UNIVERSIDADE DE SOROCABA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC
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- Guilherme Borges Ramires
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1 1 UNIVERSIDADE DE SOROCABA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS DE CÃES MACHOS DA RAÇA BORDER COLLIE Voluntário: Bruna Helena Piana Guerbas Orientador: Lilian Mara Kirsch Dias da Cunha Período Relatado: agosto/2016 à julho/2017 Modalidade: PROVIC Protocolo PROAC: 087/2016 Relatório científico final apresentado à presidência dos programas institucionais de bolsas do Programa de Iniciação Científica como parte dos requisitos das atividades do bolsista. Sorocaba-SP 11 de Julho de 2017
2 2 AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS DE CÃES MACHOS DA RAÇA BORDER COLLIE Relatório científico final entregue à presidência dos programas institucionais de bolsas de iniciação científica PROVIC, como parte dos requisitos das atividades do bolsista. Bruna Helena Piana Guerbas Lilian Mara Kirsch Dias da Cunha
3 3 das Características Reprodutivas de Cães Machos da Raça Border Collie. RESUMO ESTRUTURADO INTRODUÇÃO: O estudo reprodutivo cresceu muito no mercado brasileiro, principalmente dentro da bovinocultura, porém, estudos e pesquisas com animais de companhia como o cão, ainda precisam evoluir para alcançar a eficiência do controle reprodutivo encontrada nos bovinos. Atualmente existe grande interesse do mercado brasileiro por cães da raça border collie, representam uma das raças mais utilizadas para pastoreio devido a sua excelente índole para organizar rebanho. Existem poucos estudos voltados a reprodução desses animais. OBJETIVOS: Este trabalho teve como objetivo conhecer os parâmetros reprodutivos de cães machos da raça Border Collie. MÉTODOS: Pesquisa experimental com sete caninos machos da raça border collie. Realização de 3 exames andrológicos, em cada macho com intervalos de 60 dias, totalizando 24 exames andrológicos. Os parâmetros avaliados foram: diâmetro testícular, avaliação das características físicas e morfológicas dos espermatozoides de todos os ejaculados coletados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: nenhuma anormalidade na inspeção e palpação de pênis, prepúcio, bolsa escrotal e testículos. Tempo médio de coleta de sêmen foi 49,611 segundos, número médio do total de espermatozoides por ml no ejaculado entre os animais foi de 194,5 x 10 6, diâmetro testicular 2,2 cm, taxa de defeitos 21,8%. CONCLUSÕES: Os animais apresentam características andrológicas excelentes e compatíveis com o encontrado na literatura para a espécie canina. Palavras-chave: Reprodução Border Collie. Andrologia Canina. Ultrassonografia Reprodutiva. Características Reprodutivas.
4 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO DELINEAMENTO DO ESTUDO EXPERIMENTAL MÉTODOS INSPEÇÃO E PALPAÇÃO COLETA MANUAL AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA AVALIAÇÃO MICROSCÓPICA EXAME DE ULTRASSOM RESULTADOS CONSIDERAÇÕES PARCIAIS DETALHAMENTO DE ATIVIDADES CUMPRIDAS E NÃO CUMPRIDAS DETALHAMENTO DE ATIVIDADES FUTURAS REFERÊNCIAS ANEXOS...19
5 5 1. INTRODUÇÃO A reprodução canina é algo que vem crescendo, porém não tão rápido assim como na bovinocultura. Estudos sobre características reprodutivas de cães é algo pouco quantitativo nas nossas literaturas. Estudar sobre esses animais é de extrema importância principalmente pelo aumento de cães se tornando membro de famílias. O border collie na atualidade está sendo umas das raças mais procuradas, tendo então uma demanda maior na reprodução da mesma, pois pouco se sabe sobre as suas características reprodutivas. O presente trabalho tem como objetivo determinar os parâmetros andrológico de cães machos da raça Border Collie. Espera-se encontrar os parâmetros aproximados com os observados na literatura de cães da raça pastor alemão. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A realização do exame andrológico avalia-se completamente os órgãos reprodutivos dos cães, incluindo a bolsa escrotal, testículos, epidídimo, pênis e glândula prostática, podendo observar todas as anormalidades palpáveis e notadas na inspeção visual e avaliação microscópica (AGUIAR, 1994; CHRISTIANSEN, 1988; FELDMAN, 1996; JOHNSTON, 2001; MIES FILHO, 1987). Informações sobre raça, idade, nome, imunizações, alimentação, doenças anteriores, e sorologia para diagnóstico de Brucela canis são captadas (ROOT; JOHNSTON, 1994). Dentre as doenças que podem afetar a fertilidade nos machos temos a orquite e epididimite, tanto em sinais agudos como crônicos (JOHNSON, 2006). Os agentes etiológicos normalmente são o Mycoplasma, Brucella canis, Blastomyces, Ehrlichia, Proteu sp, também podendo ser causado pelos vírus da Cinomose e Leishmania SP (NASCIMENTO et al, 2011). Durante inspeção deve-se sempre examinar forma e localização em relação a sua glande, se existe ou não dificuldade em expor o pênis, conformação e tamanho do epidídimo e cordão espermático, e se sua próstata se encontra nos parâmetros normais em relação a tamanho, simetria e consistência, pois se esses fatores se encontrarem alterados pode levar a um macho infértil (FELDMAN, NELSON, 1996). A função do
6 6 escroto é fundamental para manter a temperatura do testículo, que é 5C abaixo da temperatura corporal garantindo que haja espermatogênese normal e produção de hormônio (THIBAULT; LAVASEUR, 1991). No epidídimo deve verificar se há presença de defeitos na sua anatomia, aplasias, unilaterais ou bilaterais e infecções (CHRISTIANSEN, 1988). A próstata é a única glândula sexual acessória do cão (SILVA et al., 2002), se o animal estiver com alguma infecção, cistos, tumores e ou hipertrofia, é possível diagnosticar através da palpação retal ou ultrassonografia (CHRISTIANSEN, 1988). A avaliação espermática serve para diagnosticar se há anormalidades nos espermatozoides, é uma forma de monitoramento em cães selecionados para a reprodução (VANNUCCHI; SATZINGER; SANTOS, 1998). No touro existem inúmeras literaturas que monitoram seus parâmetros de fertilidade e anormalidades dos espermatozóides, porém no cão os estudos são escassos (STOCKNER, 1991). Deve avaliar o ejaculado para conseguir observar as características do sêmen no espermograma (SILVA et al., 2002). Se os animais não forem estressados, inexperientes, a coleta do sêmen consegue ser tranquila e bem-sucedida. O resultado do espermograma pode nos dar diagnóstico de patologias como degeneração testicular, orquite, epididimite, moléstia prostática, que podem levar ao cão infertilidade e sub-fertilidade (VANNUCCHI; SATZINGER; SANTOS, 1998). Em cães a estimulação manual do pênis é o método mais utilizado de coleta de sêmen e também pode ser associado a presença de uma fêmea em cio (JOHNSTON; KUSTRITZ; OLSON, 2011). O sêmen deve ser armazenado rapidamente após sua coleta numa temperatura de 35 a 37C, tendo sua avaliação de imediato (ESCOBAR, 2004). Na avaliação macroscópica o sêmen é avaliado diretamente do tubo coletor, e a quantidade varia de 1 a 40ml. Sua variação depende da idade do macho, raça, qualidade do liquido prostático e conforme sua vida sexual. Os parâmetros físicos avaliados são cor, odor, ph e volume. A motilidade retilínea progressiva é analisada numa lâmina microscopicamente aquecida à 37C, esta avalia a capacidade do espermatozóide andar numa linha reta. (VANNUCCHI; SATZINGER; SANTOS, 1998). São dadas como anormais motilidades que tem resultado abaixo de 60% (SILVA et al., 2002). Materiais contaminados com produtos químicos, choque térmico, água, pus,
7 7 urina, sangue, lubrificantes espermicidas, frequência de coleta por mais de 5 meses podem afetar a motilidade dos espermatozóides. Casos de frequência de espermatozóides mortos ou imóveis pode ser resultado de machos com patologias no epidídimo ou nos testículos (VANNUCCHI; SATZINGER; SANTOS, 1998). Nas alterações estruturais dos espermatozóides os defeitos maiores são de origem testicular estando relacionados com a espermatogênese, e os defeitos menores normalmente estão relacionados com a existência de traumas, processo infeccioso, administração de glicocorticoides, erro na coleta, pós febre e transporte e armazenamento dos espermatozóides no epidídimo (VANNUCCHI; SATZINGER; SANTOS, 1998). 3. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral O objetivo deste presente trabalho é conhecer os parâmetros reprodutivos de cães machos da raça Border Collie. 2.2 Objetivos Específicos a) analisar as características anatômicas especificas da raça e possíveis patologias congênitas; b) avaliar as características físicas dos ejaculados c) avaliar as características morfológicas dos espermatozoides d) avaliar citologia dos ejaculados e) comparar entre os animais se há resultados semelhantes para caracterização da raça. f) comparar entre os animais que possuírem algum grau de parentesco se há proximidade nas características avaliadas. g) determinar as dimensões prostáticas dos cães.
8 8 4. DELINEAMENTO DO ESTUDO EXPERIMENTAL Pesquisa experimental com caninos machos da raça border collie, 4 animais do Canil Good Shepherd, localizado em Sorocaba SP, e 2 animais são de propriedade particular, localizados em Pilar do Sul SP. Todos os animais saudáveis com idade variando entre 1 e 5 anos. A alimentação dos animais consiste de 500g por dia de ração para cada animal sendo distribuída 2 vezes ao dia. A disponibilidade de água é à vontade por todo tempo. Realização de 3 exames andrológicos em cada animal para avaliar 3 fases da espermatogênese, incluindo coleta e avaliação de sêmen em cada macho com intervalos de 60 dias, totalizando 24 coletas. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com medidas repetidas no tempo. As variáveis analisadas foram: perímetro escrotal, diâmetro testicular, volume, concentração, motilidade, vigor e ph seminal, morfologia espermática. 5. MÉTODOS 5.1. Inspeção e Palpação Foi realizada a inspeção visual e palpação da bolsa testicular e testículos dos animais, avaliando sua simetria, a consistência, posição e temperatura dos testículos analisando se há anormalidades; No pênis e prepúcio inspeção visual foi feita analisando cor da mucosa, corrimentos penianos, se há traumas, verificar se o pênis se mantem totalmente recoberto pelo prepúcio, palpando o osso peniano e analisar normalidades (MARTINS et al, 2015) Coleta Manual A coleta do sêmen foi feita por manipulação digital do pênis, sendo estimulado ainda recoberto pelo prepúcio e afastado quando começar o ingurgitamento peniano. (MARTINS et al, 2015). (Imagem 1, 2, 3).
9 Macroscópica Em seguida da colheita o sêmen foi armazenado entre 35 e 37C para a realização da análise macroscopica por aspectos como o volume, cor, odor, ph e presença de elementos estranhos, como sangue, pus ou urina. O volume varia conforme idade do animal, e foi mensurado pela leitura direta no tubo coletor graduado (MARTINS et al, 2015). (Imagem 1, 3) Microscópica Foi feita a análises da motilidade espermática, vigor, concentração e morfologia espermática. A motilidade foi avaliada com uma gota fresca de sêmen colocado numa lâmina e lamínula, pré-aquecidas a 37C e foi observada num microscópio óptico de contraste de fase, para analisar o vigor é utilizado o mesmo procedimento, analisando a movimentação dos espermatozoides. A concentração espermática foi analisada através da sua diluição em água. Na morfologia espermática observou-se a cabeça, peça intermediária e cauda dos espermatozoides, estruturas que determinarão a porcentagem de células com defeito menores, maiores e totais. A morfologia espermática foi feita com uma gota de sêmen, depositada entre lâmina ou lamínula (MARTINS et al, 2015). (Imagem 1, 5, 6,7).
10 6.6 PARECER DO CEUA 10
11 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 11
12 12 Até o presente momento não se conhece estudo sobre características reprodutivas do Border Collie, os animais estudados nesse trabalho possuem número total de espermatozoides superior conforme Cunha (2008) descrito na literatura sobre exame andrológico em cães de raças inespecíficas. Na avaliação física geral, todos os animais apresentaram parâmetros normais, assim como na avaliação física e inspeção de pênis e prepúcio. (tabela 1, 2, 3, 4, 5, 6). Tabela 1 (Animal 1) Resultados de 3 coletas e avaliações andrológicas. Primeira Segunda Terceira Idade 5 anos 5 anos 5 anos Temperatura Retal (C ) 37,8 37,6 37,7 Largura Testiculo Esq (cm) 2,6 2,6 2,6 Largura Testiculo Dir (cm) 2,8 2,8 2,8 Altura Testiculo Esq (cm) 4,2 4,2 4,2 Altura Testiculo Dir (cm) 4,4 4,4 4,4 Ejaculação 3 min 20 seg 23 seg Primeira Porção (ml) Segunda Porção (ml) 3 7,5 5 Vigor Motilidade (%) Concentração 86 x x x 10 6 Morfologia Normal (%) Morfologia Anormal (%) Tabela 2 (Animal 2) Resultados de 3 coletas e avaliações andrológicas.
13 13 Primeira Segunda Terceira Idade 4 anos 4 anos 4 anos Temperatura Retal (C ) 38,3 39,1 38,4 Largura Testiculo Esq (cm) 2,7 2,7 2,7 Largura Testiculo Dir (cm) 2,4 2,4 2,4 Altura Testiculo Esq (cm) 4,5 4,5 4,5 Altura Testiculo Dir (cm) 4,0 4,0 4,0 Ejaculação 5 min 45 seg 37 seg Primeira Porção (ml) Segunda Porção (ml) 10 7,5 6 Vigor 3,5 4 4 Motilidade (%) Concentração de sptz/ml 130 x x x 10 6 Morfologia Normal (%) Morfologia Anormal (%) Tabela 3 (Animal 3) Resultados de 3 coletas e avaliações andrológicas. Primeira Segunda Terceira Idade 2 anos 2 anos 2 anos Temperatura Retal (C ) 37,8 38,7 38,7 Largura Testiculo Esq (cm) 2,0 2,0 2,0
14 14 Largura Testiculo Dir (cm) 1,8 1,8 1,8 Altura Testiculo Esq (cm) 2,9 2,9 2,9 Altura Testiculo Dir (cm) 2,9 2,9 2,9 Ejaculação 10 seg 5 seg 20 seg Primeira Porção (ml) Não possui Não possui Não possui Segunda Porção (ml) 4 1,5 1,5 Vigor 4,5 4,5 4 Motilidade (%) Concentração 206 x x x 10 6 Morfologia Normal (%) Morfologia Anormal (%) Tabela 4 (Animal 4) Resultados de 3 coletas e avaliações andrológicas. Primeira Segunda Terceira Idade 2 anos 2 anos 2 anos Temperatura Retal (C ) 38,6 39,1 39,1 Largura Testiculo Esq (cm) 2,0 2,0 2,0 Largura Testiculo Dir (cm) 1,8 1,8 1,8 Altura Testiculo Esq (cm) 2,5 2,5 2,5 Altura Testiculo Dir (cm) 2,5 2,5 2,5 Ejaculação 15 seg 15 seg 30 seg
15 15 Primeira Porção (ml) Segunda Porção (ml) 4 1,5 2 Vigor Motilidade (%) Concentração 131 x x x 10 6 Morfologia Normal (%) Morfologia Anormal (%) Tabela 5 (Animal 5) Resultados de 3 coletas e avaliações andrológicas. Primeira Segunda Terceira Idade 3 anos 3 anos 3 anos Temperatura Retal (C ) 39,1 37,8 37,8 Largura Testiculo Esq (cm) 2,0 2,0 2,0 Largura Testiculo Dir (cm) 2,2 2,2 2,2 Altura Testiculo Esq (cm) 3,4 3,4 3,4 Altura Testiculo Dir (cm) 3,8 3,8 3,8 Ejaculação 1 min 30 seg 28 seg Primeira Porção (ml) 1 1,5 1 Segunda Porção (ml) 4 3 4,5 Vigor 4 4,5 4,5 Motilidade (%)
16 16 Concentração de sptz/ml 481 x x x 10 6 Morfologia Normal (%) Morfologia Anormal (%) Tabela 6 (Animal 6) Resultados de 3 coletas e avaliações andrológicas. Primeira Segunda Terceira Idade 4 anos 4 anos 4 anos Temperatura Retal (C ) 39,6 38,1 38,1 Largura Testiculo Esq (cm) 2,8 2,8 2,8 Largura Testiculo Dir (cm) 3,0 3,0 3,0 Altura Testiculo Esq (cm) 3,9 3,9 3,9 Altura Testiculo Dir (cm) 3,9 3,9 3,9 Ejaculação 40 seg 20 seg 15 seg Primeira Porção (ml) 1,5 1 1,5 Segunda Porção (ml) Vigor 3 3 3,5 Motilidade (%) Concentração 335 x x x 10 6 Morfologia Normal (%) Morfologia Anormal (%)
17 17 Os animais estudados possuem uma média de 194,5 x 10 6 de espermatozoides por ml e média de 4,3 ml de volume espermático. A taxa de patologia espermática apresentada foi em média de 21,8% (gráfico 1). Os animais possuem uma média de 2,2 cm de diâmetro escrotal, sem anormalidades em pênis, prepúcio e bolsa escrotal. Em relação ao tempo de coleta os animais tiveram uma rápida ejaculação após o estímulo manual, exceto os animais 1 e 2 nas primeiras coletas. Em média a taxa de motilidade, vigor e morfologia espermática se mantém adequados para a utilização destes como reprodutores. Cortez et al. (2002) descreveu em 13 cães da raça Pastor Alemão a média de 568,45 x 10 6 espermatozoides totais e média do perímetro escrotal de 17,6 cm. Em animais Golden Retriever afetados com distrofia muscular, tendo influência nos resultados, o volume espermático descrito foi com a média de 1,24 ml, motilidade 83%, vigor 3, concentração de 661,82 x 10 6 espermatozoides totais, patologia espermática em média de 12,76% (PERES, M. A., 2009). Observou-se que o reprodutor 1 mesmo com idade mais avançada comparado aos outros, possui uma diminuição na concentração e volume, quando não possui mais vida sexual ativa. Porém vigor, motilidade e morfologia se mantém adequado. Os animais 2, 4 e 5 possuem vida sexual ativa, porém tiveram resultados distintos provavelmente pela diferença de idade. Os animais 4 e 6 nunca reproduziram, apresentando maior libido na hora da coleta, menor tempo de coleta, concentração elevada, volume inferior, maior motilidade e vigor, porém morfologia inadequada na primeira coleta. Acredita-se que os fatores diminuídos dos animais 3 e 6 é por estarem iniciando a vida sexual, sendo a primeira ejaculação destes animais, pois a segunda e terceira coleta seus parâmetros morfológicos se adequaram. Com isto, observa-se que a idade interfere em alguns fatores reprodutivos como o tempo de coleta e qualidade de sêmen.
18 18 Gráfico 1: resultados da média das anormalidades morfológica, entre os 6 animais estudados. Gráfico 1 - Anormalidade Morfológica Cabeça dobrada 9% Cabeça enrolada 9,5% Cauda paraxial 0,33% Acrossomo grande 0,25% Cauda gigante 0,33% Cauda pequena 0,41% Cabeça pequena 1,24% Cauda dupla 2% 7. CONCLUSÕES O border collie apresenta bom libido o que facilita coleta de sêmen por estimulação manual. Embora ocorram as diferenças individuais, esta raça apresenta parâmetros reprodutivos adequados para a reprodução. E boa taxa de motilidade e vigor espermáticos. Nos mostrando a importância do exame andrológico para selecionar reprodutores adequados para esta raça. 8. REFERÊNCIAS AGUIAR, P.H.P.; COSTA, M.E.L.T.; ABREU, J.J.; ABREU, C.P. Coleta e avaliação de sêmen canino. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 46, n. 5, p , CHRISTIANSEN, I. J. Andrologia do macho normal. In: Reprodução no cão e gato, São Paulo: Editora Manole, 1988, cap. 4, p
19 19 CHRISTIANSEN, J. Reprodução no cão e no gato. São Paulo: Manole, p. CORTEZ. A. A.; A. AQUINO-CORTEZ.; A.R. SILVA.; R. C.S. CARDOSO.; L.D.M. SILVA. Relação entre perímetro escrotal e concentração espermática em cães, clinicamente normais, da raça Pastor Alemão - Faculdade de Veterinária - Universidade Estadual do Ceará, Campus do Itaperi, CUNHA, I. C. N. Exame andrológico para cães - JBCA Jornal Brasileiro de Ciência Animal 2008 v. 1, n. 1, p ESCOBAR, C. J. Inseminación artificial en caninos. In: Gobello, C. Temas de reproducción em caninos y felinos por autores latino-americanos. Compilação. Buenos Aires, , FELDMAN, E.C., NELSON, R.W. Canine and feline endocrinology and reproduction. Philadelphia: WB Saunders, p. JOHNSON, C.A. Distúrbios do sistema reprodutivo. In: NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 3ed. Ed Roca; p JOHNSTON S.D.; ROOT M.V.K.; OLSON, P.N.S. Disorders of the canine testes and epididymes. In: Canine and Feline Theriogenology, Philadelphia: WB Saunders, p MIES FILHO, A. Reprodução dos animais e inseminação artificial, Inseminação artificial nos cães. 6 ed. Porto Alegre: Sulina, p. NASCIMENTO, E.F. ; SANTOS, R.L.; EDWARDS, J.F. Sistema Reprodutor Masculino. In: SANTOS, R.L.; ALESSI, A. C. Patologia Veterinária. 1 ed. Roca p PERES, M.A. Influência da distrofia muscular do Golden Retriever (GRMD) na viabilidade espermática e nas características morfológicas do aparelho reprodutivo masculino / Maria Angélica Peres São Paulo : M. A. Peres, 2009.
20 20 ROOT, M. V.; JOHNSTON, S. D. Basics for a complete reproductive examination of the male dog. Seminara in Veterinary Medicine and Sugery (Small Animal), v.9, n,1, p , STOCKNER, P. K. The relationship of semen parameters to fertility in the dog. Canine practive. V.16, n. 2, p , THIBAULT, C.; LAVASSEUR, M. L. La reproduction chez les mammifères et I homme. VANNUCCHI, C. I.; SATZINGER, S.; SANTOS, S. E. C. seminal em cães. Clinica veterinária, v. 3, n. 15, p , ANEXOS Imagem 1 materiais usados para avaliação física e exame andrológico.
21 21 Imagem 2 mamadeira com tubo de ensaio dentro para armazenamento do sêmen. Imagem 3 Sêmen armazenado em falcon. Imagem 4 - passo a passo corando lâmina para avaliação morfológica em panótico.
22 22 Imagem 5 Contagem de espermatozóide Imagem 6 Espermatozóides ainda em na câmara de newbauer. movimento para avaliar vigor e motilidade Imagem 7 Espermatozoides corados.
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