Pesquisador: Alberto Boldt

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1 Informativo Abril/2009 n. 01 Primavera do Leste, 4 de maio de Pesquisador: Alberto Boldt Apodrecimento de maçãs devido ao excesso de chuvas Estão sendo realizados levantamentos para quantificar o número de maçãs podres nos ensaios de cultivares na Estação Experimental de Primavera do Leste. A chuva e a alta umidade têm sido apontadas como um dos principais fatores causadores do apodrecimento de maçãs, além de percevejos, bicudo e doenças. O índice pluviométrico no mês de fevereiro foi de 457,5 mm, no mês de março foi de 314,7 (com 28 dias de chuva) e no mês de abril foi de 138,8 estendendo-se até o dia 9 (dias consecutivos). Na amostragem feita nas cultivares FMT 701 e Fibermax 993 foram identificadas em média 1 maçã apodrecida/pé. Se considerar-mos um peso médio de 5gr/maçã isto resulta numa perda média de 33@/ha. Os cuidados para aproveitamento das maças do ponteiro devem ser intensificados. Pesquisadora: Edina Regina Moresco Descritores para Germoplasma e Descritores para Cultivares O primeiro passo num programa de conservação de germoplasma é obter o passaporte de cada material (acesso) presente no banco. Este, que é o documento de identidade do acesso, traz a descrição de cada material, coletada através dos descritores (características de alta herdabilidade, pouco afetadas pelo ambiente e controladas por poucos genes). Existem grupos de descritores para germoplasma (que incluem uma gama grande de espécies) e para cultivares (no algodão para as espécies G. hirsutum e G. barbadense e seus híbridos). Para germoplasma, os descritores são normatizados pela FAO. Já para registro de cultivares, os descritores seguem o padrão da UPOV e/ou Ministério da Agricultura. O projeto de conservação de germoplasma do IMA-MT está descrevendo aproximadamente 400 acessos neste primeiro ano.

2 Pesquisador: Edson Ricardo de Andrade Junior Controle quimico de Lagartas Em todas as regiões produtoras do estado foram constatados problemas no controle de lagartas, como Lagartas-das-Maçãs e principalmente Falsa- Medideira. No caso da Falsa-Medideira, a posição de ataque das lagartas, abaixo da metade inferior das plantas, dificulta a ação de controle de inseticidas, pois nas aplicações convencionais é relativamente reduzida a quantidade de substância que atingem os estratos inferiores das plantas. Baseados nos problemas relatados o IMAmt está realizando experimentos de Controle Químico de: Falsa-Medideira (Campo Verde e Primavera do Leste), Lagarta-das-Maçãs (Campo Verde) e Curuquerê (Primavera do Leste); assim como testando alternativas de levar o inseticida no alvo com maior eficiência. Pesquisador: Jean Louis Belot Algodão adensado Viagem na Argentina sobre colheita e descaroçamento de algodão adensado, organizado pela AMPA. Contou com a participação de 33 participantes dos diversos nucleos da AMPA e pesquisadores do IMA. A visita a algodoeiras e campos adensados em colheita mostrou a boa atuação das colheitadeiras de pentes, e que o algodão stripper pode ser beneficiado adequadamente mediante reforços nos processos de limpeza. Visita de alguns campos de algodão adensado (Campo verde, Serra da Petrovina, Sorriso): o controle das ervas daninhas em sistema adensado parece mais problemático do que estavamos pensando inicialmente. Grande variabilidade de situação para o controle de altura das plantas (de excelente até ruim). Em muitos casos, o potencial produtivo parece elevado. Na rede de ensaios adensados do IMAmt, muitos serviços foram realizados em Abril para controle das ervas daninhas, tanto com capina, como em jato dirigido. Algodão convencional Algodão convencional/ ensaios do IMA: Pressão elevada de falsa medideira e curuquere na estação experimental em Primavera do Leste. Este ano, a pressão de ramularia é elevada. Cuidado com o algodão adensado. Engenheira Agrônoma: Patricia M. C. Andrade Vilela Supressão do bicudo do algodoeiro na região Sul do estado do Mato Grosso O bicudo-do-algodoeiro é uma praga extremamente agressiva, causando perdas significativas de produtividade nas lavouras de algodão. Os produtores e técnicos preocupados com a alta infestação da praga na lavoura algodoeira e

3 o elevado custo de manutenção da mesma para combater o bicudo solicitaram ao Instituto Mato-grossense do algodão (IMAmt) a implantação do projeto de supressão do bicudo. Participaram desse projeto 14 grupos, distrubuidos em 80 propriedades perfazendo um total de 7609 armadilhas, as quais foram colocadas em outubro de A partir desse momento as coletas de dados foram realizadas semanalmente e as informações transformadas em mapas digitais. Com as informações coletadas até o presente momento (26 semanas), ficou constatado que em locais onde houve problemas de destruição de soqueira, foi uma porta de entrada do bicudo nos primeiros meses, inclusive onde as aplicações tiveram que ser sequenciais. A pressão de bicudo voltou a aumentar em algumas regiões, quando iniciou-se a colheita da soja, provavelmente em função de tigueras de algodão dentro da mesma. Porém houve áreas que ao longo dos meses de monitoramento a captura foi minima, provavelmente em função de: boa destruição de soqueira; aplicações de bordadura, floração e final de ciclo. Entretanto, a partir da segunda quinzena de abril os trabalhos de supressão foram substituidos por ações de controle rigido, em função do cenário desfavoravel para a cotonicultura, que tornou inviável por parte dos produtores a excecução de algumas ações fundamentais de supressão, culminando com o término do projeto. Na transição dos trabalhos de supressão para controle rigido houve redução de participação em torno de 21%, onde alguns produtores optaram por sair totalmente do projeto retirando 100% das armadilhas e os demais 11 grupos distruibuidos em 63 fazendas, continuam com as armadilhas (total ou parcial) até a colheita do algodão permitindo obter-se um histórico ao longo da safra. Ensaio cooperativo de cultivares comerciais Os ensaios de competição de cultivares comerciais em andamento estão na fase de enchimento de capsulas (safra) e floração (safrinha), durante o mês de abril os pesquisadores do IMAmt, Embrapa e Fundação MT fizeram um visita nos ensaios localizados em Primavera do Leste, Rondonópolis, Serra da Petrovina e Campo Verde; onde foi possivel discutir alguns problemas técnicos em evidência na cotonicultura e trocar. Acredita-se que os ensaios terão bons resultados de produção. Pesquisador: Rafael Galbieri Virose atípica em algodoeiro Na safra de constatou-se a ocorrência de uma virose atípica em algodoeiro com determinadas características de doença azul e em cultivares antes resistentes ao vírus desta doença. Esse fato vem se repetindo intensamente na safra atual, causando extrema preocupação em toda a cotonicultura brasileira. Uma das hipóteses mais prováveis para explicar o ocorrido é que houve uma mudança no patógeno causador da doença azul, supondo ser um variante genético do vírus. Essa mudança seria responsável pela reação de patogenicidade nas cultivares comerciais. Cultivares antes caracterizadas como resistentes ao agente causal da doença azul podem agora apresentar sensibilidade à esta nova forma do vírus. Diante desse

4 quadro, o Instituto Mato-grossense do Algodão vem avaliando maciçamente cultivares e linhagens do programa de melhoramento frente a essa nova virose. Pesquisador: Rogério Oliveira de Sá Com o objetivo de pesquisar e desenvolver espécies oleaginosas potenciais na produção de óleo, no período da safrinha, pós milho, visando gerar renda ao produtor, aliado a benefícios ao sistema produtivo, que a rotação de culturas trás, como por exemplo, na quebra no ciclo de pragas e doenças, extruturação do solo, entre outros, o Instituto Matogrossense do Algodão IMAmt, criou um projeto estratégico para o desenvolvimento de cultivares de espécies oleaginosas potenciais, visando o fornecimento de óleo para a produção de Biodiesel. O IMAmt atualmente conduz experimentos com doze (12) espécies anuais (amendoim, gergelim, girassol, mamona, crambe, cártamo, linhaça, colza, nabo forrageiro, camelina, Níger, e canola), no período da safrinha, três (3) espécies perenes (dende, moringa, e pinhão manso), em 11 municípios do Mato Grosso (Primavera do Leste, Campo Verde, Nova Ubiratã, Rondonópolis, Sinop, São José dos Quatro Marcos, Água Boa, Poxoréu, Acorizal, Jaciara, e Juscimeira). Pesquisador: Samuel Ferrari No mês de abril foram desenvolvidas atividades de visitas nas áreas de plantio dos ensaios de algodão com melhoramento e de ensaios de algodão em sistema adensado. Alguns pontos importantes foram vistos, contudo pode-se destacar a diferença do desenvolvimento de plantas em função do tipo e correção da área de plantio. Este fator tem reflexo direto no manejo da cultura, encontrando-se então áreas onde o manejo com regulador de crescimento foi facilitado devido ao crescimento das plantas estarem dentro do esperado. Contudo quando se alia alta população de plantas, solo corrigido e clima favorável, verificam-se problemas em controlar o desenvolvimento do algodoeiro. Isto é devido ao alto poder de crescimento do algodoeiro. Deste modo fica cada vez mais concreto a importância de uma acompanhamento constante da lavoura aliado à informações técnicas, gerando uma tomada de decisão precisa para cada estágio da cultura. Pesquisadora: Sheila Fanan A qualidade das sementes é de fundamental importância para a garantia do sucesso do empreendimento. O Instituto Mato-Grossense do Algodão tem a missão de controlar a qualidade das sementes em todas as suas fases de produção. No campo essas sementes são produzidas com um adequado controle de pragas, doenças e ervas daninha e a colheita, realizada em condições e mecanismos que minimizam os danos mecânicos. O beneficiamento segue todos os passos para a obtenção de sementes de alta qualidade. O armazenamento a curto e em médio prazo, será feito em

5 armazéns apropriados com o controle de umidade e temperatura, que ajudarão a preservar a qualidade obtida nos processos anteriores. No Laboratório de Sementes, testes padrões são realizados para o monitoramento da qualidade física e fisiológica das sementes. Nesse ano, no período da colheita da soja, houve a ocorrência de chuvas freqüentes, e foi preciso secar as sementes para armazená-las com segurança. As sementes foram secadas artificialmente totalizando em parcelas de soja, dentre elas, provenientes de ensaios da Serra da Petrovina, de Lucas do Rio Verde e de Primavera do Leste. Dessa forma, o uso de sementes de alta qualidade contribuem para a otimização dos investimentos feitos e para o sucesso dos programas de pesquisa. ATR: Renato Tachinardi Núcleo regional Centro: Foi realizada a eliminação das plantas do algodoeiro germinadas às margens das rodovias do Núcleo Regional Centro. Com a utilização do veículo adaptado para aplicação de produto químico em plantas algodoeiras germinadas a beira das vias públicas foram percorridos aproximadamente 400 km, sendo que, deste total, estima-se 100 km com aplicação. ATR: Jean Douglas da Rosa Núcleo regional Centro Leste: Nos períodos de 15 a 17 e 22 a 24 de abril de 2009 ocorreram os treinamentos para operadores de pulverizadores em Primavera do Leste. O objetivo dos treinamentos é divulgar e encorajar práticas que melhorem a uniformidade, a exatidão e a segurança das pulverizações desenvolvendo condições para que os envolvidos com aplicação de produtos agrotóxicos exerçam a função com conhecimento e responsabilidade, buscando a maximização no processo de pulverização e a minimização de custos. ATR: Ivan Weis da Silva Núcleo regional Médio Norte: No período de 30 de março a 1 de abril de 2009 foi realizado o treinamento para operadores de pulverizadores no município de Campo Novo do Parecis, no Sindicato Rural, com a presença de 18 pessoas. Além de repassar aos treinandos noções básicas de manutenção das máquinas, o intuito é alertá-los para as possíveis causas de problemas nos equipamentos de pulverização.

6 ATR: Emilio Araujo Pereira Núcleo regional Noroeste: O trabalho de conscientização já se iniciou na região. Visitas às algodoeiras estão sendo realizadas para alertá-los da existência da legislação vigente. Existem dois pontos fundamentais para esta situação, onde toda algodoeira é obrigada a efetuar o seu cadastro junto ao INDEA/MT, até o dia 30 de junho e eliminar todas as plantas do algodoeiro no domínio dos estabelecimentos. Quando é feita essa visita, já aproveita-se para instruir aos responsáveis sobre o trânsito de produtos algodoeiros, onde toda carga deve estar bem acondicionada, de modo a não derramar nas vias públicas durante o transporte. E, caso estes itens não sejam cumpridos, existem penalidades, como por exemplo, multas altíssimas. ATR: Antônio Martins Pereira Neto Núcleo regional Sul: Com o objetivo de conscientizar os responsáveis pelas algodoeiras e os envolvidos na cadeia produtiva da região, foram realizadas visitas nas usinas de beneficiamento para alertá-los da importância e obrigatoriedade de serem efetuadas as medidas fitossanitárias exigidas pela legislação vigente. Lembrando-os do cadastramento anual junto ao INDEA/MT, até o dia 30 de junho e da eliminação de todas as plantas do algodoeiro no domínio dos estabelecimentos. Aproveitando a visita, também foram informados do acondicionamento correto das cargas de produtos algodoeiros de modo a não derramarem nas vias públicas durante o transporte, evitando penalidades, como multas. ATA: Félix Kmiecik Núcleo regional Norte e Centro Norte: O que se percebe na região é que produtores e técnicos envolvidos na cadeia produtiva estão muito satisfeitos e animados com o plantio do algodão adensado. Como a técnica de cultivo adensado é nova para todos os envolvidos na cultura, há um empenho maior por parte dos técnicos e agrônomos, com relação às doenças e pragas, que estão com um controle mais intensificado. Em experimentos do IMA de algodão adensado, foram instaladas armadilhas para fazer um comparativo entre o adensado e o plantio normal, com relação ao monitoramento de pragas.

7 Engenheira Agrônoma: Juliana Costa Sanches Eliminação de plantas germinadas às margens das rodovias, Núcleos Regionais Centro, Centro Leste e Sul Com o intuito de minimizar o desenvolvimento de pragas e doenças do algodoeiro o Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) adaptou um veículo para a eliminação de plantas algodoeiras germinadas às margens das rodovias. Estas plantas são oriundas do transporte de cargas algodoeiras e se transformam em fontes de alimentos e multiplicação de pragas, favorecendo a dispersão natural das mesmas. Na safra 2008/2009, até o mês de abril/2009 somam-se aproximadamente 3339 km efetivamente trabalhados e limpos. Região de Sapezal e Campos de Julio: 450 km Região de Campo Novo do Parecis e Dimantino (Deciolândia): 422 km Região de Sorriso, Nova Ubiratã e Sinop: 560 km Região de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Cuiabá: 495 km Região de Campo Verde, Jaciara e Dom Aquino: 400 km Região de Primavera do Leste, Novo São Joaquim e Poxoréo: 340 km Região de Rondonópolis, Alto Taquari e Itiquira: 672 km