REDE LOCAL DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO ACORDO DE COOPERAÇÃO
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- Juan Bonilha Barros
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1 REDE LOCAL DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO ACORDO DE COOPERAÇÃO ENTRE - MUNICÍPIO DE GUIMARÃES, Pessoa Coletiva nº , aqui representado pelo Presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança; - Entidades integrantes informação a remeter pelos parceiros (designação, NIF, representante) NOTA INTRODUTÓRIA A aposta na educação e formação nos nossos jovens deve constituir prioridade não só para o município, como para as entidades locais cujo objetivo primordial se centra na promoção educativa. A partilha destes propósitos deve pois assentar numa estratégia local que envolva ativamente todos os agentes educativos em estreita articulação com outros setores e indicadores de desenvolvimento concelhio, de molde a potenciar a eficácia e eficiência dos planos delineados, bem como estabelecer metas e objetivos mais sólidos e fundamentados na realidade local, das necessidades e interesses dos alunos e da potenciação de um enquadramento e integração socioprofissional mais ajustada. Assim, Observando os desafios educativos da atualidade, bem como a realidade concelhia no que concerne à área educativa, da necessidade de prover formação adequada aos jovens de molde a corresponder a um aumento das qualificações concelhias; E considerando que: - Na contribuição para uma sociedade mais inclusiva e integradora, a Educação e Formação contínua se perspetivam como fatores preponderantes para o desenvolvimento global da comunidade, assumindo-se como elementos potenciadores da coesão social e económica; - Urge corresponder aos desafios da atualidade, quer ao nível formativo, quer ao nível da correspondência às exigências e desafios do mercado laboral, numa era de globalização e transformações e mudanças sociais constantes; - Os municípios dispõem de atribuições nos domínios da educação, ensino e formação profissional, conforme al. d) do n.º 2 do art.º 23.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. Para prosseguir esta atribuição a Câmara Municipal dispõe da competência prevista na al. u) do n.º 1 do art.º 33.º do mesmo diploma legal, segundo a qual compete ao órgão executivo promover a oferta de cursos de ensino e formação profissional dual, no âmbito do ensino não superior, e apoiar atividades de natureza social,
2 cultural, educativa, desportiva, recreativa ou outra de interesse para o município, incluindo aquelas que contribuam para a promoção da saúde e prevenção das doenças. Atentando ao percurso desenvolvido até ao momento, bem como as metas globais e específicas traçadas ao nível do Município para a área educativa, pretende-se com este Acordo de Cooperação, que vigorará até setembro de 2017, estabilizar e formalizar o trabalho de articulação e coordenação entre os diversos intervenientes na denominada Rede Local de Educação e Formação de Guimarães, e traçar novos clusters de atuação em termos de metas e objetivos, possibilitados mediante intervenção articulada e sustentada de todas as Entidades. Assim, pelo exposto e no uso da competência legal prevista na al. u) do n.º 1 do art.º 33.º do referido diploma legal, é celebrado o presente Acordo de Cooperação, que se rege pelas cláusulas seguintes: CAPÍTULO I GERAL Cláusula Primeira Objeto 1.O presente Acordo de Cooperação pretende estabelecer a organização e funcionamento da Rede Local de Educação e Formação de Guimarães. 2. Entende-se por Rede Local de Educação e Formação, o grupo de entidades públicas e privadas compreendidas no processo de Educação e Formação no concelho de Guimarães. Cláusula Segunda Composição A Rede Local de Educação e Formação é composta pelas entidades públicas e privadas que subscrevem este Acordo de Cooperação, mormente: a) O Município b) Centro de Emprego do Médio Ave c) Agrupamentos de Escolas d) Estabelecimentos de Ensino Público e Privado que ministrem cursos de nível secundário e/ou terceiro ciclo do ensino básico e) Escolas Profissionais f) Estabelecimentos de Ensino Superior g) Centros de Formação de Professores h) Centro para a Qualificação e Ensino Profissional local i) Associação Comercial e Industrial de Guimarães
3 Cláusula Terceira Objetivos de Cooperação Os subscritores, no âmbito da articulação e concertação da Rede Local de Educação e Formação, comprometem-se na prossecução dos seguintes objetivos: a) Aumentar as qualificações escolares e profissionais das crianças e jovens de Guimarães; b) Melhorar e aumentar a eficácia e eficiência do sistema de educação e formação; c) Desenvolver uma atuação conjunta e concertada na educação e na qualificação escolar e profissional; d) Melhorar a oferta e adequação das ações de educação e formação às características e necessidades da população; e) Ajustar a oferta tendo em conta as necessidades e prioridades dos setores económicos e do mercado de trabalho; f) Adotar práticas e medidas locais de combate ao insucesso, absentismo e abandono escolar; g) Combater as disparidades locais; h) Promover o empreendedorismo fomentando a capacidade empreendedora da escola e dos seus atores; i) Promover a aprendizagem ao longo da vida; j) Promover a coesão social e a inclusão para a população com dificuldades de inserção; k) Consolidar as ofertas formativas e otimização dos investimentos; l) Participar na produção, conceção, atualização e avaliação de indicadores; m) Articular o envolvimento com a estrutura económica do Município; n) Proporcionar o desenvolvimento económico e social do concelho e da região; o) Partilhar informação e estratégias de sucesso. Cláusula Quarta Princípios de Cooperação A cooperação no seio da parceria rege-se por um quadro de princípios, sublevando-se: a) Coordenação; b) Parceria; c) Territorialização; d) Transversalidade; e) Participação; f) Subsidiariedade; g) Autonomia das partes; h) Responsabilidade;
4 Cláusula Quinta Articulação com Conselho Municipal de Educação e Conselho Local Ação Social 1. A Rede Local de Educação e Formação, através das entidades parceiras e da Comissão Concelhia, articula com o CME e com o CLAS; 2. Com o CME ao nível do Projeto Educativo Local, da Carta Educativa e ao nível dos Planos de Oferta Formativa, mormente no que concerne às ofertas para o ensino básico e o ensino secundário e profissional; 3. Com o CLAS na atualização do Diagnóstico Social e elaboração de objetivos e ações a integrar o Plano de Desenvolvimento Social. 4. Com os órgãos de gestão das diversas entidades, nomeadamente na elaboração dos projetos educativos e formativos. Cláusula Sexta Articulação com Comunidade Intermunicipal do Ave 1. A Rede Local de Educação e Formação, através das entidades parceiras e da Comissão Concelhia, articula com a Comunidade Intermunicipal do Ave; 2. A articulação processa-se ao nível da integração dos projetos e grupos de trabalho afins ao Plano de Crescimento Inclusivo do Ave; Cláusula Sétima Adesão e Demissão 1. A Adesão estabelece-se pela outorga da presente Acordo de Cooperação. 2. Podem subscrever este Acordo de Cooperação entidades reportadas na cláusula segunda, com ratificação do Plenário Geral; 3. A adesão de novas entidades carece de aprovação da maioria dos presentes no Plenário Geral. 4. O pedido de admissão de novas entidades requer uma descrição justificativa por parte da mesma; 5. As entidades que violem, de forma consciente, os objetivos e compromissos desta Rede serão objeto de notificação, podendo ser excluídas temporariamente à sua participação. Cláusula Oitava Direitos e Deveres 1. Assumem-se como direitos: a) Participar nas reuniões para as quais sejam convocados; b) Aceder a toda a informação produzida no âmbito da parceria; c) Ratificar a adesão de novas entidades; d) Aprovar e propor alterações ao Acordo de Cooperação;
5 e) Homologar o plano de ação; f) Elaborar e apresentar acordos, antecipadamente entregues à Comissão Concelhia, para integração de agenda do plenário e anexação às convocatórias. 2. Assumem-se como deveres: a) Participar nos grupos de trabalho que integrem e nas reuniões para as quais sejam convocados; b) Desempenhar os cargos ou funções para os quais sejam eleitos ou designados. c) Participar nas deliberações d) Contribuir para a eficácia e eficiência da parceria; CAPÍTULO II ESTRATÉGICO Cláusula Nona Organização e Funcionamento 1. A Rede Local de Educação e Formação organiza-se: a) No Plenário Geral; b) Na Comissão Concelhia de Educação e Formação doravante designada CC; c) Nos Grupos Temáticos de Trabalho doravante designados GTT. 2. O Plenário Geral assume a dimensão deliberativa, a CC o núcleo coordenador e os GTT a dimensão operativa. Secção I Plenário Geral Cláusula Décima Competências da Comissão Concelhia 1. A CC compõe o núcleo coordenador da Rede Local de Educação e Formação. 2. Integram a CC o Município de Guimarães, O Centro de Emprego do Médio Ave, um representante das escolas públicas, um representante das escolas profissionais, um representante do ensino superior e um representante dos Centros de Formação. 3. O Coordenador da CC é designado de entre os seus membros. 4. São competências da Comissão Concelhia: a) Representar a Rede Local de Educação e Formação de Guimarães; b) Promover o diagnóstico e levantamento das necessidades locais; c) Incrementar a articulação entre as entidades que integram os diferentes grupos de trabalho; d) Fomentar e garantir a realização participada do diagnóstico concelhio das necessidades formativas;
6 e) Avaliar periodicamente a execução das atividades delineadas, dos planos de formação e dos seus impactos no território e divulgar os resultados; f) Analisar questões e acordos apresentadas pelos grupos de trabalho, ou por outras entidades, visando prover soluções mediante a participação ativa das entidades competentes representadas; g) Promover junto dos responsáveis e gestores dos programas, o trabalho desenvolvido no Município e a atenção a programas, medidas e candidaturas; h) Definir os Grupos de Trabalho a compor a Rede Local de Educação e Formação; i) Convocar as reuniões do Plenário Geral e dos Grupos de Trabalho. Cláusula Décima-Primeira Do Plenário Geral 1. O Plenário Geral é constituído por todas as entidades, com direito a voto, que subscrevem a presente Acordo de Cooperação; 2. O Plenário Geral reúne por convocatória da CC; 3. Poderão ainda participar nos trabalhos do Plenário, outras entidades, estruturas de parceria ou técnicos, com estatuto de convidados ou consultores, sem direito a voto; 4. A coordenação geral do Plenário cabe à CC, e no âmbito das suas competências ao Município de Guimarães. O município pode delegar as competências definidas anteriormente, em outras entidades componentes da CC. 5. No que concerne às atas: a) Elaboradas em cada Plenário Geral, por elemento do município, da qual é remetida cópia a cada membro, via correio eletrónico; b) Com menção a todos os membros presentes, ordem de trabalhos e indicação das deliberações tomadas; c) Ratificada pelos parceiros no plenário seguinte. CAPÍTULO III GRUPOS TEMÁTICOS Cláusula Décima-Segunda Dos Grupos de Trabalho Temáticos 1. Visando a operacionalização de diferentes medidas e áreas temáticas, constituir-se-ão Grupos de Trabalho Temáticos, aliando entidades diretamente envolvidas em temas específicos, por indicação da CC. 2. Entre outros, os GTT têm por objetivos: i. Analisar e articular a oferta/ações formativas em domínios específicos;
7 ii. Conceber e aprovar a acordo específica do Plano de Formação Integrado concelhio nesse domínio; iii. Participar na elaboração e atualização do Diagnóstico Concelhio de Necessidades Formativas; iv. Avaliar dos resultados específicos atingidos e dos constrangimentos observados; v. Apresentar planos de melhoria, a desenvolver pelas partes ou a propor a outras entidades. 3. Não excluindo a possibilidade de criação de outros GTT, sugere-se a criação dos seguintes: i. Educação e Formação de Jovens ii. Gestão e Aperfeiçoamento Profissional iii. Diagnóstico Necessidades Formativas iv. Intervenção Vocacional 4. Os GTT estruturam e consensualizam os moldes da sua organização. Cláusula Décima-Terceira Convocatória dos Grupos Temáticos de Trabalho Podem convocar as reuniões dos GTT: a) O próprio GTT, no enquadramento dos seus planos de trabalho e dos seus moldes de organização; b) A Divisão de Educação da Câmara Municipal de Guimarães; c) A Comissão Concelhia. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Cláusula Décima-Quarta Avaliação Este Acordo de Cooperação será alvo de monitorização operacional e de avaliação de resultados e impactos, sendo para tal efeito elaborada grelha de indicadores, consensualmente aprovada pelas partes. Cláusula Décima-Quinta Produção de Efeitos e Entrada em Vigor 1. O presente Acordo de Cooperação produz efeitos e entra em vigor a partir da data da sua assinatura pelas partes. 2. Este Acordo de Cooperação pode ser alvo de alteração, mormente pela inclusão de novas cláusulas ou entidades aderentes, anexando-se para esse efeito, adendas à mesma.
8 Declaram todos os Subscritores o acordo com as condições exaradas no presente Acordo de Cooperação, pelo que procedem à sua assinatura em sinal de conformidade. Guimarães, 19 de fevereiro de 2016
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