinaladas com as iniciais HE e terão as páginas discriminadas.

3 apenas mim, preciso dos outros para me manter de pé, tão tonto que sou, eu enviesado ( ) (HE, p. 21) (Grifos nossos). Assim, o autor é uma máscara que se inventa para proferir determinado discurso. Em A hora da estrela encontramos máscaras: a primeira, a de Clarice Lispector que assume a autoria desse livro; a segunda, a de um autor interposto, Rodrigo S. M., que responde pela autoria da narrativa que conta as fracas aventuras de uma moça numa cidade toda feita contra ela (HE, p. 29). Começa a fazer sentido o fato de, apesar de logo abaixo das palavras DEDICATÓRIA DO AUTOR, constar entre parênteses que, o autor é, Na verdade Clarice Lispector, ela ser enunciada no masculino. É que se trata de um autor masculino a narrar, concomitantemente, duas histórias: a de uma nordestina chamada Macabéa que migra para o Rio de Janeiro e a sua própria, de escritor que, se vê às voltas com a criação de uma personagem que está tão viva quanto ele: A história determino com falso livre arbítrio vai ter uns sete personagens e eu sou um dos mais importantes deles, é claro. Eu, Rodrigo S. M. (HE, p ). E aqui, talvez, possamos perceber uma resposta de Clarice para a questão que o filósofo e amigo José Américo Pessanha havia lhe apresentado em carta, datada de 05 de março de 1972, após ler, a pedido da escritora, os manuscritos de Objeto gritante: (...) e então, o que virá depois? Você continuará a ser seu próprio tema, diretamente apresentado, face desnuda sem as máscaras das personagens? Ou voltará a falar de si mesma através de outras vozes, multiplicando seu mistério e sua perplexidade no jogo de espelhos das personagens? 6 A nosso ver, Clarice, depois de Água viva, que foi a publicação na qual se converteu Objeto gritante, não optou por nenhuma das duas alternativas que, já naquela ocasião, Pessanha lhe apresentara. Ela, genialmente, mesclou as duas opções, pois continuou a criar personagens, mas o leitor passou a ter também acesso a uma espécie de 6 PESSANHA, José Américo Motta. Carta a Clarice Lispector. São Paulo, 05 de março de Arquivo Clarice Lispector da Fundação Casa de Rui Barbosa.

4 autobiografia não-planejada, conforme denominou Lícia Manzo; ela fez com que os personagens funcionassem como uma espécie de alter-ego, reduplicando ao máximo o texto literário através do processo de mise en abyme, 7 levando o leitor a enxergá-la ficcionalizada nas páginas de seus próprios livros. Daí, compreendermos porque na ficção de Clarice fala-se tanto de aspectos autobiográficos. Através do processo de reflexão literária, de duplicação especular, encontramos, por exemplo, em A hora da estrela, uma estrutura desdobrável que se apresenta do seguinte modo: Clarice Lispector cria Rodrigo S. M., um personagem que é, ao mesmo tempo, autor interposto, para criar e narrar a história de Macabéa, mas que também dá a ver os bastidores da construção textual. Daí a explicação para defrontarmo-nos, já na dedicatória, com o texto no masculino; daí a necessidade de um autor masculino para escrever esta história: até o que escrevo um outro escreveria. Um outro escritor, sim, mas teria que ser homem porque escritora mulher pode lacrimejar 7 Mise en abyme é um termo em francês que significa cair no abismo, usado pela primeira vez por André Gide, para falar sobre narrativas que contêm dentro de si próprias outras narrativas. Pode ser verificado também na pintura e no cinema. Na literatura, um exemplo clássico é As mil e uma noites. Vale lembrar que, segundo a própria escritora, desde antes da escrita ela já praticava com outra criança uma espécie de história sem fim, que ia sendo construída a duas vozes e que, diante de um impasse (o que provocaria o fim da narrativa), uma delas retomava a história e a ela dava sequência. Em 1976, Clarice, ao conceder ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro o mais longo depoimento de sua carreira aos escritores Marina Colasanti e Affonso Romano de Sant Anna, declara: CLARICE LISPECTOR: ( ). Bom, antes de aprender a ler e a escrever eu já fabulava. Inclusive, eu inventei com uma amiga minha, meio passiva, uma história que não acabava. Era o ideal, uma história que não acabasse nunca. AFFONSO ROMANO DE SANT ANNA: A amiga passiva de quem fala é uma amiga imaginária, não? CLARICE LISPECTOR: Não. Real, mas quieta, que me obedecia. Porque eu era meio liderzinha. A história era assim: eu começava, tudo estava muito difícil; os dois mortos... Então entrava ela e dizia que não estavam tão mortos assim. E aí recomeçava tudo outra vez... (LISPECTOR, Clarice. Outros escritos. (Org. de Teresa Montero e Lícia Manzo). Rio de Janeiro: Rocco, p. 139.). Vale lembrar ainda o conto A quinta história na qual, apesar de encontrarmos sempre a mesma frase inicial ( Queixei-me de baratas ), deparamo-nos com desdobramentos bastante diversos, inclusive os títulos variam ( Como Matar Baratas, O assassinato, Estátuas, a quarta não recebe título e Leibniz e a Transcendência do Amor na Polinésia ). Assim é que, em uma mesma história temos cinco, mas sabendo que poderíamos tê-las infinitas vezes e de incalculáveis modos: Esta história poderia chamar-se As Estátuas. Outro nome possível é O assassinato. E também Como Matar Baratas. Farei então pelo menos três histórias, verdadeiras, porque nenhuma delas mente a outra. Embora uma única, seriam mil e uma, se mil e uma noites me dessem. (LISPECTOR, Clarice. Felicidade clandestina. 7. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p. 162).

5 piegas (HE, p. 28). Mas ainda que lacrimejasse piegas estaria condizente com um dos títulos dessa narrativa ( História lacrimogênica de cordel ). Será, contudo, que o texto escrito por mulher é piegas e lacrimogênico? Constatamos que entre os treze títulos do livro, logo depois de anunciado o quarto título, irrompe a assinatura da escritora com toda a força, para não nos deixarmos esquecer que ele, na verdade, foi escrito por uma mulher: Clarice Lispector. É bom que se note que outro elemento que faz com que consideremos A hora da estrela um livro atípico são exatamente os treze títulos que ele possui. Mas voltando à necessidade de um escritor masculino para essa história, seria preciso mudar o sexo do autor, para que também a escrita se modificasse? Então homem escreve de modo racional e frio, mas, caso seja mulher, há sempre o risco de pender para o sentimentalismo? Clarice não estaria aí explicitando um modo de pensar dos homens acerca do que as mulheres escreviam? Seria, talvez, porque para tratar da temática social, para relatar uma realidade difícil e dura fosse necessário um autor firme, que não se desmanchasse de dó ao olhar de frente e de perto a penosa face de Macabéa, a matéria sem valor que compunha a vida dessa personagem? Por isso Rodrigo afirma: (...) é verdade que também eu não tenho piedade do meu personagem principal, a nordestina: é um relato que desejo frio. Mas tenho o direito de ser dolorasamente frio, e não vós. (HE, p. 27) E ele tenta dar mostras dessa frieza ao descrever sua personagem: Vou agora começar pelo meio dizendo que que ela era incompetente. Incompetente para a vida. Faltava-lhe o jeito de se ajeitar. (HE, p. 39) ( ) ela era um acaso. Um feto jogado na lata de lixo embrulhado em um jornal. (HE, p. 38) E até que ponto essa impassibilidade se sustenta se, gradativamente, o próprio Rodrigo vai revelando certo envolvimento, implicação? Em verdade, mais que isso, vai manifestando certo condoimento, certa comiseração que cresce em intensidade no decorrer da narrativa. Vejamos:

6 Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando? (HE, p. 42) Sim, estou apaixonado por Mácabéa, a minha querida Maca, apaixonado pela sua feiúra e anonimato total pois ela não é para ninguém. Apaixonado por seus pulmões frágeis, a magricela. (HE, p. 86). Para, ao final, abatida sua hombridade, ele declarar-se atingido: Macabéa me matou. ( ) acabo de morrer com a moça. (HE, p. 105). Carlos Mendes Sousa, em Clarice Lispector: Figuras da escrita, chama a atenção para um fragmento de Clarice Lispector que não aparece no livro de Olga Borelli, Clarice Lispector: Esboço para um possível retrato, mas que pode ser localizado entre os manuscritos recolhidos em apêndice na tese de Claire Varin. Eis o trecho que não aparece no livro de Olga: Não quero tanto quanto possível que este livro seja marcadamente escrito por uma mulher. Um homem cortando certos trechos poderia escrever exatamente o que eu escrevo. Pois nós dois somos seres e carentes.. 8 Essa passagem faz-nos lembrar outra que consta em A hora da estrela: (...) porque todos nós somos um e quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro existe a quem falte o delicado essencial. (HE, p. 26). Mas por que o desejo de Clarice é não dar a ver que o texto seria escrito por uma mulher, por que esse desejo de apagar certas marcas que, no texto, denunciariam uma escritora mulher? Quais trechos necessitariam ser extirpados a fim de que se pensasse tratar de um escritor homem? Também em Um sopro de vida a mesma estrutura desdobrável en- 8 Varin, 1986, anexos: 238 apud SOUSA, Carlos Mendes de. Clarice Lispector: figuras da escrita. Braga: Universidade do Minho/Centro de Estudos Humanísticos, (Colecção Poliedro 3). p. 426.

7 contrada em A hora da estrela se repete: Clarice Lispector cria um Autor, não nomeado, senão por sua função no texto, que por sua vez cria uma personagem, Ângela Pralini. Até aqui tudo se afigura semelhante, não fosse Ângela decidir escrever um livro e até mesmo publicá-lo. Daí que encontramos, em Um sopro de vida, um capítulo intitulado Livro de Ângela e nele o livro da personagem que desbanca o Autor que parecia, inicialmente, ter controle total sobre sua criatura: História das Coisas (Sugestões oníricas e incursões pelo inconsciente). Vemos, assim, que essa aparência equivalente da estrutura narrativa das obras em questão é um ardil, pois, se há de início uma similaridade (uma escritora mulher cria autores para criar personagens mulheres), há, depois, uma grande diferença que decorre do modo das personagens Macabéa e Ângela Pralini se situarem diante da linguagem. Clarice representa literariamente que detém o poder aquele que possui um domínio sobre a língua, sobre as palavras, pois enquanto Macabéa está à margem da língua (ela é datilógrafa, mas ironicamente desconhece o sentido de palavras como efemérides, eletrônico, cultura, renda per capita, conde, aristocracia ), Ângela tem uma qualidade invejável: ela é novidadeira em descrever as coisas, parece dar uma boa notícia, 9 ela é inortodoxa (SV, p. 122). Lucia Castello Branco, em O que é escrita feminina?, sustenta a ideia de que, apesar de o feminino estar, diretamente ou não, relacionado à mulher, o feminino não é a mulher. Portanto, para ela, quando se fala de escrita feminina não significa, necessariamente, que seja uma escrita produzida por mulheres. Assim sendo, o fato de A hora da estrela e Um sopro de vida serem narrativas cujas autorias são atribuídas a dois autores homens, não será determinante para termos necessariamente escritas masculinas ou oficiais, bem como o fato de ser uma escrita produzida por mulher (no caso, Clarice Lispector), não o é. O que Freud, em Algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos, ajuda-nos a compreender é que, apesar dessa 9 LISPECTOR, Clarice. Um sopro de vida: (pulsações). 9. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p A partir desta citação, todas as subsequentes virão assinaladas com as iniciais SV e terão as páginas discriminadas.

8 distinção entre homem e mulher estar ancorada no corpo, na anatomia do sujeito, isso não será o bastante para determinar se estaremos alinhados sob a bandeira do feminino ou do masculino. Ou seja, como bem nos lembra Castello Branco, a Psicanálise é criteriosa ao definir, tanto o feminino como o masculino não como categorias sexuais, fisiológicas, mas como configurações psíquicas, que variam de indivíduo a indivíduo, independente de seu sexo biológico. 10 Então, deslocando essa ideia do feminino para a escrita, ao pensarmos em escrita feminina diríamos, com a estudiosa, que ela não está determinada pelo corpo, mas que podemos tomar como escrita feminina também textos criados por homens. E então, se não é essa diferença (homem/mulher), o que caracterizará a escrita feminina? Certos temas, como a maternidade, o próprio corpo, a casa, a infância. Nos livros que escolhemos examinar encontramos esses temas? Em A hora da estrela, por exemplo, temos o corpo tematizado, tanto os das personagens quanto do próprio narrador: Eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. (HE, p. 30); Tanto estava viva que se mexeu devagar e acomodou o corpo em posição fetal. (HE, p. 104). Às vezes, contudo, é de modo metonímico, através da alusão a partes do corpo, que ele se fará presente na narrativa. Dente, pulmões, cabelos, baixo-ventre, seios, sexo, pêlos, traseiro, olhos, boca, nariz, ouvido, axila, pernas, rosto, mãos, unhas, dedos, cabeça, ossos, braços, intestino, pés, estômago e pele, por exemplo, podem ser notados. Também em Um sopro de vida observamos tanto o corpo de Ângela Pralini quanto do Autor expostos na narrativa: Escrevo quase que totalmente liberto de meu corpo. (SV, p. 7) ÂNGELA. - Senti a pulsação da veia em meu pescoço, senti o pulso e o bater do coração e de repente reconheci que tinha um corpo. Pela primeira vez da matéria surgiu a 10 CASTELLO BRANCO, Lucia. O que é escrita feminina. São Paulo: Brasiliense, (Coleção Primeiros Passos). p. 19.

9 alma. Era a primeira vez que eu era una. Una e grata. Eu me possuía. O espírito possuía o corpo, o corpo latejava ao espírito. Como se estivesse fora de mim, olhei-me e vime. Eu era uma mulher feliz. (SV, p. 34) A infância, outro dos temas recorrentes da escrita feminina, aparece nas obras em estudo: Mas uma coisa descobriu inquieta: já não sabia mais ter tido pai e mãe, tinha esquecido o sabor. E, se pensava melhor, dir-se-ia que havia brotado da terra do sertão em cogumelo logo mofado. (HE, p. 44) Tinha saudade de quando era pequena farofa seca e pensava que fora feliz. Na verdade por pior a infância é sempre encantada, que susto. (HE, p. 50) Ângela. - Eu não compreendo o meu passado mais remoto, a infância e a adolescência que vivi sem compreender e sem prestar atenção. Era uma avoada. Agora sem o mínimo de apoio na base inicial de minha vida sou solta e periclitante e os acontecimentos vêm a mim como algo sempre descontínuo, não ligados a uma compreensão anterior à qual esses acontecimentos deviam ser uma sucessão inteligível. Mas não: os acontecimentos parecem não ter causa em mim. Eu não entendo propriamente o que me acontece. (SV, p. 94) A maternidade é outro assunto abordado em A hora da estrela, tanto por meio de uma espécie de sentimento que Macabéa provoca em outras personagens, como no próprio narrador. Em Um sopro de vida a mãe é descrita por Ângela em seu romance das coisas: Ah pudesse eu pegar Macabéa, dar-lhe um bom banho, um prato de sopa quente, um beijo na testa enquanto a cobria com um cobertor. E fazer que quando ela acordasse

10 encontrasse simplesmente o grande luxo de viver. (HE, p. 76) Ângela.- Mãe-Coisa. Eu me abri e você de mim nasceu. Um dia eu me abri e você nasceu para você mesmo. Quanto ouro correu. E quanto rico sangue se derramou. Mas valeu a pena: és pérola de meu coração que tem forma de sino de pura prata. Eu me esvaí. E tu nasceste. E me apaguei para que tu tivesses a liberdade de um deus. És pagão mas tens a bênção da mãe. E. E a mãe sou eu. Mãe túmida. Mãe seiva. Mãe árvore. Mãe que dá e nada pede de volta. Mãe música de órgão. Hasteia a bandeira, filho, na hora de minha sagrada morte. E dou tal profundo grito de horror e louvor que as coisas se partem à vibração de minha voz única. Choque de estrelas. Pelo enorme monstruoso telescópio me vês. E eu sou gélida e generosa como o mar. Morro. E venho de longe como o silente Ravel. Sou um retrato que te olha. Mas quando quiseres ficar só com a tua namoradaesposa cobre minha cara doce com um pano escuro e fosco e eu nada verei. Eu sou mãe-coisa pendurada na parede com respeito e dor. Mas que funda alegria em ser mãe. Mãe é doida. É tão doida que dela nasceram filhos. Eu me alimento com ricas comidas e tu mamas em mim leite grosso e fosforescente. Eu sou o teu talismã. (SV, p ) A casa é outro objeto tomado em ambos os livros. Em Um sopro de vida, a casa comparece como matéria para o livro de Ângela Pralini: Ângela. - A Casa Este é um castelo de pedra maciça. Mas sua aura é um

11 ninho de aluarada luz leve. Nele o sol brilha como um espelho. A coisa maior que se pode ter é a casa. Beethoven compreendeu isso e fez uma abertura sinfônica resplandecente chamada A Consagração da Casa. Ouvi esta música que me apoia às seis e trinta de uma manhã ainda meio adormecida. Ouvir essa música insólita me provocou um sonho delirante onde as coisas da casa andavam e se enfeitiçavam. Então pensei: preciso porque preciso de enormes corolas de fina pena suave mas selvagem para pôr na minha casa (SV, p. 118). Em A hora da estrela a casa apresenta-se como espaço para o desenrolar da narrativa: a casa de Glória, a casa de mulheres que Madama Carlota tivera no passado, o apartamentozinho de Madama Carlota, mesmo a casa do narrador que aparece ao final do livro: E agora agora só me resta acender um cigarro e ir para casa. (HE, p. 106) Essa frase remete-nos à indagação de Novalis, tido como o maior poeta da morte: Para onde estamos indo? Estamos indo sempre para casa. Essa casa de que fala Novalis é a morte, onde andarmos, iremos sempre para casa, ou seja, para a morte. Vemos assim que, o tema da casa, ainda que partindo do físico, encaminhase para o metafísico, para uma casa não mais provisória, mas definitiva. A despeito dos temas preferidos pela escrita feminina serem encontrados nos livros eleitos para exame, podemos tomá-los como tal porque, mais que o enredo, o significado, a representação da coisa importam o som das palavras, o tom oralizante da escrita, o significante, a presentação da coisa, a materialidade da palavra; mais que o que se diz, importa como se diz Cf. CASTELLO BRANCO, Lucia. op. cit.

12 Bibliografia ANDRADE, Maria das Graças Fonseca. A sucata da palavra: um estudo de Um sopro de vida de Clarice Lispector p. (Dissertação de Mestrado em Literaturas de Língua Portuguesa) PUCMINAS Programa de Pós-Graduação em Letras, Belo Horizonte. CASTELLO BRANCO, Lucia. O que é escrita feminina. São Paulo: Brasiliense, (Coleção Primeiros Passos). GOTLIB, Nádia Batella. Clarice: uma vida que se conta. São Paulo: Ática, HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 18. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, A quinta história. In: Felicidade clandestina. 7. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, p Um sopro de vida: (pulsações). 9. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, Outros escritos. (Org. de Teresa Montero e Lícia Manzo). Rio de Janeiro: Rocco, MANZO, Lícia. Era uma vez: EU a não-ficção na obra de Clarice Lispector. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura: The Document Company-Xerox do Brasil, SOUSA, Carlos Mendes de. Clarice Lispector: figuras da escrita. Braga: Universidade do Minho/Centro de Estudos Humanísticos, (Colecção Poliedro 3). Correspondência PESSANHA, José Américo Motta. Carta a Clarice Lispector. São Paulo, 05 de março de Arquivo Clarice Lispector da Fundação Casa de Rui Barbosa.

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