Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública

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1 Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública ARLINDO PEREIRA JUNIOR A RESPONSABILIDADE SOCIAL E O TERCEIRO SETOR NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Maringá 2011

2 Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública ARLINDO PEREIRA JUNIOR A RESPONSABILIDADE SOCIAL E O TERCEIRO SETOR NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá. Orientador: Profª. Drª. Maria Madalena Dias. Maringá 2011

3 Especialização em Gestão Pública Programa Nacional de Formação em Administração Pública ARLINDO PEREIRA JUNIOR A RESPONSABILIDADE SOCIAL E O TERCEIRO SETOR NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional de Formação em Administração Pública, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão Pública, do Departamento de Administração da Universidade Estadual de Maringá, sob apreciação da seguinte banca examinadora: Aprovado em / /2011. Professora Maria Madalena Dias, Dra. (orientadora) Assinatura Professor..., Dr. Assinatura Professora...,Dra. Assinatura Maringá 2011

4 PEREIRA JUNIOR, Arlindo. A Responsabilidade Social e o Terceiro Setor nas Políticas Públicas. Trabalho de Conclusão de Curso Pós - Graduação Universidade Estadual de Maringá - Pr. RESUMO O objetivo principal do artigo é demonstrar que por meio da responsabilidade social, o Poder Público juntamente com o Terceiro Setor, em especial as Organizações Não Governamentais (ONGs), podem elaborar projetos que atendam as necessidades da população. Com base neste conceito foram pesquisadas duas ONGs que atuam em benefício da sociedade, uma em conjunto com a administração pública e, outra contra os atos irregulares da administração pública. Entretanto, foram colhidos exemplos atuais de políticos (ministros) e ONGs que se envolveram com desvios de verbas e convênios fraudulentos. Para o combate destas irregularidades é necessário que o Estado crie mecanismos de fiscalização e transparência destas parcerias, inclusive responsabilizando civil e criminalmente aqueles malfeitores. Observa-se que ONGs organizadas, sérias e pautadas na boa fé são de grande valor público, já que exercem o papel de complementar a ação do Estado. Palavras chave: Responsabilidade Social. Terceiro Setor. Administração Pública. Política Pública. Organização Não Governamental.

5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO METODOLOGIA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE SOCIAL O Pensamento Socialmente Responsável e a Contribuição das Instituições Privadas com o Estado O Conceito de Responsabilidade Social e sua Aplicação dentro da Administração Pública A Diferença entre Responsabilidade Social e Filantropia Moral, Ética e Responsabilidade Social TERCEIRO SETOR E AS POLÍTICAS PÚBLICAS A Origem e o Conceito de ONG e outras Instituições Sem Fins Lucrativos Principais Desafios na Constituição e Gestão de uma ONG A Relação das ONGs com a Administração Pública Atual Exemplos de ONGs e sua Relação com Administração Pública CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 27

6 5 1. INTRODUÇÃO A globalização trouxe vários problemas sociais que acarretaram mudanças no comportamento da sociedade. Preocupadas com as consequências, empresas e Organizações Não Governamentais (ONGs) socialmente corretas em parceria com poder público elaboram projetos com o intuito de amenizar os problemas sociais sejam eles na área ambiental, social ou educacional, surgindo então o conceito de Responsabilidade Social. A disseminação da Responsabilidade Social no Brasil pode ser vista como uma obrigação moral na gestão pública e na empresarial e resultado da pressão da sociedade organizada por uma legislação e política que protegem os direitos humanos, preservam o meio ambiente e melhoram a condição de trabalho trazendo resultados a curto e longo prazo. A responsabilidade social apresenta-se como um tema cada vez mais significante no comportamento das organizações e exerce impactos nas estratégias e nos próprios objetivos da empresa, embora alguns afirmem que a responsabilidade das empresas privadas limita-se ao pagamento de impostos e ao cumprimento das leis, no entanto, crescem os argumentos de que seu papel não pode ficar restrito a isso, até por uma questão de sobrevivência das próprias empresas. Assim, começam a surgir as parcerias entre instituição privada, poder público e terceiro setor na busca das políticas sociais em benefício da população. As organizações que implantam em seus negócios algum ato social trazem para si vários benefícios tais como: redução fiscal, abertura de mídia, maior competitividade, reconhecimento do consumidor e principalmente a gratidão e a consciência de estar praticando o bem em função do próximo. A Responsabilidade Social corporativa é o comprometimento ético da empresa para contribuir com o desenvolvimento econômico e simultaneamente melhorar a qualidade de vida da comunidade local e da sociedade como um todo. (MELO NETO E FROES, 2005) O presente artigo conta com exemplos de conjuntos que compõem o terceiro setor: as organizações não-governamentais (ONGs), que estão voltadas à prestação de serviços assistenciais. O primeiro exemplo analisado foi uma ONG localizada em Uberlândia-MG, fundada em 1983, o LAR de Amparo e Promoção

7 6 Humana; e o segundo foi a ONG MÃE - Meio Ambiente Equilibrado, localizada na cidade de Londrina-PR. O LAR atualmente beneficia mais de pessoas no município de Uberlândia-MG entre gestantes, crianças, adolescentes, adultos e idosos. A meta da organização, por meio do projeto Lares Solidários - Rede de Desenvolvimento Social é chegar a mais de 100 unidades espalhadas pelo Estado de Minas Gerais. Já a ONG Meio Ambiente Equilibrado - MAE, fundada no ano de 2001, é composta por uma equipe multidisciplinar que trabalha em prol do meio ambiente na cidade de Londrina e região. Hoje a ONG trava uma batalha judicial contra Prefeitura do Município de Londrina em busca da preservação do bosque central da cidade. Pretendeu-se explorar elementos que permitam o entendimento das políticas públicas no contexto do qual estão inseridas as ONGs; identificar e analisar proposições básicas sobre os princípios gerais de sustentabilidade econômica, social e cultural aplicáveis às ONGs; e ainda, identificar e analisar as formas, a natureza das relações entre os parceiros (públicos e privados) e o tipo de articulações das redes organizacionais que possibilitam o desenvolvimento e a atuação de uma ONG dentro do nosso cenário nacional.

8 7 2. METODOLOGIA DO TRABALHO A metodologia pode ser caracterizada como a união do teórico e do prático, e da junção do método e dos procedimentos técnicos que serão desencadeados nos processos de investigação do pesquisador. Este artigo foi elaborado por meio de pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em material já elaborado disponibilizado em livros, revistas especializadas, jornais, internet, e legislação vigente. Para a coleta de dados da ONG O LAR, utilizou-se o material de pesquisa científico a Revista de Administração da UNIMEP, v.8, n.1, Janeiro / Abril Redes Organizacionais: Perspectiva para Sustentabilidade de uma ONG, sendo responsáveis pelo estudo e pesquisa os autores Edileusa Godoi-de-Sousa (Universidade de São Paulo) e Valdir Machado Valadão Jr (Universidade Federal de Uberlândia), material essencial para demonstração das atividades, organização, benefícios e administração da ONG O LAR. Já para a coleta de dados da ONG MAE, utilizou-se o material disponibilizado no seu sítio eletrônico, bem como matérias veiculadas no sítio eletrônico do jornal Folha Online - Ambiente. 3. RESPONSABILIDADE SOCIAL 3.1 O PENSAMENTO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL E A CONTRIBUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM O ESTADO. O papel das empresas no mundo atual tem sido muito discutido no que diz respeito ao seu caráter de gerar lucros. Hoje, este papel está mudando e as empresas estão despertando para a necessidade de uma atuação mais ampla na sociedade voltada para as atividades no setor social. Esta mudança tem ocorrido por diversos motivos e por um conjunto de fatores que contribuíram para o surgimento das atitudes de responsabilidade social das organizações. Dentre estes motivos está o processo de globalização que favorece a abertura dos mercados, a expansão da tecnologia e a acessibilidade da população à mesma, além da troca de informações num curto período de tempo.

9 8 Nestes termos, a globalização ao ser um processo que imprime o aumento do fluxo do comércio internacional e das atividades financeiras, ao fortalecer sobremaneira atores não-estatais que passaram a influenciar em larga escala os atores públicos e ao criar interdependências que aumentaram a vulnerabilidade externa dos países fez com que os Estados perdessem controle dos referidos processos e passassem a se concentrar na garantia da estabilidade econômica interna, em detrimento das políticas públicas de caráter social. (FELIX, 2003, p. 16) O Estado perdeu forças e não tem mais o controle dos processos econômicos e sociais como antes, adquiriu um caráter menos intervencionista nas atividades do mercado. Sua função de principal provedor dos serviços sociais aos cidadãos tem baixa qualidade e pouca eficiência e, por isso, não supre as necessidades dos cidadãos. Hoje, a economia não é mais controlada pelos governos e o bem-estar social ficou em segundo plano. (FELIX, 2003). A população mais carente é a mais prejudicada com a falta de um Estado forte que forneça a garantia de seus direitos de cidadãos, sendo quem mais sofre com os efeitos nocivos da economia globalizada, geradora de um elevado número de desemprego e exclusão social. De acordo com Ashley (2002), o motivo principal que alavancou o pensamento socialmente responsável, não foi, em primeiro lugar, os problemas sociais, mas sim a crescente competitividade entre as empresas do mercado. A velocidade do processo de inovação tecnológica e da informação impôs ao mercado uma nova maneira de realizar suas atividades comerciais. As empresas perceberam que realmente precisam exercer um papel mais amplo na sociedade e colaborar na mudança do cenário mundial, mas principalmente do brasileiro, por meio de atitudes de responsabilidade social. Sob a ótica empresarial este comportamento socialmente responsável, além de ser um fator de contribuição para a melhoria da sociedade, é também uma estratégia encontrada pelas empresas de potencializarem seu lucro e desenvolvimento. A responsabilidade social na gestão pública carece de projetos que tenham como objetivo a promoção do desenvolvimento sustentável do Estado com ações planejadas, transparentes e integradas com os poderes públicos municipais e federais, por meio de parcerias com o terceiro setor e a iniciativa privada.

10 9 O Poder Público através da responsabilidade social deveria perseguir o desenvolvimento sustentável, através de parcerias não para substituir o Estado em suas atribuições, mas integrarem-se aos poderes num compromisso de cooperação, buscando-se reduzir a enorme desigualdade social que aflora o país. 3.2 CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E SUA APLICAÇÃO DENTRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Os conceitos sobre responsabilidade social são inúmeros, mas grande parte dos autores concordam que responsabilidade social é uma forma das organizações agirem, voltada para uma melhoria da qualidade de vida, seja no ambiente interno, seja no externo. De acordo com a Organização Não-Governamental (ONG) norteamericana, Business For Social Reponsability (BSR), principal entidade mundial na área de responsabilidade social, uma empresa socialmente responsável deve tomar decisões baseando-se nos valores éticos e de maneira que alcance ou exceda suas obrigações éticas, legais e comerciais seja no ambiente interno ou externo. (MACHADO FILHO, 2006) As empresas socialmente responsáveis têm como características a transparência em suas decisões, demonstram um alto nível de comprometimento com o funcionário e a comunidade, realizando projetos sociais em conjunto com o governo, além de preservarem o meio ambiente. Estas atitudes tornam as organizações promotoras de um processo de restauração da sociedade, buscando a igualdade e a cidadania. (ASHLEY, 2002) Toda vez que se busca criar ou produzir algo benéfico para a sociedade e para o meio ambiente, alcançando posteriormente as classes menos favorecidas, cumpre-se o papel social. As políticas públicas precisam pensar com responsabilidade, porque se trata da sustentabilidade de um planeta que necessita de investimentos de curto e longo prazo. A responsabilidade social dentro da administração pública está relacionada a uma gestão ética e transparente que a organização pública deve ter com suas partes interessadas, especialmente a sociedade para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e nos direitos sociais assegurados aos cidadãos.

11 10 A transparência inibe e impede que determinados atos da administração pública sofram vícios e desvios de verbas irregulares, permitindo aos cidadãos conhecer de que forma seus representantes políticos estão operando a máquina estatal. 3.3 A DIFERENÇA ENTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL E FILANTROPIA A consciência de responsabilidade social teve início nas ações de filantropia que alguns empresários adotaram no intuito de retribuir uma parte do sucesso e dos lucros da empresa com aqueles mais carentes. Porém, a filantropia está ligada à idéia de caridade, de ajuda ao próximo e é realizada sem nenhum tipo de planejamento ou estratégia. Segundo Melo Neto & Froes (2001), a filantropia baseia-se no assistencialismo e objetiva contribuir para a sobrevivência de grupos sociais mais desfavorecidos. É uma doação que parte de uma vontade do indivíduo. Já a ação de responsabilidade social não parte de um desejo individual de realizar uma doação, mas sim de um desejo coletivo e de uma visão estratégica que busca a inclusão social e a restauração da sociedade. As empresas que praticam a responsabilidade social visam o desenvolvimento do cidadão e promovem a cidadania individual e coletiva. Para Melo Neto & Froes (2001, p. 27), é uma nova forma de inserção social e uma intervenção direta em busca da solução de problemas sociais. 3.4 MORAL, ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL A moral e a ética estão presentes no comportamento de cada indivíduo, bem como no ambiente corporativo. A moral corresponde ao conjunto de costumes e valores considerados corretos ou incorretos por um determinado grupo de pessoas, uma organização ou um país. Enquanto a ética, é a teoria que rege o comportamento de uma sociedade. Os valores da sociedade ou da organização definem o comportamento certo e o que deve ou não ser feito, e é por meio destes valores que se formam os

12 11 códigos de ética, com a função de fornecer critérios para uma ação ética daqueles que compõem o grupo. No ambiente de transformações contínuas que ocorrem em todo o mundo, o exercício da responsabilidade social tem fundamental importância e a ética está diretamente relacionada a este comportamento responsável. Segundo Ashley (2002), as organizações terão de se encaixar aos padrões éticos globais de operação. A produção e a comercialização devem seguir as normas éticas; as empresas também devem conciliar a necessidade de obter lucro com o cumprimento das leis e o comportamento ético. Em resumo, as organizações em sua generalidade estão agregando aos negócios uma característica mais ética de comportamento, obedecendo a rigorosos valores morais universalmente aceitos pelas organizações. A responsabilidade social corporativa é a característica que melhor define este novo ethos, do grego, ethos, modo de ser, caráter. (Ashley, 2002, p. 53) De acordo com Melo Neto e Froes (2001), uma empresa socialmente responsável deve incorporar estes valores éticos e aplicá-los em suas relações com o governo, clientes, parceiros, meio ambiente, concorrentes, colaboradores e também com a sociedade global e a comunidade local. Outra característica ética é o respeito aos padrões universais de direitos humanos, de cidadania e participação na sociedade. A preservação do meio ambiente também deve estar entre as responsabilidades, assim como o envolvimento com a comunidade local, através de ações sociais diretas ou proporcionando o desenvolvimento econômico e humano. (ASHLEY, 2002). Não se pode olvidar que, a responsabilidade ambiental, educacional e social são imprescindíveis para a administração pública. No Brasil, o modelo de descentralização das políticas sociais aparece como estratégia inovadora na tentativa de revigorar o Estado e minimizar a crise de gestão quanto à ineficiência das políticas públicas. O Estado tem valorizado poderes locais e promove arranjos de participação social na gestão pública, notadamente nas áreas de saúde, educação e meio ambiente. Assim, o conceito de responsabilidade ambiental sugere que as empresas públicas e privadas adotem práticas como a agricultura orgânica, tecnologias produtivas advindas de conceitos de biotecnologia, extrativismo sustentável, manejo sustentável da madeira, entre outras.

13 12 O Brasil dispõe hoje de uma legislação ambiental moderna para penalizar os ilícitos acometidos pelas indústrias em desfavor ao meio ambiente. O correto seria que as indústrias brasileiras tivessem um relacionamento ético e parcerias com os órgãos fiscalizadores da administração pública e com toda a comunidade, permitindo assim, a disseminação de práticas de preservação do meio ambiente. O trabalho desenvolvido pelas ONGs, nos setores sociais e na capacitação humana para o voluntariado, tem sido de suma importância para o avanço das políticas públicas que o Estado, por uma razão ou outra, não pode alcançar. Existem ONGs trabalhando com rendeiras, com seringueiros, com comunidades do meio ambiente, com comunidades artesãs, com grupos de trabalho na educação, na saúde e na gestão de negócios de toda ordem. As ONGs têm um papel extraordinária na implementação das políticas públicas ambientais em nosso país. Outro caminho da responsabilidade social é a questão sócio educacional, algumas empresas em parceria com poder público utilizam-se de projetos sociais voltados a jovens e crianças. Esses projetos podem ser implantados dentro da escola, seja ela pública ou privada, com a colaboração de pais, professores e alunos. Nesse caso o objetivo é disseminar o conceito de responsabilidade social e estimular os alunos a promoverem ações sociais. Geralmente as atividades implantadas são simples, os alunos passam a receber noções da importância e preservação do meio ambiente, aprendem a dar mais valor na instituição família e principalmente absorvem o conceito de Ética e cidadania. As atividades desenvolvidas pelas ONGs ou associações é classificada no campo da educação social como educação não-formal, que tem o sentido de atingir as diversas comunidades de acordo com os seus interesses, proporcionando o conhecimento de conceitos, visão de bem comum, cidadania, entre outros quesitos pertinentes. É fator imprescindível nas sociedades o fomento de projetos sociais visando à educação social principalmente se essa for aplicada em escolas sejam elas públicas, estaduais, federais ou privadas, na qual professores e voluntários recebem a incumbência de divulgar esses conceitos perante a comunidade. (ZARPELON, 2006)

14 13 Por fim, o setor social é a área mais utilizada para o direcionamento das ações sociais de empresas em parceria com poder público. Projetos realizados em parceria com prefeituras em datas comemorativas são frequentes, até as microempresas dedicam-se a esse tipo de projeto, pois os recursos financeiros investidos são mínimos, muitas vezes a população é mobilizada a colaborar, seja doando alimentos, brinquedos, agasalhos entre outros. 4. TERCEIRO SETOR E AS POLÍTICAS PÚBLICAS Para atenuar os efeitos nocivos da globalização, surge a ideia da ação comunitária. Para realizar este trabalho e tentar reduzir os problemas sociais emerge uma nova atividade econômica, o Terceiro Setor. Esta expressão, segundo Melo Neto & Froes (2005) originou-se da estrutura econômica que já possuía o Primeiro Setor o Estado, responsável pelas atividades de ordem pública; o Segundo Setor o mercado, onde se concentram as atividades lucrativas e, agora, o Terceiro Setor, caracterizado por atividades nem governamentais e nem lucrativas. As atividades sociais do Terceiro Setor são realizadas pelas ONGs, organizações sem fins lucrativos, associações voluntárias, instituições sociais de empresas, etc. Este setor concentra-se, através do voluntariado, em suprir as necessidades básicas dos mais carentes e também em defender os direitos e interesses dos cidadãos junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, lutando contra a pobreza, desigualdade e exclusão social. Nesta nova ideologia comunitária, o Estado, enfraquecido, torna-se mais susceptível às influências da sociedade e, por isso, engajado na solução dos problemas sociais. Com o crescimento descontrolado dos problemas sociais, o Estado, e a sociedade controlados pelo sistema econômico, não têm forças para mudar a realidade. Portanto, cabem às empresas, principais agentes neste processo de mudança da racionalidade econômica, tentar devolver aos cidadãos o que retiram dos mesmos e resgatar a cidadania. (MELO NETO e FROES, 2005). Por algumas vezes, o Estado demonstra dificuldades em gerenciar a coisa pública, mostrando uma notória deficiência. Isto está exigindo profundas modificações no que diz respeito as suas funções e sua forma de administrar na

15 14 tentativa de se encontrar fórmulas adequadas de gestão pública ao novo contexto social que se apresenta. Não podendo somente contar com os investimentos públicos, o terceiro setor procurou expandir sua receita contando com o apoio das instituições privadas e da própria população. Logo, o apoio das classes alta e média nas iniciativas sociais, contribuindo com doações e participações ativas nos projetos sociais estão motivando cada vez mais o crescimento deste setor. O setor terciário também tem o apoio das igrejas que contam com voluntários para trabalhar em prol do bem-estar da comunidade. Além das classes sociais mais abastadas e das igrejas, o terceiro setor ainda recebe colaboração da mídia, que faz o papel da divulgação das ações sociais realizadas, influenciando o pensamento da população no sentido da responsabilidade social e, ao mesmo tempo, incentivando a colaboração e os investimentos no setor terciário. Porém o grande impulso do Terceiro Setor veio com os investimentos das empresas que buscam a cidadania empresarial. E, cada vez mais as empresas conscientizam-se de que os investimentos neste setor são importantes e, mais ainda, são fontes de rentabilidade. 4.1 A ORIGEM E O CONCEITO DE ONG E OUTRAS INSTITUIÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS NO BRASIL. As ONGs originaram-se da participação das entidades sem fins lucrativos no Brasil, que é datada no final do século XIX. De acordo com o Relatório Geset (2001; p. 6-7) pode-se até mesmo citar o exemplo das Santas Casas que remontam mais atrás, na segunda metade do século XVI, e trás consigo uma tradição da presença das igrejas cristãs que direta ou indiretamente atuavam prestando assistência à comunidade. A modernização natural da própria sociedade, fruto da industrialização e urbanização da época, aumentou a complexidade dos problemas sociais o que colaborou para a mudança de relacionamento entre Igreja e o Estado. Dentro desse contexto, começam a aparecer na década de 30 várias entidades da sociedade civil, na maioria também atrelada ao Estado. No período do Estado Novo houve um crescente número de entidades atuando no Terceiro Setor, cuja representatividade já não era tão definida, ou seja, não se tratava mais só de Igrejas e Estado, mas também, de entidades não governamentais, sem fins lucrativos e de finalidade pública - (RELATÓRIO GESET, 2001; p. 6-7)

16 15 Na década de 70 e 80 começam a surgir movimentos sociais, opondo-se especialmente às práticas autoritárias do regime militar desse período, assim como reivindicando direitos sociais. Constata-se nas últimas décadas um grande crescimento do Terceiro Setor como um todo, em especial das ONGs (Organizações-Não-Governamentais). A pluralidade de partidos, a formação de sindicatos, os movimentos sociais urbanos e rurais, e as imunidades e isenções de tributos concedidas, contribuíram para uma atuação mais efetiva das ONGs. As condições legais previstas pelo texto constitucional foram detalhadas pelo artigo 14 do Código Tributário. Além disso, o parágrafo 2º, do art. 12 da Lei 9.532/97, estabeleceu também outros requisitos que devem ser observados pelas entidades de educação e assistência social, sem fins lucrativos, para que gozem da imunidade mencionada. Assim, o conceito ONG é uma abreviatura usada para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras. Já a natureza jurídica das ONGs é de direito privado sem fins lucrativos (Associação Civil). Caso atenda aos requisitos legais, a ONG poderá solicitar Declaração de Utilidade Pública (Federal, Estadual, Municipal) e/ou Certificado de Entidade Filantrópica (fornecido pelo Conselho Nacional de Assistência Social CNAS). Cediço que as ONGs possuem um papel importante na sociedade, pois seus serviços chegam a locais e situações em que o Estado é ausente ou pouco presente. Muitas vezes as ONGs trabalham em parceria com o Estado, com receita pública ou não. As ONGs obtêm recursos através de financiamento dos governos, empresas privadas, venda de produtos e da população em geral (através de doações). Grande parte da mão-de-obra que atua nas ONGs é formada por voluntários. A ABONG é a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais e alguns exemplos de grandes ONGs atuantes no Brasil que podemos destacar são:

17 16 Fundação SOS Mata Atlântica - ONG brasileira cuja principal função é atuar em defesa da fauna e flora da Mata Atlântica; Greenpeace - missão de preservação da natureza e conservação da biodiversidade, ONG mundial que também atua no Brasil, dentre outras. Outra instituição que se destaca é a OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a qual foi criada pelo Ministério da Justiça para atuar em parceria com o governo, promovendo ações de interesse público. A associação, fundação e organização religiosa, são outros tipos de entidades sem fins lucrativos abrangidos por nossa legislação. Todas estas instituições são auxiliares do poder público, já que este não consegue atender todas as demandas que lhe são delegadas. A lei 9.709/99, que regula o Terceiro Setor declara que associações de direito privado sem fins lucrativos são qualificadas pelo poder público como OSCIP ao adequarem seus estatutos à Lei e podem formalizar parcerias com o governo. No entanto, deve-se observar que, as organizações não precisam se qualificar como sendo OSCIP. Com as OSCIPs, cria-se o termo de parceria, que é uma modalidade de convênio menos burocratizada e que possibilita um dinamismo das ONGs em sua relação com o Estado. Uma das imperfeições da lei é que qualquer instituição, mesmo recém-criada, pode requerer o título de OSCIPS; e muitas ONGs viraram um negócio, sendo que tal mecanismo pode levar a uma terceirização do Estado, sem controle. Existe ainda a Organização Social OS, que é um título dado pelo chefe do Executivo federal, que permite à ONG gerir um equipamento público, estabelecido pela Lei Federal nº , de maio de A OS é uma qualificação outorgada pela administração pública a uma entidade sem fins lucrativos, que exerce atividades de interesse público. O que o Estado faz com a OS não é um convênio, como no caso da Oscip, é um contrato de gestão. A referida lei federal estabelece que o Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sociais sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, elencando, ainda, os requisitos para tal outorga. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e o Museu da Casa Brasileira são exemplos de OS.

18 17 Temos ainda as Fundações, que são instituições que financiam o terceiro setor, fazendo doações às entidades beneficentes. No Brasil, temos também as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios. Infelizmente no país existem poucas fundações que atuam na área social. Assim, o conceito de fundação é, justamente, o de acumular fundos nos anos bons para poder usá-los nos anos ruins. Por fim, no âmbito do Direito Civil Brasileiro, geralmente, o termo Associação é reservado para entidades sem fins econômicos, enquanto sociedade, para entidades com fins lucrativos, embora isso não seja estrito, nem seja regra. A regra faz parte do Código Civil de 2002 que no artigo 53 dispõe: Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. 4.2 PRINCIPAIS DESAFIOS NA CONSTITUIÇÃO E GESTÃO DE UMA ONG Para constituir uma associação ou uma fundação (formato jurídico de uma ONG), são necessários quatro registros obrigatórios, nos três níveis de governo - federal, estadual e municipal que exigem muitos requisitos e procedimentos legais, que são sistematicamente verificados pelas instâncias administrativas responsáveis.( Toda associação ou fundação, para iniciar suas atividades, deve registrarse no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, que é o órgão público competente para tal registro, segundo a Lei 6015/73 (Lei de Registros Públicos). O estatuto social e demais atos constitutivos a serem registrados devem obedecer o disposto no Código Civil e na Lei 6015/73. No caso do registro de uma fundação, faz-se necessário a aprovação prévia do estatuto social pelo Ministério Público Estadual (ou Federal, conforme o caso). Se o instituidor da fundação ou a pessoa por ele nomeada não elaborar o Estatuto no prazo de seis meses (ou outro que lhe tenha sido concedido), ficará a cargo do Ministério Público elaborá-lo e submetê-lo a aprovação judicial. No que diz respeito à movimentação financeira, toda associação deve se inscrever no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal. Somente a partir desse momento poderá abrir conta bancária e receber recursos. O espaço físico onde está localizada a sede da associação também precisa ser regularizado perante a Prefeitura Municipal. Para obter o Cadastro de

19 18 Contribuintes Mobiliários (CCM) e o Alvará de Localização e Funcionamento, a organização deve apresentar o Estatuto Social e a Ata da Assembleia de Constituição, devidamente registrados em cartório, juntamente com o documento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do local onde funcionará a organização. O mencionado Alvará deverá ser atualizado periodicamente. No que tange à regularização trabalhista, a organização, mesmo que não tenha empregados e/ou funcionários, deve apresentar documentos e informações anuais (Relação Anual de Informações Sociais Rais e Guia do Fundo de Garantia e Informações à Previdência - GFIP). Além disso, se quiser contratar empregados, deverá (entre outras coisas) registrar-se no Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Dependendo ainda da área e forma de atuação da entidade, existem inúmeros registros, títulos e qualificações obrigatórias e/ou facultativas junto ao poder público. Para se registrar nesses órgãos públicos ou obter determinado título ou qualificação concedida pelo poder público, a organização deve cumprir determinados requisitos e apresentar uma série de documentos, tais como: relatório de atividades; balanço contábil e patrimonial; atestado de autoridade local (prefeito/a, juiz/a de direito, promotor/a de justiça) de que a organização esteve e está em contínuo funcionamento nos últimos três anos, com exata observância dos princípios estatutários; qualificação completa dos membros da diretoria e atestado de idoneidade moral, etc.( De acordo com Administração de uma Organização Não Governamental (ONG), não se diferencia de uma empresa convencional. As exigências legais são mais complexas e exigem uma estrutura de gestão que não se restringe apenas aos documentos básicos (estatuto, CNPJ, regimento interno, ata de diretoria, ata de fundação), a estrutura de gestão de uma ONG deverá ser profissionalizada sem perder o conceito de Organização Não Governamental. ( No Brasil, existem apenas dois formatos institucionais para a constituição de uma Organização com fins não econômicos: Fundação - tem origem em um patrimônio ou conjunto de bens; seu registro em cartório depende da aprovação prévia do Estatuto Social pelo Ministério Publico Municipal ou Estadual; é fiscalizada pelo Ministério Público anualmente; Associação - se origina da vontade de um grupo de pessoas unidas por uma causa ou objetivos sociais comuns. A Associação

20 19 não depende da aprovação do Ministério Público, no seu ato constitutivo e sim da Assembleia Geral convocada para este fim. ( 4.3 A RELAÇÃO DAS ONGS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ATUAL As ONGs têm papel importante na formação de políticas públicas, por meio das parcerias. Elas podem se relacionarem com a Administração Pública por meio de contratos, convênios e parcerias. Tanto o contrato como o convênio são acordos de vontade que criam obrigações para as partes. Destaca-se como exemplo o trabalho das ONGs que fizeram do Brasil uma referência mundial em prevenção da Aids, trabalho que não existiria sem a parceria do Estado com estas organizações. O ordenamento da política quem oferece é o Estado e a ONG entra na ponta implementando a política definida pelo Estado. A ONG não pode ser a executora da política pública, senão perde o conceito de organização não governamental e se transforma em uma organização governamental. Entretanto, não só de bons resultados vive as parcerias das ONGs com o poder público. Recentemente revistas e jornais de todo o país denunciaram inúmeras irregularidades envolvendo ONGs, o Ministério dos Esportes, e o Ministério do Trabalho. Estas denúncias culminaram no pedido de exoneração do Ministro dos Esportes Orlando da Silva e do Ministro do Trabalho Carlos Lupi. Nos dois casos houve indícios de fraudes e desvio de verbas em convênios com as organizações não governamentais. No caso dos convênios do Ministério dos Esportes, o governo decidiu suspender o repasse de recursos para estas entidades, a fim de que órgãos e entidades da administração pública federal pudessem fazer uma auditoria nos convênios. As ONGs das áreas de saúde e educação foram algumas das mais atingidas com a referida medida adotada pelo governo, uma vez que dependem de recursos públicos para realizar suas atividades. Já os convênios das ONGs com o Ministérios do Trabalho estão sob investigação. A prática de irregularidades envolvendo ONGs é um caminho convidativo, pois, por serem entidades sem fins lucrativos, elas gozam de uma série de isenções fiscais. Daí a necessidade de fiscalização. Se existe desvio de recursos em ONGs que prestam serviço para poder público, o problema primeiro é do Estado, que foi

21 20 responsável pelo contrato de gestão, de parceria ou convênio sem critério. Além disso, porque tem mecanismos para investigar através de seus órgãos de controle, como por exemplo, os tribunais de contas e as comissões parlamentares de inquérito (CPI). Seria ainda de grande valia, a abertura por parte do governo de uma CPI que pudesse esclarecer à população sobre os diferentes tipos de ONGs existentes e sobre o repasse de recursos públicos. A transparência é um dos elementos essenciais a esse processo. O governo deveria prestar à sociedade informações sobre seus gastos e receitas, inclusive criar um mecanismo de transparência a respeito desses repasses de recursos e verbas a estas entidades sem fins lucrativos. 4.4 EXEMPLOS DE ONGS E SUA RELAÇÃO COM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: ONG O LAR E ONG MAE. Dentre as inúmeras ONGs distribuídas pelo Brasil, foram escolhidas duas ONGs: a primeira conhecida como O LAR ; e a segunda conhecida como MAE Meio Ambiente Equilibrado. A primeira ONG foi estudada porque é exemplo de parceria e sucesso com administração pública, já a segunda ONG é exemplo de combate e luta contra os danos ocasionados pela administração pública ao meio ambiente. O LAR de Amparo e Promoção Humana conforme noticiado 1 está localizado no município de Uberlândia e tem como missão: "Educar, apoiar e promover o desenvolvimento integral do Ser Humano, do útero materno à terceira idade, com vistas à superação de todo tipo de desigualdade social." A organização oferece todos os seus serviços gratuitamente à população de baixa renda, beneficiando mais de pessoas, entre gestantes, crianças, adolescentes, jovens, adultos, portadores de deficiência e idosos. A ONG está constituída juridicamente dentro da legislação brasileira vigente como uma associação, de direito privado, é credenciada em todas as esferas de governo e conselhos para receber imunidades, isenções e subvenções. 1 Revista de Administração da UNIMEP, v.8, n.1, Janeiro / Abril

22 21 Dentro da ONG existe uma dinâmica organizacional a qual foi dividida em subcategorias: social, cultural e econômica, para composição da sustentabilidade da organização. A sustentabilidade econômica diz respeito à relação da ONG com o ambiente, e é influenciada pela eficiência no uso dos recursos, exigindo-se uma profissionalização. O principal objetivo desta subcategoria é a busca de recursos junto a parceiros, e a prestação de contas dos resultados. A organização adota a teoria de que é necessário buscar permanentemente parceria em relação a tudo. As unidades seguem um padrão de estrutura graças a estas parcerias de investimentos e custeios. Com a existência de uma política para qualidade são traçadas diretrizes básicas no que tange a família; lar; fraternidade; comunicação; ética; desenvolvimento humano; cidadania; meio ambiente; vícios; globalização; trabalho; e sexualidade, buscando-se oferecer um atendimento de qualidade aos cidadãos. Por meio de um sistema participativo para discussão e tomada de decisões é possível a gestão e monitoramento de processos, serviços e produtos dentro da instituição. Os coordenadores representam um elo entre os funcionários e a direção, desempenhando assim, um papel de destaque no processo decisório. Para o gerenciamento dos resultados da organização são feitos relatórios mensais e anuais, o que evitam futuras crises. O levantamento é também realizado junto às famílias dos atendidos na busca de informações sobre as mesmas, com o objetivo de realização de uma avaliação geral da ONG. Já a sustentabilidade cultural e a sustentabilidade social estão voltadas ao interesse coletivo, direcionadas ao atendimento das necessidades da sociedade. Estas subcategorias têm como foco o indivíduo e o seu bem estar. A partir dos indicadores da subcategoria sustentabilidade social pode-se observar que a instituição opera com efetivo enxuto, completando sua necessidade de pessoal com assessorias voluntárias. Entretanto, tem o propósito de geração de emprego e renda, contando com 233 funcionários remunerados, e cerca de 280 voluntários. Existe ainda um incentivo para o crescimento profissional destes funcionários, com a possibilidade de cursos de graduação e pós graduação, por meio de descontos nos colégios e faculdades, além de outros treinamentos e dinâmicas, o que resulta na capacitação profissional daqueles que trabalham na ONG.

23 22 Já os indicadores da subcategoria sustentabilidade cultural demonstram a necessidade da aprendizagem referente à valorização do ser humano. Nesta subcategoria pode-se evidenciar a existência de um código de conduta organizacional, onde além das normas funcionais determinadas pela legislação externa, há o regimento interno. As normas não possuem caráter definitivo, pois podem ser questionadas e revistas. Todos na organização são incentivados a realizar críticas e sugerir melhorias quando verificam que algo não vai bem. O resultado são as melhorias constantes no atendimento à sociedade, relacionando a imagem da ONG com a sua missão de educar, apoiar e promover o desenvolvimento integral do ser humano. A maior necessidade desta organização é a busca incessante de parcerias, seja ela do poder público, empresas ou organizações também pertencentes ao terceiro setor, já que a mesma não possui receita própria. A Prefeitura Municipal de Uberlândia assume o compromisso de proporcionar sustentabilidade ao projeto social do LAR, como uma alternativa para a prestação de serviços públicos, como se houvesse uma terceirização, fato que a exime em grande parte, da execução de seus programas sociais. A iniciativa privada atua na maior parte de maneira autônoma, verificandose que, quanto maior o investimento, maior o compromisso da ONG na prestação de contas. Pode-se observar que a parceria do LAR com organizações do terceiro setor também ocorrem de forma autônoma, permitindo um maior desenvolvimento de ideias e de soluções originais para as necessidades sociais. Entretanto, chega-se a conclusão de que falta uma maior aproximação do LAR com outras ONGs, no que se refere há um maior diálogo e troca de experiências, em busca do fortalecimento do setor, já que se restringe tão somente ao repasse de doações, ficando nítida a falta de solidariedade entre estas instituições. Por fim, cabe destacar a importância da ONG O LAR para sociedade mineira. A cultura e recreação, educação e pesquisa, saúde e assistência social são algumas das benfeitorias praticadas por esta organização. O trabalho da referida ONG chega ser tão atuante junto à sociedade, que a Prefeitura do Município de Uberlândia por meio da sustentabilidade oferecida a instituição se desonera em grande parte dos seus serviços sociais.

24 23 Assim, a gestão organizacional da referida instituição é exemplo de credibilidade e atuação nos direitos sociais dos menos favorecidos. Não há dúvidas de que a ONG O LAR é um modelo bem sucedido de organização não governamental a ser seguido pelas inúmeras ONGs existentes e espalhadas por este nosso país, seja pelas prestações de contas aos seus parceiros (governo e instituição privada), seja pelas benfeitorias oferecidas a comunidade. Já a ONG MAE está localizada na cidade de Londrina/PR e sua principal atividade é a luta para o conhecimento e a preservação do meio ambiente. A referida ONG foi fundada no ano de 2001 por estudantes de direito que atuavam junto a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente da comarca de Londrina, Paraná. Atualmente conta com vários grupos de estudos, como: Grupo de Educação Ambiental que une as áreas de educação e pedagogia, agrupando profissionais e interessados na educação ambiental como elemento fundamental da mudança; Grupo de Direito Ambiental que conta com a colaboração da Promotoria do Meio Ambiente de Londrina, é nesse grupo que estagiários, estudantes de Direito, voluntários e advogados da ONG realizam todas as etapas do inquérito civil, da investigação à denúncia na Justiça; Grupo Técnico Ambiental que é formado por biólogos, geógrafos, engenheiros agrônomos, especialistas, voluntários e universitários dessas e outras áreas do conhecimento com interface ambiental. Fornece o embasamento científico usado nos procedimentos jurídicos; Grupo de Comunicação Ambiental que agrega jornalistas, relações públicas, publicitários, designers, profissionais e universitários de comunicação em geral. Além de alimentar site próprio, produz releases, fotos, textos e artigos para jornais, rádios, sites. Hoje a ONG trava uma batalha judicial contra a Prefeitura Municipal de Londrina. A polêmica começou quando a prefeitura iniciou a retirada de 16 (dezesseis) árvores nativas do bosque central da cidade para reabertura de uma rua, com o pretexto de melhorar o fluxo de veículos naquela região. A ONG MAE ingressou com ação civil pública que resultou na liminar que suspendeu as obras do bosque central. A ação civil pública se baseou em diversos apontamentos, como a falta do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) previsto pela lei federal e pelo Plano Diretor. A ONG entende que o documento era necessário por se tratar de um

25 24 empreendimento polo gerador de tráfego e poluição. Ainda questionou a falta de autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para corte das árvores e a não publicação do ato no Diário Oficial. Outros fatores abordados foram o pedido de tombamento do bosque e a lei municipal que coloca o espaço como complexo esportivo. Por sua vez, o prefeito do município de Londrina não desiste do embate jurídico, requerendo a reabertura da rua pelo bosque central. A administração pública entende que a ONG MAE apresentou situações inverídicas na ação, como a ausência do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), que não é necessário em obra pública, e o tombamento estadual do Bosque, que seria inverdade. Assim, o município já recorreu contra a liminar da referida ONG, que embargou as obras no bosque, e tenta na Justiça o amparo para o projeto. Os exemplos aludidos demonstram que as ONGs muitas vezes podem atuar em parceria com a administração pública garantindo os direitos sociais a população carente, entretanto, em outras ocasiões podem atuar contra a administração pública, desta vez atendendo não só os interesses dos mais necessitados, mas sim de toda a sociedade. As ONGs estudadas puderam através do princípio da transparência comprovar que de uma forma ou outra sempre estão atendendo os interesses e as necessidades da população, seja oferecendo benfeitorias, seja defendendo seus direitos.

26 25 5. CONCLUSÃO Hoje existe a necessidade do Poder Público juntamente com as empresas e/ou instituições, públicas ou privadas, implantarem programas de responsabilidade social e políticas públicas em todas as áreas sociais (educação, saúde, meio-ambiente, transferência de renda e outros). O terceiro setor, no qual estão inscritas as ONGs, são muitas vezes parceiras do Estado para o desenvolvimento de projetos sociais, com ou sem aporte de recursos públicos. As ONGs estão inseridas de modo a suprir as falhas governamentais em relação ao apoio social, ambiental, e econômico, sem finalidade lucrativa. Na verdade, as ONGs possuem um grande valor público, pois, exercem o papel de complementar a ação do Estado. É necessário ainda, critérios para a escolha das políticas públicas que serão executadas mediante parcerias com ONGs, principalmente aquelas que recebem recursos públicos. É de suma importância que exista uma fiscalização por parte da sociedade e dos órgãos governamentais competentes, para que seja garantida não só a lisura nas aplicações de recursos públicos, a adequação técnica das iniciativas e, sobretudo, para que os objetivos sociais sejam efetivamente atingidos. A ONG O LAR é exemplo de que com a busca de novas formas de estruturar os seus mecanismos de gestão, especialmente na busca de parcerias com o Estado e com as empresas privadas, é possível oferecer a sociedade os direitos sociais garantidos pela Carta Magna, mesmo quando na verdade tais deveres deveriam ser de responsabilidade do Poder Público. Vale ressaltar que, a colaboração do setor privado é primordial, haja vista a flagrante deficiência e incompetência do Estado na gerência da coisa pública. Já a ONG MAE é referência em questões socioambientais da região de Londrina. Alguns de seus projetos contam com o apoio do poder público, entretanto, em outros casos, atua contra a administração pública que às vezes de forma descontrolada provoca danos ao meio ambiente, como ocorreu no caso do corte irregular de árvores nativas no bosque central. As ONGs estudadas foram exemplos positivos de organizações sem fins lucrativos detentoras de gestões administrativas sérias, organizadas e conscientes, que trabalham em prol da sociedade, sejam com recursos públicos ou não.

27 26 Entretanto, podemos observar que a administração pública vem corrompendo algumas ONGs, com desvios de verbas e fraudes em convênios. É preciso avançar na estruturação e na criação de mecanismos para que o Estado possa conseguir fiscalizar e verificar a efetividade destes convênios celebrados, o que também depende de uma nova legislação. Por fim, é necessário estabelecer critérios definidores de responsabilidade civil e criminal para as ONGs que descumprirem as regras e leis estabelecidas ou não executarem a parceria pactuada, bem como criar mecanismos processuais para aumentar o grau de efetividade da cobrança judicial dessa responsabilidade, fazendo com que o dinheiro que foi indevidamente utilizado seja ressarcido aos cofres públicos.

28 27 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASHLEY, Patrícia Almeida. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. São Paulo: Saraiva, BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis, RJ: Vozes, BAVA, Silvio C. O Terceiro Setor e os Desafios do Estado de São Paulo para o Século XXI. In: Cadernos Abong. ONGs Identidades e Desafios Atuais. São Paulo: Autores Associados, COELHO, Ricardo Correa, Especialização em Gestão Pública: O Público e o Privado na Gestão Pública, Programa Nacional de Formação em Administração Pública, Editora Capes, DI PIETRO, Maria Sylvia Z., Direito Administrativo, 23ª Edição, São Paulo, Editora Atlas S.A, FERNANDES, Rubens C. Privado Porém Público: O Terceiro Setor na América Latina. 2.ed. Rio de Janeiro: Relume Dumaré, FILHO, José dos Santos C., Interesse Público Verdades e Sofismas, São Paulo, Editora Atlas S.A, 2010 GERÊNCIA DE ESTUDOS SETORIAIS (GESET). Terceiro Setor e o Desenvolvimento Social. Disponível em: Acesso em: 15 de Jul. de GONÇALVES, H. S. O Estado o Terceiro Setor e o Mercado: Uma Tríade Completa. Disponível em: Acesso em: 15 de Jul. de 2011.

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