CONJUNTURA ECONÔMICA. Confiança em baixa outra vez 02 Salvas pelos hermanos 02 Recuperação lenta e gradual 02 CENÁRIO POLÍTICO

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Geovane Marroquim
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CONJUNTURA ECONÔMICA Confiança em baixa outra vez 02 Salvas pelos hermanos 02 Recuperação lenta e gradual 02 CENÁRIO POLÍTICO Placar apertado 04 Próximos capítulos 04 Segue o jogo 05 Em cima do muro?

1 CONJUNTURA ECONÔMICA Confiança em baixa outra vez 02 Salvas pelos hermanos 02 Recuperação lenta e gradual 02 CENÁRIO POLÍTICO Placar apertado 04 Próximos capítulos 04 Segue o jogo 05 Em cima do muro? 05 Os ministros Gilmar Mendes e Herman Benjamin protagonizaram o julgamento da chapa presidencial A Análise Semanal IC é uma publicação produzida pela consultoria de public relations Imagem Corporativa. Conheça mais sobre a agência e seus serviços em DESTAQUES INTERNACIONAIS Eleições na Inglaterra 06 Oriente Médio I 06 Oriente Médio II 07 O QUE VEM POR AÍ

2 CONJUNTURA ECONÔMICA Confiança em baixa outra vez Para angústia da equipe econômica, o consumo das famílias brasileiras segue em queda livre. Nem mesmo a liberação dos recursos de contas inativas do FGTS, principal aposta do governo federal para aquecer o mercado interno, foi capaz de reverter esse quadro. O Planalto sabe que precisa recuperar a confiança dos consumidores para garantir mais um trimestre de alta e colocar um ponto final na recessão, mas continua esbarrando na instabilidade política e no desemprego. Em São Paulo, por exemplo, a confiança do consumidor - que vinha se recuperando - recuou bruscamente após a delação da JBS, segundo a Federação do Comércio de São Paulo. Salvas pelos hermanos Enquanto o mercado interno segue apático, a indústria automobilística brasileira tem garantido bons resultados em outros mercados. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que maio foi o melhor mês da história da indústria automobilística brasileira em exportações, com 73,4 mil unidades vendidas. A Argentina liderou os pedidos de compra, respondendo por 68% das exportações das montadoras do país. Recuperação lenta e gradual Estaria a economia global no caminho de uma recuperação moderada, porém consistente? A última edição do Economic Outlook, relatório produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na última quarta-feira (7), parece afirmar que sim. De acordo com o estudo, o fortale- 2 2

3 CONJUNTURA ECONÔMICA cimento dos negócios e da confiança dos consumidores teriam aumentado a produção industrial e recuperado os níveis de emprego e de trocas comerciais; e, como resultado, o crescimento do PIB mundial passaria dos 3% registrados em 2016 para 3,5% neste ano e 3,6% em Enquanto os EUA deverão manter o baixo crescimento (2,1% em 2017 e 2,4% no ano que vem), a China deverá desacelerar para 6,6% neste ano e 6,4% em No caso do Brasil, o relatório afirma que deverá ser registrado um resultado positivo neste ano, chegando a uma alta de 1,6% no próximo ano. 3 3

4 CENÁRIO POLÍTICO Placar apertado Após três dias de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - e uma interminável troca de farpas entre os ministros Gilmar Mendes, presidente do TSE, e Herman Benjamin, relator do processo - o Planalto dá como certa a absolvição de Michel Temer, ainda que por um placar apertado (quatro votos a favor e três contra). Aliados do presidente apostam nos votos de Gilmar Mendes, Admar Gonzaga, Napoleão Maia Filho e Tarcísio Vieira contra a cassação da chapa de 2014 por abuso de poder político e econômico. Admar e Tarcísio foram nomeados para o cargo pelo presidente Michel Temer no início deste ano e, antes mesmo do início do julgamento, já sinalizavam que iriam votar pela absolvição do presidente e de sua ex-companheira de chapa, a ex-presidente Dilma Rousseff. A expectativa é que o julgamento acabe hoje, 9 de junho. Próximos capítulos Mesmo ganhando essa batalha, o governo sabe que está longe de vencer a guerra e domar a crise política, já que novos fatos podem vir à tona com a provável delação do ex-assessor Rocha Loures e uma eventual acusação formal de Rodrigo Janot contra o presidente. Em Brasília, o que não faltam são rumores sobre os desdobramentos da delação da JBS. Alguns afirmam que pessoas próximas ao presidente poderão ser presas por envolvimento em atos ilícitos investigados pela Lava-Jato, outros veem a possibilidade de que novas conversas sejam divulgadas. 4 4

5 CENÁRIO POLÍTICO Segue o jogo Enquanto isso, a reforma trabalhista avança no Senado. Nesta semana, o texto da reforma foi aprovado por uma das três comissões que precisam discutir o projeto antes que ele possa ser votado em plenário. Temendo que a nova crise política contamine as votações, o governo tenta acelerar esse processo e levar a proposta ao plenário antes do fim do mês. Paralelamente, o Planalto costura uma medida provisória para regular os contratos intermitentes de trabalho quando não há carga horária mínima e o empregado atua apenas quando convocado. A MP poderá ser editada nos próximos dias, antes mesmo da votação da reforma trabalhista. Com o gesto, o governo busca evitar alterações no texto da reforma, o que obrigaria o Senado a devolver o projeto à Câmara dos Deputados. Em cima do muro? A posição ambígua do PSDB com relação ao governo Temer - o partido defende as reformas econômicas, mas não quer se ver associado ao impopular presidente - parece agora mais próxima de uma solução. De acordo com o comentarista político Kennedy Alencar, a possibilidade de rompimento é alta - mas não deverá "contaminar" o restante da base de apoio no Comgresso (o que poderia ter ocorrido se os tucanos saíssem do governo logo após a divulgação das delações da JBS). "O governo está pronto para redistribuir cargos em poder de tucanos para outros aliados e garantir uma base de apoio suficiente a fim de barrar a autorização para uma denúncia por delito comum seguir no Supremo Tribunal Federal", afirma. A ver. 5 5

6 DESTAQUES INTERNACIONAIS Eleições na Inglaterra Quando decidiu antecipar as eleições gerais do país em abril deste ano, a fim de aumentar sua bancada no parlamento inglês e ganhar força para negociar mais confortavelmente o Brexit, a primeira-ministra britânica Theresa May não imaginava que a Inglaterra seria vítima de dois ataques terroristas e que sua capacidade de liderança e de garantir a segurança do país seriam duramente questionadas durante a campanha. Em um revés que May não foi capaz de prever, sua popularidade despencou e o Partido Conservador, do qual faz parte, perdeu força, caindo de 331 cadeiras no Parlamento para 318. Analistas já questionam, até, se a primeira-ministra conseguirá se manter no cargo, já que o Partido Trabalhista avançou de 229 para 261 cadeiras. O fato é que, após as eleições de ontem, a premiê terá que negociar o Brexit em uma posição bem mais vulnerável do que gostaria. Oriente Médio I A crise diplomática entre e o Qatar e os aliados árabes (Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito, Bahrein e Líbia) já preocupa a União Europeia. Isso porque uma longa crise na região poderia enfraquecer a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico (EI). Os EUA mantêm no Qatar sua maior base aérea no Oriente Médio e o boicote ao Qatar tem potencial para dificultar operações militares. Há suspeitas de que o país, que assim como a Arábia Saudita tem apoiado integrantes do EI, estaria interessado na reconstrução da Síria mesmo se esta continuar sob o regime de Bashar al-assad. Desta forma, se beneficiaria da construção de dutos de petróleo destinados à Europa, algo que a monarquia saudita não vê com bons olhos. 6 6

7 DESTAQUES INTERNACIONAIS Oriente Médio II O clima de tensão no Oriente Médio levou ao ataque terrorista em Teerã (Irã), assumido pelo Estado Islâmico - que coloca em evidência a oposição entre sunitas e xiitas. Mesmo diante da tragédia, a administração de Donald Trump nos EUA manteve sua linha-dura, afirmando que o Irã seria um "patrocinador do terrorismo" e que foi vítima "do mal que promove". Mas Teerã não se esquece da divulgação, anos atrás, dos esforços do presidente George W. Bush para desestabilizar o Irã por meio do patrocínio a grupos radicais. 7 7

8 O QUE VEM POR AÍ Na próxima terça-feira, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) irá analisar o pedido de revogação da prisão preventiva de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A solicitação foi encaminhada pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello. A nova data para a votação da reforma da Previdência deverá ser definida na próxima semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 8 8

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