Indicações Geográficas de Vinhos no Brasil
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- Jerónimo Bandeira de Paiva
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1 Indicações Geográficas de Vinhos no Brasil Indicação Geográfica como Instrumento de DESENVOLVIMENTO REGIONAL Setembro 2014 Brasília/DF Carlos Raimundo Paviani Diretor Executivo Instituto Brasileiro do Vinho - IBRAVIN
2 Indicações Geográficas de Vinhos Finos do Brasil * a Embrapa Uva e Vinho foi pioneira no tema das indicações geográficas (IG) no Brasil, ao estimular o seu desenvolvimento em vinhos. * o primeiro projeto para atender a demanda dos produtores da região do Vale dos Vinhedos (primeira IG brasileira). *2002 Concessão da 1º IG na forma de IP (IP Vale dos Vinhedos) *Hoje o Brasil já conta com um conjunto de IG de vinhos reconhecidas e em desenvolvimento.
3 Indicações Geográficas Reconhecidas Indicações de Procedência IP Vale dos Vinhedos * IP Pinto Bandeira IP Altos Montes IP Região de Monte Belo IP Vales da Uva Goethe Denominação de Origem DO Vale dos Vinhedos * Sem uso por opção dos associados
4 Indicações Geográficas em desenvolvimento No RS - Indicações de Procedência IP Farroupilha IP Campanha No BR - Indicação de Procedência IP Vale do Submédio São Francisco
5 Vinhos de Mesa Vales da Uva Goethe (Indicação de Procedência)
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8 DO Vale dos Vinhedos 1995, criação da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), estabeleceu as condições organizacionais junto ao setor produtivo, para o desenvolvimento da primeira indicação geográfica brasileira. 2002, reconhecimento da IP Vale dos Vinhedos pelo INPI. 2005, início do processo de reconhecimento como DO. 2012, reconhecimento da DO pelo INPI.
9 DO Vale dos Vinhedos São autorizadas exclusivamente cultivares de Vitis vinifera L.: Para vinhos finos tintos secos: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Tannat; Para vinhos finos brancos secos: Chardonnay e Riesling Itálico; Para vinhos espumantes brancos ou rosados finos: Chardonnay, Riesling Itálico e Pinot Noir. Outras cultivares não serão permitidas na elaboração de produtos da D.O. Vale dos Vinhedos, sendo proibidas todas as cultivares de origem americana, bem como todos os híbridos interespecíficos. O sistema de sustentação autorizado para os vinhedos é exclusivamente em espaldeira.
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13 IP Pinto Bandeira criação da Associação dos Produtores de Vinho de Pinto Bandeira (Asprovinho), que estabeleceu as condições organizacionais do setor produtivo apresentou demanda à Embrapa Uva e Vinho para o desenvolvimento de uma I.G. para os vinhos finos da região Indicação de Procedência, concedido pelo INPI.
14 IP Pinto Bandeira São autorizadas exclusivamente cultivares de Vitis vinifera L.: Cultivares para vinho tinto: Ancellotta, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinotage, Sangiovese, Tannat e Pinot Noir. Cultivares para vinho branco: Chardonnay, Gewurztraminer, Malvasia Bianca, Malvasia de Candia, Moscato Branco, Sauvignon Blanc, Moscato Giallo, Viognier, Peverella, Riesling Itálico, Sémillon e Trebbiano. Cultivares para espumante natural: Chardonnay, Riesling Itálico, Viognier e Pinot Noir. Cultivares para moscatel espumante: Moscato Branco, Moscato Giallo, Moscatel Nazareno, Moscato de Alexandria, Malvasia de Candia e Malvasia Bianca. São autorizados sistemas de condução horizontais e verticais devendo ser conduzidos de forma a buscar o aprimoramento qualitativo da uva e dos produtos elaborados. O sistema latada, somente é autorizado se for aberto, excluindo-se as latadas fechadas.
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18 IP Altos Montes criação da Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (Apromontes) que estabeleceu as condições organizacionais do setor produtivo Produtores de Flores da Cunha e Nova Pádua a Apromontes procurou a Embrapa, com a demanda do desenvolvimento de uma I.G. para os vinhos finos da região reconhecimento da Indicação de Procedência concedido pelo INPI.
19 IP Altos Montes São autorizadas exclusivamente cultivares de Vitis vinifera L.: Para Vinho Fino Tinto Seco: Cabernet Franc, Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Ancellotta, Refosco, Marselan, Tannat; Para Vinho Fino Branco Seco: Riesling Itálico, Malvasia de Candia, Chardonnay, Moscato Giallo, Sauvignon Blanc, Gewurztraminer; Para Vinho Fino Rosado Seco: Pinot Noir, Merlot; Para Vinho Espumante Fino Branco ou Rosado: Riesling Itálico, Chardonnay, Pinot Noir, Trebbiano; Para Vinho Espumante Moscatel Branco ou Rosado: Moscato Branco, Moscato Branco clone R2, Malvasias, Moscato Giallo, Moscato de Alexandria. O sistema de sustentação autorizado para os vinhedos é o espaldeira.
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23 IP Monte Belo criação da Associação dos Vitivinicultores de Monte Belo do Sul (Aprobelo), que estabeleceu as condições organizacionais do setor produtivo a Aprobelo apresentou demanda à Embrapa Uva e Vinho para o desenvolvimento de uma I.G. para os vinhos finos da região reconhecimento da IP concedido pelo INPI.
24 IP Monte Belo São autorizadas exclusivamente cultivares de Vitis vinifera L.: Para Vinhos Finos Tintos Seco: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Egiodola, Tannat, Alicante Bouschet. Para Vinho Fino Branco Seco: Riesling Itálico, Chardonnay. Para Vinho Espumante Fino Branco ou Rosado: Riesling Itálico, Pinot Noir, Chardonnay, Prosecco. Para Vinho Espumante Moscatel Branco ou Rosado: Moscato Branco, Moscato Giallo, Moscato de Alexandria, Moscato de Hamburgo, Malvasia Bianca, Malvasia de Cândia. O sistema de sustentação autorizado para os vinhedos é latada aberta ou espaldeira os quais deve ter manejo adequado para produzir uvas de qualidade.
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28 IP Vales da Uva Goethe 2005 criação da Associação dos Produtores da Uva e do Vinho Goethe da Região de Urussanga - SC (ProGoethe) o vinho da uva Goethe da região de Urussanga recebeu o registro de IP, tornando-se a primeira IG de Santa Catarina, devido à qualidade, tipicidade e identidade. A PROGOETHE contou com a assessoria técnica do SEBRAE/SC, da EPAGRI, Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Urussanga e Universidade Federal de Santa Catarina para realização das pesquisas na busca da IP.
29 IP Vales da Uva Goethe É autorizada exclusivamente cultivar da variedade híbrida goethe para a elaboração de: Vinho branco seco, suave ou demi-sec, Vinho leve branco seco, suave ou demi-sec, Vinho espumante brut ou demi-sec Champenoise e Charmat, Vinho licoroso. Delimitação da Área Geográfica: VALES DA UVA GOETHE, localizada entre as encostas da Serra Geral e o litoral sul catarinense nas Bacias do Rio Urussanga e Rio Tubarão, compreendendo os municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Morro da Fumaça, Treze de Maio, Orleans, Nova Veneza e Içara no Estado de Santa Catarina.
30 Área Geográfica delimitada Indicação de Procedência Vales da Uva Goethe
31 Projeto de IG IP Farroupilha Objetivos ao buscar o reconhecimento como Indicação Geográfica são: Valorizar e defender os produtos produzidos na região; Melhorar a qualidade dos produtos moscatéis da região; Tornar a produção de vinhos e derivados de uvas moscatéis sustentável para as empresas envolvidas; Melhorar a qualidade da matéria prima produzida, essencialmente oriunda da agricultura familiar da região.
32 Os vinicultores e as IGs Questionários com vinicultores /dirigentes de entidades detentoras de IGs Objetivo: identificar a percepção destes em relação as vantagens/desvantagens das IGs. Nove respostas obtidas, sendo: Denominação de Origem 02 respostas Indicação de Procedência 06 respostas Em processo de Indicação de Procedência 01 resposta
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36 A quem pertence a I.G.? Quem pode utilizá-la? Pertence ao CNPJ da entidade da região demarcada... Pertence à região demarcada e quem pode utilizar são os que se habilitarem... Pertence à toda comunidade da região com IG... Pertence apenas as empresas que elaboram produtos com as características descritas no regulamento de uso e que poderão fazer uso do selo......
37 Vale a pena o esforço despendido para obter uma I.G.? Sim pois reflete na evolução da qualidade do produto e torna conhecida a região no país inteiro. Gera procura e valorização pelos produtos da região. Faz com que a região faça o que o setor como um todo deveria fazer, que é compreender as diferentes variedades, suas adaptações para determinadas condições de solo e clima. Não pois ainda falta uma maior divulgação ao consumidor e falta conhecimento dos produtores de uva sobre este assunto.
38 Foi vantajoso solicitar o reconhecimento da I.G.? Sim para seis a IG impulsiona o setor no sentido de crescimento da qualidade do produto e atua na valorização das pessoas envolvidas. A autoestima da população cresce (melhor qualidade de vida), gerando um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Não duas opiniões contrárias justificaram que é devido à falta de informação ao consumidor, e que ainda não obtiveram retorno equivalente ao trabalho realizado.
39 Percepção dos vinicultores Para a maioria dos produtores: O consumidor não está disposto a pagar mais caro por um produto com IG. A grande vantagem e o benefício para ele é a certeza que o produto passou minimamente por um controle de qualidade, portanto, mantendo sua identidade regional. A IG orienta a produção de uva com maior qualidade, possibilitando um aumento no preço e um retorno econômico melhor. Para alguns: O consumidor brasileiro ainda não entende estas denominações/ indicações e suas diferenças, mas elas são válidas para uma melhor organização das áreas vitícolas do país.
40 Percepção dos vinicultores Por outro lado: Acreditam que se o consumidor for trabalhado para entender o que é uma I.G. e o que ela reflete no produto, este passará a valorizar os produtos com IG e pagará mais por este produto. Compreende que toda atividade humana que estimule o trabalho associativo deve ser estimulada. Ter uma região reconhecida como uma IG sempre irá gerar crescimento e/ou aprendizado para os envolvidos.
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46 Fontes Bibliográficas Embrapa Uva e Vinho: Aprovale: Apromontes: Asprovinho: Aprobelo: Progoethe: Artigo: Perspectivas de Desenvolvimento da Vitivinicultura em face do reconhecimento da Indicação de Procedência Vales da Uva Goethe publicado na Revista GEINTEC, Artigo: Indicação Geográfica como Instrumento de Criação do Conhecimento nos Vales da Uva Goethe publicado no periódico Perspectivas em Gestão & Conhecimento, Dissertação: Indicação Geográfica e Desenvolvimento Territorial Sustentável: a atuação dos atores sociais nas dinâmicas de desenvolvimento territorial a partir da ligação do produto ao território, de autoria de Carolina Quiumento Velloso, 2008.
47 Carlos Raimundo Paviani Diretor Executivo Instituto Brasileiro do Vinho Ibravin Site: Fone: twitter.com/winesofbrasil facebook.com/brazilianwines twitter.com/vinhosdobrasil facebook.com/vinhosdobr Alameda Fenavinho, 481 Edificação 29 Fenavinho CEP Bento Gonçalves RS Fone/Fax: (0xx54) CNPJ /
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