CONJUNTURA ECONÔMICA. Futuro incerto 02 Luz amarela 02 Verba liberada 03 CENÁRIO POLÍTICO. Sem saída 04 O pós-temer 04 Diretas Já 05 Vitória 05

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Nathalia Vanessa Amaro Bonilha
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CONJUNTURA ECONÔMICA Futuro incerto 02 Luz amarela 02 Verba liberada 03 CENÁRIO POLÍTICO Sem saída 04 O pós-temer 04 Diretas Já 05 Vitória 05 DESTAQUES INTERNACIONAIS Protestos em Brasília terminaram

1 CONJUNTURA ECONÔMICA Futuro incerto 02 Luz amarela 02 Verba liberada 03 CENÁRIO POLÍTICO Sem saída 04 O pós-temer 04 Diretas Já 05 Vitória 05 DESTAQUES INTERNACIONAIS Protestos em Brasília terminaram com oito presos e 49 feridos A Análise Semanal IC é uma publicação produzida pela consultoria de public relations Imagem Corporativa. Conheça mais sobre a agência e seus serviços em Mais um teste para Trump 06 Venezuela 06 MÍDIA ESTRANGEIRA Eleições em foco 07 O QUE VEM POR AÍ

2 CONJUNTURA ECONÔMICA Futuro incerto Ainda não está claro para analistas e investidores quais serão os efeitos colaterais da nova crise política na economia brasileira. Antes da delação da JBS se tornar pública, o mercado apostava no fim da recessão econômica e na aprovação das reformas trabalhista e da Previdência que ajudariam a equilibrar as contas públicas. Agora, a percepção é de que o caos político deve adiar mais uma vez a retomada da economia. A boa notícia é que o risco país, que na semana passada subiu 60 pontos, já recuou quase 30. A bolsa de valores de São Paulo também segue estável e o real ensaiou uma valorização frente ao dólar americano. A ver. Luz amarela No exterior, o clima de incertezas acendeu uma luz amarela entre os investidores. Esta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor s (S&P) anunciou que pode rebaixar a nota do Brasil, atualmente em BB (considerado grau especulativo), nos próximos três meses. A agência avalia que, caso as reformas trabalhista e da Previdência não sejam aprovadas devido ao caos político, a recessão econômica deve se prolongar. Para os analistas brasileiros, no entanto, os desdobramentos da delação de Joesley Batista no mercado interno preocupam mais do que a decisão da S&P, pois a instabilidade política ameaça não só a confiança do consumidor, mas o ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic. 2 2

3 CONJUNTURA ECONÔMICA Verba liberada Buscando descolar os trabalhos da equipe econômica da crise política, o governo anunciou esta semana a liberação de R$ 3,15 bilhões do orçamento da União para despesas que estavam bloqueadas. O presidente Michel Temer teria pedido ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que evitasse um corte adicional no orçamento e liberasse verbas mesmo diante de um novo rombo na arrecadação de impostos. Em fevereiro, o governo indicou que faltavam R$ 58,2 bilhões para cumprir a meta fiscal do ano. 3 3

4 CENÁRIO POLÍTICO Sem saída Depois de uma semana caótica em Brasília, com direito a guerra campal na Esplanada dos Ministérios e uso das forças armadas na capital federal pela primeira vez desde o fim da ditadura, o Planalto tem dúvidas sobre como agir para conter a crise provocada pela delação da JBS. A tentativa de suspender o inquérito aberto contra o presidente Temer no Supremo Tribunal Federal até que o áudio da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista fosse periciado falhou, e a decisão de usar as forças armadas em Brasília abalou a relação do presidente com seu principal aliado, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e responsável pelo destino dos 18 pedidos de impeachment protocolados contra Temer na Casa. Ao afirmar que a decisão de colocar o exército nas ruas tinha sido de Maia, Temer arriscou o bom relacionamento que mantém com o líder do DEM e a continuidade de seu governo. A percepção é de que o governo precisa agir rápido, antes que a situação fique insustentável. O pós-temer Embora tente vender normalidade, o presidente Michel Temer sabe que os partidos da base aliada já discutem possíveis cenários pós-temer e que os últimos acontecimentos podem pesar na decisão dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral que julgarão o pedido de cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico e fraude na campanha de 2014 no próximo dia 6. PSDB e DEM têm feito reuniões quase que diárias para tentar chegar a um consenso sobre um nome para substituir Temer. O DEM defende que Rodrigo Maia seria o candidato natural, mas reconhece que terá dificuldades para 4 4

5 CENÁRIO POLÍTICO vencer a disputa porque Maia também está sendo investigado pela Lava-Jato. No PSDB, o nome do senador Tasso Jereissati ganha força. O tucano foi três vezes governador e não é alvo de investigações. Oficialmente, o PSDB diz que aguardará o resultado do processo que tramita no TSE contra a chapa Dilma- Temer para decidir se abandona o governo. Diretas Já Enquanto isso, O PT tenta avançar com um projeto que garantiria eleições diretas para presidente em um futuro pós-temer. Apesar do movimento, o PT e demais partidos da oposição reconhecem que a matéria só terá chance de ser aprovada caso haja pressão popular, já que hoje a proposta esbarra na maioria governista no parlamento. Vitória Em uma pequena amostra das dificuldades que o governo deverá enfrentar nas próximas semanas, a sessão desta semana da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que trataria do texto da reforma trabalhista chegou a ser suspensa por causa de discussões entre senadores. No que pode ser considerada uma vitória do governo, no entanto, o relator da reforma, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), deu o texto como lido e, assim, a tramitação da reforma segue na Casa. 5 5

6 DESTAQUES INTERNACIONAIS Mais um teste para Trump Em meio a denúncias de que agiu para acabar com uma investigação federal sobre a ligação de um integrante do seu governo com autoridades russas, o presidente norte-americano Donald Trump embarcou na última sexta-feira, 19, para o seu primeiro tour pela Europa e Oriente Médio desde que assumiu a Casa Branca. A imprensa internacional trata a viagem como um teste para Trump, que segue sendo questionado sobre sua capacidade de atuar como um estadista e não como um empresário. O presidente se reuniu com líderes árabes, israelenses e europeus, e fez uma visita ao Papa Francisco. O encontro entre Trump e o pontífice foi marcado por certa tensão e durou menos de 30 minutos. Sabe-se que os temas proteção ambiental, imigração e a necessidade de paz no mundo estavam na pauta da reunião. No passado, o Papa Francisco questionou a fé de Donald Trump quando o então candidato à presidência anunciou que construiria um muro entre o México e os EUA. Venezuela Na Venezuela, o governo de Nicolás Maduro insiste na realização de uma Constituinte Popular no próximo dia 1º. Com a manobra, Maduro dissolve a Assembleia Nacional, onde a oposição é maioria, e acaba com qualquer possibilidade de que se convoquem eleições diretas no país - obrigatórias pela Constituição vigente. Os protestos contra a Constituinte já duram mais de dois meses e somam mais de 50 mortes. 6 6

7 MÍDIA ESTRANGEIRA Eleições em foco Nesta semana, o The Guardian publicou um editorial sobre a situação política do Brasil defendendo as eleições diretas. Para o jornal britânico, o presidente Michel Temer tem poucas chances de terminar seu mandato e uma solução rápida, definida por senadores investigados pela Lava-Jato, não resolveria o problema político do país. O editorial termina com a seguinte mensagem: os políticos brasileiros colocaram o país nessa bagunça: eles deveriam deixar os 143 milhões de eleitores decidirem como querem sair dela. 7 7

8 O QUE VEM POR AÍ No próximo dia 6, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento da ação que pode cassar o mandato de Michel Temer e tornar inelegível a ex-presidente Dilma Rousseff. 8 8

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