Prezado Cliente. Atenciosamente, Diretoria da Enersul
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- João Henrique das Neves Garrau
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3 Prezado Cliente Esta publicação é uma iniciativa da Enersul, sua Distribuidora de Energia Elétrica no Estado, e tem como objetivo dar uma visão simplifi cada das condições de fornecimento de energia para os clientes do Grupo A, cuja característica é o atendimento em tensão de fornecimento em média e alta tensão. Esta cartilha se presta a ser um guia de consulta rápido da Resolução Normativa Aneel 414/2010, tem caráter orientativo e sua elaboração buscou priorizar a didática e a fácil compreensão. O conteúdo desta cartilha não substitui as regras defi nidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica no relacionamento formal das condições técnico-comerciais entre a sua empresa e a Enersul. Dada a extensão e relevância dos assuntos tratados nesta publicação, a equipe da Enersul sempre estará à disposição para elucidar outras dúvidas não esclarecidas ou abordadas por esta cartilha. Atenciosamente, Diretoria da Enersul 03
4 SUMÁRIO 1. A ANEEL 2. Resolução Defi nições 4. Tensão de Fornecimento 5. Ligação Nova ou Aumento de Demanda 6. Vigência dos Contratos 7. Renovação dos Contratos 8. Denúncia dos Contratos 9. Rescisão Antecipada 10. Período de Testes Ultrapassagem de Demanda no Período de Testes Ajuste de Reativos no Período de Testes Ajuste de Demanda no Período de Testes 11. Ultrapassagem de Demanda 12. Sazonalidade 13. Contratação de Demanda Única 14. Faturamento de Demanda Complementar 15. Encerramento da Relação Contratual Motivada por Inadimplência 16. Prazo de Ligação 17. Desconto Irrigante 18. Uso Efi ciente da Energia 19. Segurança nas Instalações 20. Nota - Resolução Normativa ANEEL 479/
5 1. A ANEEL A ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica é uma autarquia sob regime especial (Agência Reguladora), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal, com a fi nalidade de regular e fi scalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as Políticas e Diretrizes do Governo Federal. A ANEEL foi criada em 1996, pela Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de RESOLUÇÃO 414 A ANEEL consolidou os direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica na nova Resolução nº 414/2010, que trata das Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica, em substituição à Resolução nº 456/2000. O novo regulamento é resultado de um longo processo de discussão, iniciado em 2008, por meio da Audiência Pública nº 008/2008 que se estendeu de 1º de fevereiro a 23 de maio daquele ano, com sessões presenciais em cinco capitais do país (Porto Alegre-RS, São Paulo-SP, Belém-PA, Salvador-BA e Brasília-DF), e da Consulta Pública nº 002/2009 de 9 de janeiro a 27 de março de Ao todo, a ANEEL recebeu contribuições de consumidores, associações de agentes do setor elétrico, órgãos de defesa do consumidor, Ministério Público Federal e Departamento Nacional de Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça. A íntegra da norma pode ser consultada na página eletrônica da ANEEL ( A Resolução 414/2010 consolida todas as regras para a relação comercial entre as Distribuidoras de Energia Elétrica e seus Clientes num mesmo documento. 05
6 Dentre outras, as resoluções relacionadas com o grupo A, que foram incorporadas à Resolução 414, são: Resolução Data Assunto /11/2002 Contratos de uso e conexão /06/2003 Medição Externa /01/2006 Descontos Irrigação e Aquicultura /02/2007 Participação Financeira /04/2009 Teleatendimento /08/2009 Reclamações 3. DEFINIÇÕES Visando facilitar nossa comunicação, confi ra abaixo os principais termos e suas defi nições: CLIENTE GRUPO A São unidades consumidoras (UC) com fornecimento de energia elétrica em tensão igual ou superior a 2,3 kv. Notadamente caracterizado pela aplicação de estrutura tarifária binômia: ENERGIA + DEMANDA. CLIENTE OPTANTE - GRUPO B Refere-se à unidade consumidora com fornecimento de energia elétrica em média tensão e faturada pelas tarifas do Grupo B, contempladas no artigo 100 da Resolução Aneel 414/2010. Para enquadramento neste tipo de faturamento, é necessário que: - a potência instalada em transformadores seja igual ou inferior a 112,5 kva; - seja celebrado contrato de fornecimento. 06
7 CONSUMIDOR ESPECIAL Consumidor que adquire energia no ambiente de contratação livre proveniente de empreendimentos de energia incentivada (Pequenas Centrais Hidrelétricas, Centrais Eólicas, Centrais Termelétricas de Biomassa, etc.). Com demanda contratada maior ou igual a 500 ou unidades reunidas por comunhão de interesse de fato ou de direito, e que individualmente não possua demanda superior a CONSUMIDOR LIVRE Consumidor que adquire energia no ambiente de contratação livre de qualquer fonte de geração, cuja carga seja igual ou superior a CONSUMIDOR POTENCIALMENTE LIVRE Consumidor que atende às condições para ser CONSUMIDOR LIVRE e que não exerceu tal opção. DEMANDA Expressa em quilowatts (). Representa a soma das potências, das cargas de uma unidade consumidora, que está sendo requerida do sistema elétrico em um determinado instante. DEMANDA CONTRATADA Valor que representa a maior demanda necessária para atendimento da operação plena da unidade consumidora. DEMANDA FATURADA Valor da demanda para fi ns de faturamento, segundo regras de fornecimento de energia elétrica. 07
8 ENERGIA ELÉTRICA ATIVA Expresso em quilowatts-hora (h). Representa o resultado da multiplicação da potência de um equipamento pelo seu tempo de utilização. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ATIVA Valor que representa o somatório das energias elétricas utilizadas pelos equipamentos de uma unidade consumidora ao longo de um período determinado. REATIVOS Tipo de energia e demanda inerentes às características construtivas de determinados equipamentos elétricos (ex: motores, lâmpadas fl uorescentes, etc.) que provocam efeitos indesejáveis ao sistema elétrico da distribuidora. Por esta razão, são impostos limites para sua utilização (vide Fator de Potência). FATOR DE CARGA Determina o grau de efi ciência da operação da UC em relação a sua demanda contratada. É calculado através da divisão do consumo medido pelo máximo consumo que seria possível com a sua demanda contratada. Quanto mais próximo de um (1,0), maior a efi ciência. FATOR DE DEMANDA Razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especifi cado e a carga instalada na unidade consumidora. FATOR DE POTÊNCIA Índice calculado para medir o nível de reativos requisitados pela unidade consumidora. Calculado pela razão entre energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos quadrados das energias ativa e reativa consumidas num mesmo período especifi cado. Para efeito de faturamento é considerado o menor valor ao longo do ciclo. Para isenção de cobrança, o valor verifi cado não deve fi car abaixo de 0,92. 08
9 GRUPO A São unidades consumidoras com fornecimento de energia elétrica em tensão igual ou superior a 2,3 kv. É notadamente caracterizado pela aplicação de estrutura tarifária binômia: ENERGIA + DEMANDA. Subdivididas por tensão de atendimento, conforme segue: - A1 tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kv; - A2 tensão de fornecimento de 88 kv a 138 kv; - A3 tensão de fornecimento de 69 kv; - A3a tensão de fornecimento de 30 kv a 44 kv; - A4 tensão de fornecimento de 2,3 kv a 25 kv; e - AS tensão de fornecimento inferior a 2,3 kv, a partir de sistema subterrâneo de distribuição. INSTRUMENTOS CONTRATUAIS - GRUPO A A legislação vigente determina que o consumidor do GRUPO A deve celebrar contratos com a Distribuidora, estes podem ser: - CFEE Contrato de Fornecimento de Energia Elétrica; - CUSD Contrato de Uso do Sistema de Distribuição; - CCD Contrato de Conexão às Instalações de Distribuição; - CCER Contrato de Compra de Energia Regulada. MODALIDADE TARIFÁRIA - GRUPO A Modelo de tarifas aplicáveis às componentes de CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRI- CA ATIVA e DEMANDA, que deve ser escolhida visando o menor custo para a UNI- DADE CONSUMIDORA em função do regime de operação ao longo do dia e dos meses do ano, respeitando, entretanto, as premissas defi nidas pela legislação vigente. 09
10 HORÁRIO DE PONTA Horário de uso crítico do sistema elétrico composto por 3 (três) horas diárias consecutivas defi nidas pela Distribuidora de Energia Elétrica considerando a curva de carga de seu sistema, aprovado pela ANEEL. Exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, Corpus Christi e feriados nacionais. HORÁRIO FORA DE PONTA Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas defi nidas no HORÁRIO DE PONTA. PERÍODO ÚMIDO Período de 5 (cinco) ciclos de faturamento consecutivos, referente aos meses de dezembro de um ano a abril do ano seguinte e que se caracteriza por tarifas menores. Vide Nota item 20. PERÍODO SECO Período de 7 (sete) ciclos de faturamentos consecutivos, referente aos meses de maio a novembro e que se caracteriza por tarifas maiores. Vide Nota item 20. TARIFA CONVENCIONAL Modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas de CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA e DEMANDA, independentemente da hora de utilização do dia e dos períodos do ano. Vide Nota item 20. TARIFA HOROSSAZONAL Modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA e DEMANDA, de acordo com o horário de utilização do dia e os períodos do ano. Vide Nota item
11 TARIFA AZUL Modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de CON- SUMO DE ENERGIA ELÉTRICA de acordo com o horário de utilização do dia e os períodos do ano. A DEMANDA é diferenciada de acordo com os horários do dia e independente do período do ano. Vide Nota item 20. TARIFA VERDE Modalidade caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de CON- SUMO DE ENERGIA ELÉTRICA de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano. Já a tarifa de DEMANDA é única independente do horário ou do período do ano. Vide Nota item 20. TENSÃO PRIMÁRIA Tensões de fornecimento a partir de 13,8 kv. TENSÃO SECUNDÁRIA Tensões de fornecimento caracterizadas notadamente pelo atendimento a residências e pequenas unidades consumidoras (127 ou 220V). 4. TENSÃO DE FORNECIMENTO Art. 12 Compete à distribuidora informar ao interessado a tensão de fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos seguintes critérios: I. Tensão secundária em rede aérea: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 ; II. Tensão secundária em sistema subterrâneo: até o limite de carga instalada conforme padrão de atendimento da distribuidora; III. Tensão primária de distribuição inferior a 69 kv: quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 e a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a ; e 11
12 IV. Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kv: quando a demanda a ser contratada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a De acordo com situações específi cas, a tensão de fornecimento poderá ser diferente dos limites estabelecidos acima. 5. LIGAÇÃO NOVA OU AUMENTO DE DEMANDA Art. 27 e 165 Para estas situações, o interessado deverá solicitar formalmente à DISTRIBUIDORA, que terá um prazo regulamentar para responder. O solicitante poderá procurar a Gerência de Grandes Clientes ou ligar no Call Center de Média Tensão para solicitar informações sobre os procedimentos, por meio do VIGÊNCIA DOS CONTRATOS Art. 61 e 63 Os contratos de fornecimento de energia elétrica têm prazo de vigência de: 12 meses ou 24 meses* * Para as unidades consumidoras que necessitarem de investimento por parte da distribuidora para atendimento à carga instalada. 12
13 7. RENOVAÇÃO DOS CONTRATOS Art. 61 e 63 A renovação dos contratos é automática, exceto se houver manifestação do cliente antes do fi nal da vigência do contrato, com antecedência de: 180 dias 8. DENÚNCIA DOS CONTRATOS Art. 61 e 63 Para solicitar rescisão do contrato de fornecimento, sem incorrer em ressarcimento à distribuidora por rescisão antecipada, (vide item 9), o cliente deverá fazer a denúncia do contrato com antecedência de: 180 dias Assinatura do Contrato Exemplo: Renovação Automática ou Limite para Denúncia de Contrato Aniversário da vigência ou Fim do Contrato
14 9. RESCISÃO ANTECIPADA Art. 61 e 63 O encerramento contratual antecipado à renovação do contrato, implica nos seguintes ressarcimentos à distribuidora: valor correspondente ao faturamento do total da demanda contratada até a data da vigência do contrato, limitado a 6 (seis) meses; e valor correspondente ao faturamento dos montantes mínimos pelos meses remanescentes à vigência do contrato. Exemplo: Solicitação de Desligamento Fora do Limite para Denúncia Assinatura do Contrato 1º Aniversário da vigência Início nova vigência Fim da vigência do Contrato 6 meses 4 meses Pagamento de 6x de Demanda Contratada + Pagamento de 4x de Demanda Mínima (30) Limite para denúncia do contrato Cliente solicita desligamento da unidade 10. PERÍODO DE TESTES Art. 134 A distribuidora concederá três ciclos consecutivos para adequação dos valores de demanda contratada, nas seguintes situações: início do fornecimento; migração do grupo B para o grupo A; migração para THS azul (somente no horário de ponta); acréscimo de demanda maior que 5% da demanda anterior. 14
15 10.1 ULTRAPASSAGEM DE DEMANDA NO PERÍODO DE TESTES Será aplicada cobrança por ultrapassagem de demanda contratada no período de testes quando os valores medidos excederem o somatório de: demanda inicial; e demanda adicional; e 5% da demanda anterior; e 30% da demanda adicional. Art Exemplo: LIGAÇÃO NOVA - Demanda Inicial (DI): }Limite de 135 { Demanda Medida DI DI+ EX.1 EX.2 EX.3 EX.4 TOLERÂNCIAS Forma da Cobrança EX. 1 = 150 x tarifa normal + 50 x (2x tarifa normal) EX. 2 = 135 x tarifa normal EX. 3 = 100 x tarifa normal EX. 4 = 60 x tarifa normal 15
16 Exemplo: AUMENTO DE CARGA - Demanda Inicial (DI): 100 Demanda Adicional (DA): Nova Demanda Contratada: 200 Limite: Demanda inicial Demanda adicional 5% da demanda inicial 30% da demanda adicional Limite de 235 Demanda Medida DI DI+DA EX.1 EX.2 EX.3 EX.4 +TOLERÂNCIAS Forma da Cobrança EX. 1 = 245 x tarifa normal + 45 x (2x tarifa normal) EX. 2 = 235 x tarifa normal EX. 3 = 152 x tarifa normal EX. 4 = 100 x tarifa normal Obs.: Em unidades rurais ou com sazonalidade reconhecida, não se aplica demanda de ultrapassagem no período de teste. Art º 16
17 10.2 AJUSTE DE REATIVOS NO PERÍODO DE TESTES Art. 135 A distribuidora deve conceder um período de ajustes para adequação do fator de potência para unidades consumidoras do grupo A, com duração de 3 (três) ciclos consecutivos e completos de faturamento, quando ocorrer: I. Início do fornecimento; ou II. Alteração do sistema de medição de média mensal para medição horária. A distribuidora de energia elétrica apenas informará ao consumidor os valores dos reativos excedentes. Após o período de ajustes, serão cobrados os reativos, caso o fator de potência da unidade não esteja nos limites estabelecidos (0,92) AJUSTE DE DEMANDA NO PERÍODO DE TESTES Art. 134 Ao fi nal do período de testes, poderá haver solicitação de redução da demanda contratada, observando os limites determinados pela resolução 414. Exemplo: Início de Fornecimento Demanda Inicial: 100 Limite de Redução: até 50% da Demanda Inicial, ou seja, 50 Exemplo: Aumento de Carga Demanda Inicial: 100 Demanda Adicional: 100 Limite de Redução: MAIOR VALOR entre 50% da demanda adicional, (50% x 100) = 150 ou superior a 105% da demanda inicial Nesse exemplo a nova demanda poderá ser de no mínimo
18 11. ULTRAPASSAGEM DE DEMANDA Art. 93 O limite único de tolerância para faturamento de ultrapassagem da demanda contratada é de: 5% 12. SAZONALIDADE Art. 10 A concessão da sazonalidade será reconhecida pela distribuidora, para fi ns de faturamento mediante solicitação do cliente, observando: Energia elétrica destinada à atividade que utilize matéria-prima advinda diretamente da agricultura, pecuária, pesca, ou, ainda, para fi ns de extração de sal ou de calcário, este destinado à agricultura. Verifi cação, nos 12 ciclos de faturamento anteriores ao da análise, de valor igual ou inferior a 20%, para a relação entre a soma dos 4 menores e a soma dos 4 maiores consumos de energia elétrica ativa. EXEMPLO: Consumo h JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Consumo h MENORES CONSUMOS = MAIORES CONSUMOS = = 0,1973 = 20% Em caso de suspensão do reconhecimento da sazonalidade, o cliente deverá esperar por um ano para solicitar à distribuidora uma nova análise para reconhecimento da sazonalidade. 18
19 13. CONTRATAÇÃO DE DEMANDA ÚNICA Art. 63 Os contratos de fornecimento não poderão ter mais escalonamento de demanda. Será necessária a contratação de uma demanda única para o ciclo de doze meses de vigência e faturamento. Exceto para: unidades consumidoras rurais, e unidades consumidoras que possuem o benefício da sazonalidade. 14. FATURAMENTO DE DEMANDA COMPLEMENTAR Art. 105 Para unidades consumidoras rurais e as reconhecidas como sazonal: A cada 12 ciclos de faturamento, contados da celebração do contrato de fornecimento, deverão ter ocorrido pelo menos 3 registros de demanda igual ou superior ao montante contratado. Caso negativo, será cobrada a demanda complementar, até que se completem estes três registros. A demanda complementar é obtida pelas maiores diferenças entre as demandas contratadas e os montantes faturados. EXEMPLO: Cliente com contrato de demanda escalonado, com aniversário em janeiro - Sem Cobrança de Demanda Complementar Demanda Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Demanda Faturada Demanda Complementar Demanda Contratada (Escalonada) Demanda Complementar = 0 19
20 EXEMPLO: Cliente com contrato de demanda escalonada, com aniversário em janeiro Com Cobrança de Uma Demanda Complementar Demanda Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Demanda Faturada Demanda Complementar Demanda Contratada (Escalonada) Demanda Complementar = 28 EXEMPLO: Cliente com contrato de demanda escalonada, com aniversário em janeiro Com Cobrança de Três Demandas Complementares Demanda Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Demanda Faturada Demanda Complementar Demanda Contratada (Escalonada) Demanda Complementar = = 80 20
21 15. ENCERRAMENTO DA RELAÇÃO CONTRATUAL MOTIVADA POR INADIMPLÊNCIA Art. 70 O encerramento da relação contratual entre a distribuidora e o consumidor poderá ocorrer se constatada a suspensão de fornecimento com duração superior a 2 ciclos de faturamento consecutivos por falta de pagamento. Caso este encerramento contratual não seja efetivado, a distribuidora deverá emitir mensalmente fatura de disponibilidade do sistema equivalente à demanda contratada. 16. PRAZO DE LIGAÇÃO O prazo fi xado na resolução 414 foi unifi cado, independendo se a localidade da unidade consumidora for Rural ou Urbana, sendo no máximo de 7 (sete) dias úteis para unidade consumidora do grupo A. Lembramos ainda que este prazo está condicionado à aprovação das instalações e do cumprimento de todas as demais condições regulamentares pertinentes, tais como: assinatura do contrato junto à distribuidora, aprovação dos projetos, obras necessárias para o atendimento, etc. 17. DESCONTO IRRIGANTE Art. 31 Art. 107 O desconto especial na tarifa de fornecimento será concedido para unidades consumidoras que utilizam energia elétrica exclusivamente para irrigação, vinculada à atividade de agropecuária e aquicultura. A suspensão do desconto fi ca vinculada à inadimplência da unidade consumidora cadastrada como irrigante ou constatação de procedimento que provoque faturamento irregular. 18. USO EFICIENTE DA ENERGIA Atualmente, os grandes clientes da ENERSUL são responsáveis por mais de 40% do consumo da energia distribuída. Devido ao valor que esse segmento representa, torna-se fundamental que os equipamentos e máquinas utilizados apresentem um perfi l de consumo próximo do ideal, permitindo 21
22 que os clientes do grupo A possam obter produtos competitivos no mercado e que reduzam as perdas em seu sistema produtivo. Dentre as diversas soluções encontradas, algumas medidas têm por objetivo melhorar a forma como a energia é utilizada dentro das indústrias através de um programa de uso racional, evitando o desperdício e aprimorando a efi ciência de seu uso. As principais formas de utilização relacionadas a esse grupo de consumidores estão mostradas a seguir: ILUMINAÇÃO: - Usar lâmpadas mais eficientes buscando, primeiramente, o aproveitamento da iluminação natural, lançando mão de telhas transparentes quando for o caso; - Substituir lâmpadas de maior potência por outras de menor potência, sem comprometer a segurança da atividade; - Orientar os seus funcionários a desligarem as lâmpadas de dependências desocupadas, exceto aquelas que contribuam para a segurança; - Dividir os circuitos de iluminação de modo que possam ser desligados parcialmente sem comprometer o conforto e a segurança; - Em ambientes com iluminação constante, devem ser utilizadas lâmpadas de alta eficiência e vida longa, como as fluorescentes compactas; - Usar luminárias abertas para melhorar o nível de iluminação; - Usar reatores de maior eficiência (com maior fator de potência e eletrônicos), verificando a eficiência dos reatores já instalados; - Distribuir os interruptores de modo que permitam as operações liga/desliga conforme a necessidade local. A instalação de temporizadores (timers) pode ser bastante conveniente. MOTORES ELÉTRICOS E ACIONAMENTOS: - Substituir e/ou adequar os motores superdimensionados (instalar motores com capacidade nominal condizente com a carga que irá acionar); - Sempre que possível e viável, instalar motores mais eficientes (alto rendimento), que fornecem a mesma potência útil na ponta do eixo que os outros motores, consumindo menos energia; 22
23 - Controlar a velocidade de motores por meio de inversores de frequência; - Adequar o sistema de partida de acordo com a potência do motor (utilização de chaves estrela-triângulo, chaves compensadoras, etc.). Quando possível, utilizar para partidas de motores as chaves soft-starter, que possibilitam o ajuste do torque do motor às necessidades do torque da carga, de modo que a corrente absorvida seja a mínima necessária para acelerar a carga. - Orientar os operadores de máquinas a desligar os motores durante as paradas de operação, caso seja possível. É comum deixar um motor funcionando a vazio sob alegação de evitar o aumento de consumo e demanda em consequência de uma nova partida. Isto também é um fator de desperdício. Apesar da corrente de partida de um motor ser alta (7 a 10 vezes a nominal), a potência consumida na partida é baixa e o tempo de duração é em torno de 10 segundos, não afetando assim a demanda que é medida em intervalos de 15 minutos. Deve- -se sim evitar a partida simultânea de vários motores e várias partidas seguidas num mesmo motor, pois irá provocar um aumento na sua temperatura. SISTEMA DE VENTILAÇÃO E REFRIGERAÇÃO: - Verificar a possibilidade de elevar os níveis de temperatura utilizados nos ambientes servidos por sistema de refrigeração; - Procurar operar os compressores e chillers a plena carga em vez de usar dois ou mais com carga parcial; - Verificar o alinhamento e tensão de todas as correias, ajustando-as quando necessário; - Reduzir o fluxo de ar para todas as áreas ao nível mínimo aceitável; - Verificar as perdas em todas as juntas do compressor; - Observar as operações irregulares do compressor, tais como funcionamento contínuo ou parado e partidas frequentes; - Manter fechadas as portas e janelas de ambientes climatizados; - Garantir o bom estado das borrachas de vedação das portas de câmaras frigoríficas e freezers; - Otimizar o uso das câmaras frigoríficas e freezers de modo a utilizar a capacidade máxima dos mesmos; - Dimensionar climatizadores de acordo com as dimensões do ambiente e tipo de atividade desenvolvida no local; - Instalar e/ou remanejar condensadores longe de fontes de calor. 23
24 TRANSFORMADORES: - Elevar o fator de potência, regulando-o para fi car o mais próximo possível do valor unitário; - Redistribuir as cargas de forma equilibrada entre os transformadores; - Evitar que transformadores fi quem conectados à rede elétrica sem carga no secundário. Isso ocasionará elevação no consumo de reativos, aumentando as perdas e provocando queda de tensão nos alimentadores vizinhos. GERAÇÃO DE VAPOR: - Verifi car se a temperatura dos gases de escape do seu equipamento (caldeiras, aquecedores, etc.) está próxima a valores usuais; - Sintonizar as malhas de controle da caldeira de forma a otimizar sua efi ciência, principalmente malhas de combustão; - Verifi car a possibilidade de aumentar a temperatura da água de alimentação da caldeira; - Verifi car a possibilidade de pré-aquecer o ar de combustão; - Eliminar vazamentos no sistema de distribuição de vapor; - A instalação adequada de drenos, respiros, purgadores e os corretos diâmetros e inclinações das tubulações de vapor e condensador são fundamentais para a utilização efi ciente do vapor; - Manter em bom estado o isolamento de equipamentos e tubulações. FORNOS: - Programar a utilização contínua, evitando a perda do aquecimento inicial do equipamento; - Desligar o equipamento imediatamente após o uso, quando possível; - Eliminar as perdas por frestas, mantendo as portas ou tampas fechadas; - Estimar o consumo específi co (h/unidade de produção) e comparar com os valores típicos para serviços semelhantes; - Operar o forno próximo da sua capacidade nominal; - Instalar controladores eletrônicos de temperatura que racionalizem o consumo de energia. 24
25 AR COMPRIMIDO: - Eliminar vazamentos na tubulação, juntas, válvulas e gaxetas; - Verifi car e dimensionar corretamente as tubulações do sistema de ar comprimido; - Manter os manômetros e os interruptores de controle bem calibrados; - Inspecionar sistematicamente o sistema de ar comprimido e as unidades de compressão para detectar vazamentos; - Caso seja possível, limitar/interromper o uso de ar comprimido nos turnos não produtivos e nos fi ns de semana; - Adequar a ventilação na sala dos compressores; - Manter as válvulas solenóides em bom estado de conservação; - Evitar tubulações restritivas que aumentem a perda de pressão, forçando o compressor a produzir ar comprimido a uma pressão mais alta. EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA: - Ativar os sistemas de gerenciamento de energia dos equipamentos de informática; - Desligar os computadores quando forem submetidos a longos períodos sem utilização; - Desligar os estabilizadores e fi ltros de linha ao término da utilização de computadores e periféricos a eles conectados; - Desligar os periféricos (Ex.: Impressoras, Scanners, drives externos, plotters, etc.) quando não estiverem sendo utilizados; - Dispositivos, como o no-break, podem ser utilizados para manter em funcionamento, durante certo período, o computador e alguns periféricos; - A escolha do no-break deve levar em consideração a carga a qual o mesmo será submetido. 25
26 19. SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES MANUTENÇÃO/LIMPEZA DE CABINES Em caso de necessidade de realizar manutenção ou limpeza de cabines (posto de transformação na propriedade do cliente) por motivo de segurança, solicite sempre o desligamento da unidade para evitar acidentes. O procedimento exigido para desligamento programado da unidade pode ser consultado e agendado com um dos agentes de atendimento, por meio da Central de Atendimento Exclusivo Grupo A. Telefone GERADORES DE ENERGIA ELÉTRICA De acordo com a legislação brasileira, os geradores particulares devem ser Registrados ou Autorizados pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Os proprietários são os responsáveis por manter seu equipamento dentro de todas as normas técnicas e obrigações legais. O gerador de energia elétrica de sua empresa pode causar acidentes, expondo nossos funcionários e também as pessoas que ali trabalham. Os projetos elétricos para instalação de geradores de energia devem ser submetidos à aprovação da Enersul. 26
27 Estrutura de Relacionamento Gerência de Grandes Clientes ATENDIMENTO PERSONALIZADO A Gerência de Grandes Clientes possui profi ssionais preparados para prestar apoio técnico e comercial, além de aspectos regulatórios do setor elétrico. Eles contam com telefone celular e estão disponíveis para atendimentos pessoais na sede da Enersul ou em visitas específi cas, as quais poderão ser agendadas previamente. CENTRAL DE ATENDIMENTO A GRANDES CLIENTES Pelo é possível falar com os agentes de atendimento exclusivo do grupo A. Eles estão capacitados a prover esclarecimentos a dúvidas técnicas e comercias, além de realizar diversos serviços para o grande cliente. SERVIÇOS ON-LINE No site da Enersul é possível encontrar informações sobre diversos assuntos relacionados ao fornecimento de energia elétrica e também diversos serviços on-line. 27
28 20. NOTA ALTERAÇÃO DA RESOLUÇÃO NORMATIVA 414/2010 PELA RESOLUÇÃO 479/2012 A Resolução normativa ANEEL 479, publicada em 03/04/2012, alterou a resolução 414, cuja validade de alguns pontos iniciar-se-á a partir do 3 Ciclo de Revisão Tarifária das distribuidoras do país. Para o caso da Enersul, esta data será em 08 de abril de Neste contexto, antecipamos alguns pontos que serão revistos nesta cartilha, mas com o compromisso de sempre informar nossos clientes, já antecipamos de forma resumida. São eles: 1. As tarifas horossazonais passarão a ter perfi s de tarifas horárias, isto implicará em tarifas não diferenciadas para os períodos úmido e seco. 2. Extinção da tarifa convencional binômia (grupo A). Todas as unidades consumidoras classifi cadas como Convencional a partir do próximo ciclo de revisão tarifária, obrigatoriamente deverão migrar para as tarifas horárias Verde ou Azul. Conforme cronograma defi nido por demanda contratada (sendo nos primeiros 12 meses a partir do início do próximo ciclo as unidades com demanda entre 150 e 300 e nos 4 anos seguintes as unidades consumidoras com demanda de até 149 ). 28
29 ANOTAÇÕES
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