Obsolescência da literatura sobre a Lei de Lotka The obsolescence of literature on Lotka s law por Rubén Urbizagástegui Alvarado

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1 DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.10 n.1 fev/09 ARTIGO 03 Obsolescência da literatura sobre a Lei de Lotka The obsolescence of literature on Lotka s law por Rubén Urbizagástegui Alvarado Resumo: Analisa a obsolescência da literatura sobre a Lei de Lotka produzida de 1922 a Embora a distribuição da idade da literatura acumulada sincronicamente parece produzir um processo de obsolescência exponencial não parece existir um padrão de obsolescência definido. Não obstante, o modelo que melhor expressa à obsolescência da literatura estudada é o modelo polinomial de quarto grau. Palavras-chave: Obsolescência da literatura; Lei de Lotka; Produtividade dos autores; Cienciometría; Bibliometría; Informetría. Abstract: The obsolescence of literature on Lotka s law produced from 1922 to 2003 is analyzed. Although the distribution of the age of literature synchronously accumulated seems to produce an exponential obsolescence does not seem to exist a definite standard of obsolescence. However, the model that better express the obsolescence of the literature examined is the fourth degree polynomial model. Keywords: Keywords: Obsolescence of literature; Lotka s law; Authors productivity; Scientometrics; Bibliometrics; Informetrics. Introdução O objetivo desta pesquisa é analisar a obsolescência da literatura sobre a Lei de Lotka produzida de 1922 a Sabe-se que o uso da literatura científica decresce com o passar do tempo e a idade da literatura, isto é, a literatura obsolesce, mas o que significa um documento ficar obsoleto? Supõe-se que, pelo fato de nunca se referirem a um determinado documento, são os autores, como leitores, que definem a possibilidade de um documento se tornar obsoleto. Por outro lado, se os autores/leitores referem-se a esse documento citando-o continuamente nos seus escritos, eles mantêm vivo e perdurável o documento. De qualquer forma, cada autor sempre está interessado em saber se seus trabalhos publicados são citados, onde são citados, como são citados, e quem são os colegas que os citam. Embora a citação de um determinado documento seja influenciada pelo prestígio de seu autor, o reconhecimento que tem no campo e os novos descobrimentos descritos no documento, o documento se converte em mais e mais obsoleto se, conforme o tempo passa, menos e menos documentos o citarem. É a esse fenômeno que tem se convencionado em chamar de obsolescência. Não obstante, falando no sentido lato, e não restrito, numa interpretação comum, fora da ciência, a obsolescência se refere a um fenômeno de descarte e substituição. Por exemplo, falamos de que alguma coisa é obsoleta quando esta foi superada e substituída por um novo modelo mais eficiente e com maior capacidade de operação. Mas isto não parece ser certo para a literatura, pois não sabemos se um item de informação qualquer é superado por outro mais eficiente ou mais novo. De modo que, quando nos referimos à obsolescência da literatura, na realidade estamos nos referindo a uma diminuição em sua freqüência de uso ou citação, mas não a seu descarte definitivo. Os documentos científicos e técnicos nem sempre são originais, por estarem baseados em evidências de pesquisas anteriores e essas evidências podem ser representadas nas listas das referências publicadas a cada nova contribuição, portanto, a evolução da freqüência das citações, segundo o tempo, permite reconhecer o valor do documento publicado. É por isso que Diodato (1994) se refere à obsolescência como: o decrescimento no uso de um documento ou grupo de documentos conforme o documento envelhece. Certamente, a literatura do passado se revisa e atualiza, os fatos já conhecidos sobre um fenômeno são incorporados e fundidos com os

2 novos conhecimentos sobre esse mesmo fenômeno, portanto, são reescritos e reinterpretados em termos de novas teorias, como correções e refinamentos dos artigos publicados e postos em circulação pelas revistas cientificas, mas não sabemos ainda se, definitivamente, essa literatura fica obsoleta. Os estudos sobre a obsolescência, a vida e morte das publicações, tem se convertido em estudos comuns e correntes, propiciados pelo trabalho de Price (1965:512), que sugeria que a cada ano aproximadamente 10% de todos os artigos morrem, não voltam a ser citados novamente. A morte dos trabalhos publicados é conseqüência desses trabalhos nunca mais terem sido citados em outros documentos. Os dados coletados para medir o envelhecimento dos documentos têm resultado na conclusão geral de que o uso anual da literatura declina com os anos, segundo uma distribuição exponencial negativa, ainda que outros autores postulem a distribuição lognormal como a mais adequada para medir a obsolescência da literatura. Existem dois métodos de estudos da obsolescência: o método sincrônico e o método diacrônico. A obsolescência sincrônica estuda o passado de alguma forma de uso, por exemplo, se tomarmos como documento base um artigo publicado em determinado ano, digamos 2005, busca-se responder perguntas sobre quão antigas são as referências bibliográficas citadas nesse artigo datado em Quanto tempo (medido em anos) deve-se retroceder para encontrar a taxa de obsolescência, isto é, a metade mais recente das referências citadas nesse documento de 2005? Suponhamos que esse artigo de 2005 tenha 29 referências citadas e listadas na seção Bibliografia. Agora, suponhamos que, ordenamos os dados dessas citações e que esta tenha a distribuição organizada em ordem cronológica inversa. Então, a vida média seria a média estatística (o ponto no qual se agrupam 50% das freqüências das citações) contando os anos listados em ordem cronológica inversa. A obsolescência diacrônica precisa da seleção de um ponto no passado para dar uma mirada no futuro. Como não é fácil fazer um acompanhamento do futuro, são usados os índices de citações impressos e melhor ainda se estes estiverem disponíveis em linha ou automatizados, tais como o Science Citation Index, Social Science Citation Index, etc. A pergunta básica a ser feita é quão obsoleto é um determinado artigo. Se o artigo foi publicado, digamos, em 1975, teremos que examinar os volumes do Science Citation Index, Social Science Citation Index, de 1975 em diante (olhando o futuro). Uma vez identificada a distribuição das freqüências das citações de acordo aos anos, busca-se o ponto médio (a média) do número de citações. Não obstante, alguns autores afirmam que os estudos sincrônicos ou diacrônicos da obsolescência da literatura produzem os mesmos resultados (Stinson, 1981; Stinson & Lancaster, 1987), sugerindo preferência pelo método sincrônico. Também Egghe & Rousseau (2000) sugerem que tanto os estudos sincrônicos quanto os diacrônicos podem ser feitos retrospectivamente, sendo que no método sincrônico as fontes produzem os itens que já existiam no passado, isto é, as fontes são ativas no estabelecimento da relação fontes-itens. Um caso típico deste tipo de estudo seria a seleção de um artigo (fonte) citando outros artigos (necessariamente mais antigos) nas suas referências. No caso diacrônico são os itens que estabelecem a relação fonte-item. Outro exemplo típico seria o estudo de um artigo (a fonte no passado, digamos um artigo publicado em 1990) sendo citado por outros artigos necessariamente mais jovens e, portanto, no futuro (digamos citados em artigos de 1991, 1992, 1993, e assim em diante). Porém, os estudos sobre a obsolescência da literatura até agora tem privilegiado o método sincrônico em detrimento do método diacrônico e, mais, existem poucos estudos da obsolescência da literatura usando o método diacrônico. Se bem que é possível saber qual é a vida média de uma literatura, ainda não podemos saber quando realmente a literatura começa a envelhecer e a deixar de ser citada, nem os motivos pelos quais esta deixa de ser citada. É o acesso que influencia a obsolescência de uma literatura? É o idioma em que está escrita que influencia essa obsolescência? É o descobrimento de novos modelos ou métodos de medição ou avaliação da disciplina?

3 Esta forma de acompanhamento da obsolescência diacrônica dos autores não poderia ser feita usando os Índices de Citações impressos, nem os disponíveis em linha ou automatizados, como o Science Citation Index, Social Science Citation Index, etc. Primeiro, porque esses índices de citação são etnocêntricos, no sentido de que, no processo de coleta de documentos, privilegiam a produção anglo-saxã, em detrimento da produção de outras regiões. Segundo, porque também privilegiam a coleta de documentos em idioma inglês, de novo em detrimento dos outros idiomas, nos quais também se tem produzido literatura desse tipo. Terceiro, porque esses índices oferecem informação somente a partir de 1963, no entanto, as pesquisas nesta área começaram em Quarto, precisamente pelas características apontadas anteriormente, na atualidade, usando esses índices só se consegue recuperar 30% do recolhido manualmente. Por essas razões, a única opção foi elaborar uma base de dados própria para, a seguir, ser examinada, analisada, avaliada e comunicados os resultados. Referencial teórico O termo obsolescência apareceu pela primeira vez no trabalho de Gross & Gross (1927), quando os autores analisaram as referências do volume de 1926 do periódico Chemical Literature, e observaram que o número de referencias caía pela metade, depois de 15 anos. Posteriormente, Gosnell (1943), ao apresentar sua tese na Universidade do Estado de Nova York, postulou a hipótese de que, no geral, os livros mais velhos têm menor valor de uso do que os novos, na biblioteca de uma universidade. Sustentava, ademais, que as causas da mortalidade ou obsolescência dos livros são muitas, variando desde a pura moda até a extensão do conhecimento científico, mudanças tecnológicas e mudanças fundamentais em nossa civilização. Esse autor, Gosnell, estudou 19 áreas diferentes examinando as taxas de mortalidade e vida média esperada para essas áreas. Já durante a realização da Conferência Internacional sobre Informação Científica, realizada em Washington, Bernal (1958) afirmava que a quantidade de informação a ser lida aumenta exponencialmente, no entanto, o tempo que alguém dispõe para a leitura permanece o mesmo, por isso, cada vez é lida só uma proporção cada vez menor do que tem sido escrito. Também fez referência ao fato de que muitos estudos têm mostrado que a vida efetiva de um item de informação científica é diferente, em diferentes campos da ciência. A verdadeira vida média de um item particular de informação pode ser definida como o tempo, depois de sua publicação, no qual é feita até a metade dos usos (referências) ou buscas sobre este item de informação. Naturalmente isto é extremamente difícil de avaliar, não obstante, mereceria a pena fazê-lo. Em vez disso, somos obrigados a usar o que poderia ser chamada a vida média retrospectiva de um item de informação similar - por exemplo, artigos num periódico. Isto pode ser definido como o tempo, contado retrospectivamente desde uma determinada data, na qual tenha ocorrido a metade das solicitações de informação ou referências. Este período é de 2 anos para a Física e de 15 para a Biologia. Seguindo essa idéia de vida media, Burton & Kebler (1960), parafraseando a Física, postularam que a literatura se converte em obsoleta em vez de desintegrar-se; deste modo, a vida-média significa a metade da vida ativa ou o tempo durante o qual foi publicada a metade da literatura correntemente em atividade. Porem, as pesquisas pareciam indicar resultados diferentes tanto que Bourne (1965) apontou diferentes estudos, cujos resultados foram também diferentes, de modo que a maioria das vidas médias reportadas eram válidas somente para as amostras pesquisadas e, portanto, não podiam ser generalizadas para todos os campos da atividade científica ou técnica. Uns anos mais tarde, Ewing (1966) realizou um estudo diacrônico dos artigos publicados no volume 58, de 1954, do periódico Journal of Physical Chemistry. Depois, foi realizado um acompanhamento das citações realizadas a esse periódico, entre 1955 e 1964, usando o Science Citation Index. Este autor verificou que o número das citações decresce conforme cresce o ano das publicações. Essa taxa de envelhecimento é mais dramática quando se faz ajustes, segundo o crescimento da literatura publicada nesse periódico. A intensidade da citação foi sete vezes maior em 1955 do que em 1964, mostrando uma vida média de 3.5 anos e uma taxa de obsolescência de 8.0 anos.

4 Como o interesse por conhecer melhor o comportamento da obsolescência da literatura continuava crescendo, Line (1970) tentou precisar o significado do conceito de vida média já que em sua opinião, o significado comumente usado era inadequado e de limitado valor. As maiores objeções de Line estavam relacionadas ao fato de que, se a coleção de periódicos da biblioteca está crescendo na mesma taxa que o número de periódicos publicados na área estudada, a vida-media da área estudada pode indicar que a metade do uso da biblioteca provavelmente estará concentrada nas coleções publicadas depois de certa data; e por isso pode ser usada como guia para a política de descarte. Se a taxa de crescimento das coleções é mais rápida ou mais lenta do que a taxa de crescimento da literatura produzida na área em estudo, a vida média, no primeiro caso, poderia ser demasiado grande e, demasiado pequena no segundo caso. Por isso, a vida média da literatura seria composta pela taxa de obsolescência e pela taxa de crescimento da literatura. Não obstante, essas afirmações não estiveram isentas de criticas tanto que Brookes (1970) discute o texto de Line afirmando que a recente análise teórica da relação entre a taxa de crescimento e a taxa de obsolescência da literatura periódica científica feita por Line, está baseada em certas suposições implícitas que necessitam se tornar explícitas e depois questionadas. O problema teórico de medir taxas de obsolescência quando a literatura está crescendo é mais complexo do que a análise sugerida por Line e, assim, para esclarecer este assunto o conceito de utilidade da literatura periódica será introduzido e aplicado. O problema prático de medição de uma taxa de obsolescência, que de fato depende da amostra de uma distribuição geométrica, deve também ser discutido porque pode ser mostrado que o tipo de técnica proposto por Line demanda uma precisão que é inalcançável no contexto bibliotecário. No ano seguinte Sandison (1971) apontava que não havia razão aparente pela qual a literatura mais antiga ter sempre um interesse decrescente. Seymour (1972) fez duas revisões do estado-da-arte das pesquisas sobre obsolescência da literatura e as publicou em duas partes, uma referente a monografias e outra a periódicos, nas quais afirmava que os estudos de obsolescência eram conseqüência de dois fatores: a explosão das publicações e a falta de espaço disponível nas bibliotecas. Nesse mesmo ano Chen (1972) estudou o uso de 138 periódicos de Física no Massachussetts Institute of Technology (MIT), constatando um rápido decrescimento do uso dos periódicos, conforme estes envelheciam. E novamente, Sandison (1974), já mencionado anteriormente, re-analisou os dados de Chen (1972), levando em consideração o crescimento da literatura, e verificou que a maioria dos periódicos mostrava um incremento da taxa de densidade segundo a idade. Essas observações foram suficientes para que Line & Sandison (1974) definissem a obsolescência como o declínio ou queda com o tempo da validade ou utilidade da informação. Porem, os estudos continuaram com Bulick (1976) reportando um estudo histórico usando dados das aquisições realizadas em 1969, na Biblioteca Hillman da Universidade de Pittsburgh. Foi identificado que os primeiros usos foram altos no ano da aquisição (1969), caindo consistentemente até 1974, data em que o informe foi apresentado. Já em 1974, 56% das aquisições tinham sido usadas ao menos uma vez. Taylor (1977) afirmava que o material obsoleto poderia causar a perda de confiança na biblioteca pelos usuários, já que somente a informação sem muita utilidade é deixada nas estantes pelos estudantes universitários, no entanto, que o material relevante é o que mais circula. Também nesse mesmo ano Longyear (1977) informava que artigos em periódicos de Musicologia não mostravam um padrão de obsolescência similar ao da literatura científica e que os artigos com mais de 70 anos são significativamente citados. O autor também recomendava que se fizessem mais pesquisas nas áreas das Humanidades e nas Ciências Sociais, com o objetivo de descobrir a existência de algum padrão de obsolescência nesses campos. Respondendo as recomendações de Longyear (1977), na sua pesquisa Bronmo (1978) chamava a atenção para a necessidade de que se fizessem maiores estudos diacrônicos que pudessem provar ou não, que a

5 obsolescência aparente é somente uma função do crescimento da literatura. Ele estudou o uso de livros sobre crítica literária na Biblioteca da Universidade de Tromso e constatou que para os livros publicados depois de 1945, a data de publicação não foi um preditor significativo do uso, concluindo que os estudos bibliométricos muito raramente têm tido qualquer resultado imediato. Por sua vez, Abramescu (1979) usou a teoria da difusão da informação científica para explicar o crescimento das citações mais recentes nos artigos publicados, em relação ao declínio exponencial dos artigos mais antigos. A taxa de obsolescência resultou da combinação da distribuição Gaussiana normal com a taxa do decrescimento exponencial do número de artigos, segundo os anos. Seus resultados mostraram que: uma nova e mais precisa contagem estatística das freqüências de citação, dependentes da idade nas disciplinas hard, deveriam ser iniciadas e essas contagens deveriam ser criticamente avaliadas para ver se em determinadas condições críticas a teoria e a estatística poderiam ter melhor coincidência (Abramescu, 1979:301). Dois anos mais tarde, Gapen & Milner (1981) realizaram uma revisão do estado-da-arte dos estudos de obsolescência concluindo que apesar de os resultados práticos das pesquisas sobre a obsolescência da literatura até esse momento tivessem sido de pouco valor nas operações diárias das bibliotecas, muitos dos pontos analisados por esses estudos eram de vital importância para assegurar a viabilidade das operações bibliotecárias e essas pesquisas mereciam continuar. Essas pesquisas continuaram com Wallace (1986) realizando uma análise sincrônica da relação entre a produtividade dos periódicos e a obsolescência da literatura assumindo uma distribuição exponencial. Nesse modelo, o envelhecimento da literatura se assemelha à queda da radioatividade que caracteriza a vida-média como a média da distribuição. Também McCain (1987) estudou as citações de uma amostra de 27 artigos sobre a História e a historiografia da tecnologia, publicados no periódico Technology and Culture, entre 1967 e Esses dados foram usados para calcular a idade média das citações, o índice de Price, e a taxa de obsolescência. Seus resultados mostram que 15% do total das citações correspondem aos últimos cinco anos (Índice de Price) e a vida média estimada foi de 14.8 anos. Também observou que os autores de artigos históricos tendem a citar mais freqüentemente a história da tecnologia (20%), a historia econômica (18%) e os aspectos gerais da história da tecnologia (17%). Por sua vez, Heisey (1988) realizou uma análise sincrônico, selecionando randomicamente, dois tipos de documentos das bibliografias sobre Dead Sea Scrolls. Esses documentos eram referências das críticas à Bíblia, representando o campo das Humanidades e a Arqueologia representando o campo da ciência e constatou que a obsolescência da crítica à Bíblia era significativamente mais elevada do que a de Arqueologia. Por essas épocas os estudos sobre a obsolescência da literatura já tinham se esclarecido respeito às formas de efetuá-las, por exemplo, Gupta (1990) realizou um estudo sincrônico da obsolescência da literatura usando os volumes publicados em 1983, de 15 periódicos do campo da Física. As citações ao periódico Physical Review foram analisadas e calculadas a densidade de citação segundo os anos. O autor observou que tanto o número de citações como a taxa da densidade declinavam com a idade mostrando uma vida media de 4.9 anos e que ambas se ajustavam a um modelo exponencial. Também recomendava que se nós estamos interessados na obsolescência dos artigos com a idade, isto é, a decadência da utilidade dos artigos com a idade, deve-se considerar as densidades de citação em função do ano de publicação, e definia a densidade de citação como o numero de citações a um volume particular de um periódico, dividido pelo número total de artigos publicados nesse volume do periódico. Também Matricciani (1991) estudou o processo estocástico sincrônico e diacrônico da citação de artigos pela comunidade de engenheiros. Em particular, analisa a idade das referências citadas nos artigos de quatro periódicos do campo da Engenharia, publicados em A idade é definida como a diferença entre o ano de publicação do artigo citante e o ano de publicação da referência. O processo estocástico foi modelado com a distribuição lognormal. Os resultados mostram que um bem estruturado arquivo de pesquisas (uma coleção de livros especializados numa biblioteca especializada etc.) pode conter uma

6 quantidade de artigos ou livros citados, cujas idades estão proporcionalmente distribuídas segundo uma função de densidade probabilística lognormal. Mas a obsolescência da literatura pode também ser influenciada por fatores que não conhecemos e por isso Ravichandra Rao & Meera (1992) pesquisaram a influência da taxa de crescimento da literatura na taxa de obsolescência da literatura e mostraram que, no caso sincrônico, quanto mais rápido cresce a literatura, mais rápido fica obsoleta. Estudaram a distribuição lognormal, a distribuição binomial negativa e a distribuição exponencial das citações em onze periódicos do campo das Matemáticas, Ciências do mar, Eletrônica, Geologia, Química, Ciências Biológicas, Engenharia industrial, Medicina e Psicologia. A distribuição lognormal se ajustou a todos os casos do periódico Acta Mathematica, a seis casos de Annals of Mathematics, e a cinco grupos desses dois periódicos juntos, assim como aos dados tomados de Transactions of the ASME. A distribuição binomial negativa se ajustou bem a onze grupos de dados de Acta Mathematica, cinco de Annals of Mathematics, três de ambos juntos, um de Journal of Dairy Research, e outro de Transactions of the ASME. A distribuição exponencial não se ajustou a nenhum dos dados analisados. No ano seguinte, Egghe & Ravichandra Rao (1992) mostraram que o fator de obsolescência, definido por Brookes (1970) como uma constante independente do tempo, na realidade não é uma constante mas uma função do tempo, já que no geral os dados das citações não estão distribuídos exponencialmente, conforme o afirmava Brookes (1970). Na prática, a obsolescência apresenta um crescimento inicial seguido por uma forma de declínio exponencial, em conseqüência, não há um fator de obsolescência que seja independente do tempo, já que esse fator é independente do tempo somente no caso de uma distribuição exponencial. Os autores concluíram afirmando que somente a distribuição lognormal pode ser usada como a distribuição que melhor descreve esse comportamento. Essa distribuição descreve tanto o crescimento inicial das citações como o declínio posterior. Não obstante, já se sabe que quando se trunca os dados de modo que eles só mostram a queda posterior, a distribuição exponencial se ajusta muito bem (Egghe & Ravichandra Rao, 1992:216). Segundo Diodato & Smith (1993), os estudos sobre a obsolescência da literatura, nos últimos 20 anos, tem se concentrado nos campos da Física e Ciências Naturais, e muito pouco nas Ciências Sociais, tanto que Longyear (1977:563) afirmava que os estudos da obsolescência [da literatura]... nas Humanidades tinham sido virtualmente ignorados. Nisso era apoiado por McCreery & Pao (1984), que reiteravam que efetivamente as Humanidades tinham sido ignoradas pelos pesquisadores da Bibliometria. Essas constatações animaram a Diodato & Smith (1993) realizarem um estudo sincrônico dos artigos de 37 periódicos do campo da música, publicado em Esses periódicos continham 387 artigos nos quais foram encontradas referências. Os autores constataram que a literatura de Musicologia citava muitos artigos antigos, mostrando uma taxa de obsolescência de 27.0 anos. No estudo diacrônico analisaram 111 artigos publicados em 1975 em seis periódicos do campo da Música. Procuraram as citações de 1975 até 1991, no Art & Humanities Citation Index e identificaram 259 citações a esses 111 artigos, constatando uma vida média de 7.0 anos. Egghe (1994) estuda a combinação de crescimento com obsolescência, afirmando que ambos fenômenos podem ser estudados com as mesmas técnicas matemáticas. No caso sincrônico, prova que a obsolescência aumenta com o crescimento da literatura e que para o caso diacrônico o efeito é oposto. Van Raam (2000) afirma que, sem dúvida, o envelhecimento da literatura publicada mais antiga é parte da realidade, mas a outra parte da realidade é que nos períodos iniciais de qualquer disciplina existem muito menos documentos publicados do que nos anos mais recentes. Deste modo, a distribuição das referências segundo os anos sempre terá uma combinação dos fenômenos de envelhecimento e crescimento da literatura científica. Com essa visão em mente Van Raam (2000) realizou um estudo sincrônico das referências bibliográficas de todos os artigos publicados em 1998 e cobertos pelo Van Raam Os resultados mostraram que as citações iam de 1500 até 1998, mas o período de 1500 a 1800

7 estava caracterizado por muito ruído, isto é, citações de freqüência muito baixa à literatura publicada, portanto, deu maior atenção as citações de 1800 a 1998, que mostravam um crescimento não-linear dependendo da idade da literatura. O autor verificou que a combinação de um processo dependente do tempo revela uma distribuição da lei do poder, do tamanho dos sub-sistemas que essencialmente formam a estrutura da ciência. Portanto, um modelo de diferenciação fractal da ciência que releva o comportamento da dispersão da literatura cientifica. Segundo Alvarez, Escalona & Pulgarin (2000), a maneira na qual é especificado o declínio da obsolescência de um artigo ou periódico é pela freqüência em que é subseqüentemente citada. De acordo com essa definição, só poderia existir obsolescência se houvesse um decrescimento nas citações ou referências. Isto coloca um sério problema quando se tem que quantificar a obsolescência ou envelhecimento de um artigo, num determinado período, já que na maioria dos casos no inicio do período estudado não existe declínio das citações, mas depois de 1, 2, 3 ou mais anos. Então, um dos meios de comparar a taxa de obsolescência seria pelo fator de envelhecimento. Mas este fator de envelhecimento não coincide com a perda real das citações num determinado ano, ainda que este seja arbitrário. Então a questão é como substituir o fator de envelhecimento por algum uso alternativo de informação, proporcionado pelas citações, um uso que se possa ajustar mais adequadamente e refletir melhor o resultado da pesquisa neste assunto. Uma maneira de realizá-lo seria via o termo topicalidade e a diferença entre as topicalidades dos artigos e periódicos. O conceito de topicalidade considerada como uma variável latente, definida em termos de citações, seria um reflexo mais adequado da informação do que o conceito de obsolescência, definido em termos do fator de envelhecimento. Pollmann (2000) estudou a relação entre o processo de envelhecimento das publicações científicas e o esquecimento como fenômeno mental, prestando especial atenção à rapidez desses processos, mas sob uma perspectiva sincrônica. A distribuição das freqüências segundo os anos é entendida como uma expressão quantitativa da mudança de atenção aos fenômenos do passado. Como é de se esperar, essa atenção decresce conforme cresce a distância na data fixada para prestar atenção. Quanto mais velho o fenômeno, menos pessoas prestam atenção ou referem-se a ele, portanto, a teoria afirma que a freqüência da distribuição do fenômeno sob pesquisa é inversamente proporcional à distância no tempo, desde o ano tomado como base até o presente. Para contrastar, em termos matemáticos, a questão é se o decrescimento é mais bem descrito por uma função inversa ou por uma função exponencial. Claramente, estes dois modelos são os melhores modelos e os que melhor descrevem o comportamento de envelhecimento das publicações científicas estudadas. O autor estudou diversos campos do conhecimento como Matemática, Astronomia, ciências no geral, Biologia, Economia, Sociologia e Lingüística. Os resultados corroboraram que o modelo da função inversa é o melhor indicador do declínio, relativo à informação científica existente. Egghe & Rousseau (2000) estudaram a influência do crescimento no envelhecimento da literatura, a forma como a taxa de envelhecimento pode ser corrigida segundo o crescimento, uma vez que a distribuição do crescimento seja conhecida, e a sua relação com as medidas de impacto. O maior resultado é que o crescimento da literatura pode influenciar o envelhecimento, porém, não causa a obsolescência dessa literatura. Egghe & Ravichandra Rao (2002), em estudo mais recente, estudaram a idade das primeiras referências dos artigos publicados no Journal of the American Society for Information Science (JASIS), no período de 1985 e Essas primeiras citações podem ser consideradas como uma análise diacrônica das citações, já que são importantes na vida de um artigo. Se num determinado período o artigo é usado pela primeira vez, muda seu status de não usado a usado, por isso, pode se afirmar também que essa é uma medida de sua imediaticidade de uso. Os resultados mostraram que a distribuição lognormal descreve e se ajusta muito bem à idade das primeiras referências. Já Burrell (2002) não empregava métodos estatísticos formais para avaliar a qualidade do ajuste das distribuições lognormal, Weibull e log-logísticos, mas confiava nos métodos gráficos para realizar um

8 estudo retrospectivo (sincrônico) das citações num documento. Parafraseando os estudos de confiabilidade técnica no tempo-de-vida dos objetos mecânicos, levantava questões relativas ao fato de que as idades das citações não são variáveis contínuas, mas variáveis discretas. Para ilustrar seu método gráfico usou cinco grupos de dados tomados das pesquisas realizadas por Egghe & Ravichandra Rao (1992) e Gupta (1998), citados em diversos momentos desta pesquisa. O autor concluía afirmando que o modelo de distribuição lognormal mostrava maior sucesso descrevendo o ajuste da distribuição das citações retrospectivas (sincrônicas) dos documentos, confirmando estudos anteriores como os de Egghe & Ravichandra Rao (1992). Sobre este assunto voltou a insistir em artigos posteriores (Burrell, 2002, 2003) afirmando que parecia razoável pensar que quando se cita artigos, nem sempre é possível citar os artigos mais novos, porque ainda não se sabe muito deles ou porque ainda não foram incorporados no conhecimento dos pesquisadores, então, o maior volume de citações seria a artigos de idade mediana, que constituiriam o maior volume das referências e as que têm maiores possibilidades de ser citadas; logo, os artigos mais velhos seriam citados seletivamente para proporcionar uma perspectiva histórica nas pesquisas realizadas. Ahmed, Johnson, Oppenheim & Peck (2004) realizaram um estudo diacrônico do artigo sobre a estrutura de dupla helix do DNA, publicado em 1953, por Watson & Crick (1953). Para tanto usaram os volumes impressos do Science Citation Index no período de 1961 a 1980, e o Web of Science do ISI, hospedado no MIMAS, para o período de 1981 a Nesses períodos foram observadas citações, com uma média de citação de 49 citações por ano. Os autores concluíram que esse artigo continua sendo intensivamente citado após passados 50 anos de sua publicação e que não encontraram explicação alguma sobre as razões de porque o artigo continua sendo citado e com uma muito baixa taxa de obsolescência. Glänzel (2004) oferece uma visão panorâmica do envelhecimento do ponto de vista da teoria da confiabilidade, visualizando os diferentes aspectos que podem ser analisados por ambos os métodos, sincrônico e diacrônico. Se as citações num documento são consideradas como uma forma importante do uso da informação no processo de comunicação cientifica, então, a confiabilidade técnica de um artigo cientifico manifesta ou expressa a realização de sua função intencionada, isto é, que seja lido, que tenha algum impacto na pesquisa científica, e que depois seja medido pelas citações. Semelhante a uma tecnologia qualquer, que não opera adequadamente, um artigo que nunca é citado poder ser considerado como não tendo desempenhando satisfatoriamente a função pretendida na época de sua publicação. Portanto, o conceito de confiabilidade técnica implica uma perspectiva diacrônica (prospectiva). Posteriormente propôs um modelo estocástico que pode servir para descrever tanto o modelo sincrônico (retrospectivo) como o modelo diacrônico (prospectivo) do processo de citação.como podemos observar por esta revisão sobre a obsolescência da literatura até agora analisada os estudos têm privilegiado o método sincrônico, em detrimento do método diacrônico. E mais, existem poucos estudos sobre a obsolescência da literatura usando o método diacrônico. Metodologia Como unidades de análises serão tomadas cada uma das citações aos artigos e autores da chamada Lei de Lotka, produzida desde 1922 até 2003, isto é, um longo período de 82 anos. Esses dados bibliográficos armazenados em Pro-cite 5.0, formam um total de 390 referências bibliográficas contendo artigos de periódicos, monografias, capítulos de livros, comunicações em congressos, e literatura cinza (Urbizagastegui, 2005). Depois, de cada trabalho dessa bibliografia analítica de 390 referências produzidas foram isoladas cada uma das referências bibliográficas ou citações contidas nesses 390 documentos base. Dessa forma, isolaram-se as citações que constituem o universo desta pesquisa. Para a mensuração dos dados foi considerado o modelo exponencial que na literatura é sugerido como o que melhor descrevem a distribuição das citações observadas. A natureza desse modelo é descrita a seguir. O decrescimento exponencial representa a diminuição da população numa proporção fixa em cada unidade de tempo. Também supõe uma taxa de decrescimento constante, com um limite de decrescimento não definido. O modelo não somente proporciona uma taxa média de decrescimento, senão também oferece uma

9 taxa da duplicação desse decrescimento, isto é, uma taxa na qual o tamanho da população estudada duplica seu decrescimento. Segundo Egghe & Ravichandra Rao (1992:201), somente o fator de obsolescência a deve ser determinado, já que ambos, a vida-média e o fator de utilidade, são simples funções de a. Matematicamente esta função é representada como: [1] para t = 0 e onde q > 0 é um parâmetro. Baseado nessa proposição, o fator de obsolescência a é definido como [2] No caso da equação (1), a (t) é independente de t, de modo que que os autores definem como fator de envelhecimento [3] Porém, como na prática ocorrem muitas flutuações nos valores das citações com zero anos de obsolescência ou com os primeiros cinco anos de obsolescência, uma melhor maneira de superar este problema foi oferecido por Brookes (1973). Então, supondo como verdadeiras as equações (1) e (2), se pode escrever que [4] Deixando que m denote o número total de citações a publicações que tenham t anos de idade, se tem que

10 onde T denota o número total das citações. Daqui que, [5] Não obstante, no geral os dados das citações não se ajustam à equação (1) e mostram um traçado diferente. Os traçados dos dados mais comumente encontrados nas pesquisas efetuadas mostram um crescimento inicial das citações seguido de uma forma de decrescimento exponencial. Como conseqüência, não há uma maneira de encontrar um fator de envelhecimento a independente de t: a somente é independente de t no caso da distribuição exponencial (Egghe & Ravichandra Rao, 1992:203). Por essa razão, esses autores recomendam o uso da vida-média e também ressaltam que o fator de utilidade total U está diretamente relacionado ao fator de envelhecimento via a fórmula: [6] para os t > ou = 0. Certamente, a freqüência de citação à literatura publicada em qualquer campo do conhecimento diminui conforme passa o tempo, de modo que quanto mais antigo o documento, suas chances de ser citado serão menores, porém, não conhecemos a forma desse decréscimo. Por isso, quando se estuda a obsolescência da literatura e dos autores produtores dessa literatura se está postulando uma relação entre a idade da literatura (variável independente), medida em anos, e o número de citações (variável dependente), medida em volume de citações produzidas. Supõe-se que essa relação possa ser estatisticamente modelável, tanto que para avaliar o ajuste do modelo se constrói um gráfico da dispersão da nuvem de pontos, baseado nos dados observados. Isso permite avaliar se existe certa regularidade na distribuição das freqüências observadas e, quando essa regularidade se assemelha à curva mostrada no gráfico, tenta-se ajustar essa curva via a regressão não linear. Na distribuição exponencial o que vai se testar é se a freqüência das citações a documentos, segundo os anos (t), procede de uma distribuição não linear. Isto é, a probabilidade de que as freqüências das citações incluídas na amostra sejam igualmente prováveis para todas as citações na mesma situação. Como se espera uma alta correlação entre as variáveis dependentes e independentes, essa correlação será explorada usando o coeficiente de correlação de Pearson. A análise da variação e o cálculo da inclinação e da interceptação da distribuição exponencial será realizado pelo método da estimação da regressão da curva não linear, usando os softwares estatísticos SPSS 15.0 e Mathematica 5.0 para Windows, disponíveis na Universidade da Califórnia, Riverside.

11 Resultados A Figura 1 apresenta um gráfico de barras da idade dos documentos citados sobre a lei de Lotka, de 1922 até Como se pode observar, não parece existir um padrão de obsolescência, mas as barras refletem apenas a intensidade das citações às publicações sobre a lei de Lotka. Por exemplo, é claro que as barras mais elevadas representam, respectivamente, as publicações mais citadas dentre as publicações de Lotka (1926), Price (1963) e Pao (1986). À exceção desses autores, a distribuição da idade das citações parecem representar uma distribuição normal. Em outras palavras, não existe um padrão de obsolescência definido. Figura 1: Idade dos documentos citados sobre a lei de Lotka, Um padrão de obsolescência exponencial mostraria uma subida inicial muito lenta, para logo chegar a um topo máximo nos primeiros quatro ou cinco anos, e a partir desse ponto máximo começar a descer até o final da distribuição. Esse crescimento inicial, embora pareça mostrar-se nos primeiros 8 anos, é muito irregular. A distribuição da idade da literatura acumulada sincronicamente parece produzir um processo de obsolescência exponencial. A estimação dos parâmetros deste modelo foi realizada usando-se o software CurveExpert 1.3, e aponta como resultado um coeficiente de correlação igual a e um erro padrão igual a , produzindo os coeficientes seguintes: a = b = Portanto, a equação resultante seria da forma C (t) = t Indicando, assim, que a literatura decresce a uma taxa de 3.2% ao ano, atingindo uma taxa de envelhecimento médio a idade de 21.4 anos. A Figura 2 mostra o ajuste dos dados observados e esperados da obsolescência exponencial da literatura citada. Figura 2: Valores observados e esperados da idade da literatura citada

12 Não obstante, o modelo que melhor expressa a obsolescência da literatura estudada é o modelo polinomial de quarto grau. A estimação dos parâmetros deste modelo foi realizada usando-se o software CurveExpert 1.3, e aponta como resultado os seguintes parâmetros estimados, com um coeficiente de correlação igual a e um erro padrão igual a a = b = c = d = Por conseguinte, a equação que melhor representa a idade da literatura citada sobre este assunto seria: y = x x x 3 A Figura 3 mostra o ajuste dos valores observados e esperados para este tipo de distribuição. Figura 3: Valores observados e esperados do modelo polinomial de quarto grau para a idade da literatura

13 Conclusões A literatura sobre a lei de Lotka publicada de 1922 ate 2003, não mostra um padrão de obsolescência definido, embora a distribuição da idade da literatura acumulada sincronicamente pareça produzir um processo de obsolescência exponencial, com uma taxa de envelhecimento muito pequena de 3.2% ao ano, e atingindo uma taxa de envelhecimento médio a idade de 21.4 anos. No entanto, constatou-se que o modelo que melhor expressa à obsolescência da literatura estudada é o modelo polinomial de quarto grau. Bibliografia ABRAMESCU, A. Actuality and obsolescence of scientific literature. Journal of the American Society for Information Science, v. 30, n. 5, p , sept AHMED, Tanzila; JOHNSON, Ben; OPPENHEIM, Charles & PECK, Catherine. Highly cited old papers and the reasons why they continue to be cited: Part II. The 1953 Watson and Crick article on the structure of DNA. Scientometrics, v. 61, n. 2, p , ALVAREZ, Pedro; ESCALONA, Isabel & PULGARÍN, Antonio. What is wrong with obsolescence? Journal of the American Society for Information Science, v. 51, n. 9, p , july BERNAL, J. D. The transmission of scientific information. In: International Conference on Scientific Information, Proceedings... Washington, D.C.: NAS, NCR, 1958, v.1, p BOURNE, Charles P. The world s journal literature: an estimate of volume, origen, language, field, indexing and abstracting. American Documentation, v. 13, n.2, p , apr Some user requeriments stated qualitatively in terms of the 90 per cent library. In: KENT, Allen; TAUBEE, Orrin E.(ed.). Eletronic Information Handling.Washington, D.C.: Spartan Books, 1965, p BROOKES, Bertram C. Obsolescence of special library periodicals: sampling errors and utility contours. Journal of the American Society for Information Science, v. 21, p , sept The growth, utility and obsolescence of scientific periodical literature. Journal of

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