CAPÍTULO I BASES E PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA GESTÃO DAS PESCAS EM ÁGUAS CONTINENTAIS PORTUGUESAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPÍTULO I BASES E PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA GESTÃO DAS PESCAS EM ÁGUAS CONTINENTAIS PORTUGUESAS"

Transcrição

1 CAPÍTULO I BASES E PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA GESTÃO DAS PESCAS EM ÁGUAS CONTINENTAIS PORTUGUESAS 1. GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS E GESTÃO PISCÍCOLA Os recursos hídricos e sua gestão conheceram, no nosso país e na última década, um aumento crescente de estatuto e importância. Esta expansão está, sem dúvida, associada a razões circunstanciais, tais como o surgimento do Plano Hidrológico Espanhol, a ocorrência de períodos hidrológicos extremos de seca ou cheias e o desenvolvimento sócio-tecnológico e económico do país, após a entrada na União Europeia. Esta expansão está também associada à transposição para o Direito nacional de várias Directivas relacionadas com o controle de substâncias poluentes, qualidade das águas e qualidade piscícola (Neves, 1995) e outras à preservação de habitats e espécies (Farinha e Trindade, 1994). No plano nacional, assistiu-se também ao desenvolvimento de legislação neste domínio, com a classificação e ordenamento de albufeiras de uso público (Decreto-Lei 502/71 de 18/11), o regulamento de segurança de barragens (Decreto-Lei 11/90 de 6/1), a revisão da classificação das obras de fomento hidroagrícola (Decreto-Lei 69/92 de 27/4) e a definição do processo de planeamento de recursos hídricos (Decreto-Lei 45/94 de 22/2). A crescente importância e motivação para a gestão de recursos hídricos dos anos noventa, foram também acompanhadas de novas estruturas administrativas a nível do Ministério do Ambiente (Instituto da Água e Direcções Regionais de Ambientee Ordenamento do Território), de processos de planeamento de recursos hídricos (Plano Nacional da Água e Planos de Bacia Hidrográfica) e da implementação do regime de licenceamento e do regime económico e financeiro da utilização do domínio público hídrico (Decretos-Lei 46 e 47/94 de 22/2). O Plano Nacional de Política do Ambiente tinha igualmente dado também grande relevo à gestão de recursos hídricos (MARN, 1995, pp ). Por recursos hídricos entende-se a quantidade existente de água disponível, nas suas diferentes formas, e a qualidade que lhe está associada, e por gestão integrada referimo-nos à Maria Teresa Ferreira, Departamento de Engenharia Florestal do Instituto Superior de Agronomia & Jorge Bochechas, Chefe de Divisão das Pescas da Direcção Geral das Florestas 1

2 compatibilização presente e futura dos seus usos, realizada de tal forma que garanta igualmente objectivos, neste caso não utilitários e não consumptivos, de conservação e preservação de habitats e espécies. Na realidade, e como pano de fundo, o aumento do interesse na gestão da água, e dos elementos biológicos a ela associados, prende-se com a crescente escassez da sua quantidade e qualidade, face ao aumento e diversificação do seu uso devido ao crescimento demofórico, ou seja, o crescimento conjunto da população humana e do desenvolvimento tecnológico e níveis de exploração dos recursos naturais (Wetzel, 1983). Entre as componentes do uso não consumptivo da água e dos ecossistemas aquáticos, encontra-se a produção de riqueza biológica sob a forma de bens e serviços, incluindo a actividade piscatória profissional, as diferentes formas e tipos de pesca desportiva e as diversas actividades de lazer associadas às massas de águas interiores ou continentais. Por gestão do meio aquático dulçaquícola, ou gestão aquícola, entende-se o conjunto de actividades e acções, tomadas isolada ou conjuntamente, com vista à administração, regulamentação e fiscalização do uso aquícola, e especialmente piscícola, bem como à avaliação, condução, intervenção, fomento e exploração sustentada de recursos aquáticos e dos sistemas naturais em que estão inseridos, realizadas num quadro de sustentabilidade ecológica e conservação das espécies e ecossistemas. A gestão aquícola encontra-se na fronteira entre a gestão de recursos florestais e a gestão de recursos hídricos, embora pela sua importância sócio-económica, tenha adquirido estatuto próprio em muitos países e admnistrações públicas. O objectivo último da gestão aquícola é a gestão das pescas continentais. A gestão das pescas continentais é frequentemente sub-valorizada em termos da sua importância económica e social (Ferreira, 1996), e apontada como uma actividade depredatória e depauperadora dos recursos naturais, quando na realidade uma boa e interveniente gestão aquícola é um instrumento fundamental para a manutenção da sanidade e integridade biológica dos sistemas aquáticos. 2. AS PESCAS CONTINENTAIS NO SECTOR AGRÁRIO A gestão das pescas continentais é, sem dúvida, uma área técnico-científica de âmbito agrário. Primeiro, porque a condução, extracção, uso e usufruto de recursos animais 2

3 (desejavelmente de forma sustentada em termos ecológicos) é efectivamente, e por definição, uma actividade agrária. Segundo, porque os ecossistemas aquáticos continentais dependem funcionalmente das suas bacias de drenagem, apresentando com estas uma interactividade e dependência permanentes, e portanto os ecossistemas terrestres devem ser geridos em conjunto com os aquáticos. Terceiro, porque é no sector agrário, que precisamente se encontram, em simultâneo, a formação técnico-científica, os meios materiais e as estruturas administrativas necessárias para a exploração sustentada de recursos biológicos aquáticos. A gestão aquícola e das actividades de pesca profissional e desportiva em águas doces, apresenta um quadro legal bem estabelecido, com base na Lei nº 2097 de 6 de Junho de 1959, regulamentada pelo Decreto nº de 10 de Outubro de 1962, actualizado pelo Decreto nº 312/70 de 6 de Julho. De salientar que esta legislação há muito incorpora os conceitos de gestão sustentável e de manutenção da biodiversidade, consubstanciados em normas regulamentares da captura das espécies, do ordenamento e gestão dos recursos aquícolas, da existência de rede de áreas de abrigo e desova e da manutenção do contínuo fluvial, através da instalação de passagens para peixes nas obras hidráulicas (Ferreira, 1996). De facto, e apesar das suas limitações, esta legislação constitui ainda hoje, passados quase 40 anos sobre a sua publicação, um importante instrumento para a protecção e conservação das comunidades piscícolas de águas interiores. De acordo com a legislação actual (Decreto Regulamentar nº11/97 de 30 de Abril), cabe à Direcção Geral das Florestas definir as normas orientadoras do ordenamento e gestão dos recursos aquícolas, promover, coordenar e apoiar a execução das suas acções, bem como coordenar e assegurar a aplicação das disposições legais da pesca nas águas interiores. Também a nível regional o sector agrário exerce competências de gestão piscícola, através das Direcções Regionais de Agricultura, as quais têm como atribuição promover a adopção das medidas mais adequadas ao ordenamento, gestão e exploração dos recursos aquícolas. A atribuição das competências e tutela da gestão aquícola aos Engenheiros Florestais (ex- Silvicultores) e ao sector agrário, apresenta raízes históricas associadas à herança de gestão da caça e fauna selvagem dos bosques e montados do Rei, realizada pelos Monteiros-mores do Reino desde D.Afonso III, mas também radica na escola científica franco-alemã do século XIX, que esteve na origem da formação dos primeiros Engenheiros Silvicultores, como Bernardino Barros Gomes e José Bonifácio de Andrade e Silva, e cuja base conceptual presidiu à criação e desenvolvimento dos Serviços Florestais e Aquícolas enquanto estrutura administrativa, em 3

4 meados do mesmo século (Cardoso, 1956). Esta concepção portuguesa da gestão integrada da floresta, da bacia hidrográfica e dos sistemas naturais associados, tem os seus equivalentes em todos os países mediterrâneos, por exemplo, na Ingenieria de Montes em Espanha e no Génie des Eaux et Forêts em França. 3. PRINCíPIOS ORIENTADORES DA GESTÃO AQUíCOLA Devido ao empobrecimento e fragilização das comunidades aquáticas, face a agressões constantes ao recurso água e à humanização dos ecossistemas aquáticos, uma parte substancial do esforço que vem sendo desenvolvido por organismos como o Instituto da Água, o Instituto da Conservação da Natureza e a Direcção Geral das Florestas, é do tipo protector e conservativo, isto é, centra-se na manutenção de comunidades fragilizadas. São casos típicos a implementação de passagens para peixes, a obrigatoriedade de regimes de caudais ecológicos, a criação de zonas de protecção a espécies ou partes do seu ciclo de vida, ou a simples proibição de usufruto do meio aquático. Não descurando este tipo de acções, em muitos casos fundamentais, a gestão do meio aquático, para além de ter em conta estes aspectos conservativos, inclui muitos outros relacionados com o uso não consumptivo e explorabilidade dos recursos aquáticos, tais como a fiscalização das actividades piscatórias e a condução e fomento de pesqueiros. As duas vertentes (conservação e usufruto) não são antagónicas, antes se completam, desde que gestão do meio aquático se realize num quadro técnico-científico de sustentabilidade ecológica. Os princípios orientadores da gestão aquícola (e piscícola) são os seguintes: Princípio 1. O meio aquático possui recursos biológicos geradores de bens e serviços, de elevada importância, e que importa gerir e fomentar. Princípio 2. Por gestão aquícola entende-se o conjunto de acções tomadas isolada ou conjuntamente para a avaliação, condução, intervenção, fomento e exploração sustentada dos recursos biológicos aquáticos. Princípio 3. A gestão do meio aquático, e dos bens e serviços por ele gerados, deve ser realizada de uma forma concertada e em função dos seus produtores e utilizadores, tendo como base fundamental a sustentabilidade ecológica e a conservação dos sistemas aquáticos. 4

5 Princípio 4. Na gestão aquícola, deve ser reconhecida a existência de diferentes graus de qualidade e integridade ecológica das comunidades, conducentes a diferentes tipos, níveis e amplitudes de intervenção e explorabilidade. Princípio 5. Na gestão aquícola deve ser reconhecida a especificidade de cada massa de água, incluindo os seus diferentes graus e tipos de artificialização, no enquadramento específico dos ecossistemas mediterrâneos. Princípio 6. As acções de gestão aquícola incluem diferentes níveis hierárquicos de intervenção institucional e exigem, nos níveis superiores, a cooperação entre instituições, por forma a serem consequentes. Princípio 7. As acções de gestão aquícola devem ser elaboradas no quadro de um delineamento estratégico sectorial, projectado no tempo e no espaço em Planos de Ordenamento Aquícola, cuja implementação é acompanhada por orgãos consultivos reunindo gestores, utilizadores e especialistas de recursos aquáticos. O conceito do meio aquático natural poder produzir riqueza biológica sob a forma de bens e serviços é hoje em dia frequentemente contestado ou esquecido, sendo nalguns círculos urbanos concebido o acto de pesca como uma agressão às comunidades piscícolas, independentemente do seu tipo e degradação. E contudo, um dos objectivos (entre outros) de uma boa gestão piscícola é a conservação dos ecossistemas naturais (Princípios 1 e 2). Na gestão de recursos piscícolas, importa reconhecer três conceitos fundamentais: o da integridade ecológica e sua antítese, a degradação; e o da naturalidade ecológica, e sua antítese, a artificialização; e o da especificidade ecológica dos sistemas mediterrâneos (Princípios 3, 4 e 5). As comunidades biológicas a gerir apresentam diferentes graus de integridade ecológica e qualidade biológica, devido à evolução histórica do local em que se situam e aos diferentes tipos e magnitudes possíveis de alterações. Por exemplo, e citando casos extremos, pequenos rios de zonas interiores do país provavelmente apresentarão comunidades naturais íntegras e de grande valor conservacionista, enquanto pequenas ribeiras urbanas dificilmente incluirão elementos biológicos de elevado valor conservacionista, antes necessitando de níveis extremos de recuperação. Segue-se que quaisquer planos de conservação ou gestão aquícola devem incluir formas prévias de avaliação da qualidade biológica, ou seja, da integridade ecológica e nomeadamente piscícola, das comunidades existentes. 5

6 Os ecossistemas aquáticos podem apresentar todos os graus possíveis de alteração e humanização, desde ecossistemas quase completamente intocados, como alguns rios de pequena ordem do interior do país, até aos ecossistemas completamente artificiais que são as albufeiras e canais. A maioria dos ecossistemas aquáticos portugueses (e europeus) encontra-se sujeito a todo o tipo de alterações de origem humana: mudanças dos regimes de caudais e da composição química da água, inclusão de obstáculos intransponíveis, modificações estruturais dos leitos e das margens, cortes de mata ripária e extracção de inertes, descarga de águas residuais, poluição difusa por químicos e nutrientes, etc. Segue-se que quaisquer planos de gestão aquícola devem ter em conta o nível de artificialização passado e presente dos sistemas, e geridos em consequência. Ou seja, num sistema com grande grau de naturalidade, a gestão consiste na minimização dos usos, enquanto num sistema muito intervencionado como uma albufeira pública, a gestão consiste na compatibilização dos usos. Finalmente, é necessário não esquecer o contexto ecológico das actividades de gestão piscícola em Portugal. Frequentemente os conhecimentos técnico-científicos de base que aplicamos na gestão dos nossos sistemas e espécies provêm de experiência de zonas temperadas frias, quando a Península Ibérica possui um grau de especificidade muito próprio. Casos evidentes desta desadequação ecológica são a tentativa de aplicação da zonagem piscícola de Huet (1956) ao nosso país, ou os valores máximos admissíveis de temperatura indicados no Decreto-Lei nº236/98 de 1/8 para águas piscícolas (Anexo X), transpostos de legislação comunitária, ambos de resultados duvidosos. Em termos piscícolas, a Península Ibérica apresenta um número relativamente pequeno de espécies indígenas, pouco resistentes, mas muito resilientes à perturbação, originalmente de carácter natural. Contudo, esta perturbação histórica natural é de carácter sincrónico, ou seja, apresenta dada variabilidade intra e interanual num certo contexto climático, sendo que a desvirtuação desta sincronia leva à ruptura das comunidades estabelecidas (Granado-Lorencio, 1992), por exemplo através da alteração do regime natural de caudais. Não existindo propriamente lagos, mas apenas algumas lagoas, as albufeiras são ecossistemas 'alienígenas', sendo poucas as espécies ibéricas que conseguem aí estabelecer-se (Ferreira e Godinho, 1994; Ferreira, Godinho e Albuquerque, 1998). Ou seja, uma grande parte das acções de gestão tem que apresentar originalidade e adaptação (e bom senso) face a ecossistemas muito particulares. Por outro lado, o estudo da ecologia e funcionamento dos ecossistemas aquáticos dulçaquícolas é 6

7 uma temática particularmente recente em Portugal. E, para gerir e produzir, é necessário saber e conhecer. Nas actividades de gestão aquícola, importa ainda reconhecer a indissociabilidade dos vários componentes do ecossistema e as suas ligações funcionais à bacia de drenagem através de fronteiras longitudinais e transversais. Por exemplo, é inconsequente cortar a vegetação em excesso, sem controlar as entradas de nutrientes que a originam (Ferreira, 1994), aumentar por repovoamento a carga piscícola em rios que naturalmente apresentam baixa produtividade (Cortes, 1994) ou implantar regimes de caudais ecológicos mensais quando os caudais instantâneos diários são desadequados (Ferreira e Oliveira, 1997). De facto, é impossível fazer gestão piscícola, ou de plantas aquáticas, ou de qualquer outro componente dos ecossistemas, sem ter um conhecimento global e razoável destes. Finalmente, um último aspecto que importa reconhecer na gestão aquícola é a necessidade de diferentes níveis de intervenção tutelar, em função do tipo de acções de gestão a levar a cabo, dos sistemas aquáticos em causa e ainda das espécies a gerir (Princípio 6). De facto, a regulamentação e a fiscalização, intervenções em pequenas massas de água ou em rios de pequena ordem ou intervenções de repovoamento de dadas espécies, são rotineiramente assumidas pela Direcção Geral das Florestas e as Direcções Regionais de Agricultura. Quadro 1.1. Propostas de medidas de gestão aquícola de lampreia marinha no rio Tejo a jusante de Belver, e avaliação qualitativa da sua eficácia, custos e dificuldade de implementação. DGF-Direcção Geral das Florestas; INAG- Instituto da Água; EDP- Electricidade de Portugal; DGP- Direcção Geral das Pescas; Universidades- Instituições Universitárias e Institutos de Investigação (extraído de Ferreira e Oliveira, 1997) * considerando cada medida implementada isoladamente MEDIDAS PROPOSTAS Manutenção de um regime adequado de caudais ecológicos Implementação de uma ligação entre instituições tutelares Operacionalidade da eclusa de Belver Nova regulamentação de tamanhos, capturas e períodos de defeso Implementação de uma carta de pescador profissional Transporte de migradores para montante dos obstáculos Criação de áreas de protecção de desovas ENTIDADES ENVOLVIDAS EFICÁCIA ESTIMADA* CUSTO ESTIMADO DIFICULDADE NA IMPLEMENTAÇÃO DGF-INAG-EDP Muito grande A estimar A estimar em conjunto com a outras instituições DGF-INAG-EDP- Grande Pequeno Médio DGF-EDP- Universidades A estimar Médio Médio a grande DGF-DGP Grande Pequeno Médio DGF Pequena Pequeno Médio DGF A estimar Médio a grande Médio DGF Grande Pequeno Pequeno 7

8 Criação de zonas de pesca profissional DGF Média Pequeno Pequeno Em albufeiras públicas e sistemas fluviais de maior dimensão, ou quando se pretende gerir espécies migradoras que frequentam dois meios aquáticos diferentes, qualquer medida de gestão tomada, para ser consequente, necessita da colaboração de outras instituições públicas e/ou privadas, como a Direcção Geral das Pescas, o Instituto da Água e as empresas que gerem as centrais hidroeléctricas (Quadro 1.1). Contudo, é difícil a institucionalização deste tipo de colaborações. A acções de gestão aquícola, e em particular da sua componente piscícola e piscatória, teriam grandes vantagens em serem enquadradas num plano de desenvolvimento sectorial traçado em grandes linhas geográficas e para os próximos anos, e elaborado em concertação com o planeamento de recursos hídricos (Princípio 7). É no quadro presente de depauperamento e fragilização dos ecossistemas, de crescente procura da água para diferentes usos urbanos, agrícolas e industriais, e de transformações profundas nas exigências e tipos de actividades piscatórias e de lazer associadas, que importa repensar a estratégia deste sector ingenial. 4. BASES PARA A GESTÃO DAS PESCAS CONTINENTAIS 4.1. Elementos de Base Por gestão das pescas continentais entende-se o conjunto de actividades praticadas pelas administrações central e regional, ou bem assim praticadas por entidades privadas em dada área e normalmente por concessão, que no seu conjunto regem e gerem a produção natural, extracção e uso dos recursos piscícolas existentes nas águas continentais, bem como as actividades de lazer e produtivas a estes associadas. A gestão das pescas continentais, tal como qualquer outra actividade de gestão, tem de assentar no conhecimento daquilo que gere: os ecossistemas aquáticos, as comunidades piscícolas, os pescadores e o esforço de pesca (Figura 1.1). Em Portugal, a caracterização e estudo do funcionamento dos ecossistemas aquáticos dulçaquícolas (ou limnologia) tem menos de vinte anos, tendendo a utilizar-se na gestão destes sistemas aquáticos, conhecimentos importados de zonas temperadas frias, apesar da 8

9 especificidade e mais valia ecológica do seu carácter Mediterrâneo. Apenas nos anos noventa se assistiu à expansão dos grupos de trabalho e especialistas nesta área, a que não é alheia a importância e perca crescente da qualidade do recurso água, sobretudo por eutrofização e poluição orgânica. Em Portugal, também nunca se praticou uma inventariação sistemática dos recursos piscícolas. Apenas recentemente vêm surgindo estudos sobre a ecologia e distribuição da ictiofauna, visto que até finais dos anos oitenta, a ictiologia portuguesa era dominada por estudos de carácter essencialmente taxonómico, ainda hoje abundantes. Este tipo de estudos utiliza amostragens pontuais dos sistemas fluviais (Almaça, 1967; Collares-Pereira, 1983; Coelho, 1985; Alexandrino, 1997), para análise biométrica e bioquímica dos indivíduos capturados, mas não amostragens geograficamente expressivas e ecologicamente consistentes, que possam dar uma indicação da distribuição das espécies e sua abundância relativa, e muito menos, da sua qualidade biológica e evolução ao longo do tempo. O panorama é ainda mais desolador em albufeiras (Ferreira e Godinho, 1994; Ferreira et al., 1998), nas quais os estudos são escassos, muitas vezes apenas qualitativos, frequentemente sendo amostrada apenas a zona pelágica. ELEMENTOS DE BASE Tipos de massas de água TÉCNICAS DE BASE Medidas de gestão do meio físico e químico Tipos de comunidades piscícolas Tipos de pescador GESTÃO DAS PESCAS Medidas de gestão dos elementos biológicos INSTRUMENTOS DE BASE Esforço de pesca PLANO ESTRATÉGICO Legislação Fiscalização Formação Divulgação Figura 1.1. Articulação das várias componentes da gestão das pescas continentais, incluindo os elementos de base, as técnicas de base e os instrumentos de base e respectiva posição charneira de de um plano estratégico 9

10 O rastreio de populações piscícolas é realizado periodicamente em muitos países, de 5 em 5 a 10 em 10 anos (por exemplo, Fago, 1992). Nos EUA, rastreios piscícolas permanentemente actualizados são fornecidos pelos Forest and Wildlife Services de muitos estados aos pescadores, e a todos os indivíduos e entidades que necessitem destas informações por razões várias, por exemplo, estudos de impacte ambiental. Estes rastreios não dizem respeito apenas à distribuição das espécies, em termos absolutos já bastante conhecida nestes países, mas sobretudo à evolução temporal da sua abundância relativa e quantitativos, e (um conceito mais recente) à sua integridade biológica (Ferreira e Godinho, 1996). Com efeito, as populações piscícolas, tal como o meio aquático em geral, encontram-se permanentemente submetidas a pressões ambientais derivadas do desenvolvimento humano (regularização, artificialização e poluição), podendo ser traduzidos estes efeitos em índices de integridade biológica. Os rastreios piscícolas para efeitos de gestão são tipicamente expeditos, e baseiam-se na variação espacial e temporal de capturas por unidade de esforço, por exemplo: em sistemas fluviais, min de pesca eléctrica em todos os habitats do troço fluvial, uma única vez entre Junho e Setembro, dependendo da região, e redes em rios de maior caudal; e em albufeiras, duas a três amostragens com sets (conjuntos de várias malhas) de redes de emalhar pelágicas (um set na zona profunda e um set na zona superficial) durante 12 horas, seguidas de um número variável de troços de pesca eléctrica (dependendo da dimensão e desenvolvimento da linha de margem da albufeira). De facto, para objectivos de ordenamento piscícola, são inúteis quantificações da abundância absoluta, morosas, custosas e com uma mais-valia ecológica pequena nos instáveis sistemas mediterrâneos do nosso país, mas sobretudo é fundamental o conhecimento espacial e temporal da proporção e abundância relativa das espécies existentes. A actividade de repovoamento em meio lótico constitui, no entanto, excepção, uma vez que para avaliar a sua necessidade e quantificar posteriormente o seu esforço e eficácia, é necessário conhecer os quantitativos piscícolas existentes, e relacioná-los com a capacidade biogénica natural do ecossistema. No que toca à caracterização dos pescadores, igualmente muito se encontra por fazer. Até aos anos sessenta, existia um cenário de actividades piscatórias profissionais bem desenvolvido e sendo a base única da economia familiar, centrado em espécies migradoras como o salmão, o sável e a lampreia, mas também em espécies de água doce como o barbo e a boga, cujo 10

11 escoamento era facilmente realizado em mercados locais. No presente, devido ao quase desaparecimento das espécies migradoras e aos sistemas de conservação de pescado que permitiram a penetração dos mercados do interior do país pelos peixes marinhos, os pescadores profissionais, para subsistirem, apresentam uma actividade piscatória associada a outras, normalmente agricultura e comércio, com grande aumento sazonal de elementos temporários e com fins exclusivamente lucrativos, sem grandes conhecimentos da actividade ou do meio aquático, centrados em espécies alvo, normalmente as migradoras. O número de pescadores entre 1980 e 1998 oscilou entre um mínimo de 1296 e um máximo de 3150, com uma média anual de 2260 licenças vendidas e uma considerável variação entre anos. Em paralelo, os pescadores desportivos aumentaram significativamente, existindo actualmente mais de pescadores desportivos (Figura 1.2). O universo muito regionalista dos anos sessenta, centrado na pesca de pequeno esforço, perto do local de habitação e com meios pouco sofisticados (por exemplo, iscos vivos ou manufacturados pelo próprio pescador), deu lugar a um universo de pescadores de origem urbana ou periurbana, já com grande mobilidade e um razoável investimento na pesca (barco, ecosondas, artefactos, iscos artificiais). Assiste-se igualmente a uma diversificação dos locais de pesca (rios, açudes, albufeiras) e dos objectivos da actividade desportiva (pesca de competição, pesca dirigida a uma só espécie, etc) Figura 1.2. Evolução anual (eixo x) do número de pescadores licenciados (eixo Y) para a prática da pesca em águas interiores (Dados da Direcção Geral das Florestas, DGF) Os pescadores desportivos de origem urbana tem já preocupações ambientalistas, e exigem um nível superior de oferta de serviços na actividade de gestão, por exemplo, o repovoamento de 11

12 pesqueiros depauperados, melhores acessos aos pesqueiros e a zonas de ancoragem de barcos ou a protecção das zonas de desova das suas espécies preferidas. Tal como em outros países europeus, a situação provavelmente evoluirá para formas de associativismo próprio, que colaborarão na gestão activa e consultiva das actividades do sector. Um exemplo de alguma dinâmica associativa no sector é a Associação Portuguesa de Pesca ao Achigã e Conservação da Natureza, criada em Verifica-se assim, um aumento crescente do interesse pelas actividades piscatórias desportivas em águas doces, consubstanciado num crescendo de pedidos de licenças; um decréscimo relativamente acentuado das licenças profissionais, embora difícil de avaliar dado não existirem elementos sobre o número de pescadores envolvidos nas licenças profissionais colectivas; um aumento das licenças desportivas, sendo particularmente evidente um aumento das licenças nacionais e regionais que representam cerca de 65% do total, contra apenas cerca de 35% de licenças concelhias, situação inversa da que ocorria há uns anos atrás, em que as licenças concelhias e dominicais representavam a maioria das licenças vendidas. Esta inversão indicia um significativo aumento da mobilidade dos pescadores. É conhecida a existência de tipos diferentes de pescadores desportivos (CFB, 1986), por exemplo o pescador familiar, que realiza a sua actividade de pesca em complemento com o lazer da família; o pescador de competição, cujo interesse reside na biomassa piscícola obtida em competição; e o pescador direccionado, particularmente devotado a dada espécie, em Portugal tipicamente a truta Samo trutta no norte do país e o achigã Micropterus salmoides no centro e sul. Os interesse destes três tipos de pescadores são diferentes e em consequência são diferentes as formas de gestão piscícola a adoptar, por exemplo, e respectivamente para cada tipo, o acesso fácil ao pesqueiro e a existência de áreas de apoio ao lazer, o aumento da produtividade piscícola da massa de água e a condução da massa de água para a produção de tamanhos grandes da espécie preferida. Em Portugal, contudo, não tinha sido realizada ainda a caracterização sociológica dos tipos existentes de pescadores profissionais e desportivos, incluindo informações sobre as suas motivações, os métodos de pesca utilizados, os montantes envolvidos no material gasto e deslocações, e tão pouco estão caracterizados numa base regular os utilizadores dos pesqueiros e concursos de pesca. A mais valia sócio-económica da pesca em águas doces, nomeadamente os seus benefícios económicos indirectos, tão pouco foi ainda avaliada. 12

13 Após ser realizada a caracterização tipológica das comunidades piscícolas e da actividade piscatória (e de outros usos associados) que sobre elas se excerce, recorre-se frequentemente a inquéritos periódicos aos pescadores desportivos, por abordagem directa ou com o auxílio de Clubes de Pesca e Câmaras Municipais, com vista ao conhecimento da evolução do estado piscícola de uma área ou de um conjunto de pesqueiros (veja-se, por exemplo, o trabalho de inquéritos desenvolvido por Castelnaud et al., 1985, no rio Gironde, França). A metodologia de inquéritos a pescadores, encontra-se bem desenvolvida na literatura da especialidade bem como as formas de aferição da sua validade (Malvestuto, 1983; Demory e Golden, 1983). Contudo, esta metodologia nunca foi desenvolvida em águas portuguesas, pelo que a avaliação da sua eficácia e viabilidade constitui uma actividade de investigação aplicada, que se encontra a montante dos estudos de intervenção no meio aquático no âmbito de acções de gestão aquícola. A avaliação da selectividade dos métodos de pesca é igualmente um tema desenvolvido em muitos trabalhos e no limite, deveria ser realizado para qualquer trabalho de amostragem de populações piscícolas (Cowx, 1994). Os inquéritos podem ser de dois tipos, os indirectos e os directos (Malvestuto, 1983). Os primeiros são realizados através do telefone e correio enquanto os últimos são, como o próprio nome indica, realizados directamente pelo entrevistador durante o acto de pesca (Malvestuto 1983). Ambos os tipos de inquérito permitem estimar, em particular o directo, os descritores usuais da actividade piscícola: - a quantidade de pescado retirado e o esforço de pesca (por exemplo o nº de horas de pesca/pessoa/ha de área inundada) (Malvestuto 1983). A quantidade de pescado pode ser caracterizada mais detalhadamente incluindo, por exemplo, o nº de exemplares capturados, a sua espécie e a sua dimensão. Com base nestes dois factores, pode ser finalmente determinado um índice de capturas por unidade de esforço, por exemplo qual o nº de exemplares de determinada espécie capturados por hora de pesca (Malvestuto 1983). Estes índices de capturas por unidade de esforço são finalmente utilizados como índices de densidade de stock. Sendo selectivos os métodos de captura utilizados pelos pescadores (Johnson 1983) é necessário conhecer a selectividade (para as várias espécies e dimensões) dos métodos de pesca utilizados (por exemplo pesca com isco artificial, pesca com anelídeos e larvas de insecto, pesca com farinácios, etc.), por forma a corrigir a informação obtida junto dos pescadores, nomeadamente durante os concursos de pesca. 13

14 4.2. Técnicas de Base Consideram-se como técnicas utilizadas na gestão piscícola o conjunto de acções de campo que alteram, controlam, afeiçoam, e conduzem os sistemas aquáticos onde se realizam actividades de pesca, por forma a promover as comunidades piscícolas e a actividade piscatória, de uma forma ecologicamente correcta. Estas técnicas podem ser agrupadas da seguinte forma: a) As que se referem às intervenções no meio físico e químico. São exemplos: criação de habitats como margens compostas e terraços marginais, introdução de desovadouros ou de abrigos, compartimentação de dado volume de água, ensombramento, alteração da granulometria média dos sedimentos para criar leitos de desova ou promover o crescimento de vegetação aquática, criação de rápidos, fundões ou empoçamentos laterais, fertilizações ou controle das entradas de nutrientes. b) As que se referem a intervenções sobre as comunidades biológicas. São exemplos: povoamento ou repovoamento de uma ou mais espécies, plantação ou sementeira de vegetação nas zonas marginais da massa de água, controle de espécies (predadores ou presas) por remoção ou biomanipulação. O conhecimento e implementação destas técnicas é ainda incipiente em Portugal, sendo raramente utilizadas de uma forma sistemática e com objectivos definidos. Não foi até ao momento elaborado qualquer manual de técnicas em Portugal, aliás igualmente pouco frequentes na literatura (dois exemplos interessantes são os de Jalon et al., 1993; e Templeton, 1995). Óbviamente, a escolha das técnicas depende do conhecimento da ecologia do sistema aquático e comunidades piscícolas aí existentes, nomeadamente dos factores de desiquilíbrio encontrados para ambos. A selecção das técnicas a utilizar varia em termos temporais, e as acções técnicas devem ser enquadradas num planeamento a curto ou médio prazo, e ajustadas de acordo com a evolução das comunidades e actividade piscatória Instrumentos de Base A gestão piscícola em Portugal tem sido centrada essencialmente em dois instrumentos de base: a legislação e a fiscalização. As actividades de pesca profissional e desportiva em águas doces, apresentam um quadro legal bem estabelecido, radicado na Lei nº 2097 de 6 de Junho de 1959 e complementado por legislação posterior. Este conjunto legislativo, pese embora os 14

15 méritos que já foram realçados antes, deveria ser substituída por uma legislação mais moderna e consentânea com os conhecimentos e realidades actuais, incorporando-os. Por exemplo, a aplicação do princípio e da figura do utilizador/gestor piscícola, poderia vantagens inegáveis, reforçando economicamente a componente conservacionista, permitindo a responsabilização legal do utilizador na reposição das condições ecológicas originais do sistema, abrindo caminho à regulamentação de formas de pagamento do uso e usufruto dos ecossistemas, e promovendo o desenvolvimento de uma actuação interventiva de fomento e de recuperação. Um outro exemplo é constituído pelas ZPCs, que podem apresentar diferentes tipos e intensidades de intervenção no sistema aquático, à semelhança dos coutos de pesca em Espanha. Contudo, na situação mais frequente em Portugal, estas zonas são insuficientemente promovidas enquanto locais de pesca e geridas de uma forma demasiado passiva. As ZPCs poderiam ser reactivadas, e o concessionário apresentaria um plano detalhado e faseado da gestão aquícola a realizar, aprovado e fiscalizado pela Direcção Geral das Florestas, para um período determinado (no caso mais corrente 5 anos). A fiscalização do cumprimento da legislação da pesca nas águas interiores, bem como de toda a legislação do sector florestal, é assegurada pelo Corpo Nacional da Guarda Florestal da Direcção Geral das Florestas, o qual conta com cerca de 700 efectivos que operam em cerca de 160 brigadas móveis distribuídas por todo o país. A fiscalização mútua e denúncia são pouco populares entre os pescadores portugueses, uma forma de controle de prevaricações muito praticada nalguns países, como a Irlanda. O pequeno desenvolvimento que algumas áreas da gestão piscícola apresentam, nomeadamente o interesse pelas ZPCs, está em grande parte, relacionado com a falta de formação especializada nesta área, ou seja, de gestores piscícolas. Face ao desenvolvimento de técnicas e metodologias verificado nos últimos vinte anos, e também da evolução dos conceitos e conhecimentos ecológicos que presidem à gestão piscícola, é urgente promover acções de formação especializada destinados quer a gestores piscícolas privados, quer aos técnicos superiores envolvidos em actividades de gestão piscícola, e bem assim garantir também uma formação sólida nesta área aos Guardas Florestais envolvidos nas acções de fiscalização. A promoção da actividade da pesca em águas continentais portuguesas passa necessáriamente pelo desenvolvimento destas acções de formação. Por exemplo, entre 1988 e 2000, foram promovidos pela Direcção Geral das Florestas, e ministrados pelo Instituto Superior de Agronomia, várias acções de formação para o Corpo de Guardas Florestais na área de gestão piscícola e ainda uma 15

16 acção de formação em gestão das pescas continentais para técnicos superiores do quadro administrativo, em Dezembro de Noutros casos, o pequeno desenvolvimento da actividade de gestão piscícola está relacionado com a fraca expressão associativista que caracteriza a pesca em Portugal e Espanha, ao contrário do que ocorrre em outros países como o Reino Unido e França. Os pescadores têm apresentado uma fraca capacidade de se estruturarem em grupos sociais, pelo que também é diminuta a sua capacidade promotora e reinvindicativa, que constitui o móbil de muitas acções de gestão piscícola nestes países. Uma parte importante desta incipiente expressão associativista pode estar relacionada de novo com a carência de acções de formação, mas estará sobretudo relacionada com a necessidade de divulgação e promoção deste tipo de actividades. À semelhança da actividade da caça, seria importante implementar uma carta de pescador desportivo, para os praticantes da modalidade. A existência de uma carta de pescador implica uma formação individual básica nesta área e pode actuar como um precioso auxiliar do cumprimento das normas legais em vigor, frequentemente não cumpridas por ignorância. Finalmente, é urgente canalizar esforços humanos e financeiros para actividades de experimentação e investigação na área da pesca, que apoiem as acções de gestão piscícola a desenvolver. A título de exemplo de actividades de IED necessárias, citaríamos os modelos económicos de avaliação de benefícios indirectos, a biologia das espécies indígenas para sustentação dos períodos de defeso, metodologias de cultura de espécies para repovoamento, metodologias de aferição de inquéritos, a avaliação da eficácia de técnicas de repovoamento, casualidade ambiental e previsão dos padrões de distribuição de espécies e métodos de avaliação da integridade ecológica de comunidades piscícolas. Alguns deste temas estão a ser desenvolvidos no âmbito de acções IED, promovidas pelo Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, ou pela Fundação para a Ciência e Desenvolvimento, no entanto, encontramo-nos muito aquém das necessidades existentes. 5. GESTÃO DO MEIO AQUÁTICO E GESTÃO DA PESCAS CONTINENTAIS A gestão do meio aquático, ou seja, a actividade conjunta de aproveitamento, fomento e protecção dos ecossistemas aquáticos, é uma área de intervenção com profundas ligações à gestão piscícola, uma vez que a integridade e sanidade destas depende daquela. Trata-se da gestão conjunta e ambientalmente sustentável dos recursos hídricos e dos ecossistemas aquáticos 16

17 a estes associados, e a mitigação ecológica dos impactes negativos das obras hidráulicas fluviais, de acções de engenharia fluvial, ou de perturbações derivadas de actividades humanas. A ecohidráulica, em que se incluem as questões relacionadas com as passagens para peixes e os caudais ecológicos, constitui um dos ramos mais importantes desta área, e é definida como o estudo do conjunto das características hidráulicas e ecológicas dos sistemas aquáticos e da sua interdependência (Pinheiro et al., 1996). Quadro 1.2. Diagnose da situação em Portugal e linhas de actuação futura para a gestão integrada de albufeiras, passagens para peixes e caudais ecológicos (extraído e adaptado de Bochechas et al. 1998) ACTIVIDADES DE GESTÃO DO MEIO AQUÁTICO Gestão integrada de albufeiras Passagens para Peixes SITUAÇÃO ACTUAL O conhecimento das comunidades, ecologia e funcionamento ecológico de albufeiras portuguesas é escasso A gestão da quantidade da água, da qualidade da água e das comunidades biológicas é efectuada por entidades diferentes, públicas ou privadas, sem concertação e muitas vezes, sem contacto ou conhecimento mútuo Não existe de uma forma geral o reconhecimento de que as passagens devem servir os movimentos das populações locais para além dos das espécies migradoras, e também para movimentos de descida A eficácia dos dispositivos de passagem existentes (salvo duas excepções) não foi ainda avaliada, nem em pequenos nem em grandes aproveitamentos Não existe obrigatoriedade legal de o usufrutuário avaliar e corrigir as condições de funcionamento e eficácia das passagens existentes LINHAS DE ACTUAÇÃO FUTURA Rastreio ecológico das albufeiras portuguesas (peixes e plancton) e criação de uma tipologia ecológica funcional Concertação do regime de descargas com a gestão das populações piscícolas Criação de uma quadro legislativo apropriado para as acções de concertação de usos. Activação de estruturas ou legislação já existentes. Profilaxia e controle das fontes poluentes, e implementação de uma gestão anbientalmente corrrecta, por exemplo garantia da possibilidade de descargas a várias alturas da coluna de água Criação de instrumentos legais para consignar os critérios de dispositivos de passagem para peixes a instalar, e a demonstração pelos concessionários da eficácia dos mesmos Estabelecimento de um programa nacional de avaliação da eficácia das passagens existentes e tecnologia para sua eventual reabilitação Promoção de trabalhos de investigação na área das passagens para peixes, nomeadamente biomecânica dos dispositivos e comportamento de espécies mediterrâneas Reforço da fiscalização das condições de funcionamento das passagens já existentes Caudais ecológicos A obrigatoriedade de manutenção de regimes de caudais ecológicos não está prevista na legislação portuguesa embora a necessidade de conservação de recursos aquáticos a jusante conste de muitos articulados legislativos O método corrente utilizado baseia-se na análise do registo de caudais, indicando como valor a seguir 2 a 5% do caudal modular, em todos os meses do ano, e não um conjunto de caudais médios de base mensal Não existe uma metodologia oficial para o cálculo dos caudais ecológicos, obrigatória ou recomendada Definição imediata pela Administração de um método oficial de determinação de regimes de caudais ecológicos para rios portugueses Criação de instrumentos legais de actuação na prevaricação, nomeadamente obrigatoriedade de registo permanente de caudais ecológicos nas obras existentes, para efeitos de fiscalização Obrigatoriedade de inclusão de orgãos hidromecânicos específicos para caudais ecológicos, no projecto de obras hidráulicas de retenção e derivação 17

18 Entre os temas da gestão do meio aquático em Portugal que se consideram mais importantes para a gestão piscícola, incluem-se: as passagens para peixes, os caudais ecológicos, a gestão integrada de albufeiras, as limpezas e esvaziamentos de albufeiras, o controle ou reversão da eutrofização, e a mitigação de actividades como a extracção de inertes e a reabilitação e limpeza de sistemas fluviais. Foi feita uma revisão, em trabalho anterior, do fundamento ecológico dos três primeiros temas mencionados, da sua situação actual em Portugal e recomendações de acções futuras (Bochechas et al., 1998). O Quadro 1.2 sumariza esta revisão. Este tipo de diagnóstico e sumário de necessidades pode ser feito para qualquer dos outros temas. Por exemplo, o licenciamento da extracção de inertes (local, número, área e período de concessão), deveria ter em conta os leitos de desova locais (e sua abundância/raridade regional), as obras deveriam ser conduzidas de acordo com as regras de minimização destes impactes, nomeadamente a criação de bacias de extracção isoladas do rio para evitar as grandes variações de parâmetros químicos da água e as descargas de sólidos finos típicos desta actividade, e que causam grande perturbação às comunidades de jusante. Todo o processo deveria ser fiscalizado constantemente em termos ambientais. Como se desenvolveu noutro texto, embora o valor piscatório da fauna piscícola de albufeiras seja elevado, o seu valor patrimonial é baixo (Ferreira et al., 1998), porque estas são dominadas por espécies exóticas e espécies indígenas muito tolerantes e de distribuição generalizada. Contudo, o esvaziamento acarreta grandes alterações ecológicas no ecossistema, incluindo normalmente mortalidade massiça de peixes, à medida que se verifica a diminuição do nível da água. Entre as acções mais importantes a desenvolver pelo responsável e beneficiário da obra, contar-se-iam: a abertura prévia de uma fase de pesca livre, para extracção do máximo de biomassa e rentabilização do processo; a remoção da biomassa morta para fora da área da albufeira e sua disposição final (farinha de peixe, enterramento, outras opções); recuperação pósenchimento das populações piscícolas, por repovoamento e promoção de habitats. Todas estas acções deveriam constar de um caderno de encargos a submeter previamente à Direcção Geral das Florestas, incluindo o tipo e faseamento das acções previstas de mitigação e recuperação das populações piscícolas. As técnicas e regras de conduta associadas à reabilitação e limpeza de sistemas fluviais de uma forma ecologicamente correcta, são hoje aplicadas em rotina nalguns países, por exemplo U.K. e Dinamarca. Entre as regras mais comuns a adoptar durante o processo de intervenção, 18

19 contam-se: evitar as épocas de nidificação ou de posturas (aliás, a colheita da vegetação na Primavera resulta no seu crescimento acrescido durante o Verão: Ferreira e Moreira, 1990, pelo que a época de colheita do Verão é a mais eficaz); realizar cortes seriados ou em margens alternadas; deixar núcleos intervalados de vegetação representativos dos vários estratos; não aprofundar ou alargar demasiado ou em grandes extensões o leito menor; manter ou promover a sinuosidade do leito e associada a empoçamentos laterais; e outras. O processo de intervenção deveria ser precedido de um caderno de proposta de actuação, com o tipo, faseamento e esboço gráfico das intervenções, sendo estas fiscalizadas durante o seu decurso. A controle ou reversão da eutrofização apresenta objectivos que ultrapassam a gestão piscícola, e que são a manutenção da potabilidade e qualidade da água, e de condições aquáticas sem perigosidade para a saúde pública. Contudo, ambientes muito eutrofizados são também muito nocivos para as comunidades piscícolas, reduzidas a um pequeno número de espécies, de elevada biomassa, com mortalidades massiças frequentes. A prevenção e reversão desta situação inclui medidas profiláticas bem conhecidas mas difíceis de implementar (desvio e tratamento das fontes poluidoras, pontuais ou difusas, nutritivas ou orgânicas) e interventivas de elevados custos (como arejamento do hipolimnion, injecção de água oligotrófica, dragagem de sedimentos, e introdução de espécies filtradoras). 6. PLANIFICAÇÃO DO SECTOR DAS PESCAS CONTINENTAIS A expressão gestão das pescas continentais refere-se à planificação, regulamentação e fomento da actividade piscatória desportiva e profissional em águas interiores, num quadro de equilíbrio ecológico e sustentabilidade das populações piscícolas (Jalon et al, 1993; Crean, 1994). Contudo, existem essencialmente dois níveis de actuação na gestão piscícola: a) o nível local/regional, consistindo no conjunto de medidas e acções a tomar para dada massa de água, em função das suas características ecológicas e dos interesses dos pescadores envolvidos (tal como ilustrado no Quadro 1.3); b) o nível nacional, consistindo no conjunto de medidas e acções que criam o quadro de actuação conceptual e legislativo no seio do qual é desenvolvida a gestão piscícola local/regional. Cada massa de água e bacia hidrográfica apresentam características específicas e uma individualidade ecológica própria, reconhecendo-se presentemente a necessidade da gestão 19

20 dirigida, numa base local ou regional, para além das directrizes gerais e estratégia que possam ser adoptadas para o sector (Templeton, 1995). De facto, o ordenamento aquícola implica uma tomada de decisões técnicas, anual ou pelo menos regular, tais como o número permitido de capturas por pescador, as dimensões regulamentares das capturas, o número de pescadores por dia num pesqueiro, o total de capturas por quilómetro de rio, quais a espécies a repovoar, seu quantitativo e onde, as zonas e épocas de protecção, etc. (Fox, 1975). Estas decisões devem ser realizadas em função da demanda social do recurso, e das potencialidades e limitações que este apresenta em cada sistema ecológico. A título de exemplo, o Quadro 3 indica, para três albufeiras de diferentes características limnológicas e comunidades piscícolas, diferentes propostas de objectivo e medidas de gestão piscícola. Quadro 1.3. Nível local/regional da gestão das pescas continentais e meios aquáticos associados. Tipo trófico, ictiofauna, proposta de objectivo de gestão piscícola e medidas a implementar no âmbito dessa gestão, para três albufeiras portuguesas (detalhes dos estudos efectuados em Albuquerque, 1996) ALBUFEIRAS ESPÉCIES OBJECTIVO MEDIDAS DE GESTÃO A IMPLEMENTAR CABRIL (oligotrófica) AZIBO (mesotrófica) MONTARGIL (eutrófica) EXISTENTES boga, escalo, achigã, carpa, verdemã e truta Boga, achigã, pimpão, lúcio, carpa Barbo, achigã, perca-sol, escalo, carpa, boga PROPOSTO Pesca dirigida ao Achigã Pesca dirigida ao Lúcio Pesca de concurso e pesca dirigida ao achigã Alteração dos tamanhos mínimos permitidos ou estabelecimen uma classe de dimensão interdita, cm Limitar o número de capturas diárias por pescador Fiscalização dirigida ao achigã Fomentar a pesca com isco artificial Adoptar a técnica de pescar e libertar Programa plurianual de acompanhamento da albufeira para estudo da evolução trófica e da evolução das populações piscícolas Manutenção do nível mesotrófico por vigilância e controle das fontes poluidoras Fomentar a pesca desportiva ao lúcio: divulgação e informação, organização de concursos Controle das flutuações do nível da água durante as posturas Criação de acessos e infraestruturas de apoio à pesca Definir como tamanhos capturáveis <30 cm e > 75 cm Fiscalização dirigida ao lúcio Evitar a introdução de outros ictiófagos como o achigã Determinar um número máximo de exemplares capturáveis por pescador por dia Fomentar a pesca com isco artificial Adoptar a técnica de pescar e libertar Programa plurianual de acompanhamento da albufeira para estudo da evolução trófica e da evolução das populações piscícolas Repovoamento correctivo com achigãs, 62 a 123 alevins por ha Diminuição de efectivos de perca-sol, por envenenamento selectivo, pesca eléctrica, pesca com covos ou redes de arrasto Definir 30 cm como dimensão mínima capturável de achigã Controle das flutuações do nível da água durante as posturas Fomentar a pesca com isco artificial Adoptar a técnica de pescar e libertar Proibir a pesca profissional até a população de achigãs recuperar Fiscalização dirigida ao achigã Regressão da albufeira ao nível meso-eutrófico 20

GESTÃO DA CAÇA E DA PESCA

GESTÃO DA CAÇA E DA PESCA GESTÃO DA CAÇA E DA PESCA Teresa Ferreira (Responsável) Ano lectivo 2018/2019 OBJECTIVOS DA UC Saber como é efetuada a gestão da atividade de pesca e de caça: agentes, instrumentos e motivações. Conhecer

Leia mais

PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO

PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO Relatório Final de Protocolo de Investigação Lisboa, Outubro 2010 EQUIPA TÉCNICA

Leia mais

CAPÍTULO 7 PESCA DE COMPETIÇÃO 1. INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 7 PESCA DE COMPETIÇÃO 1. INTRODUÇÃO CAPÍTULO 7 PESCA DE COMPETIÇÃO 1. INTRODUÇÃO A pesca em águas continentais é uma actividade desportiva que neste momento conta com mais de 250 mil participantes. Embora ainda não tenha sido avaliado em

Leia mais

DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO

DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO DESAFIOS DO PLANEAMENTO HIDROLÓGICO Enquadramento Europeu / Convénio de Albufeira José Rocha Afonso Instituto da Água, IP PGRH Nas bacias hidrográficas em que a utilização das águas possa ter efeitos transfronteiriços,

Leia mais

A conetividade longitudinal em rios portugueses Enquadramento legal e institucional. Francisco Nunes Godinho

A conetividade longitudinal em rios portugueses Enquadramento legal e institucional. Francisco Nunes Godinho A conetividade longitudinal em rios portugueses Enquadramento legal e institucional Francisco Nunes Godinho Conetividade (longitudinal, transversal, vertical e temporal) é essencial à manutenção do bom

Leia mais

Workshop Sobre Segurança de Barragens 2014 LEGISLAÇÃO SOBRE BARRAGENS EM MOÇAMBIQUE. Direcção Nacional de Águas

Workshop Sobre Segurança de Barragens 2014 LEGISLAÇÃO SOBRE BARRAGENS EM MOÇAMBIQUE. Direcção Nacional de Águas Workshop Sobre Segurança de Barragens 2014 LEGISLAÇÃO SOBRE BARRAGENS EM MOÇAMBIQUE Direcção Nacional de Águas Maputo, 17 e 18 de Novembro de 2014 Direcção Nacional de Águas Instrumentos para Segurança

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis OBJECTIVOS AMBIENTAIS E ESTRATÉGICOS E PROGRAMA DE MEDIDAS 12 de Setembro de 2011 ÍNDICE DA APRESENTAÇÃO 1. ENQUADRAMENTO OBJECTIVOS

Leia mais

Decreto Presidencial n.º 216/11, de 8 de Agosto

Decreto Presidencial n.º 216/11, de 8 de Agosto Decreto Presidencial n.º 216/11, de 8 de Agosto Página 1 de 10 Considerando que o acesso à terra é fundamental para o processo de reconstrução, construção e desenvolvimento económico e social do País e

Leia mais

Estrutura institucional de gestão dos recursos hídricos portugueses Modelo em estudo

Estrutura institucional de gestão dos recursos hídricos portugueses Modelo em estudo Estrutura institucional de gestão dos recursos hídricos portugueses Modelo em estudo 7 de Setembro de 2011 AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE DIRECÇÃO DIRECTOR-GERAL SUBDIRECTORA-GERAL 1 SUBDIRECTORA-GERAL

Leia mais

1.Introdução. 2.Enquadramento Geral

1.Introdução. 2.Enquadramento Geral 1.Introdução O governo de Angola através do GABHIC Gabinete para a Administração da Bacia Hidrográfica do Rio Cunene está a promover a realização de planos gerais de utilização integrada dos recursos Hídricos

Leia mais

Regulamento Para a Concessão de Pesca Desportiva no Troço do Rio Sorraia

Regulamento Para a Concessão de Pesca Desportiva no Troço do Rio Sorraia Regulamento Para a Concessão de Pesca Desportiva no Troço do Rio Sorraia Aprovado em Assembleia Municipal, na reunião de 30 de Setembro de 2011 Publicado no Boletim Municipal nº 46 1-5 REGULAMENTO PARA

Leia mais

MUNICIPIO DE MORA REGULAMENTO DA CONCESSÃO DE PESCA DESPORTIVA DA RIBEIRA DE RAIA I LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES

MUNICIPIO DE MORA REGULAMENTO DA CONCESSÃO DE PESCA DESPORTIVA DA RIBEIRA DE RAIA I LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES MUNICIPIO DE MORA REGULAMENTO DA CONCESSÃO DE PESCA DESPORTIVA DA RIBEIRA DE RAIA I LOCALIZAÇÃO, EXTENSÃO E LIMITES Artigo 1º A Concessão de Pesca Desportiva da Ribeira de Raia, cuja entidade responsável

Leia mais

Culturas para a fauna em montado: demonstração dos seus efeitos na gestão cinegética e na biodiversidade

Culturas para a fauna em montado: demonstração dos seus efeitos na gestão cinegética e na biodiversidade Culturas para a fauna em montado: demonstração dos seus efeitos na gestão cinegética e na biodiversidade Programa Agro Medida 8.1. Desenvolvimento Experimental e Demonstração CEABN Problemática Reconhecimento

Leia mais

CAPÍTULO I Localização, extensão e limites. CAPÍTULO II Licenciamento e taxas diárias

CAPÍTULO I Localização, extensão e limites. CAPÍTULO II Licenciamento e taxas diárias (Aprovado pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal, em 5 de Julho e 6 de Agosto de 1999, respectivamente, com alterações introduzidas aos artigos 3.º, 7.º, 8.º, 10.º, 11.º, 17.º e 24.º, aprovadas

Leia mais

REQUERIMENTO PARA AUTORIZAÇÃO DE REPOVOAMENTO AQUÍCOLA

REQUERIMENTO PARA AUTORIZAÇÃO DE REPOVOAMENTO AQUÍCOLA REQUERIMENTO PARA AUTORIZAÇÃO DE REPOVOAMENTO AQUÍCOLA REQUERENTE* * Entidades a que se refere o n.º4 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 112/2017, de 6 de setembro NOME MORADA CÓDIGO POSTAL NIPC/NIF - TELEFONE/TELEMÓVEL

Leia mais

Regulamento para a Concessão de Pesca Desportiva da Albufeira de Santa Maria de Aguiar

Regulamento para a Concessão de Pesca Desportiva da Albufeira de Santa Maria de Aguiar Regulamento para a Concessão de Pesca Desportiva da Albufeira de Santa Maria de Aguiar Capítulo I Disposições Fundamentais Artigo 1º - Constituição Artigo 2º - Sede e Âmbito Artigo 3º - Objectivos e Fins

Leia mais

Mesa Redonda: Desafios Futuros do Planeamento Hidrológico no Quadro do Convénio de Albufeira. Bacia Hidrográfica

Mesa Redonda: Desafios Futuros do Planeamento Hidrológico no Quadro do Convénio de Albufeira. Bacia Hidrográfica VENCER OS DESAFIOS FUTUROS Desafios de superação urgente Desafios emergentes Bacia Hidrográfica Área Total (km 2 ) Área (km 2 ) Portugal % Espanha Área (km 2 ) % Minho 17.080 850 5 16.230 95 Lima 2.480

Leia mais

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhora e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhora e Senhores Membros do Governo Silvicultura é a ciência que se ocupa do cuidado, aproveitamento e manutenção racional das florestas, em função do interesse ecológico, científico, económico e social de que elas são objecto. O objectivo

Leia mais

PESCA, (AQUICULTURA) E RECURSOS AQUÍCOLAS DE ÁGUAS INTERIORES PARTE II

PESCA, (AQUICULTURA) E RECURSOS AQUÍCOLAS DE ÁGUAS INTERIORES PARTE II PESCA, (AQUICULTURA) E RECURSOS AQUÍCOLAS DE ÁGUAS INTERIORES PARTE II - ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE UMA ZONA DE PESCA LÚDICA (PGE-ZPL): PRINCIPAIS REGRAS E CRITÉRIOS Adolfo Franco

Leia mais

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE

NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE NOTA EXPLICATIVA DOS DADOS RECOLHIDOS NO ÂMBITO DOS TRABALHOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA A informação disponibilizada na página do Instituto da Água, I.P. (INAG) refere-se aos dados recolhidos

Leia mais

Origens do direito da água

Origens do direito da água O Direito Internacional das Águas e a Convenção de Albufeira sobre as Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas António Gonçalves Henriques Origens do direito da água Direito costumeiro: prioridade em função

Leia mais

LIFE Saramugo Conservação do Saramugo (Anaecypris hispanica) na bacia do Guadiana (Portugal)

LIFE Saramugo Conservação do Saramugo (Anaecypris hispanica) na bacia do Guadiana (Portugal) LIFE Saramugo Conservação do Saramugo (Anaecypris hispanica) na bacia do Guadiana (Portugal) PROJETO LIFE SARAMUGO Évora, 26 de maio de 2017 Beneficiário Coordenador PROJETO LIFE SARAMUGO 1 de Julho de

Leia mais

QUADRO DE REFERÊNCIA E PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO COMPLEMENTAR NO DOMÍNIO ÁGUA

QUADRO DE REFERÊNCIA E PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO COMPLEMENTAR NO DOMÍNIO ÁGUA LISTA DAS 36 ACÇÕES PROGRAMÁTICAS DO PLANO NACIONAL DE ACÇÃO AMBIENTE E SAÚDE (PNAAS) VECTOR I - INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÃO E INVESTIGAÇÃO APLICADA 1 ACÇÃO I.1 QUADRO DE REFERÊNCIA E PROGRAMA DE MONITORIZAÇÃO

Leia mais

Adaptação às Alterações Climáticas: Não há coragem política para assumir medidas. eficazes

Adaptação às Alterações Climáticas: Não há coragem política para assumir medidas. eficazes 1/1 Adaptação às Alterações Climáticas: Não há coragem política para assumir medidas Lisboa, de Setembro de 2009 eficazes O documento Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC),

Leia mais

PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO

PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO PESCA DESPORTIVA EM ALBUFEIRAS DO CENTRO E SUL DE PORTUGAL: CONTRIBUIÇÃO PARA A REDUÇÃO DA EUTROFIZAÇÃO POR BIOMANIPULAÇÃO Relatório Final de Protocolo de Investigação Lisboa, Outubro 2010 EQUIPA TÉCNICA

Leia mais

Situação hidromorfológica dotejo. Helder Careto, GEOTA com base num texto de António Carmona Rodrigues, FCT-UNL

Situação hidromorfológica dotejo. Helder Careto, GEOTA com base num texto de António Carmona Rodrigues, FCT-UNL Situação hidromorfológica dotejo Helder Careto, GEOTA com base num texto de António Carmona Rodrigues, FCT-UNL geota@geota.pt, 2016 Figura 1 Planta da bacia hidrográfica do rio Tejo (Rodrigues, 2016) Rio

Leia mais

ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO:

ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO: MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO: TERRITÓRIO E GESTÃO DO AMBIENTE E TECNOLOGIA E GESTÃO DO AMBIENTE MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO

Leia mais

Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente da Aplicação dos Apoios QREN POVT

Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente da Aplicação dos Apoios QREN POVT Avaliação e Controlo dos Efeitos no Ambiente da Aplicação dos Apoios QREN POVT 1. Da Programação Exercício ex-ante da AAE promoveu a integração e salvaguarda das questões ambientais e do desenvolvimento

Leia mais

Índice Política Comum de Pesca II. Objectivos do PO III. Eixos e Medidas IV. Plano Financeiro

Índice Política Comum de Pesca II. Objectivos do PO III. Eixos e Medidas IV. Plano Financeiro PROGRAMA OPERACIONAL PESCA 2007-2013 Workshop Financiamento e gestão integrados da Natura 2000 Casa do Ambiente e do Cidadão Luís Duarte Estrutura de Apoio Técnico Lisboa 28 de Fevereiro de 2008 Índice

Leia mais

HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS

HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS Á r e a s d e i n t e r v e n ç ã o d o e n g e n h e i r o c i v i l n a a v a l i a ç ã o d o s r e c u r s o s h í d r i c o s d i s p o n í v e i s e n a c o n c e p

Leia mais

- Procedeu-se à construção de um açude de terra para fechar o rio Sorraia de forma a se conseguir aproveitar toda a água disponível no mesmo.

- Procedeu-se à construção de um açude de terra para fechar o rio Sorraia de forma a se conseguir aproveitar toda a água disponível no mesmo. Comentários da Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira às Questões Significativas da gestão da água da Bacia Hidrográfica do Tejo. Introdução O Aproveitamento Hidroagrícola

Leia mais

Devolvendo o rio Mondego aos peixes, o projeto da Passagem para peixes de Coimbra. Ana TELHADO Carlos BATISTA Felisbina QUADRADO José PROENÇA

Devolvendo o rio Mondego aos peixes, o projeto da Passagem para peixes de Coimbra. Ana TELHADO Carlos BATISTA Felisbina QUADRADO José PROENÇA Devolvendo o rio Mondego aos peixes, o projeto da Passagem para peixes de Coimbra Ana TELHADO Carlos BATISTA Felisbina QUADRADO José PROENÇA Coimbra, novembro 2017 Devolvendo o rio Mondego aos peixes,

Leia mais

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. PLANO NACIONAL DIRECTOR DE IRRIGAÇÃO 1 Lisboa, Outubro de 2011

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. PLANO NACIONAL DIRECTOR DE IRRIGAÇÃO 1 Lisboa, Outubro de 2011 REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PLANO NACIONAL DIRECTOR DE IRRIGAÇÃO 1 Lisboa, Outubro de 2011 OBJECTIVOS - Contribuir para o desenvolvimento económico e social de Angola - Garantir a sustentabilidade

Leia mais

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Engenharia Civil, 5º ano / 10º semestre Engenharia Territorio, 4º ano/ 8º semestre Impactes sectoriais Sistemas ecológicos e biodiversidade Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis OBJECTIVOS AMBIENTAIS E ESTRATÉGICOS E PROGRAMA DE MEDIDAS WT3 Bacia Hidrográfica do Rio Mondego 12 de Setembro de 2011 OBJECTIVOS

Leia mais

Uso eficiente da água

Uso eficiente da água Uso eficiente da água Maria do Céu Almeida Laboratório Nacional de Engenharia Civil mcalmeida@lnec.pt USO EFICIENTE DA ÁGUA Principais motivações Imperativo ambiental (recursos limitados) Necessidade estratégica

Leia mais

Gestão do Risco para a Saúde

Gestão do Risco para a Saúde Gestão do Risco para a Saúde As Directivas de Águas Balneares e a Vigilância Sanitária DIRECTIVA 2006/7/CE GESTÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS BALNEARES DIVISÃO DE SAÚDE AMBIENTAL DIRECÇÃO GERAL DA SAÚDE Índice

Leia mais

Exemplos Práticos. do Ordenamento Florestal e do Planeamento da Defesa da Floresta Contra Incêndios na Revisão de PDMs da Região Centro

Exemplos Práticos. do Ordenamento Florestal e do Planeamento da Defesa da Floresta Contra Incêndios na Revisão de PDMs da Região Centro OS PLANOS DIRECTORES MUNICIPAIS DE 2.ª GERAÇÃO E O PLANEAMENTO DA DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS Coimbra, 30.Novembro.2011 Exemplos Práticos do Ordenamento Florestal e do Planeamento da Defesa da

Leia mais

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água

QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. Relatório de avaliação da implementação da Directiva Quadro da Água QUERCUS- ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA Janeiro de 2016 Índice Enquadramento... 3 Resultados do de planeamento... 3 RH1... 4 RH2... 4 RH3... 5 RH4... 6 RH5... 6 RH7... 8 RH8... 8 Panorama

Leia mais

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ;

*Nome/Denominação social *Identificação fiscal nº, *residência/sede em, *Província ; *Município, *Comuna ; *Telefone ; *Telemóvel ; *Fax ; * ; Constituição de Direitos fundiários (artigo 71.º do RUGRH) Os dados assinalados com * devem ser obrigatoriamente apresentados com o pedido de título de utilização dos recursos hídricos. Os restantes dados

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 353/IX CRIA A ÁREA DE PAISAGEM PROTEGIDA DA BAÍA DE SÃO PAIO

PROJECTO DE LEI N.º 353/IX CRIA A ÁREA DE PAISAGEM PROTEGIDA DA BAÍA DE SÃO PAIO PROJECTO DE LEI N.º 353/IX CRIA A ÁREA DE PAISAGEM PROTEGIDA DA BAÍA DE SÃO PAIO A Baía de São Paio, no estuário do Douro, reveste-se de riquezas naturais apreciáveis. É a última zona na parte urbana do

Leia mais

O Planeamento do. Gestão e ordenamento do território

O Planeamento do. Gestão e ordenamento do território O Planeamento do Território em Portugal Gestão e ordenamento do território Henrique Miguel Pereira Enquadramento jurídico Constituição da República Lei de Bases do Ambiente (Lei 11/1987) Lei de Bases de

Leia mais

Responsabilidade Ambiental Obrigações do operador no âmbito do Regime RA. Vera Lopes, 27 de Junho, Alfragide

Responsabilidade Ambiental Obrigações do operador no âmbito do Regime RA. Vera Lopes, 27 de Junho, Alfragide Responsabilidade Ambiental Obrigações do operador no âmbito do Regime RA Vera Lopes, 27 de Junho, Alfragide Índice Decreto-Lei n.º 147/2008, de 29 de Julho Obrigações do operador Formulário de reporte

Leia mais

NOÇÕES GERAIS. /pesca/leg

NOÇÕES GERAIS.   /pesca/leg GESTÃO PESQUEIRA NOÇÕES GERAIS http://www2.icnf.pt/portal /pesca/leg Anos 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1990 1980 0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 Licenças Pescadores desportivos são

Leia mais

INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO

INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DA BIODIVERSIDADE PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DO TEJO INTERNACIONAL RELATÓRIO DA PONDERAÇAO DA DISCUSSÃO PÚBLICA TRABALHO Nº 6041/97 FICHEIRO: 6041EFRP00RP0.doc

Leia mais

Eficiência energética e hidráulica

Eficiência energética e hidráulica Eficiência energética e hidráulica Helena Ramos IST - 2006 Projectos sustentáveis uso racional dos recursos hídricos existentes e a satisfação das necessidades dos consumidores minimização do uso de energia,

Leia mais

BREVE NOTA SOBRE AS CHEIAS NO TEJO E O SEU SISTEMA DE VIGILÂNCIA E ALERTA

BREVE NOTA SOBRE AS CHEIAS NO TEJO E O SEU SISTEMA DE VIGILÂNCIA E ALERTA DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE RECURSOS HÍDRICOS BREVE NOTA SOBRE AS CHEIAS NO TEJO E O SEU SISTEMA DE VIGILÂNCIA E ALERTA (Rui Rodrigues, Cláudia Brandão, Joaquim Pinto da Costa) RESUMO As cheias no rio Tejo,

Leia mais

3 de Julho de Reunião Comissão de Albufeiras

3 de Julho de Reunião Comissão de Albufeiras 3 de Julho de 2015 Reunião Comissão de Albufeiras Principais Problemas na Região Hidrográfica do Tejo Problemas de qualidade devido ao tratamento insuficiente das águas residuais urbanas /industriais Poluição

Leia mais

MINISTÉRIOS DA INDÚSTRIA E ENERGIA DA SAÚDE E DO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS. Portaria n.º 1049/93 de 19 de Outubro

MINISTÉRIOS DA INDÚSTRIA E ENERGIA DA SAÚDE E DO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS. Portaria n.º 1049/93 de 19 de Outubro MINISTÉRIOS DA INDÚSTRIA E ENERGIA DA SAÚDE E DO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS Portaria n.º 1049/93 de 19 de Outubro Considerando que a água, além de ser um recurso natural vital, é também um componente

Leia mais

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico

AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico AcquaLiveExpo Inovação e Oportunidades no Sector Hidroeléctrico António Sá da Costa APREN Associação Portuguesa de Energias Renováveis 22-03-2012 Desafio geracional Aproveitamento da energia hídrica desde

Leia mais

1 de Outubro Dia Nacional da Água

1 de Outubro Dia Nacional da Água 1 de Outubro Dia Nacional da Água Qual a Distribuição da Águana Terra? Planeta Terra A Água ocupa cerca de ¾ da superfície terrestre. 30% Terra Água 70% 2,80% 0,01% 0,005% Água salgada Água doce 0,63%

Leia mais

O Regadio por Região. Beira Litoral e Beira Interior

O Regadio por Região. Beira Litoral e Beira Interior O Regadio por Região Beira Litoral e Beira Interior O Regadio por Região Ribatejo e Oeste O Regadio por Região Alentejo O Regadio por Região Algarve Grandes Regadios Alqueva - Empreendimento de Fins Múltiplos

Leia mais

Devolvendo o rio Mondego aos peixes, o projeto da Passagem para peixes de Coimbra

Devolvendo o rio Mondego aos peixes, o projeto da Passagem para peixes de Coimbra Devolvendo o rio Mondego aos peixes, o projeto da Passagem para peixes de Coimbra APA - Ana TELHADO; Felisbina QUADRADO; José PROENÇA; Carlos BATISTA; João FERREIRA MARE e UE - Bernardo R. QUINTELLA; Pedro

Leia mais

ÍNDICE ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO RESPONSABILIDADES DIRECTAS DO MINTRANS LIGADAS AO RAMO MARÍTIMO / PORTUÁRIO OBJECTIVOS DO MINTRANS

ÍNDICE ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO RESPONSABILIDADES DIRECTAS DO MINTRANS LIGADAS AO RAMO MARÍTIMO / PORTUÁRIO OBJECTIVOS DO MINTRANS 1 ÍNDICE ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO RESPONSABILIDADES DIRECTAS DO MINTRANS LIGADAS AO RAMO MARÍTIMO / PORTUÁRIO OBJECTIVOS DO MINTRANS 2018-2022 PROJECTOS Concretizados PROJECTOS Em Curso PROJECTOS FUTUROS

Leia mais

Portaria n. 895/94 de 3 de Outubro

Portaria n. 895/94 de 3 de Outubro Portaria n. 895/94 de 3 de Outubro As características de toxicidade de determinadas substâncias, a que se alia, muitas vezes, elevado potencial de persistência e bioacumulação, tornam necessário um controlo

Leia mais

REGULAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO / VIGILÂNCIA

REGULAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO / VIGILÂNCIA vitormartins@dgs.pt REGULAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO / VIGILÂNCIA 22 NOVEMBRO PAULO DIEGUES Direcção-Geral da Saúde diegues@dgs.pt VÍTOR MARTINS Direcção-Geral da Saúde Regulamentar para

Leia mais

Impactes cumulativos

Impactes cumulativos Licenciatura em Engenharia do Ambiente 5º ano / 9º semestre Impactes cumulativos Estudos Impacte Ambiental 7 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Conceitos NEPA 1970: Impactes no ambiente que

Leia mais

Reabilitação e Reforço de Estruturas

Reabilitação e Reforço de Estruturas Mestrado em Engenharia Civil 2011 / 2012 Reabilitação e Reforço de Estruturas Aula 23.1: Conservação do Património. Slides de Pedro Santos (IPLeiria) a partir de Recomendações do ICOMOS para a Conservação

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Integradas na Região Hidrográfica 4

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Integradas na Região Hidrográfica 4 Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Integradas na Região Hidrográfica 4 Parte 2 Caracterização Geral e Diagnóstico 7.3.7 - Comunicação e Governança Junho de 2012 (Revisão

Leia mais

Implementação dos princípios gerais da proteção integrada

Implementação dos princípios gerais da proteção integrada Implementação dos princípios gerais da proteção integrada Miriam Cavaco Divisão de Gestão e Autorização de Produtos Fitofarmacêuticos Direção de Serviços de Meios de Defesa Sanitária Seminário do Uso Sustentável,

Leia mais

O papel da Protecção Civil na Defesa contra as Cheias

O papel da Protecção Civil na Defesa contra as Cheias O papel da Protecção Civil na Defesa contra as Cheias Núcleo de Riscos e Alerta Autoridade Nacional de Protecção Civil1 Lei de Bases da Protecção Civil (Lei 27/2006, de 3 de Julho): A protecção civil é

Leia mais

Água e Alterações Climáticas

Água e Alterações Climáticas Água e Alterações Climáticas Impactos e Adaptação Conselho Nacional da Água 18 de Abril de 2008 IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change Grupos de Trabalho WG1 A Ciência das Alteracões Climáticas

Leia mais

PROJECTO PTDC/AAC-AMB/105061/2008

PROJECTO PTDC/AAC-AMB/105061/2008 ÁGUA, ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E ACTIVIDADE HUMANA. UMA ABORDAGEM INTEGRADA E PARTICIPATIVA NA DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS E PROSPECTIVAS DE GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS NO SUL DE PORTUGAL

Leia mais

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis OBJECTIVOS AMBIENTAIS E ESTRATÉGICOS E PROGRAMA DE MEDIDAS WT1 Bacia Hidrográfica do Rio Vouga 12 de Setembro de 2011 ÍNDICE DA APRESENTAÇÃO

Leia mais

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS. Nesse sentido o Homem tem o dever de proteger e melhorar o ambiente para as gerações actuais e vindouras :

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS. Nesse sentido o Homem tem o dever de proteger e melhorar o ambiente para as gerações actuais e vindouras : PROJECTO DE LEI Nº 133/X ESTABELECE MEDIDAS DE PROTECÇÃO DA ORLA COSTEIRA EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O artigo 66º da Constituição da República Portuguesa estatuiu, que Todos têm direito a um ambiente de vida

Leia mais

É constituído por três tipos de acções:

É constituído por três tipos de acções: Programa Agricultores Guia Projecto de Requalificação Ambiental da Actividade Agrícola Projecto Referência a nível Nacional, no tema Ambiente / Sustentabilidade pela DGOTDU. Resulta de um protocolo de

Leia mais

Estratégia regional para as florestas Região Autónoma da Madeira

Estratégia regional para as florestas Região Autónoma da Madeira Capítulo 12 Estratégia regional para as florestas Região Autónoma da Madeira M. FILIPE a* a Engenheiro Florestal, Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza, Direção de Serviços de Florestação

Leia mais

Aprova o Regulamento interno de funcionamento da Comissão de Gestão de Albufeiras

Aprova o Regulamento interno de funcionamento da Comissão de Gestão de Albufeiras Despacho Conjunto 660/99. DR 184/99 SÉRIE II de 1999-08-09 Ministérios da Administração Interna, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente Aprova o Regulamento interno de funcionamento

Leia mais

Plano de Promoção de Desempenho Ambiental da EDP Distribuição ( ) Ponto de situação

Plano de Promoção de Desempenho Ambiental da EDP Distribuição ( ) Ponto de situação Plano de Promoção de Desempenho Ambiental da EDP Distribuição (2009-2011) Ponto de situação 14 de Julho de 2009 Seminário ERSE Enquadramento 1. O PPDA 2009-2011 da EDP D é composto por 8 Medidas (100%

Leia mais

WORKSHOP PROWATERMAN, Évora e Faro, 29 e 30 de Novembro de 2012

WORKSHOP PROWATERMAN, Évora e Faro, 29 e 30 de Novembro de 2012 Discussão das problemáticas regionais e interação com as soluções sugeridas pelo projeto PROWATERMAN, visando contribuir para a sustentabilidade dos recursos hídricos regionais no médio prazo RESUMO 1)

Leia mais

RELATÓRIO E PARECER À PROPOSTA DE DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL REGIME JURÍDICO DA PESCA LÚDICA NAS AGUAS DOS AÇORES.

RELATÓRIO E PARECER À PROPOSTA DE DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL REGIME JURÍDICO DA PESCA LÚDICA NAS AGUAS DOS AÇORES. RELATÓRIO E PARECER À PROPOSTA DE DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL REGIME JURÍDICO DA PESCA LÚDICA NAS AGUAS DOS AÇORES. PONTA DELGADA, 6 DE FEVEREIRO DE 2007 A Comissão Permanente de Economia reuniu no dia

Leia mais

O Papel da cidadania na gestão dos recursos hídricos. Carla Graça Coordenadora do Grupo de Trabalho da Água

O Papel da cidadania na gestão dos recursos hídricos. Carla Graça Coordenadora do Grupo de Trabalho da Água O Papel da cidadania na gestão dos recursos hídricos Carla Graça Coordenadora do Grupo de Trabalho da Água Políticas Enquadramento legal A Directiva-Quadro da Água (DQA) Directiva 2000/60/CE, transposta

Leia mais

Boas Práticas de Gestão Sustentável da Terra (GST) na Província do Huambo, Extensívo a Outros Locais do País Projecto ELISA

Boas Práticas de Gestão Sustentável da Terra (GST) na Província do Huambo, Extensívo a Outros Locais do País Projecto ELISA Boas Práticas de Gestão Sustentável da Terra (GST) na Província do Huambo, Extensívo a Outros Locais do País Projecto ELISA Huambo, Julho 2011 Objectivo & conteúdo da apresentação Esta apresentação é resultado

Leia mais

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade Projectos contribuem para: aplicação, desenvolvimento, avaliação e seguimento da política e legislação da UE na área da natureza e da biodiversidade, incluindo

Leia mais

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio

Avaliação e Controlo dos Efeitos. decorrentes da Aplicação dos. Paulo Areosa Feio Avaliação e Controlo dos Efeitos Significativos ifi no Ambiente decorrentes da Aplicação dos Apoios do QREN Paulo Areosa Feio Directiva 2001/42/CE relativa aos efeitos de certos planos e programas no ambiente

Leia mais

PRINCIPAIS OBJECTIVOS

PRINCIPAIS OBJECTIVOS Oeiras, 23 de Maio, 2011 1 O PROJECTO FAME 2010 2013 O projecto FAME - Future of the Atlantic Marine Environment - é um ambicioso projecto estratégico de cooperação internacional, que tem como objectivo

Leia mais

A LIGAÇÃO LOUREIRO-ALVITO

A LIGAÇÃO LOUREIRO-ALVITO ENGENHRI OS : CTUIS E LIGÇÃO LOUREIRO-LVITO SOLUÇÕES E ENGENHRI PR RESOLUÇÃO S QUESTÕES TÉCNICS E MBIENTIS ESPECÍFICS 1 NGENHRI OS Índice 1. Introdução 2. Ligação Loureiro-lvito 3. O transvase Guadiana-Sado

Leia mais

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA 2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública REGIÃO HIDROGRÁFICA DO TEJO E RIBEIRAS DO OESTE 2 junho 2015

Leia mais

Avaliação do risco de degradação da qualidade da água em bacias hidrográficas agrícolas em situação de cheia

Avaliação do risco de degradação da qualidade da água em bacias hidrográficas agrícolas em situação de cheia Avaliação do risco de degradação da qualidade da água em bacias hidrográficas agrícolas em situação de cheia Maria C. Gonçalves 1, Tiago B. Ramos 2, Maria A. Branco 1, David Brito 3, José Tavares 1, Sara

Leia mais

Principais diplomas com relevo para o Ordenamento do Território e o urbanismo:

Principais diplomas com relevo para o Ordenamento do Território e o urbanismo: Os problemas da ocupação do território; A necessidade do seu enquadramento jurí-dico/legislativo; O direito do urbanismo e o direito do ordenamento do território necessitam de um quadro jurídico tendencialmente

Leia mais

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 22/2004 TURISMO DE NATUREZA

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 22/2004 TURISMO DE NATUREZA DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 22/2004 TURISMO DE NATUREZA O Decreto-Lei n.º 47/99, de 16 de Fevereiro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 56/2002, de 11 de Março, criou, para todo o território

Leia mais

ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL

ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL ATUAÇÕES PARA MELHORAR A MOBILIDADE E A ACESSIBILIDADE DOS PEIXES MIGRADORES NO HABITAT FLUVIAL Apresentação pública do projeto MigraMiño-Minho Salvaterra do Miño, 27.novembro.2017 Índice 1. Enquadramento

Leia mais

Case study. PIEA A Água e os Nossos Rios Projecto Mil Escolas SUSTENTABILIDADE DOS ECOSSISTEMAS RIBEIRINHOS EMPRESA ENVOLVIMENTO

Case study. PIEA A Água e os Nossos Rios Projecto Mil Escolas SUSTENTABILIDADE DOS ECOSSISTEMAS RIBEIRINHOS EMPRESA ENVOLVIMENTO Case study 2010 PIEA A Água e os Nossos Rios Projecto Mil Escolas SUSTENTABILIDADE DOS ECOSSISTEMAS RIBEIRINHOS EMPRESA A Águas do Douro e Paiva, SA (AdDP), empresa do grupo Águas de Portugal, é concessionária

Leia mais

PANCD Jornadas Técnicas Desertificação e Litoral Faro 20 Outubro 2010

PANCD Jornadas Técnicas Desertificação e Litoral Faro 20 Outubro 2010 í PANCD Jornadas Técnicas Desertificação e Litoral Faro 20 Outubro 2010 !" #$ %!$&'() %* % + &' &, -$. $. #. &' $ #. ( /&' /&' 0! "#$% &' 0 0 320,6 km 2 12 km 50 km 0 0 1#$&'# 2 &'3!4&+ 0$# 700,0 600,0

Leia mais

Quadro A Informação a constar num pedido de parecer prévio

Quadro A Informação a constar num pedido de parecer prévio Informação e documentação necessária para análise da necessidade de construir um dispositivo de passagem para peixes numa determinada obra transversal fluvial Fase Prévia Uma vez que exista a intenção

Leia mais

Regulamento de Concessão de Pesca na Albufeira de Santa Margarida da Coutada

Regulamento de Concessão de Pesca na Albufeira de Santa Margarida da Coutada Regulamento de Concessão de Pesca na Albufeira de Santa Margarida da Coutada CAPÍTULO I Localização, extensão, limites e finalidades ARTIGO 1.º A concessão de pesca, que tem como entidade concessionária

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 5 ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO Ação 5.2 ORGANIZAÇÕES INTERPROFISSIONAIS Enquadramento Regulamentar Artigo 35.º do Regulamento (UE) n.º 1305/2013,

Leia mais

Caracterização da Operação. INFRAESTRUTURAL E IMATERIAL PÚBLICA Coletiva Privada Parceiros Com responsabilidade no Cofinanciamento

Caracterização da Operação. INFRAESTRUTURAL E IMATERIAL PÚBLICA Coletiva Privada Parceiros Com responsabilidade no Cofinanciamento MECANISMO DE FINANCIAMENTO Programa Operacional Regional do Norte ON.2, DESIGNAÇÃO DA OPERAÇÃO Conservação, Valorização e Promoção dos Valores Naturais de Ribeira de Pena EIXO DE INTERVENÇÃO Valorização

Leia mais

População Aprox habitantes. Área Aprox. 650 Km 2. Obras Licenciadas 2007 Grande Porto Edificação Demolição

População Aprox habitantes. Área Aprox. 650 Km 2. Obras Licenciadas 2007 Grande Porto Edificação Demolição População Aprox. 969.036 habitantes Área Aprox. 650 Km 2 Obras Licenciadas 2007 Grande Porto 2354 2189 Edificação 165 - Demolição Obras Concluídas2007 Grande Porto 1853 1794 Edificação 59 - Demolição Resíduos

Leia mais

PROGRAMA DE INICIATIVA COMUNITÁRIA URBAN II LISBOA (VALE DE ALCÂNTARA) rodoviárias Avenida de Ceuta, Acessos à Ponte 25 de Abril,

PROGRAMA DE INICIATIVA COMUNITÁRIA URBAN II LISBOA (VALE DE ALCÂNTARA) rodoviárias Avenida de Ceuta, Acessos à Ponte 25 de Abril, 1. INTRODUÇÃO 1.1. OBJECTIVOS DO RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DE 2005 Nos termos do artigo 37º do Regulamento (CE) n.º 1260/99 do Conselho, de 21 de Junho, que estabelece as disposições gerais sobre os Fundos

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO. Designação: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.) Área de Negócio: Enquadramento:

CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO. Designação: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.) Área de Negócio: Enquadramento: CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO Designação: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.) Área de Negócio: Serviço público de emprego nacional responsável pela execução das políticas activas

Leia mais

WORKSHOP OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS EM PORTUGAL. PAINEL 2 Administração pública

WORKSHOP OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS EM PORTUGAL. PAINEL 2 Administração pública WORKSHOP OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS EM PORTUGAL PAINEL 2 Administração pública O interesse do aproveitamento das águas residuais tratadas como origem alternativa

Leia mais

PLANO DE ORDENAMENTO DA PAISAGEM PROTEGIDA DO CORNO DO BICO. Programa de execução

PLANO DE ORDENAMENTO DA PAISAGEM PROTEGIDA DO CORNO DO BICO. Programa de execução PLANO DE ORDENAMENTO DA PAISAGEM PROTEGIDA DO CORNO DO BICO Programa de execução Março de 2009 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 2 2. PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO... 2 2.1. Objectivos prioritários... 2 2.2. Quadro síntese...

Leia mais

Uso eficiente da água Apresentação do UEA e PNUEA

Uso eficiente da água Apresentação do UEA e PNUEA Uso eficiente da água Apresentação do UEA e PNUEA Rita Ribeiro Laboratório Nacional de Engenharia Civil Núcleo de Engenharia Sanitária Índice 1. Motivações para o UEA 2. Uso da água em Portugal 3. Apresentação

Leia mais

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS... 6 ÍNDICE DE QUADROS... 7 ÍNDICE DE GRÁFICOS...

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS... 6 ÍNDICE DE QUADROS... 7 ÍNDICE DE GRÁFICOS... ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS... 6 ÍNDICE DE QUADROS... 7 ÍNDICE DE GRÁFICOS... 10 LISTA DE ABREVIATURAS... 12 REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS... 14 CADERNO I PLANO DE ACÇÃO... 19 1. ENQUADRAMENTO DO PLANO NO ÂMBITO

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA 2000-2005 MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL IMPLEMENTAÇÃO DA DIRECTIVA QUADRO DA ÁGUA A Directiva 2000/60/CE,

Leia mais

Problemas ambientais globais. Gestão da Floresta Desertificação. 1º Ano Eng.ª Ambiente /2017. Tipos de florestas e sua importância

Problemas ambientais globais. Gestão da Floresta Desertificação. 1º Ano Eng.ª Ambiente /2017. Tipos de florestas e sua importância Problemas ambientais globais Gestão da Floresta 1º Ano Eng.ª Ambiente - 2016/2017 1 Tipos de florestas e sua importância virgens resultantes ( old-growth forests ) da reflorestação ( second-growth forests

Leia mais

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública

2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA. QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública 2.º CICLO DOS PLANOS DE GESTÃO DE REGIÃO HIDROGRÁFICA QUESTÕES SIGNIFICATIVAS DA ÁGUA (QSiGA) Conclusão do processo de Participação Pública 3 junho 2015 Plano de Gestão das Ribeiras do Algarve Região Hidrográfica

Leia mais

LEIS ELABORADAS NO DOMÍNIO AGRÁRIO

LEIS ELABORADAS NO DOMÍNIO AGRÁRIO LEGISLAÇÃO AGRÁRIA INTRODUÇÃO Considerando a necessidade de constituir o seu Ordenamento Jurídico com uma legislação apropriada e actualizada, em obediência ao carácter dinâmico do Direito, o Governo da

Leia mais