EXPECTATIVAS DOS CONSUMIDORES PARA AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2018 JANEIRO 2018

Transcrição

1 EXPECTATIVAS DOS CONSUMIDORES PARA AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2018 JANEIRO 2018

2 SETE EM CADA DEZ BRASILEIROS ESPERAM GRANDES MUDANÇAS DO PRESIDENTE A SER ELEITO EM 2018 Em outubro de 2018 os brasileiros irão às urnas mais uma vez a fim de escolher representantes para os cargos de deputado estadual e federal, senador, governador e presidente da república. Acostumados, em anos recentes, a ver o desempenho da classe política associado frequentemente ao noticiário policial, o que os eleitores mais parecem desejar, independente do resultado do pleito, é uma mudança realmente capaz de recolocar o país no caminho do crescimento econômico e do desenvolvimento social. Qual seria, então, o perfil que as pessoas aguardam para assumir a liderança do poder executivo? Afinal, que tipo de presidente os brasileiros querem? A pesquisa Expectativas Para as Eleições Presidenciais 2018, conduzida pelo SPC Brasil e pela Confederação nacional de Dirigentes Lojistas CNDL revela que o eleitor procura um realizador; alguém capaz de ações práticas e efetivas que, de fato, possam melhorar a qualidade de vida das pessoas e a situação econômica do país. Acima de tudo, um político que não esteja relacionado à palavra corrupção. Além das características desejadas para o próximo presidente da república, a pesquisa apresenta ainda a lista de prioridades dos brasileiros para aquele que vencer a disputa, bem como posicionamento dos eleitores diante das principais medidas em discussão ou em curso no Brasil, atualmente, como as reformas política, trabalhista e da Previdência, dentre outras. 2

3 47% ESTÃO INDIFERENTES ÀS ELEIÇÕES ELEITOR QUER ALGUÉM HONESTO E CAPAZ DE CUMPRIR O QUE PROMETE A maior parte dos entrevistados não parece animada com a proximidade das eleições presidenciais e a possiblidade de que haja mudanças positivas, no longo prazo: 46,9% estão indiferentes, por achar que as coisas permanecerão as mesmas sobretudo as mulheres (51,4%). Outros 25,6% estão otimistas, acreditando em melhoras após as eleições (aumentando para 30,2% entre os homens), enquanto e 16,1% estão pessimistas, por acharem que as coisas vão piorar (aumentando para 24,0% na Classe A/B). Numa escala de 1 a 10, a nota média para a esperança de que o Brasil vai melhorar depois das eleições é de 5,56. Para aqueles que acreditam numa situação mais favorável como consequência da escolha do novo presidente da república, 46,7% argumentam que o vencedor poderá fazer a diferença e tirar o Brasil da crise; para 34,1%, os políticos e empresários corruptos estão sendo presos e isso dá esperança, ao passo em que 32,9% são otimistas por natureza e mesmo com todos os problemas sempre acham possível as coisas melhorarem. POR QUE ACHA QUE AS COISAS VÃO MELHORAR DEPOIS DAS ELEIÇÕES Acredito que o próximo presidente eleito poderá fazer a diferença e tirar o Brasil da crise 47% Os políticos e empresários corruptos estão sendo presos, isso me dá esperança Sou otimista, mesmo com todos os problemas sempre acho que pode melhorar 34% 33% O mercado financeiro já está mais otimista e dando sinais de recuperação Ouço as pessoas dizerem que a economia está dando sinais de melhoras e os especialistas estão mais otimistas As reformas econômicas e políticas feitas em 2017 já vão gerar um resultado positivo em 2018, independentemente de quem for eleito Outros 17% 13% 11% 2% 3

4 Em contrapartida, os pessimistas justificam sua opinião dizendo que o brasileiro não sabe votar e não cobra os seus governantes a realização das promessas feitas nas eleições (50,5%). Além disso, 48,9% pensam que os principais políticos/empresários envolvidos em corrupção não foram presos ou punidos, enquanto 44,3% lembram que mesmo com as prisões e investigações, a corrupção não acabou. OTIMISTAS ACREDITAM QUE O PRÓXIMO PRESIDENTE PODERÁ TIRAR O PAÍS DA CRISE; PESSIMISTAS ARGUMENTAM QUE BRASILEIRO NÃO SABE VOTAR E GOVERNANTES NÃO CUMPREM PROMESSAS. POR QUE ACHA QUE AS COISAS VÃO PIORAR DEPOIS DAS ELEIÇÕES O brasileiro não sabe votar e não cobra os seus governantes a realização das promessas feitas nas eleições Os principais políticos/empresários envolvidos em corrupção não foram presos ou punidos Mesmo com as prisões e investigações, a corrupção não acabou O rombo deixado pelo atual governo é muito grande, demorará mais tempo para o país se reerguer 50% 49% 44% 43% Não acho que o presidente eleito fará as reformas/ medidas necessárias As reformas/medidas tomadas pelo governo atual provocaram um estrago muito grande no país, o próximo presidente irá sofrer as consequências disso Perda da confiança dos investidores internacionais 21% 30% 26% Sou pessimista, acredito que as coisas sempre podem piorar 4% Outros 2% Refletindo a respeito do presidente da república a ser eleito em outubro de 2018, sete em cada dez entrevistados esperam que o vencedor faça uma grande mudança em relação ao que vem sendo feito (73,8%), outros 20,1% desejam mudanças, mas também querem a manutenção de alguns programas/ reformas e somente 6,1% esperam continuidade às diretrizes e programas do atual presidente. Dentre as habilidades e características profissionais necessárias para que um candidato esteja apto a um cargo público, os entrevistados priorizam alguém que ponha a mão na massa e que realize projetos de melhorias para a população na saúde, educação e obras de infraestrutura (70,4%, aumentando para 75,2% entre as mulheres). Ao lado disso, há menções a um candidato que seja uma pessoa do povo/próxima da população (28,6%, aumentando para 30,4% na Classe C/D/E) e alguém que não tenha tido contato com a política (12,5%). 4

5 Além do perfil realizador e de alguém que conheça de perto os anseios da população, os entrevistados também esperam a capacidade de honrar os discursos feitos ao longo da campanha. Assim, para votar em um candidato, as características pessoais consideradas determinantes são a honestidade (50,1%, aumentando para 56,1% entre os homens), ser alguém que cumpre o que promete (35,5%) e que saiba abrir mão dos seus interesses particulares em prol dos interesses da população (32,1%). CARACTERÍSTICAS PESSOAIS CONSIDERADAS DETERMINANTES PARA VOTAR EM UM CANDIDATO 50% 35% 32% Honestidade Ser alguém que cumpre o que promete Que saiba abrir mão dos seus interesses particulares em prol dos interesses da população FATORES DETERMINANTES PARA NÃO VOTAR EM UM CANDIDATO 63% 34% 28% Estar envolvido com escândalos de corrupção Ser distante da população Não ter opinião própria Por outro lado, parece haver um padrão mínimo de conduta a ser seguido pelo próximo presidente da república, considerando as características indesejadas pelos eleitores. Neste caso, os fatores determinantes para não votar em um candidato são estar envolvido com escândalos de corrupção (63,0%); ser distante da população/não conhecer os problemas do povo (34,0%); e ficar em cima do muro /Não ter opinião própria (27,7%). Considerando as medidas que os entrevistados julgam ser prioritárias para o próximo presidente, as mais mencionadas são o combate à corrupção (47,5%), o investimento em saúde (38,7%, aumentando para 46,2% entre as mulheres e 40,8% na Classe C/D/E), o investimento em educação (33,0%), a segurança pública (32,5%) e a geração de empregos (29,0%). 5

6 MEDIDAS QUE DEVEM SER PRIORITÁRIAS DO PRÓXIMO PRESIDENTE ELEITO EM 2018 Combate à corrupção 47% Investimento em saúde 39% Investimento em educação 33% Segurança pública 32% Promover a geração de empregos 29% Diminuição dos impostos e tarifas públicas 25% Redução dos juros 17% Cortes no orçamento público/ajuste fiscal 16% Ampliar programas sociais 11% Continuidade do controle da inflação/aumento dos preços 9% Investimento em programas sociais 9% Privatização de empresas públicas 7% Melhoria qualidade do transporte 6% Investimento em obras de infraestrutura 6% Proporcionar aumento do consumo 3% Outros 0% 6

7 REFORMA POLÍTICA E MUDANÇAS NA POLÍTICA ECONÔMICA SÃO TIDAS COMO AS MAIS IMPORTANTES. REFORMA TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA DIVIDEM OPINIÕES Não há consenso total entre os brasileiros em relação às reformas estruturais em andamento no país, de acordo com a pesquisa. Algumas são consideradas fundamentais e deveriam prosseguir, enquanto outras são tratadas com menos importância sendo que, neste caso, boa parte dos entrevistados pensa que o melhor seria o presidente eleito em 2018 interrompêlas, ou então continuar com elas, desde que haja correções de rumo. A diversidade de opiniões é um indício da complexidade do tema, sugerindo que o próximo líder do executivo terá trabalho não apenas para implementar algumas dessas medidas, mas, principalmente, para comprovar sua relevância e traduzir os possíveis ganhos e consequências para a população. A reforma política é tida como a mais importante de todas (65,8%, aumentando para 76,4% na Classe A/B), seguida das mudanças na política econômica (65,7%, aumentando para 77,6% na Classe A/B). No que se refere às outras medidas investigadas na pesquisa, os entrevistados estão divididos, pois a proporção daqueles que as consideram relevantes é semelhante à dos que pensam o contrário: 45,8% acham que a reforma Trabalhista é importante/muito importante (aumentando para 54,3% na Classe A/B), enquanto 46,9% julgam-na pouco ou nada importante (aumentando para 49,0% na Classe C/D/E); do mesmo modo, 44,6% tratam a reforma da Previdência como importante/muito importante (54,9% na Classe A/B), ao passo em que 49,0% pensam ser pouco ou nada importante (aumentando para 51,7% na Classe C/D/E). 7

8 A respeito da possível continuidade das reformas pelo presidente eleito, vale observar que a maioria das pessoas ouvidas prefere o prosseguimento de todas elas, ainda que mudanças sejam necessárias, em maior ou menor grau: assim, 73,4% esperam que a reforma política continue (sendo que 47,2% querem grandes ajustes), e 72,3% esperam que as mudanças na política econômica continuem (sendo que 43,6% querem grandes ajustes). EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO À CONTINUIDADE DAS REFORMAS PELO NOVO PRESIDENTE ELEITO RESPOSTAS RU POR ITEM REFORMA POLÍTICA MUDANÇAS NA POLÍTICA ECONÔMICA REFORMA TRABALHISTA REFORMA DA PREVIDÊNCIA Continuar com a reforma/ medida 73% 72% 58% 58% Continuar com a reforma/ medida do jeito que estavam sendo aplicada Continuar com a reforma/ medida, porém com pequenos ajustes Continuar com a reforma/ medida, porém com grandes ajustes 13% 13% 9% 8% 13% 16% 20% 19% 47% 44% 29% 30% Parar com a reforma/ medida 11% 12% 31% 31% Não sei 15% 16% 11% 11% Finalmente, um terço da amostra é favorável à interrupção das reformas Trabalhista (30,7%, aumentando para 32,6% na Classe C/D/E) e da Previdência (31,1%), mas a maior parte ainda prefere sua continuidade, com ajustes, sejam eles pequenos ou grandes: 49,2% para a reforma Trabalhista e 49,7% para a reforma da Previdência. O ano está iniciando. Dentro de pouco tempo o tema das eleições de 2018 começará a ocupar cada vez mais espaço nas ruas e nas casas, nos ambientes de trabalho, nos veículos de imprensa, nas redes sociais e na esfera pública como um todo. Embora a pesquisa indique que muitos eleitores estejam indiferentes ou pessimistas, não há dúvida de que as novas lideranças escolhidas democraticamente têm o desafio de assumir o protagonismo que se espera delas, trazendo as mudanças necessárias para a construção de um país mais justo e mais preparado para enfrentar os desafios dos próximos anos. Este é, certamente, o desejo de todos os brasileiros. 8

9 CONCLUSÕES 46,9% estão indiferentes em relação às eleições presidenciais de 2018, por achar que as coisas permanecerão as mesmas. Outros 25,6% estão otimistas, acreditando em melhoras após as eleições, enquanto e 16,1% estão pessimistas, por acharem que as coisas vão piorar. Para aqueles que acreditam numa situação mais favorável como consequência da escolha do novo presidente da república, 46,7% argumentam que o vencedor poderá fazer a diferença e tirar o Brasil da crise; para 34,1%, os políticos e empresários corruptos estão sendo presos e isso dá esperança e 32,9% se dizem otimistas e mesmo com todos os problemas sempre acham possível melhorar. Os pessimistas justificam sua opinião dizendo que o brasileiro não sabe votar e não cobra os seus governantes a realização das promessas feitas nas eleições (50,5%). Além disso, 48,9% pensam que os principais políticos/ empresários envolvidos em corrupção não foram presos ou punidos, enquanto 44,3% lembram que mesmo com as prisões e investigações, a corrupção não acabou. Refletindo a respeito do presidente da república a ser eleito em outubro de 2018, 73,8% esperam que o vencedor faça uma grande mudança em relação ao que vem sendo feito e 20,1% desejam mudanças, mas também querem a manutenção de alguns programas/reformas. Dentre as habilidades e características profissionais necessárias para que um candidato esteja apto a um cargo público, os entrevistados priorizam alguém que realize projetos de melhorias para a população na saúde, educação e obras de infraestrutura (70,4%). Também há menções a um candidato que seja uma pessoa próxima da população (28,6%) e alguém que não tenha tido contato com a política (12,5%). 9

10 Para votar em um candidato, as características pessoais consideradas determinantes são a honestidade (50,1%), ser alguém que cumpre o que promete (35,5%) e que saiba abrir mão dos seus interesses particulares em prol dos interesses da população (32,1%). Os fatores determinantes para não votar em um candidato são estar envolvido com escândalos de corrupção (63,0%); não conhecer os problemas do povo (34,0%); e não ter opinião própria (27,7%). Considerando as medidas que os entrevistados julgam ser prioritárias para o próximo presidente, as mais mencionadas são o combate à corrupção (47,5%), o investimento em saúde (38,7%), o investimento em educação (33,0%), a segurança pública (32,5%) e a geração de empregos (29,0%). REFORMAS A reforma política é tida como a mais importante de todas (65,8%), seguida das mudanças na política econômica (65,7%). No que se refere às outras medidas investigadas na pesquisa, os entrevistados estão divididos: 45,8% acham que a reforma Trabalhista é importante/muito importante, enquanto 46,9% julgam-na pouco ou nada importante; do mesmo modo, 44,6% tratam a reforma da Previdência como importante/muito importante, ao passo em que 49,0% pensam ser pouco ou nada importante. A respeito da possível continuidade das reformas pelo presidente eleito, a maioria prefere o prosseguimento de todas elas, ainda que mudanças sejam necessárias, em maior ou menor grau: 73,4% esperam que a reforma política continue (sendo que 47,2% querem grandes ajustes), e 72,3% esperam que as mudanças na política econômica continuem (sendo que 43,6% querem grandes ajustes). Um terço da amostra é favorável à interrupção das reformas Trabalhista (30,7%) e da Previdência (31,1%), mas a maior parte ainda prefere a continuidade, com ajustes, sejam eles pequenos ou grandes: 49,2% para a reforma Trabalhista e 49,7% para a reforma da Previdência. 10

11 METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Pessoas residentes Pesquisa realizada 682 casos e pós-ponderada 27 de novembro em todas as capitais via web. considerando as regiões do a 07 de dezembro do país, homens país, sexo, idade, classe social de e mulheres, com e escolaridade, gerando idade igual ou margem de erro no geral de maior a 18 anos, 3,8 p.p para um intervalo de de todas as classes confiança a 95%. econômicas (excluindo analfabetos). 11

12