Criadores de gado em Santa Maria (Rio Grande do Sul, ) *

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1 Criadores de gado em Santa Maria (Rio Grande do Sul, ) * Luiz Augusto Ebling Farinatti (CEUNFRAN, Brasil) * A preia e, posteriormente, a criação de gado estiveram intimamente ligadas à formação histórica do Rio Grande do Sul. No século XVIII, as arreadas de gado bovino xucro - com vistas, especialmente, à faina do couro - e as tropas de muares que subiam em direção à Sorocaba e às Minas Gerais, figuraram como um dos motores econômicos da ocupação do Continente de São Pedro pelos luso-brasileiros. Constituindo-se em fins daquele século, a criação de gado bovino em grandes propriedades (estâncias), destinadas às charqueadas do sul da província e dali para o centro do país, ocuparam, ao longo do século XIX, um papel primordial na economia sulina. A historiografia gaúcha tem descrito o Rio Grande do Sul dos oitocentos como local privilegiado da criação de gado em grandes latifúndios, em geral com mão-de-obra livre. Porém, apesar da importância central da pecuária na sociedade sul-riograndense dos oitocentos, poucos são os trabalhos que se detiveram em analisar as estâncias como unidades de produção, dentro de uma abordagem de história agrária, entendida, nos termos de Maria Yedda Linhares, como a história econômica e social do mundo rural (LINHARES, 1997). Essa história agrária, calcada sobre larga pesquisa empírica, em fontes quantitativas e qualitativas, já formou uma tradição no sudeste brasileiro e no Prata (por exemplo: MATTOS DE CASTRO, 1987; ALMEIDA, 1994; GARAVAGLIA, 1993, 1995; GELMÁN, 1998). No Rio Grande do Sul, porém, ela recém começa a dar seus primeiros passos, como nas obras pioneiras de Paulo Afonso Zarth e Helen Osório (ZARTH, 1994, 1997; OSÓRIO, 1999). O que pretendo, neste artigo, é analisar as unidades produtivas dedicadas primordialmente à criação de gado, no âmbito de um município da província do Rio Grande do Sul. Mais especificamente, em Santa Maria da Boca do Monte, ao longo do período monárquico, mais especificamente, entre 1845 e Procurarei inquirir questões relativas às formas de acesso à terra por parte dos criadores (estancieiros), à diversidade social dentro do grupo, às formas de mãode-obra empregada na pecuária e à conjunção da atividade criatória com a lavoura de alimentos. Para tanto, utilizarei os inventários post-mortem, concernentes ao período, os Registros Paroquiais de Terra de Santa Maria, ambas as fontes encontradas no Arquivo Público do Rio Grande do Sul e uma Relação dos criadores de gado locais enviada pelo delegado de polícia ao presidente da província em 1858, constante do acervo do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul. Apropriação da terra em Santa Maria O município de Santa Maria foi instituído em 1858, tendo existido anteriormente como um distrito de Cachoeira. Localizada na Depressão Central, a região de Santa Maria abarcava uma paisagem variada, com serras cobertas de florestas ao norte e predominância de campos, * Este artigo é uma versão do segundo capítulo de minha dissertação de mestrado Sobre as cinzas da mata virgem - os lavradores nacionais na província do Rio Grande do Sul (Santa Maria, ), defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em História da PUCRS, em agosto de * Professor do Curso de História do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Mestre em História do Brasil pela PUCRS.

2 estendendo-se em planície rumo ao sul. Como bem observou Paulo Afonso Zarth, no Rio Grande do Sul foi marcante a influência da dicotomia campo x floresta na destinação das atividades produtivas instaladas em cada área (ZARTH, 1994). Em território gaúcho, os campos, naturalmente propícios à criação, foram o local privilegiado da pecuária, já as áreas florestais foram utilizadas para a plantação de alimentos por lavradores nacionais, estancieiros que também plantavam mantimentos e, em áreas crescentes ao longo do século XIX, também por colonos imigrantes. Em Santa Maria, a apropriação das terras se deu a partir do final do século XVIII e, sobretudo, ao longo dos oitocentos. Seguindo a tônica do restante do Rio Grande de São Pedro, em Santa Maria ocorreu um duplo movimento da fronteira agrária. As áreas de campos foram apropriadas muito cedo, por estancieiros que receberam sesmarias e doações de comandantes militares, possivelmente até Posteriormente, a compra e vendas de partes de terras e mesmo de estabelecimentos inteiros e as divisões por herança, foram moldando novas configurações no quadro dos proprietários e das extensões das áreas de campos locais. Já as áreas florestais, destinadas à produção de alimentos, atividade mais desprestigiada que a criação de gado, obedeceram a um ritmo mais lento de ocupação. Em maioria, foram sendo ocupadas espontaneamente por lavradores nacionais, através da ocupação primária (até 1854, quando a regulamentação da Lei de Terras extinguiu essa possibilidade) e, ao longo de todo o século, também pela compra. Ali ainda haviam terras devolutas na segunda metade do século (FARINATTI, 1999). Diversidade social nos campos de criação Quando se pensa em criadores de gado na província do Rio Grande do Sul, forma-se quase que imediatamente uma imagem estereotipada do grande estancieiro gaúcho. Latifundiário, grande criador, potentado dos poderes político e militar. Essa descrição corresponde, sem dúvida, a muitos dos criadores sul-riograndenses. Nem é preciso procurar muito para encontrá-los pois, exatamente por sua posição social, os grandes estancieiros fazem parte do grupo mais referido por viajantes, memorialistas e pelos próprios documentos oficiais. É o caso, em Santa Maria, dos Pinto, a família de estancieiros mais abastada do local, alguns deles proprietários também de terras e gado em outros municípios. 1 No entanto, é preciso tomar cuidado para não estender a imagem do grande estancieiro para todos os criadores e 1 Em resposta a uma solicitação das autoridades provinciais, foi elaborada uma relação pelo delegado de polícia local, informando sobre as estâncias de criação localizadas no município. Tal relação elenca um total de 90 estâncias de criação, trazendo os nomes dos proprietários e indicando, para cada um, o número de reses de criar, de éguas de cria, de ovelhas e o número das crias tiradas no referido ano. Aponta também o número de escravos empregados na criação e, ainda, informação de grande valor por sua raridade, a quantidade de homens livres que empregavam como peões ou capatazes (administradores). Muitas vezes o relatório traz também a extensão das terras do estancieiro. O propósito do documento era apontar todos os proprietários de gado existentes no município, o que, ao cruzar o relatório com outros documentos, percebe-se que não foi feito. Contudo ali está certamente a maior parte dos criadores locais. Relação de Animaes Vacuns, Cavallares e lanígeros do município de Santa Maria da Boca do Monte. Correspondência Expedida - Delegacia de polícia Santa Maria da Boca do Monte - AHRS. De agora em diante, com finalidades práticas, chamarei esse documento apenas de Relação de Segundo essa relação, Francisco José Pinto possuía ha. de campo, reses e empregava 12 escravos no cuidado da criação. Relação de Correspondência Expedida - Delegacia de Polícia. Santa Maria da Boca do Monte - AHRS.

3 proprietários de campos no Rio Grande do Sul do século XIX. Nas áreas de campo em Santa Maria, além dos grandes estancieiros, estavam instalados também pequenos e médios criadores. Os dados dos inventários post-mortem locais ajudam a verificar essa diversidade. 2 Neles há a discriminação as terras de campo em relação às terras florestais. Em Santa Maria, havia inventariados que possuíam áreas de terras florestais ou áreas de terras de campos e havia, ainda, aqueles que possuíam ambas. Consideremos a tabela de n. 1. No tocante ao gado, ali estão apontados apenas os números referentes ao gado bovino, principal espécie de criação no município, assim como em toda a província, em meados do século XIX. Em menor quantidade, os inventários apresentavam também animais cavalares, bois mansos (nessa época utilizados principalmente nas carretas) e, mais raramente, ovinos e muares. Suínos foram relacionados em apenas três inventários. Como é possível perceber, ao se atentar para os dados da tabela n. 1, os principais criadores locais praticavam a pecuária em terras próprias, sendo sempre proprietários de campos, fossem ou não também donos de áreas florestais. 3 A maior parte dos proprietários de campos listados na tabela (24 ou 75 %), possuíam mais do que 20 cabeças de gado, ainda que fossem poucos os que apresentassem mais de cabeças. 4 Quanto aos inventários que apresentaram apenas áreas florestais, ocorre precisamente o contrário. Quase a metade deles não possuía gado e, quanto aos outros, nenhum possuía mais do que 20 cabeças, indicando que a pecuária não era sua principal atividade produtiva. Suas poucas reses, quando existiam, eram criadas, provavelmente, sob permissão em campos alheios. Esses donos de terras florestais não eram criadores, mas sim lavradores nacionais. No que se refere à diferença da extensão das terras de campos e de terras florestais, os números dos inventários são também eloqüentes. Um total de 62% das terras relacionadas nos inventários traz a informação quanto ao tamanho de sua área. As terras de campo apresentavam uma média de 2.336,1 ha., enquanto que as áreas florestais, em geral pertencentes à lavradores nacionais tinham, em média, 132 ha. Existiam campos de pequenas extensões, especialmente entre aqueles inventários que não discriminam expressamente as medidas de suas terras. É possível saber que se tratavam de áreas pequenas ou de má qualidade para a criação, pela comparação do valor atribuído a elas e às grandes extensões, na avaliação judicial constante nos inventários. 5 Porém, o mais freqüente era que as áreas de campos apresentassem mais de ha. de terra, o que 2 Realizei a análise dos inventários de Santa Maria, entre 1845 e 1880, selecionando os inventários de um ano a cada quatro, totalizando 51 processos. Desses, 42 incluíam estabelecimentos rurais, 04 referiam apenas terrenos urbanos, 04 não elencavam bens de raiz e 01 não teve prosseguimento, não chegando nem mesmo à fase de avaliação dos bens, sendo, portanto, desconsiderado. 3 90% (81 indivíduos) dos criadores relacionados na Relação de 1858 criavam gado em suas próprias terras de campos. Os outros 10% (09 indivíduos) eram agregados, arrendatários ou criavam sob permissão em terras de parentes. Nenhum destes, que não possuíam suas próprias terras de campo, era grande criador (mais de cabeças de gado). 4 Pelos números da Relação de 1858 e dos inventários, é possível considerar grandes criadores, em Santa Maria, todos aqueles que possuíssem mais de cabeças. 5 Maria Gonçalves de Medeiros, ao proceder ao inventário de seu esposo, Pedro Gonçalves Pinheiro, em 1859, declarou possuir um quinhão de campo, havido recentemente por herança de seu pai (pelo valor atribuído à terra, apenas 500$000,00 se sabe ser um estabelecimento modesto). Declarou, ainda, possuir 61 reses, algumas éguas e

4 confirma que os donos de campos no município eram, em maioria, grandes proprietários de terras, ainda que nem sempre fossem grandes criadores de gado. Quanto à atividade pecuária, especificamente, é possível perceber que em lugar de um espaço homogêneo, constituído somente por grandes pecuaristas, encontramos uma significativa diversidade. O número de cabeças de gado varia bastante, tanto nos dados dos inventários como naqueles fornecidos pelo delegado de polícia do município à administração da província em 1858, o que acaba por demonstrar a existência de grandes, médios e pequenos criadores no município. 6 Santa Maria apresentava uma média de cabeças de gado por estabelecimento bastante inferior a muitos outros municípios gaúchos. No mapa estatístico elaborado em 1859, pela Presidência da província, a partir das informações enviadas por 14 municípios, Santa Maria aparece como tendo a segunda menor média de gado por estabelecimento cabeças, enquanto municípios como Rio Pardo e Bagé, por exemplo, apresentavam médias de e cabeças, respectivamente. 7 Em Santa Maria se praticava uma das pecuárias mais pobres da província. 8 Os números encontrados nos inventários selecionados para análise, que abrangem menos estabelecimentos mas cobrem um espaço de tempo maior (de 1845 a 1880), são ainda menores que as da Relação de A média de gado entre os proprietários de campos inventariados é de cerca de 297 cabeças. Na Relação de 1858 também fica clara a concentração de grande número de reses nas mãos de uns poucos proprietários, estes sim, grandes criadores. Segundo os números da Relação de 1858, os 17 maiores criadores locais (com mais de reses) concentravam 54,2% das cabeças de gado do município, enquanto os outros 73, ou 82% dos criadores, dividiam as restantes 45,8%. 9 Todos os grandes criadores possuíam terras próprias e juntos eram donos também de 46,9 % dos escravos relacionados na mesma Relação de Era o caso, por exemplo, do Major Olivério Antônio de Athaydes, dono de ha. de campos, de cerca de reses, e que empregava no custeio da criação seis escravos, além de um filho como capataz. 11 A maioria dos outros criadores possuíam entre as 100 e cabeças, caracterizandose como médios e pequenos pecuaristas, mas, muitas vezes, sendo possuidores de grandes extensões de campos (mais de ha.). Joaquim Luiz de Oliveira era dono de ha. de campos e possuía cerca de 400 reses, em Mesmo os criadores cujos inventários relacionavam menos de 100 reses possuíam, na maior parte das vezes, campos de vastas cavalos, além de bois mansos para o trabalho de carga. Inventários. Órfãos e Ausentes. Maço 01, n.º 34. Santa Maria da Boca do Monte - APRS. 6 Relação de Correspondência Expedida - Delegacia de Polícia. Santa Maria da Boca do Monte - AHRS. 7 Mappa Estatístico do numero de estancias, tippo de creação, numero de animaes e empregados. Estatística. Diversos M. 01. E 85. P AHRS. 8 A expressão pecuária pobre refere-se, aqui, ao pequeno número de reses existentes nas estâncias de Santa Maria em relações a outros municípios gaúchos. 9 Relação de Correspondência Expedida. Delegacia de Polícia. Santa Maria da Boca do Monte - AHRS. 10 Idem. 11 Idem. 12 Relação de Correspondência Expedida. Delegacia de Polícia. Santa Maria da Boca do Monte - AHRS.

5 dimensões. Era o caso, por exemplo, de Miguel Antônio da Rosa, que teve relacionado em seu inventário, em 1857, 80 reses e também ha. de campos. 13 Santa Maria apresentava, então, uma clara diversidade no seu universo de pecuaristas. Grandes, médios e pequenos criadores marcavam presença nos campos locais. Em média, Santa Maria apresentava uma pecuária pobre, se comparada com outros municípios da província mas, mesmo assim, essa atividade criatória gerava uma significativa concentração da riqueza nas mãos de um pequeno estrato de grandes criadores. Mão-de-obra na atividade pecuária Durante o período imperial, a mão-de-obra empregada na criação de gado no Rio Grande do Sul foi tanto o trabalho livre (peões, capatazes), quanto cativo (ZARTH, 1994). Muitos dos capatazes indicados na Relação de 1858 eram filhos dos proprietários. Quanto aos peões, trabalhadores sem terras próprias, empregados majoritariamente no serviço da criação de gado, é muito difícil tecer afirmações com segurança. A Relação de 1858 é um documento raro exatamente porque nela consta o número de trabalhadores livres empregados na criação de animais, em cada estância. É provável que ali estivessem listados os peões com algum grau de permanência, pois sabe-se que era comum recrutar-se trabalhadores eventuais, em épocas de maior necessidade do serviço da pecuária. Ainda assim, vale destacar que os peões constituíam um segmento social caracterizado pela extrema mobilidade. O que se tem aceitado na historiografia é que o peão solteiro trabalhava apenas em troca de abrigo e de uma pequena remuneração. No caso de ser casado ou vir a casar-se, poderia arranchar-se, tornando-se uma espécie de agregado do estancieiro (CÉSAR, 1978). As amarras de dependência que os ligavam a seus patrões eram bastante fortes. Serviam aos estancieiros nos seus campos em tempos de paz, e partiam com eles para as inúmeras guerras em que os habitantes da província se viram envolvidos ao longo do século XIX (TORRONTEGUY, 1994). Afinal, muitos dos estancieiros eram também chefes militares locais, e sua capacidade de arregimentar pessoal sob seu comando era um símbolo de poder reconhecido em todo o território sulriograndense (ZARTH, 1997). O número somado de peões e capatazes por estância em Santa Maria era o segundo mais baixo dentre todos os municípios que prestaram essa informação à administração provincial. A Relação de 1858 indica que, mais do que peões livres, os escravos eram utilizados na criação de gado em Santa Maria. 14 A possibilidade de se instalar nas terras florestais, servindo de opção para os homens livres de menos recursos, por certo restringia a oferta de mão-de-obra livre nas estâncias pastoris e estimulava o investimento dos criadores locais na aquisição de mão-de-obra cativa. Essas terras florestais poderiam ser apropriadas legitimamente por ocupação primária até Inventários. Órfão e Ausentes, M. 01, n. 19, ano Santa Maria da Boca do Monte - APRS. 14 A Relação de 1858 aponta apenas os escravos diretamente empregados no cuidado da criação, portanto, na atividade pecuária, em Santa Maria. O mesmo faz o Mappa de 1859 que relaciona as informações enviadas no ano anterior por diversos municípios à presidência da província. Em seu estudo sobre o Planalto gaúcho, P.A. Zarth demonstrou, a partir da análise dos ofícios dos escravos relacionados nos inventários, que muitos eram aqueles designados como campeiros, empregados na manejo da criação. Relação de Correspondência Expedida. Delegacia de Polícia. Santa Maria da Boca do Monte - AHRS. Também: Mappa Estatistico do

6 (regulamentação da Lei de Terras) e, depois, ao menos até o final da década de 1870, ainda se poderiam encontrar terras florestais a baixos preços no município. Segundo os dados dos inventários, a média de escravos por estabelecimento pertencente a criadores é de 05 cativos, variando, nos processos pesquisados, entre nenhum e treze escravos. O baixo número de escravos se deve ao fato das atividades desempenhadas nas estâncias (a criação de gado e, eventualmente, também a plantação de culturas alimentares e a fabricação de farinha de mandioca) exigirem bem menos mão-de-obra do que a produção de café ou a fabricação do charque, por exemplo. Além disso, como já foi dito, tratava-se de uma região de pecuária pobre, com pouca capacidade para fazer investimentos maiores, tanto mais na época de encarecimento do preço dos cativos, após Analisando pontualmente, é possível perceber algumas das características dos pequenos plantéis de escravos possuídos pelos estancieiros de Santa Maria. Mesmo entre os maiores senhores de escravos locais, aparece o padrão da existência de famílias escravas, com um casal de adultos, algum escravo mais velho e muitas crianças. Em geral, os escravos entre 15 e 40 anos, em tese mais produtivos e mais valorizados, não passavam de 30 % do total de cativos de um mesmo senhor, quer se tratasse dos maiores ou menores plantéis. 15 Nas noventa estâncias elencadas na Relação de 1858, em Santa Maria, lugar de uma pecuária pobre (pequeno número de cabeças de gado por estabelecimento), trabalhavam 143 escravos envolvidos diretamente na criação e 141 homens livres ocupados do mesmo trabalho, entre capatazes (administradores) e peões. É certo que esses 143 escravos estavam diretamente envolvidos na pecuária, pois na Relação de 1858 constam somente os escravos empregados no custeio da criação. Obviamente, esse fato não impede que tais cativos fossem também utilizados em outras atividades, como em eventuais roças de alimentos internas às estâncias. Como vimos, esses escravos estavam divididos de forma muito irregular entre os pecuaristas locais. O pequeno grupo dos grandes criadores concentrava a maior percentagem de trabalhadores cativos, sendo que muitos dos médios e pequenos criadores não empregavam qualquer escravo na criação. Lavoura de alimentos nas estâncias Quando passou pela região, em 1821, Auguste de Saint-Hilaire escreveu: Os arredores de Santa Maria são habitados por estancieiros que, na maior parte, além de criar gado, se dedicam ao cultivo da terra. É na região mesmo que se consomem os produtos da lavoura; todavia exportam-se também pequenas quantidades para a Capela de Alegrete, onde os proprietários, com os hábitos semelhantes aos gaúchos, não têm o costume de plantar. (SAINT-HILAIRE, 1997). Supondo que a situação apontada pelo viajante francês, ainda na década de 1820, tenha persistido ou mesmo se ampliado ao longo do século XIX, seria possível afirmar que em Santa Maria, numero de estancias, tippo de creação, numero de animaes e empregados. Estatística. Diversos M. 01. E 85. P AHRS. E, por fim: ZARTH, P.A. Op. cit., Em todos os inventários pesquisados, os escravos com idades entre 15 e 40 anos obtiverem uma valorização superior em relação àqueles que estavam fora dessa faixa de idade. O mesmo fenômeno foi encontrado em diversas outras partes do país. Ver, por exemplo: SAMPAIO, A.C.J. A Pequena Produção de Alimentos na Crise do Escravismo: Magé, 1850/1888I, MATTOS DE CASTRO, H.M. Op cit., 1987.

7 ainda que o gado fosse o principal produto das estâncias, a agricultura podia ocupar um espaço razoável dentro de muitas das unidades produtivas destinadas primordialmente à criação. Tal situação ocorria especialmente no caso de criadores que, além de campos, possuíam também áreas florestais. Essa produção podia destinar-se não apenas ao abastecimento interno da estância, como também ao comércio local e regional. A mão-de-obra escrava era utilizada tanto na criação quanto na lavoura, que no caso de Santa Maria era expressiva, garantia o abastecimento interno das fazendas e gerava pequenos excedentes que poderiam ser comercializados no mercado local e regional, o que justificaria o maior investimento em escravos, em relação ao baixo número de cabeças de gado no local. Naturalmente esse comércio era de pequeno porte, como também eram pequenos os plantéis de escravos na região. As observações dos viajantes do século XIX são documentos preciosos, entre outros fatores, pelas pistas que apontam para aqueles que estudam a história da província do Rio Grande do Sul. Todavia, baseavam-se, em geral, em informações das pessoas com quem tinham contato, muitas vezes os principais dos locais por onde passavam, ou daquilo que podiam observar em sua breve estadia nesses lugares. Assim sendo, é perigoso tomar suas observações como verdadeiras por si só, quanto mais quando se trata de inquirir uma época posterior àquela descrita nos relatos. 16 Como veremos, no entanto, outros documentos confirmam que a situação relatada por Saint-Hilaire perdurava ainda em meados do século XIX. A análise do processo de apropriação fundiária em Santa Maria, através dos dados do Registro Paroquial de Terras, realizado em , contando com um total de 356 declarações de terras, mostrou que cerca de 25% dos proprietários de campos eram também donos de porções de terras florestais. 17 Tal fato indica unidades produtivas mistas, dedicadas tanto à criação de gado (nos campos) quanto à lavoura de alimentos (nas zonas florestais). A lavoura de alimentos supria o pessoal da estância com gêneros básicos que podiam também ser comercializados, ainda que provavelmente em pequena quantidade. 18 Além de atividade complementar à criação, a lavoura de alimentos, no caso dessas unidades produtivas mistas, desempenhava, também, um papel de retaguarda da produção pecuária. Quando esta estivesse em dificuldades, a produção agrícola de alimentos poderia mesmo colocar-se como atividade principal da unidade produtiva, gerando pequenos excedentes para comercialização. Possuir campos era ser potencialmente criador de gado, mas nem sempre essa possibilidade se concretizava. Os criadores poderiam abandonar a atividade pecuária ou voltar a ela conforme variavam as características da produção e comercialização ou suas próprias condições econômicas. Em uma região pobre como a de Santa Maria, que se dividia entre a produção de gado, a produção 16 Por exemplo, a observação do mesmo Saint-Hilaire sobre as estâncias nas proximidades de Santa Maria: Todos os proprietários amanham a terra, ao mesmo tempo que criam gado. Os donos da casa e seus filhos cuidam do gado, e os negros, da plantação. Essa referência serviu de base para que a historiografia, por muito tempo, considerasse que os escravos não eram utilizados na atividade pecuária. Porém, se isso chegou a ser verdade à época da passagem do viajante francês pelo local, já não era mais em meados do século XIX, conforme foi possível observar nos dados até aqui apresentados. SAINT-HILAIRE, A. Op. cit., 1997, p Nos inventários da amostra trabalhada, cerca de 31% dos donos de campos possuem também áreas florestais. 18 Estudando as unidades produtivas agrárias do interior de Minas Gerais, Carla Almeida também verificou a ocorrência de unidades produtivas mistas, que dedicavam-se tanto à criação de gado quanto à agricultura de alimentos (ALMEIDA, 1994).

8 de alimentos e o comércio regional, é possível que muitas unidades produtivas passassem por momentos nos quais podia se alterar a quantidade de gado ou terras existentes, em fases de expansão ou retração de investimentos, e mesmo de troca de atividades. Vejamos o exemplo de Joaquina Maria da Conceição, que consta na relação que o delegado de polícia enviou à administração provincial em 1858, como proprietária de ha. de campo, 400 reses e empregando um de seus filhos como capataz e dois como peões. 19 Nove anos depois, em 1867, seu inventário (realizado em conjunto com o de seu esposo, falecido anteriormente) indicava a propriedade dos mesmos ha. de campo, e também de 484 ha. de matos, uma atafona completa em mau estado, duas lavouras de mandioca e apenas 04 reses. 20 É provável que a atafona fosse antiga, como costumavam ser aquelas declaradas em mau estado, o que torna possível imaginar que, já na época da Relação, em 1858, Joaquina dividisse suas atividades entre a criação e a fabricação de farinha de mandioca. Nove anos depois, possuía apenas quatro reses e devia sobreviver da produção de farinha. Sua mão-de-obra seguia sendo familiar, formada por 07 filhos solteiros. 21 Quanto aos donos apenas de campos, 82% de seus inventários não apresentam qualquer instrumento agrícola entre seus bens, indicando que não praticavam agricultura e que, portanto, eram compradores dos produtos cultivados nas áreas florestais do município, por donos de unidades produtivas mistas e, principalmente, por lavradores nacionais. Os outros 18% dos inventários que relacionavam apenas áreas de campos apresentaram instrumentos agrícolas (enxadas, machados, foices e, eventualmente, arados). A agricultura de alimentos devia ser praticada nessas fazendas em zonas florestais internas à propriedade, pois também era comum registrar-se, no registro paroquial de terras, campo e matos que se apresentavam mistos. A maioria desses donos apenas de campo dedicavam-se preferencialmente à pecuária, tendo a produção agrícola provavelmente apenas para consumo interno do estabelecimento. Cabe destacar, ainda, que algumas vezes filhos de estancieiros podiam ocupar ou comprar terras florestais, contíguas ou não aos campos dos pais, onde passavam a viver como lavradores. 22 Quando da morte dos pais e da divisão da herança, em geral recebiam sua parte nos campos e tornavam-se criadores, sem, necessariamente, vender suas terras florestais. Esse foi o caso, por exemplo, dos irmãos José, Francisco e João Fernandes Pena, moradores do sopé da Serra Geral, nas proximidades do rio Vacacaí-Mirim. 23 Considerações finais Para os efeitos aqui desejados, creio ser possível, através dos elementos já colocados, caracterizar, ao menos em linhas gerais, a pecuária local. Tratava-se de uma das mais pobres da província - considerando-se o baixo número de cabeças de gado por estância - e era conciliada com 19 Relação de Correspondência Expedida. Delegacia de Polícia. Santa Maria da Boca do Monte - AHRS. 20 Inventários. Órfãos e Ausentes, M. 03, n. 80, ano Santa Maria da Boca do Monte - APRS. 21 Idem. 22 Embora sem comprovação, é interessante considerar a hipótese de complementaridade entre as unidades produtivas de filhos possuidores de áreas florestais e pais pecuaristas em campos de criação. 23 Registro Paroquial de Terras, n.º 299, 300 e 301. Santa Maria da Boca do Monte - APRS. E também: Legitimações de Posse, n.º 630, 854, e Santa Maria da Boca do Monte - AHRS.

9 a agricultura em quase um terço dos estabelecimentos. Era ainda possível que as variações ao longo do tempo ensejassem que uma unidade produtiva, antes destinada à pecuária passasse à ocupar-se apenas da cultura de alimentos, como no caso de Joaquina Maria da Conceição, comentado anteriormente. A utilização relativa da mão-de-obra escrava era grande, provavelmente em razão da conciliação da atividade pecuária com a agrícola. Além do que, a possibilidade aberta pela produção autônoma em terras florestais para aqueles que não eram estancieiros, constituía-se em uma oportunidade bastante atrativa, reduzindo o contingente de mão-de-obra disponível para o serviço permanente nas estâncias de criação de gado. Ainda que não se tratasse de uma pecuária de primeira linha, a atividade ensejava um alto índice de concentração da riqueza na região. Uma minoria de grandes criadores que conseguia manter-se bem estabelecida, era a dona das maiores fortunas entre os inventários pesquisados, do maior número de cabeças de gado, das maiores extensões de terra e da maioria dos escravos locais. João José Pinto, por exemplo, possuía, quando da morte de sua esposa, em 1871, cerca de cabeças de gado e uma fortuna total de $ 5.640, Ao lado deles, no entanto, estava um amplo contingente de pequenos e médios criadores, como Florêncio José dos Santos, que ao morrer em 1867, possuía apenas 41 reses e uma fortuna total de 290, Estes eram, como foi visto, a maioria dos criadores instalados nos campos de Santa Maria da Boca do Monte. Bibliografia Referida: - ALMEIDA, C. Alterações nas unidades de produção mineiras: Mariana, Niterói: UFF, Dissertação de mestrado. - CESAR, G. O Conde de Piratini e a Estância da Música. Porto Alegre: IEL, e Caxias do Sul: UCS, FARINATTI, L.A.E. Sobre as cinzas da mata virgem: os lavradores nacionais na província do Rio Grande do Sul (Santa Maria: ). Porto Alegre: PPGH-PUCRS. Dissertação de Mestrado. - GARAVAGLIA, J.C. Los lavradores de San Isidro. Desarrollo Económico, 128 (32), Buenos Aires, Três estancias del sur bonaerense en un período de transición ( ). In: BJERG, M. e - - REGUERA, A. (comp.) Problemas de la Historia Agraria. Tandil: IEHS, 1995, p GELMAN, Jorge. Campesinos y estancieros. Una región del Rio de la Plata a fines de la época colonial. Buenos Aires: Editorial Los Libros del Riel, Inventários. Órfãos e Ausentes, M. 05, n. 113, ano Santa Maria da Boca do Monte - APRS. Dentre os 50 inventários pesquisados, apenas 04 relacionavam fortunas que superavam as 3.000,00, todos eram grandes criadores de gado. Inventários. Órfãos e Ausentes: M.01 n.17 ano 1857; M. 05 n. 113 ano 1871; M.08 n.177 e 179 ano Santa Maria da Boca do Monte - APRS. 25 Inventários. Órfãos e Ausentes, M. 03, n. 76, ano Santa Maria da Boca do Monte - APRS. De acordo com a metodologia corrente, todos os valores monetários referidos forram convertidos em libras esterlinas, moeda estável no século XIX, para evitar distorções em razão da variação do valor dos réis ao longo do período proposto.

10 - LINHARES, M. Y. História Agrária. In: CARDOSO, C.F. & VAINFAS, R. Domínios da História. Rio de Janeiro: Campus, 1997, p MATTOS DE CASRO, H. Ao Sul da História: lavradores pobres na crise do trabalho escravo. São Paulo: Brasiliense, OSÓRIO, H. Estancieiros, lavradores e comerciantes na constituição da extremadura portuguesa na América: Rio Grande de São Pedro, Niterói: Dep. de História, Universidade Federal Fluminense, SAINT-HILAIRE, A. Viagem ao Rio Grande do Sul, 2ª ed. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1997, p SAMPAIO, A.C.J. A Pequena Produção de Alimentos na Crise do Escravismo: Magé, 1850/1888I, TORRONTEGUY, T. As Origens da Pobreza no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, ZARTH, P.A. Do Arcaico ao Moderno: as transformações no Rio Grande do Sul rural no século XIX. Niterói: Departamento de História, Universidade Federal Fluminense, tese de doutoramento, ZARTH, P.A. História Agrária do Planalto Gaúcho. Ijuí: Editora da UNIJUÍ, 1997.

11 TABELA N.º 1 Cabeças de gado vacum em relação ao tipo de cobertura vegetal predominante em cada estabelecimento rural. Inventários. Santa Maria da Boca do Monte Gado Vacum (cabeças). Inventários com: Terras de Campos Terras de Campos e Terras Florestais Terras Florestais Sem Bens de Raiz Terreno Urbano TOTAL de inventários. + de a a a ou menos Nenhuma TOTAL Total de cabeças Fontes: - Inventários. Cartórios de Órfão e Ausentes. Santa Maria da Boca do Monte. Maços 01 a APRS. - Inventários. Cartório Cível e Crime. Santa Maria da Boca do Monte. Maço APRS. - Inventários. Cartório da Provedoria. Santa Maria da Boca do Monte. Maço APRS. - Inventários. Cartório de Órfãos e Ausentes. Cachoeira. Maço 08. APRS. * * Em razão de que antes de 1858, a região de Santa Maria pertencia ao município de Cachoeira, os inventários referentes ao período de constam nos cartórios tanto de uma quanto de outra cidade.

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