DMIF Perguntas Frequentes

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1 DMIF Perguntas Frequentes 1.- O que é a DMIF? A DMIF é a Directiva de Mercados de Instrumentos Financeiros ou Directiva 2004/39/EC. Foi aprovada de forma consensual pelos Estados Membros e vem complementar a Directiva dos Serviços de Investimento (DSI) implementada em Define um regime regulatório que abrange os serviços e mercados financeiros da Europa. Implica a tomada de medidas que irão: melhorar a organização e funcionamento das empresas de investimento, facilitar as transacções fora de fronteiras e promover a harmonização dos mercados de capitais da União Europeia. A directiva visa promover o crescimento e fortalecimento económico da União e em simultâneo, aumentar a protecção conferida aos Clientes. O acrónimo inglês é MiFID Markets in Financial Instruments Directive. 2.- Qual é o calendário da DMIF? A DMIF irá entrar plenamente em vigor no próximo dia 1 de Novembro de Em termos de definição, a DMIF seguiu o processo de Lamfalussy, estando por isso estruturada em 4 níveis. Foi definida uma primeira Directiva de nível 1, em 2004, que estabeleceu os princípios gerais de orientação. Posteriormente, esta directiva de primeiro nível foi detalhada em medidas de implementação de nível 2, aprovadas em Agosto de Estas medidas de implementação dividem-se num regulamento (1287/2006), com força de lei em termos europeus, e uma directiva (2006/73/EC), que carecia de ser transposta para as leis nacionais até 31 de Janeiro de O nível 3 consiste na definição de normas interpretativas e orientadoras por parte da CESR (The Comitee for European Securities Regulators), como forma de facilitar a harmonização entre países. O processo tem ainda um quarto nível, que consiste na monitorização, por parte da Comissão, da correcta e atempada transposição, para a legislação nacional, da directiva. 3.- Quais os princípios fundamentais da DMIF? A DMIF surge da necessidade de actualizar a antiga Directiva de Serviços de Investimento Directiva 93/22/CEE que ainda hoje vigora. A directiva começa por estabelecer o princípio do passaporte europeu, decretando que, uma vez acreditadas no seu país de origem, as empresas possam actuar em qualquer mercado europeu. Adicionalmente, determina a unificação dos deveres de reporte no estado de origem, independentemente do local onde os negócios sejam feitos, facilitando desta forma a actuação das empresas através dos vários mercados. A directiva decreta igualmente o fim da regra da concentração, proibindo desta forma os estados membros de obrigar as empresas a encaminharem os seus negócios exclusivamente para mercados regulamentados (bolsas). A directiva institui duas figuras alternativas às bolsas nomeadamente, os Sistemas de Negociação Multilateral (MTFs Multi Trading Facilities) e os Internalizadores Sistemáticos.

2 Por fim, a directiva determina um conjunto bastante detalhado de obrigações das empresas que prestam serviços financeiros, destinado a aumentar a protecção ao investidor. 4.- Quais as entidades abrangidas pela DMIF? Conforme se pode ler na informação publicada pela CMVM, são directamente afectadas pela directiva as seguintes entidades: - As empresas de investimento; - As instituições de crédito que exerçam actividades ou prestem serviços de investimento; - Os consultores autónomos; - As entidades gestoras de mercados regulamentados; - As entidades gestoras de mercados não regulamentados; - As entidades que negoceiam instrumentos derivados sobre mercadorias. São afectadas indirectamente todas as entidades às quais é aplicável o regime dos intermediários financeiros, ou certas normas deste. Finalmente, não decorrendo directamente da transposição da DMIF, mas regulado em conjunto com esta, referem-se as entidades cujo objecto se relaciona com as actividades pós negociação (título V do Código dos Valores Mobiliários e Regime Jurídico da SGMR). 5.- Quais os serviços e actividades de investimento definidos pela DMIF? A DMIF define como serviços e actividades de investimento os seguintes: - Recepção e transmissão de ordens relativas a um ou mais instrumentos financeiros; - Execução de Ordens por conta de Clientes; - Negociação por conta própria; - Gestão de Carteiras; - Consultoria para investimento; - Tomada firme de instrumentos financeiros e/ ou colocação de instrumentos financeiros com garantia; - Colocação de instrumentos financeiros sem garantia; - Exploração de Sistemas de Negociação Multilateral (MTF s).

3 6.- E quais os serviços e actividades auxiliares definidos pela DMIF? Relativamente a serviços auxiliares, a DMIF considera os seguintes: - Custódia e administração de instrumentos financeiros por conta de Clientes, incluindo a guarda e serviços conexos como a gestão de tesouraria/ de garantias; - Concessão de créditos ou de empréstimos a investidores para lhes permitir efectuar transacções sobre um ou mais instrumentos financeiros, transacções essas em que intervenha a empresa que concede o crédito ou o empréstimo; - Consultoria a empresas em matéria de estrutura do capital, de estratégia empresarial e questões conexas e consultoria e serviços em matéria de fusão e aquisição de empresas; - Serviços cambiais, sempre que este serviço estiver relacionado com a prestação de serviços de investimento; - Estudos de investimento e análise financeira ou outras formas de consultoria geral relacionada com transacções de instrumentos financeiros; - Serviços ligados à tomada firme. 7.- Segundo a DMIF, quais são os instrumentos financeiros não complexos? E quais os complexos? A DMIF divide os instrumentos financeiros em duas classes, nomeadamente Complexos e Não complexos. De uma forma genérica, um instrumento deverá ser considerado complexo se não for facilmente transaccionável, se envolver risco para o Cliente acima do valor investido ou se for um produto cujo valor depende de outros. São considerados instrumentos financeiros não complexos: - As acções; - As obrigações; - As unidades de participação em organismos de investimento colectivo (Fundos); - Os instrumentos do mercado monetário, com excepção dos meios de pagamento. São considerados instrumentos financeiros complexos: - Os títulos de participação; - Os warrants autónomos; - Os direitos destacados dos valores mobiliários, nomeadamente de acções, obrigações, títulos de participação e unidades de participação, desde que o destaque abranja toda a emissão ou série ou esteja previsto no acto de emissão; - Os instrumentos derivados para a transferência do risco de crédito; - Os contratos diferenciais (financial contracts for difference);

4 - As opções, os futuros, os swaps, os contratos a prazo de taxa de juro e quaisquer outros contratos derivados relativos a valores mobiliários, divisas, taxas de juro ou de rendibilidades ou outros instrumentos derivados, índices financeiros ou indicadores financeiros que possam ser liquidados mediante uma entrega física ou um pagamento em dinheiro; - As opções, os futuros, os swaps, os contratos a prazo de taxa de juro e quaisquer outros contratos derivados relativos a mercadorias que devam ser liquidados em dinheiro ou possam ser liquidados em dinheiro por opção de uma das partes (por qualquer razão diferente do incumprimento ou outro fundamento para rescisão); - As opções, os futuros, os swaps e quaisquer outros contratos derivados relativos a mercadorias que possam ser liquidados mediante uma entrega física, desde que sejam transaccionados num mercado regulamentado e/ ou num MTF; - As opções, os futuros, os swaps, os contratos a prazo e quaisquer outros contratos sobre derivados relativos a mercadorias, que possam ser liquidadas mediante entrega física, não mencionados no ponto anterior e não destinados a fins comerciais que tenham as mesmas características de outros instrumentos financeiros derivados, tendo em conta, nomeadamente se são compensados ou liquidados através de câmaras de compensação reconhecidas ou se estão sujeitos ao controlo regular do saldo da conta margem; - As opções, os futuros, os swaps, os contratos a prazo de taxa de juro e quaisquer outros contratos sobre derivados relativos a variáveis climáticas, tarifas de fretes, licenças de emissão, taxas de inflação ou quaisquer outras estatísticas económicas oficiais, que devam ser liquidados em dinheiro ou possam ser liquidados em dinheiro por opção de uma das partes (por qualquer razão diferente do incumprimento ou outro fundamento para rescisão), bem como quaisquer outros contratos sobre derivados relativos a activos, direitos, obrigações, índices e indicadores não mencionados nesta questão e que tenham as mesmas características de outros instrumentos financeiros derivados, tendo em conta, nomeadamente, se são negociados num mercado regulamentado ou num MTF, se são compensados e liquidados através de câmaras de compensação reconhecidas ou se estão sujeitos ao controlo regular do saldo da conta margem. 8.- De que forma o Banif Banco de Investimento, S.A. segmenta os instrumentos financeiros que disponibiliza aos seus Clientes? Face à classificação de instrumentos financeiros instituída pela DMIF e de forma a aumentar a protecção conferida aos seus Clientes, o Banif Banco de Investimento, S.A., segmentou os instrumentos financeiros complexos em 2 escalões distintos. Quanto maior for o escalão, maior será a complexidade dos instrumentos que o compõem e consequentemente menor será a adequação dos mesmos a Clientes com experiência e conhecimentos reduzidos. Instrumentos Não Complexos - Acções negociadas em mercado regulamentado; - Unidades de participação em organismos de investimento colectivo em valores mobiliários harmonizados; - Unidades de participação em fundos de investimento imobiliário abertos de investimento imobiliário abertos;

5 - Unidades de participação em FPR/E; - Unidades de participação em PPA; - Obrigações clássicas; - Instrumentos do mercado monetário - Bilhetes do Tesouro; - Papel comercial; Certificados de depósito. Instrumentos Complexos Escalão 1 - Acções negociadas fora de mercado regulamentado; - Contratos de seguros ligados a fundos de investimento (unit linked); - Contratos de adesão individual a fundos de pensões abertos; - Títulos de Participação; - Direitos destacados; - Obrigações convertíveis, com warrants ou outros derivados; - Produtos estruturados com capital garantido; - Unidades de participação em fundos especiais de investimento. Instrumentos Complexos Escalão 2 - Warrants autónomos; - Contratos diferenciais (CFD s); - Futuros; - Opções; - Swaps; - Contratos a prazo sobre taxas de juro; - Produtos estruturados sem capital garantido - Derivados para transferência de risco de crédito; - Outros contratos de instrumentos financeiros derivados.

6 9.- Quem vai ser o principal beneficiário da DMIF? O principal beneficiário da DMIF é o Cliente/ Investidor, dado que terá acesso a um leque mais alargado de serviços e mercados e a múltiplos locais de negociação das suas ordens e ainda terá regras mais transparentes a regular as empresas que actuam no mercado de serviços financeiros. Será igualmente previsível que os custos de execução das ordens venham a descer, permitindo que o mercado aumente e que novos segmentos de Clientes comecem a investir. Em termos de empresas do sector financeiro, serão mais beneficiadas as que fizerem uma análise estratégica correcta do alcance da directiva, as que se prepararem melhor para as consequências da implementação da directiva e as que forem capazes de agir rapidamente, garantindo o compliance e a disponibilização de mais e melhores serviços aos seus Clientes Que tipo de protecção especial vai existir para os Clientes? As empresas que prestam serviços financeiros passam a estar obrigadas a fornecer informação detalhada ao Cliente sobre o seu funcionamento, sobre os serviços que prestam e os instrumentos financeiros envolvidos. No entanto, é salvaguardada pela DMIF a importância de não inundar o Cliente com informação, tal pode ser contraproducente. A DMIF sublinha a obrigação das empresas de actuarem sempre no âmbito da prossecução dos melhores interesses dos Clientes. Nesse sentido existem um conjunto de artigos que transcrevem a obrigatoriedade de atingir a melhor execução possível das ordens dos Clientes bem como a de analisar a adequação do investimento ao Cliente e se os seus conhecimentos e experiência lhe permitem percepcionar o risco associado ao investimento No âmbito da DMIF, os Clientes serão tratados da mesma forma? A protecção atribuída aos diferentes Clientes deverá ser proporcional e apropriada. Deverá centralizar-se na demonstração dos riscos em que cada Cliente pode incorrer. Estes riscos variam de acordo com o nível de conhecimento e experiência que cada Cliente tem. A DMIF distingue entre três classes de Clientes, cada uma delas com um diferente nível de conhecimento e experiência: Clientes Não Profissionais, Clientes Profissionais e Contrapartes Elegíveis. As obrigações que as firmas de investimento têm face a cada um destas categorias de Clientes varia, nomeadamente, será prestada mais informação e assegurada uma maior protecção aos Clientes com um menor grau de conhecimento No âmbito da categorização de Clientes, quais são os tipos existentes? Os Clientes de serviços de intermediação financeira podem ser classificados em dois grandes tipos: os Não Profissionais e os Profissionais, sendo estes últimos os que são possuidores de experiência e conhecimento para tomar as suas próprias decisões de investimento e se encontram habilitados a avaliar os riscos em causa. Entre os Clientes Profissionais, distinguem-se:

7 - Os Clientes Profissionais por natureza, ou seja, aqueles cuja classificação decorre da própria lei e que correspondem às entidades referidas no artigo 30.º do projecto de alteração ao Código dos Valores Mobiliários e - Os Clientes Profissionais a pedido, ou seja, os Clientes Não Profissionais que tenham solicitado o tratamento como Clientes Profissionais (e reúnam condições para tal). Além dessa classificação geral, a qual é aplicável independentemente do serviço de investimento em causa, no âmbito da prestação dos serviços de recepção e transmissão ou execução de ordens por conta de outrem, os intermediários financeiros não estão sujeitos a determinadas normas de conduta quando se relacionarem com Contrapartes Elegíveis. São Contrapartes Elegíveis, os Clientes Profissionais por natureza, com excepção dos governos de âmbito regional e das pessoas colectivas de grande dimensão, as quais só poderão assim ser tratadas se nisso consentirem Como funciona o sistema de classificação? O sistema foi concebido para ser o mais simples e flexível possível. O Anexo II da DMIF estabelece quais os Clientes que são considerados Profissionais. Estes Clientes, considerados Profissionais por Natureza, incluem empresas de investimento, instituições de crédito, outras instituições financeiras autorizadas ou reguladas, empresas de seguros, organismos de investimento colectivo e sociedades gestoras desses organismos, fundos de pensões e sociedades gestoras desses fundos, entidades que negoceiam em instrumentos sobre mercadorias ou em instrumentos derivados sobre mercadorias, outros investidores institucionais, governos nacionais ou regionais, organismos que administram a dívida pública, etc. São classificados como Clientes Não Profissionais aqueles que não se enquadram nos Profissionais; por outras palavras, qualquer Cliente que não se enquadre na listagem no Anexo II da DMIF será classificado como Cliente Não Profissional. Torna-se então simples para um Cliente saber a classe em que se enquadra. A Directiva institui a obrigatoriedade dos Clientes serem informados da classificação que lhes foi atribuída. Deverão também ser informados das consequências legais dessa classificação nomeadamente, o nível de protecção a que estão sujeitos e a possibilidade de solicitarem alteração da classificação que lhes foi atribuída. Após atribuída a classificação a determinado Cliente, ao mesmo deverá ser possível proceder à alteração da classificação, desde que cumpra determinados requisitos. Por exemplo, um Cliente Não Profissional que se considere dotado da experiência e conhecimento que lhe permitam fazer face a um menor grau de protecção, podem solicitar a alteração da sua classificação para Profissional. Da mesma forma, um Cliente Profissional que considere que necessita de um maior grau de protecção, poderá solicitar alteração da sua classificação para Não Profissional. A DMIF clarifica ainda a aplicabilidade, de forma distinta, das regras de negócio, a Clientes Profissionais e a Clientes Não Profissionais. A maior parte das regras específicas do Capítulo III da DMIF aplicam-se exclusivamente a Clientes Não Profissionais, na medida em que ao contrário dos Não Profissionais, os Clientes Profissionais devem ser providos de knowhow e recursos para proteger os seus interesses no mercado. No entanto, o facto de não estarem cobertos por a maior parte das medidas de implementação não reduz ou modifica de alguma forma a protecção atribuída aos Clientes Profissionais pela DMIF. A situação torna-se ligeiramente mais complicada pela existência de uma terceira categoria, as Contrapartes Elegíveis. Basicamente esta é uma subclasse da classe de Clientes Profissionais. As Contrapartes Elegíveis são todas Clientes Profissionais mas, os Clientes Profissionais não são todos Contrapartes Elegíveis. A DMIF aponta uma listagem de entidades consideradas Contrapartes Elegíveis por Natureza Empresas de Investimento, Instituições de crédito, empresas de seguros, OIVCM e as respectivas sociedades Gestoras, fundos de pensões e respectivas sociedades gestoras, governos nacionais e serviços correspondentes, bancos centrais e organizações supranacionais. Estas entidades são automaticamente reconhecidas como Contrapartes Elegíveis. A DMIF

8 também possibilita classificar como Contrapartes Elegíveis outras entidades que não as definidas por natureza, caso essas entidades assim o solicitem. A DMIF define os requisitos que essas entidades devem cumprir para que possam ser classificadas como Contrapartes Elegíveis. As Contrapartes Elegíveis são a Classe de Clientes considerada mais esclarecida e como tal a que beneficiará de um menor grau de protecção; sempre que lhes for prestado determinado serviço não beneficiarão da protecção garantida pelo cumprimento das normas de conduta O que são Clientes Profissionais para efeitos da DMIF? O Cliente Profissional é um Cliente que dispõe da experiência, dos conhecimentos e da competência necessária para tomar as suas próprias decisões de investimento e ponderar devidamente os riscos em que incorre Sendo classificado como Cliente Não Profissional, que tipo de informação me terá de me ser fornecida? Antes de proceder à aquisição do produto ou serviço financeiro, o Cliente terá de receber a informação adequada para poder efectuar essa aquisição de forma esclarecida e fundamentada. Nesse sentido, terá de ser informado pela empresa de investimento relativamente: à própria empresa e ao serviço que irá adquirir, detalhadamente sobre o instrumento financeiro em causa e sobre todos os custos e comissões inerentes à aquisição. Adicionalmente, o Cliente deverá ter tempo suficiente para perceber toda a informação recebida antes de proceder à tomada de decisão. A informação prestada deverá ser clara, não enganosa e completa e ser fornecida ao Cliente num formato duradouro (por escrito ou por telefone, com gravação de chamada) Quais são os Clientes Não Profissionais que podem solicitar tratamento como Clientes Profissionais a pedido? O processo de apreciação do pedido de tratamento como Cliente Profissional a pedido integra uma componente qualitativa o intermediário deve estar em condições de considerar que o Cliente em causa tem capacidade para tomar decisões de investimento e que compreende os riscos que as mesmas envolvem e uma componente quantitativa, que se traduz no preenchimento obrigatório, pelo Cliente, de dois ou três requisitos expressamente previstos na lei: - Ter efectuado operações com um volume significativo no mercado relevante, com uma frequência média de 10 operações por trimestre, durante os últimos quatro trimestres; - Dispor de uma carteira de instrumentos financeiros, incluindo depósitos em numerário, que exceda ; - Prestar ou ter prestado funções no sector financeiro, durante, pelo menos, um ano, em cargo que exija conhecimento dos serviços ou operações em causa.

9 17.- Um intermediário financeiro pode aceitar a solicitação de tratamento como Cliente Profissional a pedido de um Cliente que não cumpra dois dos três requisitos expressamente enumerados na lei? O intermediário financeiro, ainda que considere que o Cliente em causa tem capacidade para tomar decisões de investimento e que compreende os riscos que as mesmas envolvem, não pode aceitar um pedido de tratamento como Cliente Profissional a pedido se não estiverem preenchidos dois dos três requisitos expressamente previstos na lei O intermediário financeiro deve avaliar, regularmente, a continuação da verificação dos requisitos de que dependeu o deferimento do pedido de tratamento como Cliente Profissional a pedido? O Cliente deve manter o intermediário financeiro informado relativamente à alteração de qualquer dos pressupostos que conduziram ao seu tratamento como Cliente Profissional a pedido. O intermediário financeiro só é obrigado a deixar de tratar o Cliente como Cliente Profissional a pedido se, tendo conhecimento da alteração dos referidos pressupostos, solicitar ao Cliente que comprove a manutenção dos mesmos e este não o fizer O cumprimento do dever de informar os Clientes actuais, que sejam Clientes Não Profissionais, do direito de solicitar uma categorização diferente pressupõe uma análise caso a caso pelo intermediário financeiro, por forma a aferir da verificação ou não dos requisitos de que depende a qualificação a pedido? O intermediário financeiro deve informar os seus Clientes sobre a classificação que lhes atribui, sobre o direito de optarem por uma categorização diferente e sobre as implicações desta opção no grau de protecção que lhes é conferido. Esta informação pode ser prestada de forma padronizada e deve ser clarificado que o tratamento como Cliente Profissional a pedido pressupõe a verificação de requisitos qualitativos e quantitativos Existe alguma restrição geográfica na realização das operações relevantes para efeitos de tratamento como Cliente Profissional a pedido? O Cliente deve ter realizado operações com o volume e a regularidade exigidas por lei, independentemente do local de sua realização se situar, ou não, na União Europeia A Carteira de instrumentos financeiros, relevante para efeitos de tratamento de um Cliente como Profissional a pedido, tem de constar de contas abertas junto do intermediário financeiro que aprecia o requerimento de qualificação? O Cliente deve dispor de uma carteira de instrumentos financeiros, incluindo depósitos em numerário, com o valor previsto na lei, mas não necessariamente junto do intermediário financeiro que aprecia o requerimento para efeitos de tratamento como Cliente Profissional a pedido. Para efeitos de comprovação da verificação deste requisito, o intermediário financeiro deve solicitar ao Cliente os instrumentos que considere suficientes.

10 22.- Os instrumentos financeiros que constituem o objecto de garantia prestada pelo Cliente podem ser contabilizados no montante total da carteira que é considerada para efeitos de tratamento como Cliente Profissional a pedido? O Cliente deve dispor de uma carteira de instrumentos financeiros, incluindo depósitos em numerário, com o valor previsto na lei, não sendo exigido por esta que esses bens se encontrem livres de ónus ou encargos Qual o momento de referência para aferir a verificação do requisito relativo ao montante da carteira de instrumentos financeiros do Cliente? O intermediário financeiro deve aferir da verificação dos requisitos no momento em que aprecia um pedido de tratamento como Cliente Profissional. O requisito deve ser mantido durante o período em que o Cliente, com base na verificação daquele requisito, for tratado como Profissional a pedido, competindo ao Cliente manter o intermediário financeiro informado sobre alterações relevantes. Assim, este dever de prestação de informação não incide sobre alterações episódicas mas apenas sobre alterações que revistam estabilidade temporal Os intermediários financeiros podem atribuir aos seus Clientes a natureza correspondente ao grau mais elevado de protecção, ainda que os mesmos reúnam os requisitos legalmente fixados para classificação diversa? A lei concede ao intermediário a possibilidade de, por sua própria iniciativa, conferir maior protecção a um Cliente. O Cliente deve ser informado da categorização aplicada e das respectivas consequências Num caso de representação, a quem são aplicáveis os requisitos de que depende o tratamento como Cliente Profissional a pedido? Tendo presente as normas gerais sobre representação, quer no caso da representação necessária, quer no caso da representação voluntária, dever-se-ão distinguir os concretos requisitos em causa. Assim, a avaliação sobre a competência, a experiência e os conhecimentos do Cliente dever-se-á aferir relativamente ao representante (no caso de pessoas colectivas é clarificado que esses requisitos se aplicam à pessoa autorizada a efectuar operações em nome do Cliente; já a avaliação da situação financeira é feita relativamente ao representado, isto é ao Cliente A categorização de Clientes é aplicável aos titulares de contas de valores mobiliários ou às contas? O intermediário financeiro deve categorizar os respectivos Clientes como Não Profissional ou Profissional ou, se aplicável, contraparte elegível. De acordo com o âmbito dos pedidos de maior protecção ou menor protecção (os quais podem ser aplicados por serviços, instrumentos financeiros ou operações), um mesmo Cliente pode ser tratado por um mesmo intermediário financeiro como Não Profissional e como Profissional. No caso de

11 contas colectivas (aquelas que têm mais do que um titular) a categorização é necessariamente aplicável a cada um dos Clientes individualmente considerados (e não apenas ao primeiro titular) No caso de uma conta em que um titular é Cliente Profissional, esse regime é extensível a toda a conta? A categorização de Clientes não afecta o regime geral de movimentação e responsabilidade de contas de instrumentos financeiros. Assim, se a conta reúne titulares que sejam Clientes Não Profissionais e Profissionais for solidária, os actos de uns e dos outros repercutem-se na esfera jurídica dos demais nos termos gerais. Neste caso, manter-se-á intocável o princípio segundo o qual os deveres do intermediário financeiro perante o titular que movimenta a conta dependem da classificação atribuída a esse titular. Se a conta for conjunta, qualquer movimentação da mesma terá, necessariamente, que ser feita pelo conjunto de titulares em causa, pelo que o regime aplicável será o do titular a quem seja atribuído um maior nível de protecção. Note-se, porém, que, na apreciação de uma situação concreta de movimentação, pode ser relevante a existência de uma situação de representação, na medida em que neste caso parte dos requisitos serão avaliados, por parte do intermediário financeiro, na pessoa do representante Os co-titulares de uma conta colectiva podem todos solicitar o tratamento como Profissionais com base na verificação dos requisitos nessa conta comum? Ou seja, se se verificarem 10 transacções relevantes por trimestre numa conta colectiva e a carteira de instrumentos financeiros for superior a 500 mil euros, todos os titulares da conta poderão ser categorizados como Profissionais a pedido? Os requisitos quantitativos em que assenta um pedido de qualificação como Cliente Profissional são aferidos individualmente em relação a cada Cliente independentemente de terem por base uma conta individual ou uma conta colectiva.no caso de contas colectivas, o requisito de realização frequente de operações em instrumentos financeiros só estará preenchido se o Cliente em causa for o respectivo ordenante (ou co-ordenante). Por seu turno, o montante da carteira (instrumentos financeiros e depósitos em numerário) a considerar deve ser o montante da carteira do co-titular que solicita a classificação como Profissional, ou seja, o montante da carteira que esse Cliente pode movimentar enquanto titular A apreciação do carácter adequado é aplicável aos titulares de contas de valores mobiliários ou às contas? O intermediário financeiro deve avaliar o carácter adequado da operação, serviço ou instrumento financeiro relativamente às circunstâncias pessoais do Cliente em relação ao qual presta o serviço de intermediação financeira em causa. Sempre que o serviço seja prestado simultaneamente a um conjunto de Clientes, designadamente com base numa carteira de instrumentos financeiros inscrita numa conta colectiva, deverão ser ponderadas, de acordo com o serviço de intermediação financeira, em causa, as circunstâncias do titular que solicita a prestação do serviço. Assim, o intermediário financeiro que, por exemplo, receba uma ordem relativa a instrumentos financeiros de um titular de uma conta colectiva solidária terá que avaliar o carácter adequado da operação em relação àquele titular em concreto, ainda que os actos deste se repercutam nos termos gerais, dada a natureza da conta, na esfera

12 jurídica dos demais titulares. Em suma, cada contitular só pode actuar (e fazer repercutir a sua actuação na conta) na medida dos seus conhecimentos e experiência. Note-se, porém, que, na apreciação de uma situação em concreto, poderá ser relevante a existência de uma situação de representação, na medida em que neste caso os conhecimentos e experiência são aferidos na pessoa do representante Eu sou um Cliente Profissional, é expectável receber informação relativa aos serviços que me são prestados e aos instrumentos financeiros objecto desses serviços? A DMIF considera que os Clientes Profissionais são dotados de um nível de experiência e conhecimento que lhes permita identificar a informação necessária para tomarem uma decisão de investimento. Para estes Clientes as empresas de investimento são apenas obrigadas a prestar informação mediante pedido explícito dos Clientes Qual a finalidade dos testes de adequação (Suitability e Appropriateness)? De forma a possibilitar a tomada de decisões de investimento esclarecidas, os Clientes devem receber informação relativa aos serviços que lhe são prestados. No entanto a DMIF não assenta apenas na prestação da informação como meio de protecção aos Clientes; também estabelece a obrigação às empresas de investimento de actuarem nos melhores interesses dos Clientes. Nesse sentido, as empresas estão vinculadas a aferir se o serviço que prestam a determinado Cliente é apropriado às suas necessidades e características, tomando por base a informação extraída, decorrente da execução do teste Quando é que o Teste de adequação Suitability é aplicável? As empresas de investimento deverão aferir a adequação Suitability de um serviço ou transacção, aquando da prestação do serviço, desde que o mesmo implique uma recomendação ou decisão por parte da firma de investimento, nomeadamente no caso dos serviços de Gestão de Carteiras ou Consultoria para Investimento Quando é que o Teste de adequação Appropriateness é aplicável? As empresas de investimento deverão aferir a adequação Appropriateness de outros serviços, aquando da prestação do serviço, sempre que o mesmo não implique uma recomendação ou decisão por parte da firma de investimento, nomeadamente no caso da recepção, execução ou transmissão de ordens Qual a diferença entre os dois testes? Os dois testes diferem relativamente à informação relativa ao Cliente que se propõem reunir. O teste de appropriateness é menos abrangente do que o teste de suitability. Através deste, a as empresas apenas procuram aferir se o Cliente tem o conhecimento e experiência necessários para percepcionar os riscos, especificamente, em relação ao produto ou serviço em questão. Para fins de suitability, a empresa não só tem de aferir o conhecimento e experiência do Cliente, como também deverá recolher informação relativa à situação financeira e objectivos de investimento do Cliente.

13 Adicionalmente, os dois testes poderão ter consequências distintas no que toca à prestação do serviço cuja adequação é testada ; segundo a DMIF, a empresa de investimento não pode prestar o serviço de consultoria para investimento quando o mesmo é considerado não adequado ao Cliente mas pode executar determinada transacção se a mesma for não for considerada adequada, desde que o Cliente tenha sido advertido mas, ainda assim manifeste a sua intenção no sentido de lhe ser prestado esse mesmo serviço Sempre que o teste de adequação demonstre que determinado instrumento financeiro complexo não é adequado ao perfil de um Cliente e tendo este sido advertido desse facto por escrito, a advertência deve ser repetida sempre que o Cliente pretenda negociar sobre esse instrumento? Nos casos em que o intermediário financeiro deve prestar informação a Clientes antes da prestação de um serviço, todas as operações relativas ao mesmo tipo de instrumento financeiro não devem ser consideradas como a prestação de um serviço novo ou diferente, pelo que, neste caso em concreto, o intermediário não terá que advertir o Cliente, por escrito (ou em suporte duradouro)., cada vez que ele pretenda dar uma ordem sobre o instrumento em causa. Do registo do Cliente no intermediário financeiro deve constar uma cópia da advertência feita por escrito (ou em suporte duradouro) Poderão as empresas de investimento prestar serviços de Consultoria para investimento ou Gestão de Carteiras caso o Cliente não preste a informação solicitada Suitability Test? Não, as empresas de investimentos não podem prestar os serviços supra citados sem antes executarem o teste de adequação Suitability. Se não obtiverem do Cliente a informação necessária para executarem o teste, não poderão proceder à prestação dos serviços O que é um instrumento financeiro não complexo? Todos os derivados são instrumentos complexos? No contexto da DMIF, a complexidade de um instrumento é determinada pela forma como um instrumento é estruturado. O nível de complexidade de um instrumento financeiro é directamente proporcional à dificuldade de percepção do nível de risco associado ao mesmo. Consequentemente, todos os derivados são considerados instrumentos complexos na medida em que o seu valor deriva de outro instrumento financeiro ou activo, daí incorre uma certa dificuldade de compreensão relativamente às características e valorização desses instrumentos As empresas de investimento podem prestar serviços relativamente a instrumentos complexos aos Clientes Não Profissionais? Sim, mas sempre que o serviço for relativo a um instrumento financeiro complexo, não poderão proceder apenas à execução de ordens; as empresas são obrigadas a aferir a adequação desse serviço através do teste, de forma a percepcionar se o Cliente em causa está ou não ciente dos riscos em que incorre.

14 39.- Os intermediários financeiros podem presumir que um Cliente que dispõe de experiência e conhecimentos num tipo de instrumento financeiro mais complexo também dispõe de experiência e conhecimentos num tipo de instrumento financeiro menos complexo? Os intermediários têm liberdade para adoptarem o modelo de negócio que consideram que melhor corresponde às necessidades dos seus Clientes, nomeadamente em termos de políticas e procedimentos de classificação de Clientes. Desta forma, os instrumentos financeiros podem ser hierarquizados em função de critérios de risco/ complexidade, sendo possível aos intermediários financeiros presumir que um Cliente que dispõe de experiência e conhecimentos para compreender os riscos associados ao investimento em num tipo de instrumento financeiro mais complexo também dispõe de experiência e conhecimento para compreender os riscos associados ao investimento num tipo de instrumento financeiro menos complexo. No entanto, o intermediário terá de ponderar situações de Clientes que, apesar de demonstrarem experiência na negociação de determinado tipo de instrumento financeiro, não possuem os conhecimentos necessários para avaliar os riscos subjacentes ao investimento nesse tipo de instrumento. De referir ainda que, o intermediário financeiro pode presumir que um Cliente dispõe de experiência e conhecimentos necessários para avaliar os riscos subjacentes a um tipo específico de instrumento financeiro, caso esse Cliente tenha iniciado a negociação desse tipo específico de instrumento financeiro antes da data de aplicação da DMIF. Nessas situações, após a data de aplicação da DMIF, o IF poderá decidir não proceder a nova avaliação dos conhecimentos e experiência do Cliente relativamente a esse tipo de instrumento financeiro Os intermediários financeiros poderão assumir, no âmbito da gestão de carteiras e da consultoria para investimento, que os actuais Clientes detêm capacidade financeira para suportar os riscos de eventuais perdas no montante investido? Antes da prestação dos serviços de consultoria para investimento e de gestão de carteiras, o intermediário financeiro deve aplicar os testes de adequação aos seus Clientes, o que implica, regra geral, a obtenção de informação relativa aos conhecimentos e experiência do Cliente em matéria de investimento no instrumento financeiro em causa ou serviço solicitado, situação financeira e objectivos do investimento. Caso o intermediário já tenha iniciado a prestação do serviço antes da data de aplicação da DMIF, os intermediários financeiros devem ponderar se a informação relativa ao Cliente é suficiente; caso a informação não seja suficiente deve ser solicitada ao Cliente a informação exigível para efeitos dos testes de adequação Qual a diferença de tratamento entre Cliente Não Profissional e Cliente Profissional? Os Clientes Profissionais são aqueles que dispõe da experiência e dos conhecimentos necessários para tomar as suas próprias decisões de investimento e ponderar os riscos incorridos. Assim, a lei prevê um menor grau de protecção destes relativamente aos Clientes Não Profissionais. Esta distinção, manifestada em vários aspectos, é particularmente evidente ao nível dos deveres de prestação de informação, antes e após a prestação do serviço, cujos conteúdos e periodicidade são especificamente concretizados na lei no caso do destinatário ser um Cliente Não Profissional. Uma outra matéria em que os regimes se diferenciam é a relativa à avaliação do carácter adequado da operação, na qual o intermediário é dispensado de avaliar a experiência e os conhecimentos de Clientes que sejam considerados Profissionais.

15 A distinção é igualmente relevante ao nível da organização do intermediário, nomeadamente no que se refere à: - Aplicabilidade de especiais requisitos para a subcontratação, em entidades de países não pertencentes à União Europeia, da gestão de carteiras pertencentes a Clientes Não Profissionais; - Admissibilidade, a pedido de um Cliente Profissional, de registo e depósito junto de terceiro num país terceiro que não regulamente o registo e depósito por conta de outrem Uma pessoa colectiva que cumpra os requisitos definidos na alínea B) do N.º 3 do artigo 30.º de projecto de alteração ao Código de Valores Mobiliários pode solicitar o tratamento como Contraparte Elegível? Ao contrário dos demais Clientes Profissionais, as pessoas colectivas referidas na alínea B) do número 3 do artigo 30.º do projecto de alteração ao Código dos Valores Mobiliários não podem, por iniciativa do intermediário, ser tratadas como Contrapartes Elegíveis, salvo se consentirem expressamente e por escrito este tratamento. A lei não proíbe que estas pessoas colectivas possam, por sua própria iniciativa, solicitar o tratamento como Contrapartes Elegíveis, bastando para tal que o intermediário financeiro aceite esse seu pedido Caso o Cliente tenha iniciado a negociação de determinado instrumento ou serviço num outro intermediário financeiro, pode o intermediário financeiro presumir que esse Cliente dispõe da experiência e conhecimentos necessários para avaliar os riscos subjacentes ao instrumento financeiro ou serviço? Caso a resposta seja afirmativa, será necessário solicitar comprovativo desse facto ao outro intermediário financeiro? Aquando da realização dos testes de adequação dos serviços ou instrumentos financeiros às circunstâncias dos Clientes, o intermediário financeiro pode basear-se na informação prestada pelos Clientes, salvo se tiver conhecimento ou estiver em condições de saber que a informação se encontra desactualizada, inexacta ou incompleta. De qualquer forma, em matéria de conhecimentos e experiência do Cliente, o intermediário financeiro deve recolher informação referente: - aos tipos de serviços, operações e instrumentos financeiros com que o Cliente está familiarizado; - à natureza, ao volume e à frequência das operações do Cliente em instrumentos financeiros e o período durante o qual foram realizadas; - ao nível de habilitações, a profissão ou a anterior profissão relevante do Cliente. O intermediário financeiro é contudo livre quanto à forma de recolha da informação relativa ao Cliente, sendo exigido que existam registos da informação recolhida para efeitos dos testes de adequação.

16 44.- É permitido aos intermediários financeiros receber incentivos de uma terceira parte decorrente da venda de um determinado produto/ serviço ao Cliente? A directiva não proíbe totalmente este tipo de pagamentos, mas restringe-os. Os incentivos terão de ser compatíveis com os deveres fiduciários da empresa para com os seus Clientes e como tal resultar na prestação de um melhor serviço, além de que deverão ser claramente comunicados ao Cliente O que significa garantir a melhor execução das ordens ou Best execution? Melhor execução das ordens ou Best Execution significa que, quando a empresa de investimento executa as ordens do Cliente, deverá tomar todas as medidas razoáveis e necessárias para conseguir o melhor resultado possível para os seus Clientes, tomando em consideração um conjunto de factores, tais como o preço do instrumento financeiro, a rapidez e custo de execução da ordem. Para Clientes Não Profissionais, o melhor resultado possível significa o resultado mais favorável, quer em termos de preço do instrumento, que em termos de custo associado à transacção O que significa a melhor execução das ordens para um Cliente Não Profissional? No caso dos Clientes Não Profissionais, a melhor execução das ordens será garantida obtendo o melhor preço para a operação em causa, sendo que neste preço deverão estar reflectidos os custos inerentes à transacção e não apenas à cotação do instrumento financeiro Quais os instrumentos financeiros sujeitos à melhor execução? A melhor execução não se cinge meramente a acções mas, é também aplicável a todos os instrumentos financeiros. Apesar de sujeitas à obrigatoriedade de prestar a melhor execução, não é expectável que as empresas de investimento o façam exactamente da mesma forma para os diferentes instrumentos financeiros. Para outro tipo de instrumentos financeiros que não as acções, as obrigações não são tão rigorosas, até porque para alguns destes instrumentos o comportamento do mercado é atípico Como é que funciona na prática? As empresas de investimento devem estabelecer e implementar medidas para garantir a melhor execução, tal como é instituído pela DMIF. Deverão portanto estabelecer e implementar uma Política de execução que lhes permita obter a melhor execução possível para as ordens dos seus Clientes. A Política de execução representa o instrumento chave para obtenção da melhor execução. Essa Política deverá conter informação relativa a factores de execução e aos mercados e organizações onde são executadas ordens dos Clientes. A Política de execução deverá ser informada ao Cliente. As empresas de investimento são responsáveis pela revisão periódica da Política, ou sempre que considerem que existam razões para tal.

17 49.- No caso da transmissão de ordens do Cliente a outro intermediário para execução, de quem é a responsabilidade de garantir a melhor execução? A obrigação de melhor execução não é transmissível. A empresa que recebe a ordem é sempre a responsável por essa prestação, independentemente da ordem ser transmitida para execução por outra entidade É possível a um Cliente intervir no âmbito de alterar a Política de Execução preconizada pela empresa? Sim, as empresas de investimento são obrigadas a informar o Cliente relativamente à Politica e a obter o consentimento do Cliente para com a mesma. Os Clientes poderão aceitar a Política ou, complementar/ substituir essa Política com instruções específicas; instruções essas que serão sempre sobrepostas à Política da empresa Num determinado dia não ter conseguido o melhor negócio para o Cliente, por não ter recorrido a um determinado local de negociação, significa não cumprir o princípio da melhor execução? Por si só, não significa. A directiva, quando refere os locais de negociação a analisar, cita os que permitam assegurar a melhor execução de forma consistente; assim sendo, se o melhor negócio, circunstancialmente, nesse dia, ocorreu num local que não um dos habituais, então a empresa não quebrou o princípio da melhor execução, apesar desse negócio em concreto não ter sido o melhor possível. Caso o local de negociação que assegurava a melhor execução possível seja um dos habituais mas não tenha sido o utilizado, então a empresa quebrou o princípio Existe alguma alteração em relação à forma como as empresas de investimento tratam as ordens dos Clientes? Sim, os intermediários são obrigados a ter, por escrito, uma Política de execução para as ordens que recebem dos seus Clientes. Esta Política deverá assegurar um tratamento célere, justa e sequencial de ordens de Clientes, quando comparáveis e recebidas pelo mesmo canal. Sempre que as empresas de investimento pretendam praticar a agregação de ordens, tal deverá estar explícito na Política de execução e ser previamente comunicado ao Cliente. Adicionalmente, deverão ser tomadas medidas para garantir que agregação não prejudique os interesses desses Clientes. Outra situação que deverá estar explicita na Política, sempre que aplicável, é o recurso à internalização sistemática e à execução de ordens fora de mercado regulamentado ou sistema de negociação multilateral. Para que a empresa possa recorrer a estas formas de negociação, deverá recolher o consentimento prévio do Cliente.

18 53.- A DMIF aborda a questão do Conflito de Interesses entre a empresa de investimento e os seus Clientes? A questão do Conflito de Interesses entre a empresa de investimento e os seus Clientes é abordada de forma bastante detalhada pela DMIF. As empresas estão obrigadas a adoptar formalmente uma Política de mitigação e gestão de Conflitos de Interesses adequada à sua dimensão e à natureza dos serviços que prestam. Esta Política deverá prever por exemplo, a implementação de mecanismos que impeçam a troca de informação sensível entre colaboradores, a supervisão dos colaboradores que trabalham directamente com Clientes, proibir incentivos que possam implicar situações de conflitos de interesses, separar os colaboradores que trabalham com os activos dos Clientes dos que trabalham com a carteira própria da empresa, impedir os colaboradores de utilizar informação dos Clientes em proveito próprio. Todos os serviços e actividades que possam gerar situações de conflitos de interesses deverão estar identificados e registados como tal. Relativamente a Consultoria para Investimento, existem algumas disposições adicionais, com um carácter mais restritivo com vista a garantir que esse serviço não é fonte de conflitos de interesses A prestação sistemática de informação relativa às situações de conflitos de interesses representa uma forma aceitável de efectuar a gestão desses casos? Não. A DMIF obriga a que as empresas possuam uma Política de gestão de conflitos de interesses; a comunicação do conflito ao Cliente só deve ser feita quando todas as outras medidas se revelam insuficientes Que novos locais de negociação são considerados pela DMIF? A DMIF procura fomentar a concorrência no que toca a locais de negociação. Nesse sentido, autoriza e regula dois novos tipos de locais de negociação: os Sistemas de Negociação Multilateral e os Internalizadores Sistemáticos. Qualquer um destes novos tipos de locais de negociação poderá operar em todo o espaço regulado pela DMIF, tendo obrigações similares às dos mercados regulamentados O que é um Sistema de Negociação Multilateral? Um sistema de Negociação Multilateral é um sistema multilateral (gerido por um único intermediário financeiro ou um conjunto de intermediários financeiros, constituídos como entidade própria) que permite, de acordo com regras pré estabelecidas, a conciliação das ordens de compra e de venda de múltiplos Clientes, sobre múltiplos instrumentos financeiros. Basicamente os Sistemas de Negociação Multilateral são comparáveis a mercados regulamentados O que é um Internalizador Sistemático? Um Internalizador Sistemático é uma entidade que, de forma organizada, sistemática e frequente, executa ordens de Clientes contra a sua própria carteira.

19 58.- Qual é a autoridade reguladora responsável pela supervisão das empresas de investimento? A DMIF institui que cada empresa seja acreditada no seu Estado de Origem, pela autoridade supervisora desse estado, para que seja possível actuar em todo o espaço europeu Passaporte Europeu. Será esta entidade a responsável pela supervisão da actividade dessa empresa, independentemente do local onde os serviços sejam prestados e da nacionalidade dos Clientes. No caso concreto de uma empresa portuguesa, a supervisão será efectuada pela CMVM, independentemente do local onde os serviços sejam prestados e da nacionalidade dos Clientes. Caso uma empresa portuguesa tenha sucursais com personalidade jurídica própria noutro estado membro, então a empresa será supervisionada pela CMVM, enquanto que a supervisão da sua sucursal ficará a cargo da autoridade supervisora do estado em causa O reporte prestado varia de acordo com autoridade supervisora? A directiva promove a cooperação e a coordenação entre as diversas autoridades supervisoras, com o objectivo de garantir uma uniformidade e harmonização no reporte a prestar pelas empresas de investimento Os negócios efectuados fora de mercado regulamentado deverão ser comunicados às autoridades de supervisão? Todos os negócios deverão ser comunicados às respectivas autoridades de supervisão, independentemente de terem sido efectuados em mercado não regulamentado, desde que sejam relativos a instrumentos financeiros admitidos a cotação num qualquer mercado regulamentado.

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