4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais. De 22 a 26 de julho de 2013.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais. De 22 a 26 de julho de 2013."

Transcrição

1 4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais De 22 a 26 de julho de A Solidariedade Pragmática da Diplomacia Brasileira para o Entorno Regional - em busca do equilíbrio e da legitimidade no século XXI PE Política Externa Trabalho Avulso Mariana Kalil INEST/UFF Felipe Cordeiro de Almeida Faculdade Anglo-Americano/UDC,FAA-UDC Belo Horizonte 2013

2 Mariana Kalil Felipe Cordeiro de Almeida A Solidariedade Pragmática da Diplomacia Brasileira para o Entorno Regional - em busca do equilíbrio e da legitimidade no século XXI Trabalho submetido e apresentado no 4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais ABRI. Belo Horizonte 2013

3 RESUMO A narrativa da política externa brasileira reconhece variações da percepção do entorno regional sul-americano em relação à presença do Brasil como ameaça ou como oportunidade. Se, ao longo do século XIX e de parte do século XX, os sul-americanos, em especial a vizinhança platina, compreendiam o Brasil como uma potência insatisfeita, o que resultou em nomenclaturas como o subimperialismo tupiniquim; na primeira década do século XXI, a diplomacia brasileira desenvolve narrativa que destaca sua Solidariedade Pragmática como capaz de dirimir desconfianças e de estabelecer uma cordialidade oficial que conquistaria corações e mentes, sem descuidar do interesse nacional. A partir de 2003, a retórica diplomática brasileira passou a refletir de maneira mais protuberante o discurso doméstico de erradicação da pobreza e de promoção do desenvolvimento. Formou-se, então, uma estratégia de Solidariedade Pragmática que compõe a identidade solidária do país com a realização do interesse nacional. No entorno regional, a herança histórica de desconfianças dificultaria a aceitação desse paradigma, embora a política externa brasileira busque concretizar essa narrativa, por meio de ações em fóruns como a UNASUL e o MERCOSUL. O objetivo deste artigo é compreender a mudança da retórica da política externa brasileira a partir do governo Lula e as atividades desenvolvidas pelo Brasil, sobretudo durante as presidências pro tempore do Conselho do Mercado Comum (MERCOSUL), com o intuito de verificar o tom solidário de uma diplomacia que visaria, ademais, a racionalizar a dominância de sua ascensão como global player. Palavras Chave Diplomacia; Brasil; Mercosul; Solidariedade; Pragmatismo

4 INTRODUÇÃO O objetivo geral deste artigo é testar o conceito de Solidariedade Pragmática, lançado pela autora Mariana Kalil, em The four dimensions of the Brazilian Foreign Policy towards Africa and the Chinese challenge, apresentado na Conferência Anual da International Studies Association (ISA), a partir do trabalho desenvolvido pelo Professor Felipe Cordeiro de Almeida a respeito da integração regional mercosulina. Para tanto, será perseguido o objetivo específico de compreender a mudança da retórica da diplomacia brasileira a partir do governo Lula, testando sua efetividade, por meio da análise das atividades desenvolvidas pelo Brasil. É mister, dessa maneira, que se inicie a verificação, a partir de uma análise da compatibilidade entre pragmatismo e solidariedade, bem como acerca da abordagem dessa interação auferida pela autora, quando propôs tal conceito como a grand strategy brasileira no século XXI. Posteriormente, serão compreendidas as ações do Brasil no comitê político do MERCOSUL, na tentativa de buscar sinais de solidariedade e de pragmatismo, como compreendido pela tradição racionalista das Relações Internacionais, e de testar, de maneira algo arriscada, as intenções e as consequências do comportamento brasileiro em suas relações com a vizinhança platina que, atualmente, conta, também, com a presença do vizinho setentrional bolivariano do Orinoco. Os artífices da diplomacia brasileira, ao longo do governo Lula, não hesitaram em utilizar-se da nomenclatura diplomacia solidária para referir-se ao comportamento brasileiro em esferas multilaterais, em que se busca maximizar não só os próprios ganhos, mas também democratizar estruturas para permitir a diminuição da assimetria do desenvolvimento entre os países e para ampliar a representatividade e a legitimidade do sistema internacional; e, ainda, para salientar a retórica e a prática regional, trilateral e bilateral, em interações nas quais o Brasil não economiza discursos a respeito de relações horizontais, além de fundos para investir, por exemplo, em assistência para o desenvolvimento, mobilizando recursos na magnitude daqueles oferecidos por países como Alemanha e Suécia (KENKEL, 2013). A solidariedade, nas Relações Internacionais, no entanto, não goza de reputação lisonjeira.

5 O ditado estadunidense que enfatiza que a estrada para o inferno está pavimentada por boas intenções exemplificaria, de maneira satisfatória, a percepção das Relações Internacionais a respeito da solidariedade, que é acusada de idealismo ou hipocrisia ou, mesmo, de ambos. É razoável interpretar como idealista uma estratégia solidária que se baseie na compreensão do senso comum a respeito da solidariedade, sobretudo, em uma disciplina em que a dinâmica de política de poder, como construída por racionalistas realistas, é a regra, o que garante à acusação de hipocrisia verossimilhança considerável. Pode-se demarcar o nascimento da lógica moderna, dissociada de questões religiosas, a respeito da solidariedade nos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade. As consequências da perspectiva iluminista, no entanto, distanciam-se, claramente, do real espírito da Revolução Francesa seria suficiente recordar os desacordos entre Robespierre e Babeuf, na esquerda do movimento revolucionário, e entre alas moderadas, mais associadas à burguesia nascente. Assumidas, pela burguesia, a liberdade, a igualdade e a fraternidade, a solidariedade inerente à dinâmica entre os três dogmas esvaiu-se em Estados Nacionais burgueses, de cujo imperialismo e nacionalismo resultaram as duas grandes guerras do século XX. Solidariedade era o cerne do fardo do homem branco que colonizou o continente africano, além de ser a bandeira de ambos os Estados Unidos e a União Soviética, para estabelecer e garantir áreas de influência, ao longo da Guerra Fria, o que levou à terceirização do conflito para a periferia do mundo. Após a Guerra Fria, a solidariedade baseou a exportação de democracia, no âmbito da lógica da Paz Democrática, enquanto sua operacionalização era transferida para mecanismos multilaterais que lidavam com meio ambiente, direitos humanos, dentre outros. Ruanda, Srebrenica e Timor Leste demonstram o débâcle da tentativa de institucionalização da solidariedade, sobretudo no âmbito das Nações Unidas, e o conceito entra o século XXI deveras desacreditado. Contudo, a ascensão de potências médias emergentes ensejou o questionamento da interpretação a respeito do comportamento dos Estados no cenário internacional, o que veio acompanhado da multiplicação de tendências metateóricas nas Relações Internacionais. Dessa maneira, a solidariedade já proclamada entre países do Movimento Não Alinhado, embora, naquele escopo, também duvidosa, já que dela

6 decorreu, por exemplo, a ocupação de Dili pela Indonésia, voltou ao palco da política internacional, por meio da ênfase na cooperação Sul-Sul e na exportação de desenvolvimento, ao invés de democracia, paradigma avançado, implicitamente, por países como o Brasil, conquanto a construção da paz, por meio de estabelecimento de arcabouços jurídicos semelhantes àqueles ocidentais cristãos não se distancie do modelo de democracia perseguido pelas grandes potências tradicionais. O MERCOSUL E A SOLIDARIEDADE PRAGMÁTICA A análise deste artigo será calcada nas estratégias brasileiras de relacionamento com os países do MERCOSUL, especialmente, nos momentos de sua presidência no CMC, visando a buscar iniciativas que verifiquem a solidariedade autoproclamada pela diplomacia brasileira. Todavia, o conceito proposto utiliza, ainda, o adjetivo pragmática, que, sintaticamente, modificaria o substantivo solidariedade. Trabalhos de autores como Bellamy e Rorty apontam a dificuldade em compatibilizar dois conceitos tão díspares, se baseados na interpretação tradicional. Nesse sentido, Bellamy (2002) trava longo debate a respeito da possibilidade de existência de uma Solidariedade Pragmática nas intervenções humanitárias, concluindo, no entanto, que atos solidários enraizados em objetivos pragmáticos não seriam compatíveis com uma solidariedade real. A primeira distinção que se faz neste artigo é entre solidariedade e altruísmo. A solidariedade, aqui, trata de ações que levem em consideração, primordialmente, as demandas, as necessidades e as características do outro. Entretanto, solidariedade não significa, necessariamente, deixar de obter ganhos ou seja, não significa, essencialmente, ser altruísta. Atos de solidariedade podem gerar ganhos que levem as intenções solidárias a se fortalecerem, uma vez que o bem-estar mútuo é avançado e consolidado. Esses ganhos das práticas solidárias não se relacionam, necessariamente, a estratégias de ampliação de mercados ou de aumento de influência política, embora resultem, eventualmente, nesses elementos. A leitura tradicional, nas Relações Internacionais, desses ganhos como decorrentes de pragmatismo ou de instrumentalização levaram a autora a nomear a estratégia brasileira contemporânea como Solidariedade Pragmática, já que, inclusive, a política externa do país preocupa-se

7 com a ênfase nos ganhos da solidariedade, com o objetivo de legitimá-la domesticamente. A segunda distinção feita neste artigo, portanto, é entre intenções pragmáticas e ganhos indiretos que são interpretados como pragmatismo por uma literatura que insiste em utilizar-se do léxico racionalista das Relações Internacionais. No entanto, a política externa brasileira contemporânea transcenderia essas práticas tradicionais, promovendo, no Sistema Internacional, novos comportamentos. Em World of Our Making, Nicholas Onuf (1989) enfatiza comportamentos como estabelecimento de regras que influenciam a estrutura e, também, os demais agentes, em um processo de co-constituição. O autor salienta, ainda, a utilização da linguagem como componente de mudança. Nesse sentido, uma leitura diferente acerca da solidariedade e do pragmatismo, bem como de sua interação é um dos elementos de mudança trazidos pelo reconhecimento, razoavelmente consensual, da relevância brasileira no cenário internacional, como potência média emergente. O histórico de formação de uma narrativa coerente a respeito da interação entre solidariedade e pragmatismo na política externa brasileira decorre da evolução, na diplomacia do país, dos conceitos de promoção do desenvolvimento e cordialidade oficial (DORATIOTO, 2000; CERVO, 2008; CERVO, 2011). O ápice dessa narrativa foi a chegada à Presidência da República de um governo cuja prioridade doméstica era de erradicar a fome e a pobreza e de democratizar o bem-estar, objetivos que, diante da coincidência entre o amadurecimento das relações entre solidariedade e pragmatismo no histórico da política externa do país e as idiossincrasias tanto do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, quanto do Chanceler Celso Amorim, levaram à construção oficial de conceitos como a não indiferença, no sentido de priorizar a demanda por desenvolvimento de países menos desenvolvidos, que compõem a Solidariedade Pragmática. No artigo apresentado na referida conferência da ISA, verificou-se as relações entre Brasil e África no escopo da Solidariedade Pragmática avançada pelo país, principalmente, a partir do Governo Lula embora se possa estabelecer o ano de 1996 como marco de verbalização da solidariedade em relação à África, quando o Brasil participou ativamente da institucionalização da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Cabe, neste artigo, avançar na verificação do conceito, no sentido de aplicá-

8 lo às relações do Brasil com o MERCOSUL, região considerada prioritária para a diplomacia brasileira. As origens do Mercorsul remontam ao desafio da aproximação entre as jovens democracias Brasileira e Argentina nos anos Essa aproximação construiu-se sob a perspectiva política de que os dois vizinhos compartilhariam um futuro em comum. Essa perspectiva de futuro estaria ligada à necessidade de consolidar-se o regime democrático e recuperar as economias estagnadas em plena década perdida. Portanto, o processo de integração regional iniciado na década de 1980, e, conduzido durante os anos 1990, possui um forte viés político-econômico originário do interesse dos maiores sócios em vencer os desafios do mundo em transformação da globalização econômica e do fim da Guerra Fria. Podemos destacar o movimento de regionalismo econômico tido como alternativa às difíceis negociações multilaterais de comércio do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) como uma importante motivação ao desenvolvimento de um projeto de integração regional no cone-sul. O Mercosul reflete essa tendência caracterizada pelo fortalecimento do projeto europeu e pela criação do NAFTA (Área de Livre-Comércio da América do Norte) (Vaz, 2002). A inclusão dos dois vizinhos menores, Paraguai e Uruguai, foi de grande importância para dar contornos regionalistas à associação entre os dois parceiros maiores. Houve assim, a transformação da aproximação bilateral entre os antigos rivais para um ambicioso, porém cauteloso, projeto de integração regional de olhos voltados à formação de um mercado comum em um futuro de médio prazo. A entusiasmada participação do Uruguai no processo de integração regional deu-se principalmente por uma crença de que uma associação entre Brasil e Argentina poderia isolar econômica e politicamente o país. A dependência paraguaia das economias brasileira e argentina foi decisiva na participação do outro sócio menor. A garantia e reforço dado ao processo de integração regional conferido pelas diplomacias presidenciais foi dado de maneira não-linear, intergovernamental e relativamente cautelosa. Ricardo Seintenfus (1992), a época da criação do Mercosul, destacou a preocupação dos operadores iniciais do projeto de integração de evitar-se os erros cometidos pelos projetos latino-americanos de integração regional. Segundo o autor, esses ambiciosos projetos resultaram e grandes decepções devido aos seus

9 excessivamente ousados objetivos de integração, como a Associação Latinoamericana de Integração (ALADI) e a Comunidade Andina de Nações (ou Pacto Andino). Desde a sua criação, um desafio de grandes proporções apresentava-se ao Mercosul: reduzir as disparidades entre os sócios menores e maiores. Ou seja, os países maiores deveriam arcar com os custos da convergência econômica por meio do investimento e de concessões no processo liberalização comercial. Neste momento, diante da ideia de convergência e redução de disparidades característica dos processos de integração regional, está o embrião do que podemos chamar de Solidariedade Pragmática do Brasil com seus parceiros menores (em especial Uruguai e Paraguai) do Mercosul. Entretanto, é difícil caracterizar a ação brasileira em termos de solidariedade pragmática nos anos 1990 em relação ao Mercosul por diversas razões. Primeiramente, a dificuldade brasileira em converter o compromisso de redução de disparidades em ação política, comercial e financeira por conta da delicada condição financeira do Estado Brasileiro e sua tímida autoimagem como país em desenvolvimento relativamente desprovido de recursos. Em segundo lugar, a prioridade em aprofundar a liberalização comercial, em especial, com o sócio de condições equivalentes, a Argentina, não na redução de disparidades. Ou seja, a ação brasileira nos primeiros anos de Mercosul não possuía componentes de solidariedade que fossem além do discurso e das poucas ações no sentido de reduzir as disparidades entre os sócios maiores e mais desenvolvidos, e os menores e menos desenvolvidos. As economias de Brasil e Argentina, apesar de possuírem grande potencialidade de integração produtiva, são economias industrializadas relativamente fechadas e com grandes dificuldades em incrementar sua competitividade e de integrar-se às cadeias transnacionais de produção. Apesar disso, os esforços dos anos 1990 geraram uma crescente circulação de mercadorias, bem como o desenvolvimento de uma incipiente integração produtiva, principalmente no vital setor automobilístico (Machado, 2006), nos leva a crer no sucesso de parte dos objetivos manifestados na origem do Mercosul. Como vimos anteriormente, até a crise argentina do início da década de 2000, não poderíamos falar em solidariedade pragmática do Brasil com relação aos seus

10 parceiros do Mercosul. Em primeiro lugar, devido à posição de paymasters em pé de igualdade de Brasil e Argentina no processo de integração regional. Em segundo lugar, pelas tímidas ações de promoção ao desenvolvimento dos países vizinhos por parte do Brasil. O Brasil apenas assumiria um compromisso com o desenvolvimento de seus vizinhos nos anos A crise argentina e o evidenciamento de crescentes disparidades entre Brasil e o seu principal sócio colocaram em cheque a posição tímida do Brasil como principal artífice da integração na virada do milênio. A culpabilização do Brasil pela crise argentina somou-se aos sentimentos antibrasileiros por parte dos seus vizinhos pelo histórico imperialista como aponta Luiz A. Moniz Bandeira (2012). Dentre os seus vizinhos, destaca-se o Paraguai, no qual a Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança ainda possui importante apelo político. A alteração do panorama político-econômico no cone-sul coincidiu com a estratégia do Governo Lula ( ) de acelerar o processo de alteração do perfil do Brasil como líder regional e potência de expressão global. A solidariedade pragmática desenvolvida pelo Estado brasileiro nas suas relações com o mundo em desenvolvimento manifestou-se de maneira evidente com a África e com seus vizinhos sul-americanos, em especial mercosulinos. Podemos destacar algumas estratégias de grande importância: o incremento dos mecanismos de cooperação internacional e de financiamento tanto às atividades privadas quanto aos projetos públicos dos países vizinhos; a concessão de vantagens aduaneiras aos países do Mercosul sob a justificativa de ajuste de competitividade, em especial, no caso da indústria argentina; o incentivo e o financiamento de investimentos brasileiros privados; o investimento de empresas públicas ou de capital misto como Petrobrás, Vale do Rio Doce e Itaipu Binacional. O Brasil passou a utilizar suas capacidades, diante de um cenário menos adverso em termos econômicos e financeiros, para promover sua posição de líder regional e de potência emergente no plano global. A intensificação das atividades de organizações públicas, em especial, ministérios e empresas públicas federais no desenvolvimento de projetos de cooperação internacional foi fundamental a essa estratégia. Políticas públicas como o programa Bolsa-Família, passaram a servir como exemplo aos governos dos países vizinhos como uma tecnologia de assistência social. Um programa

11 social inspirado pelo Bolsa-família fora implementado, por exemplo, na Argentina em A criação do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM) em Decisão do Conselho do Mercado Comum de 2004 (Decisão CMC/DEC 44/04) foi um importante passo no sentido de construir políticas de solidariedade pragmática. O fundo, financiado majoritariamente pelo Brasil (70% dos recursos aportados, enquanto 27% da Argentina, 2% do Uruguai e 1% Paraguai), possui o objetivo de financiar projetos para o desenvolvimento da região, em especial suas regiões mais pobres é uma importante demonstração do Brasil no sentido de responsabilizar-se pela maior parte do custos da integração e da redução das disparidades econômicas. Inspirado nos fundos estruturais europeus, o FOCEM destaca-se pela predominância do financiamento por parte do Brasil e pela destinação prioritária aos projetos de convergência estrutural e integração econômica. O fundo por não ser reembolsável, e, de acordo com regulamentação do Conselho do Mercado Comum (Decisão CMC/DEC 24/05) ter 80% dos seus recursos destinados aos sócios menores, caracteriza-se como uma importante forma de financiamento ao desenvolvimento dos países menores do bloco. Outra iniciativa no âmbito do financiamento à infraestrutura e desenvolvimento econômico é os investimentos da Itaipu Binacional na construção de linhas de energia para a universalização do acesso à energia elétrica no Paraguai. Essa iniciativa, ainda mais importante a partir da revisão do Tratado de Itaipu, faz parte de um conjunto de medidas que visaram à acomodação dos interesses paraguaios de aumentar a renda advinda da venda de energia da usina ao Brasil e investimentos no setor elétrico paraguaio. Outra importante forma de cooperação em investimentos, além do FOCEM e das iniciativas de Itaipu binacional, destaca-se as ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O financiamento de empreendimentos nos países do Mercosul tem sido de grande importância para o desenvolvimento de projetos infraestrutura e para o reequipamento das indústrias na região. Importante destacar, entretanto, que de acordo com as regras do banco de financiamento, só podem ser financiados projetos que se utilizem de insumos, tecnologias ou serviços de empresas brasileiras. Outra possibilidade é o financiamento a empresas do Mercosul que

12 importem produtos brasileiros. Entretanto, diante da própria lógica de ampliação das vantagens às empresas que se instalem nos países do Mercosul, incluindo-se aí subsidiárias ou sócias de empresas nacionais, o BNDES tem flexibilizado desde 2006 suas regras para financiar a compra de produtos e insumos produzidos em outros países sul-americanos. A primeira medida foi tomada em relação à indústria automobilística, não por coincidência, o setore de maior integração produtiva do Mercosul. A própria estruturação do regime de origem do Mercosul tem como foco a promoção da integração produtiva como nas Decisões do Conselho do Mercado Comum de 2004 (Decisão CMC/DEC 01/04, Decisão CMC/DEC 02/04, Decisão CMC/DEC 14/07, Decisão CMC/DEC 16/07). A atuação do BNDES é fundamental na Argentina, tendo em vista a escassez crônica de crédito com a qual o país vive desde a reestruturação da sua dívida soberana nos anos Diante das disparidades entre o desenvolvimento industrial brasileiro e argentino frente a Uruguai e Paraguai, foram desenvolvidos instrumentos de salvaguardas para produtodos originários e não-originários do Mercosul, como por exemplo, os instrumentos apontados na Decisão 17 do CMC de 1996 (Decisão CMC/DEC 17/96), bem como os regimes especiais de importação como na decisão de 2007 (Decisão CMC/DEC 16/07). As principais razões para tais decisões são concessões brasileiras em relação às exceções nas regras de união aduaneira e de livre comércio do Mercosul, por conta de pressões de Paraguai e Argentina. Ambos os países pedem salvaguardas, cotas e exceções ao livre comércio e à união aduaneira em prejuízo aos interesses comerciais brasileiros imediatos. O argumento central em torno da concordância brasileira em relação a essas solicitações e pressões está pautado na noção de que essa generosidade com os países vizinhos compensa pelo seu desenvolvimento e pela garantia de uma aproximação e amizade a longo prazo. Podemos afirmar que há muito de solidariedade pragmática nessa ações. BIBLIOGRAFIA

13 BELLAMY, A.J. (2002). Pragmatic Solidarism and the dilemmas of humanitarian intervention. Millennium - Journal of International Studies. BIZZOZERO, Lincoln. El Proceso regional del MERCOSUR em el siglo XXI: del regionalismo abierto a la prioridad estratégica sudamericana. Aportes para la Integracion Latinoamericana, v. 19, p. -, CERVO, A. L (2008). Inserção internacional: formação dos conceitos brasileiros. São Paulo: Editora Saraiva. CERVO, A. L. & BUENO, C. (2011). História da Política Exterior do Brasil. 4a Edição. Editora UnB. DORATIOTO, F. M. (2000). A política platina do Barão do Rio Branco. Revista Brasileira de Política Internacional. Vol. 43, n.2. HUGUENEY fo, Clodoaldo; CARDIM, Carlos Henrique. Grupo de Reflexão Prospectiva sobre o MERCOSUL..Brasíla. FUNAG/IPRI/SGIE/BID, KALIL, M. A. C. (2013). The four dimensions of the Brazilian Foreign Policy towards Africa and the Chinese Challenge. International Studies Annual Conference, San Francisco. KENKEL, K. M. (2013). O peacebuilding do Brasil na África e no Haiti: uma alternativa à paz liberal, ou só maquiagem? 4º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais, Belo Horizonte. ONUF, N. (1989). World of our making. University of South Carolina Press. SILVA, Alexandra de Mello e. (1995), O Brasil no Continente e no Mundo: Atores e Imagens na Política Externa Brasileira Contemporâne a, in Estudos Históricos, v. 8, n.15. VAZ, Alcides. Cooperação, Integração e o processo negociador: a construção do Mercosul. Brasília. IBRI, VIGEVANI, Tullo; MARIANO, Karina; OLIVEIRA, Marcelo de. Democracia e atores políticos no Mercosul. Cenários (UNESP), Araraquara, v. 2, p , 2000

EMENTAS DAS DISCIPLINAS ESTUDOS REGIONAIS, TEMAS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS E TÓPICOS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2 /2015 TURNO MANHÃ

EMENTAS DAS DISCIPLINAS ESTUDOS REGIONAIS, TEMAS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS E TÓPICOS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2 /2015 TURNO MANHÃ EMENTAS DAS DISCIPLINAS ESTUDOS REGIONAIS, TEMAS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS E TÓPICOS EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2 /2015 TURNO MANHÃ Temas em Relações Internacionais I 4º Período Turno Manhã Título da

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da

Leia mais

DECLARAÇÃO DE BRASÍLIA

DECLARAÇÃO DE BRASÍLIA DECLARAÇÃO DE BRASÍLIA Os Governadores e Governadoras, Intendentas e Intendentes, Prefeitas e Prefeitos do MERCOSUL reunidos no dia 16 de julho de 2015, na cidade de Brasília DF, por meio do Foro Consultivo

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

AEDB CURSO DE ADMINISTRAÇÃO AULA 1 GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

AEDB CURSO DE ADMINISTRAÇÃO AULA 1 GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS AEDB CURSO DE ADMINISTRAÇÃO AULA 1 GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS * NEGÓCIOS INTERNACIONAIS: Definição: Por negócios internacionais entende-se todo negócio realizado além das fronteiras de um país.

Leia mais

Senado Federal Comissão de Relações Exteriores Maio/2011. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Universidade Estadual da Paraíba

Senado Federal Comissão de Relações Exteriores Maio/2011. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Universidade Estadual da Paraíba A INFLUÊNCIA DA CHINA NA ÁFRICA SETENTRIONAL E MERIDIONAL Senado Federal Comissão de Relações Exteriores Maio/2011 Henrique Altemani de Oliveira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Universidade

Leia mais

Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários

Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários Dezembro/2011 Instrumentos da Política SocioAmbiental Linhas de Instituições Financiamento participantes da pesquisa Participação de

Leia mais

4. Trata-se de uma estratégia complementar à cooperação Norte-Sul e que não tem o objetivo de substituí-la.

4. Trata-se de uma estratégia complementar à cooperação Norte-Sul e que não tem o objetivo de substituí-la. VI REUNIÃO PARDEV 17/5/2012 Fala abertura Laís Abramo 1. A Cooperação Sul Sul é um importante e estratégico instrumento de parceria (partnership) para o desenvolvimento, capaz de contribuir para o crescimento

Leia mais

Exercícios sobre Tigres Asiáticos

Exercícios sobre Tigres Asiáticos Exercícios sobre Tigres Asiáticos Material de apoio do Extensivo 1. (UNITAU) Apesar das críticas, nos últimos tempos, alguns países superaram o subdesenvolvimento. São os NIC (Newly Industrialized Countries),

Leia mais

Aula 9.1 Conteúdo: Tentativas de união na América Latina; Criação do Mercosul. FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES

Aula 9.1 Conteúdo: Tentativas de união na América Latina; Criação do Mercosul. FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Aula 9.1 Conteúdo: Tentativas de união na América Latina; Criação do Mercosul. 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Habilidade:

Leia mais

RELATÓRIO DE MISSÃO INTERNACIONAL À ALEMANHA

RELATÓRIO DE MISSÃO INTERNACIONAL À ALEMANHA RELATÓRIO DE MISSÃO INTERNACIONAL À ALEMANHA Participantes: Dr. Roberto Simões, presidente do CDN (Conselho Deliberativo Nacional) e Dr. Carlos Alberto dos Santos, Diretor Técnico do Sebrae Nacional. Objetivo:

Leia mais

A DIPLOMACIA ECONÓMICA NUM MUNDO MULTICÊNTRICO (PARTE I) José Pedro Teixeira Fernandes ISCET Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo

A DIPLOMACIA ECONÓMICA NUM MUNDO MULTICÊNTRICO (PARTE I) José Pedro Teixeira Fernandes ISCET Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo A DIPLOMACIA ECONÓMICA NUM MUNDO MULTICÊNTRICO (PARTE I) José Pedro Teixeira Fernandes ISCET Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo Quadro 1 As dimensões de ação da diplomacia económica

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

Seminário A economia argentina e as perspectivas das relações com o Brasil e o Mercosul Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2008

Seminário A economia argentina e as perspectivas das relações com o Brasil e o Mercosul Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2008 Seminário A economia argentina e as perspectivas das relações com o Brasil e o Mercosul Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2008 Os interesses empresariais brasileiros na América do Sul Os interesses empresariais

Leia mais

BLOCOS ECONÔMICOS. O Comércio multilateral e os blocos regionais

BLOCOS ECONÔMICOS. O Comércio multilateral e os blocos regionais BLOCOS ECONÔMICOS O Comércio multilateral e os blocos regionais A formação de Blocos Econômicos se tornou essencial para o fortalecimento e expansão econômica no mundo globalizado. Quais os principais

Leia mais

O Mundo em 2030: Desafios para o Brasil

O Mundo em 2030: Desafios para o Brasil O Mundo em 2030: Desafios para o Brasil Davi Almeida e Rodrigo Ventura Macroplan - Prospectiva, Estratégia & Gestão Artigo Publicado em: Sidney Rezende Notícias - www.srzd.com Junho de 2007 Após duas décadas

Leia mais

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África,

Leia mais

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro.

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. ASSUNTO em pauta O BRIC em números P o r Sérgio Pio Bernardes Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. É Smuito

Leia mais

Capitalismo na China é negócio de Estado e no Brasil é negócio de governo*

Capitalismo na China é negócio de Estado e no Brasil é negócio de governo* Capitalismo na China é negócio de Estado e no Brasil é negócio de governo* Carlos Sidnei Coutinho** Cenário Mundial na primeira década do século XXI Os Estados soberanos se destacam como garantidores,

Leia mais

Mercosul: Antecedentes e desenvolvimentos recentes

Mercosul: Antecedentes e desenvolvimentos recentes Mercosul: Antecedentes e desenvolvimentos recentes O Mercosul, processo de integração que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, surgiu com a assinatura, em 26 de março de 1991, do "Tratado de Assunção

Leia mais

BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul MECANISMOS INTER-REGIONAIS BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul O que faz o BRICS? Desde a sua criação, o BRICS tem expandido suas atividades em duas principais vertentes: (i) a coordenação

Leia mais

ARRUDA, Mauro; VERMULM. Roberto; HOLANDA, Sandra. Inovação

ARRUDA, Mauro; VERMULM. Roberto; HOLANDA, Sandra. Inovação ARRUDA, Mauro; VERMULM. Roberto; HOLANDA, Sandra. Inovação Tecnológica no Brasil; a Indústria em Busca da Competitividade Global. São Paulo: Associação Nacional de Pesquisa ANPEI, 2006. 117p. Kira Tarapanoff

Leia mais

A Cooperação Energética Brasil-Argentina

A Cooperação Energética Brasil-Argentina 9 A Cooperação Energética Brasil-Argentina + Sebastião do Rego Barros + Rodrigo de Azeredo Santos Os atuais desafios brasileiros na área energética fizeram com que as atenções de técnicos, investidores,

Leia mais

Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995)

Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) 1. Nós, os Governos, participante da Quarta Conferência Mundial sobre as

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca ENCONTRO COM EMPRESÁRIOS ARGENTINOS

Leia mais

Planejamento Estratégico do Setor de Florestas Plantadas -2012

Planejamento Estratégico do Setor de Florestas Plantadas -2012 CONTEXTO O setor de florestas plantadas no Brasil éum dos mais competitivos a nível mundial e vem desempenhando um importante papel no cenário socioeconômico do País, contribuindo com a produção de bens

Leia mais

COOPERAÇÃO SUL SUL INSPEÇÃO DO TRABALHO. Brasília, 7 de dezembro de 2010

COOPERAÇÃO SUL SUL INSPEÇÃO DO TRABALHO. Brasília, 7 de dezembro de 2010 COOPERAÇÃO SUL SUL SEMINARIO BOAS PRÁTICAS NA INSPEÇÃO DO TRABALHO Brasília, 7 de dezembro de 2010 ESQUEMA DA APRESENTAÇÃO 1. O que se entende por Cooperação Sul-Sul 2. Princípios da Cooperação Sul-Sul

Leia mais

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade

Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade Baixo investimento público contribui para desigualdade no acesso e queda em indicadores de qualidade CFM analisa relatórios internacionais e mostra preocupação com subfinanciamento da saúde, que tem afetado

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 63 Discurso por ocasião do jantar

Leia mais

18 de maio, 19h30. Minhas primeiras palavras são de saudação ao colega Ministro Gao Hucheng, que

18 de maio, 19h30. Minhas primeiras palavras são de saudação ao colega Ministro Gao Hucheng, que PALAVRAS DO MINISTRO ARMANDO MONTEIRO POR OCASIÃO DO JANTAR OFERECIDO PELO CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL - CHINA, COM A PRESENÇA DO MINISTRO DO COMÉRCIO DA CHINA, GAO HUCHENG 18 de maio, 19h30. Minhas primeiras

Leia mais

A ascensão dos subdesenvolvidos. Geografia Professor Daniel Nogueira

A ascensão dos subdesenvolvidos. Geografia Professor Daniel Nogueira GE GRAFIA A ascensão dos subdesenvolvidos Geografia Professor Daniel Nogueira Os grupos econômicos são grupos de países com comportamento econômico específico. Geralmente economias com aspectos semelhantes.

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Rumo à abertura de capital

Rumo à abertura de capital Rumo à abertura de capital Percepções das empresas emergentes sobre os entraves e benefícios 15º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais 4 de julho de 2013 Pontos de partida

Leia mais

PROJECTO DE RELATÓRIO

PROJECTO DE RELATÓRIO ASSEMBLEIA PARLAMENTAR PARITÁRIA ACP-UE Comissão do Desenvolvimento Económico, das Finanças e do Comércio ACP-EU/101.516/B/13 18.08.2013 PROJECTO DE RELATÓRIO sobre a cooperação Sul-Sul e a cooperação

Leia mais

POLÍTICA EXTERNA, DEMOCRACIA. DESENVOLVIMENTO

POLÍTICA EXTERNA, DEMOCRACIA. DESENVOLVIMENTO POLÍTICA EXTERNA, DEMOCRACIA. DESENVOLVIMENTO GESTÃO do MÍNÍSTRO CEISO AMORÍM NO itamaraty AqosTO 95A DEZEMBRO 94 / FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃO Brasília 1995 Tricentenário do nascimento de Alexandre de

Leia mais

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO)

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) Realização: Ibase, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Objetivos da Pesquisa: Os Diálogos sobre

Leia mais

A CARTA DE BANGKOK PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM MUNDO GLOBALIZADO

A CARTA DE BANGKOK PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM MUNDO GLOBALIZADO A CARTA DE BANGKOK PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE EM UM MUNDO GLOBALIZADO Introdução Escopo A Carta de Bangkok identifica ações, compromissos e promessas necessários para abordar os determinantes da saúde em

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

Conclusão. Patrícia Olga Camargo

Conclusão. Patrícia Olga Camargo Conclusão Patrícia Olga Camargo SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros CAMARGO, PO. A evolução recente do setor bancário no Brasil [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica,

Leia mais

Geografia Econômica Mundial. Organização da Aula. Aula 4. Blocos Econômicos. Contextualização. Instrumentalização. Tipologias de blocos econômicos

Geografia Econômica Mundial. Organização da Aula. Aula 4. Blocos Econômicos. Contextualização. Instrumentalização. Tipologias de blocos econômicos Geografia Econômica Mundial Aula 4 Prof. Me. Diogo Labiak Neves Organização da Aula Tipologias de blocos econômicos Exemplos de blocos econômicos Algumas características básicas Blocos Econômicos Contextualização

Leia mais

ICC 114 8. 10 março 2015 Original: inglês. Conselho Internacional do Café 114. a sessão 2 6 março 2015 Londres, Reino Unido

ICC 114 8. 10 março 2015 Original: inglês. Conselho Internacional do Café 114. a sessão 2 6 março 2015 Londres, Reino Unido ICC 114 8 10 março 2015 Original: inglês P Conselho Internacional do Café 114. a sessão 2 6 março 2015 Londres, Reino Unido Memorando de Entendimento entre a Organização Internacional do Café, a Associação

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

- Observatório de Política Externa Brasileira - Nº 67 02/09/05 a 08/09/05

- Observatório de Política Externa Brasileira - Nº 67 02/09/05 a 08/09/05 - Observatório de Política Externa Brasileira - Nº 67 02/09/05 a 08/09/05 Lula faz um balanço da política externa O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço de sua política externa na cerimônia

Leia mais

Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname

Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname Acordo-Quadro de Associação entre o MERCOSUL e a República do Suriname A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai, a República Oriental do Uruguai, a República Bolivariana

Leia mais

O Governo da República do Chile (doravante denominados "as Partes"),

O Governo da República do Chile (doravante denominados as Partes), MEMORANDUM DE ENTENDIMENTO PARA A PROMOÇÃO DO COMÉRCIO E DOS INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DO CHILE O Governo da República Federativa do Brasil

Leia mais

GLOBALIZAÇÃO DEFINIÇÃO

GLOBALIZAÇÃO DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO O termo globalização surgiu no início dos anos 80, nas grandes escolas de administração de empresas dos Estados Unidos (Harvard, Columbia, Stanford, etc.), como referência às oportunidades de

Leia mais

Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários

Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários Perfil dos Participantes Compilação das Respostas dos Questionários Outubro/2011 Temas de Interesse Meio Ambiente Ações Sociais / Projetos Sociais / Programas Sociais Sustentabilidade / Desenvolvimento

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 113 Discurso por ocasião da visita

Leia mais

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando

Leia mais

TICAD IV (28-30 de Maio de 2008)

TICAD IV (28-30 de Maio de 2008) TICAD IV (28-30 de Maio de 2008) TICAD (Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África) é um colóquio político para o Desenvolvimento de África, que o Japão iniciou em 1993 e conduziu

Leia mais

Negócios Internacionais

Negócios Internacionais International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan Negócios Internacionais Capítulo 3.2 Influencia Governamental no Comércio 2004 Prentice Hall, Inc Objectivos do Capítulo Compreender a racionalidade

Leia mais

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA PROJETOS FRANCO-BRASILEIROS DE COOPERAÇÃO DESCENTRALIZADA TRILATERAL EM BENEFÍCIO DO HAITI E DO CONTINENTE AFRICANO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA PROJETOS FRANCO-BRASILEIROS DE COOPERAÇÃO DESCENTRALIZADA TRILATERAL EM BENEFÍCIO DO HAITI E DO CONTINENTE AFRICANO EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA PROJETOS FRANCO-BRASILEIROS DE COOPERAÇÃO DESCENTRALIZADA TRILATERAL EM BENEFÍCIO DO HAITI E DO CONTINENTE AFRICANO I. CONTEXTO Em junho de 2010, realizou-se, no Palácio do Itamaraty,

Leia mais

PANORAMA DO MERCADO Asiático

PANORAMA DO MERCADO Asiático Boletim PANORAMA DO MERCADO Asiático Edição nº 1 Julho/2015 Coordenação Geral de Mercados Americanos/Asiático - CGMA Diretoria de Mercados Internacionais - DMINT Apresentação A série Boletim Panorama dos

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

A INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL E SEUS REFLEXOS PARA A DEFESA. Juliano da Silva Cortinhas Instituto Pandiá Calógeras MD

A INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL E SEUS REFLEXOS PARA A DEFESA. Juliano da Silva Cortinhas Instituto Pandiá Calógeras MD A INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL E SEUS REFLEXOS PARA A DEFESA Juliano da Silva Cortinhas Instituto Pandiá Calógeras MD Palestra UFMS 05/06/2013 CONTEXTO SISTÊMICO Maior complexidade da agenda internacional

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 81 Discurso no jantar oferecido pelo

Leia mais

Aspectos recentes do Comércio Exterior Brasileiro

Aspectos recentes do Comércio Exterior Brasileiro Aspectos recentes do Comércio Exterior Brasileiro Análise Economia e Comércio / Integração Regional Jéssica Naime 09 de setembro de 2005 Aspectos recentes do Comércio Exterior Brasileiro Análise Economia

Leia mais

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992)

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento, Tendo-se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 21 de junho de

Leia mais

DECLARAÇÃO CONJUNTA SOBRE OS RESULTADOS DAS CONVERSAÇÕES OFICIAIS ENTRE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, E O PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DA RÚSSIA, VLADIMIR V. PUTIN

Leia mais

A parceria entre TozziniFreire e PLMJ foi

A parceria entre TozziniFreire e PLMJ foi P ARCERIA B RASI A Parceria A parceria entre TozziniFreire e PLMJ foi firmada em 2004 com o intuito comum de expandir a atuação de ambas empresas nos países de língua portuguesa. As organizações identificam-se

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL

O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL International Seminar & Book Launch of "Surmounting Middle Income Trap: the Main Issues for Brazil" Institute of Latin American Studies (ILAS, CASS) Brazilian Institute of Economics at Getulio Vargas Foundation

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 15 Discurso em almoço oferecido ao

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008

Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública. Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Desenvolvimento de Pessoas na Administração Pública Assembléia Legislativa do Estado de Säo Paulo 14 de outubro de 2008 Roteiro 1. Contexto 2. Por que é preciso desenvolvimento de capacidades no setor

Leia mais

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS 45º SEMINÁRIO DE ACIARIA -ABM PRIMARIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS Cléverson Stocco Moreira PORTO ALEGRE - MAIO/2014 CONCEITO DE MANUTENÇÃO: INTRODUÇÃO Garantir a confiabilidade e a disponibilidade

Leia mais

AVII 8º ANO Globalização Qual é a mais próxima da realidade? Como será o futuro? Escola do futuro de 1910 Cidade-prédio de 1895 A era das redes aumentou ou diminuiu o tamanho do mundo?

Leia mais

A ASSOCIAÇÃO DAS NAÇÕES DO SUDESTE ASIÁTICO E SEU AMBIENTE DE NEGÓCIOS

A ASSOCIAÇÃO DAS NAÇÕES DO SUDESTE ASIÁTICO E SEU AMBIENTE DE NEGÓCIOS www.observatorioasiapacifico.org A ASSOCIAÇÃO DAS NAÇÕES DO SUDESTE ASIÁTICO E SEU AMBIENTE DE NEGÓCIOS Ignacio Bartesaghi 1 O debate na América Latina costuma focar-se no sucesso ou no fracasso dos processos

Leia mais

ANEXO I QUADRO COMPARATIVO DOS GOVERNOS LULA E fhc

ANEXO I QUADRO COMPARATIVO DOS GOVERNOS LULA E fhc ANEXO I QUADRO COMPARATIVO DOS GOVERNOS LULA E fhc Mercadante_ANEXOS.indd 225 10/4/2006 12:00:02 Mercadante_ANEXOS.indd 226 10/4/2006 12:00:02 QUADRO COMPARATIVO POLÍTICA EXTERNA Fortalecimento e expansão

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Desenvolvimento e Desigualdades: cenários e perspectivas para a saúde no mundo

Desenvolvimento e Desigualdades: cenários e perspectivas para a saúde no mundo Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública Desenvolvimento e Desigualdades: cenários e perspectivas para a saúde no mundo Samira Santana de Almeida 1 RELATÓRIO 1. Apresentação O presente

Leia mais

A visita de Shimon Peres ao Brasil e a relação brasileira com o Oriente Médio

A visita de Shimon Peres ao Brasil e a relação brasileira com o Oriente Médio A visita de Shimon Peres ao Brasil e a relação brasileira com o Oriente Médio Análise Desenvolvimento Jéssica Silva Fernandes 15 de dezembro de 2009 A visita de Shimon Peres ao Brasil e a relação brasileira

Leia mais

Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 2º Ano Blocos Econômicos. Prof. Claudimar Fontinele

Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 2º Ano Blocos Econômicos. Prof. Claudimar Fontinele Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 2º Ano Blocos Econômicos Prof. Claudimar Fontinele O mundo sofreu importantes transformações durante o século XX. O pós-segunda Guerra foi

Leia mais

Desafios para o Desenvolvimento da Região Sul e Tecnologias Sociais para seu Enfrentamento *

Desafios para o Desenvolvimento da Região Sul e Tecnologias Sociais para seu Enfrentamento * 1 Desafios para o Desenvolvimento da Região Sul e Tecnologias Sociais para seu Enfrentamento * Introdução Euclides André Mance Brasília, Abril, 2009 Respondendo ao convite realizado pela coordenação da

Leia mais

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé?

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé? 1 INTRODUÇÃO As empresas, inevitavelmente, podem passar por períodos repletos de riscos e oportunidades. Com a complexidade da economia, expansão e competitividade dos negócios, tem-se uma maior necessidade

Leia mais

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO João Maria de Oliveira* 2 Alexandre Gervásio de Sousa* 1 INTRODUÇÃO O setor de serviços no Brasil ganhou importância nos últimos tempos. Sua taxa

Leia mais

Gestão Financeira. Diretrizes e Práticas da Gestão Financeira. Aula 1. Organização da Aula. Contextualização. Objetivos

Gestão Financeira. Diretrizes e Práticas da Gestão Financeira. Aula 1. Organização da Aula. Contextualização. Objetivos Gestão Financeira Aula 1 Diretrizes e Práticas da Gestão Financeira Prof. Esp. Roger Luciano Francisco Organização da Aula Contextualização Abrangência da área financeira O profissional de finanças O mercado

Leia mais

AMBIENTE ECONÔMICO GLOBAL MÓDULO 5

AMBIENTE ECONÔMICO GLOBAL MÓDULO 5 AMBIENTE ECONÔMICO GLOBAL MÓDULO 5 Índice 1. A globalização: variáveis relacionadas ao sucesso e ao fracasso do modelo...3 1.1 Obstáculos à globalização... 3 2 1. A GLOBALIZAÇÃO: VARIÁVEIS RELACIONADAS

Leia mais

INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL 2

INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL 2 INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL 2 INTEGRAÇÃO DO CONE SUL: A INSERÇÃO REGIONAL NA ORDEM GLOBAL HAROLDO LOGUERCIO CARVALHO * A nova ordem internacional que emergiu com o fim da

Leia mais

Geografia: ROCHA Globalização A globalização é a mundialização da economia capitalista que forma o aumento do processo de interdependência entre governos, empresas e movimentos sociais. Globalização Origens

Leia mais

Plataforma de Cooperação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Área Ambiental

Plataforma de Cooperação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Área Ambiental Plataforma de Cooperação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Área Ambiental I. Contexto Criada em 1996, a reúne atualmente oito Estados Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 350-GR/UNICENTRO, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013. Aprova, ad referendum do CEPE, o Curso de Especialização em MBA em Gestão Estratégica de Organizações, modalidade regular, a ser ministrado no

Leia mais

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau

Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Proposta de Plano de Desenvolvimento Local para a região do AHE Jirau Fundação Getulio Vargas, Abril de 2011 REGIÃO PODE TER LEGADO COMPATÍVEL COM DESENVOLVIMENTO INOVADOR E SUSTENTÁVEL Deixar um legado

Leia mais

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS

A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS A MULHER E OS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS Os Direitos Humanos surgiram na Revolução Francesa? Olympe de Gouges (1748-1793) foi uma revolucionária e escritora francesa. Abraçou com destemor

Leia mais

DOIS MUNDOS EM UM PLANETA

DOIS MUNDOS EM UM PLANETA DOIS MUNDOS EM UM PLANETA 9. Fluxos Financeiros. 10. Comércio Mundial. 11. Empresas Transnacionais. Geografia em Mapas (pgs. 04 e 05 e 10) 9º ANO 1º BIMESTRE - TU 902 AULA 5 INTRODUÇÃO Recordando Aula

Leia mais

Geografia/Profª Carol

Geografia/Profª Carol Geografia/Profª Carol Recebe essa denominação porque parte dos territórios dos países platinos que constituem a região é banhada por rios que compõem a bacia hidrográfica do Rio da Prata. Países: Paraguai,

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais

I. A Rede de Câmaras Alemãs no Brasil Onde nos encontrar 3. II. Identificação de potenciais parceiros Lista de contatos 4

I. A Rede de Câmaras Alemãs no Brasil Onde nos encontrar 3. II. Identificação de potenciais parceiros Lista de contatos 4 P E M A Plataforma de Entrada no Mercado Alemão PORTFÓLIO DE SERVIÇOS DA PLATAFORMA DE ENTRADA NO MERCADO ALEMÃO DA CÂMARA BRASIL-ALEMANHA DE SANTA CATARINA Departamento de Projetos Internacionais www.ahkbrasil.com

Leia mais

Mais um ano de transição

Mais um ano de transição Mais um ano de transição Boas perspectivas de crescimento nos países emergentes, estagnação na Europa Ocidental, recuperação lenta nos Estados Unidos e avanço das montadoras alemãs e asiáticas devem caracterizar

Leia mais

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N o 02/01 ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Resolução N o 38/95 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação

Leia mais

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial,

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial, 192 Assembleia Geral 39 a Sessão suas políticas internas e exteriores segundo as disposições básicas da Convenção, Tendo em mente o fato de que a Convenção está sendo implementada em diferentes condições

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

ESCOLA DE DEFESA. Projetos de Pesquisa em Gestão de Defesa. Prof. Dr. Luiz Rogério F. Goldoni. lgoldoni@hotmail.com

ESCOLA DE DEFESA. Projetos de Pesquisa em Gestão de Defesa. Prof. Dr. Luiz Rogério F. Goldoni. lgoldoni@hotmail.com ESCOLA DE DEFESA Projetos de Pesquisa em Gestão de Defesa Prof. Dr. Luiz Rogério F. Goldoni lgoldoni@hotmail.com 08 Jul 2015 Luiz Rogério Franco Goldoni - Doutor em Ciência Política pela UFF (2011); -

Leia mais

Exportação de Serviços

Exportação de Serviços Exportação de Serviços 1. Ementa O objetivo deste trabalho é dar uma maior visibilidade do setor a partir da apresentação de algumas informações sobre o comércio exterior de serviços brasileiro. 2. Introdução

Leia mais