UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA HAYLA ISABELY NAKAÚTH DOS SANTOS

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA HAYLA ISABELY NAKAÚTH DOS SANTOS PROTOCOLOS ANESTÉSICOS PARA COLETA DE SÊMEN EM CARNÍVOROS SELVAGENS Boa Vista, RR 2017

2 HAYLA ISABELY NAKAÚTH DOS SANTOS PROTOCOLOS ANESTÉSICOS PARA COLETA DE SÊMEN EM CARNÍVOROS SELVAGENS Trabalho de conclusão de curso apresentado como pré-requisito para obtenção de grau de Bacharel em Medicina Veterinária pelo Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Roraima. Orientadora: Profa. Dra. Fabíola Niederauer Flores Boa Vista, RR 2017

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4 HAYLA ISABELY NAKAÚTH DOS SANTOS PROTOCOLOS ANESTÉSICOS PARA COLETA DE SÊMEN EM CARNÍVOROS SELVAGENS Trabalho de conclusão de curso apresentado como pré-requisito para obtenção de grau de Bacharel em Medicina Veterinária pelo Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Roraima. Defendido em 7 de agosto de 2017 e avaliado pela seguinte banca examinadora: Boa Vista, RR 2017

5 AGRADECIMENTOS A Deus, autor da minha fé, porque dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A minha família: meus pais, meu irmão, avós, tios e primos, que são meu ponto de apoio e que sempre me deram todo o suporte pra percorrer essa jornada acreditando no meu potencial mais do que por vezes eu mesma acreditei. Incluo também meus cachorros, pois foram minhas fontes de ânimo em todos os momentos de angústia. Ao meu namorado, que compartilha comigo de sorrisos e lágrimas na busca pelo sonho de exercer, à altura de sua grandeza, a profissão médico-veterinária, e que nunca mede esforços pra me ser um porto seguro. Aos meus professores, que são o alicerce do nosso jovem curso e que lutaram incansavelmente em meio as dificuldades para compartilhar um pouco do seu conhecimento com os discentes da primeira turma de Medicina Veterinária do estado de Roraima, fazendo história não só no estado, mas na vida de cada um destes. Agradeço em especial aos professores Gabriela Lima e Caio Bueno, que sempre estiveram dispostos a me aconselhar e ajudar durante a produção deste trabalho, e à minha orientadora Fabíola Niederauer Flores, que me deu tantas oportunidades de crescer na vida acadêmica, e a quem devo minha inspiração de um futuro profissional na área da anestesiologia veterinária. Aos meus amigos...que jornada...cinco anos de lutas, mas agradeço aos que estiveram comigo dividindo momentos que serão jamais esquecidos, especialmente à Érica e à Nathália, que cresceram comigo passo a passo no processo de formação acadêmica e que participaram de minhas vitórias, sendo parceiras de trabalhos, de estudos, de risadas, broncas e micos... É só o começo. Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres. (Salmos 126:3)

6 RESUMO A aplicação de biotécnicas da reprodução em carnívoros selvagens é considerada uma ferramenta de urgência na conservação da diversidade genética destes animais, uma vez que famílias desta ordem compreendem várias espécies em vias de extinção. Os estudos reprodutivos realizados em membros da ordem carnívora são o primórdio para o desenvolvimento de métodos adequados para técnicas de reprodução assistida nestes animais, sendo a coleta de sêmen o primeiro passo para tais estudos. Os protocolos anestésicos empregados na contenção de animais selvagens utilizados para coleta de sêmen em estudos e projetos de conservação têm direta influência na qualidade do ejaculado colhido. O objetivo da presente revisão de literatura é fornecer um compilado de informações sobre protocolos anestésicos empregados em estudos com coleta de sêmen em diferentes espécies de carnívoros selvagens das famílias Felidae, Canidae, Procyonidae e Mustelidae, ressaltando seus efeitos na permissão do processo de ejaculação e suas possíveis interferências na qualidade espermática. O método de coleta de sêmen por cateterização uretral após aplicação de medetomidina é um método inovador que até então tem sido empregado com sucesso em felídeos selvagens, mas que pode ser de grande valia em estudos futuros com representantes de outras famílias de carnívoros. Com exceção deste método, em que se utiliza um fármaco agonista alfa-2 adrenérgico, os demais protocolos relatados nas pesquisas com carnívoros selvagens abordadas nesta revisão incluem maioritariamente a aplicação de agentes dissociativos em associações, sendo citada a eficácia de representantes desta classe farmacológica em processos da pesquisa para obtenção de sêmen. Contudo, são necessários mais estudos que utilizem protocolos anestésicos incluindo diferentes classes farmacológicas, com métodos de coleta inovadores, garantindo o cumprimento dos requisitos para uma anestesia adequada, contribuindo assim para o avanço científico e ecológico na garantia do bem-estar animal e na aplicação de biotécnicas da reprodução em carnívoros selvagens. Palavras-chave: Anestesiologia. Biotecnologia da reprodução. Carnívora.

7 ABSTRACT The application of reproductive biotechnology to wild carnivores is considered an urgent tool in the conservation of the genetic diversity of these animals, since families of this order comprise several endangered species. Reproductive studies performed on members of the carnivorous order are the primordium for the development of appropriate methods for assisted reproduction techniques in these animals, being the collection of semen the first step for such studies. The anesthetic protocols employed in the containment of wild animals used for collection of semen in studies and conservation projects have a direct influence on the quality of the ejaculate collected. The objective of the present literature review is to provide a compendium of information on anesthetic protocols used in studies with semen collection on different species of wild carnivores of the families Felidae, Canidae, Procyonidae and Mustelidae, emphasizing their effects in permitting the ejaculation process and the possibility of its interference in sperm quality. The method of semen collection by urethral catheterization after application of medetomidine is an innovative method that has been successfully employed in wild felids, but which may be of great value in future studies with representatives of other carnivorous families. With the exception of this method, which uses an alpha-2 adrenergic agonist drug, the other protocols reported in the wild carnivore researches covered in this review include the application of dissociative agents in associations, being cited the effectiveness of representatives from this pharmacological class in the research processes to obtain semen. However, further studies using anesthetic protocols including different pharmacological classes with innovative collection methods are required, thus ensuring compliance with the requirements for adequate anesthesia, contributing to scientific and ecological progress in ensuring animal welfare and application of reproductive biotechniques in wild carnivores. Keywords: Anesthesiology. Reproductive biotechnology. Carnivora.

8 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Dados de pesquisas realizadas para coleta de sêmen de felídeos selvagens, empregando diferentes protocolos anestésicos Tabela 2- Dados de pesquisas realizadas para coleta de sêmen de canídeos selvagens, empregando diferentes protocolos anestésicos Tabela 3- Dados de pesquisas realizadas para coleta de sêmen de procionídeo selvagem, empregando diferentes protocolos anestésicos...29 Tabela 4- Dados de pesquisas realizadas para coleta de sêmen de mustelídeos selvagens, empregando diferentes protocolos anestésicos

9 SUMÁRIO RESUMO... 4 ABSTRACT... 5 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA ORDEM CARNIVORA Principais fármacos empregados em protocolos anestésicos para coleta de sêmen em carnívoros selvagens Influência do uso de anestésicos na coleta de sêmen de carnívoros selvagens FAMÍLIA FELIDAE Uso de agonistas alfa-2-adrenérgicos Uso de fármacos dissociativos Uso de analgésicos opióides FAMÍLIA CANIDAE Uso de fármacos dissociativos Uso de fármacos anestésicos gerais inalatórios FAMÍLIA PROCYONIDAE Uso de fármacos dissociativos FAMÍLIA MUSTELIDAE Uso de fármacos dissociativos CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 34

10 8 1 INTRODUÇÃO As biotécnicas da reprodução são ferramentas importantes na conservação da diversidade genética de animais selvagens, pois podem servir como subsídio para aplicação de processos que otimizem as funções reprodutivas destes animais e atrasem os riscos de extinção, por meio da criação de bancos de germoplasma ou do desenvolvimento de novos métodos em reprodução assistida (DURRANT, 2014; PAZ, 2015). Especialmente para carnívoros selvagens, existe uma necessidade urgente de aplicação das biotécnicas da reprodução (GOODROWE et al. 2000), pois a ordem Carnívora compreende várias espécies em sérios riscos de extinção (SILVA; MORATO; SILVA, 2004). Alguns estudos têm sido realizados com base em informações obtidas utilizando-se modelos experimentais domésticos, o que pode ser considerado uma vantagem para desenvolvimento de experimentação científica nesta ordem, no entanto, métodos de reprodução assistida quando aplicados em animais selvagens ainda têm demostrado baixa eficiência, especialmente em virtude do pouco conhecimento de particularidades fisiológicas (PAZ, 2015) ou dos efeitos deletérios dos métodos em biotecnologia empregados nestes indivíduos (CASTELO; SILVA, 2014). A coleta de sêmen é uma das técnicas mais práticas para realização de pesquisa científica em estudos de conservação, e obtenção de material genético para bancos de criopreservação (CASTELO; SILVA, 2014; LUEDERS et al., 2012), além de representar o primeiro passo na aplicação de biotécnicas reprodutivas em populações selvagens (BARROS et al., 2009; ISHIKAWA et al., 1998). A eletroejaculação (EE) o método de eleição para coleta de sêmen em animais selvagens (PAZ, 2015; SILVA; MORATO; SILVA, 2004), a qual consiste na estimulação eletromagnética do assoalho da ampola retal para indução do reflexo ejaculatório (CASTELO; SILVA, 2014). Para o sucesso da obtenção de sêmen em carnívoros selvagens é necessária a aplicação de protocolos sedativos/anestésicos (CASTELO; SILVA, 2014; SILVA, MORATO; SILVA, 2004) que realizem de forma eficaz a contenção química dos animais, diminuindo os riscos ocupacionais inerentes ao manejo destes (ARAUJO, 2016; PAULA; MASCARENHAS, 2014), além de, na medida do possível, manterem seu bem-estar, diminuindo o grau de estresse e dor, ou sofrimento, gerado pela coleta do sêmen em si (CASTELO; SILVA, 2014). Fatores concernentes aos fármacos, como eficiência, segurança, viabilidade, custo, analgesia e existência de antagonistas devem ser considerados na busca pelos anestésicos adequados para coleta de sêmen em animais selvagens (CASTELO; SILVA, 2014). Menores

11 9 graus de prejuízos sobre a capacidade ejaculatória (SPINDLER; WILDT, 2010) e qualidade espermática são também aspectos de grande interesse nos estudos que objetivam descobrir protocolos anestésicos eficazes (CASTELO; SILVA, 2014; KOEHLER et al., 1998) visando obter amostras viáveis de sêmen para aplicação em estratégias de conservação. Em vista disto, a realização e divulgação de estudos que apresentem dados sobre fármacos anestésicos adequados para coleta de sêmen nas diferentes espécies de carnívoros selvagens, observando as particularidades espécie específicas, é essencial (ERDMANN et al., 2013), pois corrobora a obtenção de dados e informações necessárias e atualizadas na aplicação de biotécnicas da reprodução sem trazer riscos à vida ou ao bem-estar destes animais (BARROS et al., 2009; CASTELO; SILVA, 2014). O objetivo da presente revisão bibliográfica é fornecer um compilado de informações sobre protocolos anestésicos empregados em estudos com coleta de sêmen em diferentes espécies das famílias Felidae, Canidae, Procyonidae e Mustelidae, utilizadas nas principais pesquisas reprodutivas e conservacionistas que abordaram os efeitos dos fármacos empregados nas coletas, ressaltando sua influência na permissão do processo de ejaculação e suas possíveis interferências na qualidade espermática.

12 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ORDEM CARNIVORA Os carnívoros selvagens são considerados espécies-chave na manutenção de ecossistemas e conservação da biodiversidade em geral, uma vez que seu comportamento de predação tem importante participação na regulação de populações e estruturação de comunidades naturais (CHIARELLO et al., 2008). A Ordem Carnivora pode ser dividida em sete famílias (CUBAS; SILVA; CATÃO- DIAS, 2014), existindo, no Brasil, 26 espécies terrestres, dentre as quais nove possuem populações inclusas na lista oficial da fauna brasileira ameaçada de extinção (CHIARELLO et al., 2008; MACHADO et al., 2005). Segundo Silva, Morato e Silva (2004), espécies carnívoras não-domésticas, representam tópicos de extrema dificuldade para a biologia da conservação, e de acordo com Araujo (2016), fatores como caça e destruição de habitat as incluem entre os animais listados como de maior risco de extinção. Ainda que a necessidade da aplicação de biotécnicas para conservação nessa ordem seja urgente, a escassez de informações sobre métodos eficazes nos processos de reprodução assistida ainda representa um entrave para o avanço destas (GOODROWE et al., 2000). A coleta de sêmen é parte primordial dos métodos em desenvolvimento para reprodução assistida em animais selvagens. Em carnívoros, a eletroejaculação é o método de eleição para a coleta em razão da possibilidade de sua realização em animais anestesiados (PAZ, 2015; SOUZA, 2009), observados os riscos que envolvem a manipulação destes animais (SILVA; MORATO; SILVA, 2004). As possibilidades de utilização dos anestésicos em sua diversidade são um campo vasto a ser estudado, objetivando a descoberta de fármacos que demonstrem resultados satisfatórios (CASTELO; SILVA, 2014), em detrimento dos que, comprovadamente, tenham interferência negativa nos mecanismos de ereção ou causem prejuízos na ejaculação e qualidade espermática (SPINDLER; WILDT, 2010).

13 Principais fármacos empregados em protocolos anestésicos para coleta de sêmen em carnívoros selvagens Dentre as classes farmacológicas empregadas para eletroejaculação em carnívoros selvagens destacam-se os dissociativos em associações com agonistas alfa-2-adrenérgicos (CASTELO; SILVA, 2014) e/ou com benzodiazepínicos (PAZ, 2015). Os anestésicos dissociativos causam dissociação por bloqueio na transmissão neuronal entre o tálamo e o encéfalo (NATALINI, 2007), com perda do tono postural, amnésia e alucinação (LUNA, 2012). Representantes desta classe, como a cetamina e a tiletamina devem ser associados com outros fármacos tranquilizantes e miorrelaxantes para inibir a ocorrência de catatonias induzidas por estes primeiros (LUNA, 2012; NATALINI, 2007). Com este intuito, sedativos agonistas alfa-2-adrenérgicos são agentes analgésicos e miorrelaxantes de ação central, sendo por isso frequentemente empregados em anestesias de animais silvestres (MASSONE, 2011). Seus principais representantes utilizados para coleta de sêmen têm demonstrado resultados promissores, sendo estes a xilazina (CASTELO; SILVA, 2014) e a medetomidina, (ARAUJO, 2016). Semelhantemente, os benzodiazepínicos são tranquilizantes que promovem efeito ansiolítico e miorrelaxante de ação central (MASSONE, 2011), destacando-se o zolazepam,, utilizado em associação comercial com a tiletamina, o qual é repetidamente empregado em protocolos de eletroejaculação (PAZ, 2015), e o midazolam, recomendado em associação com a cetamina (NATALINI, 2007) Influência do uso de anestésicos na coleta de sêmen de carnívoros selvagens Com a necessidade do estabelecimento de anestesia na coleta de sêmen de animais selvagens, é indispensável a compreensão de possíveis influências que os princípios ativos empregados podem exercer sobre o sucesso da coleta ou sobre a qualidade das amostras obtidas (CASTELO; SILVA, 2014). Dentre os principais inconvenientes citados como entraves no sucesso da coleta de sêmen por eletroejaculação em carnívoros selvagens está a contaminação por urina (CASTELO; SILVA, 2014; SILVA; MORATO; SILVA, 2004). Alguns agentes anestésicos são referidos como responsáveis por causar relaxamento da musculatura uretral permitindo a passagem de urina e consequente contaminação e perda da qualidade do sêmen (SOUZA,

14 ), uma vez que a urina é tóxica para os espermatozóides (ARAUJO, 2016). Como exemplo disto, podem ser citados: xilazina (CASTELO; SILVA, 2014), medetomidina, diazepam, acepromazina (SPINDLER; WILDT, 2010), e até mesmo anestésicos inalatórios como isofluorano e halotano (HOWARD et al, 1993; SOUZA, 2009). A concentração espermática no sêmen também é um fator que pode receber influência negativa dos fármacos empregados para eletroejaculação, em virtude da hiperestimulação nas inervações das glândulas acessórias e liberação excessiva de fluidos seminais, ou, do favorecimento da ocorrência de ejaculação retrógrada (CASTELO; SILVA, 2014; TECIRLIOGLU et al., 2002). 2.2 FAMÍLIA FELIDAE Os felídeos selvagens são alvos da maioria dos estudos envolvendo técnicas em biotecnologia da reprodução para fins de conservação. Segundo Araujo (2016), apesar do grande investimento em estudos de métodos de reprodução assistida em animais desta família, as dificuldades na aplicação real destas técnicas se iniciam no processo de obtenção de amostras satisfatórias de sêmen. É característico nesta família, em espécies domésticas ou selvagens, o baixo volume obtido através de métodos diversos de coleta de sêmen e a alta porcentagem de alterações morfológicas conhecidas como teratospermias (MOREIRA, 2014; SOUZA, 2009). Mesmo sendo considerada como método de eleição para felídeos silvestres (ARAUJO, 2016), a eletroejaculação é repetidamente citada por acarretar prejuízos à qualidade do sêmen colhido, além de necessitar de equipamentos de alto custo e de operador capacitado (LUEDERS et al., 2012; ZAMBELLI et al., 2008). Em pesquisas com coleta de sêmen de felídeos selvagens, especialmente quando por eletroejaculação, é também recorrente a obtenção de amostras muito diluídas ou contaminadas por urina (ARAUJO, 2016; LUEDERS et al., 2012), o que reafirma a necessidade do aprimoramento das técnicas utilizadas para a coleta (DECO et al., 2010). O uso de anestésicos em protocolos adequados é indispensável para realização da eletroejaculação em felídeos selvagens, uma vez que, ademais da garantia de analgesia e bemestar (CASTELO; SILVA, 2014), eles promovem segurança à equipe pesquisadora, considerando que os estímulos elétricos inerentes à eletroejaculação causam excitação nestes animais (ARAUJO, 2016). Além disso, efeitos de anestésicos como os agonistas alfa-2-

15 13 adrenérgicos, empregados em associações farmacológicas de estudos para obtenção de sêmen, permitem a obtenção de amostras de qualidade a partir de métodos alternativos de coleta (ARAUJO, 2016; ZAMBELLI et al., 2008) Uso de agonistas alfa-2-adrenérgicos Métodos promissores que utilizam representantes agonistas alfa-2-adrenérgicos vêm sendo recentemente estudados para coleta de sêmen em felídeos selvagens, os quais objetivam a obtenção de sêmen de melhor qualidade, oriundo de animais anestesiados, que dispensem a utilização do eletroejaculador, evitando assim os prejuízos decorrentes do processo de coleta (ARAUJO, 2016). A cateterização uretral pós-administração de medetomidina é uma técnica inovadora estudada em gatos, como modelos experimentais, por Zambelli et al. (2008) e que, mais recentemente, tem demonstrado bons resultados segundo estudos realizados por Lueders et al. (2012) em leões (Panthera leo), por Araujo (2016) em onças pardas (Puma concolor) e pintadas (Panthera onca) e por Kheirkhah et al. (2017) em gatos-da-selva (Felis chaus). A medetomidina tem sido citada como parte integrada destes métodos inovadores pelo seu potencial de estimular a contração dos ductos deferentes e, assim, auxiliar na ejaculação (ARAUJO, 2016). A metodologia do estudo de Zambelli et al. (2008) foi utilizada como base para outros estudos envolvendo a chamada coleta farmacológica (ARAUJO, 2016; KHEIRKHAH et al., 2017). Descrevendo a utilização da medetomidina para coleta de sêmen em gatos, Zambelli et al. (2007) relataram que não houve ejaculação espontânea após a aplicação do fármaco alfa-2 agonista. Porém, segundo Turner et at. (1995), a estimulação destes receptores adrenérgicos promove contração dos ductos deferentes e dos trígono vesical e esfíncter da vesícula urinária, o que, de acordo com Zambelli et al. (2007) e Araujo (2016) está possivelmente relacionado à liberação de espermatozoides na uretra, permitindo a coleta a partir de cateterização. A cateterização uretral (CU) para coleta de sêmen após aplicação de medetomidina (12 mg IM) e cetamina (150 mg IM) foi pesquisada por Lueders et al. (2012) em leões. O sêmen foi efetivamente colhido em todos os 7 animais utilizados, apresentando resultados favoráveis com amostras de qualidade, boa concentração e porcentagem satisfatória de motilidade espermática, de forma que poderia inclusive ser aplicado em método conseguintes de reprodução assistida como inseminação artificial ou criopreservação. Os autores afirmaram

16 14 também que o método de CU pode abolir o reincidente problema de contaminação do sêmen por urina se utilizado adequadamente. Araujo (2016) realizou estudo de método de coleta farmacológica com cateterização uretral em três onças pardas e 11 onças pintadas. Os animais foram anestesiados com medetomidina (0,08-0,1 mg/kg IM) e cetamina (5 mg/kg IM), e, após 20 a 40 minutos, foram submetidos a sondagem uretral, tempo recomendado por Lueders et al. (2012) para aguardar o período de latência e permitir o efeito da medetomidina sobre a ejaculação. Foram obtidas amostra de sêmen de todos os 14 animais, porém dentre estes, dois ejacularam apenas líquido seminal. Não houve contaminação do sêmen por urina em nenhuma das coletas realizadas. O autor relatou que durante o exame andrológico nos dois animais que não apresentaram espermatozoides no ejaculado, observou-se consistência anormalmente firme dos testículos, o que pode ser indicativo de degeneração testicular, justificando a ocorrência de azoospermia sem a influência do método de coleta ou fármacos empregados. As demais amostras apresentaram volume e concentração satisfatórios e parâmetros de qualidade espermática superiores ao relatado para estas espécies em outros trabalhos utilizando eletroejaculação (DECO et al., 2010; MORATO et al., 1998; MORATO et al., 2004). Recentemente Kheirkhah et al. (2017) utilizaram a metodologia de Zambelli et al. (2008) para coleta de sêmen em gato-da-selva. Cinco machos adultos foram utilizados no estudo e anestesiados com medetomidina (1 mg IM) e cetamina (5 mg IM). Após 15 minutos, a cateterização uretal foi realizada com inserção de sonda a cerca cm de profundidade na uretra. Os resultados obtidos mostraram-se contraditórios, de forma que parâmetros como volume, concentração e percentual de motilidade apresentaram grande variação entre si. Os autores relacionaram esses achados a possíveis efeitos dos anestésicos, comparando-os com resultados obtidos por Zambelli et al. (2004 apud KHEIRKHAH et al., 2017), que observaram concentração espermática e quantidade de liberação de espermatozoide na uretra superiores com a utilização de medetomidina em contraposição à cetamina. Estes achados comparativos se assemelham aos descritos por Zambelli et al. (2007) em gatos domésticos. Utilizando o método de eletroejaculação, em estudo comparativo dos efeitos da medetomidina ou cetamina sobre a qualidade espermática do sêmen de gatos domésticos, Zambelli et al. (2007) afirmaram que a administração de medetomidina demonstrou resultados superiores quanto à concentração espermática comparado aos valores deste mesmo parâmetro após administração de cetamina, e não observaram diferença significativa na porcentagem da ocorrência de ejaculação retrógrada a partir da aplicação de ambos os

17 15 fármacos. Relataram ainda, que a medetomidina promoveu adequada contenção e boa analgesia para realização de eletroejaculação nesta espécie. Todos os autores citados que coletaram sêmen por cateterização uretral pós-aplicação de medetomidina afirmaram que este fármaco tem potencial para estudo de coleta de sêmen em outras espécies de felídeos selvagens. Araújo (2016) enfatizou também as vantagens desse método proposto pela sua praticidade de realização a campo, em vista da qualidade das amostras com alta concentração espermática e menor quantidade de líquido seminal, dispensando assim a necessidade de equipamentos como a centrífuga. Além disso, Araujo (2016) e Lueders et al. (2012) ressaltaram que os efeitos da medetomidina podem ser revertidos pela aplicação do atipemazole, antagonista alfa-2, garantindo assim maior segurança para vida dos animais e diminuindo o tempo de manejo na recuperação anestésica destes Uso de fármacos dissociativos Erdmann et al. (2005), em estudo de parâmetros andrológicos de gato-do-matopequeno (Leopardus tigrinus), realizaram eletroejaculação submetendo os animais a contenção química com tiletamina/zolazepam (6,7 mg/kg) e xilazina (0,95 ± 0,26 mg/kg). Os pesquisadores obtiveram sucesso na obtenção do sêmen em todas as tentativas de eletroejaculação, contudo, relataram a ocorrência de contaminação por urina em 31,2% das amostras, indicada por coloração amarelada na amostra, e confirmada por valores de ph inferiores a 7. Este mesmo protocolo de contenção química foi empregado por Juvenal et al. (2008) para realização de eletroejaculação em gato-do-mato-pequeno, comparando-se, porém, a administração dos fármacos em três grupos de diferentes doses, sendo: 1-5 mg/kg e 0,5 mg/kg; 2-5 mg/kg e 0,75 mg/kg e 3-5 mg/kg e 1 mg/kg de tiletamina/zolazepam e xilazina, respectivamente. A coleta foi realizada com sucesso em todos os animais anestesiados pelos três diferentes protocolos. De 32 amostras obtidas dos 12 animais submetidos à EE, os autores relataram o desprezo de 10 (31,2%) e 18 alíquotas (0,07%), mais uma vez, em decorrência de contaminação do sêmen por urina. Mesmo sem inviabilização da avaliação do sêmen, tal contaminação mostrou-se presente em ejaculados colhidos de todos os grupos de diferentes doses dos anestésicos testados, tendo maior prevalência no segundo.

18 16 Este estudo avaliou ainda a qualidade do plano anestésico, os parâmetros vitais e a analgesia nos animais submetidos à eletroejaculação. Alguns representantes dos três grupos demonstraram sinais de superficialização do plano anestésico e receberam dose suplementar dos fármacos em 50% da dose inicial. De acordo com resultados obtidos na avaliação de nocicepção, os autores afirmaram que as associações empregadas nos protocolos testados são eficazes para a analgesia durante coleta de sêmen. Da mesma forma, relataram que mesmo com oscilações nas frequências cardíaca e respiratória, os parâmetros vitais mantiveram-se dentro dos padrões esperados para a espécie, não ameaçando assim a saúde dos animais (JUVENAL et al., 2008). Swanson et al. (2003) realizaram estudo com coleta de sêmen em vários felídeos neotropicais, utilizando como contenção farmacológica a associação de tiletamina/zolazepam (5-10 mg/kg IM). Os autores afirmaram que a anestesia dissociativa gerada por estes fármacos mostrou-se adequada para eletroejaculação em todas as espécies de felídeos estudadas, com exceção do puma (Puma concolor) e do gato-mourisco (Puma yagouaroundi), os quais necessitavam de um protocolo alternativo que os induzisse a um maior grau de anestesia e relaxamento. Miya et al. (2007), para avaliação do espermograma de 14 leões africanos, realizaram coleta de sêmen por eletroejaculação, submetendo-os a anestesia dissociativa com cetamina (10 mg/kg IM) e xilazina (1 mg/kg IM). Dentre 21 tentativas, apenas 13 foram efetivas para obtenção de sêmen. Em contrapartida, Deco et al. (2010) relataram a utilização da associação de cetamina (10 mg/kg) e xilazina (1,2 mg/kg) para coleta de sêmen por eletroejaculação em cinco onças pardas, empregando reforço anestésico de 4 mg/kg de cetamina e 0,4 mg/kg de xilazina em situações onde não se obteve o plano anestésico desejado. Como resultado, estes últimos alcançaram sucesso em 100% das coletas, diferindo dos resultados de Miya et al. (2007) em leões, com utilização de protocolo de contenção química semelhante. Previamente à EE, Deco et al. (2010) realizaram esvaziamento da vesícula urinária por sondagem uretral, seguida de lavagem com solução fisiológica estéril, o que contribuiu para a não-ocorrência de contaminação por urina em nenhuma das amostras obtidas. Este procedimento demonstrou maior sucesso na prevenção da contaminação do ejaculado por urina do que o método de cistocentese recomendado por Platz et al. (2001) e utilizado por Souza, Guimarães e Paz (2011). Desta forma, os autores concluíram que o protocolo anestésico e os métodos adotados na coleta foram eficientes, permitindo a obtenção de sêmen de onças pardas em concentração espermática superior ao citado na literatura.

19 Uso de analgésicos opioides Considerando uma maior variabilidade de protocolos, Tebet (2004), descreveu a utilização de três diferentes protocolos anestésicos em gato-do-mato-pequeno, jaguatirica (Leopardus pardalis) e gato doméstico para coleta de sêmen por eletroejaculação, sendo estes a associação de cetamina (15 mg/kg IM) e midazolam (0,5 mg/kg IM); associação de cetamina (15 mg/kg IM), midazolam (0,5 mg/kg IM) e butorfanol (0,2 mg/kg IM) ou tiletamina/zolazepam (10 mg/kg IM), empregados previamente a manutenção anestésica realizada com gás inalatório isofluorano. Para os animais onde o plano anestésico se mostrou insuficiente foram aplicados 5 mg/kg de cetamina ou 2 mg/kg de tiletamina/zolazepam para garantir a segurança durante a manipulação dos animais. Neste estudo não houve comparação da qualidade do sêmen coletado com os diferentes protocolos anestésicos utilizados, porém, a autora relatou que em gatos-do-mato-pequenos que receberam associação de fármacos contendo butorfanol, assim como naqueles indivíduos onde o plano anestésico foi considerado inadequado, com momentos de maior ou menor profundidade anestésica, a incidência de contaminação por urina foi maior. Segundo Erdmann et al. (2013), estes resultados sugerem uma influência negativa dos opióides no relaxamento vesical e maior ocorrência de contaminação do material na coleta. Erdmann et al. (2013) avaliaram os efeitos anestésicos na coleta de sêmen por eletroejaculação em jaguatiricas por meio da administração de 7 mg/kg de tiletamina/zolazepam e 1mg/kg de xilazina. Dos 17 procedimentos realizados, todos foram eficientes para obtenção de sêmen, sem ocorrência de contaminação por urina. O sucesso da coleta foi atribuído ao emprego adequado dos fármacos anestésicos. Em comparação ao relatado por Tebet (2004), quanto à utilização do butorfanol como analgésico em um dos seus protocolos e ocorrência de contaminação das amostras por urina, os achados de Erdmann et al. (2013) descreveram boa analgesia com o emprego da xilazina, sem interferência na qualidade do sêmen. Estes autores afirmaram que tal fato pode estar relacionado ao efeito deste agonista alfa-2-adrenérgico na diminuição da contração abdominal e no favorecimento de menor grau de relaxamento do esfíncter vesical externo durante a eletroejaculação, prevenindo a liberação de urina. Erdmann et al (2013) ainda relataram que os períodos de latência e de duração da anestesia com a associação de fármacos proposta foram favoráveis, visto que o curto tempo de latência diminuiu o estresse inerente à contenção dos animais e o tempo de duração dos efeitos anestésicos permitiu a manipulação segura dos mesmos. Os autores concluíram que a

20 18 associação utilizada promoveu uma boa qualidade anestésica e analgésica, sendo eficaz e segura para coleta de sêmen por eletroejaculação em jaguatiricas, sem trazer riscos à vida dos animais. Ribeiro e Erdmann (2013), empregando meperidina em associações para EE, não relataram efeitos deletérios relacionados ao emprego deste opióide no protocolo anestésico. Foram analisados os efeitos da associação de: cetamina S+ (dextrocetamina) (15 mg/kg), midazolam (1 mg/kg) e meperedina (4 mg/kg); ou de cetamina S+ (15 mg/kg), midazolam (1,5 mg/kg) e meperedina (4 mg/kg) na coleta de sêmen de gato maracajá (Leopardus wiedii), obtendo-se anestesia adequada e segura com ambos os protocolos utilizados, além de boa qualidade de sêmen. Referente à classe dos analgésicos opioides, os resultados de Ribeiro e Erdmann (2013) diferem do observado por Tebet (2004), quanto à ação destes sobre a coleta de sêmen. Erdmann et al. (2013) afirmou que os resultados de Tebet (2004) sugerem que o uso de opioides interfere no relaxamento vesical, contudo, vale ressaltar que a ação destes analgésicos é variável de acordo com sua ligação com os diferentes receptores opioides no sistema nervoso central, sendo a meperidina um agonista de receptores µ opioides, e o butorfanol agonista de kappa (κ) e antagonista de mu (µ) (STEAGALL; LUNA, 2012). Os efeitos da associação com opióides para analgesia nos protocolos são pouco elucidados nos estudos com eletroejaculação em animais selvagens. Considerando que a EE é um processo estressante que pode causar dor (CASTELO; SILVA, 2014) é benéfica a associação dos fármacos dissociativos, como a cetamina e a tiletamina, que são os agentes mais frequentemente utilizados (PAZ, 2015; SILVA; MORATO; SILVA, 2004) e indicados para dores de origem somáticas (LUNA, 2012), com outros fármacos analgésicos, como os opioides, durante o processo de estimulação elétrica potencialmente álgico. Tebet (2004), utilizando tiletamina/zolazepam associada ou não a morfina para EE em gatos domésticos, afirmou que o emprego deste opióide proveu melhores resultados em comparação ao grupo de animais que foi submetido ao uso de tiletamina/zolazepam unicamente, observando-se melhor tranquilização, ausência de vocalização ou de qualquer sinal de desconforto, além de resultados satisfatórios na coleta. A oposição nos resultados dos estudos de Tebet (2004) e Ribeiro e Erdmann (2013) referente a administração de opióides na anestesia para EE em felídeos selvagens evidencia a necessidade de mais estudos que melhor esclareçam a influência dos diferentes representantes desta classe sobre os parâmetros de qualidade seminal nestes animais.

21 19 Uma compilação dos principais dados de estudos realizados para a coleta de sêmen de felídeos selvagens utilizando diferentes protocolos anestésicos pode ser observada na tabela 1. Tabela 1- Dados de pesquisas realizadas para coleta de sêmen de felídeos selvagens, empregando diferentes protocolos anestésicos. Nome Popular Nome científico Método de coleta Associação farmacológica utilizada Pesquisador Continua Comentários Leão Panthera leo CU medetomidina (12 mg) e cetamina (150 mg) Lueders et al. (2012) Protocolo eficaz. Obtenção de amostras de qualidade Onça parda; Onça pintada Puma concolor; Panthera onca CU medetomidina (0,08-0,1 mg/kg) e cetamina (5 mg/kg) Araujo (2016) Protocolo eficaz. Obtenção de amostras de qualidade. Gato-daselva Felis chaus CU medetomidina (1 mg) e cetamina (5 mg) Kheirkhah et al. (2017) Grandes intervalos de variação entre os parâmetros de qualidade seminal. Gato-domatopequeno Leopardus tigrinus EE Tiletamina/zolazepam (6,7 mg/kg) e xilazina (0,95 ± 0,26 mg/kg) Erdmann et al. (2005) Sucesso na obtenção de sêmen. Ocorrência de contaminação por urina. Gato-domatopequeno Leopardus tigrinus EE 1-tiletamina/zolazepam (5mg/kg) e xilazina (0,5 mg/kg); 2- tiletamina/zolazepam (5mg/kg) e xilazina (0,75 mg/kg); 3- tiletamina/zolazepam (5mg/kg) e xilazina (1 mg/kg) Juvenal et al. (2008) Sucesso na obtenção de sêmen. Ocorrência de contaminação por urina.

22 20 Puma; Gato mourisco e outros felídeos neotropicais Puma concolor, Puma yagouaroun di EE Swanson et al. (2003) Anestesia inadequada para as duas espécies citadas. Leão Panthera leo EE Cetamia (10 mg/kg) e xilazina (1 mg/kg) Miya et al. (2007) 61,9% das tentativas foram eficazes para a obtenção de sêmen Onça parda Puma concolor EE cetamina (10 mg/kg e xilazina (1,2 mg/kg) Deco et al. (2010) Protocolo eficaz. Obtenção de amostras de qualidade Gato-domatopequeno; Jaguatirica Leopardus tigrinus Leopardus Pardalis EE 1-cetamina (15 mg/kg) e midazolam (0,5 mg/kg) 2-cetamina (15 mg/kg), midazolam (0,5 mg/kg) e butorfanol (0,2 mg/kg) 3-tiletamina/zolazepam (10 mg/kg) Tebet (2004) Sucesso na obtenção de sêmen. Ocorrência de contaminação por urina Jaguatirica Leopardus Pardalis EE tiletamina/zolazepam (7 mg/kg) e xilazina (1 mg/kg) Erdmann et al. (2013) Protocolo eficaz. Obtenção de amostras de qualidade Gato maracajá Leopardus wiedii EE 1-cetamina S+ (15 mg/kg), midazolam (1 mg/kg) e meperidina (4 mg/kg) 2--cetamina S+ (15 mg/kg), midazolam (1,5 mg/kg) e meperidina (4 mg/kg) Ribeiro e Erdmann (2013) Protocolo eficaz. Obtenção de amostras de qualidade Conclusão CU: Cateterização uretral; EE: Eletroejaculação 2.3 FAMÍLIA CANIDAE Goodrowe et al. (2000) afirmaram que apesar dos intensos estudos sobre os mecanismos de reprodução em cães, as técnicas de reprodução assistida em canídeos selvagens demonstravam menores taxas de sucesso em comparação aos felídeos. Em geral,

23 21 membros da família canidae são animais de grande interesse cientifico no âmbito da reprodução, pois mesmo com décadas de evolução em pesquisa biológica, ainda não foram elucidados diversos fatores inerentes a mecanismos fisiológicos (WAYNE; GEFFEN; VILÀ, 2004) ou sociais (ASA et al., 2007) do seu contexto reprodutivo, o que os torna indivíduos particularmente desafiadores nas estratégias de conservação. Investimentos em estudos para divulgar informações sobre a fisiologia reprodutiva têm sido, há tempos, importantes para conservação de espécies de canídeos selvagens (PAULA; MASCARENHAS, 2014). Mais recentemente, Paz (2015) relatou que ainda que existam registros sobre características seminais de algumas espécies de canídeos não-domésticos, são ainda escassos os conhecimentos sobre mecanismos básicos da fisiologia reprodutiva destes animais, limitando assim a aplicação de biotécnicas da reprodução. Para a família Canidae, apesar de a eletroejaculação ser a metodologia de eleição para coleta de sêmen (PAULA; MASCARENHAS, 2014; PAZ, 2015), são vários os relatos de insucesso quanto à qualidade do sêmen obtidos através dela, o que pode ser ocasionado pelo protocolo anestésico utilizado (CASTELO; SILVA, 2014; KOEHLER et al.,1998) ou por outras particularidades anatômicas e fisiológicas inerentes às diferentes espécies (SOUZA; GUIMARÃES; PAZ, 2011) Uso de fármacos dissociativos Uma das associações anestésicas mais empregadas para eletroejaculação em canídeos selvagens é a tiletamina/zolazepam (PAZ, 2015; SILVA; MORATO; SILVA, 2004), em virtude dos baixos efeitos deletérios gerados nos parâmetros do ejaculado. No entanto, estes resultados podem variar entre famílias estudadas ou até mesmo entre indivíduos de mesma família ou espécie (PAZ, 2015). Koehler et al. (1998) obtiveram sucesso em observar parâmetros seminais e qualidade de espermatozoides de lobo-vermelho (Canis rufus) através de coleta de sêmen por eletroejaculação em animais anestesiados com tiletamina/zolazepam (175 mg). Segundo os autores, prejuízos decorrentes dos processos de captura, anestesia e eletroejaculação na qualidade espermática devem ser considerados, pois os resultados obtidos demostraram parâmetros de qualidade baixos em comparação a valores descritos para características espermáticas de canídeos selvagens obtidos por outros métodos de coleta como a manipulação digital, utilizada por Jalkanen (1993) em raposas-vermelhas (Vulpes vulpes), demonstrando

24 22 melhor percentual de motilidade espermática. Segundo Paz (2015), técnicas de coleta que dispensem a utilização de anestésicos como a manipulação digital em canídeos podem promover a obtenção de ejaculação natural, contudo requerem treinamento e condicionamento intensivo destes animais. Tiletamina/zolazepam (5 mg/kg IM) também foram empregados como agentes de contenção química para coleta de sêmen em Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) por Cunha et al. (2008), porém, os procedimentos utilizados para a realização da eletroejaculação, em geral, não alcançaram a eficácia almejada, uma vez que não foi possível obter ejaculado completo dos animais utilizados no estudo. Segundo Silva, Morato e Silva (2004), associações incluindo fármacos dissociativos como cetamina adicionada à xilazina em doses variáveis de acordo com a espécie também tem importância nos estudos de obtenção de gametas em canídeos não-domésticos. Em estudo com cachorros-do-mato (Cerdocyon thous), Souza, Guimarães e Paz (2011) descreveram utilização de várias associações anestésicas para realização de eletroejaculaçao como: 1-tiletamina/zolazepam (7 mg/kg); 2- cetamina (12 mg/kg) e xilazina (1 mg/kg); 3- cetamina (12 mg/kg), xilazina (1 mg/kg) e atropina (0,04 mg/kg); 4- cetamina (12 mg/kg) e midazolam (0,5mg/kg), e 5- cetamina (12 mg/kg) e acepromazina (0,1mg/kg). Todos os fármacos utilizados foram eficazes para instalar graus anestésicos seguros para manipulação anestésica dos animais, porém não foi possível avaliar nenhuma das amostras de sêmen obtidas, pois todas encontraram-se contaminadas com urina. Em vista disto, os autores concluíram que o método de coleta não foi eficaz para esta espécie, independente do protocolo instituído, e mesmo com a prática da cistocentese prévia em algumas das coletas, procedimento recomendado por autores como Platz et al. (2001) para prevenção da contaminação do ejaculado por urina. A contaminação com urina é também citada na literatura como um dos fatores de dificuldade nos processos de coleta de sêmen por eletroejaculação em canídeos selvagens, pela sua interferência negativa na qualidade espermática (KOEHLER et al.,1998; PAZ, 2015), sendo a anestesia um dos possíveis causadores deste fenômeno indesejado (CASTELO; SILVA, 2014; SILVA; MORATO; SILVA, 2004). Asa et al. (2006) empregando a associação anestésica de cetamina e xilazina, relataram sucesso na obtenção de sêmen de três lobos cinzas (Canis lupus) por eletroejaculação, seguida de inseminação artificial intravaginal ou intracervical nas fêmeas, com eficácia na fertilização, desenvolvimento de gestação e parto de filhotes. Asa et al. (2007) realizaram também coleta de sêmen por EE para estudo comparativo da qualidade espermática de linhagens puras e

25 23 cruzadas de lobos cinzas mexicanos (Canis lupus baileyi) e de lobos cinzas mestiços, todos de cativeiro e oriundos de diferentes instituições. Os animais foram submetidos a anestesia com cetamina e xilazina e, em algumas instituições, à manutenção anestésica via inalatória com isofluorano. Observaram-se diferença significativa entre a qualidade espermática dos machos de linhagem pura com os de linhagens cruzadas ou de mestiços, porém, parâmetros destes dois últimos não diferiram entre si. Com isso, os autores afirmaram que as variações nos protocolos anestésicos adotados pelas diferentes instituições não influenciaram na baixa qualidade observada no sêmen dos lobos de linhagem pura. Já Christensen et al. (2011), estudando métodos de coleta de sêmen em lobos cinzas mexicanos e em cães domésticos, realizaram técnica de eletroejaculação com protocolos anestésicos distintos. Para os lobos empregaram-se a associação de cetamina (5,5 mg/kg IM) e xilazina (0,55 mg/kg IM) como indução, com doses adicionais de cetamina (1,1 mg/kg IV ou 2,2mg/kg IM) para manutenção do plano anestésico; e, para os cães administraram-se tiletamina/zolazepam (6,6mg/kg IM) como medicação pré-anestésica, seguida de isofluorano (3V%, reduzido para taxas de fornecimento entre 2V% e 1,5V%) para manutenção da anestesia geral inalatória. As amostras de sêmen colhidas por EE foram mantidas em temperatura de 37 C e observadas em diferentes momentos para avaliação comparativa da qualidade espermática. Os autores observaram diferenças significativas entre a motilidade dos espermatozoides, com superior vivacidade nos cães, e inferior nos lobos, nos momentos após a eletroejaculação. Baseado nestes achados relataram que há possibilidade de ter ocorrido influência negativa do protocolo anestésico utilizado nos lobos sobre a variável analisada; ainda que não existissem relatos de efeitos diretos de cetamina e xilazina sobre a motilidade espermática quando empregados para coleta de sêmen. A associação de agentes de diferentes classes farmacológicas para realização de eletroejaculação em canídeo selvagem é descrita também por Johnston et al. (2007) em estudos com cão-selvagem-africano (Lycaon pictus) de cativeiro, os quais utilizaram cetamina (1,5 mg/kg IM) associada a medetomidina (0,04mg/kg IM) e atropina (0,05 mg/kg IM), seguidas do gás inalatório isofluorano (1,5V%) para manutenção do plano anestésico. Foram realizadas 28 tentativas de eletroejaculação em sete animais. Dentre estas tentativas, apenas 10 foram bem-sucedidas com obtenção de amostras viáveis, justificada por uma possível supressão da produção espermática por efeito de dominância do machos-alfa na matilha e, também, pela ocorrência de contaminação com urina, ainda que tenha sido previamente empregada a técnica de esvaziamento da vesícula urinária (PLATZ et al., 2001).

26 24 Ainda assim, as amostras de sêmen obtidas no estudo em questão foram suficientes para acrescentar informações sobre características seminais dos cães-selvagens-africanos. Durante o tempo hábil anestésico, não foram observadas alterações significativas nos parâmetros vitais dos animais, sendo que, ao final do procedimento, a reversão anestésica foi efetuada por meio da administração de atipamezole (0,1mg/kg IV e 0,1mg/kg IM). Ward et al. (2006) reforçaram que o protocolo anestésico em questão é confiável, seguro e de baixo custo para anestesia de cães-selvagens-africanos de cativeiro Uso de fármacos anestésicos gerais inalatórios Em complemento aos resultados de Johnston et al. (2007), com o uso de fármacos indutores injetáveis seguidos de anestésico inalatório, pode-se citar também o estudo realizado por Barta e Jakubicka (1989), o qual obteve sucesso na coleta de sêmen por eletroejaculação em raposas, empregando-se o halotano como anestésico halogenado. Segundo Silva, Morato e Silva (2004), tais resultados positivos sugerem a possibilidade desta técnica para coleta de sêmen em canídeos selvagens, porém, pesquisas adicionais que forneçam informações sobre a utilização de anestesia geral inalatória para eletroejaculação nesta família podem ser de grande valia no desenvolvimento de protocolos inovadores, eficazes e seguros. Existem diversas espécies de canídeos que não possuem protocolos anestésicos de eleição bem definidos para métodos de coleta de sêmen registrados em literaturas de referência ou artigos científicos. Em revisão sobre aspectos na conservação de canídeos selvagens, Wayne, Geffen e Vilà (2004) afirmaram que dentre 36 espécies estudadas, ao menos nove estão em risco de extinção, entre as quais podem ser incluidas também espécies nativas brasileiras como o Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus), a Raposinha do Campo (Pseudalopex sp.) e o Cachorro Vinagre (Speothos venaticus) (SILVA; CARDOSO; SILVA, 2001). Dessa forma, destaca-se mais uma vez a importância do conhecimento de métodos para reprodução assistida como ferramenta de conservação para estes animais. É primordial, então, a divulgação de informações sobre protocolos anestésicos e seus consequentes efeitos para a coleta de sêmen também em canídeos não-domésticos (SILVA; MORATO; SILVA, 2004).

27 25 Uma compilação dos principais dados de estudos realizados para a coleta de sêmen de canídeos selvagens utilizando diferentes protocolos anestésicos pode ser observada na tabela 2. Tabela 2- Dados de pesquisas realizadas para coleta de sêmen de canídeos selvagens, empregando diferentes protocolos anestésicos. Continua Nome Popular Nome científico Método de coleta Associação farmacológica utilizada Pesquisador Comentários Lobovermelho Canis rufus EE tiletamina/zolazepam (175 mg) Koehler et al. (1998) Obtenção de semen de baixa qualidade Lobo-guará Chrysocyon brachyurus EE tiletamina/zolazepam (5mg/kg IM) Cunha et al. (2008) Não foi possível obter ejaculado Cachorrodo-mato Cerdocyon thous EE 1- tiletamina-zolazepam (7 mg/kg), cetamina (12 mg/kg) e xilazina (1 mg/kg); 2-cetamina (12 mg/kg), xilazina (1 mg/kg) e atropina (0,04 mg/kg); 3- cetamina (12mg/kg) e midazolam (0,5mg/kg); 4- cetamina (12mg/kg) e acepromazina (0,1mg/kg) Souza, Guimarães Paz (2011) e Sucesso na obtenção de sêmen, porém ocorrência de contaminação por urina em todas as amostras Lobo cinza Canis lupus EE cetamina e xilazina Asa et al. (2006) Sucesso na obtenção de semen Lobo cinza mexicano Canis lupus baileyi EE cetamina, xilazina e isofluorano Asa et al. (2007) Sucesso na obtenção de semen Lobo cinza mexicano Canis lupus baileyi EE cetamina (5,5mg/kg) e xilazina (0,55mg/kg) Christensen et al. (2011) Sucesso na obtenção de semen, porém amostras de baixa qualidade

28 26 Cãoselvagemafricano Lycaon pictus EE cetamina (1,5 mg/kg), medetomidina (0,04 mg/kg), atropina (0,05 mg/kg) e isofluorano (1,5%) Johnston et al. (2007) 35,7% das tentativas foram eficazes para a obtenção de sêmen viável Conclusão EE: Eletroejaculação 2.4 FAMÍLIA PROCYONIDAE Assim como para canídeos selvagens, Paz (2015) afirma que mesmo existindo alguns registros de estudos sobre características seminais de procionídeos, é ainda escassa a quantidade de informações sobre a fisiologia reprodutiva básica e habilidade de fertilização do sêmen destes animais, dificultando a aplicação de biotécnicas da reprodução. Poucos estudos relatam características da fisiologia reprodutiva de membros desta família (PAZ; ÁVILA, 2015), sendo a maioria dos relatos presentes em meios científicos de pesquisas reprodutivas realizadas com quatis (Nasua nasua), os quais não são de espécie em vias de extinção, porém servem como modelo experimental para estudos em conservação com outros procionídeos selvagens (LIMA et al., 2009) ou outros carnívoros ameaçados (PAZ; AVILA, 2015). Em procionídeos, informações sobre a utilização de fármacos anestésicos em suas variedades e seus consequentes efeitos para realização de eletroejaculação são escassas (BARROS et al., 2009), uma vez que mesmo empregando-se fármacos anestésicos indispensáveis para a contenção física dos animais no momento da coleta, são raras as pesquisas publicadas ou registradas em periódicos que discorram sobre os efeitos destes agentes sobre os parâmetros de qualidade seminal Uso de fármacos dissociativos Barros et al. (2009) estudaram a influência dos fármacos sobre a qualidade seminal de quatis a partir de um estudo comparativo de duas combinações anestésicas para coleta de sêmen por EE. Os protocolos testados foram: 1- cetamina (10 mg/kg IM) e xilazina (1 mg/kg IM); e 2- tiletamina/zolazepam (8 mg/kg IM), com administração adicional de um quarto da

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