PT Unida na diversidade PT A7-0305/1. Alteração 1 Marie-Christine Vergiat em nome do Grupo GUE/NGL

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1 A7-0305/1 Alteração 1 Marie-Christine Vergiat em nome do Grupo GUE/NGL Relatório Heinz K. Becker Iniciativa de Empreendedorismo Social COM(2011) /2004(INI) A7-0305/2012 Proposta de resolução (n. 4 do artigo 157. do Regimento) tendo em vista substituir a proposta de resolução não legislativa A7-0305/2012 Resolução do Parlamento Europeu sobre a Iniciativa de Empreendedorismo Social Construir um ecossistema para promover as empresas sociais no centro da economia e da inovação sociais O Parlamento Europeu, Tendo em conta a Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social e ao Comité das Regiões, de 18 de abril de 2012, intitulada "Ato para o Mercado Único II" (COM(2012)173), Tendo em conta a proposta de regulamento do Conselho relativo ao Estatuto da Fundação Europeia, apresentado pela Comissão em 8 de fevereiro de 2012 (COM(2012) 35), Tendo em conta a proposta de diretiva relativa aos contrato públicos, apresentada pela Comissão em 20 de dezembro de 2011 (COM(2011) 896) Tendo em conta a proposta de regulamento aos Fundos de Empreendedorismo Social Europeus, apresentado pela Comissão em 7 de dezembro de 2011 (COM(2011) 862) Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 25 de outubro de 2011, intitulada Iniciativa de Empreendedorismo Social Construir um ecossistema para promover as empresas sociais no centro da economia e da inovação sociais (COM(2011)682), Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 13 de abril de 2011, intitulada Ato para o Mercado Único. Doze alavancas para estimular o crescimento e reforçar a confiança mútua Juntos para um novo crescimento (COM(2011)206), Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 27 de outubro de 2010, intitulada "Um Ato para o Mercado Único Para uma economia social de mercado altamente competitiva" (COM(2010)608), Tendo em conta a proposta de regulamento da Comissão, de 6 de outubro de 2010, que estabelece um Programa da União Europeia para a Mudança e a Inovação Social COM(2011)609,

2 Tendo em conta a comunicação da Comissão de 3 de Março de 2010 intitulada "Europa Estratégia para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo" (COM(2010)2020), Tendo em conta a proposta de regulamento da Comissão, de 6 de outubro de 2011, relativo ao Fundo Social Europeu e que revoga o Regulamento (CE) n.º 1081/2006 (COM(2011)607), Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 16 de dezembro de 2010, intitulada "Plataforma Europeia contra a Pobreza e a Exclusão Social: um quadro europeu para a coesão social e territorial" (COM(2010)0758), Tendo em conta a publicação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Rede Europeia de Investigação EMES, de 2008, intitulada «Social Enterprise: A new model for poverty reduction and employment generation» (As empresas sociais : um novo modelo para a redução da pobreza e a criação de empregos) 1, Tendo em conta o parecer exploratório do CESE intitulado «Empreendedorismo social e empresas sociais», IN/589, de 26 de outubro de 2011, Tendo em conta a sua resolução, de 19 de fevereiro de 2009, sobre economia social 2, Tendo em conta a sua declaração escrita (P7_DCL(2010)0084), aprovada em 10 de março de 2011, Tendo em conta a sua resolução, de 13 de fevereiro de 2012, sobre o estatuto da Sociedade Cooperativa Europeia no que respeita ao envolvimento dos trabalhadores 3, Tendo em conta o artigo 48º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e os pareceres da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (A6-0305/2012), A. Considerando que as empresas da economia social, que empregam pelo menos 11 milhões de pessoas na UE e representam 6 % da totalidade da força de trabalho ou 10 % de todas as empresas europeias, ou seja, 2 milhões de empresas, contribuem significativamente para o modelo social europeu e para a estratégia Europa 2020 e que reinvestem a maior parte no que acordou designar-se por empresas sociais; B. Considerando que as empresas da economia social, incluindo as empresas sociais, são intervenientes económicos e sociais de pleno direito; que se caracterizam por valores e princípios da democracia, da participação dos trabalhadores, atores sociais e utentes, por objetivos de interesse geral que dão prioridade ao social, à satisfação ética das necessidades em concertação com os seus parceiros e os seus utentes ou clientes, pela JO C 76E de , p Textos aprovados, P7_TA(2012)0071.

3 capacidade de reinvestir os seus benefícios no funcionamento e desenvolvimento da empresa, solidariedade, aprendizagem e partilha mútuas dos conhecimentos e inovação social; C. Considerando que só as cooperativas dispõem de um quadro jurídico a nível europeu, quando as empresas da economia social são reconhecidas e dispõem de um quadro jurídico nacional específico em numerosos Estados-Membros; tendo em consideração as propostas legislativas recentes relativas à economia social em certos Estados-Membros e as propostas da Comissão relativas ao estatuto europeu das fundações e à revisão do estatuto europeu das cooperativas, bem como os trabalhos recentes do Parlamento Europeu e da Comissão sobre as sociedades mutualistas; D. Considerando que os efeitos da atual crise financeira, económica e social, bem como a evolução demográfica, nomeadamente o envelhecimento da população, desafiam os sistemas de proteção social, incluindo os regimes de segurança social estatutários e voluntários, e que, consequentemente, devem ser promovidos sistemas inovadores de assistência social com vista a garantir uma segurança social adequada e um nível que permita viver em condições dignas; E. Considerando que o Ato para o Mercado Único e a estratégia Europa 2020 que visam o estabelecimento de um crescimento inteligente, inovador, sustentável e inclusivo, por forma a garantir e melhorar a quantidade e qualidade dos empregos, e o combate à pobreza estão estreitamente interligados, e que as empresas sociais podem dar uma contribuição significativa através do seu potencial inovador e das suas respostas específicas e adequada às necessidades, incluindo as necessidades sociais, dos cidadãos e das populações, bem como realizar as missões de interesse geral que lhes incumbem; F. Considerando que a Comissão reconhece que os agentes da economia social e as empresas sociais são motores do crescimento económico e da inovação social, com potencial de criação de atividades e empregos sustentáveis, pouco passíveis de deslocalização, e que podem encorajar, nomeadamente, a inclusão de grupos vulneráveis no mercado de trabalho; G. Considerando as propostas da Comissão respeitantes a um regulamento relativo aos Fundos de Empreendedorismo Social Europeus; H. Considerando que as empresas sociais podem, designadamente, prestar ajuda à prestação de serviços sociais de interesse geral, que são componentes fundamentais de um Estado social, contribuindo assim para o cumprimento dos objetivos comuns da União Europeia de promoção da coesão social e territorial; I. Considerando que muitas empresas sociais enfrentam dificuldades de acesso ao financiamento e que, por conseguinte, necessitam de apoio específico e feito por medida, como a banca social, instrumentos de partilha de riscos, fundos filantrópicos e/ou créditos ou microcréditos; considerando que, neste contexto, os fundos estruturais e os programas da UE desempenham um papel importante para facilitar o acesso ao financiamento das empresas sociais;

4 J. Considerando que as empresas sociais, devido à sua natureza e modus operandi, contribuem para a criação de uma sociedade mais coesa e mais democrática, e muitas vezes oferecem condições de trabalho favoráveis à igualdade de oportunidades para homens e mulheres, permitindo assim a conciliação da vida profissional e da vida privada, nomeadamente através de salários iguais para trabalho igual entre os homens e as mulheres; Introdução 1. Toma conhecimento das comunicações da Comissão intituladas «Iniciativa de Empreendedorismo Social» e «Uma recuperação geradora de emprego», que formulam recomendações aos governos nacionais sobre a melhoria das condições quadro das empresas sociais que podem criar novas oportunidades, atividades e empregos e acrescenta que tal oferta não pode limitar-se a fornecer bens e serviços apenas às pessoas desfavorecidas ou marginalizadas; 2 Sublinha que o reconhecimento das empresas sociais a nível europeu não se deve restringir à inclusão de objetivos sociais em determinadas empresas comerciais, devendo ter também em conta as especificidades de cada categoria de empresas sociais, designadamente as empresas da economia social; insiste, neste contexto, na necessidade de adotar e aplicar instrumentos, nomeadamente de financiamento, que permitam às empresas realizar as suas atividades de acordo com as suas metas e objetivos e estimular a solidariedade entre as mesmas; insiste, por outro lado, no facto de um melhor conhecimento da economia social permitir valorizar os seus contributos para toda a sociedade, nomeadamente em matéria de coesão social e territorial; 3. Indica que a economia social é uma componente essencial e de pleno direito da economia e do modelo social europeus, cujo contributo é considerável, nomeadamente no respeitante às suas respostas inovadores, e que desempenha um papel insubstituível para a coesão social e territorial da União e dos seus Estados-Membros; salienta a sua grande capacidade de resistência a crises e os seus sólidos modelos económicos e sociais; sublinha que as empresas sociais dão frequentemente resposta a necessidades sociais e humanas que não são ou apenas de forma inadequada satisfeitas por operadores clássicos ou pelo Estado; realça que os empregos da economia social contribuem igualmente para a (re)localização da economia devido à sua natureza pouco passível de deslocalização e, por conseguinte, para a coesão social, económica e territorial; 4. Afirma que empresa social significa uma empresa, qualquer que seja a sua forma jurídica, que: a) Tenha como principal objetivo produzir incidências sociais quantificáveis e positivas, nos termos do seu contrato de sociedade, dos estatutos ou de qualquer outro documento equivalente estatutário que crie a sociedade, em que a empresa: Forneça serviços e bens a toda a coletividade, com base na solidariedade, através das suas modalidades de funcionamento e financiamento; Forneça serviços ou bens nomeadamente a pessoas vulneráveis, marginalizadas, desfavorecidas ou excluídas, e/ou

5 Forneça bens ou serviços mediante um método de produção que traduza o seu objetivo social; b) Utilize os lucros principalmente para conseguir os seus objetivos principais, em vez de os distribuir numa mera lógica de rentabilidade financeira, e disponha de procedimentos e regras predefinidos aplicáveis aos casos em que os lucros sejam distribuídos aos acionistas e proprietários, que garantam que qualquer distribuição de lucros não subverta os seus objetivos principais; e c) Seja gerida de forma responsável e transparente, designadamente através da participação dos trabalhadores, utentes e/ou outras partes interessadas afetadas pelas suas atividades empresariais e sociais; Ações recomendadas para os diferentes tipos de empresas 5. Salienta que as atividades desempenhadas por voluntários nos vários setores da economia social constituem um contributo importante para a solidariedade e a coesão social e dão um significado à vida de muitas pessoas; solicita o seu pleno reconhecimento e a prestação de apoio financeiro e estrutural adequado a nível local, nacional e europeu; salienta que o voluntariado não poderá de modo algum prejudicar as condições salariais e laborais das pessoas empregadas nas empresas da economia social e que cumpre assegurar a complementaridade entre as atividades de voluntariado e as atividades remuneradas; 6. Insta a Comissão e os Estados-Membros a assegurar que as empresas sociais tenham condições de promoção e funcionamento equivalentes às dos restantes tipos de empresas que "escolhem a dedo" áreas lucrativas da economia; salienta que as atividades da economia social se desenvolvem principalmente em zonas de atividades económicas menos rentáveis onde as dificuldades logísticas originam custos mais elevados, podem herdar serviços à população mais escassos e de qualidade inferior quando realizados em condições estritas do mercado; sublinha que os utilizadores devem poder sempre aceder a serviços de qualidade em condições, mesmo financeiras, aceitáveis; 7. Destaca a importância de uma estratégia e de medidas que promovam o empreendedorismo social e, designadamente, as empresas da economia social, com vista a garantir um melhor acesso aos programas e ao financiamento da UE e dos Estados Membros; solicita um apoio adequado para dar continuidade ao programa "Erasmus para Jovens Empresários" com vista a melhorar a sua atratividade e visibilidade, inclusive na economia social; 8. Regista a diversidade existente na economia social e salienta que a mesma constitui uma riqueza, em especial económica, para a EU e para os seus Estados-Membros; considera que o princípio da liberdade em matéria de empreendedorismo, independentemente do estatuto, deve ser aplicado a fim de respeitar a diversidade das respetivas formas; realça que o desenvolvimento de novos quadros jurídicos a nível da UE deve ser opcional para as empresas e precedido de uma avaliação de impacto de forma a ter em conta a existência de vários modelos de empreendedorismo social e, nomeadamente, dos modelos da economia social, nos diferentes Estados Membros; sublinha que as medidas adotadas devem garantir valor acrescentado à escala da UE;

6 9. Apoia as iniciativas a nível da UE que alargam e fortalecem o já avançado setor de associação na maior parte dos Estados-Membros; apela à criação de um estatuto europeu para as associações que complemente os estatutos legais já existentes a nível dos Estados Membros; 10. Aplaude a intenção da Comissão de apresentar uma proposta tendente a simplificar o regulamento relativo ao Estatuto da Sociedade Cooperativa Europeia; 11. Aplaude o estudo da Comissão sobre a situação das sociedades mútuas na Europa com a estreita participação do setor; salienta que as sociedades mútuas devem, através de um estatuto europeu, ser reconhecidas como agente distinto e importante dentro da economia e sociedade europeias; sublinha os benefícios de um estatuto europeu para facilitar as atividades transfronteiriças das sociedades mútuas; encoraja os Estados-Membros que ainda não introduziram um estatuto nacional para as sociedades mútuas a fazê-lo; 12. Aplaude a proposta de regulamento da Comissão relativa ao Estatuto da Fundação Europeia 1 ; 13. Recorda que a Comissão, no COM(2004)0018, se comprometeu a adotar doze medidas concretas para apoiar o desenvolvimento de cooperativas, e lamenta o facto de, até à data, se terem registado poucos progressos; exorta a Comissão a apresentar uma proposta ambiciosa em conformidade com a iniciativa de 2004 de medidas adicionais destinadas a melhorar as condições de funcionamento das cooperativas, sociedades mútuas, associações e fundações, apoiando assim o desenvolvimento da economia social em geral; salienta a este respeito que a política europeia geral respeitante ao conjunto das empresas da economia social não pode limitar-se à iniciativa relativa ao empreendedorismo social da Comissão Europeia, que tende a promover apenas uma parte da economia social; 14. Regista a adoção de um pacote revisto de disposições aplicáveis aos auxílios estatais na UE, no que respeita aos serviços sociais e locais; insta a Comissão a pôr termo à insegurança jurídica que perdura em certas disposições em matéria de ajudas estatais e em certos setores, nomeadamente os SSIG, e a clarificar e simplificar essas disposições de modo a facilitar a sua compreensão e aplicação pelas autoridades locais e regionais, em particular no que diz respeito às empresas sociais, e muito particularmente as da economia social; 15. Salienta que as empresas sociais são importantes prestadoras de serviços sociais de interesse geral (SIG); destaca que tais empresas resultam frequentemente, ou estão intimamente ligadas, a organizações da sociedade civil, organizações de voluntários e/ou associações de solidariedade, prestando serviços orientados para pessoas, destinados a responder a necessidades humanas vitais, em particular as necessidades dos utilizadores em situação de vulnerabilidade; considera que o âmbito da contratação pública, frequentemente mal adaptado às suas especificidades, não deve de forma alguma constituir o único meio para aceder aos financiamentos públicos e que cumpre realizar uma iniciativa para clarificar o domínio das subvenções públicas; 1 COM(2012) 0035 final

7 16. Considera que a noção de responsabilidade social das empresas (RSE) deve ser distinguida da noção de economia social, empresas sociais e empreendedorismo social, Perspetivas financeiras melhoria do ambiente legal e fiscal 17. Considera que são necessários diferentes instrumentos financeiros como os fundos de empreendedorismo social europeus, os fundos de capital de risco europeus e os fundos europeus de "business angels" (EAF) para melhorar o financiamento das empresas sociais; 18. Destaca a necessidade de apoiar as empresas sociais, e muito particularmente as da economia social, através de recursos financeiros suficientes a nível local, regional, nacional e da UE, e destaca os fundos relevantes ao abrigo do Quadro Financeiro Plurianual ; solicita explicitamente apoio para as empresas sociais inovadoras, nomeadamente as que promovem o emprego de qualidade, combatem a pobreza e a exclusão social e investem na educação, formação, reconversão profissional e aprendizagem ao longo da vida; 19. Sublinha que o acesso ao financiamento da EU, em particular para as pequenas entidades jurídicas, deve ser simplificado, permitindo uma flexibilidade adequada a nível dos Estados-Membros, e que as oportunidades de financiamento devem ser disponibilizadas e claramente anunciadas e, além disso, que os requisitos organizativos, administrativos e contabilísticos devem ser simplificados, tendo nomeadamente em conta o nível dos financiamentos solicitados; 20. Considera necessário dotar-se dos instrumentos que permitam medir e comparar o impacto social dos investimentos; 21. Considera necessário criar condições que favoreçam a independência financeira das empresas sociais; 22. Considera que são necessários processos de gestão responsáveis, sustentados pelo devido acompanhamento e pela devida transparência dos mecanismos de financiamento, para manter a orientação do empreendedorismo social e das empresas sociais; Medidas, apoio e promoção 23. Apoia as medidas prevista pela Comissão na sua comunicação COM(2011)0682, como a elaboração de um estudo comparativo das situações jurídicas regionais e nacionais nos diferentes Estados-Membros, a criação de uma plataforma multilingue de intercâmbio de informação e boas práticas e a elaboração de estatísticas fiáveis; reconhece a necessidade de desenvolver medidas de apoio e de seguimento em matéria de criação, desenvolvimento e gestão de empresas; insiste em que essas medidas se refiram ao conjunto das empresas da economia social; 24. Considera que o desenvolvimento das empresas sociais seria favorecido pela criação de polos de inovação social que apresentem um valor acrescentado não apenas local; sustenta também que certas empresas sociais são indispensáveis para a integração no

8 emprego dos trabalhadores que se encontram desempregados ou afastados do mercado de trabalho; 25. Insta a Comissão a propor um método aberto de coordenação para a economia social; 26. Apoia a proposta da Comissão de criar um grupo de peritos em empreendedorismo social (GECES), a fim de acompanhar, participar e avaliar o progresso das medidas previstas na sua Comunicação COM(2011)0682; solicita que esses trabalhos versem sobre o conjunto da economia social; 27. Exorta a Comissão e os Estados-Membros a reconsiderar a conveniência da criação de um "rótulo social europeu" a ser atribuído às empresas sociais, 28. Solicita que as normas europeias relativas aos contratos públicos apliquem o princípio da «proposta economicamente mais vantajosa» (PEMV) ao invés de «menor custo», quando a prestação de serviços for contratada; solicita que tenham igualmente em consideração o impacto social e as especificidades das atividades em causa; salienta que a reforma das regras da UE no domínio da contratação pública proporciona a oportunidade para reforçar o respeito e a aplicação das normas sociais e ambientais em matéria de adjudicação de contratos públicos e garantir a participação das empresas da economia social nos contratos públicos; 29. Solicita à Comissão que melhore a compreensão e os conhecimentos em relação às empresas sociais e à economia social, que melhore a visibilidade de ambas e apoiando a investigação académica, nomeadamente no contexto do 8.º Programa-Quadro (Horizonte); 30. Exorta a Comissão e os Estados-Membros a integrar as empresas sociais, e muito particularmente as da economia social, nos planos de ação em matéria de emprego e inclusão social e a ter em conta as suas especificidades; 31. Salienta que as empresas sociais e as empresas da economia social requerem o máximo apoio e aceitação possíveis através da sensibilização, em grande parte destacando benefícios que não sejam de natureza meramente económica; apela ao lançamento de uma vasta campanha de informação, apoiada pela Comissão, pelos Estados-Membros e pelos parceiros sociais, bem como pelas partes interessadas, 32. Insta os Estados-Membros a apreciarem os benefícios da inclusão dos princípios relativos à economia social, a empresas sociais, empreendedorismo social e responsabilidade social nos programas educativos das escolas, universidades e outras instituições de ensino, bem como nos programas de aprendizagem ao longo da vida; exorta a Comissão e os Estados- Membros a promover a cooperação entre essas empresas, os parceiros sociais e o meio académico em favor de uma maior compreensão do seu funcionamento, dos princípios e valores da economia social, nomeadamente a fim de combater eventuais estereótipos; 33. Congratula-se com o compromisso da Comissão de analisar e considerar uma possível utilização de patentes inativas por parte das empresas sociais, com o intuito de contribuir para o seu desenvolvimento, e acalenta a esperança de que sejam tomadas medidas concretas num futuro próximo;

9 34. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão e aos governos e parlamentos dos Estados-Membros. Or. fr