N O T A T É C N I C A - S E R R A G A Ú C H A - Demarcação da Zona de Produção Vitivinícola
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- Sabrina Aleixo Angelim
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1 N O T A T É C N I C A - S E R R A G A Ú C H A - Demarcação da Zona de Produção Vitivinícola 1. As Zonas de Produção Vitivinícolas do Brasil 1.1. Caracterização da demanda do setor produtivo vitivinícola relativamente à demarcação das zonas de produção. A demanda para a elaboração de uma nota técnica visando a caracterização e demarcação das zonas de produção foi encaminhada à Embrapa Uva e Vinho através do Instituto Brasileiro do Vinho - IBRAVIN. O objetivo está no fornecimento dos subsídios técnicos sobre as zonas de produção, demandados pela Coordenação de Inspeção Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. A demanda está justificada prioritariamente pela dificuldade que as vinícolas pertencentes ao Projeto Setorial Integrado Wines from Brazil (PSA-WFB) estão tendo para exportar vinhos varietais para a União Européia, uma vez que o Brasil ainda não atualizou a legislação quanto às zonas de produção brasileiras, incluindo variedades e tipos de produtos. A análise da equipe da Embrapa Uva e Vinho mostra que praticamente todos os países do Novo Mundo adequaram suas legislações para assegurar padrões de produção atualmente exigidos no comércio internacional de vinhos varietais indicando as regiões de origem: Chile (implementação de DO), Argentina (estruturação em 3 níveis - IP, IG e DOC), Austrália (implementação de IG), Estados Unidos da América (implementação das AVA). Os países tradicionalmente produtores da Europa já haviam desenvolvido este tema há muito tempo, com diferentes níveis de especificidade, chegando até ao nível mais qualificado através das denominações de origem propriamente ditas. O Brasil, mesmo tendo definido ações específicas em lei, as quais deveriam ter sido implementadas ainda no início da década de 1990, ainda não está apto a ser amparado no marco regulamentar, quanto à qualificação mínima para que os vinhos varietais tenham acesso ao mercado europeu, a despeito do notável nível de qualidade já atingido por uma parcela dos vinhos produzidos. 1
2 1.2. As Zonas de Produção na Legislação Brasileira de Vinhos A Lei n.º 7.678, de 08 de novembro de 1988, que "dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e derivados da uva e do vinho, e dá outras providências", faz referências ao tema das zonas de produção nos artigos 17, 40, 42 e 47. Já o Decreto n , de 08 de março de 1990, que regulamenta a Lei n 7.678, faz referências ao tema das zonas de produção nos artigos 54, 62, 115, 117 (Seção I), 118 (Seção I), 119 (Seção I) e 120 (Seção I). A Seção I do referido decreto trata "Das Zonas de Produção", com as seguintes especificidades: Art Para efeito deste Regulamento, Zona de Produção é a região geográfica formada por parte ou totalidade de um ou mais Municípios, na mesma Unidade da Federação, onde existem a cultura da videira e a industrialização da uva (Lei n 7.678, art. 42, parágrafo único). Art As zonas de produção são: I - Estado do Rio Grande do Sul: a) Região da Serra Gaúcha; b) Região do Alto Jacuí; c) Região do Alto Uruguai; e d) Região da Fronteira. II - Estado de Santa Catarina: a) Vale do Rio do Peixe; b) Vale do Tubarão; e c) Região de Urussanga. III - Estado do Paraná: a) Região da Grande Curitiba; e b) Região de Maringá. IV - Estado de São Paulo: a) Região de São Roque; e b) Região de Jundiaí. V - Estado de Minas Gerais: - Região da Serra da Mantiqueira. VI - Estado da Bahia: 2
3 - Vale do Rio São Francisco. VII - Estado de Pernambuco: - Vale do Rio São Francisco. Art O Ministério da Agricultura, com a participação do setor vitivinícola, levará em consideração fatores agroclimáticos e tecnológicos para caracterizar e demarcar as Zonas de Produção já identificadas, indicando as variedades de uvas aptas em cada zona e os respectivos tipos de vinho. Art Os estudos e procedimentos necessários ao cumprimento do disposto no artigo anterior deverão ser iniciados no prazo de 180 dias, a contar da data de publicação deste Regulamento, devendo, no prazo de oito anos, ser apresentado pelo Ministério da Agricultura e setor vitivinícola projeto de zoneamento vitivinícola. 2. Contextualização Histórica e Geográfica da Serra Gaúcha Vitivinícola A organização do espaço na Zona de Produção Vitivinícola Serra Gaúcha insere-se no contexto da Lei n.º 601, de A evolução da vitivinicultura está diretamente ligada à identidade do imigrante italiano, para quem a uva e o vinho é elemento cultural tradicional. A imigração italiana teve início em 1875, quando foram estabelecidos os três núcleos iniciais, com base na pequena propriedade, no trabalho familiar e na policultura: Dona Isabel e Conde D Eu, respectivamente, Bento Gonçalves e Garibaldi; e Colônia nos Fundos de Nova Palmira, mais tarde Colônia Caxias. Os primeiros imigrantes italianos, na maioria procedentes do Norte da Itália, compraram e ocuparam, inicialmente, as terras devolutas localizadas na Encosta Superior do Planalto do Nordeste do Rio Grande do Sul. A vila de Caxias foi localizada no alto de um patamar, de topografia ondulada, a uma altitude que varia entre 760 e 820 m. Por sua vez, as vilas de Bento Gonçalves e Garibaldi foram criadas em pequenas depressões, circundadas de morros, a altitudes entre 600 e 650 m. Segundo De Boni (1987, p.80), Cada colônia foi dividida em léguas, estas em linhas ou travessões que, por sua vez, dividiam-se em lotes. A irregularidade do terreno nem sempre permitiu que os lotes tivessem o sentido meridiano, conforme previa a lei. O tamanho das colônias, o número de léguas, de travessões e o de lotes era variável, embora a legislação apresentasse como padrão o lote de pouco menos de 25 ha, conhecido como colônia. Do ponto de vista ambiental, a colonização italiana foi implantada nas bordas e próximo ao topo de um dos patamares mais elevados do extenso Planalto das 3
4 Araucárias, onde o relevo se apresenta em patamares, e as vertentes formam verdadeiras escadas, o que lhe valeu a denominação de região serrana. A origem geológica Mesozóica da Região da Serra Gaúcha integra a Formação Serra Geral da Série São Bento, na Bacia do Paraná (FIBGE, 1990; FIBGE, 1986). A Formação Serra Geral constitui-se de uma sucessão de derrames de rochas efusivas, de composição predominantemente básica, compreendendo derrames de basalto, andesito, além de brechas vulcânicas e sedimentares, diques e soleiras de diabásio e corpos de arenitos interderrames. Apresenta uma seqüência superior com domínio relativo de efusivas ácidas, em áreas menos dissecadas, com a presença de dacitos, riolitos, basaltos pórfiros, entre outros. A Região da Serra Gaúcha pertence à província geomorfológica do Planalto das Araucárias, com altitudes médias de 300 m a 900 m (Ab'Saber, 1970; FIBGE, 1990). A topografia ondulada no topo, com bordas escapadas e recortadas, resulta do processo de dissecação verificado no Sul do Brasil, a partir de alterações climáticas, quando se desenvolveu uma rede de drenagem com maior capacidade de erosão vertical, o que preservou áreas mais elevadas, testemunhos de uma superfície anterior. Apresenta relevos conservados e dissecados de planaltos e suas escarpas, vigorosamente recortadas e festonadas pelo entalhe da drenagem, que secciona as várias seqüências de derrames, deixando nas vertentes abruptas um sucessivo escalonamento de patamares estruturais. Essas superfícies mais elevadas servem de divisores de águas dos pequenos córregos que correm na direção sul e sudeste para os tributários do Rio Caí e, na direção norte e noroeste, formando os tributários do Rio das Antas. Na região de vitivinicultura, o Rio das Antas constitui-se na principal bacia hidrográfica. Nasce no município de São Francisco de Paula, apresenta profundo e fechado vale em forma de "V", adaptando-se às linhas estruturais do sistema de diaclasamento existente na área. Na Região da Serra Gaúcha, os processos morfogenéticos dominantes são os de decomposição química e escoamento subsuperficial (Ab'Saber, 1971). No que diz respeito ao clima, o contexto regional, caracteriza-se pela homogeneidade pluviométrica e unidade no domínio do clima mesotérmico do tipo temperado (Nimer, 1989, p.195), devido às condições da topografia, da localização e da dinâmica da circulação atmosférica. A localização em latitudes médias e a proximidade do Oceano Atlântico resultam numa evaporação e insolação ainda intensas, contribuindo para um maior volume de precipitação quando a região é atingida pelas frentes frias ou 4
5 correntes ascendentes. A região encontra-se sob o domínio dos principais centros de ação das latitudes médias e altas, mas atuam na Região da Serra Gaúcha, principalmente os anticiclones Atlântico e Polar, o ciclone do Chaco e as linhas de instabilidade tropicais. A temperatura apresenta comportamento uniforme, mas não homogêneo, pois é condicionada nessa região, sobretudo, pelo relevo. Na maior parte dos patamares do planalto, as médias situam-se entre 16ºC e 18ºC. Mas, nas áreas mais elevadas das escarpas do Planalto das Araucárias, as médias podem ser inferiores a 10ºC nos meses de inverno acentuado ou rigoroso (Nimer, 1989). A penetração da massa de ar polar atlântica, muito fria e úmida, pode provocar, ao elevar-se sobre as áreas de maior altitude, a precipitação de neve. A cobertura vegetal original na Região da Serra Gaúcha era resultado não somente das condições ambientais atuais, mas também das condições reinantes nos períodos glaciários e interglaciários do quaternário (Ab'Saber, 1957). Essa vegetação foi profundamente alterada. Contudo, ainda restam algumas áreas de florestas localizadas nas superfícies mais acidentadas e isoladas das escarpas do planalto. A região onde foi implantado o projeto de colonização italiana caracterizava-se, originalmente, pela Floresta Ombrófila Mista, com bosques de Araucária angustifolia intercalados por campos nos topos mais suaves e, nas áreas escarpadas do planalto, por espécies pertencentes à Floresta Estacional Decidual (FIBGE, 1986). Nas áreas de contato observa-se uma interpenetração das espécies entre as formações vegetais. A ocupação das terras em toda a região foi rápida. A contínua chegada de imigrantes e a relação entre o reduzido tamanho dos lotes e o número elevado de filhos nas famílias dos imigrantes formou, desde logo, um excedente de população que passou a buscar novas áreas para se estabelecerem, especialmente por ocasião do casamento. De acordo com Frosi e Mioranza (1975), das colônias velhas de Caxias, Dona Isabel e Conde D Eu, a área de colonização estendeu-se gradativamente na direção norte, para a margem direita do Rio das Antas, acompanhando a continuidade dos trabalhos de demarcação e loteamento das terras devolutas pelo Governo do Estado, criando novas colônias como Antonio Prado, Guaporé e Alfredo Chaves (Veranópolis). As terras da Colônia nos Fundos de Nova Palmira foram demarcadas e a colônia instalada até fins de Segundo De Boni (1987) a sede foi inicialmente denominada de Dante e, em 11 de maio de 1877, de Colônia Caxias. Até 1884 a sede permaneceu subordinada ao governo Imperial, quando então foi incorporada ao 5
6 município de São Sebastião do Caí, como 5º Distrito. Nessa condição permaneceu até 20 de junho de 1890, quando foi elevada a condição de município e a sede designada de Vila de Santa Tereza de Caxias. Em 1884, as colônias Dona Isabel e Conde D'Eu passaram a fazer parte do município de São João do Montenegro, como Quarto Distrito. Em 11 de outubro de 1890, estas formam o município de Bento Gonçalves, sendo a sede elevada à categoria de cidade. Conde D'Eu emancipou-se de Bento Gonçalves, em 1900, passando a ser denominada de Garibaldi (Adami, 1971). Nas pequenas propriedades, o imigrante construiu um espaço caracterizado pela policultura. Rapidamente as encostas do planalto, cobertas de densa vegetação, deram lugar ao cultivo de cereais, hortaliças, frutas e uvas, e à criação de aves, suínos e gado. O que começou a ser produzido para consumo da família produziu rapidamente um excedente constituído de milho, trigo, feijão, batata, vinho, banha, salame, queijo, entre outros. Estes produtos eram comercializados, primeiramente, nas vendas da linha, depois passavam para as cidades e, a seguir, para os centros maiores, especialmente, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Manfroi (1975, p.20) Toda a produção das colônias italianas até 1910 passava por intermediários, em geral de origem alemã, instalados nas antigas colônias alemãs. As mercadorias eram transportadas por carroças e cargueiros, que circulavam por precários e estreitos caminhos, até o município de São Sebastião do Caí ou de Montenegro. Desses locais seguiam, através de embarcações, com destino à capital do Estado e, posteriormente, ao centro do país (Pellanda, 1950). A expansão dos centros urbanos no país e a ampliação do mercado consumidor aumentaram a demanda por produtos básicos, garantindo a colocação imediata dos produtos da agropecuária colonial. No interior dos municípios, as cantinas nos porões de pedra das casas dos colonos eram freqüentes. Documentos da época revelam que o cultivo da videira e o consumo de vinho faziam parte da vida e da identidade dos mesmos, em toda a região (Il Corriere D Italia, ; Ministero degli Affari Esteri, 1925). O agrônomo e enólogo italiano Celeste Gobatto, articulista do jornal Il Corriere d'italia (1913), publicado em Bento Gonçalves, critica o cultivo da uva Isabel e refere-se, muitas vezes, a variedades européias, como a Bonarda, estimulando seu plantio para a melhoria da qualidade do vinho. O jornal cita Monte Belo e, mais especificamente, a Linha 6
7 Leopoldina, como o mais importante centro de produção de vinho do município de Bento Gonçalves e, atribuiu ao produto, o conceito de "invero eccellenti". Após um primeiro período de cooperativismo frustrado, a região é marcada, na década de 1930, pela criação de cooperativas que ainda existem, especialmente, cooperativas agropecuárias e vinícolas. No período da década de 1930 até o final dos anos 1960, ocorreu um incremento da área cultivada, do volume e da qualidade da produção vitivinícola em toda a Região da Serra Gaúcha. O desenvolvimento industrial verificado no Brasil, a partir das décadas de 1950 e 1960, disponibilizou insumos que possibilitaram uma nova mudança na realidade vitícola regional. Igualmente contribuíram para essas mudanças a criação da Escola Técnica de Viticultura e Enologia e mais tarde a Embrapa Uva e Vinho, nas áreas de ensino e pesquisa, respectivamente. Ocorre a expansão da área cultivada com cultivares de videiras européias, especialmente nas décadas de 70 e 80, com o incremento da produção de vinhos de melhor qualidade e ampliação do mercado consumidor. Nessa terceira fase, ainda eram as antigas grandes vinícolas, localizadas nas cidades, que concentraram a maior parte da produção de vinhos. No entanto, surgiram novas vinícolas, inclusive de capital externo. As crises no setor vitivinícola e as mudanças implementadas na economia nacional em fins da década de 1980 e início de 1990, além do maior conhecimento técnico, provocaram o processo que conduziu a quarta e atual fase da vitivinicultura regional com o surgimento de dezenas de pequenas vinícolas, localizadas no meio rural, a tecnificação da produção vitivinícola, o ingresso do Brasil na OIV e a mentalidade das Indicações Geográficas. Entre as estratégias do setor para procurar/conquistar reconhecimento e mercado, destaca-se a participação em concursos e eventos relacionados ao vinho, no Brasil e no exterior. Foi criada a primeira indicação geográfica com a Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos e para Pinto Bandeira e Monte Belo do Sul as indicações estão em processo de criação. 3. Caracterização e Demarcação da Zona de Produção da Serra Gaúcha 3.1. Unidade da Federação Pela legislação brasileira (Decreto n.º ), a zona de produção de nome "Serra Gaúcha" ocorre na Unidade da Federação Rio Grande do Sul (Figura 1). 7
8 3.2. Municípios da Zona de Produção e Cartografia Os critérios adotados neste trabalho para a demarcação geográfica da Zona de Produção "Serra Gaúcha" são: - A região vitivinícola tem seu marco geográfico no processo de colonização italiana, iniciada a partir de 1875, centrada nas 3 colônias (Dona Isabel, Conde D'Eu e Fundos de Nova Palmira), e subseqüente expansão regional e divisão municipal; - A delimitação geográfica obedece a critérios definidos no Decreto n.º , através do uso dos limites político-administrativos dos municípios que fazem parte da zona de produção onde existe a cultura da videira e a industrialização da uva; inclui exclusivamente os municípios produtores de uvas para vinhos finos e/ou processadores de uvas viníferas situados total ou parcialmente na encosta do planalto da região Nordeste do Rio Grande do Sul (Figura 2); - Inclui a quase totalidade dos municípios situados na região fisiográfica da Encosta Superior do Nordeste, assim como os municípios das regiões fisiográficas dos Campos de Cima da Serra, do Planalto Médio e da Encosta Inferior do Nordeste, que apresentam áreas típicas de encosta do planalto (Figura 2 e Figura 3). Assim, pelos critérios adotados neste trabalho a Zona de Produção Serra Gaúcha inclui os municípios de Alto Feliz, Antonio Prado, Bento Gonçalves, Boa Vista do Sul, Campestre da Serra, Canela, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Coronel Pilar, Cotiporã, Dois Lageados, Fagundes Varela, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Gramado, Guaporé, Ipê, Monte Belo do Sul, Muçum, Nova Araçá, Nova Pádua, Nova Petrópolis, Nova Prata, Nova Roma do Sul, Santa Teresa, São Marcos, São Valentin do Sul, Veranópolis, Vespasiano Correa e Vila Flores (Figura 4). A identificação dos municípios produtores de uva vinífera da Zona de Produção Serra Gaúcha foi feita a partir da análise da base de dados do cadastro vitícola oficial do Rio Grande do Sul, realizado pela Embrapa Uva e Vinho/MAPA/Ibravin/Secretaria da Agricultura do RS. O Anexo I apresenta o conjunto de municípios produtores de uvas viníferas da Zona de Produção Serra Gaúcha, bem como a relação das variedades viníferas cultivadas. A identificação dos municípios que industrializam uvas viníferas na Zona de Produção Serra Gaúcha foi feita a partir da base de dados do Cadastro Vinícola do Estado do Rio Grande do Sul. O Anexo II apresenta a relação de municípios que industrializam uvas viníferas na Zona de Produção Serra Gaúcha. 8
9 3.3. Características agroclimáticas da Zona de Produção Serra Gaúcha Segundo o Sistema de Classificação Climática Multicritérios Geovitícola (Tonietto & Carbonneau, 2004), os índices climáticos vitícolas mostram que a Zona de Produção Serra Gaúcha está situada sobretudo no clima vitícola IH+1 (Temperado Quente), segundo o Índice Heliotérmico de Huglin - IH (Figura 5). Verifica-se também as classes climáticas IH-1 (Temperado) e IH+2 (Quente). Assim, a Zona de Produção Serra Gaúcha possui um clima vitícola com bastante diversidade, gerando condições macro e mesoclimáticas variadas. Não se verifica restrição heliotérmica ao cultivo das variedades da região. Cabe ressaltar que em certas situações ocorrem risco de danos por geadas tardias. Do ponto de vista hídrico, a região situa-se classe de clima Úmido (IS-2), segundo o Sistema CCM Geovitícola (Tonietto & Carbonneau, 2004) Variedades de Uvas Aptas da Zona de Produção A aptidão das variedades (Vitis vinifera) foi caracterizada pela produção comercial das mesmas na Serra Gaúcha. A verificação das áreas vitícolas, bem como a relação das variedades cultivadas foi efetuada através do cadastro vitícola oficial realizado pela Embrapa Uva e Vinho/Ibravin/Secretaria da Agricultura do RS (Anexo I), o qual comprova a existência das áreas da zona de produção por variedade. Assim, a relação de cultivares de Vitis vinifera segundo os dados cadastrais, relativo à cultura de uva para vinho na região da Serra Gaúcha (Rio Grande do Sul) é a seguinte, conforme grafia dos nomes das cultivares e sinonímias usadas na região: Variedades Tintas Alicante Bouschet Alphonsee Lavallée Ancelota Arinarnoa Barbera Bonarda Cabernet Franc Cabernet Sauvignon Calitor Canaiolo Carmenère 9
10 Egiodola Gamay, Gamay Noir (grafia errônea de Gamay Beaujolais no cadastro vitícola) Gamay Saint Romain Lambrusco Malbec, Côt Marselan Marzemina Merlot Montepulciano (grafia errônea de Monte Pulciano no cadastro vitícola) Moscato de Hamburgo Petite Syrah, Syrah, Shiraz Pinot Noir Pinotage Pinot Saint George Refosco Ruby Cabernet Sangiovese Tannat Tempranillo (grafia errônea de Tempranilla no cadastro vitícola) Teroldego Touriga Francesa Touriga Nacional Zinfandel Variedades Brancas Aligoté Arriloba Cardinal Chardonnay Chasselas Colombard Flora Garganega Gewurztraminer Gros Manseng Itália Malvasia Amarela 10
11 Malvasia Bianca Malvasia de Candia Malvasia de Chianti (grafia errônea de Malvasia Chianti no cadastro vinícola) Malvasia Verde Moscatel Nazereno (grafia errônea de Moscatel de Nazereno no cadastro vitícola) Moscato Branco Moscato Canelli Moscato de Alexandria Moscato Giallo Moscato Rosado Müller Thurgau Palomino Perlona Peverella Pinot Blanc Pinot Gris Prosecco Riesling Itálico Riesling Renano Rubi Sauvignon Blanc Sauvignon Gris Schönburger Seara Nova Sémillon Sylvaner Trebbiano, Ugni Blanc Vermentino Vernaccia 3.5. Tipos de Vinhos da Zona de Produção A Serra Gaúcha é uma grande região da Encosta do Planalto do Rio Grande do Sul, com diversos mesoclimas e ampla variabilidade de solos. Ainda, constitui-se numa região de minifúndios, abrigando mais de viticultores. Esses fatores fazem com que o quadro variedades de videira seja particularmente elevado, refletindo em um grande número de tipos de vinhos. Atualmente mais de 60% do volume produzido é de 11
12 vinhos tintos, mas este quadro tem sido variável ao longo do tempo (no início dos anos 1990, a situação era inversa, com pelo menos 60% do volume de vinhos brancos produzidos em relação ao total). Existem hoje mais de 600 estabelecimentos vinificadores na Serra Gaúcha, sendo que quase uma centena elaboram exclusivamente vinhos finos. Os vinhos finos mais elaborados atualmente na região são: a) Vinhos tranqüilos varietais tintos: há diversos, sendo os principais elaborados com Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat e Cabernet Franc. b) Vinhos tranqüilos varietais brancos: destacam-se Chardonnay, Riesling Itálico e Moscatos. c) Vinhos tranqüilos varietais rosados: pequenos volumes produzidos. d) Vinhos tranqüilos não varietais tintos: há diversos cortes, sendo que os mais comuns são Cabernet Sauvignon/Merlot e Cabernet Sauvignon/Merlot/Tannat. e) Vinhos tranqüilos não varietais brancos: há um volume considerável desses vinhos; normalmente trata-se de vinhos de linhas mais populares. f) Vinhos tranqüilos não varietais rosados: idem ao item acima, com a diferença que aqui os volumes elaborados não são significativos. g) Vinhos licorosos: há produção de vinhos doces naturais tipo colheita tardia, mas também vinhos com adição de álcool. h) Vinhos espumantes: o maior volume é elaborado pelo método Charmat, mas o método tradicional, no qual a seguda fermentação se dá na própria garrafa, tem sido cada vez mais utilizado. Além disso, nos últimos cinco anos tem crescido em progressão geométrica a elaboração de espumante moscatel. i) Vinhos espumantes gaseificados: ainda são elaborados em volumes consideráveis, embora seu consumo esteja em franco declínio no país. j) Vinhos frisantes: o principal representante desta classe é o Prosecco, cujos volumes elaborados têm crescido exponencialmente nos últimos anos Considerações Finais Vale ressaltar que, poucos municípios da Serra Gaúcha não são, atualmente, produtores de uvas de Vitis vinífera e/ou processadores da mesmas. Se algum deles 12
13 vier a se tornar produtor, haverá necessidade de atualizar os dados da zona de produção Serra Gaúcha. Da mesma forma, novas variedades poderão vir a ser cultivadas, bem como outras atualmente em cultivo poderão deixar de existir na zona de produção, o que demandará a atualização deste zoneamento da zona de produção. Referências Bibliográficas Ab Saber, A. N. A organização natural das paisagens inter e subtropicais brasileiras. In: Simpósio Sobre o Cerrado, 1971, 3, São Paulo. Anais... São Paulo: Universidade de São Paulo, 1971, p Ab Saber, A. N. Conhecimentos sobre as flutuações climáticas do quaternário no Brasil. Boletim da Sociedade Brasileira de Geografia. São Paulo, Nº. 6, 1957, p Ab Saber, A. N. Províncias geológicas e domínios morfoclimáticos no Brasil. Geomorfologia. Nº. 20, 1970, p Adami, J.S. História de Caxias do Sul. Caxias do Sul: Paulinas, Azevedo, T. de. Italianos e gaúchos: os anos pioneiros da colonização italiana no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: A Nação/IEL, Batistella, M.; Tonietto, J.; Falcade, I. Geração de modelo numérico de terreno como subsídio à planificação da vitivinicultura na Serra Gaúcha. In: Congresso/Feira para Usuários de Geoprocessamento, 2, 1996, Curitiba. Anais... Curitiba: Sagres, p Bernardes, Nilo. Bases geográficas para o povoamento do Rio Grande do Sul. 2ª. ed. Ijuí: Unijuí, Brasil. Decreto número , de 8 de março de Regulamenta a Lei Nº 7.678, de 8 de março de 1988, que dispõe sobre a produção, circulação e comercialização do vinho e da uva. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil). Brasília, p , de 9 de março de Seção 1. Brasil. Lei no , de 14 de maio de 1996 Lei da Propriedade Industrial, estabelece diretrizes e obrigações. Brasília, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Bunse, H. O vinhateiro. Porto Alegre: UFRGS/IEL, Corrêa, R.L. e Rosendahl, Z. Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: EDUERJ, De Boni, L.A. (org.). A presença italiana no Brasil. Porto Alegre: EST, Falcade, I.; Mandelli, F. (Org.). Vale dos Vinhedos: caracterização geográfica da região. Caxias do Sul: EDUCS, Falcade, I.; Tonietto, J. A viticultura para vinhos finos e espumantes da Região da Serra Gaúcha: topônimos e distribuição geográfica. Bento Gonçalves: EMBRAPA- CNPUV, 1995a. Falcade, I.; Tonietto, J. Caracterização geográfica da região vitivinícola da Serra Gaúcha. Caxias do Sul: UCS/ Embrapa Uva e Vinho/ Bento Gonçalves, 2003/2005. (Relatório de pesquisa). Falcade, I.; Tonietto, J. Caracterização geográfica das regiões de viticultura no Brasil. 13
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16 Figura 1. O Estado do Rio Grande do Sul é uma Unidade da Federação que está localizada no extremo sul do Brasil. 16
17 Figura 2. Regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul segundo o Conselho Nacional de Geografia (Fortes, 1959): a vitivinicultura da Serra Gaúcha está concentrada na região fisiográfica da Encosta Superior do Nordeste. 17
18 Zona de Produção Serra Gaúcha Figura 3. Zona de Produção Serra Gaúcha no Estado do Rio Grande do Sul (2005): as encostas do planalto na região nordeste do RS constituem um dos elementos característicos da demarcação desta Zona de Produção. (Fontes: elaboração da equipe considerando os critérios adotados na Nota Técnica Zona de Produção Serra Gaúcha; Cadastro Vitícola; Cadastro Vinícola). 18
19 Figura 4. Municípios da Zona de Produção Serra Gaúcha no Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com a metodologia utilizada. (Fontes: elaboração da equipe considerando os critérios adotados na Nota Técnica Zona de Produção Serra Gaúcha, Cadastro Vitícola; Cadastro Vinícola). 19
20 Zona de Produção SERRA GAÚCHA Classes de Clima Vitícola Muito Frio Frio Temperado Temperado Quente Quente (a) Quente (b) Muito Quente UFRGS Laboratório de Ecologia Centro de Geoprocessamento Eliseu Weber Heinrich Haseanck EMBRAPA Uva e Vinho Jorge Tonietto Francisco Mandelli Figura 5. Características agroclimáticas (clima vitícola) da Zona de Produção Serra Gaúcha. (Fonte: Projeto de zoneamento climático vitícola do Estado do Rio Grande do Sul - Ibravin/Ufrgs/Embrapa Uva e Vinho/Embrapa Trigo/Fepagro). 20
21 A N E X O I Cadastro Vitícola - Zona de Produção "Serra Gaúcha" 21
22 A N E X O I Cadastro Vitícola - Zona de Produção "Serra Gaúcha" (continuação...) 22
23 A N E X O I Cadastro Vitícola - Zona de Produção "Serra Gaúcha" (continuação...) 23
24 A N E X O II Cadastro Vinícola da Zona de Produção SERRA GAÚCHA Nº DE ESTABELECIMENTOS VINÍCOLAS E VOLUME PROCESSADO EM 2005 Municípios da Zona de Produção "Serra Gaúcha" Volume total de uvas viníferas elaboradas UVAS VINÍFERAS Nº de estabelcimentos vinícolas elaboradores de vinhos finos Antonio Prado Bento Gonçalves Boa Vista do Sul Campestre da Serra Canela Carlos Barbosa Caxias do Sul Cotiporã Fagundes Varela Farroupilha Flores da Cunha Garibaldi Gramado Ipê Monte Belo do Sul Nova Pádua Nova Petrópolis Santa Tereza São Marcos Veranópolis TOTAL Fonte: Cadastro Vinícola - MAPA/SAA-RS/IBRAVIN (dados fornecidos pelo IBRAVIN) 24
25 25
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