Sumário Executivo Rio Longá
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- Geovane Sá Philippi
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1 Sumário Executivo Rio Longá
2 2 SUMÁRIO EXECUTIVO Bacia Hidrográfica do Rio Longá recorte de atuação nas nascentes do Rio dos Matos e Rio Correntes, afluentes do Rio Longá. Mapa da bacia e do recorte espacial escolhido: Municípios integrantes: Ação direta: Pedro II; Abrangência: Lagoa de São Francisco e Piripiri
3 3 Mapa perímetro do Semi-Árido brasileiro e entorno Caracterização básica: No contexto da Bacia Hidrográfica do rio Longá foi definido como recorte para atuação do Programa Água Brasil as nascentes dos afluentes do Longá, Rio dos Matos e Rio Correntes. A região é de Caatinga e Cerrado, especificamente um ecótono Cerrado-Caatinga. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária, o que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, o equilíbrio do clima e do solo (ANDRADE-LIMA, 1981). A eliminação sistemática da cobertura vegetal e o uso indevido da terra têm acarretado graves problemas ambientais ao semi-árido nordestino, entre os quais se destacam: a redução da biodiversidade, a degradação dos solos, o comprometimento dos sistemas produtivos e a desertificação de extensas áreas na maioria dos estados que compõem a região (PEREIRA et al., 2001). Verifica-se que as nascentes da bacia do Rio dos Matos e Rio Correntes, afluentes do Longá, estão em área de incidência da seca, no perímetro do semi-árido brasileiro, o que justifica e fortalece a tomada de decisão do estabelecimento de estratégias e ações pelo Programa Água Brasil na região, que contribuam no uso racional da água e da utilização e práticas ecológicas que contribuam na minimizar os impactos ocasionados por períodos secos intensos. Municípios integrantes Ação direta: Pedro II; Abrangência: Lagoa de São Francisco e Piripiri.
4 4 Dados socioeconômicos O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (Ipea; Pnud; FJP, 2000), afirma que, devido ao lento ritmo de crescimento da economia e a baixa renda da população, a maioria dos municípios do Semi-Árido assume cada vez mais a característica da dependência da transferência de recursos: em 47,5% dos municípios, cerca de um terço da população tem mais da metade da sua renda proveniente de transferências governamentais, principalmente os previdenciários. No ranking brasileiro do PIB per capita estadual, o Estado do Piauí ocupa a última posição, ou seja, com o valor mais baixo neste item, seguido pelo Maranhão e Alagoas. O valor do PIB per capita do Piauí, referente ao ano de 2009, é de R$ 6.051,00, enquanto o PIB per capita médio de nove municípios do entorno da área de atuação do águabrasil na bacia hidrográfica do rio Longá é de R$ 3.228,37, 53,3% abaixo do PIB estadual. Para complementar essa informação, temos os dados da renda per capita dos municípios da região de abrangência do águabrasil: O Município de Pedro II apresenta uma renda per capita de R$ 294,88. Dentro desse cenário socioeconômico, outra informação importante do município está relacionada com a estrutura fundiária: a Agricultura Familiar corresponde a 44% da área do município. Assim, entendemos que as principais atividades produtivas rurais regionais estão vinculadas com a Agricultura Familiar. Há algumas atividades de extrativismo da carnaúba para utilização do pó e produção da cera de carnaúba.
5 5 Atividades produtivas As atividades produtivas na área de estudo da bacia do Rio Longá envolvem basicamente aquelas relacionadas à subsistência. Porém, alguns produtos são destinados e comercializados nos mercados locais e regionais. Entre estes, se destacam: milho, feijão, mandioca, arroz, cana de açúcar, caju, banana, manga, cajá, graviola, mangaba, maracujá, melancia e limão, entre outras, além de hortaliças em geral. A criação de caprinos e ovinos tem presença tradicional na região, além da criação de galinhas, suínos e a piscicultura, com potencial de ampliação da atividade. Além disso, a apicultura, - atividade em que o Piauí aparece em destaque no cenário nacional - tem surgido nos últimos anos como uma atividade de alta potencialidade na geração de renda, aliada à conservação ambiental neste recorte territorial. Com relação à produção agropecuária e extrativista, existem potencialidades que foram levantadas para os municípios foco deste estudo (Brasileira, Domingos Mourão, Lagoa de São Francisco, Milton Brandão, Pedro II, Piracuruca, Piripiri, São João da Fronteira e São José do Divino) e que são apresentadas no quadro abaixo:
6 6 A partir desse contexto de agricultura familiar dentro da área de abrangência do Semi-Árido piauiense, levantaram-se as seguintes linhas estratégias de intervenção: Linhas Desenvolvimento, adaptação e aplicação de tecnologias inovadoras, de baixo custo e sustentáveis; Vinculação do crédito rural ao acompanhamento e orientação técnica, bem como à adequação ambiental; Apoio às estruturas organizadas, possibilitando ganhos como a economia de escala, a agregação de valor, o exercício de gestão compartilhada, autonomia, sustentabilidade e qualificação dos produtos; Realização de treinamentos e capacitações técnicas de produtores rurais, ampliação e qualificação dos serviços de assistência técnica e extensão rural e elevação do nível de escolaridade no meio rural, realizando concomitantemente a transferência de tecnologias; Fomentar alternativas de produção sustentável, possibilitando acesso ao mercado e agregação de valor, mediante aos processos de certificações de produtos agropecuários e extrativistas, acesso a mercados diferenciados comércio justo, produtos orgânicos, produtos agroecológicos, selo de certificação de produtos da Agricultura Familiar, selo de indicação geográfica (IG), programas de aquisição de alimentos, certificação por boas práticas de produção; Apoiar a disponibilidade de água e iniciativas como a construção de barragens, barraginhas de captação de águas superficiais de chuvas, cisternas para captação de água na agricultura e outras iniciativas deste tipo, que devem ser aperfeiçoadas e disseminadas. É importante destacar que há um potencial forte para o Turismo Ecológico Rural na região. Além do aporte técnico, boas práticas agropecuárias e conservação e uso racional da água para as comunidades rurais, o águabrasil identificou a oportunidade de desenvolver um estudo de caso do Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil (DRS) em Pedro II, com o foco no estudo das potencialidades e dos desafios para fomentar a sinergia entre o credito rural e práticas produtivas sustentáveis no contexto da Agricultura Familiar. Perspectiva de articulação da estratégia de intervenção com políticas públicas: Programa P1+2: Programa Uma Terra e Duas Águas: Promover a segurança e a soberania alimentar das famílias agricultoras do Semi-Árido brasileiro, por meio da produção de alimentos com base em tecnologias apropriadas à região, visando o desenvolvimento sustentável local e a geração de renda. Aplicação de três tecnologias sociais: tanque de pedra ou caldeirão, cisterna calçadão e barragem subterrânea. Programa de Aquisição de Alimentos: possibilita a compra da produção excedente para doação a famílias em situação de insegurança alimentar ou para a formação de estoques. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): Programa do governo federal que transfere, por
7 7 meio do Fundo Nacional de desenvolvimento da Educação (FNDE), recursos a estados e municípios para aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar. A Lei N /2009 determina que, no mínimo, 30% dos recursos sejam destinados à compra direta de produtos da agricultura familiar. O município de Pedro II não consegue suprir a compra de 30% dos gêneros alimentícios para a merenda da agricultura familiar do município, por falta de oferta, o que sugere a oportunidade de fomento a cadeias produtivas que ofereçam alimentos saudáveis, produzidos através de práticas sustentáveis. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF): Essencial no fomento do desenvolvimento regional sustentável. Tecnologias Sociais: PAIS - Produção Agroecológica Integrada e Sustentável Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) é uma tecnologia social inspirada na atuação de pequenos produtores que optaram por fazer uma agricultura sustentável, sem uso de produtos tóxicos e com a preocupação de preservar o meio ambiente. Integrando técnicas simples e já conhecidas por muitas comunidades rurais, o modelo busca: - reduzir a dependência de insumos vindos de fora da propriedade; diversificar a produção; utilizar com eficiência e racionalização os recursos hídricos; alcançar a sustentabilidade em pequenas propriedades; e. - produzir em harmonia com os recursos naturais. Comunidades Rurais As ações de caracterização de comunidades rurais e assentamentos para a implantação dos projetos socioambientais serão realizados nas seguintes comunidades e assentamentos: Comunidades: Mangabeira; Gameleira; Serra dos Matões e Coitada município de Pedro II Assentamento Rural: Riacho Tamboril município de Lagoa de São Francisco Totalizando um universo de 500 famílias A partir da caracterização será definida qual comunidade contará com as ações de implantação das unidades demonstrativas, o inicio das implantações será no 2º semestre de 2012, prevendo a disseminação nas demais comunidades. Prevê-se o atendimento prioritário de uma comunidade no recorte da bacia por ano ao longo de 5 anos.
8 8 Perspectiva de articulação com estratégia dos parceiros Água Brasil (BB; FBB e ANA): BB: FBB: ANA: Local / regional Debate sobre a potencialidade da criação de um novo DRS e avaliação do DRS local com aporte técnico ambiental Aplicação e difusão das tecnologias sociais: a) PAIS Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (hortaliças; frutíferas e pequenos animais) b) Banco de sementes crioulas c) Balde cheio agroecológico Aproximação com a agenda local / estadual de recursos hídricos Monitoramento da disponibilidade e qualidade da água do rio Longá Nacional Debate sobre estruturação de uma linha de microcrédito rural articulada para a comercialização via mercado institucional (PAA; PNAE)... Implantação do seguro para a agricultura familiar contra as intempéries climáticas. PRONAF Ex: Validação de determinada TS, a partir da criação de indicadores de sustentabilidade Experimentação e validação de modelos de conservação de solo e água em diferentes biomas e contextos
9 9 Parceiros Locais Instituição CERAC Fundação Santa Ângela Emater PI Centro de Formação Mandacaru CARE Brasil Agenda temática Uso racional e gestão da Água P1+2 Programa uma terra e duas águas Prática Agroecológica Quintal produtivo Tecnologias associadas ao Semi Árido Apoio a Feira da Agricultura Familiar comercialização Mobilização social de jovens agricultores familiares e implantação de experiências de convivência com o semiárido. - juventude e produção familiar - oportunidade de extensão e formação com os jovens agricultores, há uma associação dos jovens produtores da agricultura familiar da região de atuação do águabrasil. Fazenda de produção com venda CONAB Capacitação e Assistência Técnica Barraginhas Pecuária de criação de pequenos animais Aproveitamento do pedúnculo do Caju Linhas PRONAF Eco-escola Conscientização ambiental; roça orgânica (sem queimada); assessoria em práticas agroecológicas; cisternas P1MC Geração de emprego e renda Reaproveitamento de Água Biodigestores e Biofertilizantes Desenvolvimento Local e Mudanças Climáticas Apoio a Núcleos Produtivos coletivos implantação de um f r i g o r í f e ro d e a ves e c a p r i n o s n o a s s e n t a m e n to ParaísoComercialização dos produtos da agricultura familiar (Lei ); conselhos municipais; estradas e etc...
10 10 1)Principais Entregas / Produtos Data Outubro-Dezembro 2012 Produto Acompanhamento técnico da elaboração do projeto para o Bônus Ambiental Elaboração da proposta técnica para implantação das unidades demonstrativas Visita técnica ao Assentamento Riacho Tamboril Inicio da contratação da FSA para implantação das Ud s Próximos passos (atividades dos próximos 03 meses) Data janeiro março Janeiro Fevereiro Março Atividades Contratação FSA implantação das ud s assinatura do contrato elaboração participativa dos planos técnicos; Implantação da etapa I capacitação tecnica relativa a Etapa I de implantação
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