COMPORTAMENTO AO FOGO DE LIGAÇÕES VIGA-PILAR EM ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO-BETÃO SUJEITAS A CARREGAMENTO CÍCLICO

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1 2as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 3 de Junho de 2011 COMPORTAMENTO AO FOGO DE LIGAÇÕES VIGA-PILAR EM ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO-BETÃO SUJEITAS A CARREGAMENTO CÍCLICO SUMÁRIO Pedro Miguel Barata Doutorando UC - Coimbra Portugal João P. Rodrigues * Professor UC - Coimbra Portugal Aldina Santiago Professora UC - Coimbra Portugal Neste artigo apresentam-se os resultados de seis ensaios em modelo, constituído por uma viga mista aço-betão ligada a um pilar metálico com betão entre os banzos, sob acção de temperaturas elevadas após um carregamento cíclico. Palavras-chave: fogo, sismo, ligação, estrutura mista de aço - betão. 1.INTRODUÇÃO A possibilidade de ocorrência de incêndio após sismo é uma das grandes ameaças das zonas sísmicas, tal como observado em vários sismos que ocorreram ao longo dos tempos [1]: Lisboa 1755, São Francisco 1906 e 1989, Tokyo 1923 e Kobe As estruturas mistas aço-betão têm tido uma utilização crescente em muitos países (EUA, Japão e alguns países da Europa), principalmente em edifícios comerciais, escritórios, estacionamentos e pontes. O comportamento ao fogo deste tipo de estruturas após terem sido sujeitas a cargas cíclicas é um assunto complexo, existindo ainda pouca informação sobre o mesmo; refira-se no entanto, Nogueiro et al. [2] que avaliou numericamente o comportamento do edifício misto aço-betão de Cardington considerando a deflagração dum incêndio após sismo e Pucinotti et al. [3] que realizou ensaios em ligações mistas ao fogo após carregamento cíclico. A regulamentação actual referente a estruturas mistas aço-betão [4] permite o dimensionamento das mesmas para acções sísmicas e para temperaturas elevadas, separadamente; não apresentando qualquer indicação para a consideração destas acções em simultâneo. Os trabalhos prévios que justificam o estado da arte actual neste tema são apresentados de seguida. A primeira avaliação, a temperaturas elevadas, das curvas momento-rotação duma ligação metálica viga-pilar, resultou de uma pesquisa conjunta do Building Research Establishment, BRE, da Universidade de Sheffield e do Steel Construction Institute, SCI[5]; posteriormente, este estudo foi alargado de forma a analisar a influência de vários parâmetros * Autor correspondente Departamento de Engenharia Civil. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra Polo II. Rua Luís Reis Santos Coimbra. PORTUGAL. Telef.: Fax: jpaulocr@dec.uc.pt 187

2 Pedro Miguel Barata, João P. Rodrigues e Aldina Santiago da ligação: i) dimensões dos elementos constituintes da ligação, ii) tipologia da ligação; iii) modos de rotura da ligação [6]. No entanto, e ao contrário do que se passa à temperatura ambiente, o comportamento das ligações em situação de incêndio não pode ser representado pela curva momento-rotação apenas. Muitos fenómenos do seu comportamento ocorrem devido à interacção entre elementos, nomeadamente à variação contínua da combinação momento-flector e esforço axial, Santiago et al. [7] e Liu et al., 2002 [8]. Recentemente, os estudos realizados nesta área têm-se direccionado para a consideração destes dois tipos de esforços na ligação. Hongxia et al. [9] realizou um estudo sobre o comportamento e o modo de rotura de ligações metálicas sujeitas a esforços de tracção e momento flector, a várias temperaturas. Os resultados demonstraram que o modo de rotura altera com a temperatura: nos ensaios realizados a 450ºC e 550ºC, o modo de rotura da ligação ocorreu devido à fractura da cantoneira, no entanto a 650ºC ocorreu devido ao corte nos parafusos. Nogueiro et al. [2] realizou um conjunto de simulações numéricas de modo a avaliar a resistência residual de uma estrutura mista açobetão sujeita a uma acção sísmica seguida de um incêndio. A calibração do modelo foi realizada com base na estrutura do edifício de Cardington, sendo a acção sísmica aplicada com um acelerograma artificial com um PGa de 0,6g. Esse valor foi escolhido de forma a ocorrer considerável dissipação de energia nas ligações. O incêndio definido foi como natural (aquecimento-arrefecimento) e considerou-se limitado a um compartimento no edifício, tal como o observado durante os ensaios anteriores [10]. A avaliação dos danos mecânicos causados pelo sismo e a resposta da estrutura ao fogo permitiram concluir que a ductilidade residual das ligações não foi suficiente para evitar o colapso estrutural. Pucinotti et al. [3] realizou o dimensionamento de uma ligação com pilares mistos circulares preenchidos com betão através de uma metodologia multiobjectivo. Essa metodologia consistiu em dimensionar a ligação para um cenário de incêndio após sismo tendo em conta a sequência das acções aplicadas, ao contrário da abordagem tradicional em que, não é tida em conta a sequência das acções, tratando-as independentemente. Neste trabalho realizaram-se ensaios experimentais que comprovaram que o dimensionamento proposto se adequa ao comportamento real da estrutura. 2. ENSAIOS EXPERIMENTAIS 2.1 Programa experimental O programa experimental, realizado no Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra, consistiu no ensaio de 6 modelos de nó de extremidade constituídos por uma viga mista aço-betão ligada a um pilar metálico com betão entre os banzos. Os ensaios foram realizados em duas campanhas de ensaios: campanha A) ensaio de três modelos à temperatura ambiente com carregamento monotónico negativo, M - (E1), monotónico positivo, M + (E2), e cíclico seguido de momento flector negativo, M - (E3); campanha B) ensaio de três modelos a temperaturas elevadas após carregamento cíclico à temperatura ambiente. A temperatura aplicada nos ensaios da campanha B foi de 600ºC e o carregamento mecânico aplicado a esta temperatura correspondeu à combinação de momento flector negativo M - e esforço axial de tracção, N + até à rotura da ligação. Dos ensaios com carregamento monotónico à temperatura ambiente obtiveram-se os parâmetros elásticos da ligação que serviram para definir o carregamento dos ensaios cíclicos. Os ensaios à temperatura ambiente serviram ainda para comparação com a resistência da ligação sujeita a combinação M - -N + a temperaturas elevadas. Os ensaios realizados encontram-se resumidos no Quadro Provetes de ensaio Os provetes de ensaio, Figura 1, consistiram numa ligação de nó de extremidade constituída por uma viga mista aço-betão ligada a um pilar metálico com betão entre os banzos. A viga tinha 1,4 m de comprimento e 90 cm de largura e era constituída por um perfil metálico IPE

3 Comportamento ao fogo de ligações viga-pilar em estruturas mistas de aço-betão sujeitas a carregamento cíclico de classe S355, com uma laje mista executada com perfil de chapa colaborante com uma espessura total de 120 mm, armadura longitudinal de 8 12 e armadura transversal 8 com espaçamento de 10 cm. O pilar tinha 3 m de altura e era de secção transversal HEA240 de classe S355 preenchido com betão entre os banzos de classe C20/25, com armadura longitudinal de 4 12, com estribos 8 de classe A500NR, espaçado de 100 mm na zona da ligação e de 200 mm fora da ligação. Os estribos passaram através da alma do pilar de modo a aumentar o confinamento do betão. A ligação entre a laje e a viga mista foi realizada através de conectores de corte soldados no banzo superior da viga. A ligação viga-pilar foi efectuada através de uma chapa de topo estendida na zona inferior, com 12 mm de espessura e 6 parafusos M20 da classe 8.8. Quadro 1 Plano de ensaios Ensaio 1ª Fase 2ª Fase 3ª Fase E1 Monotónico (M - ) - E2 Monotónico (M + ) - E3 Cíclico Monotónico (M - ) - E4 Cíclico Monotónico (M - ) Aquecimento * E5 Cíclico Aquecimento a 600ºC Combinação M - -N + E6 Cíclico Aquecimento a 600ºC Combinação M - -N + * A curva de aquecimento seguiu aproximadamente a curva ISO 834, tal como descrito em [11]. A B IPE 270 P PARAF. M20 FURO Ø22 4Ø Ø6// Furo HEA IPE 270 Ø8//0.10 8Ø12 4Ø12 HEA240 Figura 1 Provete de ensaio 2.3 Instalação Experimental Parte A: aplicação de carregamento monotónico e de carregamento cíclico Na Figura 2 mostra-se a instalação experimental utilizada na realização dos ensaios à temperatura ambiente. A estrutura de reacção era constituída por um conjunto de pórticos, com grande rigidez, fixos a uma parede e laje de reacção. 189

4 Pedro Miguel Barata, João P. Rodrigues e Aldina Santiago 1912, mm IPE , mm HEB 500 HEB ,8 Célula de carga 1329, , mm 270 mm mm Parede de Reacção Célula de carga mm 1330 mm Sapata Laje Reacção Figura 2 Esquema de ensaios Na Figura 3 observa-se o posicionamento das células de carga (1), bem como da guia (2) e dos roletes (3), que restringiram a viga ao deslocamento lateral durante aplicação da carga. O carregamento foi aplicado na extremidade da viga metálica (1,95 m do banzo do pilar), através de um actuador com controlo em deslocamento e a uma velocidade constante de 0,02 mm/s, em todos os ensaios Figura 3 Vista geral do sistema de ensaios à temperatura ambiente Parte B: aplicação de carregamento térmico e da combinação momento flectoresforço axial Os ensaios a alta temperatura foram realizados com o esquema apresentado na Figura 4, o sistema constituído por um conjunto de vigas e pórticos, com grande rigidez, ligados a uma parede e laje de reacção. O forno eléctrico era constituído por dois módulos acoplados entre si e colocados sobre a sapata de modo a permitir o aquecimento da parte inferior do modelo. O carregamento mecânico M - -N + foi aplicado através do sistema representado nas Figuras 4 e 5. O referido sistema era constituído por um macaco hidráulico (1), uma célula de carga TML com capacidade de 200kN (2), rótula (3) e dois tirantes (4). Um dos tirantes encontrava-se 190

5 Comportamento ao fogo de ligações viga-pilar em estruturas mistas de aço-betão sujeitas a carregamento cíclico ligado a uma estrutura de reacção (5) e o outro estava ligado à extremidade da viga do modelo a ensaiar (6). A carga foi aplicada em controlo de deslocamentos a uma velocidade de 0,1 mm/s, com os deslocamentos medidos no ponto (7). Na Figura 5 representa-se a variação dos ângulos de inclinação dos tirantes no início e fim do carregamento. Figura 4 Sistema de ensaio de ligações a altas temperaturas 7 8 a inicial=35º a final=26º a inicial=12º a final=31º Figura 5 Sistema para aplicação da carga ao modelo a alta temperatura 2.4 Instrumentação Nos ensaios foi utilizada instrumentação para medir as grandezas que permitem avaliar o estado de tensão, de deformação e temperaturas na ligação e nos vários componentes do modelo; na Figura 6 apresenta-se a localização dos deflectómetros e extensómetros. Para a medição das extensões utilizaram-se vários tipos de extensómetros: i) nos ensaios de temperatura ambiente colaram-se extensómetros do tipo FLK 6-11; ii) nos parafusos foram utilizados extensómetros do tipo BTM 6C, colocados no interior dos mesmos; iii) para os ensaios a temperaturas elevadas foram utilizados extensómetros do tipo ZFLA 6-11, que permitiram fazer a medição das extensões numa gama de temperaturas entre -20ºC e 300ºC. O carregamento mecânico aplicado foi medido através de células de carga. Nos ensaios a temperaturas elevadas utilizaram-se termopares tipo K (cromel-alumel) para medição da evolução da temperatura no aço (fig. 7). 191

6 Pedro Miguel Barata, João P. Rodrigues e Aldina Santiago Viga T13 T12 T17 T15 T14 T16 T4 T6 T1 T5 T2 T3 Pilar Figura 6 Esquema com localização dos deflectómetros e extensómetros 2.5 Procedimentos de ensaio Ensaios à temperatura ambiente Deflectómetros Extensómetros Figura 7 Esquema com localização dos termopares O carregamento foi aplicado na viga metálica a 1,95 m do banzo do pilar, através de um actuador com controlo de deslocamento, a uma velocidade de 0,02 mm/s. Antes de se iniciar o ensaio, foi feito um pré-carregamento para eliminar folgas existentes no sistema. Os ensaios cíclicos (E3, E4, E5 e E6) foram realizados de acordo com a metodologia proposta pela ECCS [12]. A amplitude dos ciclos aplicados foi calculada com base no valor dos parâmetros elásticos e y + e e y -, (fig. 8). Os valores e y + e e y - representam o deslocamento no limite elástico da ligação, respectivamente para momento negativo e positivo. A amplitude aplicada nos ensaios foi a seguinte: i) um ciclo de amplitude e y + /4, e y - /4; ii) Um ciclo de amplitude e y + /2, e y - /2; iii) um ciclo de amplitude 3.e y + /4,3.e y - /4; iv) três ciclos de amplitude e y +, e y - ; v) três ciclos de amplitude (2+2n).e y +, (2+2n).e y -, (com n=0,1,2 ). Dada a limitação do curso do actuador (280 mm) não foi possível levar a ligação à rotura apenas com carregamento cíclico; após se aplicar as amplitudes máximas possíveis, aplicou-se momento flector negativo até à rotura. T8 T9 T Ensaios a temperatura elevada Figura 8 Parâmetros elásticos da ligação [12] Nos ensaios a temperaturas elevadas, antes de se proceder ao aquecimento da ligação, aplicou-se um carregamento cíclico à temperatura ambiente, que pretendeu simular a acção sísmica. Foi usada a mesma metodologia de carregamento mas com uma amplitude inferior, já que o objectivo não era levar a ligação à rotura mas sim fazer com que a ligação tivesse um histórico de carga cíclica. As amplitudes usadas foram as seguintes: i) um ciclo de amplitude 192

7 Comportamento ao fogo de ligações viga-pilar em estruturas mistas de aço-betão sujeitas a carregamento cíclico e y + /4, e y - /4; ii) um ciclo de amplitude e y + /2, e y - /2; iii) um ciclo de amplitude 3.e y + /4,3.e y - /4; iv) três ciclos de amplitude e y +, e y -. Na 2ª fase do ensaio E4, após o carregamento cíclico, aplicou-se um carregamento mecânico na viga através de um sistema gravítico (27kN) esse valor reproduz a combinação de acções para a situação de incêndio segundo a EN [13] e corresponde a cerca de 30% da carga última. De seguida, ligou-se o forno eléctrico, que seguiu aproximadamente a curva ISO 834 até se observar a rotura da ligação. Nos ensaios E5 e E6, após o carregamento cíclico foi ligado o forno, que seguiu aproximadamente a curva ISO834 até aos 600ºC, mantendo esse valor constante até se atingir 550ºC nos parafusos, a escolha deste valor deve-se à redução significativa das propriedades mecânicas dos parafusos entre 500ºC e 600ºC, (k b, q = 0,55). Atingido esse valor, foi aplicado o carregamento monotónico, com uma velocidade de 0,1 mm/s, de acordo com o anteriormente descrito. Esse sistema permitiu a aplicação de momento flector, esforço de corte e esforço axial na ligação, conseguindo-se simular o efeito de continuidade numa estrutura real. 3. RESULTADOS EXPERIMENTAIS 3.1 Ensaios monotónicos à temperatura ambiente Foram realizados dois ensaios monotónicos à temperatura ambiente, nos quais se aplicou um momento negativo (E1) e um momento positivo (E2). Na Figura 9 representa-se a variação do momento flector com a rotação da ligação. Esta ligação apresenta um momento flector resistente positivo de 217 kn.m e um momento flector resistente negativo de -161,6 kn.m. A rigidez secante positiva é de 12,1 kn.m/mrad e a rigidez secante negativa é de 15,8 kn.m/mrad. M j Rd + = 217 kn.m S Jini + = 17,4 kn.m/mrad S Jini - = 41,1 kn.m/mrad M j Rd - = -161,6 kn.m Figura 9 Curvas momento-rotação dos ensaios E1 e E2 Durante o ensaio E1 verificou-se o arrancamento (pull-out) dos conectores da laje, resultando na redução da resistência da ligação para momentos negativos, uma vez que a viga metálica passou a funcionar isoladamente. Este efeito encontra-se representado na Figura 9 pela redução da resistência da ligação após se obter o momento flector resistente. De forma a solucionar este problema, no ensaio E2 foi colocado um sistema que impediu o arrancamento dos conectores. No ensaio E2 observou-se a rotura dos parafusos por tracção na linha inferior e da soldadura entre o banzo inferior e a chapa de topo, houve também deformação por tracção da chapa de topo (fig. 11). Na laje observou-se o destacamento do betão na parte superior, devido à compressão dos varões longitudinais e também o aparecimento de uma folga entre o banzo do pilar e a laje na parte posterior devido, ao esmagamento do betão e rotura da laje na zona da ligação. Na linha dos conectores entre a viga metálica e a laje mista houve o aparecimento de uma fissura em todo o comprimento da laje devido ao esforço de corte. Adicionalmente, em ambos ensaios observou-se flexão da chapa de topo na zona de tracção (fig. 11). 193

8 Pedro Miguel Barata, João P. Rodrigues e Aldina Santiago Figura 10 Chapa de topo no ensaio E1 após rotura. Figura 11 - Chapa de topo no ensaio E2 após rotura. 3.2 Ensaio Cíclico à Temperatura Ambiente A Figura 12 representa a curva de histerese momento flector - rotação no ensaio E3; observase que nos primeiros ciclos não existe degradação da rigidez da ligação, ou seja, a curva segue aproximadamente o mesmo trajecto na carga e na descarga, isso acontece porque o carregamento é efectuado em regime elástico (curvas representadas a vermelho). Quando se atinge o limite elástico começa a observar-se uma degradação dos valores da resistência e da rigidez da ligação com o aumento do número de ciclos (curvas representadas a azul). Figura 12- Curva de histerese momento flector - rotação no ensaio E3 Na Figura 13 apresenta-se a deformação existente na chapa de topo após o carregamento cíclico do ensaio E3, verifica-se o alongamento na linha superior dos parafusos bem como da folga existente devido à deformação da chapa de topo em flexão e à extensão nas armaduras. Na Figura 14 apresenta-se a comparação dos resultados da resistência da ligação do ensaio E1 (monotónico) versus E3 (cíclico): o ensaio E3 apresenta uma menor rigidez da ligação (S J,1=16,5 kn.m/mrad e S J,3=7,6 kn.m/mrad;) e uma maior rotação última (( u,1=-13,4 mrad e u,3=-26,9 mrad). Durante o ensaio observou-se uma diminuição das extensões nos varões longitudinais da laje, (fig. 15), acompanhada de um aumento das extensões nos parafusos, (fig. 16). Esta medição comprova a diminuição da resistência da ligação e o aumento dos esforços nos parafusos, que por sua vez provocou o aparecimento de folgas na ligação e consequentemente diminuição da sua rigidez (fig. 17). Para a degradação dos momentos, contribiu a fissuração da laje de betão na zona da ligação e na zona de ancoragem dos varões), a extensão dos parafusos e o esmagamento do betão na zona de contacto entre banzo do pilar e a laje. 194

9 Comportamento ao fogo de ligações viga-pilar em estruturas mistas de aço-betão sujeitas a carregamento cíclico Figura 13 - Chapa de topo ensaio E3 após rotura S J E1 S J E3 Figura 14 - Curvas momento - rotação nos ensaios E3 e E1 Figura 15 Extensões nos varões longitudinais durante o ensaio E3 Figura 16 Extensões nos parafusos durante o ensaio E3 3.3 Ensaios a altas temperaturas A realização do ensaio (E4) apresentou grandes problemas e os resultados não serão aqui apresentados. Nos ensaios subsequentes (E5 e E6) o carregamento mecânico foi de combinação M - -N +. Na Figura 17 apresenta-se o carregamento aplicado durante o ensaio E5 na fase 3. A combinação M - -N + aumenta quase linearmente até ao valor máximo de M apl =- 67,5 kn.m e N apl = 46,58 kn, após esse ponto e até ocorrer a rotura do parafuso, há um aumento da rotação da ligação e uma redução do momento e esforço axial aplicado. Na Figura 18 apresenta-se a curva momento-esforço axial do ensaio E6 na fase 3. A evolução da combinação de esforços é semelhante ao ensaio anterior, a rotura do parafuso ocorre para valores menores que no ensaio anterior. Este ensaio é de geometria e carregamento igual ao ensaio E5 e serviu para aferir os resultados do ensaio anterior; os resultados obtidos foram similares. 195

10 Pedro Miguel Barata, João P. Rodrigues e Aldina Santiago Momento (kn.m) Momento (kn.m) Rotura do parafuso Rotura do parafuso Esforço Axial (kn) Figura 17 Curva momento- esforço axial do ensaio E5, na 3ª fase. Esforço Axial (kn) Figura 18 Curva momento- esforço axial- do ensaio E6, na 3ª fase. Os modos de rotura da ligação neste ensaio foram encurvadura local no banzo inferior da viga e rotura por tracção na linha superior de parafusos; esta rotura verificou-se quando se atingiu aproximadamente, 180 mm de deslocamento, no topo do macaco hidráulico (fig. 19). No pilar, apesar da fissuração do betão na zona da ligação, observou-se uma deformação muito pequena que se deveu à grande rigidez do pilar misto, S = 23,6 MN/m 2, este valor é cerca de 40% superior ao observado num pilar equivalente constituído apenas em aço. Verificou-se, igualmente, fissuração no betão na direcção longitudinal e transversal principalmente na zona de tracção das armaduras. Figura 19 Pormenor da ligação após ensaio E5 na fase 3 A Figura 20 mostra o protótipo deformado após o ensaio E6, pode-se também observar o destacamento da chapa colaborante do betão durante o ensaio, devido à dilatação da chapa. Na Figura 21 apresenta-se a evolução das temperaturas nos parafusos na ligação durante o ensaio E6. Verifica-se que na primeira e na segunda linha de parafusos (P1 e P2) as temperaturas são próximas, sendo que na primeira linha é ligeiramente superior. Está também representada a evolução da temperatura do banzo inferior num ponto afastado da ligação (T4_2). Figura 20 Aspecto após o ensaio E6 196

11 Comportamento ao fogo de ligações viga-pilar em estruturas mistas de aço-betão sujeitas a carregamento cíclico P1 P2 P3 Figura 21 Evolução da temperatura nos parafusos no ensaio EF3 A evolução da temperatura na viga é apresentada na Figura 22, podemos observar que a temperatura do banzo inferior (T4) é superior à temperatura do banzo superior (T6), sendo que a temperatura da alma (T5) é muito semelhante à do banzo inferior. A diferença de temperatura medida entre o banzo superior e as outras partes da viga é resultado do efeito sombra provocado pela laje e também pela dissipação de calor no contacto existente entre a laje e o banzo superior. O termopar T4_2 representa a temperatura no banzo inferior da viga, num ponto afastado da ligação. T6 T5 T4 Figura 22 Temperatura na viga no ensaio EF3 Apresenta-se na figura 23, a evolução da temperatura nos elementos da laje. A flutuação apresentada no gráfico, em algumas das curvas, resulta da fissuração e da migração de vapor de água existente no betão. Pode-se concluir também, que à medida que o gradiente térmico vai diminuindo, o fluxo de calor é menor e consequentemente a temperatura aumenta mais lentamente. Figura 23 Temperatura nos termopares localizados na laje no ensaio EF3 4. CONCLUSÕES Os ensaios monotónicos à temperatura ambiente permitem concluir que este tipo de ligação tem uma elevada capacidade de rotação, ou seja, exibe grandes deformações antes da rotura. 197

12 Pedro Miguel Barata, João P. Rodrigues e Aldina Santiago Nos ensaios cíclicos verificou-se uma degradação do momento resistente à medida que se aumentou a amplitude e o número dos ciclos de carregamento, especialmente depois de se atingir o limite elástico da ligação. O valor da rigidez da ligação sofreu uma redução, para cerca de 50%, devido à fissuração do betão e ao aparecimento de folgas na ligação. Nos ensaios realizados a temperaturas elevadas pode-se concluir que o modo de rotura da ligação foi alterado, ou seja, à temperatura ambiente o modo de rotura da ligação foi a chapa de topo em flexão, quando submetida a alta temperatura, o modo de rotura da ligação alterou para rotura dos parafusos em tracção. REFERÊNCIAS [1] Della Corte, G.; Landolfo, R.; Mazzolani, F. M. - Post-earthquake fire resistance of moment resisting steel frames, Fire Safety Journal, Vol. 38, Nº 7, Novembro 2003, P [2] Nogueiro, P., Santiago, A., Simões da Silva, L., Bento, R. and Vila Real, P., - Residual Strength of a Steel-Concrete Composite Structure Subjected to a Design Seismic Event Followed by Fire, Proceedings of IABSE Symposium: Structures and Extreme Events, Setembro 2005, P [3] Pucinotti,R.; Bursi, O.S.; Demonceau, J.F. - Post-earthquake fire and seismic performance of welded steel-concrete composite beam-to-column joints, Journal of Constructional Steel Research, In Press, April 2011 [4] EN1994 parte 1-1. Eurocode 4: Design of steel and concrete structures- parte 1.1: General rules and rules for buildings, 2003 [5] Leston-Jones, L. C.; Burguess, I. W.; Lennon; T.; Plank, R. J. - Elevated-temperature moment-rotation tests on steelwork connections, Proceedings of the Institution of Civil Engineers: Structures and Buildings, Novembro 1997, Vol. 122, Nº4, P [6] Al-Jabri, K. S.; Lennon, T.; Burguess, I. W.; Plank, R. J. - Behaviour of steel and composite beam-column connections in fire, Journal of Constructional Steel Research, Vol- 46, Nº 1-3, Second World Conference on Steel in Construction Abril-Junho 1998,, P [7] Santiago, A. ; Da Silva, L.S.; Vaz, G.; Real, P.V.; Lopes, A.G. - Experimental investigation of the behaviour of a steel sub-frame under a natural fire,steel and Composite Structures, Vol. 8, Nº3, P [8] Liu, T.C.H., Fahad, M.K., Davies, J.M. - Experimental investigation of behaviour of axially restrained steel beams in fire, Journal of Constructional Steel Research, Vol.58, Nº9 Junho 2002, P [9] Hongxia Yu, Burgess, I.W.; Davison, J.B.; Plank, R.J. -Tying capacity of web cleat connections in fire, Part 1: Test and finite element simulation, Engineering Structures, Março 2009, Vol. 31, Nº 3, P [10] Wald, F.; Simões da Silva, L.; Moore,D.B.; Lennon, T.; Chladna, M.; Santiago,A.; Benes, M.; Borges,L. - Experimental behaviour of a steel structure under natural fire, Fire Safety Journal, Vol. 41, Nº7, Outubro 2006, P [11] Barata, Pedro M. - Comportamento ao Fogo de Ligações Viga-Pilar em Estruturas Mistas de Aço e Betão Após Sismo, Tese de Mestrado Integrado, Universidade de Coimbra, Agosto 2010, P. 81 [12] ECCS (1986)-Recommended Testing Procedure for Assessing the Behaviour of Structural Steel Elements under Cyclic Loads, Nº 45 [13] EN1991 Part 1-1 Eurocode 1 Part 1-2: General actions, Actions on structures exposed to fire,

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