Análise do Estado da Arte

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1 Projeto BUILD UP SKILLS PORTUGAL FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO

2 SUMÁRIO EXECUTIVO O sector da Construção, tem vindo a ser substancialmente afetado pela crise económica que o país atravessa atualmente, constatando se que os principais fatores que afetam o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção, o baixo nível de consolidação empresarial e a fraca produtividade, tal como se verificar pelos seguintes indicadores: A década de foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada pelo segmento residencial; O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média europeia (23%, em 2007); A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média europeia, na medida em que a VAB por colaborador é de , em Portugal, comparativamente com a média europeia de Neste sentido, perspetiva se que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de não apensa de uma retração do investimento privado e público resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias; mas também de excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços) e da elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. Não obstante este contexto, a Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe se de um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética, sendo expectável atingir em 2020 entre outros, os seguintes resultados em termos de emprego nacional: Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, assegurando, em 2020, a obtenção de um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de milhões de euros e a criação de mais postos de trabalho (a acrescer aos já existentes no sector). Continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência energética, assegurando a criação de postos de trabalho anuais, gerando um investimento de milhões de euros até 2020, e proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado, que terá impreterivelmente de ser acompanhado por uma estratégia ao nível da formação que permita responder às necessidades de qualificações neste sector. Por outro lado, este tem vindo a ser considerado um sector potencialmente gerador de empregos verdes. Uma análise ao nível de eficiência energética nos edifícios demonstra que existem atualmente cerca de 478 mil imóveis certificados no Sistema de Certificação Energética (SCE), dos quais, 100 mil encontram se em fase de projeto e os restantes 378 mil respeitam a imóveis Pág. 1

3 existentes e recém construídos que já tiveram uma Declaração de Conformidade Regulamentar (DCR). Os imóveis destinados à habitação continuam a liderar com 90% dos certificados emitidos no SCE. O nível de eficiência energética nos edifícios existentes é baixo, quando comparado com os dos edifícios novos. Não obstante, para além da reabilitação tradicional, os edifícios existentes têm um elevado potencial de aumento de eficiência energética após introdução de medidas de melhoria de eficiência energética. As exigências introduzidas pela regulamentação térmica dos edifícios em vigor, conduziram a uma considerável melhoria da eficiência energética dos edifícios, embora que ainda seja possível enquadrar outras medidas de melhoria. No que concerne ao consumo energético, verifica se que a maior componente no consumo de energia nos sectores doméstico e de serviços, é a eletricidade. No sector doméstico verifica se um uso ainda significativo de lenhas e resíduos vegetais bem como de GPL (butano e propano), enquanto nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta se o facto de que 50,2% da eletricidade consumida é de origem renovável, nos termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. Um dos objetivos da estratégia europeia consiste em incrementar no sector da construção, até 2020, o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios, pelo que uma das finalidades do presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e renováveis Neste contexto, e no que respeita à análise do emprego nas atividades do sector da construção alvo do presente estudo, foram consideradas apenas as profissões com um potencial contributo para uma maior eficiência energética, considerando que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, no que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009 (últimos dados disponíveis em estatísticas oficiais), nas atividades económicas e profissões selecionadas, verifica se que, de um total de trabalhadores, 41% são pedreiros ( trabalhadores), denotando se uma enorme dispersão relativamente a todas as outras profissões deste sector, oscilando estas entre os 0,01% (Enformador de pré fabricados alvenaria) e os 9% (Encarregado trabalhadores de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco). No que diz respeito às habilitações literárias destes trabalhadores, os dados revelam que 86% têm o ensino básico e apenas 6% têm o ensino secundário Fomos ainda analisar como é que o sistema nacional de qualificações se estrutura e responde às necessidades de competências e qualificações dos trabalhadores nos sectores da construção e da energia, tendo sido possível chegar às seguintes conclusões globais: Existência de assimetrias regionais relativamente à oferta formativa quanto às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; Maior investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente no que respeita à instalação de equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos; Pág. 2

4 Diminuição abrupta em 2011 da oferta formativa para os adultos, ao nível da modalidade de educação e formação EFA, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. Uma nota final relativamente à formação contínua dos ativos, onde houve alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o processo de monitorização se encontra em implementação) quer no âmbito de formação contínua da responsabilidade exclusivamente das empresas e de esquemas de certificação sectoriais. Esperamos estar na posse de informação mais pormenorizada e devidamente sistematizada na fase seguinte de desenvolvimento deste projeto. Pág. 3

5 1 INTRODUÇÃO O presente relatório constitui o primeiro output de um projeto nacional em curso no âmbito da iniciativa BUILD UP SKILLS (primeira fase) financiada pela Executive Agency for Competitiveness and Innovation (EACI) com o objetivo principal de, até 2020, incrementar no sector da construção o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios. A coordenação do projeto é feita pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG), em estreita colaboração com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Agência para a Energia (ADENE) e Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP). Este projeto, com uma duração de dezoito meses, tem como objetivos específicos: I. Reunir, consultar e dinamizar todos os intervenientes (stakeholders) no processo de formação contínua de profissionais da construção e instaladores de sistemas energéticos, nomeadamente: agências regionais para a energia, associações profissionais e sindicais, de formação contínua, industriais e da construção; II. III. Delinear um roteiro (roadmap), com um horizonte temporal até 2020 e anos subsequentes, de forma a melhorar as competências e qualificações dos operários da construção e instaladores de sistemas energéticos, ativos ou sem exercer a sua atividade; Congregar o apoio do maior número de intervenientes na estratégia nacional para a formação até 2020, consubstanciada na criação de uma plataforma nacional para a qualificação. O projeto BUILD UP SKILLS Portugal, é constituído por um conjunto de working packages (WP), constituindo o presente relatório o resultado do WP2, que visa analisar e quantificar a oferta e a procura de profissionais qualificados para as energias renováveis e a eficiência energética no sector da Construção, bem como identificar as necessidades de qualificações e as barreiras que se colocam para o aumento do numero de profissionais qualificados neste sector. Pág. 4

6 2 OBJETIVOS E METODOLOGIA O presente relatório da formação para as Renováveis e Eficiência Energética, tem como objetivo a produção de informação que constitua um ponto de partida para uma discussão sustentada com o conjunto de stakeholders, no sentido da identificação de lacunas atuais, necessidades futuras e prioridades de ação, para a qualificação dos profissionais do sector da construção e instaladores de sistemas energéticos. Neste sentido, o relatório organiza se basicamente em quatro grandes partes: Caraterização do sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4); Análise estatística do sector da construção, incluindo a análise do emprego (capítulo 5); Análise da oferta formativa, integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais (capitulo 6); Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020 (capitulo 8). A metodologia adotada na conceção deste relatório consistiu essencialmente numa recolha de informação existente (estudos, documentos de trabalho, sites, etc.), bem com no envolvimento de um conjunto de stakeholders. Na primeira parte do relatório Caraterização do sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4) a informação trabalhada foi recolhida a partir de estudos e outros documentos nacionais e internacionais, bem como legislação em vigor no sector da Construção, Eficiência Energética e Energias Renováveis. Para a segunda parte do relatório Análise estatística do sector da construção, incluindo a análise do emprego (capítulo 5) foi recolhida informação já publicada, mas foi também solicitado, quer ao Instituto Nacional de Estatística, quer ao Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, informação especifica relativa ao emprego no sector da Construção em função da seleção de um conjunto de atividades económicas 1 e de um conjunto de profissões 2. No que respeita à terceira parte do relatório Análise da oferta formativa, integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais (capitulo 6) foram utilizadas as seguintes fontes de informação: SIGO Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa (Ministério da Educação e Ciência); 1 utilizando a Classificação das Atividades Económica CAE Rev utilizando a Classificação Nacional de Profissões CNP 94. Pág. 5

7 Instituto de Emprego e Formação Profissional (dados dobre os Cursos de Aprendizagem); Direção Geral de Energia e Geologia (dados sobre a formação desenvolvida por entidades certificadas pela DGEG). Por fim, para a elaboração da parte final do relatório e aquele que deverá merecer uma atenção acrescida Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas á estratégia 2020 (capitulo 8) foram tidos em consideração, não apenas toda a análise e respetivas conclusões dos capítulos anteriores, mas também os resultados de um inquérito dirigido a um conjunto diversificado de stakeholders. De facto, o envolvimento dos stakeholders constitui um fator crítico de sucesso para este trabalho. Neste sentido, este envolvimento, nesta fase, consubstanciou se essencialmente em duas vertentes: 1. A realização de 4 reuniões entre o grupo de trabalho e um conjunto diversificado de entidades que formalizaram o seu apoio na fase inicial do projeto, designadamente: Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (APIEF) Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotógrafo e Eletrónico (AGEFE) Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL) Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN) Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 2. A aplicação de quatro inquéritos dirigidos a empresas (Tipo I), associações empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), entidades formadoras (tipo III) e outros (tipo IV), com vista a, face aos objetivos nacionais do incremento da eficiência energética e das energias renováveis nos edifícios: Identificar se, nas várias fases de intervenção nos edifícios, os trabalhadores possuem qualificações adequadas; Pág. 6

8 Acesso à formação; Reconhecimento das necessidades e prioridades formativas; Adequação da oferta de formação às necessidades formativas; Constrangimentos e barreiras à formação. A amostra utilizada no presente relatório consiste num total de 29 respostas aos inquéritos, subdivididas pelos seguintes grupos: Tipo I: 16 Tipo II: 9 Tipo III: 3 Tipo IV: 1 Com a apresentação deste relatório sobre a da formação para as Renováveis e Eficiência Energética, pretende se dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e renováveis Pág. 7

9 3 CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 3.1 Informação histórica sobre o sector da construção Segundo um estudo da THAMES Consultores 3, a década de 1975/1985 caracterizou se pela instabilidade política pós revolucionária e pela prolongada crise económica resultante do aumento do preço do petróleo, tendo estes fatores, associados às recomendações das missões do Fundo Monetário Internacional (FMI), conduzido a Orçamentos de Estado com montantes insignificantes de investimento público e das empresas concessionárias de produção e distribuição de energia, gás, água e comunicações. Quando, em 1985, Portugal aderiu à Comunidade Europeia, o seu Produto Interno Bruto (PIB) por habitante representava apenas 55% da média dos países membros (2.275, em preços correntes 4 ). O enorme atraso do país em infraestruturas foi identificado como um dos maiores entraves ao seu desenvolvimento. Entre 1985 e 2003, os investimentos na construção de infraestruturas cresceu a uma taxa média anual real superior a 18%, atingindo, em 2001, um valor máximo de milhões de euros. Para além dos projetos de infraestruturas já mencionados, o sector da construção foi ainda marcado, depois de 1995, pela perspetiva de que Portugal poderia vir a ter condições para fazer parte do primeiro grupo de países constituintes da moeda única, o que iniciou um rápido processo de redução das taxas de juro. A redução acentuada do preço do dinheiro, num curto período de seis anos, tornou possível a compra de habitação a largos sectores da população. A concessão de crédito para compra de habitação, pelas várias instituições do mercado, passou de um montante acumulado de 9.421,7 milhões de euros, em 1993, para ,9 milhões de euros, em , o que corresponde a uma taxa de crescimento anual superior a 25%. Este crescimento do sector imobiliário teve uma enorme influência na indústria da construção, quer pelo efeito no aumento do volume de produção, quer pela subida dos preços unitários por metro quadrado. O boom imobiliário, os grandes investimentos em infraestruturas e a construção da Expo98 em simultâneo, levaram o sector, entre os anos de 1999 e 2001, ao maior pico de produção em toda a sua história. No entanto, após ter atingido o pico histórico de 2001, o sector da construção em Portugal tem vindo a reduzir a sua atividade a uma taxa média de 4,5% ao ano. A partir de 2002, a crise financeira do Estado por um lado, a saturação do mercado imobiliário por outro, têm vindo a provocar uma diminuição constante da produção na indústria da construção. Entre 2002 e 2006, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector diminuiu 22,44%. O primeiro semestre de 2011, de acordo com o Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI) 6, ficou marcado pelo início do processo de ajustamento da economia portuguesa, o qual tem sido caracterizado pela implementação de fortes medidas restritivas da política orçamental e reafectação dos recursos na economia. 3 THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal Banco de Portugal e Caixa Geral de Depósitos. 6 InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre Pág. 8

10 Este processo foi desencadeado pelo pedido de assistência financeira à União Europeia e ao FMI em abril de 2012, tendo assim, evitado uma situação iminente de incumprimento do Estado Português perante os seus credores. A economia portuguesa apresenta atualmente uma contração significativa da procura interna, bem como um abrandamento das exportações, o que influenciou o seu crescimento. Consequentemente, quer o investimento público, quer o privado, têm sido influenciados por este fator, dada a elevada incerteza quanto à correção dos desequilíbrios macroeconómicos. 3.2 O sector da construção e a economia nacional A crise económica portuguesa tem tido consequências ao nível da desaceleração do PIB. Após um período de quatro anos de crescimentos anuais, o ano de 2008 ficou marcado por um variação nula, ao que se seguiu o ano de 2009 em que se regista uma decréscimo do PIB de2,5%. Em 2010, registou se uma pequena recuperação da atividade económica, com um aumento de 1,4%, seguida de uma nova desaceleração da atividade, em 2011 (Figura 3.1). Figura 3.1 Evolução do Valor Acrescentado Bruto no sector da Construção e do Produto Interno Bruto, em preços correntes. Fonte: INE, Contas Nacionais. A importância do sector da Construção para a economia nacional tem vindo a decrescer desde 2001, sendo que, em 2009, a produção nesse sector correspondia a 9,6% da produção nacional (Quadro 3.1). Relativamente ao VAB deste sector de atividade, os dados de 2011 indicam que esse representa 6,29% do VAB total o que se encontra em linha com a média dos países europeus (6,5% em ). O sector da construção apresentou, no ano de 2011, uma redução acentuada do VAB, com uma taxa de variação em valor homóloga de 6,9%, 9,7% e 11,4%, respectivamente nos 2º, 3º e 4º trimestres. De realçar ainda que o VAB no sector da construção foi o que mais contribuiu para a desaceleração do VAB Total, acompanhado da componente da Agricultura, Sivilcutura e Pescas, Energia, Água e Saneamento e Outras Actividades e Serviços. 7 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. Pág. 9

11 Quadro 3.1 Evolução da produção no sector da construção em preços correntes comparativamente ao total nacional. ANO CONSTRUÇÃO [milhões ] TOTAL [milhões ] [%] , ,7 10, , ,7 10, , ,2 11, , ,1 11, , ,0 11, , ,9 12, , ,1 12, , ,5 12, , ,6 11, , ,7 11, , ,0 11, , ,4 10, , ,6 10, , ,3 10, , ,6 9,6 Fonte: INE, Contas Nacionais. Em 2011, e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) 8, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) tem tido um comportamento negativo ao longo dos últimos trimestres, com principal destaque para os últimos trimestres com uma taxa de variação homóloga negativa, superior a 10%. Figura 3.2 Formação Bruta de Capital Fixo total e na construção. Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais. 8 INE, Contas Nacionais Trimestrais. Pág. 10

12 A FBCF da Construção, por seu lado, acompanhou a tendência da FBCF Total, se bem que com uma oscilação menos pronunciada, entre 2009 e Importa referir que no 3º trimestre de 2010, a FBCF Total foi a mais acentuada durante esse ano e, pelo contrário, a segunda menos acentuada no sector da construção. No entanto, a partir do 2º trimestre de 2011, a variação tem sido semelhante na FBCF Total e do sector. De referir, por fim, que o sector da Construção inclui três grandes segmentos: a obra pública, o sector residencial e o sector não residencial, que representam, respectivamente, 29%, 45% e 25% da produção total (dados estimados para 2011) 9. Cada segmento do sector da construção abarca vários subsectores, quer seja para novas construções quer para reabilitação de edifícios, agrupados em: Serviços (não residencial): escritórios, edifícios comerciais, edifícios industriais, educação, saúde, armazenagem e outros; Obra Pública: rodoviário, ferroviário, outros transportes, telecomunicações, energia, água e outros; Residencial: uso doméstico. O estudo publicado pelo InCI 9, da Roland Berger Strategy Consultants, indica que na última década o decréscimo da produção do sector da Construção resultou apenas da diminuição significativa do segmento residencial, sendo que o sector não residencial terá mesmo registado uma ligeira tendência de aumento. O crescimento económico e a evolução do emprego nos últimos anos em Portugal têm sido superiores aos verificados no sector da construção, o que indiciam uma diminuição progressiva da sua importância na economia nacional. 3.3 Principais actores no mercado da construção A indústria da construção civil, por possuir grande diversidade de oferta dentro de cada tipo de mercado na economia, faz com que seja um gerador significativo de emprego. Existem muitos mercados que constituem a indústria da construção civil, sendo eles os seguintes: mercados clássicos (transportes, serviços públicos, habitação, indústrias, etc.); mercados recentes (centros comerciais, turismo e lazer, telecomunicações, reabilitação de escolas e prisões, etc.); mercados futuros (teletrabalho, energias renováveis, manutenção e reciclagem). A Figura 3.3 contém informação sobre os principais actores do mercado da construção, incluindo os edifícios, embora se deva realçar que as empresas de instalações especiais (AVAC, electricidade, telecomunicações, equipamentos especiais, etc.) deviam constar explicitamente na figura como entidades autónomas paralelas à empresas de construção. 9 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. Pág. 11

13 ASSOCIAÇÔES PROFISSIONAIS e EMPRESARIAIS ORGANISMOS FISCALIZADORES EMP. MÃO DE OBRA EMP. EQUIPAMENTOS DE CONTRUÇAO Controlo e Organização Produção EMP. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DONOS DE OBRA E ENTIDADES FINANCEIRAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO EMPRESAS DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO EMPRESAS DE FISCALIZAÇÃO E GESTÃO EMPRESAS COMERCIAIS E EXPLORAÇÃO PROJECTO UNIVERSIDADES E CENTROS DE INVESTIGAÇÃO I&D e CONSTRUÇÂO VIDA ÚTIL Formação Figura 3.3 Principais atores do mercado da construção. Fonte: Martins, C (2009), Sistema de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. O organismo português que tem a cargo a regulação do mercado da construção civil é o Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI), aprovado pelo Decreto Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril. Assim, sob a tutela do Ministério da Economia e do Emprego, o InCI tem por missão regular e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário, dinamizar, supervisionar e regulamentar as actividades desenvolvidas neste sector, produzir informação estatística e análises sectoriais e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. 3.4 Tendências de mercado e perspectivas «Em Portugal, como na generalidade das economias do espaço económico onde Portugal se movimenta, designadamente o Espaço Europeu, o primeiro semestre de 2011 ficou marcado por uma significativa contracção na atividade económica, não se perspectivando, por enquanto, com segurança, o fim da recessão mundial. A economia mundial, com especial destaque para as economias avançadas, tem sido afetada pela elevada agitação nos mercados financeiros internacionais bem como pelo agravamento da crise da dívida soberana na zona euro. Saliente se ainda o contributo, para a deterioração do sentimento económico, da divulgação dos dados económicos desfavoráveis dos EUA e para a área do euro referentes ao segundo trimestre do ano de O sector da construção, habitualmente um sector sensível e que funciona como barómetro da economia nacional, sente fortemente os efeitos da crise, tendo visto a sua situação degradarse, nomeadamente quanto ao volume de negócios e, consequentemente, quanto ao seu contributo para o investimento nacional, face ao peso que esta indústria representa no mercado nacional de emprego. Pág. 12

14 Refira se também que o sector da construção é um dos mais afetados pela crise que se vive actualmente, com um peso de cerca de 18% no total das insolvências apuradas até setembro de As perspectivas no mercado nacional, para o ano de 2012 e anos seguintes, não são, seguramente, as que o sector desejaria, não só por via da retração do investimento privado, mas também pelas restrições de natureza orçamental com que Portugal se debate, que impõem contenção na despesa pública e, inevitavelmente, também no investimento público, afetando negativamente a dimensão do mercado interno da construção.» Principais fatores que afetam o Sector da Construção Segundo o estudo da Roland Berger Strategy Consultants, os principais factores que afectam o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção, o baixo nível de consolidação empresarial e a fraca produtividade, tal como se verificar pelos seguintes indicadores: A década de foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada pelo segmento residencial; O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média europeia (23%, em 2007); A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média europeia, na medida em que a VAB por colaborador é de , em Portugal, comparativamente com a média europeia de Em síntese, é de perspectivar que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de: Retração do investimento privado e público resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias; Excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços); Elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. 3.6 Trabalho de migrantes Um estudo publicado em indicava que a proporção de indivíduos de nacionalidade estrangeira entre a população ativa portuguesa estaria entre os 5% e 6%, dos quais cerca de 24% no sector da Construção, com especial incidência de estrangeiros provenientes da Europa de Leste e Sudeste. A estes números acrescem os não declarados (sem contrato de trabalho) que, no sector da Construção, poderá representar cerca de 34% dos imigrantes trabalhadores neste sector InCI (2011), O sector da construção em Portugal, 1º Semestre Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências recentes, Revista Migrações Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. Pág. 13

15 É na população activa do sector da construção, juntamente com a restauração e as atividades imobiliárias, que a população estrangeira é mais representativa, com cerca de 10,5% da população total 10 (dados de 2004). Relativamente às habilitações literárias da totalidade da população ativa estrangeira, o estudo indica que 18,8% possuem o ensino secundário/cursos profissionais e 7% bacherato/licenciatura, o que não difere significativamente da distribuição da população total: ensino secundário/cursos profissionais 18,7%, bacherato/licenciatura 10,2. No entanto, existe um desfasamento entre as habilitações literárias e o nível de qualificação, uma vez que 59,3% dos estrangeiros possui uma profissão semi qualificada, não qualificada, aprendiz ou desconhecida, contra 38,5% da população total ativa para esses mesmos níveis de qualificação. A percentagem de estrangeiros com elevada habilitações mas com profissões de baixa ou média qualificação é de 36,6% (em ), muito superior da percentagem correspondente para os nascidos em Portugal, 21,1% Economia paralela Segundo o estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) 14, a Economia Não Registada (ENR) em Portugal representava, em 2008, 23% do PIB, sendo que, em 2010, esse valor terá aumentado para 24,8%, o que equivale a cerca de 32 mil milhões de euros, segundo os últimos dados publicados pelo OBEGEF 15. De salientar que a ENR aferida pelo estudo mencionado é composta por três parcelas: economia subterrânea, não contabilizada por motivos fiscais; economia ilegal, não contabilizada porque provém de atividades ilegais; economia informal, não contabilizada por estar associada a uma estratégia de sobrevivência ou melhoria de condições de vida das famílias. É plausível para este estudo pressupor que a ENR associada ao sector da construção será fundamentalmente do tipo subterrânea ou ilegal, sendo que não existe algum estudo conhecido que permita estimar o seu valor para este sector de atividade específico. 13 OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. 14 Afonso, O. e Gonçalves,N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF Pág. 14

16 4 POLÍTICAS NACIONAIS E ESTRATÉGIAS QUE CONTRIBUEM PARA ATINGIR O OBJETIVO ESTABELECIDO PELA UNIÃO EUROPEIA PARA OS EDIFÍCIOS EM No domínio da energia Políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia europeia para 2020 As políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia europeia para 2020, passam pela implementação dos planos nacionais de ação para a eficiência energética a eficiência energética (PNAEE) 16 e para as energias renováveis 17 (PNAER), de 2008 e 2009, respetivamente. Estes dois planos sintetizam a política nacional energética para a eficiência energética e para as energias renováveis, sendo que apresentam algumas medidas de aplicação específica no setor dos edifícios. Destas serão descritas as mais significativas. As medidas previstas no PNAEE no que diz respeito ao sector dos edifícios residenciais e de serviços podem ser agrupadas em três áreas de atuação: Renove Casa e Escritório, onde se agrupam as medidas de incentivo à eficiência no lar e nos serviços: intervenção nos equipamentos domésticos (electrodomésticos e iluminação), recuperação de edifícios com necessidades de reabilitação, intervenção nos equipamentos de escritório; Sistema de Certificação Energética de Edifícios, que reúne várias medidas relacionadas com a etiqueta energética de edifícios, obrigatória em Portugal para todos os edifícios novos e transacionados, nomeadamente: alcançar, em 2015, uma quota de 10% do parque residencial com classe energética B ou superior, certificar até 2015 cerca de metade dos edifícios de serviços com classe energética B ou superior. Renováveis na Hora que resume o conjunto de medidas relacionadas com o acesso a fontes endógenas de energia no sector: incentivar a utilização de fontes de energia renováveis, permitindo alcançar, em 2015, impactos da ordem dos tep, instalação de m 2 coletores solares térmicos, medida esta igualmente prevista no PNAER. As diversas medidas identificadas no plano de ação permitiriam alcançar em 2015, uma economia energética de cerca de 283 ktep e 139 ktep, respetivamente na energia final relativa aos sectores residencial e serviços. Para enquadrar a eficiência no sector do Estado, é criado um programa de Eficiência Energética no Estado (Programa E3), composto por quatro áreas de intervenção: Edifícios, Transportes, Compras Ecológicas e, por fim, Iluminação Pública. 16 Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), Portugal Eficiência Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), Pág. 15

17 Os maiores níveis de economia situam se na área da energia consumida nos mais de locais de consumo do Estado, onde anualmente se consomem cerca de 1,1 TWh de energia elétrica, que adicionados aos consumos de combustíveis líquidos e gasosos, perfazem um total superior a 360 ktep de energia final. Relativamente ao Programa de Eficiência Energética no Estado, apenas faz sentido, neste âmbito, referir as medidas diretamente relacionadas com os edifícios: Certificação Energética dos Edifícios do Estado: incentivar o processo de Certificação Energética nos edifícios do Estado, para que venha a servir de exemplo para as demais tipologias de edifícios, de modo a alcançar, em 2015, uma economia de tep, uma redução de consumo de 5% quando comparado com o consumo de tep de energia final registado em 2005; Solar Térmico em piscinas: instalação de sistemas solares térmicos para aquecimento de águas quentes sanitárias em piscinas e balneários, operados diretamente por organismos estatais ou em piscinas de privados e nas quais exista serviço público associado, num total de 285 piscinas até 2015, com uma economia de tep; Solar Térmico em equipamentos desportivos: instalação nos edifícios integrados em equipamentos desportivos (balneários de apoio a pavilhões e recintos desportivos) sistemas coletores solares térmicos, para aquecimento de águas sanitárias, prevendo se a penetração da medida em cerca de 80% dos balneários existentes e que tecnicamente podem receber estes equipamentos com uma economia de tep provenientes da intervenção em cerca de 700 instalações; Escola Microprodutora: Instalação de cerca de sistemas de microprodução de energia elétrica até 2015, em escolas públicas com viabilidade técnica para o efeito (aproveitamento solar, micro eólico ou outro), o que permitirá uma economia no ano de 2015 de cerca de tep, decorrente da instalação de cerca de 15 MW de potência, em escolas identificadas como alvo da medida. Cogeração Hospitalar: Criar centros de produção de energia em unidades hospitalares de grande e média dimensão, que garantam produção endógena de energia elétrica e calor para cobrir parcialmente as necessidades elétricas e térmicas dos edifícios hospitalares de um modo economicamente viável, num total de 20 sistemas de cogeração, o que equivale a uma economia de tep e corresponde a aproximadamente um quinto das unidades hospitalares consideradas. Tendo em conta a conjuntura económica atual foram revistos os cenários macroeconómicos até 2020 resultando numa redução do consumo de energia estimada acentuada face à prevista na elaboração do PNAEE e PNAER, podendo estes, por esse motivo, vir a ser revistos Sumário das atividades previstas relativamente à implementação da EPBD recast e da Diretiva das renováveis No que diz respeito às atividades relativas à implementação da Diretiva EPBD recast, Portugal está a proceder à alteração dos regulamentos do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior dos Edifícios (SCE), estando prevista a sua publicação para finais do mês de junho de Nesta revisão serão estabelecidos critérios de classificação mais exigentes no sistema de classificação dos edifícios. Pág. 16

18 Relativamente às atividades previstas na diretiva das renováveis, estas encontram se listadas no PNAER, sendo que as de maior relevância, no que toca ao setor dos edifícios, são o programa renováveis na hora (acima descrito) para a área da eletricidade, e a aposta em sistemas descentralizados de produção energia, quer para a produção de AQS, quer para a climatização, recorrendo a sistemas solares térmicos, caldeiras a biomassa ou bombas de calor. Note se que os sistemas de redes térmicas de distribuição de energia (district heating), face às condições climatéricas de Portugal apresentariam níveis muito reduzidos de utilização, não sendo economicamente viáveis Legislação relevante no sector dos edifícios O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) é um dos três pilares sobre os quais assenta a legislação relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal e que se pretende venha a proporcionar economias significativas de energia. Juntamente com os diplomas que vieram rever a regulamentação técnica aplicável neste âmbito aos edifícios de habitação (RCCTE 18 ) e aos edifícios de serviços (RSECE 19 ), o SCE define regras e métodos para verificação da aplicação efetiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase posterior, aos imóveis já construídos. O RCCTE estabelece requisitos de qualidade para os novos edifícios de habitação e de pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da envolvente (paredes, envidraçados, pavimentos e coberturas), limitando as perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes energéticas com menor impacte em termos de consumo de energia primária. A legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de coletores solares e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável na determinação do desempenho energético do edifício. O RSECE define um conjunto de requisitos aplicáveis a edifícios de serviços e de habitação dotados de sistemas de climatização, os quais, para além dos aspetos da qualidade da envolvente e da limitação dos consumos energéticos, abrangem também a eficiência e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando igualmente à realização de auditorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade do ar interior surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços e a concentração máxima dos principais poluentes. A aplicação destes regulamentos é verificada em várias etapas ao longo do tempo de vida de um edifício, sendo essa verificação realizada por peritos devidamente qualificados para o efeito. São esses os agentes que, na prática e juntamente com a ADENE, asseguram a operacionalidade do SCE. 18 Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, aprovado pelo Decreto Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril. 19 Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios RSECE, aprovado pelo Decreto Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril. Pág. 17

19 A face mais visível deste trabalho é o Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior emitido por um perito, para cada edifício ou fração, e onde os mesmos serão classificados em função do seu desempenho numa escala predefinida de nove classes (A+ a G). A emissão do certificado pelo perito é realizada através de um sistema informático de suporte criado para o efeito um registo central de edifícios certificados. O Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, define o Modelo dos Certificados de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar Interior, emitidos no âmbito do SCE. Do mesmo modo o Despacho n.º 11020/2009, de 30 de Abril, define as regras de simplificação a adotar na Certificação Energética de Edifícios Existentes no âmbito do RCCTE, permitindo uma análise expedita das frações ou edifícios para as quais não exista informação disponível para a aplicação integral do cálculo regulamentar daquele regulamento. O Decreto Legislativo Regional n.º 1/2008/M, de 11 de Janeiro, adapta à Região Autónoma da Madeira o SCE, o RSECE e RCCTE. Por sua vez, o Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, adapta à Região Autónoma dos Açores o SCE. O Decreto Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro, com a redação dada pelo Decreto Lei nº 118 A/2010, de 25 de Novembro, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de microprodução, com potência de ligação até 5,75 kw. Para ter acesso às tarefas de venda de eletricidade bonificadas, os promotores desta medida terão obrigatoriamente de instalar sistemas solares térmicos ou outros sistemas equivalentes que utilizem fontes renováveis de energia. O Decreto Lei nº 34/2011, de 8 de Março, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de miniprodução, com potência de ligação até 250 kw Contribuição prevista do sector da construção para os objetivos de 2020 Da extensão das medidas previstas no PNAEE para 2020, prevê se uma redução de cerca de 1335 ktep no consumo de energia final. Das medidas descritas em 4.1.1, prevê se que contribuam para o cumprimento das metas de 2020 para a eficiência energética conforme exposto no Quadro 4.1. Quadro 4.1 Medidas e Contributos para os objetivos de 2020 (global). Medida Contributo (ktep) Renove Casa e Escritório 322,8 Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 241,3 Renováveis na Hora (solar térmico) 52,7 Programa Eficiência Energética no Estado 95,4 Total 712,2 Pág. 18

20 Dentro destas medidas existem sub medidas que dizem diretamente respeito ao setor da construção. Assim, refinando a análise, concluímos que o contributo que este setor pode trazer para o cumprimento das metas de eficiência energética para 2020 é de 496,8 ktep, conforme se explicita no Quadro 4.2. Quadro 4.2 Medidas e Contributos para os objetivos do setor da Construção. Medida Contributo (ktep) Renove Casa e Escritório 130,5 Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 241,3 Renováveis na Hora (solar térmico) 52,7 Programa Eficiência Energética no Estado 72,3 Total 496,8 No que respeita ao contributo para o cumprimento da meta de consumo de energia renovável para 2020, prevê se que por intermédio da medida Renováveis na Hora, nomeadamente pelo Programa de Microprodução, sejam produzidos cerca de 375 GWh, para uma capacidade instalada de 250 MW. 4.2 No domínio da educação e formação profissional A Estratégia e política Nacional para a Energia e os empregos verdes A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe se de um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética. É esperado que com a ENE 2020 sejam atingidos, entre outros, os seguintes resultados em termos de emprego nacional: Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, assegurando, em 2020, a obtenção de um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de milhões de euros e a criação de mais postos de trabalho (a acrescer aos já existentes no sector). Continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência energética, assegurando a criação de postos de trabalho anuais, gerando um investimento de milhões de euros até 2020, e proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado, que terá impreterivelmente de ser acompanhado por uma estratégia ao nível da formação que permite responder às necessidades de qualificações neste sector. Por outro lado, este tem vindo a ser considerado um sector potencialmente gerador de empregos verdes. Pág. 19

21 De uma forma global, pode dizer se que os empregos verdes são «empregos que reduzem de forma gradual os impactes ambientais e sociais das diversas atividades económicas, integrando uma grande variedade de formações e de tipos de profissão e abrangendo, tanto economias rurais, como urbanas. As atividades associadas a emprego verde podem refletir diferentes tons de verde, pelo que diferentes empregos contribuem de forma diferente para os objetivos e metas de sustentabilidade. Deste modo, a abrangência do conceito aponta para que nem todos os empregos sejam verdes da mesma forma ou com o mesmo grau, ou seja, que nem todos contribuem para sustentabilidade de forma igual e que nem todos garantem condições de trabalho justas e dignas» 20. Para além da área das energias renováveis e da eficiência energética, também a construção, a agricultura e os transportes sustentáveis são frequentemente apontados como também potencialmente geradoras de emprego verde. Este crescimento da importância e da procura de empregos verdes associados a novas competências, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista mais comportamental e do domínio das atitudes perante o trabalho, traz desafios acrescidos não apenas à gestão do sistema de educação e formação, mas também aos diferentes operadores de formação no sentido de encontrar estratégias para o desenvolvimento das novas competências requeridas. Estes desafios vão colocar se não só em profissões mais tradicionais como provavelmente no surgimento de novas áreas profissionais e consequentemente novos perfis profissionais O Sistema Nacional de Qualificações O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), criado em 2007, a partir da reforma do sistema de formação profissional, teve como objetivo integrar, num único sistema, a formação profissional inserida no sistema educativo e a formação profissional integrada no mercado de trabalho, com instrumentos e objetivos comuns. A elevação dos baixos níveis de qualificação da população portuguesa, herança pesada que nos afasta consideravelmente da média da União Europeia, constituíram o desígnio para a uma aposta na diversificação de oportunidades de qualificação para jovens e adultos, com vista à obtenção de uma dupla certificação (habilitação escolar e certificação profissional), bem como na flexibilização das ofertas de formação para adultos e na valorização, no reconhecimento e na certificação de competências adquiridas em contextos não formais e informais. Um dos principais instrumentos deste SNQ é o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) que tem como objetivo estruturar uma oferta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades atuais e emergentes das empresas e dos sectores. Neste sentido, o CNQ organiza as qualificações de dupla certificação do SNQ, de nível não superior, e integra os referenciais que promovem e apoiam o seu desenvolvimento. Integra atualmente 261 qualificações, organizadas por áreas de educação e formação e por níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações, e disponibiliza para cada qualificação um perfil profissional, um referencial de formação e um referencial para o reconhecimento, validação e certificação de competências, escolares e profissionais. 20 CEEETA ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. Pág. 20

22 Para além das qualificações em áreas tradicionais da construção civil como canalizador, pintor, ladrilhador/azulejador, pedreiro, bem como as qualificações a um nível mais técnico/intermédio como técnico de obra, técnico de desenho de construção civil, técnico de topografia ou de medições e orçamentos, o CNQ integra também qualificações na área das energias renováveis, designadamente: técnico instalador de sistemas solares térmicos, técnico instalador de sistemas solares fotovoltaicos, técnico instalador de sistemas eólicos e técnico instalador de sistemas de bioenergia. O CNQ integra referenciais de formação para estas qualificações de modo a que possam ser acessíveis através de um conjunto de modalidades de educação e formação, quer orientadas para jovens que concluíram o ensino básico e pretendem obter uma qualificação profissional cursos profissionais ou cursos de aprendizagem, quer para adultos, que não detenham qualificação numa determinada área profissional cursos de educação e formação de adultos (EFA) e Formações modulares certificadas. Estas ofertas serão explicitadas no ponto 6 deste relatório. Para além do percurso formativo, estas qualificações poderão ser acessíveis através do reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e profissionais. São qualificações de âmbito nacional, que podem ser promovidas por diferentes tipologias de operadores de formação: escolas básicas e secundárias, escolas profissionais, centros de formação da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, entidades formadoras certificadas, entre outras. A conclusão com aproveitamento de um percurso de qualificação integrado no CNQ dá lugar à emissão de um certificado de qualificações e de um diploma, que atesta que o profissional detém as competências associadas ao respetivo perfil profissional, e atribui um nível de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações O Quadro Nacional de Qualificações e o Quadro Europeu de Qualificações Um dos objetivos da criação do sistema nacional de qualificações assentou na promoção da coerência, da transparência e da comparabilidade das qualificações, a nível nacional e internacional. Neste sentido, foi criado o Quando Nacional de Qualificações (QNQ) que constitui um quadro de referência único para classificar todas as qualificações produzidas no âmbito do sistema educativo e formativo nacional, independentemente do nível e das vias de acesso. O QNQ foi criado pelo Decreto Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro, e é regulado pela Portaria n.º 782/2009, de 23 de Julho, que revoga a aplicação da estrutura dos níveis de formação estabelecidos com a Decisão nº 85/368/CEE, do Conselho, de 16 de Julho, adotando os princípios do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) no que se refere aos níveis de qualificação e à descrição das qualificações nacionais em termos de resultados de aprendizagem, consagrando, assim, o princípio de convergência com o QEQ. Está em vigor desde 1 de outubro de 2010 e tem um âmbito de aplicação nacional. Pág. 21

23 Quadro 4.3 A estrutura do Quadro Nacional de Qualificações Níveis de qualificação Qualificações Nível 1 2.º Ciclo do ensino básico Nível 2 3.º Ciclo do ensino básico obtido no ensino básico ou por percursos de dupla certificação Nível 3 Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior Ensino secundário obtido por percursos de dupla Nível 4 certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional mínimo de 6 meses Nível 5 Qualificação de nível pós secundária não superior com créditos para prosseguimento de estudos de nível superior Nível 6 Licenciatura Nível 7 Mestrado Nível 8 Doutoramento Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho Cada nível de qualificação do QNQ é explícito através de um conjunto de indicadores de resultados de aprendizagem em termos de conhecimentos, aptidões e atitudes, de acordo com o Quadro 4.4. Pág. 22

24 Quadro 4.4 Descritores dos níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. Nível Conhecimentos Aptidões Atitudes 1 Conhecimentos gerais básicos Aptidões básicas necessárias à realização de tarefas simples Trabalhar ou estudar sob supervisão direta num contexto estruturado. 2 Conhecimentos factuais básicos numa área de trabalho ou de estudo Aptidões cognitivas e práticas básicas necessárias para a aplicação da informação adequada à realização de tarefas e à resolução de problemas correntes por meio de regras e instrumentos simples. Trabalhar ou estudar sob supervisão, com um certo grau de autonomia Nível não superior 3 4 Conhecimentos de factos, princípios, processos e conceitos gerais numa área de estudo ou de trabalho Conhecimentos factuais e teóricos em contextos alargados numa área de estudo ou de trabalho Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para a realização de tarefas e a resolução de problemas através da seleção e aplicação de métodos, instrumentos, materiais e informações básicas. Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções para problemas específicos numa área de estudo ou de trabalho. Assumir responsabilidades para executar tarefas numa área de estudo ou de trabalho. Adaptar o seu comportamento às circunstâncias para fins de resolução de problemas. Gerir a própria atividade no quadro das orientações estabelecidas em contextos de estudo ou de trabalho, geralmente previsíveis, mas suscetiveis de alteração. Supervisionar as atividades de rotinas de terceiros, assumindo determinadas responsabilidades em matéria de avaliação e melhoria das atividades em contextos de estudo ou de trabalho. Nível não superior, pós secundário 5 Conhecimentos abrangentes, especializados, factuais e teóricos numa determinada área de estudo ou de trabalho e consciência dos limites desses conhecimentos. Uma gama abrangente de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções criativas para problemas abstratos. Gerir e supervisionar em contextos de estudo ou de trabalho sujeitos a alterações imprevisíveis. Rever e desenvolver o seu desempenho e o de terceiros. 6 Conhecimento aprofundado de uma determinada área de estudo ou de trabalho que implica uma compreensão crítica de teorias e princípios Aptidões avançadas que revelam a mestria e a inovação necessárias à resolução de problemas complexos e imprevisíveis numa área especializada de estudo ou de trabalho. Gerir atividades ou projetos técnicos ou profissionais complexos, assumindo a responsabilidade da tomada de decisões em contextos de estudo ou de trabalho imprevisíveis. Assumir responsabilidades em matéria de gestão do desenvolvimento profissional individual e coletivo. Nível superior 7 Conhecimentos altamente especializados, alguns dos quais se encontram numa determinada área de estudo ou de trabalho, que sustentam a capacidade de reflexão original e ou investigação. Consciência crítica das questões relativas aos conhecimentos numa área e nas interligações entre várias áreas. Aptidões especializadas para a resolução de problemas em matéria de investigação e ou inovação, para desenvolver novos conhecimentos e procedimentos e integrar os conhecimentos de diferentes áreas. Gerir e transformar contextos de estudo ou de trabalho complexos, imprevisíveis e que exigem abordagens estratégicas novas. Assumir responsabilidades, por forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e ou rever o desempenho estratégico de equipas. 8 Conhecimentos de ponta na vanguarda de uma área de estudo ou de trabalho e na interligação entre áreas. As aptidões e as técnicas mais avançadas e especializadas, incluindo capacidade de síntese e de avaliação, necessárias para a resolução de problemas críticos na área da investigação ou da inovação para o alargamento e a redefinição dos conhecimentos ou das práticas profissionais existentes. Desenvolver um nível considerável de autoridade, inovação, autonomia, integridade científica ou profissional e assumir um firme compromisso no que diz respeito ao desenvolvimento de novas ideias ou novos processos na vanguarda de contextos de estudo ou de trabalho, inclusive em matéria de investigação. Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho Pág. 23

25 Formação para as Renováveis e Eficiência Energética Na realidade, o QEQ, para além de constituir um dispositivo de tradução/ /comparabilidade das qualificações produzidas por diferentes sistemas, tem vindo a assumir se como uma ferramenta que tem potenciado processos de reforma em muitos sistemas nacionais de qualificações e contribuído para a criação de quadros nacionais de qualificações. O caso nacional não foi exceção, e na criação do QNQ a opção recaiu na adoção dos princípios do QEQ, quer em termos da estruturação em 8 níveis, quer no que se refere à descrição dos resultados de aprendizagem, que se revelaram adequados ao contexto português e passíveis de enquadrarr todas as qualificações nacionais. O processo de referenciação do QNQQ ao QEQ determinou uma relação direta entre os níveis de qualificação nacionais e os níveis de qualificação do QEQ. Figura 4.1 Relação entre os níveis de qualificação nacionais (QNQ) e os níveis de qualificação do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ). Pág. 24

26 5 ESTATÍSTICAS NO SECTOR ENERGÉTICO E DA CONSTRUÇÃO 5.1 Estatísticas no sector da construção Parque edificado Em Portugal, conforme indicado no estudo do Buildings Performance Institute Europe 21 (BPIE), a área construída é de aproximadamente 400 milhões de m 2, sendo que os edifícios residenciais representam cerca de 75%, valor este que se aproxima da média europeia. O CENSOS de 2011 contabilizou mais de 3,5 milhões de edifícios destinados, total ou parcialmente, à habitação 22. A proporção entre edifícios com apenas um alojamento e os restantes (multi familiares) é de 87%, o que não representa efectivamente a percentagem de vivendas na medida em que poderão existir edifícios com um único alojamento e cujos restantes fogos se destinem a outras atividades, nomeadamente económicas. O sector residencial é, sem qualquer dúvida, o segmento de maior dimensão, em termos de número de edifícios e área construída, muito embora não existam estatísticas nacionais relativas ao universo de edifícios não residenciais. Nesse sentido recorreu se ao número total de edifícios construídos entre 1999 e 2010 não destinados à habitação 23, o que equivale a um total acumulado de e 15,4% do total de edifícios construídos nessa década ( ). O parque habitacional, segundo os dados do último CENSOS, apresenta uma distribuição pelos vários períodos definidos para os últimos 100 anos, segundo a distribuição apresentada na Figura 5.1. Notar que os edifícios destinados à habitação construídos nas últimas duas décadas são cerca de 1 milhão (1.034 mil), pelo poderá estimar se que nesse mesmo período tenham sido construídos cerca de edifícios não residenciais. Uma estimativa possível para o universo total destes edifícios é de mil edifícios, com o pressuposto que a taxa de edifícios não residenciais tem vindo a crescer nas últimas décadas. 21 BPIE (2011), Europe s buildings under the microscope, a country by country review of the energy performance of buildings. 22 Para efeitos censitários apenas foram considerados os edifícios com pelo menos um alojamento, não sendo recenseados os edifícios totalmente utilizados para fins diferentes de habitação, pelo que não foram recenseados os edifícios que se destinam exclusivamente a actividades económicas. Incluíram se, no entanto, todas as construções que constituam alojamento colectivo (hotéis, pensões e alojamentos de convivência lares de idosos, centros de acolhimento para crianças, hospitais, colégios com internato, prisões, etc.). 23 INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. Pág. 25

27 Figura 5.1 Edifícios por época de construção. Fonte: CENSOS 2011 e estimativa nas Estatísticas das Obras Concluídas, INE (2011). Quanto à desagregação dos edifícios não residenciais por categorias, apresentam se no Quadro 5.1 o número de edifícios licenciados nos anos de 2009 e Quadro 5.1 Edifícios novos não residenciais licenciados em 2009 e Nº edifícios Área [mil m 2 ] Agricultura e Pesca % 414 6% Indústria 864 9% % Turismo 418 5% % Outros serviços % % Outros destinos % % TOTAL NÃO RESIDENCIAL TOTAL RESIDENCIAL Fonte: Estatísticas da construção e habitação, INE (2010). Embora que não diretamente comparáveis, servem de referência os dados relativos à média europeia apresentados no estudo do BPIE 20 em que os edifícios comerciais (retalho e grande distribuição) representam a maior fatia (28%), seguindo se os edifícios de escritórios, com cerca de 23%, e os estabelecimentos de ensino com 17%. De realçar ainda duas outras tipologias, os hotéis/restaurantes com 7% e Outros (armazéns, garagens, edifícios agrícolas) com uma quota de 11%. Conforme explicitado pela AECOPS 24 : 24 AECOPS (2012), Análise Regional. Pág. 26

28 «Os indicadores disponíveis mostram que a procura dirigida ao sector da Construção se encontra a um nível invulgarmente baixo: O número de fogos para habitação licenciados durante o ano de 2011 foi inferior a 17 mil, o que constitui o mínimo desta série, iniciada em 1995 e que atingiu o seu máximo em 1999, ano em que foram licenciados cerca de 120 mil fogos. De assinalar que 2011 foi o 12º ano consecutivo de quebras no licenciamento de fogos. O mercado de obras públicas revela um comportamento desanimador, com quebras acentuadas, quer nos concursos abertos ( 64% em valor, até Fevereiro), quer nos adjudicados ( 37% em valor, nos dois primeiros meses do ano). Já em 2011, o valor dos concursos abertos tinha registado um decréscimo ( 29%) face ao ano anterior. O tecido empresarial e o emprego estão a ser fortemente penalizados pelos condicionalismos que afectam a actividade da Construção: O número de entidades habilitadas para o exercício da actividade de construção tem vindo a diminuir, registando, no início de Março, quebras homólogas de 8,5% no número de empresas detentoras de alvará e de 3,7% nos títulos de registo. Nas regiões mais a sul, as reduções foram ainda mais acentuadas, com decréscimos de 11% nos alvarás e de 5,2% nos títulos de registo. Em 2011, as insolvências de empresas de construção cresceram 17,3% face ao ano anterior, segundo os dados da COFACE, tendo afectado empresas do sector (mais de 3 por dia). O emprego do sector da Construção atingiu, no último trimestre de 2011, o mínimo dos últimos 14 anos, com apenas 418 mil trabalhadores ao seu serviço. Em termos médios anuais, 2011 empregou 440,3 mil trabalhadores, representando 9,1% do emprego total, face a 9,7% um ano antes, segundo os dados mais recentes divulgados pelo INE e apurados através do Inquérito ao Emprego. O número de desempregados oriundos da Construção e inscritos nos centros de emprego tem vindo a aumentar, tendo ultrapassado os 90 mil no final de Janeiro (15,3% do desemprego total). Nesse mês, atingiu um crescimento homólogo de 22%, bem mais intenso do que o apurado para o desemprego total (+14%).» Na perspectiva da FEPICOP 25 : «em Dezembro de 2011 foram licenciados 997 fogos em construção nova, o que traduz uma quebra de 42% face ao período homólogo. Com efeito, até à presente data, não havia qualquer registo de se terem licenciado menos de mil fogos num mês. No cômputo do ano, foram licenciados fogos em construção nova o que revela uma quebra de 32,2%, face a Em termos de área licenciada na construção de edifícios para habitação, a quebra em 2011 foi de 1.627m 2, em termos homólogos. No segmento dos edifícios não residenciais, observou se uma redução da área licenciada, de cerca de m 2 em 2011, face aos m 2 licenciados em Segundo o tipo de 25 FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59. Pág. 27

29 ocupação do edifício, assiste se a quebras intensas nos edifícios destinados ao turismo ( 25%), ao comércio ( 19,6%) e aos de uso geral ( 12,7%)» (Figura 5.2). «O consumo de cimento registou um decréscimo de 18,4%, em Dezembro, em comparação com igual mês de 2010, o que traduz um agravamento da tendência de quebra que se mantém desde 2001, e que se traduz já numa redução acumulada de 55,6%, nos últimos dez anos.» Figura 5.2 Área licenciada em edifícios não residenciais. Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: INE. Figura 5.3 Principais atores do mercado da construção. Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: ATIC, FEPICOP. De acordo com a informação contida no documento do INE 26 : «o licenciamento de obras bateu os valores mínimos da última década, em todas as variáveis em análise. O número de edifícios licenciados registou uma redução média anual de 10,7% no 4º trimestre de 2011, fixando se em 5,7 mil edifícios. O número de edifícios concluídos registou uma variação média anual de 3,7%, fixando se em 7,6 mil edifícios concluídos. Os fogos concluídos em construções novas para habitação familiar registaram o valor mais baixo desde o 1º trimestre de Em comparação com o trimestre anterior, o número de edifícios licenciados registou uma descida de 6%, enquanto nos edifícios concluídos, os dados estimados apontam para um aumento de 1,9%.» 26 INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. Pág. 28

30 BU UILD UP SKILLS PORTUGAL Formação paara as Renovávveis e Eficiência a Energética An nálise do Estad do da Arte 2 Edifícios com elevado o desempenh ho energéticco A informação o a seguir disponibilizad d da diz respe eito a uma síntese s actualizada men nsalmente sobre Sistema Nacional de d Certificação Energéticca e da Quallidade do Arr Interior noss Edifícios (SSCE), no que respeita ao registo o de Certificados Enerrgéticos (CEE) e Declaraações de C Conformidad de Regulameentar (DCR),, sendo que se aplicam, respectivvamente, a edifícios c construídos e a edifícios em e fase de projeto. p EExistem cercaa de 478 mil imóveis cerrtificados no Sistema de Certificação Energética (SCE), ( dos q quais, 100 mil encontram m se em fasee de projecto o e os restantes 378 mil277 respeitam a imóveis e existentes e recém consttruídos que já tiveram uma u DCR. Oss imóveis deestinados à habitação h c continuam a liderar com 90% dos cerrtificados em mitidos no SC CE. A evoluçãão dos registtos, desde a entrada em m vigor do SCE, encontra se na Figura 5.4. Figu ura 5.4 Núm mero de Certifficados Energgéticos (CE) e Declarações de D d Conformidaade Regulame entar (DCR) emitidos. e Fontte: ADENE. EEm , a médiaa mensal dee registos é de 9,1 mil certificadoss observando o se uma in ntensificação o de emissãão de certifficados paraa imóveis reecém constrruídos repre esentando n neste ano 8% % dos registos. O número tottal de registo os no SCE po or classe de eficiência e energética e po or distrito (Figura 5.5) m mostra que Lisboa, Porto, Setúbal e Faro são os o que detêm m um maiorr número de e imóveis c certificados. dos, com Estes distrritos abarcaam 65% do universo de imóveis certificad p predominânc cia nas classses energética C e B, espelh hando a incidência das classes o observadas a nível nacion nal. 27 A baase de certificaçção do SCE é a fração autónom ma, aqui identifficada por imóvvel e que no casso residencial equivale e aos fogos//unidades de allojamento, pelo o que não é posssível quantificaar a proporção do parque edifficado já certificcada. Pág. 29

31 Formação para as Renováveis e Eficiência Energética Figura 5.5 Número de Certificados Energéticos/ /Declarações de Conformidade Regulamentar emitidos por distrito e por classe energética. Fonte: ADENE. Figura 5.6 Classe energética dos novos edifícios e dos edifícios existentes. Fonte: ADENE. Os Certificados Energéticos dos imóveis existentes de habitação e serviços com a classe A e A+ têm respectivamente a seguinte repartição e 351, aproximadamente 5% e 1% da escala completa de classes energéticas dentro das duas categorias. Quanto à repartição percentual por tipo de edifícios, a 92% e 8% correspondem respectivamentee cerca de 431 e 47 mil imóveis certificados. O nível de eficiência energética nos edifícios existentes é baixo, quando comparado com os dos edifícios novos. Para além da reabilitação tradicional, os edifícios existentes têm um elevado potencial de aumento de eficiência energética após introdução de medidas de melhoria de eficiência energética. Pág. 30

32 Formação para as Renováveis e Eficiência Energética As exigências introduzidas pela regulamentação térmica dos edifícios em vigor, conduziram a uma considerável melhoria da eficiência energética dos edifícios, embora que ainda seja possível enquadrar outras medidas de melhoria. O Sistema de Certificação Energética de Edifícios (SCE) é uma ferramenta muito útil na avaliação da eficiência energética dos edifícios. A Figura 5.7 permite avaliar a evolução dos índices de desempenho energético, nomeadamente as necessidades nominais de energia no sector residencial para os edifícios existentes e novos, construídos antes e após a entrada em vigor da regulamentação dos edifícios em 2006, respetivamente. Figura 5..7 Necessidades de energia em condições nominais, expressas em kwh/(m 2.ano), nos edifícios existentes (esquerda) e novos (direita) Fonte: ADENE. A Figura 5.8 permite avaliar a evolução o desempenho energético dos elementos da envolvente dos edifícios no sector residencial (edifícios existentes e novos, construídos respectivamente antes e após a entrada em vigor da regulamentação dos edifícios em 2006). Figura 5.8. Evolução do coeficiente de transmissão térmica, expressoss em W/(m 2.K), dos elementos da envolvente dos edifícios no sector residencial. Fonte: ADENE. Pág. 31

33 Do estudo levado a cabo pela DGEG com base num inquérito às famílias 28 existe ainda informação sobre a existência de isolamento térmico na envolvente dos edifícios, que se encontram no Quadro 5.1. Quadro 5.1 Número de alojamentos com isolamento térmico na envolvente exterior. Localização do isolamento Nº de alojamentos Paredes exteriores com isolamento ,1 Cobertura do alojamento com isolamento (1) ,1 (1) Apenas considerados os apartamentos localizados no último piso e moradias O inquérito apresenta ainda uma caracterização das superfícies envidraçadas dos edifícios residenciais que se encontra no Quadro 5.2. % 28 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. Pág. 32

34 Tipologia de vidros por orientação de fachadas, Portugal 2010 N.º Alojamentos Quadro 5.2 Tipologia de vãos envidraçados por orientação da fachada Fachadas viradas a Sul Área média dos vidros Fachadas viradas a Sul (Oriente) N.º Alojamentos Área média dos vidros Fachadas viradas a Poente (Ocidente) N.º Alojamentos Área média dos vidros Tipo de vão envidraçado N.º % m 2 /aloj N.º % m 2 /aloj N.º % m 2 /aloj Vidros simples ,4 4, ,3 4, ,3 4,3 Vidros duplos, caixilharia sem corte térmico Vidros duplos, caixilharia com corte térmico ,9 6, ,8 6, , ,0 7, , ,1 5,3 Pág. 33

35 5.2 Empresas que operam Segundo o Relatório do InCI 29 de Setembro de 2011: «a actividade da construção é regulamentada por lei (DL n.º12/2004, de 9 de Janeiro com as alterações introduzidas pelo DL n.º18/2008 de 9 de Janeiro e DL n.º69/2011 de 15 de Junho), sendo necessário para o seu exercício a titularidade por parte dos agentes económicos de um título habilitante (alvará ou título de registo), emitido pelo InCI. Consoante a classe do alvará de que é titular uma empresa de construção, assim se determina o valor limite das obras que poderá executar, de acordo com as categorias e subcategorias constantes na Portaria n.º 19/2004, de 10 de Janeiro.» No final de 2011, existiam no sector da construção empresas habilitadas com Alvará e com Título de Registo (Quadro 5.3). Quadro 5.3 Empresas habilitadas a exercer a atividade da construção. Com Título de Registo Com Alvará Total de empresas Fonte: InCI Ainda segundo o mesmo Relatório: «O número de alvarás válidos tem se mantido relativamente estável, ainda que com uma tendência de descida ligeira. O facto de o número de alvarás válidos ter registado uma diminuição de apenas 1,6% não significa, necessariamente, que a crise não se tenha reflectido no sector. Refira se, aliás, que o sector tem sido marcado por uma relevante substituição dos agentes em determinadas classes, notando se, nomeadamente, acréscimos nas classes 2 e 5, de 2,12% e 1,09%, respectivamente. Situação semelhante se verifica quanto ao número de Títulos de Registo, que também diminuiu de para em 2009, com uma variação de 2,1%. No caso deste título habilitante, as licenças são válidas por cinco anos, o que faz com que os efeitos reais da diminuição da actividade sejam mais diluídos ao longo dos anos. A análise dos indicadores das 20 maiores empresas, tendo em conta o volume de negócios em obra, permite concluir, como seria expectável, uma performance económicofinanceira mais sólida face ao conjunto de empresas do sector, incluindo uma menor discrepância entre os vários quartis.» O Quadro 5.4 permite visualizar o número de empresas em volume de negócios, por classe. 29 InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em Pág. 34

36 Quadro 5.4 Número de empresas por classe de volume de negócios. Total de empresas Nº Classe Classe 2 51 Classe 3 34 Classe 4 23 Classe 5 8 Classe 6 2 Total 297 Fonte: InCI, I.P. 5.3 Estatísticas do Emprego na Construção Enquadramento Pretende se, neste ponto, caracterizar o emprego nas atividades do sector da construção e da energia cujos profissionais tenham um potencial de intervenção em atividades profissionais que podem contribuir para uma maior eficiência energética, considerando que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, não se optou por uma análise do sector na sua globalidade, mas apenas das atividades e profissões que concorrem mais diretamente para o cumprimento deste objetivo. Os dados estatísticos foram recolhidos junto do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Economia e do Emprego, e referem se à informação constante dos Quadros de Pessoal. Os últimos dados oficiais disponíveis, discriminados por profissão, correspondem a 2007, 2008 e 2009, e utilizam a Classificação das Atividades Económicas CAE Rev3, bem como a Classificação Nacional de Profissões de 94 (CNP 94). De notar que a partir de 2011, a CNP de 94 deixou de ser utilizada na recolha de dados para a produção das estatísticas nacionais, tendo sido substituída pela Classificação Portuguesa de Profissões (CPP 2010). Neste sentido, e com vista á recolha da informação estatística com base exclusivamente em fontes oficiais, foram selecionadas apenas algumas atividades económicas no âmbito do sector da Construção, bem como apenas algumas profissões constantes na CNP 94 que, do nosso ponto vista, melhor se ajustam ao objetivo deste trabalho. O Quadro 5.5 apresenta o conjunto de profissões do setor da construção e o conjunto de atividades económicas, que foram utilizados na presente análise estatística. Valerá a pena explicitar uma nota relativa aos profissionais das energias renováveis, uma vez que se notará a sua ausência de forma explícita na análise que se segue. De facto, a Classificação Nacional de Profissões (CNP94), utilizada na recolha dos dados relativos ao período em análise, não integrava nenhuma profissão nestes domínios, pelo que os profissionais que desenvolviam atividade nestas áreas foram classificados em outras profissões, designadamente nas da área da eletricidade. Neste sentido, não nos é possível identificar, em termos estatísticos, e com base nos dados dos Quadros de Pessoal (única fonte que possibilita uma analise estatística por profissão a 5 dígitos) o número de trabalhadores por conta de outrem a desenvolver atividade especificamente nestas profissões, embora os mesmos estejam integrados noutras profissões. Pág. 35

37 Quadro 5.5 Profissões abrangidas na análise estatística do emprego, segundo as atividades económicas da Construção consideradas CONSTRUÇÃO (Secção F) Classificação Nacional das Profissões (versão 1994 grandes grupos 3 e 7) Atividades de construção, ampliação, e restauro de edifícios para qualquer fim Atividades de instalação e reparação elétrica de: eletrificação de edifícios e distribuição de energia nas instalações industriais, cablagens p/ telecomunicações, p/ computadores, TV por cabo, alarmes contra roubo e incêndio, antenas e para raios, sistema elétricos de iluminação e sinalização. Inclui ligação elétrica p/ eletrodomésticos Atividades de instalação e reparação de: redes de canalização (água, gás e esgotos) e suas ligações às redes gerais de distribuição, redes sob pressão de luta contra incêndios e para rega, aparelhos sanitários fixos Atividades de instalação, manutenção e reparação de: sistemas de aquecimento (inclui coletores não elétricos de energia solar), ventilação, refrigeração ou climatização (inclui ar condicionado) em edifícios. Inclui ainda as atividades de manutenção da qualidade do ar interior em edifícios Atividades de instalação, reparação e manutenção de: vedações, gradeamentos e similares em edifícios e outros locais, elevadores e escadas rolantes, portas automáticas e giratórias, sistema de limpeza e vácuo, isolamento térmico, acústico e vibrático Atividades de construção e reparação de coberturas (telhados) e das estruturas destinadas a ser aplicadas nas coberturas, instalação de caleiras e de algerozes, revestimento metálico ou outro de telhados Atividades de estucagem em edifícios ou outras obras de construção, incluindo a colocação de materiais de revestimento associados à estucagem Atividades de colocação de armários, roupeiros, portas, janelas, estores e a colocação de trabalhos similares em madeira e em outros materiais (inclui os resistentes ao fogo). Inclui trabalhos de carpintaria executados e destinados à sua aplicação na obra (fixação de cofragens em madeira, tetos falsos, divisórias) Atividades de revestimento de pavimentos e paredes em todos os materiais (alcatifas, mosaicos, azulejos, mármores, linóleo, papel de parede, granito, ardósia, cortiça, parquet e outros revestimentos de madeira) Atividades de pintura interior ou exterior (decorativa ou de proteção, inclui contra incêndios) e colocação de vidros Outras atividades de acabamentos em edifícios Técnicos da Construção e Obras Públicas Medidor Orçamentista Desenhador projetista da construção civil Desenhador da construção civil Pedreiro Montador de refratários Cimenteiro Vibradorista construção civil Enformador de "Pré fabricados" alvenaria Montador alvenarias pré fabricadas Montador de "Pré esforçados" betão Encarregado trabalhadores da construção civil e obras públicas Técnico de instalações elétricas Técnico de manutenção eletricidade Técnico de redes eletricidade Eletricista montador de instalações de alta tensão Eletricista montador de instalações de baixa tensão Eletricista de Redes distribuição de energia elétrica Canalizador Montador de tubagens Técnico de refrigeração e climatização Eletromecânico de refrigeração e climatização Eletromecânico de elevadores e aparelhos similares Montador de chapas fibrocimento Assentador de revestimentos Estucador Montador de isolamentos Impermeabilizador Carpinteiro de limpos Carpinteiro de tosco Ladrilhador (azulejador) Assentador de tacos Pintor construção civil Vidraceiro Outras atividades especializadas de construção diversas Limpa chaminés Pág. 36

38 5.3.2 Análise estatística Considerando os pressupostos e opções definidos no ponto anterior, foram considerados os seguintes indicadores na análise estatística, para o conjunto das atividades da CAE selecionadas, apenas considerando as profissões selecionadas: Nº de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica, em 2009 Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em 2009 Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a variação Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica construção, segundo o nível de qualificação, em 2009 Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e variação Numa primeira análise mais global, constata se que, em 2009, dos trabalhadores por conta de outrem a exercer atividades específicas do setor da construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, 68% inserem se na atividade económica construção de edifícios (residenciais e não residenciais), denotando se uma dispersão por todas as outras atividades económicas que varia entre os 0,1% (com apenas 120 trabalhadores registados na CAE atividades de colocação de coberturas) e os 5% em todas as outras atividades (Quadro 5.6). Pág. 37

39 Quadro 5.6 Número e percentagem de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica no setor da construção, em CAE Total % CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) % INSTALAÇÃO ELÉCTRICA % INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES % INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO % OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES % ESTUCAGEM % MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA % REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES % PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS % OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS % ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 120 0,1% OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E % Total Geral % Estes cerca de 100 mil trabalhadores desenvolvem a sua atividade em cerca de 42 mil empresas, distribuídas da seguinte forma pelos diferentes subsectores considerados na presente análise (Quadro 5.7). Pág. 38

40 \ BUILD UP SKILLS PORTUGAL Quadro 5.7 Nº de empresas, por atividade económica no setor da construção, em 2009 (considerando os TCO nas profissões selecionadas) CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) INSTALAÇÃO ELÉCTRICA INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES ESTUCAGEM MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. TOTAL No que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009, nas CAE e profissões selecionadas, verifica se que, de um total de , 41% são pedreiros ( trabalhadores), denotando se uma enorme dispersão relativamente a todas as outras profissões deste sector, oscilando estas entre os 0,01% (Enformador de pré fabricados alvenaria) e os 9% (Encarregado trabalhadores de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco) (Quadro 5.8). Pág. 39

41 Quadro 5.8 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em PROFISSÃO - CNP Total % TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) % MEDIDOR ORCAMENTISTA 805 1% TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 962 1% TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 747 1% TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 104 0,1% TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 29 0,03% DESENHADOR PROJECTISTA 290 0,3% DESENHADOR 634 1% PEDREIRO % MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 519 1% CIMENTEIRO % VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 35 0,03% ENFORMADOR DE "PRE-FABRICADOS" - ALVENARIA 8 0,01% MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 199 0,2% MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 116 0,1% ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS % CARPINTEIRO DE LIMPOS % CARPINTEIRO DE TOSCO % MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 30 0,03% LADRILHADOR (AZULEJADOR) % ASSENTADOR DE TACOS 194 0,2% ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS % ESTUCADOR % MONTADOR DE ISOLAMENTOS 960 1% IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 548 1% VIDRACEIRO - COLOCADOR 121 0,1% CANALIZADOR % MONTADOR DE TUBAGENS 405 0,4% PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL % ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES % ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 603 1% ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 206 0,2% ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO % ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA % Total Geral % Pág. 40

42 De salientar ainda que existem diversas profissões com uma representação inferior a 1%, das quais com apenas 0,01% identificou se o enformador de pré fabricados alvenaria, 0,03% o Técnico de redes eletricidade, com 29 trabalhadores, o Montador de chapas fibrocimento, com 30 trabalhadores e o Vibradorista construção civil, com 35 trabalhadores. Seguem se outras profissões que se enquadram na mesma situação: Técnico de manutenção eletricidade (104 trabalhadores), Montador de pré esforçados betão (116 trabalhadores), Vidraceiro colocador (121 trabalhadores), Assentador de tacos 194 trabalhadores), Montador alvenarias pré fabricadas (199 trabalhadores), Eletricista montador de instalações de alta tensão (206 trabalhadores) e Vidraceiro colocador (405 trabalhadores). Quando examinados os dados relativos aos trabalhadores por conta de outrem, a exercer atividades específicas do setor construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, no triénio , constata se que, globalmente, houve uma diminuição de 17% de profissionais neste setor, tendo esta diminuição sido mais acentuada no Montador de préesforçados betão, com uma diminuição de 41%, seguida do Carpinteiro de tosco com uma diminuição de 49% e o Técnico de redes eletricidade, com menos 33% dos trabalhadores (Figura 5.9). Por outro lado, houve uma estabilização dos profissionais Técnicos de instalações elétricas (com um desvio de apenas 0,3%) e um crescimento nas profissões de Montador de refratários (assentador de refratários), Ladrilhador (azulejador) e Eletromecânico de elevadores e aparelhos similares correspondente a 45%, 43% e 28%, respetivamente. Pág. 41

43 Análise do Estado da Arte Figura 5.9 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a variação em Pág. 42

44 BUILD Uas Renováveis e Eficiência Energética Análise do Estado da SKILLS PORTUGAL Formação para Arte Relativamente à distribuição geográfica, constata se que dos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009, a exercer atividades específicas do setor da construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, existe uma forte predominância de trabalhadores no Continente (94%) (Figura 5.10). Do ponto de vista da distribuição destes trabalhadores pelas profissões em análise por região, constata se que existem 38% de trabalhadores no Norte, seguindo se as regiões Centro e Lisboa com 24% e 20% de trabalhadores por conta de outrem, respetivamente. Nas restantes regiões (Alentejo e Algarve), para além de apresentarem um número significativamente mais reduzido de trabalhadores nestas atividades, verifica se a inexistência de algumas profissões, designadamente: Técnicos de Manutenção eletricidade, Montador de refratários, Enformador de pré fabricados Enformador de pré fabricados, Montador de pré esforçados, montador de Chapas e Vidraceiros, na região do Alentejo. e Vidraceiros, no Algarve e de Montador de refratários, Vibradorista, Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, segundo a região (NUT II), em % 3% 3% 38% 20% 24% 11 NORTE 16 CENTRO 18 ALENTEJO 30 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 7% 15 ALGARVE 17 LISBOA 20 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Figura 5.10 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, segundo a região, em 2009 Pág. 43

45 Análise do Estado da Arte Figura 5.11 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região, em 2009 Pág. 44

46 BUILD Uas Renováveis e Eficiência Energética Análise do Estado da SKILLS PORTUGAL Formação para Arte Da análise dos dados relativos à distribuição geográfica dos TCO, verifica se ainda o facto da região Norte contemplar, em algumas profissões, mais de 50% dos trabalhadores por conta própria existentess no país a trabalhar em empresas integradas nas atividades económicas consideradass no presente estudo, designadamente: cimenteiro, carpinteiro de limpos e carpinteiro de toscos, assentador de tacos e assentador de revestimentos, e vidraceiro colocador. Por seu turno, a região de Lisboa contempla mais de 50% dos trabalhadores a exercerem as profissões de montador de refratários, enformador de prefabricados e eletromecânico de elevadores e aparelhos similares, no conjunto das atividades económicas consideradas. Na análise por níveis de qualificação, classificação tradicionalmente utilizadaa para efeitos de enquadramento do tipo de funções exercidas, no contexto da contratação coletiva, é possível identificar que, dos trabalhadores, nas CAE e profissões selecionadas, 74% são profissionais qualificados (desempenham funções de execução numa determinada profissão). O número de trabalhadores por conta de outrem, nos restantes níveis de qualificação é pouco expressivo, verificando se que 8% são encarregados, contramestres, mestres e chefes de equipa, e apenas se encontram 0,2% de quadros superiores, mantendo se esta distribuição na análise por subsector da CAE ( Figura 5.11 e 5.12). Figura 5.12 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, segundo o nível de qualificação, em Pág. 45

47 Análise do Estado da Arte Figura 5.13 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de qualificação, em 2009 Pág. 46

48 BUILD Uas Renováveis e Eficiência Energética Análise do Estado da SKILLS PORTUGAL Formação para Arte No que diz respeito às habilitações literárias dos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009, a exercer atividades específicas do setor da construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, os dados revelam que 86% destes têm o ensino básico, 6% têm o ensino secundário, sendo as restantes habilitações identificadas inexpressivass do ponto de vista comparativo (Figura 5.14). Esta distribuição mantem se igualmente na análise por subsector da CAE (Figura 5.15). Figura 5.14 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, segundo o nível de habilitação literária. Pág. 47

49 Análise do Estado da Arte Figura 5.15 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária Pág. 48

50 BUILD Uas Renováveis e Eficiência Energética Análise do Estado da SKILLS PORTUGAL Formação para Arte Na análise da evolução do nível de habilitações dos trabalhadores contabilizados em 2007 e em 2009, verifica se que houve um decréscimo no que concerne a todas as habilitações literárias, sem exceção. Concretizando, verifica se um decréscimo acentuado de profissionais com ensino pós secundário não superior no setor ( 48%), seguido de 41,2% de profissionais com o doutoramento, 25%% com habilitação inferior ao 1º ciclo do ensino básico e 17% com o ensino básico (Figura 5.16). Figura Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e a variação Pág. 49

51 5.4 Consumo de energia e energias renováveis em edifícios Consumo de energia no sector dos edifícios O consumo de energia final no sector dos edifícios (doméstico e serviços) encontra se apresentado na Figura 5.17 para os últimos dez anos para os quais existem estatísticas (balanço energético nacional). Pode considerar se que o consumo de energia nos sectores doméstico e de serviços, descontando os consumos relativos aos combustíveis rodoviários no sector dos serviços, corresponde ao consumo de energia nos edifícios. A Figura 5.14 apresenta ainda a evolução dos consumos de energia primária, no mesmo período. Consumo energético de edifícios vs. Consumo de energia primária Milhões Tep Milhões Tep SECTOR DOMÉSTICO SECTOR DOMÉSTICO + SERVIÇOS SERVIÇOS CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA Figura 5.17 Consumo de energia final nos edifícios, sector doméstico e de serviços, e consumo de energia primária. Como se pode observar, o comportamento do consumo de energia nos edifícios tem um comportamento semelhante ao consumo de energia primária, embora que o peso relativo deste sector tenha vindo a crescer nos últimos anos, como se pode verificar pela Figura Pág. 50

52 23% Peso relativo do consumo energético nos edifícios no consumo de energia prímária 22% 21% 20% 19% 18% Figura 5.18 Peso relativo do consumo de energia final nos edifícios relativamente ao consumo de energia primária. No que se refere ao consumo por fonte de energia (Figura 5.19), denota se que a principal fonte de energia utilizada nos edifícios é a eletricidade, seguida pelo GPL (gases de petróleo liquefeitos) e pelas lenhas e resíduos vegetais. Pode ainda verificar se que o consumo de gasóleo de aquecimento, fuelóleo e GPL tem vindo a diminuir, devido a maior penetração do gás natural, que tem vindo a aumentar nos últimos anos. Milhões de Tep Evolução do consumo energético nos edifícios GPL Gasóleo de aquecimento Fuelóleo Gás Natural Electricidade Calor Solar Térmico Lenhas e Resíduos Vegetais Outras Renováveis Figura 5.19 Evolução do consumo de energia final nos edifícios por fonte de energia. Pág. 51

53 Verifica se também um aumento da utilização de energia solar térmica, índice este que apenas começou a ser apurado para efeitos de balanço energético em Notar que o valor apurado para as lenhas e resíduos vegetais é estimado em função de estudos com base em inquéritos realizados às famílias. O último data de 2010 e permitiu apurar que a utilização de lenhas e resíduos vegetais reduziu significativamente face ao estudo de Últimos dados disponíveis De forma a corrigir o balanço energético de 2010, face às estimativas apuradas junto das famílias no sector residencial, apresenta se no Quadro 5.9 a partição de consumos energéticos para os sectores doméstico e serviços. Os dados foram extraídos do balanço energético nacional para o ano de 2010 (dados provisórios). Quadro 5.9 Balanço energético (dados provisórios) para o sector doméstico e de serviços, ano de Fonte de energia [tep] Doméstico (1) Serviços (2) Edifícios (1+2) GPL Gasóleo de aquecimento Fuelóleo Gás Natural Eletricidade Calor Solar Térmico Lenhas e Resíduos Vegetais Outros Renováveis TOTAL Pela análise destes dados pode se verificar que a maior componente no consumo de energia destes dois sectores é a eletricidade. No sector doméstico verifica se um uso ainda significativo de lenhas e resíduos vegetais bem como de GPL (butano e propano), enquanto que nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta se o facto de que 50,2% da eletricidade consumida é de origem renovável, nos termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. Considerando que, no ano de 2010 em Portugal, o consumo de energia primária foi de 22,9 Mtep, estes dois sectores foram responsáveis por 21,5% do total, sendo que 43,4% dessa energia teve origem em fontes de energia renovável. Por fim, de acordo com o Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico 30, pode extrair se a informação que consta do Quadro 5.10 relativa aos equipamentos instalados no sector doméstico para aquecimento de águas sanitárias, aquecimento ambiente e arrefecimento ambiente. 30 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. Pág. 52

54 Quadro 5.10 Equipamentos para aquecimento de águas, aquecimento ambiente e arrefecimento ambiente nos alojamentos. Equipamento Aquecimento de Águas Alojamentos nº % Nº de Equipamentos Equipamentos por Alojamento [2] Esquentador ,6% ,8 Termoacumulador ,2% ,1 Caldeira ,9% ,1 Sistema solar térmico ,8% ,0 Aquecimento Ambiente Lareira aberta ,0% ,2 Lareira com recuperador de ,1% ,1 calor Salamandra (lenha) ,2% ,1 Caldeira para aquecimento ,5% ,1 central por circulação de água Aquecedor eléctrico ,2% ,7 independente Aquecedor a GPL independente ,1% ,1 Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) Arrefecimento Ambiente Aparelho individual de ar condicionado Ventilador (ventoinha, ventilador de parede) Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) ,3% , ,2% , ,5% , ,0% ,1 Os edifícios de serviços evidenciaram maior taxa de crescimento do consumo energético entre 1990 e 1999 (7,1% de crescimento médio por ano) do que os residenciais. Como grandes utilizadores da energia eléctrica, foram os principais responsáveis pelo acentuado crescimento do consumo dessa forma de energia final no país. Como consequência, a percentagem nacional do consumo de electricidade nos edifícios de serviços passou de cerca de 19%, em 1980, para 31% em Há uma enorme heterogeneidade neste tipo de edifícios, desde a pequena loja que tem ainda menos consumos do que uma habitação, até aos restaurantes, piscinas cobertas, hospitais, hotéis e grandes superfícies comerciais, cujos consumos são dos mais elevados dentre os que se verificam em todos os edifícios. Obviamente, uma intervenção no sector, com vista à melhoria do seu desempenho energético, tem de ser distinta em função do tipo de edifício, com prioridade aos maiores consumidores. Pág. 53

55 Figura 5.20 Consumo específico de energia por tipo de edifício. Fonte: DGEG. Dentro de cada tipologia, o consumo de energia é também muito variável, sendo possível identificar uma grande gama de edifícios, desde os mais eficientes aos maiores consumidores, para funções idênticas. Um estudo levado a cabo em hotéis e grandes superfícies 31 possibilitaram algum conhecimento das fontes de energia, da procura energética, bem como da desagregação desta por utilização final. Figura 5.21 Consumo específico de energia final para hotéis. Fonte: DGEG. Por exemplo, no caso do sector hoteleiro, o estudo incidiu sobre uma amostra de 60 hotéis com 4 e 5 estrelas, localizados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, verificando se uma gama de consumo de energia final muito dispersa (Figura 5.21), e que varia de 50 a 600 kwh/m 2.ano, com valores médios de 220 kwh/(m 2.ano) (4 estrelas) e 290 kwh/(m 2.ano) (5 estrelas). Verifica se ainda que a energia eléctrica corresponde, em média, a cerca de 45% do consumo de energia final enquanto as utilizações finais a que correspondem os maiores consumos de 31 ADENE, Pág. 54

56 energia são o aquecimento e arrefecimento ambiente (cerca de 30% a 35%), seguindo se as águas quentes sanitárias (10 a 18%), cozinhas (16 a 18%), iluminação e lavandarias. Os hipermercados e outras grandes superfícies comerciais correspondem a outra tipologia de edifícios de serviços onde se verificam elevados consumos de energia. Neste caso, a fonte de energia é fundamentalmente a eletricidade (98% a 99%) e as utilizações finais mais importantes são, no caso dos centros comerciais, a climatização com cerca de 70% e a iluminação com 20%. No caso dos hipermercados, o frio industrial é preponderante com cerca de 35%, enquanto o ar condicionado e a iluminação têm a mesma ordem de grandeza (30%). Nota se também uma grande variação de consumos entre as unidades mais e menos eficientes, registando se nestas últimas valores duas vezes superiores às que registam menores consumos. Os edifícios apresentam uma elevada dinâmica de crescimento, quer em termos de número total de edifícios existentes, quer em termos de utilização de energia em cada edifício. Consequentemente espera se um crescimento anual do consumo de energia estimado de 4% e 7%, respectivamente no sector doméstico e de serviços, pelo que é fundamental promover medidas de redução do consumo de energia quer nos edifícios novos quer nos existentes. Pág. 55

57 6 OFERTA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 6.1 Oferta educativa e formativa inserida no Sistema Nacional de Qualificações O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) O SNQ tem como objetivo assegurar a relevância da formação e das aprendizagens para o desenvolvimento pessoal e para a modernização das empresas e da economia. Neste sentido, e tal como foi referido no ponto 4 deste relatório, o SNQ assegura a obtenção de qualificações certificadas, permitindo a certificação das competências adquiridas através da conclusão de um percurso de formação integral, no âmbito de um a modalidade de formação inicial, ou através da conclusão de unidades de formação de curta duração constantes dos referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), sendo estas unidades creditáveis para efeito de obtenção posterior da qualificação. Não obstante, no âmbito do SNQ as ações de formação não inseridas no CNQ conferem um certificado de formação profissional que atesta a conclusão dessa formação com aproveitamento e permite o reconhecimento das competências adquiridas. O SNQ disponibiliza ainda a caderneta individual de competências, que regista todas as competências adquiridas ou desenvolvidas ao longo da vida, quer as referidas no Catálogo Nacional de Qualificações, quer as restantes ações de formação, mesmo que realizadas por entidade formadora não certificada. A caderneta está em vigor desde 2010 e é emitida através do SIGO Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa. AS ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O sistema nacional de qualificações é coordenado pelos membros do governo responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação. Os serviços responsáveis pela execução das políticas de educação e formação profissional procedem ao acompanhamento e avaliação das diferentes modalidades. No âmbito da criação do SNQ, foi criada a Agência Nacional para a Qualificação e o ensino Profissional (ANQEP), que é o organismo sob a tutela conjunta dos Ministérios da Economia e do Emprego e da Educação e Ciência, com atribuições de coordenação da rede de estruturas, bem como o acompanhamento, a monitorização, a avaliação e a regulação do sistema, em estreita colaboração com as demais entidades que integram o Sistema Nacional de Qualificações. Para o desenvolvimento e atualização do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), o instrumento do SNQ para a gestão estratégica das qualificações, a ANQEP criou os Conselhos Setoriais para a Qualificação, que constituem grupos de trabalho técnico consultivo que identificam em permanência as necessidades de atualização das qualificações constantes do CNQ, numa perspetiva de adequação da formação às evoluções tecnológicas e às competências requeridas pelos setores, quer se trate de formação inicial quer se trate de aprendizagem ao longo da vida. Os Conselhos Setoriais para a Qualificação integram entre outros, especialistas indicados pelo ministério que tutele o respetivo setor de atividade, associações sindicais e associações de empregadores, representativas dos correspondentes setores de atividade, empresas de Pág. 56

58 referência, entidades formadoras com maior especialização setorial ou regional e peritos independentes. Código Quadro 6.1 Conselhos Sectoriais para a Qualificação CONSELHOS SETORIAIS PARA A QUALIFICAÇÃO 1 Agroalimentar 2 Comércio e marketing 3 Construção civil e urbanismo 4 Cultura e Património e produção de conteúdos 5 Energia e ambiente 6 Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras 7 Informática, eletrónica e telecomunicações 8 Madeiras, mobiliário e cortiça 9 Metalurgia e metalomecânica 10 Moda 11 Serviços às empresas (atividades financeiras, de consultadoria, de secretariado, ) 12 Serviços pessoais 13 Saúde e serviços à comunidade 14 Transportes e logística 15 Turismo e lazer 16 Artesanato e ourivesaria È possível identificar alguns conselhos sectoriais para as qualificações com uma intervenção importante na identificação de necessidades de competências e qualificações para o sector da construção e para a promoção da eficiência energética e desenvolvimento das energias renováveis, de extrema relevância para o objeto do presente estudo, sendo de destacar: Construção Civil e urbanismo Energia e Ambiente Informática, eletrónica e telecomunicações Metalurgia e Metalomecânica AS ENTIDADES FORMADORAS DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES Constituem a rede de entidades formadoras do sistema nacional de qualificações os estabelecimentos de ensino básico e secundário, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com paralelismo pedagógico ou reconhecimento de interesse público, as escolas Pág. 57

59 profissionais, os centros de formação profissional e de reabilitação profissional e as entidades com estruturas formativas certificadas do setor privado, no âmbito dos ministérios responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação, as entidades formadoras integradas noutros ministérios ou noutras pessoas coletivas de direito público. No caso concreto dos setores da construção civil e energia, podem ser identificadas algumas entidades formadoras da rede do Sistema nacional de Qualificações mais relevantes, designadamente: Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para o setor da construção civil: CICCOPN Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte CENFIC Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, bem como quer os centros de formação de associações setoriais no setor da eletrónica, energia e metalomecânica: CINEL Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação APIEF Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente CENFIM Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica Os estabelecimentos de ensino público ou privado, com autorização de funcionamento de cursos das áreas de educação e formação da construção civil e da energia e eletricidade: Escolas Básicas e Secundárias da rede pública Escolas Profissionais privadas tuteladas pelo ministério da educação As entidades certificadas pela Direção Geral de Emprego e relações do Trabalho (DGERT) nas áreas de formação relevantes para o setor da construção e da energia. Estas são entidades formadoras avaliadas pela, com condições mínimas comprovadas, em termos do referencial de qualidade de estruturação da atividade formativa, relativas à capacidade instalada em termos de recursos, às práticas inerentes aos processos de desenvolvimento da formação e aos resultados alcançados. O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES FORMADORAS O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras regulamentado pela Portaria nº 851/2010 de 6 de Setembro consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, de 7 de Novembro que aprova a Reforma da Formação Profissional e no Decreto Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro que estabelece o Sistema Nacional de Qualificações, é o sucessor do Sistema de Acreditação de Entidades Formadoras que vigorou durante treze anos, e é assegurado pelo serviço central competente do ministério responsável pela área da formação profissional. Pág. 58

60 O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, a par de outros mecanismos, é um dos garantes da qualidade do Sistema Nacional de Qualificações em Portugal, efetuando o reconhecimento de práticas pedagógicas adequadas no desenvolvimento de atividades formativas por parte das entidades formadoras, e a realização de auditorias regulares à entidade formadora certificada para avaliar o cumprimento dos requisitos de certificação e os resultados obtidos com a sua atividade. O sistema de certificação de entidades formadoras e da responsabilidade da Direção Geral de Emprego e relações do Trabalho (DGERT). O FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO SNQ A formação desenvolvida no Sistema Nacional de Qualificações é financiada com base em duas fontes de financiamento: o Orçamento Geral do Estado e o Fundo Social Europeu. O Quadro de Referencia Estratégia Nacional (QREN), documento que enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período , inclui um Programa que integra as medidas destinadas ao financiamento dos processos educativo e formativos nacionais o Programa Operacional de Potencial Humano. A atividade deste programa estrutura se em 10 eixos prioritários: Eixo Prioritário 1 Qualificação Inicial Eixo Prioritário 2 Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida Eixo Prioritário 3 Gestão e Aperfeiçoamento Profissional Eixo Prioritário 4 Formação Avançada Eixo Prioritário 5 Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Ativa Eixo Prioritário 6 Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social Eixo Prioritário 7 Igualdade de Género Eixo Prioritário 8 Algarve Eixo Prioritário 9 Lisboa Eixo Prioritário 10 Assistência Técnica A formação desenvolvida no âmbito das modalidades formativas do SNQ é financiada pelo Eixo 1, no caso da formação inicial de jovens, e pelo Eixo 2, no caso da formação inicial e contínua de adultos A organização das qualificações no Sistema Nacional de Qualificações (CNQ) O Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), tal como referido no ponto 4 deste relatório, constitui um instrumento de gestão estratégica das qualificações de nível não superior contendo os referenciais essenciais para uma melhor adequação das respostas formativas às necessidades das empresas, do mercado de trabalho e dos cidadãos. Em conformidade, os elementos que integram o CNQ são atualizados em permanência, com o apoio dos conselhos setoriais para a qualificação, mediante a inclusão, exclusão ou alteração de qualificações, tendo em conta as necessidades atuais e emergentes das empresas, dos setores económicos e dos indivíduos. Pág. 59

61 As qualificações que integram o CNQ estão estruturadas por níveis de qualificação definidos pelo Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que adota os princípios do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ), no que diz respeito à descrição das qualificações em termos de resultados de aprendizagem, de acordo com os descritores associados a cada nível de qualificação, promovendo a comparabilidade das qualificações em função do seu perfil e não em função dos conteúdos ou dos processos formativos. As qualificações estão igualmente organizadas em função das áreas de educação e formação, as quais correspondem em alguns casos a setores de atividade económica, e são definidas de acordo com a Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação (CNAEF) Portaria nº256/2005 de 16 de Março Pág. 60

62 Quadro 6.2. Áreas de Educação e Formação integradas no Catálogo Nacional de Qualificações Áreas de Educação e Formação 213 Audiovisuais e produção dos media 543 Materiais (madeiras, cerâmica, cortiça e outros) 215 Artesanato 544 Indústrias extrativas 225 História e arqueologia 582 Construção civil e engenharia civil 322 Biblioteconomia, arquivo e documentação 542 Produção agrícola e animal 341 Comércio 622 Floricultura e jardinagem 342 Marketing e publicidade 623 Silvicultura e caça 343 Finanças, banca e seguros 624 Pescas 344 Contabilidade e fiscalidade 725 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 345 Gestão e administração 729 Saúde 346 Secretariado e trabalho administrativo 347 Enquadramento na organização/empresa 761 Serviço de apoio a crianças e jovens 762 Turismo social e orientação 481 Ciências informáticas 811 Hotelaria e restauração 521 Metalurgia e metalomecânica 812 Turismo e lazer 522 Eletricidade e energia 813 Desporto 523 Eletrónica e automação 815 Cuidados de beleza 524 Tecnologia dos processos químicos 850 Proteção do ambiente 525 Construção e reparação dos veículos a motor 861 Proteção de pessoas e bens 541 Indústrias alimentares 862 Segurança e higiene no trabalho 542 Indústria do têxtil, vestuário, calçado e couro Fonte: Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março. A obtenção da qualificação corresponde ao reconhecimento e correspondente certificação da aquisição de competências em conformidade com os referenciais estabelecidos para o efeito, consistindo estes referenciais nos elementos da Figura 6.1. Pág. 61

63 Perfil Referencial formação de Referencial de RVCC Base (Escolar) Tecnológica (Profissional) Missão Atividades Competências Saberes Saberes fazer Saberes sociais e relacionais Perfil de saída Organização do referencial para aceder à qualificação Desenvolvimento das unidades de formação de curta duração (UFCD) Sugestão de recursos didáticos Unidades de competência Critérios de evidência Figura 6.1 Referenciais para a qualificação do CNQ Unidades de competência AS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO As qualificações integradas no SNQ constituem qualificações de dupla certificação, que consiste no reconhecimento de competências para exercer uma ou mais atividades profissionais e de uma habilitação escolar, através de um diploma. As qualificações podem ser acessíveis por um conjunto de modalidades de formação de dupla certificação, orientadas quer para jovens quer para adultos, estruturadas a partir dos referenciais de qualificação do CNQ. Neste sentido, as Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) constantes de cada referencial de formação do CNQ estruturam as ofertas formativas de dupla certificação, incluindo as formações modulares certificadas que permitem a obtenção de dupla certificação de modo progressivo e flexível, e servem, também, a formação contínua. Unidades de formação de curta duração (UFCD) Unidade de aprendizagem, passível de certificação autónoma e de integração em um ou mais referenciais de formação, referidos no Catálogo Nacional de Qualificações, permitindo a aquisição de competências certificadas. Pág. 62

64 MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS A JOVENS Cursos Profissionais nível 4 de qualificação Cursos de nível secundário de educação, vocacionados para a formação inicial de jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos (Portaria nº550 C/2004). Cursos de Aprendizagem nível 4 de qualificação Cursos de formação profissional inicial de jovens, em alternância, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. Conferem o nível secundário de educação (Portaria nº1497/2008). MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADOS A ADULTOS Cursos de educação e formação de adultos (EFA) nível 2 e nível 4 de qualificação Cursos que se destinam a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, não qualificados ou sem qualificação adequada, para efeitos de inserção, reinserção e progressão no mercado de trabalho, e que não tenham concluído o ensino básico ousecundário (Portaria nº 283/2011). Formações modulares certificadas Formações desenvolvidas através da frequência de quaisquer unidades de formação de curta duração (UFCD) integradas na componente de formação de base e/ou na componente de formação tecnológica de um qualquer referencial de formação do CNQ, de nível 2 ou de nível 4 de qualificação, destinadas a adultos, no quadro da formação contínua (Portaria nº 283/2011). MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS AO NÍVEL NÃO SUPERIOR PÓS SECUNDÁRIO Cursos de especialização tecnológica nível 5 de qualificação Cursos que visam uma formação técnica especializada, para efeitos de inserção, reinserção e progressão no mercado de trabalho, destinados a indivíduos que concluam ou sejam titulares do nível secundário de educação ou de grau superior, permitindo o prosseguimento de estudos (Decreto Lei nº 88/2006). Pág. 63

65 A FORMAÇÃO CONTÍNUA NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O Sistema Nacional de Qualificações define a formação contínua enquanto atividade de educação e formação empreendida após a saída do sistema de ensino ou após o ingresso no mercado de trabalho que permita ao indivíduo aprofundar competências profissionais e relacionais, tendo em vista o exercício de uma ou mais atividades profissionais, uma melhor adaptação às mudanças tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua empregabilidade. As UFCD do CNQ estruturam as ações de formação contínua de dupla certificação, desenvolvidas por entidades formadoras certificadas, centros de formação profissional da rede do IEFP ou estabelecimentos de ensino, que constituem a rede de entidades do sistema nacional de qualificações, as quais conferem um certificado de qualificações, comprovativo da conclusão com aproveitamento daquelas UFCD e concorrem para a obtenção de uma qualificação, certificada por diploma de qualificação. O SNQ prevê também, a emissão de um certificado de formação profissional, regulado por normativo legal 33, para todas as ações de formação certificadas não inseridas no CNQ, quando desenvolvidas por entidade formadora certificada para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelos ministérios competentes, ou seja, entidades formadoras da rede do sistema nacional de qualificações. CARATERIZAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DE CADA UMA DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO O quadro seguinte apresenta a organização de cada uma das principais modalidades de formação segundo as diferentes componente de formação e respetivas cargas horárias, designadamente: Cursos Profissionais (nível 4 de qualificação) Cursos de Aprendizagem (nível 4 de qualificação) Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) (nível 2 e 4 de qualificação) Formações Modulares 33 Portaria nº474/2010, de 8 de Julho Pág. 64

66 Quadro 6.3 Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) da formação por modalidade de educação e formação de nível 4 Nível 4 de qualificação do QNQ Cursos de Aprendizagem Formação Inicial de Jovens Cursos profissionais Formação inicial de adultos Educação e Formação de adultos (EFA) (A,B,C, Flexível RVCC)* Componentes da formação Áreas de competência Domínios/ unidades de formação Carga horária Componentes da formação Disciplinas Carga horária Componentes da formação Áreas de competência Carga Horária Sociocultural Línguas, cultura e comunicação Cidadania e sociedade Viver em português Comunicar em: (língua estrangeira) Sociocultural Português 320 Língua estrangeira 220 TIC 100 TIC 100 Mundo atual Desenvolviment o social e pessoal Área de Integração 220 Educação Física 140 Base Cidadania e Profissionalidad e Sociedade Tecnologia e Ciência Total Total 1000 Cultura, Língua e Comunicação Científica Ciências básicas Matemática e realidade Outras ciências básicas Científica 2/ 3 disciplinas científicas de base Total 500 Total Tecnológica Tecnologias Tecnologias específicas Técnica 3/ 4 disciplinas de natureza tecnológica, técnica e prática Formação em contexto de trabalho Tecnológica Tecnologiasde acordo com o referencial tecnológico associado à qualificação 1200 Total Total 1600 Total 1200 Prática Contexto de trabalho PRA Portefólio reflexivo de aprendizagen s Total CA: Total CP: 3100 Prática Formação Prática em contexto de trabalho 210 Total EFA: *Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo Pág. 65

67 Quadro 6.4 Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) dos cursos de educação e formação de adultos de nível 2 do QNQ Nível 2 de Qualificação do QNQ Formação Inicial de Adultos Cursos de educação e Formação de Adultos (EFA) Componentes de formação (B2 B3, Flexível/RVCC) * Áreas de competência Carga horária Aprender com autonomia Consolidar a integração no grupo Trabalhar em equipa Aprender a aprender 40 Cidadania e empregabilidade Base Linguagem e Comunicação Matemática para a vida TIC Tecnológica Tecnologias de acordo com o com o referencial tecnológico associado à qualificação 1000 Prática Formação em contexto de trabalho 120 Total EFA: *Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo Quadro 6.5 Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) das formações modulares certificadas Formação contínua para ativos empregados ou desempregados Formações Modulares utilizando unidades de formação de curta duração (UFCD) do CNQ de percursos de nível 2 e de nível 4 de qualificação do QNQ Estrutura das formações Carga horária Formação de base Formação tecnológica Ambas as componentes de formação* Horas X X X > Horas* X X *Nestas formações 1/3 da carga horária deve corresponder a UFCD da componente de formação de base Pág. 66

68 6.1.3 As qualificações relativas às áreas de educação e formação da Energia e Eletricidade e da Construção Civil e Engenharia Civil ARTICULAÇÃO ENTRE ÁREAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO Em síntese, as qualificações integradas no Sistema Nacional de Qualificações e inseridas atualmente no Catálogo Nacional de Qualificações relativas às áreas de educação e formação cujas saídas profissionais estão associadas ao setor da construção civil e visando competências ao nível da eficiência energética e da utilização de energias renováveis constam no quadro seguinte. Note se que se entende por qualificações o resultado formal de um processo de avaliação e validação comprovado por um órgão competente, reconhecendo que um indivíduo adquiriu competências, de acordo com referenciais estabelecidos, nos termos do Decreto Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro. Neste contexto, o quadro seguinte apresenta as qualificações que resultam dos cursos desenvolvidos no âmbito das diferentes modalidades de educação e formação. Salienta se ainda, que os referenciais de formação associados às diferentes qualificações podem dar resposta a diversas atividades profissionais, as quais podem ou não ser alvo de regulamentação específica, como é o caso das especializações TIM 2, TIM 3 e TQAI. Não obstante, atualmente, o CNQ não cobre ainda, através das qualificações integradas, todas as especializações destes setores que possam estar submetidas a algum tipo de regulação, designadamente, o cado de TQAI. Pág. 67

69 Quadro 6.6 Oferta de qualificações por área de educação e formação e por modalidades Cátalogo Nacional de Qualificações Área de Educação e Formação Nível QNQ Formação de Jovens Formação de adultos Cursos Profissionais Cursos de Aprendizagem Cursos EFA Formações Modulares 225 História e arqueologia Técnico de Recuperação do Património Edificado 4 X 521 Metalurgia e metalomecânica Serralheiro/a Civil 34 2 X X Soldador/a 2 X X 522 Eletricidade e energia Técnico de Instalações Elétricas 4 X X X X Técnico de Eletrotecnia 4 X X X X Técnico de Frio e Climatização 4 X Técnico/a de Refrigeração e Climatização 4 X X X Desenhador/a de Sistemas de Refrigeração e Climatização 4 X X X Técnico de Gás 4 X X X X Técnico de Energias Renováveis (4 variantes) 4 X Técnico/a Instalador de Sistemas de Bioenergia 4 X X X Técnico/a Instalador de Sistemas Eólicos 4 X X X Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos 4 X X X Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 X X X Eletricista de Instalações 2 X X Eletromecânico/a de Eletrodomésticos 2 X X Eletromecânico/a de Refrigeração e Climatização Sistemas 2 X X Domésticos e Comerciais 523 Eletrónica e automação Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação 4 X X X X Técnico de Eletrónica, Automação e Comando 4 X X X X Técnico de Eletrónica e Telecomunicações 4 X X X X 543 Materiais Carpinteiro de limpos 2 X X 582 Construção civil e engenharia civil Técnico de Construção Civil (6 variantes) 4 X Técnico de Desenho de Construção Civil 4 X X X Técnico/a de Obra/Condutor/a de Obra 4 X X X Técnico/a de Topografia 4 X X X Técnico/a de Medições e Orçamentos 4 X X X Pedreiro/a 2 X X Ladrilhador/a / Azulejador/a 2 X X Pintor/a de Construção Civil 2 X X Operador/a de CAD Construção Civil 2 X X Canalizador/a 2 X X 34 Inclui o Instalador de Janelas e Fachadas Leves. Pág. 68

70 CONTEÚDOS FORMATIVOS No âmbito das qualificações identificadas no Sistema Nacional de Qualificações e integradas no Catálogo Nacional de Qualificações, associadas a atividades/profissões do setor da Construção Civil e da Energia apresenta se seguidamente um quadro exemplificativo do teor de alguns referenciais de formação que visam as competências requeridas para as qualificações identificadas. A título de exemplo, foram selecionadas as seguintes qualificações: pedreiro, canalizador, eletricista de Pág. 69

71 Quadro 6.7 Exemplos de conteúdos de formação e competências associadas para 4 qualificações do CNQ Qualificação Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Referenciais de formação do CNQ Competências visadas Organização do posto de trabalho e aprovisionamento de materiais 1Interpretar elementos de projeto, esboços e outras especificações técnicas. Pedreiro 2 Parede a meia vez com tijolos 23x11x7 extremidade em degrau Parede a meia vez com tijolos 23x11x7 extremidade aprumada Parede com cunhal com tijolo vazado de 30x20x15 Acabamentos em paredes Aprovisionamento de tubagens, manilhas de esgoto, estruturas de assentamento e preparação de argamassas Alvenaria de tijolo prensado encabeçada com pilar Alvenaria de tijolo com vão de porta e janela Parede dupla com vão de porta Assentamento de caixas elétricas, esgotos e outros Caixas de visita, caleiras e drenos Aprovisionamento de madeiras de cofrar, varões e preparação do betão Execução de cofragem sapata e pilar 2. Identificar e caracterizar os materiais, os equipamentos, as ferramentas e os meios auxiliares adequados ao trabalho a realizar. 3. Utilizar as técnicas de marcação e sinalização dos alinhamentos para abertura de caboucos. 4. Utilizar as técnicas de preparação da base dos caboucos para enchimento. 5. Utilizar as técnicas de enchimento de caboucos. 6. Utilizar as técnicas de marcação de estruturas. 7. Utilizar as técnicas de enchimento de cofragens. 8. Utilizar as técnicas de execução e montagem de elementos pré fabricados. 9. Utilizar as técnicas de execução de pavimentos em massame. 10. Utilizar as técnicas de marcação das referências para execução de alvenarias. 11. Aplicar as técnicas de preparação de massas e argamassas. 12. Utilizar os métodos e as técnicas de execução de alvenarias em elementos naturais ou artificiais. 13. Utilizar as técnicas de marcação e montagem de vigamentos e ripados. Execução de cofragem muro, cinta de travamento e viga 14. Utilizar as técnicas de marcação e execução de ripa moldada. Execução de cofragem lajes 15. Utilizar as técnicas de assentamento de telhas e de outros materiais de cobertura. 16. Utilizar as técnicas de execução de caleiras em coberturas. 17. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de escoamento de águas pluviais. 18. Utilizar as técnicas de execução de betonilhas de regularização e de acabamento 19. Utilizar as técnicas de execução de rebocos. 20. Utilizar as técnicas de assentamento, em pavimentos, de mosaicos cerâmicos, hidráulicos ou elementos de pedra naturale/ou artificial 21. Utilizar as técnicas de assentamento, em paredes, de azulejos e elementos de pedra natural e/ou artificial 22. Utilizar os métodos e as técnicas de desmonte de revestimentos, de coberturas, de estruturas e de outros elementos da construção. 23. Utilizar os métodos e as técnicas de demolições parciais de edificações e de outros trabalhos de construção. 24. Utilizar os métodos e as técnicas de escoramentos e Pág. 70

72 Qualificação Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Referenciais de formação do CNQ entivações. Competências visadas 25. Utilizar as técnicas de marcação de alinhamentos e níveis na execução de diferentes trabalhos de saneamento e de outras infra estruturas. 26. Utilizar as técnicas de execução e/ou assentamento de caixas, sumidouros, caleiras e atravessamentos Utilizar as técnicas de assentamentos de tubos e manilhas. 28. Utilizar as técnicas de assentamento de lancis e outros elementos pré fabricados. 29. Utilizar os métodos e as técnicas de execução e/ou assentamento de fossas sépticas e poços absorventes. 30. Utilizar as técnicas de assentamento de caixas para instalações técnicas. 31. Utilizar as técnicas de assentamento de banheiras e similares 32. Aplicar cantarias de pedra natural ou artificial e com elementos pré fabricados de betão, em vãos. 33. Aplicar argamassa de acompanhamento em aros e aduelas 34. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de serralharia. 35. Utilizar as técnicas de controlo da qualidade do trabalho. 36. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação dos instrumentos de trabalho. Canalizador 2 Instalação de tubagem de ferro galvanizado para torneira de serviço, autoclismo e rede de distribuição de água e boca de incêndio Instalação de tubagem de ferro galvanizado para ligação a equipamentos de casa de banho Instalação de tubagem de ferro galvanizado para ligação a baterias de contadores Instalação de tubagem de aço inoxidável para água quente e fria em cozinha e casa de banho Instalação de tubagem em tubo de cobre para água quente e fria em cozinha e casa de banho Instalação de tubagem de ferro galvanizado para uma rede de ar comprimido Instalação de tubagem de metalite para uma rede de drenagem de água residual Montagem de equipamentos de casa de banho Montagem de equipamentos de cozinha Montagem de esquentadores e 1 Interpretar elementos de projeto, esquemas, fichas de segurança e outras especificações técnicas relativas ao trabalho a realizar. 2. Utilizar as técnicas de medição em projeto e em obra dos trabalhos a realizar. 3. Aplicar os procedimentos de determinação de custos de trabalhos de canalizações. 4. Identificar e caracterizar os materiais, as máquinas, as ferramentas e os meios auxiliares e de proteção adequados ao trabalho a realizar. 5. Utilizar os procedimentos de proteção da envolvente do local onde o trabalho se vai realizar. 6. Utilizar as técnicas de implantação e de marcação em obra dos traçados das redes de águas frias e quentes. 7. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes da rede de águas frias e quentes. 8. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação de águas frias e quentes. 9. Utilizar as técnicas de isolamento térmico ou de proteção das tubagens. 10. Utilizar os métodos e as técnicas de execução das instalações de águas frias e quentes, embebidas ou à vista. 11. Utilizar os métodos e as técnicas de testagem da Pág. 71

73 Qualificação Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Referenciais de formação do CNQ Competências visadas termoacumuladores Instalação de tubagem de multicamada para casa de banho Instalação de tubagem de polipropileno para lavandaria e polibã e de polipropileno reticulado em cozinha e casa de banho Instalação de tubagem de PVC (hidronil) para coluna montante Instalação de tubagem de PVC (hidronil) para ligação de bomba centrífuga a depósito aéreo, coluna montante e termoacumulador Instalação de tubagem de PVC para rede de esgotos e escoamento de casa de banho Instalação de tubagem de PVC para rede de esgotos e escoamento de equipamentos de cozinha Montagem de equipamentos Instalação de tubagem metálica para rede de aquecimento Instalação de tubagem plástica para rede de aquecimento Instalação e ligação de caldeiras e irradiadores Reparação e manutenção de instalações Reparação e manutenção de equipamentos Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho construção civil Instalação de gás fundamentos Preparação e soldadura de tubagens em polietileno e cobre Redes de gás Montagem de redes de gás estanquicidade, de acordo com o tipo de instalação. 12. Utilizar as técnicas de marcação em obra dos traçados da rede de aquecimento central. 13. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes da rede de aquecimento central. 14. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação de aquecimento central. 15. Utilizar os métodos e as técnicas de execução da instalação de aquecimento central, embebida ou à vista. 16. Utilizar as técnicas de marcação dos traçados das redes para ar comprimido. 17. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação das redes para ar comprimido. 18. Utilizar os métodos e as técnicas de execução das instalações das redes para ar comprimido, embebidas ou à vista. 19. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes da rede para ar comprimido. 20. Utilizar as técnicas de marcação dos traçados das redes de águas pluviais e residuais. 21. Utilizar os métodos e as técnicas de preparação dos componentes das redes de águas pluviais e residuais. 22. Utilizar as técnicas de posicionamento e fixação de estruturas de apoio apropriadas à instalação das redes de águas pluviais e residuais. 23. Utilizar os métodos e as técnicas de execução das instalações das redes de águas pluviais e residuais, embebidas ou à vista. 24. Utilizar os métodos e as técnicas de montagem e fixação dos equipamentos sanitários e acessórios. 25. Utilizar os procedimentos de ligação dos equipamentos às respetivas redes. 26. Utilizar as técnicas de ensaio de funcionamento dos equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 27. Utilizar os métodos e as técnicas de localização de tubagens a reparar ou a alterar. 28. Utilizar os procedimentos de deteção de anomalias. 29. Utilizar os métodos e as técnicas de reparação de tubagens. 30. Utilizar os procedimentos de desmonte de equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 31. Utilizar os métodos e as técnicas de reparação de equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 32. Utilizar as técnicas de substituição de equipamentos sanitários, torneiras e acessórios. 33. Utilizar as técnicas de substituição de equipamentos e Pág. 72

74 Qualificação Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Referenciais de formação do CNQ Competências visadas dispositivos acessórios dos sistemas de aquecimento. 34. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação dos equipamentos e ferramentas de trabalho. 35. Utilizar os procedimentos de limpeza do local de trabalho. Eletricista instalações de 2 Mecanotecnia trabalhos em aço macio Instalações eléctricas a cabo Corrente alternada monofásica e trifásica Técnicas e métodos de medida Instalações eléctricas a tubo Instalações eléctricas a vista e embebidas 1. Interpretar especificações técnicas relativas às instalações eléctricas e à sua manutenção. 2. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de equipamentos, ferramentas, componentes e materiais adequados à execução de instalações eléctricas e à sua manutenção. 3. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, ferramentas, componentes e materiais aplicados à execução de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de iluminação e potência, de força motriz e de instalação de antenas de TV. Instalações eléctricas a calha técnica Instalações aparelhos de aquecimento Instalações eléctricas coluna montante e entrada Pára raios instalação Pára raios instalação Segurança eléctrica Automatismos circuitos de comando e controle Máquinas eléctricas estáticas transformadores Máquinas eléctricas rotativas Variadores de velocidade instalação e ensaio Vídeo portaria instalação Instalações ITED generalidades Antenas de TV Instalações ITED Domótica generalidades Noções de Higiene e Segurança no Trabalho Instalações ITUR generalidades Módulos lógicos programáveis Desenho Assistido por Computador conceitos gerais (CAD) 2D CAD projecto de esquemas eléctricos 4. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à execução de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de iluminação e potência, de força motriz e de instalação de antenas de TV. 5. Identificar a distribuição e o posicionamento dos circuitos e dos equipamentos eléctricos. 6. Aplicar os métodos e as técnicas de execução das marcações dos pontos e das linhas de referência da instalação eléctrica. 7. Utilizar os procedimentos de verificação dos diferentes modos de instalação. 8. Aplicar procedimentos e técnicas de montagem e de execução da ligação dos circuitos e dos equipamentos adequados à instalação eléctrica de colunas montantes e de entradas, à instalação eléctrica de iluminação e potência, à instalação de automatismos, à instalação de máquinas eléctricas, e à instalação de antenas de TV. 9. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de instalações eléctricas de força motriz, de instalações eléctricas de iluminação e potência e de instalações de antenas de TV. 10. Identificar anomalias de funcionamento de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de instalações eléctricas de iluminação e potência, de instalações de automatismos, de instalações de máquinas eléctricas e de instalações de antenas de TV. 11. Utilizar as técnicas e os procedimentos de substituição e reparação de componentes de circuitos e equipamentos de instalações eléctricas de colunas montantes e de entradas, de instalações eléctricas de iluminação e potência, de instalações de automatismos, de instalações de máquinas eléctricas e de instalações de antenas de TV. 12. Aplicar as normas de segurança, higiene, saúde e protecção ambiental respeitantes à actividade profissional. 13. Aplicar os regulamentos de instalações eléctricas, de acordo com a legislação em vigor. Pág. 73

75 Qualificação Técnico instalador de Sistemas Solares Térmicos Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) 4 Metrologia introdução Metrologia técnicas e instrumentos Tecnologia dos materiais Mecânica dos materiais Processos de fabrico Corrosão Pneumática e hidráulica Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho conceitos básicos Empresa Qualidade e fiabilidade Preparação do trabalho, planeamento e orçamentação Gestão da manutenção introdução Gestão de projecto Desenho técnico introdução ao CAD, desenho geométrico e geometria descritiva Desenho técnico representação e cotagem de peças Desenho técnico elementos de ligação e desenho esquemático Desenho técnico noções de desenho de construção civil Serralharia de bancada operações elementares Maquinação operações elementares Processos de ligação Electricidade Instalações eléctricas industriais Automatismos introdução Mecânica dos fluídos Manutenção de orgãos e de equipamentos Termodinâmica Energias Energia solar Sistemas solares térmicos Colectores solares térmicos Projecto de sistema solar térmico selecção e dimensionamento Projecto de sistema solar térmico Referenciais de formação do CNQ Competências visadas 1. Utilizar as técnicas de planeamento e organização do trabalho. 2. Utilizar as técnicas de concepção de projectos de sistemas solares térmicos de pequena dimensão. 3. Interpretar projectos de instalação de sistemas solares térmicos. 4. Identificar os equipamentos e acessórios a instalar e as condições físicas exigidas à instalação de sistemas solares térmicos. 5. Seleccionar os métodos de trabalho e os materiais necessários ao desenvolvimento dos trabalhos de instalação, de manutenção e de reparação de sistemas solares térmicos. 6. Identificar as diversas fases do trabalho a executar e as actividades inerentes às mesmas. 7. Aplicar as normas e procedimentos de saúde e segurança respeitantes à actividade profissional. 8. Identificar as características e os princípios de funcionamento de sistemas solares térmicos. 9. Identificar e utilizar as técnicas de instalação de sistemas solares térmicos. 10. Identificar os diferentes tipos de materiais e seus comportamentos, bem como os equipamentos a utilizar na instalação de sistemas solares térmicos. 11. Identificar e utilizar os equipamentos de medida e controlo adequados à instalação, ao arranque e ao diagnóstico de anomalias dos sistemas solares térmicos. 12. Identificar e utilizar as técnicas de ensaio de sistemas solares térmicos. 13. Identificar as anomalias em sistemas solares térmicos. 14. Definir e utilizar as técnicas de reparação de sistemas solares térmicos de acordo com a anomalia detectada. 15. Identificar e utilizar as técnicas de manutenção de sistemas solares térmicos. 16. Utilizar a documentação técnica respeitante ao registo da actividade desenvolvida. Pág. 74

76 Qualificação Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) construção Projecto de sistema solar térmico instalação Referenciais de formação do CNQ Competências visadas ARTICULAÇÃO ENTRE AS PROFISSÕES DA CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE PROFISSÕES E A RESPOSTA DE QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ No quadro seguinte são apresentados dados relativos às respostas formativas do sistema nacional de qualificações, no que concerne às saídas profissionais e atividades profissionais do setor da construção civil e da energia, identificadas na Classificação Nacional de Profissões, que permite verificar a correspondência existente. Note se que para uma mesma atividade profissional/profissão existe no Sistema Nacional de Qualificações mais do que uma modalidade de educação e formação que permite obter as respetivas competências. Pág. 75

77 Quadro 6.8 Oferta de qualificações dirigidas às profissões da CNP Cátalogo Nacional de Qualificações Profissão CNP Nível QNQ Formação de Jovens Formação de adultos Form. Pós Secund. Cursos Profissionais Cursos de Aprendizagem Cursos EFA Formações Modulares CET Técnico da Construção e Obras Públicas (Agente Tec de Arquit. e Eng.) 5 X Medidor Orçamentista 4 X X X X Técnico de instalações eléctricas 4 X X X X Técnico de refrigeração e climatização (Técnico de 4 X X X x Frio) Técnico de manutenção Electricidade 4 X X X x Técnico de redes Electricidade Desenhador Projectista Desenhador 4 X X X X Pedreiro 2 X X Montador de refractários (Assentador de Refract.) Cimenteiro Vibradorista Construção Civil 2 X X Enformador de Prefabricados Alvenaria Montador Alvenarias Prefabricadas Montador de Pré Esforçados Betão Encarregado Trabalhadores de Construção Civil e 4 X X X X Obras Públicas Carpinteiro de Limpos 2 X X Carpinteiro de Toscos Vidraceiro Colocador Canalizador 2 X X Montador de Tubagens Pintor Construção Civil 2 X X Limpa chaminés Electromecânico de Elevadores e Aparelhos Similares Electromecânico de Refrigeração e Climatização 2 X X (Electromec. de Frio) Electricista Montador de Instalações de Alta Tensão Electricista Montador de Instalações de Baixa 2 X X Tensão Electricista de Redes Distribuição de Energia Eléctrica Instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 X X X X Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos 4 X X X X Instalador de Sistemas de Bioenergia 4 X X X X Pág. 76

78 6.1.4 Dados quantitativos relativos à oferta formativa CURSOS DE APRENDIZAGEM NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes cursos são realizados em centros de formação profissional da rede do IEFP, I. P., noutras entidades tuteladas pelo ministério responsável pela área da formação profissional e em entidades formadoras públicas e privadas devidamente certificadas no âmbito do sistema de certificação de entidades formadoras. No que respeita a esta modalidade, que visa qualificar jovens para a entrada no mercado de trabalho, em regime de alternância, e quanto às áreas de educação e formação referenciadas, a frequência é maioritária nos cursos relativos a qualificações da área de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à funcionalidade dos edifícios 71%, com particular incidência dentro deste grupo dos cursos referentes a qualificações relativas a instalações elétricas, climatização e instalação de sistemas solares térmicos. No âmbito desta oferta formativa a área de educação e formação de construção civil e engenharia civil é a que apresenta menor nº de alunos em frequência. Pág. 77

79 Quadro 6.9. Nº de alunos inscritos em Cursos de Aprendizagem em 31 de Dezembro de 2011 Cursos formação realizada em 2011 Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte Total Geral CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA TÉCNICO DE TOPOGRAFIA ELECTRICIDADE E ENERGIA TÉCNICO DE ELETROTECNIA TÉCNICO DE GÁS TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO NUT II TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS TÉCNICODE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO Total Geral Pág. 78

80 Formação para as Renováveis e Eficiência Energética A Figura 6.2 permite uma visualização mais objetiva da maior incidência de alunos nos cursos que visam as qualificações de instalador de sistemas solares térmicos, refrigeração e climatização e instalaçõess elétricas, da área de educação e formação da eletricidade e energia. ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDOO TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS 378 TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS 186 CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS TÉCNICO DE GÁS TÉCNICO DE ELETROTECNIA TÉCNICO DE TOPOGRAFIAA TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Figura 6.2 Distribuição de alunos por área de educação e formação e por cursos de aprendizagem A distribuição desta oferta formativaa é assimétrica em termos regionais salientando se neste contexto a região Norte uma vez que apresentaa ofertas não existentess em nenhuma outra região técnico de eletrotecnia e técnico de gás e oferece cursos em todas as áreas e qualificações referenciadas. Pág. 79

81 Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%100% CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA TÉCNICO DE TOPOGRAFIA TÉCNICO DE ELETROTECNIA TÉCNICO DE GÁS ELECTRICIDADE E ENERGIA TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃOO E COMANDO Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte Figura 6.3. Distribuição de cursoss de aprendizagem por NUT II CURSOS PROFISSIONAIS NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes cursos são desenvolvidos em escolas profissionais e em escolas secundáriass da rede pública e privada. No que respeita a esta modalidade, que visa qualificar jovens para a entrada no mercado de trabalho, associando a formação teórica à formação técnica, com formação em contexto de trabalho, em entidades dos setores de atividade, e quanto às áreas de educação e formação referenciadas, a frequência é maioritária nos cursos relativos a qualificações da área de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à Pág. 80

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