A vogal /a/ como segmento debucalizado em português

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1 1. Introdução A voal /a/ como semento debucalizado em portuuês Maria Bernadete M. Abaurre Unicamp, CNPq Filomena Sandalo Unicamp, CNPq Costuma-se assumir que uma voal subespecificada para ponto funciona como um semento epentético nas línuas (Archaneli, 1988). Há, entretanto, evidência suficiente de que a voal epentética no portuuês é o /e/, realizado como [i] na maioria dos casos (cf. Lee 1993). Na teoria de Archaneli, não é possível acomodar duas voais subespecificadas em uma mesma línua porque não haveria como estabelecer um contraste entre elas. A proposta desenvolvida em Abaurre & Sandalo (2007) é a de que há dois tipos de subespecificação (uma representação que postula a ausência apenas do traço de ponto e uma outra que postula a ausência do nó de Ponto como um todo, isto é, debucalização). Assim, sementos coronais não têm traços de ponto; contam, entretanto, com o nó de Ponto. No caso da voal /a/, faz-se um paralelo com o caso de debucalização de sementos laríneos (Halle 1995), aplicando o conceito às voais. Neste artio, traremos evidência de dois processos fonolóicos do portuuês para nossa proposta. Em primeiro luar, abordaremos o espraiamento do traço [baixo] para uma voal pretônica /e/, a partir dos núcleos vocálicos tônicos / / e / / em dialetos de Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo, mas não a partir de /a/. Em seundo luar, trataremos do comportamento da coda nasal no dialeto paulista. Neste dialeto, a coda copia os traços da voal do núcleo silábico, exceto se a voal for /a/. 2. Subespecificação Uma questão importante para a fonoloia erativa é saber se todos os traços que caracterizam um dado semento devem ou não ser incluídos em uma matriz fonolóica. Seundo a fonoloia erativa, apenas os traços distintivos devem ser listados; os traços redundantes, isto é, deriváveis, devem ser omitidos. Na teoria fonolóica, usa-se o termo subespecificação para fazer referência à omissão, na estrutura subjacente, de traços deriváveis. Um dos principais arumentos a favor da noção de subespecificação vem do fenômeno conhecido como palatalização mimética no japonês (Mester & Ito, 1989). Tal fenômeno, que pode ser observado em processos de reduplicação, na línua, pode ser descrito como em (2), abaixo: (1) a) Palatalize a consoante coronal mais à direita, excluindo /r/: /dosa/ do a-do a em rande quantidade /toko/ oko- oko vários passinhos de crianças b) Se não houver coronal ou se o semento coronal for /r/, palatalize o semento não coronal mais à esquerda: /poko/ p y oko-p y oko pulando por toda parte imprudentemente /koro/ k y oro-k y oro olhando em volta indeterminadamente Seundo Mester & Ito (1989), o fenômeno pode ser entendido se assumirmos a subespecificação do traço [+ coronal] para o fonema /r/:

2 Japonês: t s n r Sonorante Contínuo - + Coronal Nasal + - Fiura 1: Japonês (Mester & Ito, 1989) (2) toko koro [+cor] [-ant] Em japonês, o /r/ não é especificado com o traço [+ coronal] porque não contrasta com uma sonorante como /l/. Assim, o fenômeno da não palatalização do /r/ em dados como [k y oro-k y oro] em 2b, acima, se explica pelo fato de que este semento não é especificado pelo traço [+coronal], sendo, portanto, invisível para a rera de palatalização. O quanto pode ser derivado está sujeito a discussões dentro do erativismo, entretanto. A noção de especificação derivável deve levar em conta apenas a línua analisada ou é universal? Este tipo de discussão levou o erativismo da década de oitenta para duas propostas: a subespecificação contrastiva e a subespecificação radical. Seundo a subespecificação contrastiva, a busca de traços redundantes deve estar restrita à línua em análise. Isto é, apenas os traços contrastivos daquela línua serão especificados. A subespecificação contrastiva assume que o fonema não é a unidade mínima da fonoloia, mas assume o fonema como um primitivo fonolóico. Isto é, em primeiro luar buscam-se os sementos em contraste e, então, busca-se saber quais são os traços responsáveis por estes contrastes. Uma conseqüência deste tipo de análise é que nenhum semento pode ser deixado completamente não especificado em sua representação subjacente, uma vez que a noção de sementos em contraste é de fundamental importância seundo esta proposta. Seundo a subespecificação radical, o fonema não é um primitivo fonolóico. De acordo com este ponto de vista, as línuas contam apenas com posições (slots) de tempo vazias que são preenchidas por traços. Informações da Gramática Universal devem ser usadas para preenchê-las, o que permite que haja posições completamente não especificadas na estrutura subjacente. Por exemplo, informações sobre freqüência de ocorrência são vistas como fundamentais. Assim, se um determinado traço existe em todas as línuas do mundo, ele não deve ser especificado na forma subjacente de nenhuma línua. Um candidato a esta situação é o traço [+coronal]. Estas duas visões de subespecificação convivem dentro da teoria erativa. Podemos encontrar adeptos de uma ou outra corrente mesmo em textos mais recentes. Assim, enquanto Clements (1989) e Halle (1995) assumem a subespecificação contrastiva; Archaneli (1988), Pulleyblank (1988), Archaneli & Pulleyblank (1989) e Paradis & Prunet (1991) assumem a subespecificação radical.

3 Apresentamos abaixo duas matrizes que evidenciam diferenças entre as duas concepções de subespecificação, para uma línua hipotética. i e a o u Alto Post Baixo Fiura 2: Subespecificação Contrastiva i e a o u Alto + + Post + + Baixo + 2. Fiura 3: Subespecificação Radical Os sementos coronais são os mais freqüentes nas línuas do mundo e são aqueles adquiridos mais cedo pelas crianças (cf. Paradis & Prunet, 1991). São também, muito freqüentemente, os elementos epentéticos de muitas línuas, como o /t/ em francês, maori e coreano (cf. Iverson, 1989). Fatos como estes foram tomados como arumentos para considerar /t/ como a consoante universalmente não marcada, e o ponto coronal como o ponto não marcado (Kean, 1980). Discussões sobre traços na fonoloia erativa postulam uma correspondência entre marca e subespecificação. Na teoria da subespecificação radical (Archaneli, 1988; Paradis & Prunet, 1991), assumese que valores não marcados de traços não são representados na forma subjacente. Uma vez que se assume a teoria da subespecificação associada à visão hierárquica típica da eometria de traços, pode-se pensar que the special status of coronals lies in the fact that they lack specification for place in UR (Paradis & Prunet, 1991:9): (3) Coronais (Paradis & Prunet, 1991) p t k e e e Modo Ponto Modo Ponto Modo Ponto [labial] [dorsal] Assim, podemos interpretar as coronais como sementos que contam com o nó de Ponto, mas que não contam, no entanto, com especificações de traços de ponto na representação subjacente. No entanto, coronais não são os únicos sementos para os quais se tem proposto uma representação subespecificada para ponto de articulação. Clements (1985) e Iverson (1989), entre outros, arumentam que os sons laríneos (isto é, a fricativa lotal /h/ e a oclusiva lotal / /) são articulados abaixo da cavidade oral e não podem, portanto, ter ponto de articulação, assumindo o ponto das voais vizinhas. Clements (1985) explica o comportamento dos sementos laríneos deixando subespecificado o nó Supralaríneo (que inclui os nós Ponto e Modo no modelo de Clements 1985). Nesta

4 perspectiva, as propriedades do /h/ (continuidade e ponto) são derivadas através de espraiamento. Assim, o /h/ do inlês em uma palavra como heat assume qualidades palatais, enquanto o /h/ de hot exibe qualidades dorsais. De acordo com este autor, /h/ pode ser derivado tanto de fricativas como de oclusivas, uma vez que ele assume que tal semento é resultado da desassociação de todo o nó Supralaríneo. Assim, a derivação deste elemento pode ser representada como em (5), a seuir, com base na proposta de Clements. Nesta proposta, há uma derivação intermediária na qual a obstruinte é uma oclusiva lotal que pode ser, por sua vez, derivada em fricativa se assumir o nó SL da voal vizinha por espraiamento: (4) X h V ty t to LA SL LA LA SL LA ru Ponto Modo [ponto] [contínuo] Entretanto, há evidência histórica de que [h] é sempre uma redução de uma fricativa e de que [ ] é uma redução de uma oclusiva (Lass 1976). 1 Seundo Iverson (1989), também existe evidência sincrônica de uma fonte fricativa para [h] e de uma fonte oclusiva para [ ]. De acordo com este autor, processos de neutralização em Toba Batak convertem oclusivas pré-consonantais (mas nunca fricativas) em [ ]; em espanhol (caribenho, andaluz e arentino) a fricativa /s/ é convertida em [h] em posição final de sílaba. Os fatos mencionados acima levaram Iverson (1989:290) a rejeitar a análise de Clements e a propor uma representação dos sementos laríneos compatível com a fonte fricativa (para /h/) ou com a fonte oclusiva (para / /). Ele arumenta que /h/ e / / são mais bem representados como the removal only of distinctive place of articulation features : 2 (5) Laríneos (Iverson, 1989) / h ty ty Modo Ponto Modo Ponto [cont] Se aceitássemos, entretanto, que (i) sementos laríneos são derivados através da remoção do ponto de articulação (conforme proposto por Iverson, 1989) e (ii) que sementos coronais são universalmente subespecificados para ponto de articulação (Paradis e Prunet, 1991), criaríamos um problema para a representação de traços, pois sementos coronais e laríneos compartilhariam a mesma representação (compare-se, 1 Note que o que Lass rotula de redução é aora considerado um processo de debucalização. 2 Em Iverson (1989) o nó SL (Supralaríneo) é visto como desnecessário e, portanto, desconsiderado na representação.

5 e.., a representação de /t/ em 3 com a de / / em 5). A única maneira possível de diferenciar coronais de laríneos seria por meio dos traços [lote constrita/lote espalhada], utilizados para caracterizar os sementos laríneos, mas não os coronais. Tal solução se associada à Teoria da Subespecificação, no entanto, não seria possível para línuas como o inlês, nas quais a constrição da lote não desempenha papel contrastivo. Nessas línuas, coronais e lotais não poderiam ser diferenciadas se se assumissem essas versões de eometria de traços e subespecificação. Considerando propostas de eometria de traços, pode-se notar que Halle (1992, 1995) e Halle et al. (2000) arumentam que o que caracteriza uma consoante é a presença de uma obstrução na cavidade oral; assim, sementos consonantais são exclusivamente aqueles caracterizados por obstrução de ponto de articulação labial, coronal e dorsal. Nesta caracterização, sementos com obstrução larínea não podem ser marcados pelo traço [+consonantal] e nem podem contar com o nó de Ponto, uma vez que são dependentes de Ponto apenas os articuladores Lábios, Lâmina da Línua e Corpo da Línua. Na verdade, desde Clements (1985) postula-se que sementos lotais não contam com o nó de Ponto. Isto é, para a derivação de um elemento lotal, o nó de Ponto deve ser desliado (debucalização). Seuindo a caracterização de Halle, que atrela obstrução na cavidade oral ao traço [+consonantal], ao se desliar Ponto, o nó Raiz necessariamente se altera para [-consonantal]. Nas palavras do autor (1995:14): As noted by McCarthy (1988), the phenomenon of debuccalization is essentially the loss of the supralottal articulation with retention only of the open lottis esture (p.88). It is assumed here that formally debuccalization renders the part of the feature tree that is dominated by Place node invisible (...). Since Place articulators have been rendered invisible by debuccalization, it will be assumed here that the phoneme is automatically chaned from [+consonantal] to [-consonantal] and its desinated articulator becomes the laryx the only articulator still visible in the feature tree. Ou ainda, nas palavras de Kenstowicz (1994:453): Halle (1992) notes certain restrictions on the combination of root features with particular articulators. First, [+consonantal] sements must choose their articulator from amon Labial, Coronal, and Dorsal. This restriction is written into the definition [+consonantal] as constriction in the central passae throuh the oral cavity. It is premised on the idea that the essential property of consonants is that they approximate a tube closed at both ends;...this has the acoustic consequence that the lowest vowel resonance on the spectroram descends to zero when next to a consonant. Only a constriction in the oral cavity is capable of achievin this approximation to a tube closed at both ends. The special status of the Labial, Coronal, and Dorsal articulators is sinaled in Halle s eometry by roupin them into a special class called (Oral)Place. This oranization implies that pharyneal and laryneal sements will pattern as [-consonantal] lides. Halle desenvolve o conceito de debucalização como um processo derivacional, expandindo-o para a representação dos sementos. Deste modo, a partir de sua definição do traço consonantal, o autor define que elementos laríneos são elementos lexicalmente debucalizados. Tomando esta proposta sobre sementos laríneos como verdadeira, fica aora clara uma prposta para a diferença na representação de sementos laríneos e coronais: os sementos coronais são os que têm o nó de Ponto e apenas são subespecificados para os traços de ponto (i.e. traços de coronalidade); já os sementos

6 laríneos não têm o nó de Ponto. Isto é, um semento sem qualquer especificação para o nó de Ponto como um todo: (6) t k Ponto Ponto [dorsal] 3. A voal /a/ como semento debucalizado Faremos aqui um paralelo com o caso de debucalização discutido anteriormente com relação aos sementos laríneos, aplicando aora o conceito às voais. Clements (1989, 1990) explora modos de revisitar o conjunto de traços universais de forma a expressar eneralizações fonolóicas mais adequadamente. O autor propõe um único conjunto de traços para voais e consoantes. Esse conjunto inclui os traços labial, coronal, dorsal e radical, como definidos abaixo: (7) a. Labial caracteriza sementos produzidos com protrusão labial. b. Coronal caracteriza sementos com constrição produzida com a ponta, lâmina ou parte frontal da línua. c. Dorsal caracteriza sementos com constrição produzida com a parte central ou dorsal da línua. d. Radical caracteriza sementos produzidos com constrição na reião baixa da farine. A proposta de Clements diferencia-se, assim, da proposta de Saey (1986) e de Halle (1992, 1995) no fato de que /a/ não é representado como uma voal dorsal. Para Saey, um semento dorsal é aquele que envolve o corpo da línua como um articulador ativo em qualquer uma de suas partes (i.e. exceto ponta e lâmina). De acordo com a proposta destes autores, os traços do corpo da línua ([posterior], [alto], [baixo]) são dependentes do nó Dorsal. Seue-se desta assunção teórica que a voal /a/ deve ser dorsal pelo fato de ser [+baixa], embora não apresente qualquer constrição no véu palatino como no caso dos outros sementos verdadeiramente dorsais. Como o /a/ não apresenta tal constrição, Clements arumenta contrariamente à proposta de Saey e de Halle, afirmando que essa voal não deveria ser representada como um semento dorsal. A definição de dorsal proposta por Clements (1990) difere da definição de Saey/Halle em um aspecto importante: uma vez que Clements restrine dorsal para sementos produzidos com a constrição realizada no véu palatino, fica excluída a possibilidade de /a/ ser considerado dorsal. Esta proposta conta, entretanto, com um problema: uma falha na proposta de Clements é representar o /a/ como tendo ponto especificado para radical. Como os sementos radicais são aqueles produzidos com constrição na parte baixa da farine, sua proposta levaria a considerar também a voal baixa farinalizada como radical, o que tornaria impossível distinuir a voal farinalizada /a / da voal baixa não farinalizada /a/.

7 Clements & Hume (1995:227) voltam a considerar /a/ como uma voal dorsal, apresentando a seuinte definição do traço [dorsal]: Dorsal: involvin a constriction formed by the back of the tonue Neste trabalho, lembrando a arumentação feita sobre consoantes no quadro de Halle e sua proposta de que sementos laríneos são sementos que não têm nó de Ponto (i.e., são debucalizados) porque não têm articulação na cavidade bucal, propomos que esta hipótese pode ser também estendida para voais. Note que a voal /a/ do portuuês difere consideravelmente da voal /a/ do inlês, pois, foneticamente, esta última é verdadeiramente posterior, [A], portanto dorsal. No portuuês, além de se realizar como uma voal verdadeiramente central, [a], na maioria dos casos, ela não contrasta fonoloicamente com nenhuma outra, diferentemente do inlês em que há um contraste entre /a/ e /Ï/. Este texto apresenta dois processos fonolóicos para sustentar que /a/ é uma voal debucalizada, isto é, fonoloicamente desprovida de nó de Ponto no portuuês. É amplamente assumido que uma voal subespecificada para ponto funciona como um semento epentético nas línuas (Archaneli 1988). Há evidência suficiente de que a voal epentética no portuuês é o /e/, também realizado como [i] (cf. Lee 1993). Na teoria de Archaneli não é possível acomodar duas voais subespecificadas em uma mesma línua porque não haveria como estabelecer um contraste entre elas. A proposta desenvolvida neste texto, entretanto, de que há dois tipos de subespecificação (uma representação que postula a ausência apenas do traço de ponto e uma outra que postula a ausência do nó de Ponto como um todo) pode acomodar os fatos. Se assumirmos que a voal /a/ não tem nó de Ponto, fatos relativos a um comportamento sinular da voal /a/ no portuuês poderão ser explicados. Propomos a seuinte eometria para as voais do portuuês a partir da proposta de Halle (1992/1995): (8) i e a o u Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto Ponto Dorsal Dorsal Dorsal Dorsal Dorsal Dorsal ty ty [+alto] [+baixo] [+baixo] [+post] [+post] [+alto] [+post] A favor de nossa hipótese de considerar /a/ como um elemento debucalizado cabe mencionar que esta é a primeira voal adquirida por crianças universalmente (Jakobson 1968) e que, como observa Clements (1989), tem comportamento similar a sementos laríneos. Na seção que seue, mostraremos como esta proposta pode explicar dois processos fonolóicos do portuuês.

8 4. Abaixamento Vocálico Em aluns dialetos de aluns estados brasileiros como Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo, as voais /e/ e /o/ quando pretônicas podem sofrer abaixamento diante de uma voal baixa, exceto /a/, que bloqueia o processo (cf. [E'lEtrikU], *[me'ladu]). Com o objetivo de observar o comportamento destas voais pretônicas no dialetos mencionados, fizemos o seuinte experimento. Um corpus de 30 sentenças foi construído a partir de uma frase-veículo, e dois falantes de cada um dos dialetos mencionados leram três vezes, em taxa de elocução normal, cada uma das sentenças. A frase-veículo, Pedro tem um típico, contém um loatoma com a voal pretônica em estudo. Os loatomas são (t)edálito, (t)ebólito, (t)eládito, (t)elábito, (t)euélito, (t)elótito, (t)edólito, (t)ebálito, (t)eólito, (t)edélito, (t)elóbito, (t)elédito, (t)elébito, (t)eálito, (t)ebélito. Neste experimento não observamos o comportamento da pretônica /o/. Os dados obtidos permitiram observar os seuintes fatos: a) Não houve abaixamento da pretônica /e/ diante da voal tônica /a/. b) Houve abaixamento de /e/ antes de /E/ e /O/, sendo que o fenômeno é variável: ocorre mais freqüentemente, nos três dialetos, antes de /E/ do que de /O/. c) Houve uma radação em termos da freqüência de ocorrência do processo: o maior número de abaixamentos ocorreu no dialeto de Minas Gerais, seuido do dialeto de Goiás e, por último, do Espírito Santo. O fenômeno do bloqueio do abaixamento diante de /a/ somente pode ser explicado considerando que esta voal é subespecificada para o traço [baixo]. Esta consideração poderia ser derivada da Subespecificação Contrastiva: a subespecificação poderia decorrer do fato de que não há contraste. Os fatos de nasalidade que serão discutidos na seção 5, entretanto, mostram que a subespecificação da voal /a/ é ainda maior. Esses fatos podem evidenciar que /a/ é debucalizada (não tem o nó de Ponto). Antes de apresentar os fatos de nasalidade, é importante ainda notar que a maior freqüência de abaixamento diante de /E/ pode decorrer do fato de esta voal ser menos especificada que a voal /O/. Note nas representações propostas que /O/ exie uma espraiamento mais marcado, pois, nesta representação, ao espraiar-se o traço [+baixo], dependente do nó Dorsal, fica sozinho o outro traço, [+posterior], associado ao mesmo nó. Embora o espraiamento parcial de traços de um dado nó seja uma possibilidade prevista em Halle (1995), este é um processo mais marcado, e portanto, menos freqüente. No caso de espraiamento a partir de /E/, o único traço dependente do nó Dorsal é espraiado, sendo um processo menos marcado, ou seja, espraiamento total de traços de um nó.

9 (9) Ponto Ponto Dorsal Dorsal ty [+baixo] [+baixo] [+post] Cabe aqui tecer uma comparação entre as voais /e/ e /a/. Se nossa questão se tratasse meramente de subespecificação do traço não contrastivo [+baixo] em respeito à Minimalidade Lexical 3, esperaríamos que o /a/ fosse receptor de espraiamento de [+baixo], como são as voais subespecificadas para traço de altura, isto é, o /e/ e /o/. Sabe-se, no entanto, que a voal /a/ jamais é alterada em qualquer direção que poderia neutralizar especificações subjacentes. A voal /a/ não é nem desencadeadora, como vimos acima, e nem receptora, como observamos aora, de nenhum processo de neutralização. Note que o único processo que afeta /a/ em altura é o de nasalização, que não cria nenhum tipo de neutralização. Neste quadro teórico, explicamos este fenômeno como sendo produto de um processo de implementação de reras de redundância, que ocorre no final da derivação. 4 Este fato de o /a/ não ser receptor suere uma rande subespecificação fonolóica desta voal: parece não haver local de pouso para traços. Esta hipótese é melhor sustentada pelos fatos de nasalização a serem discutidos a seuir. 5. A realização da nasal em coda no portuuês de São Paulo e a voal /a/ Revisitando aluns dados do portuuês representativos de aluns dialetos paulistas, observamos: (10) a) onda ombro junco contente ontem bom b) bebem sentir cinco embora bem 3 Lexical Minimality: underlyin representations must reduce to some minimum the phonoloical information used to distinuish lexical items (Steriade 1995: 115). 4 É interessante notar também que há aluns dialetos em que o abaixamento de pretônicas ocorre em contextos mais eneralizados, que incluem o /a/ tônico. Neste quadro, este é um fenômeno interessante para sustentar ordenamento de reras. Uma explicação seria a de que, que nestes dialetos, a rera de espraiamento ocorre depois da implementação das reras de redundância que atribuem todos os traços fonéticos de todo o sistema (cf. Archaneli 1988, Steriade 1995).

10 c) andava ampola anca d) [ cancan mandiopã fã Os dados indicam que a nasal se realiza como uma semivoal se copia o nó de Ponto do núcleo da sílaba da qual é coda, e como consoante se copia o nó de Ponto da consoante que está no ataque da sílaba seuinte. A questão é, portanto, saber por que ora a nasal copia o Ponto da voal nuclear da sílaba onde se encontra, ora copia o Ponto da consoante no ataque da sílaba seuinte. Para responder a esta questão, propomos fazer uso da concepção de subespecificação também para voais. Os dados mostram que a nasal é também um semento debucalizado (cf. Abaurre & Sandalo 2007) que copia ponto de voais posteriores e anteriores não baixas, mas jamais copia ponto da voal /a/. A eneralização, portanto, seria dizer que a nasal copia sempre o ponto da voal do núcleo por default. Apenas quando a voal /a/ é núcleo da sílaba onde está a nasal subespecificada, a nasal copiará o ponto da consoante no ataque seuinte. Este fato suere que a voal /a/ é subespecificada para ponto. Ou seja, que ponto não pode ser copiado de /a/ por esta voal não contar com especificações desde tipo. Neste caso, a coda copia ponto do ataque seuinte. Como mencionado anteriomente, na teoria de Archaneli não é possível acomodar duas voais subespecificadas em uma mesma línua porque não haveria como estabelecer um contraste entre elas. A proposta desenvolvida neste texto, entretanto, de que há dois tipos de subespecificação (uma representação que postula a ausência apenas do traço de ponto e uma outra que postula a ausência do nó de Ponto como um todo) pode acomodar os fatos. Propomos que a coda nasal debucalizada (Abaurre & Sandalo 2007) copia o nó de Ponto do núcleo silábico: (11) V N Supralaríneo Supralaríneo PONTO Palato Mole Dorsal nasal Os traços que estiverem dependentes do nó Dorsal obviamente são espalhados, erando vocoides anteriores ou posteriores. Mas, dado o fato de esta nasal ser uma coda, o traço [+alto] é implementado por default se ele não estiver especificado no núcleo (caso de /e/ e /o/) erando sempre semivoais altas, uma vez que apenas semivoais altas são permitidas nesta línua.

11 O quadro de voais proposto em (8) prevê que a voal epentética do portuuês é /e/: é a menos especificada dentre as voais que têm o nó de Ponto. No caso da voal /a/, faremos aqui um paralelo com o caso de debucalização discutido anteriormente com relação aos sementos laríneos, aplicando aora o conceito às voais. Vemos nos dados que quando a voal do núcleo é /a/, ou a nasal copia os traços do ataque seuinte ou não se superficializa no caso de estar em posição final de palavra. Neste trabalho, lembrando a arumentação feita sobre consoantes no quadro de Halle e sua proposta de que consoantes e os lides laríneos são sementos que não têm nó de Ponto (i.e., são debucalizados) porque não têm articulação na cavidade bucal, propomos que esta hipótese pode ser também estendida para voais. Se assumirmos que a voal /a/ não tem nó de Ponto, os fatos dos dialetos do portuuês paulista aqui considerados podem ser facilmente deriváveis. Quando o núcleo da sílaba tem o nó de Ponto (mesmo se os traços dominados por este nó forem subespecificados), a nasal em coda copia o nó de Ponto do núcleo. No entanto, se o núcleo contiver uma voal debucalizada (ou seja, /a/), o nó de Ponto será copiado do ataque seuinte (erando, então, uma consoante nasal); ou ainda, se não houver ataque seuinte (final da palavra), a coda nasal não se superficializa. 5 (12) a N C Supralaríneo Supralaríneo Palato Mole Ponto nasal 6. Conclusão Estes dados apresentados indicam que a voal /a/ é (i) subespecificada para o traço [+baixo], uma vez que não permite espraiamento deste traço, e (ii) debucalizada, uma vez que não pode fornecer Ponto para a coda nasal. Referências: Abaurre, Maria Bernadete & Filomena Sandalo Fatos de nasalidade como evidência para a representação da voal /a/ no portuuês como semento debucalizado. Trabalho apresentado no simpósio SIS Voais. João Pessoa, Paraíba, Novembro de Archaneli, D Aspects of Underspecification Theory. Phonoloy Nota-se que em São Paulo, em caso de ênfase, pode haver uma nasal velar em coda final, [ ]. É possível que, na ênfase, um nó de Ponto posterior (nasal velar) seja inserido na coda. Parece-nos que o ponto dorsal é realmente o mais neutro (default) no portuuês, uma vez que a coda /l/ se vocalizou e se posteriorizou e o /r/ também sofre o mesmo processo nos dialetos do interior de São Paulo. Observe-se, no entanto, que, exceto nesta situação, a coda final nasal não se superficializa.

12 Archaneli D. & D. Pulleyblank Yoruba Vowel Harmony. Linuistic Inquiry Clements, G The Geometry of Phonoloical Features. Phonoloy A Unified Set of Features for Consonants and Vowels. Ms Place of Articulation in Consonants and Vowels: A Unified Theory. NELS 21, UQAM. & E. Hume (1995) The internal oranization of speech sounds. In: Goldsmith, J. (or.), The Handbook of Phonoloical Theory. London: Basil Blackwell. Iverson, K On the Cateory Supralaryneal. Phonoloy 6.2. Jakobson. R Child Lanuae, Aphasia, and Phonoloical Universals. The Haue: Mouton. Halle, M Phonoloical features. In: Briht, W. (or.), International Encyclopedia of Linuistics, Vol. III. Oxford: Oxford University Press. Halle, M Feature Geometry and Feature Spreadin. Linuistic Inquiry 26. Halle, M., B. Vaux & A. Wolfe On Feature Spreadin and the Representation of Place of Articulation. Linuistic Inquiry 31. Kean, M.L The Theory of Markedness in Generative Grammar. Bloominton, IN: Indiana University Linuistics Club. Kenstowicz, M Phonoloy in Generative Grammar. Cambride, MA.: Blackwell. Lass, R Enlish Phonoloy and Phonoloical Theory: Synchronic and Diachronic Studies. London: Cambride University Press. Lee, Seun-Hwa Epêntese no portuuês. Estudos Linüísticos XXII: Anais de Seminários do GEL, vol. II: Ribeirão Preto. McCarthy, J OCP Effects: emination and antiemination. Linuistic Inquiry 17. Mester A. & J. Ito Feature Predictability and Underspecification: Palatal Prosody in Japanese Mimetics. Lanuae 65. Paradis, C. & J. Prunet Phonetics and Phonoloy: The Special Status of Coronals. New York: Academic Press. Pulleyblank, D Vocalic Underspecification in Yoruba. Linuistic inquiry 19. Saey, E On the Ill-formedness of Crossin Association Lines. Linuistic Inquiry 19. Steriade, D Underspecification and markedness. In: Goldsmith, J. (or.), The Handbook of Phonoloical Theory. London: Basil Blackwell.

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