Reunião Pública PMH Subprefeitura São Miguel Paulista/Itaim Prefeitura de SP- Habitação

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1 Reunião Pública PMH Subprefeitura São Miguel Paulista/Itaim Prefeitura de SP- Habitação Data: 10/05/2011 Hora: Taquigrafia: Lemonche ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 1

2 Lista de presença: João Santos Subprefeito de Itaim Paulista; Engº Evandro Supervisor da Secretaria de Habitação/Itaim; Elisabete França Secretária Adjunta Habitação; Felipe Fonseca da Penha Diretor da AB Regional Leste; Violêta Saldanha Kubrusly representante do Conselho Municipal da Habitação; Toninho Oliveira representante do Deputado Estadual Samuel Moreira. 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 2

3 Gostaria de iniciar os trabalhos. Por favor, pessoal, tem lugar ali. Boa tarde, boa noite a todos os presentes aqui. Hoje é dia 10 de maio de 2011, né? Nós estamos dando início à Audiência Pública do Plano Municipal da Habitação, aqui na subprefeitura de Itaim Paulista e subprefeitura de São Miguel Paulista. Tá? Então, eu gostaria de chamar, para compor a mesa, o subprefeito de Itaim Paulista, João Santos, por favor. (palmas) Eu ainda não sei se o subprefeito de São Miguel, Luiz Guita já está aqui. Não? Mas agradecer também todo o empenho do subprefeito de são Miguel, Luiz Guita para que esse evento acontecesse. Agradecer o Engenheiro Evandro, supervisor da Habitação do Itaim, está aqui presente o Washington e a Maira. Estão ali. Obrigado pela presença. (palmas) Queria convidar para compor a mesa também a representante do Conselho Municipal da Habitação, CNH, Violêta Kubrusly, por favor. (palmas). Quero dizer a todos que a Elisabete França, nossa secretária adjunta, está a caminho. Ela vai chegar aqui para participar dessa nossa audiência, tá? E dizer que a nossa audiência, na verdade, ela tem três etapas, né? A primeira etapa, vamos estar falando, apresentando um vídeo, tá certo? Áudio explicativo, extremamente bem feito, bem organizado, e as pessoas vão ter total entendimento do que é um Plano Municipal da Habitação. Depois, a arquiteta Marina, da região Leste, estará apresentando, fazendo, como posso dizer, objetivando mais as áreas, tanto do Itaim Paulista, como de São Miguel, falando o que está sendo pensado para esses quatro quadriênios, até 2024, para essas duas regiões. Lembrar que essa é a primeira audiência pública do Plano Municipal da Habitação hoje, aqui. Vamos ter mais dezoito. No total são dezenove. Amanhã, nós vamos ter amanhã, da Penha, e no Jabaquara. Então, nós gostaríamos de iniciar os trabalhos, né? Eu gostaria que o subprefeito desse uma palavra, e agradecer toda a subprefeitura de Itaim Paulista, essa co-irmã, essa parceira da Secretaria Municipal da Habitação, como sempre. Aqui, nós da Secretaria nos sentimos em casa e tenho certeza que todos os munícipes presentes, tanto do Itaim como de São 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 3

4 Miguel se sentem em casa, né? Meu nome é Felipe Fonseca da Penha, eu sou diretor da AB Regional Leste. Por favor, amigos, podem se sentar aqui, neste lugar que está vago. Esqueci de agradecer a presença do Toninho Oliveira, representante do Deputado Estadual Samuel Moreira. Obrigado. João Santos Boa noite a todos. Com muito orgulho recebemos a todos, com muito prazer. Agradecemos a Deus. Pedimos nossas bênçãos a mais esse trabalho, que seja iluminado com a presença de todos vocês que sempre trazem luz a nossos trabalhos. Eu, quando fiquei sabendo que seria aqui, eu até havia pedido outro espaço maior... Acanhado. Hoje tem um cadeirante. Infelizmente só o elevador, cotamos e sai quase 80 mil reais. Esse dinheiro é público, vem de vocês. Então, ao invés de fazer isso, fica mais barato levar o auditório lá para baixo. É um espaço para cem pessoas. Desculpem o lugar acanhado, mas eu fiquei muito preocupado quando recebi essa determinação superior para fazer aqui esse trabalho, mas fui ficando mais aliviado porque a CEAB, através do Felipe, foi dizendo: já providenciei som, filmagem, tudo. Veio o pessoal para fazer a recepção. Eu falei, caramba! São competentes mesmo. Quando vieram trouxeram toda a infra-estrutura. Agora, sinceramente, estou aliviado. Quando recebo uma missão importante quero cumprir à risca. A gente sai feliz, mesmo que não seja pelo menos sai satisfeito. Aqui é sim, sim, não, não. Se posso, posso, se não posso fazer o que. Recursos para... Agradeço a todos. Aproveito a oportunidade para perguntar se tem aqui mais algum representante de algum parlamentar. Ah, tá bom. Ai, nós precisamos de parlamentares. Vamos dizer assim, a subprefeitura hoje toca contratos está honrado até o fim do ano e não tem mais tostão nenhum para fazer isso e aquilo outro. Temos que nos valer dos parlamentares, dos programas de governo. Eu como sempre o síndico nada mais que um síndico. E estou aqui para, senão resolver o problema, jogar para cima, para as administrações superiores e buscar recurso, resultado. E dizer por incompetência não consegui fazer isso, mas vamos jogar para cima. Hoje, vamos falar do plano municipal de habitação que também não conheço. Vou ter prazer de 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 4

5 conhecer. Sei que é plano de Governo, coisa séria. Temos pessoas aqui seríssimas que têm nos apoiado muito, principalmente nesse momento difícil... Mas através do Felipe e toda sua assessoria de educação conseguimos dar destino para essas pessoas e depois agora para... Mais uma vez agradecemos a Deus por estarmos aqui, nesta noite maravilhosa eu está chegando e que este trabalho seja coroado de muito êxito e que todos saiam daqui com uma resposta positiva. Muito obrigado a todos, obrigado, Felipe, por tudo sua competência, presteza. Estaremos sempre de portas abertas. Você é uma pessoa... Obrigado. (palmas) Violêta - Quero agradecer a presença do representante do Deputado Estadual Gerson Bittencourt, representante dos vereadores Antônio Silva, o Marquinho, do Vereador Ricardo Teixeira, o Roberto, do Vereador Adolfo Quintas, tá? A presença, agradecer também a presença, do supervisor de Habitação de São Miguel Carlos Coelho. Agradecer a presença do meu amigo, e agora queria pedir que a Violêta Kubrusi, que representa o conselho Municipal de Habitação falasse algumas palavras para nós. Boa tarde a todos. É com muito prazer que a gente inicia no Estado de São Paulo as nossas dezenove audiências públicas para a discussão do Plano Municipal de Habitação, que vem sendo entregue ao Prefeito Gilberto Kassab em setembro de A gente já fez várias discussões, debates, entre entidades, universidades e todos fizeram um convite para isso e havia então o compromisso do conselho municipal de Habitação, através do núcleo de trabalho, de acompanhamento, de execução do plano. E é bom que se diga que esse plano foi elaborado em total consonância, acordo e colaboração com o conselho municipal de Habitação, que é formado por três segmentos da sociedade moradia, conselheiro, que esta aqui também representando o conselho. Então, com muita alegria que a gente vê realmente se realizarem essas discussões, audiências públicas, nas regiões do Estado de São Paulo. Vão ser dias que vamos estar em simultaneidade varias regiões entre 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 5

6 hoje que e me agrada muito que a gente comece na Zona Leste. A gente sempre tem a conferencia das cidades, um apoio muito grande aqui, na região. E, de hoje até o dia 26 de maio estaremos realizando as audiências públicas locais de forma que todas as sugestões, para aprimorar o plano, sejam polidas. A gente vai tratar depois de fazer a consolidação e, finalmente, enviaremos esse plano inédito com a qualidade que ele tem. Faço aqui uma menção à coordenadora técnica, Teresa, que fez a coordenação técnica do plano e a gente traz a saudação para a Secretaria Elisabete França. O Felipe disse que ela vai passa aqui depois e do Secretario Ricardo pereira leite, que são ambos o presidente, respectivamente, o Presidente do Conselho e secretaria executiva. Faço a coordenação da secretaria executiva desde 2005 com ajuda de todos meus colegas e principalmente com os movimentos populares que cada vez estão mais presentes e atuantes no conselho municipal. Então, desejo que a gente tenha uma audiência bastante produtiva, a gente preparou ai os colegas da melhor forma possível, mas sempre é possível melhorar. Os registros serão todos oficialmente publicados no diário da cidade. Toda essa nossa atividade está amparada legalmente, né? A gente está fazendo essas audiências de forma que a gente possa ter todas as sugestões colhidas e depois encaminhado o plano, está sendo filmado, gravado. Então, depois, vamos ter com esses registros e aprimoramentos o texto final que será encaminhado à Câmara Municipal para a sua tramitação legal e a gente, então, finalmente, em são Paulo, o primeiro plano municipal de Habitação, que é um plano que não é um plano para hoje só, ou só no papel. Ele amealha, ele junta todas essas ações que estão sendo feitas na cidade de são Paulo. Ela traz instrumentos novos de planejamento que são importantes para que a gente não torne nosso trabalho no executivo, nas secretarias, e principalmente esse plano tem uma característica integradora. Ele não é um plano que não é só do setor habitacional, porque está é uma visão que está superada. A gente trabalha com uma visão integrada onde todas essas questões tem que ser... E é isso que esse plano traz. Então, eu desejo, em nome do conselho municipal de Habitação, bons trabalhos e estou muito 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 6

7 contente de ver esta sala cheia. A gente agradece a presença de todo mundo e do subprefeito também. Muito agradecida a vocês. Obrigada. (palmas) (vídeo) Marina - A gente agradece a presença do Tito, representante do Vereador Cláudio Prato, tá? E nós vamos iniciar agora nossa audiência com o filme. João, se você quiser se sentar aqui na frente... Depois retornamos aqui, para a mesa. Bem, a arquiteta Marina, agora, vai fazer a apresentação, focando mais na Zona Leste, tanto do Itaim Paulista, como de São Miguel. E ai, depois, nós iremos dar início às considerações, e quem quiser falar, e quem quiser perguntar, eu vou dizer qual a regra do jogo, que a regra do jogo é cada um tem o direito de fazer uma pergunta em dois minutos ou, se quiser expor por escrito também. Como foi entregue nossa cartilha que tem por escrito, e daí os nossos técnicos vão recolher e depois vamos reencaminhar as respostas, mas também é dado o direito a qualquer munícipe que esteja aqui hoje também expor as suas ideias. Tá? Vamos ter toda uma regra para caminhar da melhor forma possível aqui, a audiência. Tá bom? Por favor, Marina. Tá ótimo. Boa noite a todos. A gente vai dar sequência aqui ao Plano Municipal de Habitação. Esses primeiros são longos, são 40 primeiros slides e eles tratam basicamente do que falam no vídeo. Eu vou passar rapidamente até para que a gente entenda um pouco o fio da meada. É importante falar dos marcos institucionais que a gente tem, a Constituição Federal, o Estatuto da Cidade, o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e as metas do milênio. Os instrumentos de planejamento. Pode continuar. O ABISP, que nada mais é do que a união de dados de toda a cidade de São Paulo. O que aconteceu? Os técnicos foram para campo, isso mais ou menos em 2004, todos foram pra campo e levantaram todas as informações sobre assentamentos precários, sobre assentamentos, seja favela, seja cortiço, enfim, loteamentos irregulares e eles foram todos sistematizados nesse banco de 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 7

8 dados. Pode passar. Acho que muita gente tem acesso ao ABISP aqui, hoje. E ai, assim, no ABISP, você vê esse mapa. Quando você procura lá, você vai encontrar esse mapa. Esse mapa tem o que acabei de falar: todos os assentamentos precários da cidade de São Paulo. Como funciona o sistema de priorização? Porque é assim: a partir do levantamento de todos esses dados, a gente teve que fazer, bom, temos os dados, o que vamos fazer com eles, como a gente vai priorizar a organização desses assentamentos na cidade de São Paulo. E ai vieram os critérios. Os critérios de priorização, todos os técnicos levantaram essas questões: abastecimento de água, esgotamento sanitário, ligações de esgoto, elétrica, iluminação pública, drenagem, pavimentação, tudo isso foi incorporado dentro desse sistema pra que um critério fosse justo para todas as cidades. E ai incorporou também as áreas de risco, de risco baixo, médio e alto. Vulnerabilidade social, que foi outro critério, saúde pública, critérios de priorização por bacias hidrográficas, as bacias que estavam mais e menos poluídas, e aqui a gente chega nas intervenções integradas. Bom, nós, da Habitação, até então a gente trabalhava de forma separada, resolvia pontualmente favelas e loteamentos. E a partir dessa priorização, de toda essa sistematização, a gente passou a trabalhar a cidade de uma forma integrada, tentando se unir com o RESOLO, na parte dos loteamentos, unindo também a Habitação, a HAB, com as favelas e criando uma rede, e ai entra a união com a Sabesp, com o programa de córrego limpo, entra os pares lineares, com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, e as parcerias com a CEAB, com o CDHU, a Caixa e a implantação de novas escolas. Por quê? A gente entende que a favela não se resolve, uma favela é um assentamento precário e ele não se resolve pontualmente. A pessoa não precisa só morar. Ela precisa, como diria os Titãs, a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte. Então, assim, precisamos, a Habitação não supria, exatamente, as necessidades da população. Foi um entendimento. Então, esses atores, todos esses agentes atuam no território e eles ajudam a gente a gerir esse território e a ver todas as necessidades que esse território precisa, entendendo ele como um todo. 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 8

9 Portanto, ai veio essa priorização de falar assim: bom, não trataremos mais da favela, do loteamento pontual; trataremos uma unidade que se chama bacia, sub-bacia hidrográfica. Por quê? Porque a própria conformação dela te limita, tem a questão de esgoto, a questão de drenagem, enfim, os morros, tudo isso, a hidrografia. São todas questões que são levadas em conta para que seja adotada a bacia hidrográfica. Bom, ai a gente entra nos recursos financeiros. Nós temos oitocentos mil domicílios e, em andamento, de 2005 a 2010, foi 174 mil moradias no Programa de Urbanização, 20 mil unidades construídas e em construção, 280 cortiços em obras, cartas de crédito. Isso totalizando 6 milhões. O Programa de Aluguel Social, que hoje tem um subsídio de 5 milhões, 160 mil famílias, a parceria social, 13 mil famílias, 200 milhões e em andamento, então, doze mil famílias em aluguel social. Quatro mil famílias no Programa de Parceria Social. A produção de novas moradias, bom, nosso déficit é de 227 mil. Os assentamentos precários são 133 mil, a co-habitação 94 mil, o que daria isso que seria nosso déficit em Isso, em função da economia, a gente tem dois cenários que a gente trabalha, com uma melhora do cenário de desenvolvimento econômico do país, o que seria o de baixo. Então, se o cenário melhora para o país, a gente precisa produzir menos habitação, até três salários mínimos, menos habitação de três a seis, tudo reduz. Então, a gente conta com esse crescimento do Brasil em termos econômicos. Em andamento 2010, 53 prédios em desapropriação na região central, unidades habitacionais. Projeto Nova Luz, unidades, Projeto da Água Espraiada, Faria Lima e Água Branca, 12 mil unidades e o convênio com a Cohab, 15 mil unidades. Cohab, Minha Casa, Minha Vida. Bom, área necessária para produção de novas unidades. Só totalizando então o número de novos domicílios, 856. E ai nós precisaríamos de 40 km quadrados para produzir todas essas habitações que seriam necessárias. Aqui a gente tem um mapa de Zeis, nós estamos falando da Zona Leste, então estamos neste canto da cidade. O estoque de Zeis é 17 km quadrados. Significa que para 40 temos o problema de terreno. Em andamento, temos 0,5 km quadrados, que é o decreto de 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 9

10 interesse social. Bom, ai, qual é a decisão, no que iremos investir. É mais ou menos o que diz este quadro. Investiremos em mananciais 2,5, investiremos, porque é assim, o nosso total são 90%, é 100%, 90,99, e ai para todos esses programas faz-se uma somatória que dá 61.69%. Marina - Aqui a gente precisaria de 90,99, na verdade nós trabalhamos com 61.69, porque nessa nossa distribuição, quando você chega na previsão habitacional para 3 a 6 salários mínimos, precisaríamos de e, de seis a dez, precisaríamos de Só que na verdade, nosso 61.69, nós não estamos atingindo as metas de 3 a 6 e de 6 a 10, porque a nossa demanda é aquela efetiva de 0 a 6 salários mínimos. E ai esses dois outros segmentos de 3 a 6 e 6 a 10 são as parcerias com privado, Minha Casa Minha Vida, de 6 a 10. É essa a distribuição desse orçamento. Queria informar que a nossa Secretária Adjunta, Elisabete França, chegou aqui na nossa audiência. (palmas.) Vamos prosseguir. Hoje, nosso investimento atual é 1,5 milhão por ano, 4% do orçamento municipal. Para que a gente atingisse todas as nossas metas, seria necessário um investimento de 3,8 milhões ao ano. Então, essa primeira parte a gente deu an passant em tudo, como foi a construção do plano municipal. Agora, aqui, a gente vai chegar especificamente na região, na Zona Leste, exatamente São Miguel e Itaim Paulista. Como a gente disse, nós trabalhamos com a unidade de planejamento da sub-bacia hidrográfica. Aqui, a Zona Leste, no canto, as nossas piores subbacias estão em marrom escuro, que é Jacu? (0:14) e Aricanduva. Isso vai do mais escuro para o mais claro. Isso é a distribuição dos quadriênios que a gente vai conseguir ver mais para frente. Pode passar. Então, pegando aqui a subprefeitura de São Miguel Itaim Paulista. Essas áreas em amarelo são favelas e todas essas em abóbora são loteamentos. Então, vocês vêm que essa região é a pior região na questão de saneamento básico, na questão de esgotamento sanitário, que leva essa bacia ser as duas piores da Zona Leste. Ela pega boa parte do Itaim Paulista e uma parte de São Miguel. Acho que é 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 10

11 isso. É só para vocês se situarem. Aqui está o pantanal, aqui a Várzea do Tietê, aqui em cima. Bom, para isso também, como a gente tinha falado, a gente conta com as nossas parcerias. Então, aqui, esse mapa tem toda a programação da Sabesp, do coletor tronco, na Zona Leste. Aqui, essa região, onde é verde mais claro é a região da operação urbana com verde Jacu? (0:16). Aqui no canto, onde pega Hermelino, Penha, mais ou menos, isso daqui é onde houve o córrego limpo da Sabesp, onde a gente entrou em cada favela, colocou água, esgoto, saneou essa bacia. Então, essa região aqui já está passando por isso desde 2007 mais ou menos. A operação urbana está começando agora, até como todo mundo já sabe, até com o Estádio do Corinthians, né? Essas áreas em azul, são os coletores que já são existentes. Então, toda essa região demarcada em azul são coletores tronco. O que são coletores tronco? É aquele que capta, na verdade ele recolhe todo esgoto de uma determinada região e manda para tratamento. Então, essas regiões em azul, muito já está... Vocês podem perceber. Toda essa região em azul estão com coletores tronco que levam para o tratamento. E essas regiões em vermelho é onde não existe o coletor tronco. Ele tem que ser implantado. E essas em amarelo que são as futuras obras de implantação desse coletor. Então, tanto o vermelho como o amarelo ainda estão acontecendo. Esse vermelho está acontecendo e os amarelinhos pro futuro. Cada bracinho desses é provavelmente um córrego, o Rio Aricanduva, que tem sua nascente em toda borda da Zona Leste, ele está aqui, a nascente do Rio Aricanduva. E assim, para explicar todo esse mapa, tudo o que a gente vem falando e para explicar as nossas decisões também, porque todas essas questões foram levadas em conta para decidir por qual região a gente iria começar. Aqui também tem os parques lineares. Vocês podem perceber também que muitos parques lineares estão sendo propostos para que, não só haja a recuperação, o esgotamento sanitário desses rios, como a recuperação da margem, da vegetação desse pedaço, para que as pessoas possam realmente usufruir desses rios, para que façam parte da vida das pessoas. Bom, chegamos ai numa escala ainda maior para a priorização das nossas ações. 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 11

12 Acho que tem outro mapa que está melhor, mas só para vocês entenderem. Então, agora, o que a gente agregou aqui neste mapa, agregamos um elemento que são essas cores, que a gente chama de quadriênios, a gente chama de perímetros, perímetros cada cor dessas. São perímetros de ação integrada. Eles são distribuídos segundo os quadriênios. A gente faz um planejamento a cada quatro anos. É onde a gente fala: os verdinhos serão os primeiros e dai por diante. Os verdes primeiro, azulzinhos depois, enfim. E aqui a gente tem esse elemento que é o vermelho. Esses vermelhos são loteamentos e favelas que a gente já trabalhou. Então, aqui muitas coisas concentradas nessa bacia, que é do Aricanduva, São Francisco, Conquista, vários loteamentos aqui em baixo onde a gente já fez urbanização. Agora estou lembrando, Parque das Flores. Ai em cima alguma coisa da Várzea do Tietê. Alguns loteamentos que já foram legalizados. Aqui no meio, no Itaim, Nazaré, na verdade. Vários que a gente já andou fazendo urbanização. Então, a gente tem meio que salpicado as nossas ações pontuais. Acho que a gente pode passar os números. Entrando aqui, na Região de São Miguel e Itaim, São Miguel aqui, Itaim, este pedaço, a gente vê o seguinte: de 2009 a 2012 serão as primeiras áreas de ação. Por quê? Todo mundo já sabe. Não estava no nosso plano começar pela Várzea do Tietê. Porém, a emergência que aconteceu no ano passado, ou retrasado, em dezembro de Bom, a gente já estava construindo o plano. Esse plano, como falei, estava sendo construindo desde dezembro de 2004 com os levantamentos iniciais do ABISP. Então, assim, a emergência fez a gente considerar que esse perímetro, onde fica a Várzea do Tietê, seria um perímetro importante para a gente trabalhar, já que estão acontecendo ações aqui por conta do DIC, por conta do que vem acontecendo, toda essa enchente que aconteceu. Nossa intenção, num primeiro momento, era começar pelas cabeceiras, da borda do Aricanduva, todo aquele lado que ainda se preserva grande parte da mata. Então, nossa intenção era despoluindo e até controlando um adensamento na cidade pro lado de lá, que era Aricanduva, São Mateus, né? Cidade Tiradentes, enfim, tentar preservar algum restante de 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 12

13 manancial que a gente tem ainda. Porém, alguma prioridade tinha que entrar. Então, aqui está um perímetro. Temos um perímetro que a gente chama de área vermelha, que pega várias áreas, entre loteamentos e favelas. Aqui três pontos. A ordem mesmo é: verde seria a nossa primeira ação. É o perímetro que a gente vai indicar para projeto e que, provavelmente, vão ter obras, principalmente por isso, por essa borda, a gente já está trabalhando com ela, e para deixar isso solucionado. Estamos lá com essa ação do DAEE aproveitar todo esse momento para fazer uma requalificação em toda essa borda que foi, de certa forma, desocupada pelas pressas. E ai, verde, 2009, Azul, aqui e aqui, sendo que aqui, na borda, na Várzea, já teve ação. 2013, 2016, rosa. 2017, E ainda tem aqui um roxinho que pega uma parte, 2009 e Na verdade, porque a gente tem aqui algumas áreas pontuais que são risco, a gente sabe que o prefeito está dando prioridade para esses riscos. É nossa prioridade atender esses riscos, porém, provavelmente, principalmente no caso da Zona Leste, como vocês vêm aqui, a maior parte das nossas favelas em risco está ao longo desses grandes cortes. Então, não tem espaço, todo mundo sabe, para construir, para remover todo mundo e construir. Então, tudo aqui vai ter que ser pensado, como vamos trabalhar esses riscos, que banco de terreno é este, que parceria a gente vai poder promover para que os riscos sejam sanados em conjunto com o plano que prevê uma coisa maior. (munícipe fala) O Jardim Helena está aqui em cima. Vocês deram sorte. Serão os primeiros. (munícipe fala) Sim. Marina - Só vamos continuar a apresentação. Depois, cada um que queira dar a sua contribuição, terá dois minutos para fala e tudo. Vamos terminar aqui. Obrigado. Porque, como eu falei, em 2009 teve essa emergência. E a emergência fez a gente atuar nessa área. Então, essa área vai ter atuação, urbanização, regularização fundiária para os remanescentes que forem adequados. Todo mundo vai sofrer um projeto de urbanização. Então, é assim: hoje, favelinha, sei lá, vamos pegar uma área grande como Safira, por exemplo, ela 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 13

14 vai ser urbanizada. O que restar, vai ser urbanizado. Eldorado? O que restar, vai ser urbanizado. Aqui vai ser executado um projeto em conjunto. Não vai ser uma área ou outra área pontual. Vai ser feito um projeto para tudo porque toda a borda, essa várzea do Tietê, na verdade não era para ser, a gente sabe, de ver o vídeo, ele é muito ilustrativo, todo mundo fica pensando o que será do futuro dos nossos filhos e todo mundo sabe muito bem que a gente vem aterrando essa várzea há muitos anos, não é de hoje. Essa ocupação é muito antiga, do início da cidade mesmo. Então, isso vai passar por uma requalificação, drenagem e tudo que for necessário para que seja uma área. Acho que a gente podia ir para a tabela para ver um pouquinho de número. As áreas então que a gente vai entrar com ação estão agrupadas em São Miguel Itaim. Aqui estão os quadriênios conforme a nossa atuação. Depois vocês vão poder perguntar um pouco mais sobre isso. A gente fez os cálculos numéricos de quantas famílias seriam atendidas, de qual seria a requalificação, se seria urbanização, se seria regularização fundiária, e depois vocês vão poder perguntar um pouco mais sobre isso. Depois, também, no futuro, é só procurar a CEAB também. Acho que esses números não dizem muito. Passa o próximo. O importante é assim, essas são todas as nossas subprefeituras e a gente vem fazendo essas distribuições nos quadriênios e, assim, é difícil escolher quando você tem uma cidade problemática. Então, falar: você vai ser o primeiro, você vai ser o segundo, é difícil tentar distribuir isso. Mas é o que a gente propõe. Isso que a gente está falando é uma construção conjunta. A gente não veio aqui, hoje, só para apresentar. A gente veio para discutir, para ouvir, para receber de vocês o feed back. Para saber o que vocês acham e tentar incluir na medida do possível, por quê? Por que todos esses critérios que a gente vem falando, que explicou o vídeo, que expliquei com os slides, são todos critérios técnicos: é risco, é vulnerabilidade social, é, enfim. Todos são critérios técnicos. Porém a gente sabe que estamos tratando com vocês e vocês são as pessoas que têm como dar esse retorno também. Acho que a gente já pode abrir, então, para os debates, a menos que vocês queiram falar alguma coisa. 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 14

15 EUCLIDES MENDES - Pessoal, agora temos os nossos técnicos, onde estão com as pranchetas. Lá tem o Beto. Quem mais vai estar com a prancheta? A Fabi e a Daniele. Tá? Vocês vão se inscrevendo. As pessoas que gostariam de falar, por favor. Elas vão até vocês, vão anotando e, depois, vamos abrindo para quem quiser fazer alguma colocação, alguma contribuição. Tá certo? Pessoal, vou pedir para compor a mesa, novamente aqui, a Elisabete França, faz favor, a Secretária Adjunta da Habitação, o Sub-Prefeito João, por favor, aproveitando também agradecer a presença do Geraldo Malta, representando o Secretário de Habitação do Estado. Quero informar a todos que ao término do nome das pessoas que desejarem fazer suas colocações, vamos seguir a ordem dessas pessoas que estão inscritas. Quando terminar essa inscrição, terminou e ai cada pessoa vai ter dois minutos. Vou marcar dois minutos, porque, senão, a gente não consegue passar para todos que queiram falar. E lembrar também que cada um recebeu na cartilha aquele papel, onde pode deixar escrita uma contribuição, que iremos também, no final da audiência, nossos técnicos irão pegar esses pais para encaminhar e para respondermos. Eu já tenho até dois que já fizeram aqui. Tá? Por favor, já podiam entregar a primeira folha dos inscritos? Gente, a primeira listagem da primeira leva, por favor. Continua a inscrição. Vamos dar início aqui. O primeiro é o senhor Euclides Mendes, do Gabinete do Vereador Zelão. Por favor. Primeiramente boa noite a todos. Queria parabenizar o senhor prefeito por esta ação de hoje. Só senti falta da presença do sub-prefeito de São Miguel Paulista. Achei que a ausência do Guita pode prejudicar essa atividade de hoje. Eu estava prestando atenção nesse Plano de Metas, nesse programa, porque quando é feito qualquer programa, a questão técnica de vulnerabilidade social, isso está tendo efeito, o que eu senti certa carência foi na questão dos parceiros. Quando é tirado o Programa de Metas a gente discute quem são os parceiros desse projeto. E ai a minha pergunta: um dos parceiros é 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 15

16 evidentemente a Sabesp. Se a gente pegar os boletins da subprefeitura do Itaim Paulista, e me atentei ai esta semana, várias vezes e em vários momentos a Sabesp se colocava como parceira, principalmente no programa de córrego limpo no Itaim Paulista. E nós não verificamos isso, essa ação, essa parceria. Isso estou falando, participei de atividades aqui, na época, faz 4, 5 anos e o programa do córrego limpo do Itaim Paulista, que era um dos primeiros na avaliação, não se concretizou. E agora esse Programa de Metas coloca outro parceiro, que é o DAE. E ai é outra preocupação que eu tenho. A Sabesp deixou a desejar e eu não vejo o DAE como parceiro que podemos caminhar juntos. Para se ter uma ideia, constantemente pedimos um projeto do parque linear. Recebemos a resposta esta semana que estão operando o projeto. Então, há ai uma discrepância. Parece que o Estado pensa, faz e a Prefeitura fica naquela, esperando jogo e isso não é parceria. Não dá para fazer Programa de Metas com parceiros dessa ação. É por isso a minha preocupação. A Sabesp, estamos com problemas com a Sabesp, recentemente na região na Vila Itaim. Euclides Mendes - Anderson Nigri - dois e trinta e quatro. Eu vou colocar aqui porque dois minutos não dá realmente. Tudo bem, termino por aqui. (palmas) Vamos pegar mais uns dois, três e depois vamos responder as perguntas. Senhor Anderson Nigri. Por favor, fale de onde o senhor é, se está representando. Boa noite a todo mundo, primeiro, ao sub-prefeito, boa noite. Eu tenho uma preocupação que é assim: a gente sabe que a gente tem muitos córregos aqui no Itaim Paulista, no Jardim Helena. Hoje existe algum projeto referente à habitação que não seja aqueles que a gente já conhece, de trezentos reais, ou aquele que era antigamente de quatro ou cinco mil reais dado 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 16

17 para as famílias? Esta é uma das perguntas: qual o projeto de habitação existente hoje para aquelas famílias existentes hoje que terão que ser removidas de algum local que vai passar esse projeto. Outra, é uma dificuldade que a gente encontra, como movimento, quando a gente pede um certo tipo de projeto, que tem que ser habitação e tem que estar SIURB, DAEE, nós não conseguimos sentar com o Governo nesse sentido. Ou vem RESOLO, que é habitação, ai a gente conversa. Dai vem o SIURB e noutro mês mandam outro representante do SIURB, que não é aquele mesmo, que também não sabe falar, vim representar e dai a gente tem que falar toda a mesma conversa. Quem vai ser o nosso interlocutor aqui, na região, para a gente não perder o foco. Toda a vez que a gente precisar ou tiver uma dúvida, quem vai ser o nosso interlocutor direto, que saiba o que está acontecendo. Muito obrigado e boa reunião para todos. Sou aqui do Itaim Paulista. Atuo em um movimento e faço parte da Associação de Mulheres do Jardim Camargo Velho. E estou também no Grupo sobre a Regularização Fundiária da Comunidade de Itajuib, que vocês estão acompanhando. Elídio - Obrigado. O próximo, senhor Elídio. Boa noite. Meu nome é Elídio. Sou conselheiro de saúde aqui, da subprefeitura, sou representante da comunidade de bairro e vi os projetos que tem habitacional. Gostaria de saber se dentro desses projetos se há um projeto dentro das margens de rio para que seja evitado, com a fiscalização, para que seja evitado mais construção, para que não venha a ocasionar o que aconteceu com o IPT e isso parou muitas obras para ser gastado o dinheiro público, sendo que se tivesse tido uma fiscalização há mais tempo, porque isso não é culpa da Administração. Isso há muito tempo que todo mundo construiu na várzea do rio, tomaram o local da água e o brasileiro que paga imposto tudo certo é que vai pagar por pessoas que faz isso porque não há uma fiscalização que possa proibir essas construções. Queria saber se existe um projeto de fiscalização que possa proibir as construção. 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 17

18 E o quarto, Renato Silveira. Renato Silveira - Sou do Parque Paulistano. Pertenço à Associação dos Trabalhadores do Itaim Paulista, do Parque Paulistano e faço parte do Movimento Popular aqui, da baixada. Bem, tem muita coisa para a gente colocar, mas pelo tempo que a gente tem eu gostaria de ser mais objetivo. Está colocado ai no plano que vai começar de 2009, que na verdade já começou, de 2009 até E na meta para a nossa região da baixada, principalmente do Jardim Helena, temos ai, na prioridade um, em torno de domicílios que serão colocados. Em 2009, quando houve a enchente, e começo de 2010, com toda a movimentação que foi feita, foram prometidas algumas áreas para as famílias que foram desalojadas, tanto do Jardim Romano, como da Vila Itaim, quanto do Novo Horizonte, Chácara Três Meninas, enfim, toda a baixada na várzea do Tietê. Essas famílias até hoje, tem aquelas que estavam no aluguel social, e no vale-aluguel, e até hoje essas famílias não foram encaminhadas. O que estou vendo é que de 2009 a 2012, gostaria de saber concretamente o que, efetivamente, vai ser entregue para que essas famílias, que estão nessa situação, principalmente o pessoal que foi atingido, que foi desalojado nesse período. Acho que esta é a principal pergunta que eu estaria fazendo. Tem outras coisas que são importantes, mas ai eu precisaria de mais tempo. (palmas) Elisabete França - Agora nós vamos responder a essas quatro primeiras perguntas aqui. Por favor, Elisabete França. Boa noite a todos. Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o apoio total e fundamental do sub-prefeito. A subprefeitura sempre é fundamental para que as coisas deem certo, desde sempre. E esta audiência pública faz parte do conjunto de audiências grandes para discussão do plano. A ideia é um pouco a gente trazer para vocês primeiro os números da cidade de São Paulo. Então, a primeira pergunta, acho que é muito importante, a pergunta do Euclídio, sobre a questão das parcerias. Você comenta que nós 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 18

19 tínhamos uma parceria com a Sabesp e não teríamos mais. Não. O plano deixa bem claro que a cidade de São Paulo sozinha não consegue entender toda a carência que ela tem na questão da habitação. Então, toda e qualquer parceria, seja do Governo Federal, do Governo Estadual será, e necessariamente deve existir, pois não resolveremos a situação do Estado de São Paulo só com o orçamento da Prefeitura. Na questão da Sabesp, a parceria continua muito forte. O programa começou sua terceira fase. São 43 córregos novos. A Prefeitura assinou, no ano passado, o contrato de gestão da Sabesp, pela primeira vez finalmente a Prefeitura, depois de anos, décadas de não ter um contrato com quem produz água, a Sabesp fazia isso sem contrato. Agora temos um contrato com a Sabesp e criamos um fundo municipal de saneamento, que é um fundo que a Secretaria de Habitação já vencia, e que a Sabesp se obriga a todo ano a depositar 7,5% do que ela arrecada com a água que ela cobra no município de São Paulo, água, esgoto, quando houver o esgoto, para investimento nas áreas de baixa renda, de assentamentos precários. Parte do que estamos propondo aqui no Plano de Habitação, de urbanização, já será feito com o fundo municipal de saneamento. Neste ano já temos ai garantidos 400 milhões de reais do orçamento advindos desse fundo, que é um dinheiro novo, muito bom para a Prefeitura. E no caso da DAEE, particularmente é uma parceria importante, nova, e que surgiu com o advento da várzea. O DAEE gerencia a várzea, que é um rio estadual, o rio Tietê, e essa parceria então é obrigatória. Mas a parceria da Sabesp é importante. A cada dia a gente deve ter mais parcerias com a Sabesp. Temos uma parceria, por exemplo, com a Sabesp em Heliópolis que resultou na construção de unidades. O Anderson fala da questão das unidades, que é mais ou menos a pergunta do Renato. Nós temos cerca de famílias em aluguel, resultantes do que a Marina comentou, da várzea, daquele momento emergencial. Mil famílias já firmaram compromisso de contrato para unidades habitacionais em construção. Lembra que naquele período emergencial de enchentes a gente sempre falou que o entendimento do aluguel é emergencial. A água subiu e não temos a casa pronta pra família morar. Vai para o aluguel até ter a unidade habitacional. O 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 19

20 compromisso tem sido comprido. As famílias têm recebido aluguel. E fizemos a licitação das unidades habitacionais. A Cohab fez uma parceria com o Governo Federal, Minha Casa, Minha Vida, para unidades habitacionais, que já estão licitadas, já estão em construção. Adiantou alguns programas que a Minha Casa, Minha Vida aceitou, que nem era da Minha Casa, Minha Vida, mas aceitou. Assinamos contrato com mil dessas três mil famílias, que já sabem onde vão morar, em Teotônio Vilela, Itaquera. Então, são unidades que estão em construção. As famílias que hoje estão no aluguel da várzea já têm suas unidades em construção. Só que a construção de unidades não é um dos processos mais rápidos. Muitos de vocês conhecem a construção civil, alguns até trabalham, o Brasil hoje sofre de um problema que é bom por um lado, é a falta de mão-de-obra especializada, mas por outro não é bom. Os engenheiros brasileiros, os paulistanos, ao invés de trabalhar aqui, na construção civil, preferem trabalhar na Petrobrás, na Vale e não sei mais onde e a gente troca de engenheiro todo dia, na obra. É uma coisa impressionante. Então, as obras, hoje em dia e vocês acompanham na televisão todos os dias o setor de engenharia está tendo problemas que não é um problema ruim, é um problema que a gente tem que consertar. A gente tem que formar mais engenheiro, mais técnico, né? É um problema bom. Se todo o problema do Brasil fosse este, seria bom. A gente tem que ter mais escolas técnicas e tal. Mas a construção está demorando mais para ser feita. Isso todo mundo, que tem um mínimo de noção, sabe que falta material, mas essas da Várzea estão garantidas, com certeza absoluta. E o senhor Emídio falou que todos nós temos condução, que se fiscalize para não acontecer. A Prefeitura tem feito esforço com o Governo do Estado. Tenho certeza que o prefeito não tem dormido bem, porque ligam toda hora, tem construção nova e tal. Tem operação das águas, temos tentado e o prefeito diminui para um número considerável. Acho que desde que a gente fez operação de desmonte de algumas construções dali, tenho certeza de que não se construiu tanto assim. Pode ter uma ou outra ter sido construída, porque é difícil controlar uma cidade como esta, mas hoje as subprefeituras têm uma operação pesada com a Polícia Militar e tem sido bastante atuante nessas áreas. 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 20

21 Hélio Dias Bezerra - Hélio Dias Bezerra - Guedes - Vamos chamar os próximos. É Hélio Dias Bezerra. Sou daqui, do Itaim Paulista, do Parque Santa Rita. Atualmente atuo como conselheiro gestor e também da supervisão técnica de saúde daqui, Coordenadoria de Saúde. Bem, minha sugestão é esta, gente, houve um plano de metas do Governo 2009 e 2012 e a gente percebe que aqui estavam falando dos córregos, temos sete no Itaim Paulista, e eu vi, conheci a realidade do Itaim Paulista, e percebemos que a situação nossa é bem difícil, como moro no Parque Santa Rita e quero pegar um gancho do Senhor Emídio, que participo com ele na saúde, senhor Luiz. E tudo é difícil, mas cai água em frente às casas das favelas, dentro dos córregos, então é um problema da saúde e é preciso que o poder público veja, tem muita gente morando no fundão, e é preciso que isso seja revisto, o plano de metas do governo em maio de 2011 e Foi falado em audiência pública, inclusive estava presente, e tem documento protocolado sobre esses sete córregos, sobre quatro ou cinco prioridades que foram entregues das mãos do Dr. Diógenes para as mãos do Dr. João dos Santos. Já fiz alguns encaminhamentos, mas não temos respostas. Então, é complexo, é preciso, acho que está caminhando a passo lento, a passo de tartaruga e é preciso que nossas famílias, crianças, adolescentes sejam preservadas na nossa saúde. É preciso rever a questão dos córregos. Dois minutos e vinte. Posso passar para o próximo? Pode. Obrigado. Guedes, por favor. Boa noite a todos e a todas. Sou da Associação de Moradores da Vila da Paz e do Movimento de Moradia? (0:56). O nosso amigo falou, mas realmente é chato que o sub-prefeito de São Miguel Paulista não está aqui também, não desfazendo do sub-prefeito presente. Então, a questão que o pessoal falou de vários pontos.? 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 21

22 (0:57) e está sendo canalizado. E tem uma casa que quase caiu e... a Prefeitura falou, mete a máquina, e a casa caiu. E as moradias que tem lá também, os barracos que tem lá, na escola? (00h57min), e gostaria de saber se tem projeto de habitação para aquela área. E a questão da várzea, da moradia, se vocês têm, foi falado aqui, sempre está falando da questão da habitação do pessoal que foi removido. Até agora não estou sabendo de nada. Tem alguns que foram, outros, não. Então, gostaria de saber sobre as moradias do pessoal que foi removido. Eles estão lá esperando urbanização, moradia digna, urbanização digna para quando for fazer um projeto para onde foi atingido. Enfim, que seja regularizado. É nossa proposta, lá dos moradores da várzea, é isso ai. Muito obrigado. Muito obrigado, Guedes. Próximo, José Pereira de Lima. José Pereira de Lima - Boa noite a todos, senhores e senhoras, parabenizar a presença de todos, e parabenizar também em nome do Felipe e da Bete França toda a equipe que tem ao longo do seu trabalho feito uma grande coisa na várzea do Tietê. Quero dizer para vocês que a gente está preocupado agora, no momento, é não sabemos como vai ficar o desassoreamento do rio porque o andamento da várzea do Tietê e desapropriamento a gente já está praticamente sabendo do que está acontecendo no Parque Aliviara, sabemos que isso ai é lentamente mesmo, sabemos que as famílias que saíram lá, que estão no auxílio aluguel, continuam pagando seu aluguel, que foi acordado lá atrás com a Habitação, tem sido mantido, mas nossa preocupação é com o desassoreamento do rio porque eu acho que a obra não pode andar igual ao desassoreamento do rio. A gente precisa que a obra ande, mas o desassoreamento do rio seja mais rápido, seja mais veloz, porque os anos estão se aproximando rápido, a gente está se aproximando novamente do fim do ano ai, e ai vêm as enchentes e só um não vai dar para toda essa água. Então, nós pedimos assim, como Presidente da União Popular do Jardim Pantanal e adjacências, peço a todos os amigos aqui, à Edit, Felipe, à Bete França, que se empenhem mais porque isso ai pra a gente dar velocidade ao desassoreamento do rio, porque o demais 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 22

23 a gente já sabemos que está andando, já sabemos que o parque está acontecendo, já sabemos que as moradias estão licitadas, muitas em andamento. Então, a gente tem certa compreensão, certo entendimento desse projeto. Mas prioridade mesmo, volto a repetir, e parabenizar mais uma vez a vocês, ao subprefeito aqui, que abre este espaço para a comunidade, em São Miguel Paulista, e dizer vamos acelerar muito mais a velocidade do desassoreamento do rio, porque o rio estando desassoreado, ai nós sabemos que a obra, mesmo vindo lentamente, porque esse é um trajeto complicado, mas que vai melhorar muito mais para nós. Muito obrigado. (palmas) José Anito - José Anito. Boa noite a todos. Meus cumprimentos à mesa, a todos os presentes e dizer também, para cumprimentar essa infraestrutura que está nesse momento aqui, nosso subprefeito, e dizer que sou da Associação Cultural Reg e funcionário aqui de carreira da subprefeitura de Itaim, e parabenizar por essa infraestrutura bacana que está aqui hoje que tanto se preocupou nosso subprefeito. E lamentar também que nossa subprefeitura não tenha uma infraestrutura tão bacana quanto. Mas isso posto, isso é bacana, eu gostaria de falar rápido minha colocação no sentido de Habitação, nosso Plano Municipal de Habitação, só referente ao núcleo atual aqui, que me chamou muito a atenção, que atualmente o município de São Paulo, ele arca com 61% do total de investimento da habitação. E esses 61% correspondem a 4% do total do orçamento da nossa São Paulo. E se tratando de São Paulo, se tratando desta grande cidade, que é São Paulo, a cidade mais rica do mundo, se esses 4% é muito pouco se tratando de habitação. Obrigado a todos pelas atenção. (palmas) Elisabete França - Acho que a colocação do José Anito é muito importante, sobre o orçamento. Sobre a infraestrutura, nós temos um acordo com o Ministério Público sobre as audiências que estamos realizando. Se 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 23

24 o som falhar, o Ministério Público vai nos prender. Então, tudo aqui tem que ser... Se você for à Seade também tem problemas. Mas o importante, acho, é o carinho com que nosso presidente está nos recebendo, com uma equipe que sempre vence as barreiras. Mas, vejam vocês, sempre gosto de falar isso e o Gido está aqui e ele sabe que eu tenho um lado quando eu era estudante eu era do Partido Comunista. Tenho um lado vermelho. De vez em quando esse lado desponta, aflora. O orçamento da Prefeitura, este ano, é cerca de trinta e poucos milhões. Trinta e um por cento desse orçamento vai direto para a Habitação, sem passar por lugar nenhum. O Prefeito Gilberto Kassab aplica um pouco mais, mas mesmo assim, para a creche e tal. Trinta por cento. Então, sobram 70%. 20,5% vão para a Saúde. A obrigação do município é 14%, mas o prefeito põe direto 20% e mesmo assim a gente sabe que tem problemas de saúde porque são 11 milhões de habitantes e sempre vai ter problemas. Então, 50% do orçamento do município vão para a Saúde e Habitação porque são prioridades de qualquer governante. Ai sobram 50%, destes 50%, quinze por cento, hoje, é para pagar a dívida do município. Vocês devem estar acompanhando. Foi feita a Lei de Responsabilidade Fiscal, alguns governantes gastaram mais do que deviam e, infelizmente, deixaram a dívida para alguns pagarem e, hoje, tem a lei de Responsabilidade Fiscal e os prefeitos estão chorando para a Presidente, mas a Presidente já falou que não há a menor possiblidade de mudar a legislação, no que ela está correta, porque se a gente não respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Brasil vira uma bagunça novamente. Então, sobram ai 35%. Ai tem a folha de pagamento, que são 12%, se não me falha a memória, e tem o pagamento de algumas dívidas que vêm de governos anteriores, e que são de desapropriações, de precatórias. Isso deve chegar a 3%. São precatórios que vem lá de Jânio Quadros. Enfim, o que sobra de 100% do município para investimento é 11% por cento. Então, 4% para a Habitação é uma coisa fantástica, porque, em 2005, quando a gente começou a briga pela Habitação não era nem um por cento. Então, é muito dinheiro. Mas não é muito para o tamanho da problemática. Tanto que o que a gente faz? A gente vai todo o dia visitar o Rogério da Caixa Econômica Federal, todo o dia a gente convida o Presidente da Caixa 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 24

25 Econômica, o Jorge Ereda, que é nosso companheiro, já foi da Cohab, olha tem muito problema em São Paulo, precisa mais dinheiro para Minha Casa, Minha Vida. Convidamos todos os dias o Secretário da Habitação do Estado, Dr. Silvio Torres, olha, Dr. Silvio, São Paulo está precisando... é isso. O Presidente do CDHU, Marcos, e assim por diante. Dinheiro é uma briga e os subprefeitos sabem disso eles são mais de 31. Todos chorando para o Ronaldo. E secretário também, a gente chega e chora. É uma briga. Então, até que a Habitação não está tão mal no jogo, mas é pouco. Tem que brigar para conseguir mais e tem que brigar para conseguir que seja aprovada na Câmara Federal, e isso é importante, e vocês que têm seus candidatos e até alguns trabalham para deputados federais e senadores, existe um projeto de lei na Câmara Federal que é para que dois por cento do orçamento da União, do orçamento Federal, sejam dirigidos para a Habitação, como é hoje 14% para a saúde e 30% para a educação. Isso não acontece. Nem 1% do orçamento da União vem para a Habitação, no Brasil. E vocês sabem que a gente paga e ai vem o meu lado de estudante, vermelho hoje, por ano, 800 bilhões de reais, por ano, aos bancos privados de juros da dívida pública. Então, a gente gasta aqui, por ano, 1 bilhão e meio de reais é pouco mas a gente paga 800 bilhões de reais de juros da dívida pública. Então, isso precisa ser mudado. Existe projeto de lei do Deputado Paulo Teixeira que precisa ser aprovado o mais breve possível, de preferência este ano. Ai, o orçamento federal irá contribuir bem mais para compor o orçamento do município. Isso é um passo, que está escrito aqui, na nossa cartilha, decisivo. Não é, não precisa fazer nenhuma grande revolução socialista, é apenas a aprovação de um projeto simples. É um projeto que está em tramitação na Câmara. Todo o setor da construção civil apoia esse projeto e bastaria a vontade lá, da liderança, de levar para votação e a gente já teria uma ampliação desse nosso orçamento que seria bastante positivo. Acho que a questão da várzea já está razoavelmente explicada. As famílias têm um compromisso. Elas recebem um compromisso. Cadê o Guedes? Guedes, as famílias recebem o compromisso de atendimento. Mil famílias já têm um contrato assinado. A gente sabe onde vão morar. Só estão esperando a casa ficar pronta. Quem está em aluguel está com o 1ª. AP 10/05/11 São Miguel Paulista Página 25