CURSO DE EXTENSÃO EM PLANEJAMENTO URBANO ENCONTRO 2: DE LONGE, DE PERTO, DE DENTRO
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- Geraldo Dias Álvares
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2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL (PROPUR) GRUPO DE PESQUISA LABORATÓRIO DE ESTUDOS URBANOS (LEURB)) CURSO DE EXTENSÃO EM PLANEJAMENTO URBANO ENCONTRO 2: DE LONGE, DE PERTO, DE DENTRO PALESTRANTES HELENIZA ÁVILA CAMPOS ROBERTO VERDUM
3 PAISAGEM PARA O PLANEJAMENTO URBANO Pagus Laboratório da Paisagem A paisagem como chave de interpretação territorial da cidade. A paisagem como suporte para tratar o espaço público e os poderes em disputa na cidade, que se manifestam e transformam a paisagem urbana. A percepção e experiência dos sujeitos em seu cotidiano pela leitura da paisagem, como meio de tratar seus conflitos e anseios, assim como suas demandas. Estudos de caso do PAGUS - Laboratório da Paisagem. Prof. Dr. Roberto Verdum et al.:
4 OBJETIVOS DO GRUPO DE PESQUISA ::::: Reconhecer e resgatar a produção artística, técnica e científica sobre a paisagem; ::::: Aprofundar o debate e a reflexão sobre o conceito de paisagem e sua aplicação como categoria de análise nos processos de estudo, planejamento e gestão do território; ::::: Apoiar e desenvolver iniciativas referentes à elaboração e aplicação de metodologias para a interpretação da paisagem; ::::: Elaborar estudos na perspectiva da paisagem para dar suporte às políticas públicas em diferentes escalas espaciais.
5 PAISAGEM PARA O PLANEJAMENTO URBANO Pagus Laboratório da Paisagem Diálogo entre métodos capazes não só de cartografar, mas também de descrever, analisar e interpretar arranjos espaciais gerados por diferentes mudanças, para assim demonstrar a importância estratégica da leitura do espaço na compreensão das condições concretas e/ou simbólicas presentes na relação natureza-sociedade, como também identificar e analisar os conflitos que se concretizam na paisagem. O enfoque principal é dado pela heterogeneidade espacial para compreender a dinâmica que regula a organização da paisagem e nessa perspectiva, a paisagem não é simplesmente uma delimitação espacial homogênea.
6 A PAISAGEM PARA O PAGUS ::::: paisagem marca porque expressa uma civilização, a(s) sociedade(s) humana(s)... ::::: paisagem matriz porque participa dos esquemas de percepção do sujeito em relação ao espaço geográfico, ao lugar, aos limites territoriais, aos elementos na paisagem e as suas relações humanas... GUINARD pintando Ouro Preto/MG
7 ABORDAGENS ::::: Paisagem Concreta ::: MARCA Resultado das marcas que a sociedade humana imprime na superfície terrestre ao longo do tempo. Estas marcas: - têm formas, linhas, cores e texturas, condicionadas por fatores naturais e sociais em constante transformação; - se constituem no tempo e na sua materialidade; - são a expressão das heranças da ação humana sobre a natureza, isto é, uma sucessão de relações, um resultado geográfico e histórico acumulado, com suas infinitas possibilidades de transformação.
8 ABORDAGENS ::::: Paisagem enquanto fenômeno perceptivo, sentido... (Fenomenológica) ::: MATRIZ Os diferentes e infinitos modos do sujeito olhar, sentir, interpretar e transformar a paisagem. Ela é uma construção social contínua, coletiva, e ao mesmo tempo individual. Ela é concebida esquemas próprios da percepção e representação. Ao perceber determinada paisagem o sujeito imprime uma imagem mental e afetiva, estruturada a partir de suas referências culturais e rememorações, que gera uma representação única, sempre diferente da realidade observada.
9 ABORDAGENS COMPLEMENTARES DO PAGUS a paisagem enquanto materialidade... Ponte de Pedra - década de 1900 a paisagem enquanto um fenômeno... Pedro Weingärtener, Escola de Artes do IBA/UFRGS
10 PAGUS COMO ESTRUTURA TRANSDISCIPLINAR Conceber a paisagem numa perspectiva de entrelaçamento de olhares disciplinares que originem estudos que busquem entender as diferentes relações entre a natureza e a sociedade, assim como o indivíduo no decorrer dos tempos e em diferentes espaços. Entender as modificações na paisagem como uma espiral, onde as várias formas de interpretação e de investigação se interrelacionam.
11 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 ::::: A percepção da Ponte de Pedra como elemento simbólico da cidade, que está localizada nas bordas do centro histórico de Porto Alegre/RS :::::: Prática multidisciplinar do Atelier da Paisagem sobre a ameaça de cercamento do Parque da Redenção, Porto Alegre/RS :::::: Concurso Pagus de Fotografia sobre a Paisagem no Espaço Público.
12 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 A percepção da Ponte de Pedra como elemento simbólico da cidade, que está localizada nas bordas do centro histórico de Porto Alegre/RS
13 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 A percepção da Ponte de Pedra como elemento simbólico da cidade, que está localizada nas bordas do centro histórico de Porto Alegre/RS Registro audiovisual sobre os relatos e percepção de sujeitos em relação a esse elemento da paisagem. A paisagem é então registrada na sua temporalidade presente, ainda que o sujeito se desloque a outras temporalidades para explicar o significado da Ponte de Pedra, de acordo com suas memórias e experiências vividas.
14 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 Prática multidisciplinar do Atelier da Paisagem sobre a ameaça de cercamento do Parque da Redenção, Porto Alegre/RS.
15 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 Prática multidisciplinar do Atelier da Paisagem sobre a ameaça de cercamento do Parque da Redenção, Porto Alegre/RS. Intervenção no espaço urbano, a produção de imagens prospectivas sobre uma paisagem futura e também o audiovisual, para registrar a percepção dos transeuntes sobre diversos aspectos potencialmente ameaçados, caso o cercamento do parque fosse efetivado. Aqui a paisagem é rememorada, mas também inventada a partir de uma representação fictícia elaborada pelos pesquisadores; o registro da paisagem incorpora a imaginação como parte do processo de percepção/representação.
16 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 Concurso Pagus de Fotografia sobre a Paisagem no Espaço Público
17 ESTUDOS REALIZADOS 2015/17 Concurso Pagus de Fotografia sobre a Paisagem no Espaço Público Fotografia como registro das paisagens que remetem à ideia de Espaço Público. Ao ser convidado a registrar esta paisagem, os sujeitos inevitavelmente refletem sobre o conceito de espaço público para si, levando em conta suas matrizes culturais e suas próprias rememorações.
18 CARTOGRAFIA PLURAL DO PAGUS No caso da Ponte de Pedra temos inicialmente a transição entre o espaço urbano e rural; posteriormente a transição entre o tecido urbano histórico e os aterros que abrigaram edifícios públicos implantados de acordo com o ideário modernista; e finalmente sua situação atual marcada pela degradação patrimonial e do espaço enquanto público. Há a necessidade de se afirmar a manutenção da ponte como elemento de memória, mas também como de apropriação cultural no presente.
19 CARTOGRAFIA PLURAL DO PAGUS No Parque da Redenção, representamos a imensa área de banhado que consistia num espaço pouco apropriado para ocupação urbana; mas já no século XX, esse espaço ganha o status de parque urbano enriquecendo a fisionomia da paisagem e a apropriação cultural crescente de seus recantos; a situação atual busca representar o parque como um campo de disputa política, caracterizado pela construção de um imaginário de permanente insegurança que visa desmantelar sua função como espaço público.
20 CARTOGRAFIA PLURAL DO PAGUS No estudo relacionado à paisagem do espaço público, sobrepomos à matriz, uma representação da cidade em perfil (skyline): - partimos de um século XIX, onde o espaço construído é pouco expressivo em relação ao meio; - saltamos ao século XX, onde o espaço público se configura como o âmbito das trocas e relações sociais, e ao longo do qual há um aumento progressivo do espaço construído a ponto de ressignificar os espaços públicos e coletivos; - finalmente chegamos ao século XXI marcado pelas contradições sociais e da natureza que alteram a paisagem urbana e apontam para uma perda sistemática do espaço público como um âmbito democrático. - o Concurso de Fotografia ilustra a diversidade de percepções sobre o que é espaço público, mostrando paisagens que vão da beleza cênica da natureza à crescente desigualdade social na cidade.
21 CARTOGRAFIA PLURAL DO PAGUS Assim, a Cartografia Plural do Pagus se caracteriza como um experimento aberto, no qual assumimos a importância dos diferentes modos de representação e registros: a descrição, a perspectiva, a cartografia, o perfil (skyline), as representações temporais (timelines), as fotografias e os desenhos. A imagem resultante metaforiza a paisagem, busca capturar a essência dos casos estudados pelos pesquisadores em Porto Alegre, e mostra a capacidade que possui essa cartografia aberta de oferecer múltiplas leituras. Ao contrário de uma interpretação totalizadora, busca abrir um diálogo sobre a complexidade inerente ao fenômeno da paisagem.
22 OBRIGADO!!!
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