A Pesquisa-Desenvolvimento na França e sua contribuição para o estudo do rural 1

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1 Texto originalmente publicado em: Seminário sobre sistemas de produção: conceitos, metodologias e aplicações. Curso de Pós- Graduação em Agronomia Produção Vegetal e Curso de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento/ UFPr, Curitiba, Pp.16 a 25. A Pesquisa-Desenvolvimento na França e sua contribuição para o estudo do rural 1 MIGUEL, Lovois de Andrade 2 I Origens e antecedentes da Pesquisa-Desenvolvimento Os princípios que norteiam a Pesquisa-Desenvolvimento (P.-D.) são conhecidos e utilizados de longa data em amplos setores da industria mundial. Na França em particular, a sua utilização, no que tange ao meio rural, é bem mais recente, pois pode-se situar a realização das primeiras intervenções de Pesquisa- Desenvolvimento à partir do final dos anos 60. Tais intervenções foram, sem dúvida, uma conseqüência da avaliação crítica dos resultados obtidos pelos projetos de desenvolvimento rural até então implementados. Muitos destes projetos, apesar da mobilização de grandes equipes técnicas e de meios financeiros e materiais extremamente importantes, contribuíram minimamente, ou mesmo de maneira negativa, para a promoção do desenvolvimento agrícola das regiões para as quais eles foram concebidos e implementados. Inúmeras são as avaliações e depoimentos de pesquisadores e técnicos sobre os efeitos nefastos 1 Este texto é uma versão estruturada da apresentação oral feita no Seminário Sistemas de Produção: Conceitos, Metodologias e Práticas realizado na UFPR (Curitiba) de 20 à 21 de maio de Este texto tem como objetivo central sintetizar algumas reflexões referentes ao tema em questão assim como permitir uma introdução ao debate. A bibliografia citada, apesar de ser seletiva, buscou resguardar esta dimensão. 2 Doutor pelo Institut National Agronomique Paris-Grignon, França. Professor Adjunto do Departamento de Ciências Econômicas e do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural - IEPE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. João Pessoa, 31, Porto Alegre, RS, , Lovois@vortex.ufrgs.br.

2 que estas intervenções ocasionaram sobre as sociedades rurais e sobre o meio ambiente em especial. Nesse sentido, a experiência francesa ilustra de maneira exemplar essa constatação. A análise da crise do modelo produtivista na França assim como os trabalhos de pesquisa conduzidos por pesquisadores franceses em países em desenvolvimento mostraram os limites e insuficiências das soluções preconizadas tanto pela pesquisa científica como pelos órgãos e instituições encarregados de conceber e executar projetos de desenvolvimento rural. Em um primeiro momento, as explicações para tais fracassos foram atribuídas as mais diversas causas, a maioria delas fundamentadas em questões estritamente técnicas: duração insuficiente dos projetos, falta de recursos financeiros e materiais, problemas de logística, dificuldades de comunicação, etc. Foi somente em um segundo momento, marcado por uma maior participação e contribuição das ciências sociais, que esta reflexão se concentrou na análise das concepções teóricometodológicas que embasavam e davam sustentação a tais procedimentos. Cabe ressaltar que, até então, as relações entre a pesquisa e as ações em prol do desenvolvimento rural eram fortemente marcadas por um esquema racionalista. Este esquema se caracterizava pela anterioridade das pesquisas em relação a difusão das técnicas; pela hierarquização da ciência e pela especialização de tarefas. Tal situação incentivava o monopólio da inovação para a pesquisa e mantinha a linearidade das transferências técnicas, o que distanciava cada vez mais os atores sociais da experimentação. Esse esquema não correspondia a realidade social rural, pois a inovação tecnológica e a prática social opera por vias complexas e interativas. Os pesquisadores tem o conhecimento do procedimento científico assim como os extensionistas e produtores rurais tem o conhecimento do meio rural e das práticas agrícolas, porém, nenhum deles tem o monopólio da inovação, da experimentação e da melhoria das técnicas (LEFORT & PASQUIS, 1982 citado por WÜNSCH, 1995). Assim, o crescente distanciamento da pesquisa da experimentação agrícola e da prática do desenvolvimento se transformaram em um forte argumento de 2

3 contestação dos procedimentos adotados até então pelas chamadas abordagens científicas clássicas do desenvolvimento rural. A partir destas constatações, um importante paradoxo passou a dominar as reflexões acerca destas questões: uma vez que a pesquisa e o desenvolvimento deveriam ser vistos como procedimentos complementares, como conciliar a pesquisa e o desenvolvimento? Qual metodologia ou procedimento científico poderia realizar tal aproximação? O debate científico e a experiência de trabalho permitiu que se alcançasse, a partir dos anos 70, um certo consenso, em nível internacional, entre os organismos de pesquisa, planejamento e financiamento, sobre um conjunto de recomendações que deveriam orientar os novos métodos e abordagens do desenvolvimento agrícola (WÜNSCH, 1995). Segundo JOUVE (citado por WÜNSCH, 1995), esses novos métodos e abordagens deveriam: - considerar as condições reais de produção agrícola, ou seja levar em conta a diversidade de modos de exploração do meio pelas comunidades; - compreender que as mudanças técnicas estão em estreita relação com as mudanças sociais e econômicas e buscar transformações progressivas do funcionamento de sociedades agrárias; - reconhecer que as transformações do modo de exploração do meio necessitam da real adesão dos produtores rurais e que a participação destes é indispensável a concepção, execução e avaliação de programas e projetos de desenvolvimento. Em suma, essas novas abordagens deveriam reconhecer a diversidade e complexidade dos sistemas de produção praticados pelos produtores e agricultores rurais e levar em consideração os seus objetivos e estratégias como 3

4 atores sociais (DUFUMIER, 1985; MONDAIN-MONVAL, 1993). Igualmente, essas abordagens deveriam dar conta da identificação e restituição das práticas agrícolas realizadas nas unidades de produção agrícolas. Foi, portanto, dentro deste contexto que novos modos de intervenção em meio rural foram elaborados e concebidos por instituições de pesquisa e ensino na França. A partir do início dos anos 80, esses novas abordagens já suscitavam um grande interesse junto ao poder público e as instituições francesas envolvidas com a problemática do desenvolvimento rural 3. Em geral, esses modos de intervenção, que apresentam ao menos superficialmente fortes semelhanças e afinidades (SARDAN, 1994), tinham em comum a utilização do enfoque sistêmico e procedimentos interativos e participativos. A Pesquisa-Desenvolvimento (P.-D.) é o resultado desta importante modificação na orientação dos procedimentos de pesquisa e desenvolvimento para o meio rural 4. II Breve caracterização e objetivos da Pesquisa-Desenvolvimento A Pesquisa-Desenvolvimento busca analisar as condições de implementação de inovações em determinado meio rural através do estudo e da experimentação das condições de apropriação destas inovações pelos grupos sociais locais. O produto de uma operação de P.-D. é elaborado levando em consideração as relações sociais, as contradições e limitações dos grupos sociais (ou seja a racionalidade do funcionamento). Assim, a implementação de inovações técnicas e organizacionais é feita com a participação, ao lado dos técnicos e 3 Entre os organismos públicos cabe ressaltar a Agência de Cooperação Cultural e Técnica ACCT, o Instituto Francês de Pesquisa Científica para o Desenvolvimento em Cooperação ORSTOM, o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento CIRAD, o Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica - INRA. Entre as instituições de ensino superior, podemos destacar o Centro Nacional de Estudos de Regiões Quentes CNEARC, o Instituto Nacional Agronômico Paris-Grignon INAPG e entre as ONGs, o Grupo de Pesquisa e Trocas Tecnológicas GRET. 4 Apesar de muitas vezes apresentarem um conteúdo pouco preciso e uma base metodológica frágil, cabe ressaltar que uma série de procedimentos de pesquisa e desenvolvimento para o meio rural, empregando concepções fundamentadas na abordagem sistêmica e na utilização de procedimentos interativos e participativos, foram elaborados por diversas instituições e organismos de pesquisa e/ou cooperação franceses. Além da Pesquisa-Desenvolvimento, sem dúvida o procedimento mais conhecido, pode-se citar a análise-desenvolvimento, a pesquisa-ação, o diagnóstico de sistemas de produção, a análise-sistema, a pesquisa participativa, etc. 4

5 pesquisadores, dos produtores e agricultores envolvidos. É através desse novo diálogo entre pesquisadores/técnicos e produtores rurais/ agricultores que podem ser concebidas e elaboradas as inovações socialmente apropriadas e ecologicamente e economicamente adaptadas as condições reais das atividades produtivas (GRET, 1984). A realização de um procedimento de P.-D. pressupõe a realização de um diagnóstico finalizado do meio rural, através de aproximações sucessivas construídas a partir do confronto das hipóteses elaboradas e das problemáticas identificadas. A P.-D procura, assim, constituir um referencial, baseado em uma experimentação e/ou enquete sócio-econômica, e sustentado nas inovações introduzidas ou em respostas parciais. Enfim, cabe ressaltar que estes fundamentos da P.-D. são interdependentes e não se separam cronologicamente : um diagnóstico não é nunca definitivo e o acompanhamento da apropriação das técnicas e tecnologias não somente retroalimenta como necessita do diagnóstico (WÜNSCH, 1995). Assim, considera-se que, em uma operação de P.-D. em meio rural, tanto a inovação como a apropriação são objetos de estudo. Portanto, a P.- D. na agricultura associa duas funções complementares: a da avaliação e a da experimentação (TREBUIL & DUFUMIER, 1983). Os objetivos buscados por uma operação de P.-D. em meio rural podem ser extremamente diversos e abrangentes (GRET, 1984; BROSSIER, 1987; JOUVE, 1992): - detectar os principais fatores e condições limitantes da produção agrícola, hierarquizá-los, pesquisar e experimentar localmente as proposições de solução; - verificar as condições de apropriação das inovações propostas, condição para difundi-las para um maior número de agricultores e produtores rurais; 5

6 - realimentar a pesquisa fundamental fornecendo um diagnóstico pertinente e realista do meio rural em questão; - permitir a formação e o aperfeiçoamento de pesquisadores, técnicos, agricultores e produtores rurais; - subsidiar a concepção e a implantação de políticas e programas de desenvolvimento rural de abrangência local, regional ou nacional. III Fundamentação teórico-metodológica da Pesquisa-Desenvolvimento O procedimento de Pesquisa-Desenvolvimento têm como fundamento três instrumentos teóricos-metodológicos distintos : enfoque sistêmico, abordagem interdisciplinar e análise dinâmica. A utilização do enfoque sistêmico permite explicar os mecanismos internos que orientam e condicionam uma realidade agrária e que, muitas vezes, dependem não somente das propriedades dos seus elementos constitutivos, mas sobretudo de suas inter-relações. Esse preceito impõe considerar que a agricultura, no seu sentido mais amplo, não é uma simples justaposição de atividades produtivas e fatores de produção, mas sim um sistema organizado em torno de interações entre seus múltiplos componentes. Neste sentido, nos parece oportuno explicitar as preocupações que o enfoque sistêmico busca responder (WALLISER, 1977 citado por BROSSIER, 1987): - vontade, em reação as tendências ultra-analíticas de certas ciências, de restaurar uma abordagem mais sintética que reconheça as propriedades de interação dinâmica entre elementos de um conjunto, conferindo a este um caracter de totalidade; 6

7 - a necessidade, para compreender e entender conjuntos vastos e complexos, de dispor de um método que permitia organizar o conhecimento com vistas a uma melhor adequação dos meios disponíveis aos objetivos buscados; - a necessidade, frente a uma fragmentação e dispersão do saber, de promover uma linguagem unitária que possa servir de suporte a articulação e a integração de modelos teóricos e preceitos metodológicos dispersos nas diversas áreas do conhecimento. O enfoque sistêmico permitiu que a pesquisa deixasse de ser o instrumento de compreensão de um mundo já construído no qual ela teria como incumbência descobrir as articulações existentes. O conhecimento, visto a partir de um enfoque sistêmico, passou a ser o resultado de uma nova construção da realidade (BROSSIER, 1987). Ao permitir a aproximação da pesquisa da ação no estudo do rural, o enfoque sistêmico produziu uma modificação radical da atitude científica e uma renovação sem precedentes dos procedimentos científicos (JOUVE, 1994; GUICHAOUA, A. & GOUSSAULT, Y., 1993; LIU, 1997). A abordagem interdisciplinar permitiu compreender os elementos que compõe uma realidade rural e de organizá-los em torno de hipóteses comuns sobre o seu funcionamento no tempo e no espaço (GRET, 1984). Nesse sentido, a interdisciplinaridade é vista como sendo não somente uma justaposição de disciplinas, mas um processo dinâmico de interrogação mútua, organizado em torno de uma problemática comum. A cada disciplina corresponde uma área de investigação específica ao seu objeto de estudo e com seus métodos de trabalho específicos. Como cada disciplina intervém mais particularmente em um nível de compreensão dos fenômenos, a contribuição da interdisciplinaridade consiste em permitir a organização do questionamento entre esses diferentes níveis. A pesquisa interdisciplinar é concebida, portanto, como sendo um afinamento de uma série hipóteses e interrogações assim como de respostas formuladas a cada etapa do procedimento de P.-D. Um primeiro nível correspondendo as respostas que enviam a uma escala mais fina de compreensão dos fenômenos, ela mesmo 7

8 gerando novas interrogações e assim por diante, em um processo contínuo e progressivo (GRET, 1984). Ao recorrer a análise dinâmica, busca-se evidenciar os aspectos contraditórias do processo de desenvolvimento, abordando não somente as lógicas de funcionamento de uma realidade agrária mas, igualmente, a evolução de suas condições de existência (GRET, 1984; JOUVE, 1992). IV Instrumental e procedimentos de execução da P.-D. Com o intuito de organizar e hierarquizar, no tempo e no espaço, as hipóteses e as formulações realizadas ao longo deste processo, nos parece indispensável explicitar alguns conceitos amplamente utilizados na P.-D. para o estudo e intervenção em um meio rural. Esses conceitos, explicitados em ordem crescente de abrangência, são: - Sistema de cultivo - É o conjunto de operações técnicas utilizadas de maneira idêntica na condução de uma cultura. Um sistema de cultivo pode ser definido pelo tipo de cultura; pela ordem de sucessão das culturas à nível de parcela assim como pelo itinerário técnico (SEBILLOTE, 1990). - Sistema de criação - É um conjunto de atividades coordenadas pelo homem para valorizar produtos agrícolas ou não, através de animais domésticos, para obter uma produção (leite, carne, peles, trabalho, esterco, etc.) ou com outros objetivos (religião, status social, etc.) (LANDAIS, É.; LHOSTE, Ph. & MILLEVILLE, P.,1987). - Sistema de produção - É a combinação de sistemas de cultivo e/ ou sistemas de criação dentro dos limites autorizados pelos fatores de produção que uma propriedade agrícola dispõe (disponibilidade de força de trabalho, conhecimento técnico, superfície agrícola, 8

9 equipamentos, capital, etc.). Integra igualmente as atividades de transformação e conservação de produtos animais, vegetais e florestais realizados dentro dos limites das unidades de produção (DUFUMIER, 1996). - Sistema agrário - É um modo de exploração do meio historicamente constituído e durável, um conjunto de forças de produção adaptado às condições bioclimáticas de um espaço definido e respondendo às condições e necessidades de um certo momento. Pode-se definir um sistema agrário como sendo a combinação do meio cultivado; dos instrumentos de produção (materiais e força de trabalho); do modo de artificialização do meio; da divisão social do trabalho entre agricultura, artesanato e industria; dos excedentes agrícolas e as relações de troca com outros atores sociais; das relações de força e de propriedade que regem a repartição do produto do trabalho, dos fatores de produção e dos bens de consumo; do conjunto de idéias e instituições que permitem de assegurar a reprodução social (MAZOYER, 1987; MAZOYER, M. & ROUDART, L., 1997). De uma maneira geral, os procedimentos de execução da P.-D. comportam quatro etapas distintas mas que podem ocorrer, ao menos parcialmente, de maneira concomitante (GRET, 1984; JOUVE, 1992; MONDAIN-MONVAL, 1993; DUFUMIER, 1996): - Zoneamento Regional O zoneamento regional consiste na identificação de um espaço geográfico no qual os elementos do tipo ecológico e do tipo antrópico se articulam entre si de maneira organizada e finalizada. Por permitir a reconstituição do funcionamento, no espaço e no tempo, de diferentes realidades agrárias, o conceito de Sistema Agrário se mostra pertinente para embasar a elaboração do zoneamento regional. Os principais instrumentos utilizados para a elaboração do zoneamento regional são as fontes secundárias (mapas geológicos/solos, fotos aéreas, imagens de satélites, arquivos, livros e 9

10 revistas, etc.), as leituras de paisagem agrária e as entrevistas com informantes privilegiados (técnicos locais, líderes comunitários, antigos agricultores e produtores, etc.). - Caracterização e Tipologia dos Sistemas de Produção A caracterização dos sistemas de produção consiste no estudo das unidades de produção encontradas em cada unidade do zoneamento. A elaboração da tipologia dos sistemas de produção pressupõe a construção teórica dos diferentes tipos de sistemas de produção a partir do reagrupamento, segundo suas características e especificidades, das diferentes unidades de produção estudadas. Este etapa é realizada através de entrevistas semi-diretivas e busca identificar e hierarquizar aspectos relacionados as práticas agrícolas, as representações sociais e a estrutura produtiva encontrados nos diferentes tipos de unidades de produção agrícola. A escolha das unidades de produção a serem estudadas é aleatório e o tamanho da amostra é variável e fortemente dependente da diversidade de sistemas de produção encontrados na região de estudo. - Estudo Aprofundado dos Sistemas de Produção O estudo aprofundado dos sistemas de produção consiste na realização de entrevistas, junto a um número restrito de unidades de produção previamente escolhidas e selecionadas, com o objetivo de testar hipóteses elaboradas ao longo das etapas precedentes. A verificação da validade das hipóteses levantadas pode se referir a aspectos de alocação da força de trabalho, da disponibilidade de meios de produção, de fluxos de capital ou de sistemas de cultivo e de criação implementados nas unidades de produção em estudo. - Seleção e Difusão de Tecnologias A seleção de tecnologias é realizada à partir dos resultados obtidos na etapa precedente e busca identificar as tecnologias que permitem suplantar as limitações de desenvolvimento impostas às unidades de produção. Em geral, as 10

11 tecnologias elaboradas com a participação da maioria dos atores sociais e à partir de seus conhecimentos, apresentam uma maior possibilidade de se imporem socialmente. Já a difusão de tecnologias selecionadas deve ser implementada respeitando o ritmo e as iniciativas próprias da sociedade rural. Assim, os programas e ações devem ser progressivos e equilibrados, iniciando por uma fase de sensibilização ao longo da qual são realizadas atividades que respondem as preocupações mais imediatas dos atores sociais. Em seguida, deve-se buscar um aprofundamento do processo, com ações e atividades progressivamente mais complexas do ponto de vista técnico e econômico. V Conclusões A utilização da Pesquisa-Desenvolvimento no estudo do rural é relativamente recente na França e teve início no final dos 60 com a constatação do fracasso de grandes projetos de desenvolvimento rural. Considera-se que o termo Pesquisa-Desenvolvimento agrupa uma série de procedimentos, em geral concebidos pela pesquisa, que buscam responder as necessidades e expectativas tanto dos profissionais que trabalham com o desenvolvimento rural como das sociedades rurais envolvidas neste processo. Em geral, uma operação de Pesquisa-Desenvolvimento compreende o diagnóstico da realidade agrária (com a identificação e confrontação sucessiva das problemáticas e hipóteses), a constituição de um referencial (baseado na experimentação ou em entrevistas sócio-econômicas) e a avaliação e difusão de inovações tecnológicas ou organizacionais. Tal procedimento, por permitir a compreensão e caracterização de realidades agrárias no tempo/ espaço e dentro de uma ótica evolutiva, se apresenta como um poderoso e eficiente instrumento prospectivo. 11

12 A Pesquisa-Desenvolvimento se configura como um método de conhecimento e ação no meio rural, que se caracteriza por utilizar a abordagem sistêmica para apreender os diferentes níveis de organização da produção agrícola, ser pluridisciplinar, isto é, integra-se as análises de diferentes disciplinas entorno de um objeto complexo comum e, se interessar pelas dinâmicas contraditórias do desenvolvimento agrícola, pelas evoluções passadas e as possibilidades do futuro (WÜNSCH, 1995). Apesar da importante contribuição da Pesquisa-Desenvolvimento para a reflexão sobre o desenvolvimento rural, o aprimoramento e a vulgarização deste procedimento tem enfrentado alguns problemas e limitações tanto de ordem teórico-metodológica como de ordem prática. Entre as limitações identificadas, salienta-se as dificuldades em ultrapassar o difícil equilíbrio entre a prática do desenvolvimento (proposições operacionais e de resultados à curto prazo) e o ritmo e exigências próprias a atividade de pesquisa. Identifica-se, também, uma contestação das condições, muitas vezes artificiais, de realização dos projetos de Pesquisa-Desenvolvimento e que se materializam em um custo elevado e uma longa duração em relação aos resultados obtidos. No que tange aos problemas de cunho teórico-metodológicos, pode-se ressaltar as sérias dificuldades encontradas ao tentar modelizar os comportamentos humanos (estratégias dos atores, ambivalência dos comportamentos, ambigüidade das representações, etc.) sob forma de sistema. Igualmente, a identificação das racionalidades e lógicas dos atores sociais implicam na necessidade de um savoir-faire nem sempre presente nas equipes encarregadas na implementação de projetos de P.-D. Enfim, identifica-se uma série de dificuldades na delimitação do campo de atuação dos pesquisadores/técnicos e dos agricultores e produtores rurais. Seguidamente, tais situações se apresentam na forma de desvios na qualidade da observação por parte do pesquisador (julgamentos pessoais e subjetivos) ou induzindo os atores sociais, ou uma parte deles, a adotarem novas estratégias (SARDAN, 1994; GUICHAOUA, A. & GOUSSAULT, Y., 1993). 12

13 Apesar de suas limitações, a Pesquisa-Desenvolvimento e os seus fundamentos teórico-metodológicos permanecem sendo referências incontornáveis para a concepção de procedimentos de intervenção em realidades agrárias complexas, sobretudo em países em desenvolvimento. Tais considerações se justificam, em grande parte, pelo fato que as abordagens ditas clássicas se mostram impraticáveis frente a difícil realidade encontrada nestas situações. Igualmente, pode-se justificar estas considerações pela crescente limitação em recursos financeiros e em tempo que as áreas da pesquisa e da cooperação em prol do desenvolvimento rural tem sendo submetidas nos últimos tempos. VI Bibliografia BILLAZ, R. & DUFUMIER, M. (1980) Recherche et développement en agriculture. Collection Techniques vivantes, Presses Universitaires de France, Paris, 188p. BROSSIER, J. (1987) Système et système de production note sur ces concepts. Cahiers des Sciences Humaines, vol. 23, nº3-4. Pp DUFUMIER, M. (1996) Les Projets de Développement Agricole. Éditions Karthala - CTA, Paris. 354p. GRET (1984) Démarches de recherche développement apliquées au secteur de la production rurale des pays en voie de développement. Collection des Ateliers Tecnologique et Développement, Ed. BLACT CFECTI GRET SGAR-PACA, Paris. 91p. GUICHAOUA, A. & GOUSSAULT, Y. (1993) Sciences sociales et développement. Ed. Armand Colin, Paris.190p. JOUVE, Ph. (1992) Le diagnostic du milieu rural de la région à la parcelle. Études et Travaux du CNEARC nº6, Centre National d Études Agronomiques des Régions Chaudes, Montpellier (França). 39p. JOUVE, Ph. (1994) Approche systémique et formation des agronomes. Simpósio Internacional Recherche-Système en Agriculture et Réveloppement Rural, Montpellier (França). Pp

14 LANDAIS, É.; LHOSTE, Ph. & MILLEVILLE, P (1987) Points de vue sur la zootechnie et sur les systèmes d élevage tropicaux. Cahiers des Sciences Humaines, vol. 23, nº3-4. Pp LANDAIS, É. & DEFFONTAINES, J.P. (1989) Les pratiques des agriculteurs - point de vue sur un courant nouveau de la recherche agronomique In: Brossier, J.; Vissac, B. & Le Moigne, J.L. (Editores) - Modelisation systèmique et système agraire, INRA, Paris. Pp LIU, M. (1997) Fondements et pratiques de la recherche-action. Collection Logiques Sociales. Ed. L Harmattan, Paris. 351p. MAZOYER, M. (1987) Rapport de Synthèse Provisoire. Colóquio Dynamique de Systèmes Agraires, Paris. 20p. MAZOYER, M. & ROUDART, L. (1997) Histoire des Agriculteurs du Monde. Éditions du Seuil, Paris. 534p. MONDAIN-MONVAL, J.-F. (1993) Diagnostic rapide pour le développement agricole. Ed. GRET Ministère de la Coopération et du Développement, Paris. 128p. PARFAIT, G. (1995) La recherche-action, une démarche scientifique en quête de légitimité. Revue Nature-Sciences-Sociétes, nº2, vol.3. Pp SARDAN, J.-P. O. de (1994) De l amalgame entre analyse-système, recherche participative et recherche-action, et quelques problèmes autour de chacun de ces termes. Simpósio Internacional Recherche-Système en Agriculture et Développement Rural, Montpellier (França). Pp SEBILLOTTE, M. (1990) Système de culture, un concept opératoire pour les agronomes. IN: Combe, L. & Piccard, D. (Ed.). Les systèmes de culture. Paris, INRA. 196p. SEBILLOTTE, M. (1994) Approche systémique et formation des agronomes. Simpósio Internacional Recherche-Système en Agriculture et Réveloppement Rural, Montpellier (França). Pp TREBUIL, G. & DUFUMIER, M. (1983) Repères méthodologiques pour la recherche-développement en agriculture: application à l initiation d une opération au sud de la Thailande. Les Cahiers de la Recherche Développement, nº2. Pp WÜNSCH, J. A. (1995) Diagnóstico e tipificação de sistemas de produção : procedimentos para ações de desenvolvimento regional. Dissertação de mestrado em Agronomia, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz USP, Piracicaba, 178p. 14

Sistemas Agrários e Desenvolvimento Rural

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