LIGA ACADÊMICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO DISTRITO FEDERAL (LIORL-DF) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO FACIAL (ABORL)
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- Maria de Belem Amaro Sintra
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1 GUIA PARA FUNDAÇÃO DE LIGAS ACADÊMICAS DO CURSO DE MEDICINA EM OTORRIOLARINGOLOGIA 1. INTRODUÇÃO As características fundamentais de uma liga acadêmica (LA) se baseiam na criação de uma entidade primordialmente estudantil, tendo a frente um grupo de estudantes e professores que convergem seus interesses para uma determinada especialidade ou área médica. Este guia foi construído a partir da necessidade de uniformizar e viabilizar a criação de Ligas Acadêmicas de Otorrinolaringologia, promovendo suporte para o seu funcionamento dentro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL). 2. QUAL O MOTIVO DE SER FORMADA UMA LIGA Através das ligas se torna possível preencher deficiências que existem durante a graduação, possibilitando a formação de um profissional mais experiente e capacitado para transformar a sociedade por meio da atuação na vida de seus pacientes. As LA s podem ser comparadas à própria universidade no que se refere ao tripé de sua concepção: ensino, pesquisa e extensão. Esses pilares devem necessariamente desenvolver, de maneira equilibrada, atividades de forma complementar. A promoção da saúde no cenário proposto torna-se um dos principais objetivos da liga, viabilizando diferentes caminhos de atuação nos níveis de prevenção e cura. 3. COMO COMEÇAR A CONSTRUÇÃO DE UMA LIGA ACADÊMICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA (ORL) 3.1 REUNIR UM GRUPO DE ESTUDANTES COM INTERESSE NA ESPECIALIDADE O idealizador da criação deve procurar outros estudantes para parceria na construção e participação na LA. Isto pode ser promovido por meio de cartazes ou outros tipos de divulgação, não restringindo a idéia a um pequeno grupo de amigos, buscando alcançar o maior número de pessoas realmente interessadas. O interesse inicial é comum e percebido em um grande número de estudantes, porém à medida que o grupo inicia o trabalho algumas pessoas perdem o interesse, percebem impossibilidade de tempo, ou por qualquer outra razão se afastam, por isso é necessário contar com pessoas dispostas a construção desta realidade coletivamente. Em todo o processo de criação e no desenvolvimento das atividades de uma liga acadêmica, os estudantes devem compreender que esta não é o caminho mais curto para a especialização e
2 sim uma oportunidade de aprender e buscar o conhecimento, desenvolvendo o raciocínio clínico, científico e estimular sua interação com a comunidade. 3.2 ESCOLHA DO ORIENTADOR O papel do orientador é fundamental, sendo integrante da constituição e operacionalização da liga acadêmica. Orientar é diferente de coordenar, desta forma a sua função deve sempre ser de supervisionar, conduzindo através de seu conhecimento técnico-científico, profissional e social os objetivos da LA e as necessidades dos acadêmicos. Devemos ter como principal norteador do trabalho da LA as necessidades de transformação social, através da identificação de déficits em áreas da comunidade, assim como a aquisição e produção de conhecimento e prática no âmbito da ORL. O orientador deve dispor de tempo para dedicar às atividades e ter interesse na orientação dos discentes, buscando o processo de construção coletiva e organização, onde o crescimento e entendimento de todo processo por parte dos discentes torna-se possível. Os estudantes devem atuar de forma ativa nas decisões, sendo idealizadores de ações e trabalhos. Em resumo, o orientador deve ser um professor com profundo conhecimento na área e deverá ser comprometido com os interesses da Educação Médica continuada. 4. ESTRUTURA FÍSICA Antes de buscar espaços para uso da LA, é importante definir suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, mesmo que seja um esboço. O centro Acadêmico, a instituição de ensino podem ceder salas para reuniões científicas periódicas. O Hospital Escola pode propiciar atividades ambulatoriais e práticas aos ligantes. Outros espaços também podem ser utilizados, dependendo fundamentalmente da imaginação e do plano de atividades propostos por seus membros. 5. ENSINO As atividades de ensino objetivam a capacitação dos estudantes para a atuação na comunidade e também contribuem para o desenvolvimento de produção científica, impactando na promoção de um histórico acadêmico singular. Diversas atividades podem ser desempenhadas, sendo estas: aulas, cursos, discussões de artigos, discussões de casos clínicos, simpósios, jornadas, dentre outras. A bioestatística, epidemiologia e outras áreas relacionadas à pesquisa também devem compor as atividades de ensino da LA. 6. PESQUISA CIENTÍFICA As atividades de pesquisa devem proporcionar o desenvolvimento de conhecimento, estabelecendo o senso crítico e o raciocínio científico dos estudantes.
3 Reuniões de discussão de artigos científicos relacionados às pesquisas em andamento na liga são atividades importantes. Nestas reuniões podem ocorrer novos questionamentos e avaliações das pesquisas, permitindo a troca de conhecimento e a elaboração de trabalhos de maior impacto. É de fundamental importância a apresentação dos trabalhos gerados pela liga em congressos de ORL e outras especialidades que se comunicam com a ORL, assim como as publicações científicas. 7. EXTENSÃO A LA deve buscar de forma ativa as necessidades da sua área de atuação, participando de campanhas de prevenção, visitas a comunidade, mutirões, compreendendo os problemas para assim poder atuar de forma eficaz. A comunicação com LA s de outros estados, assim como de outras especialidades permite ampliar o espectro de possibilidades, tornando-se um importante caminho. 9. FINANCIAMENTO A gestão orçamentária é de inteira responsabilidade dos ligantes. Formas de arrecadação: mensalidade paga pelos ligantes, promoção de simpósios, jornadas, congressos e cursos. Bolsas de Iniciação Científica também podem ser conseguidas para os acadêmicos, por meio do orientador. Possíveis parceiros financeiros em seus projetos: universidade, CRM, secretaria de saúde estadual, dentre outros. Independente do financiador é fundamental que o mesmo não interfira no trabalho estabelecido pela LA. Discussões internas a respeito das questões éticas relacionadas à obtenção de recursos para a mesma, bem como seguir a política vigente para patrocínios são necessárias para manutenção da liga. 10. MODELO DE ESTATUTO E ATA DE CONSTITUIÇÃO Institucionalizar uma LA passa necessariamente pela declaração de sua criação, regulamentação de suas atividades, participantes e outros aspectos que estarão contidos em seu estatuto. Através do seu estatuto a liga torna-se uma entidade reconhecida e registrada, contendo regras de funcionamento, como um regimento ou constituição da LA. Sua divisão é feita por capítulos, que contém artigos, que por sua vez podem ter incisos. A liga deve fundamentar seu projeto na importância e relevância da sua criação, destacando os objetivos a que a liga se propõe, as estratégias das quais os objetivos serão alcançados e os resultados esperados da liga. (anexo1) modelo LiORL-DF.
4 11. PASSOS PARA ASSOCIAR A LIGA ACADÊMICA À ABORL Os acadêmicos integrantes das Ligas Acadêmicas de ORL podem se associar a ABORL através do site: Passos: 1. Preencher a proposta de sócio; 2. Categoria Acadêmico de Medicina; 3. Apresentar ao setor de cadastro, semestralmente, comprovante de matrícula (histórico acadêmico), devidamente assinado pelo representante legal da sua Universidade de Ensino. *O acadêmico é isento de qualquer taxa de mensalidade. 12. MODELO DE ATA DE PRESENÇA E FREQUÊNCIA DAS REUNIÕES A ata de presença é um documento que dever ser preenchido com responsabilidade e supervisão do secretário da liga, a fim de controlar a participação de todos os ligantes em atividades obrigatórias e outras propostas pela LA. 13. SUGESTÕES DE TEMAS PARA AS REUNIÕES - Anatomia e fisiologia do ouvido; - Otoneurologia - Surdez - Otite externa - Otite interna - Anatomia e fisiologia do nariz e seios nasais; - Rinossinusite Aguda; - Rinossinusite Crônica; - Rinites; - Epistaxe; - Adenotonsilectomia: indicações e contra-indicações; - Anatomia e fisiologia da faringe; - Função velofaríngea; - Epitélio das criptas amigdalianas; - Halitose; - SAHOS;
5 - Faringites; - Abscesso periamigdaliano; - Outros temas; - Corpos estranhos; - Sialoadenites.
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