CURSO PRF 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL AULAS 002 E 003 DIREITO PROCESSUAL PENAL. diferencialensino.com.br

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1 AULAS 002 E 003 DIREITO PROCESSUAL PENAL 1

2 PROFESSOR CURSO PRF 2017 DIREITO PROCESSUAL PENAL MÁRCIO TADEU 2

3 AULA 02 INQUÉRITO POLICIAL NOTTITIA CRIMINIS CONCEITO: A notícia do crime é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente criminoso. É espontânea aquela em que o conhecimento da infração penal pelo destinatário (autoridade policial) da notitia criminis ocorre direta e imediatamente por força de sua atividade funcional, (cognição imediata) como nos casos de corpo de delito, comunicação de um funcionário subalterno, pelos meios de comunicação, etc... É provocada quando a notícia do crime chega ao destinatário (autoridade policial), pelas diversas formas previstas na legislação processual penal, consubstanciando-se num ato jurídico como a comunicação da vítima ou do ofendido (delatio criminis), comunicação de qualquer do povo, por escrito ou verbalmente (notitia criminis simples), comunicação anônima (notitia criminis inqualificada). A Notitia Criminis, é obrigatória: - ao Juiz (art. 40 CPP), - a quem quer que esteja no exercício da função pública (art. 66, I, LCP), - aos médicos e profissões sanitárias ( art. 66, II, LCP), - ao síndico da falência (arts. 104 e 105 da Lei de Falências), etc Inquérito Policial É um procedimento administrativo inquisitório e preparatório, consistente em um conjunto de diligências realizadas pela polícia investigativa para a apuração da infração penal e de sua autoria, presidido pela autoridade policial, a fim de fornecer elementos de informação para que o titular da ação penal possa ingressar em juízo. Constantemente vemos na sociedade fatos que são claramente infrações penais, entretanto não é possível, de pronto, a determinação da autoria e a configuração correta do delito. Assim, surge no ordenamento jurídico, mais precisamente no Código de Processo Penal (CPP), a figura do inquérito policial, um PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO que tem por finalidade o levantamento de informações a fim de servir de base à ação penal ou às providências cautelares. Se a organizadora definir o inquérito como PROCESSO,eEstá errado; ele é um PROCEDIMENTO. 3

4 Nas contravenções e nos crimes cuja pena máxima não seja superior a 02 anos, cumulada ou não com multa, sujeitas ou não a procedimento especial, utiliza-se o TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência). Trata-se de procedimento administrativo. Se o delegado cometer alguma ilegalidade, afeta o processo? não, pois eventuais vícios existentes no inquérito não afetam a ação penal a que deu origem. Inquérito Policial: ELEMENTOS Materialidade o crime e indícios de autoria FUNÇÃO: Elucidar fatos obscuros nos crimes FACULDADE: Economicidade e Celeridade Processual DISPENSÁVEL: Crimes de Menor Potencial Ofensivo e nas Contravenções Penais Fica a cargo da autoridade policial, exercendo as funções de polícia judiciária. Alguns doutrinadores distinguem polícia judiciária e polícia investigativa. Polícia Judiciária é a polícia que auxilia o Poder Judiciário no cumprimento de suas ordens. Já a polícia investigativa é a polícia que atua na apuração de infrações penais e de sua autoria. Vide art. 144, 1º, da Constituição Federal. Se o crime for de competência da Justiça Militar da União, as Forças Armadas são responsáveis pela investigação, por meio de um encarregado na condução do inquérito; se o crime for de competência da Justiça Federal ou Eleitoral, Polícia Federal; se o crime for de competência da Justiça Estadual, Polícia Civil. À Polícia Federal também incumbe proceder à investigação de infrações da competência da Justiça Estadual Formas De Instauração Do Inquérito Policial: a) na ação penal privada, a instauração fica condicionada ao ofendido ou de representação legal; b) na ação penal condicionada, à representação do ofendido e requisição do Ministro da Justiça; c) na ação penal pública: de ofício (portaria), requisição do Juiz ou Ministério Público, requerimento do ofendido, auto de prisão em flagrante, notícia oferecida por qualquer do povo (delatio criminis). *Delatio Criminis qualificada: é uma denúncia anônima (Disque Denúncia). Antes de instaurar o Inquérito Policial deve a autoridade policial verificar a procedência das informações. Prazos do Inquérito Policial Réu Preso Réu Solto REGRA (Polícia Civil) 10 dias 30 dias Crimes contra a economia popular (lei 1.521/51) 10 dias 10 dias Tráfico de Drogas (Lei /06) 30 dias 90 dias Inquérito Policial Militar 20 dias dias Polícia Federal dias 30 dias Espécies De Inquérito Os inquéritos podem ter forma de: INQUÉRITO POLICIAL, aquele destinado a apurar crimes comuns realizados através da delegacia de polícia civil. INQUÉRITO CIVIL, aquele destinado a colher elementos para a propositura da ação civil pública, realizado pelo próprio membro do Ministério Público. INQUÉRITO JUDICIAL OU FALIMENTAR, aquele destinado a apurar crimes falimentares, realizado por ordem judicial.(admite contraditório ) INQUÉRITO POLICIAL MILITAR, aquele destinado a apurar as infrações praticadas por policiais militares, realizado nos termos do Código de Processo Penal Militar. INQUÉRITO ADMINISTRATIVO, aquele praticado pela autoridade administrativa para apuração de faltas graves do funcionário público. (admite contraditório) Características Do Inquérito PROCEDIMENTO ESCRITO reduzido a termo 4

5 SIGILOSO - O sigilo é um elemento de que dispõe a autoridade policial para facilitar seu trabalho na elucidação do fato. Tal sigilo encontra-se extremamente atenuado, pois, segundo entendimento do STF, é um direito do advogado examinar, em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento. O estatuto da OAB, em seu Art. 7º descreve como direito do advogado: XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital ; SÚMULA VINCULANTE Nº 14 STF É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. É importante ressaltar que para os atos que dependem de autorização judicial, segundo a CF (escuta, interceptação telefônica etc.), o advogado só terá acesso se possuir PROCURAÇÂO ESPECÍFICA. Neste sentido já se pronunciaram por diversas vezes o STF e o STJ. Também é permitido o acesso total aos autos ao Ministério Público e ao Juiz. INDISPONIBILIDADE - Nos termos do art. 17 do CPP, a autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. OFICIOSIDADE - O início do inquérito independe de provocação e DEVE ser determinado de ofício quando houver a notícia de um crime. A oficiosidade decorre do princípio da legalidade (ou obrigatoriedade) da ação Pública. OFICIALIDADE - Somente órgãos de direito público podem realizar o inquérito policial. Ainda quando a titularidade da ação penal é atribuída ao particular ofendido (ação penal privada), não cabe a este a efetuação dos procedimentos investigatórios. INQUISITIVO - é inquisitivo o procedimento em que as atividades visando à elucidação do fato e à determinação da autoria ficam concentradas em uma única autoridade, no caso a figura do Delegado de Polícia. Este poderá, discricionariamente, decidir como vai proceder para alcançar a finalidade do inquérito. Durante o inquérito não há que se falar em contraditório e ampla defesa, pois ainda não existe acusado e o indiciado não é sujeito de direitos, mas objeto de investigação. O ÚNICO INQUÉRITO QUE ADMITE O CONTRADITÓRIO É O INSTAURADO PELA POLICIA FEDERAL, A PEDIDO DO MINISTRO DA JUSTIÇA, OBJETIVANDO A EXPULSÃO DE ESTRANGEIRO. (LEI Nº /80) Valor Probatório do Inquérito Policial Digamos que determinado indivíduo, durante um inquérito, confessou ao delegado de polícia a participação em um crime e tal confissão foi reduzida atermo. Será que a decisão condenatória poderia ser apoiada exclusivamente nesta confissão extrajudicial? A resposta é não, pois, segundo o STF, não se justifica sentença condenatória baseada unicamente no inquérito policial. Realmente, agora que já sabemos que o inquérito policial é um procedimento inquisitivo, não seguindo os princípios da ampla defesa e do contraditório, fica fácil entender o VALOR PROBATÓRIO RELATIVO atribuído a tal procedimento administrativo pela Suprema Corte Vícios no Inquérito Policial Os vícios do inquérito não contaminam ou ocasionam nulidades no processo. Tal fato tem por base o caráter meramente informativo da fase inquisitorial. Assim, se uma confissão foi obtida mediante tortura na fase do inquérito, esta situação não será passível de gerar a anulação da ação penal. CABE LEMBRAR: 5

6 "O inquérito policial não é imprescindível ao oferecimento de denúncia ou queixa, desde que a peça acusatória tenha fundamento em dados de informação suficiente à caracterização da materialidade e autoria da infração penal (STF, RTF 76/741). A requisição do juiz e do ministério público possui conotação de exigência, determinação. Desta forma, não poderá ser descumprida pela autoridade policial Grau de cognição No processo penal há três diferentes níveis de cognição, segundo se busque um juízo de possibilidade, de probabilidade ou de certeza. Para se chegar a um juízo de certeza, é necessário esgotar toda a matéria probatória, através de uma cognição plena, o que justificaria uma sentença condenatória. Já para o início de uma ação penal, é necessário tão somente um juízo de probabilidade, que seria o predomínio das razões positivas que afirmam a existência do delito e sua autoria. Quanto à investigação preliminar, para sua deflagração, basta um juízo de possibilidade (razões favoráveis forem equivalentes às contrárias). Por outro lado, como seu objetivo é tão somente averiguar os fatos, embasando ou não uma futura ação penal, percebe-se, desde logo, que não há razões para que se busque esgotar toda matéria probatória, o que só geraria morosidade desnecessária ao procedimento preliminar. Ademais, esgotando-se quase que totalmente a matéria probatória na fase preliminar, haverá um grande prejuízo à defesa, eis que além de não ter podido contar inteiramente com as garantias constitucionais naquela fase, tenderá a haver na instrução judicial somente ratificação dos atos investigativos e não propriamente produção de provas. Logo, a investigação no plano de cognição deverá ser sumária, limitando-se a atividade mínima de comprovação e averiguação dos fatos e da autoria, para justificar o processo ou o não processo Arquivamento do Inquérito Policial A solicitação do arquivamento deve ser efetuada por Promotor de Justiça, cabendo ao Juiz, primeiramente, decidir sobre o seu arquivamento ou não, entendendo de forma diversa enviará o inquérito policial ao Procurador-Geral de Justiça do Estado, que decidirá sobre o arquivamento, novas diligências ou oferecimento da ação penal Indiciamento Chama-se indiciamento o ato em que a autoridade policial, durante o inquérito policial, aponta determinado suspeito como autor de uma infração penal. Logo que reúna, no curso das investigações, elementos suficientes acerca da autoria da infração penal, a autoridade policial procederá ao formal indiciamento do suspeito. O indiciamento, é portanto, ato privativo da autoridade policial, devendo trazer a comprovação da materialidade da infração e indícios convincentes de que o investigado é seu autor. Importante mencionar que para o indiciamento, basta que haja indícios razoáveis da autoria, e não certeza. O Inquérito policial é procedimento destinado a reunir os elementos necessários à apuração de uma infração penal e sua autoria. Após a instauração do inquérito, inúmeras diligências podem ser requeridas pela autoridade policial, e entre elas temos o indiciamento do averiguado. Sua finalidade é tornar público o fato do indivíduo estar sujeito à investigação criminal. A autoridade policial deve deixar clara a situação do indivíduo, informando sua condição de indiciado sempre que existam elementos para tanto. O averiguado torna-se oficialmente suspeito de ter cometido uma infração criminal Garantias do Investigado São aquelas previstas no artigo quinto da CF/88, como : XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 6

7 LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; Obs; Por ser inquisitório, em regra, o Inquérito Policial não admite ampla defesa e contraditório Formas de Instauração Grande parte populacional erroneamente afirma que irá à Delegacia prestar queixa. Nada mais errada essa afirmação, pois na verdade, o que se estará efetuando quando uma pessoa se dirige à DP para informar a ocorrência de uma infração, é uma notitia criminis ou delatio criminis. Aquela se dá quando a própria vítima ou na sua impossibilidade, seu representante legal (cônjuge, ascendente, descendente e irmão) apresenta à autoridade policial o cometimento de uma Infração Penal e, esta, quando qualquer um do povo alheio ao ocorrido informa à autoridade policial a existência também de uma infração penal. Para melhor entendimento das hipóteses de instauração de Inquérito Policial permitidas pela lei, necessário uma pequena noção das espécies de exercício do direito de ação penal. Crimes de ação penal pública de exercício incondicionado: De ofício; (Art.5, I CPP) Requisição pelo Juiz; (?) Requisição do MP; Requerimento do ofendido. Assim descreve o CPP: Art. 5. Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I de ofício; II mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. DE OFÍCIO pode ser mediante PORTARIA ou A.P.F. (Auto de Prisão em Flagrante). Portaria toda vez que a autoridade policial tiver conhecimento da prática de uma infração penal, estará obrigada a instaurar o respectivo IP. O conhecimento pode ocorrer de duas formas: pela atuação policial rotineira no uso de suas atribuições (cognição direta); por circunstância alheia ao uso de duas atribuições rotineiras (cognição mediata). A.P.F. Auto de Prisão em Flagrante O IP pode ser instaurado a partir da lavratura do auto de prisão em flagrante. É a chamada notícia crime de cognição coercitiva, de conhecimento forçado e as modalidades de flagrante delito estão descritas no artigo 302 e incisos no CPP. A prisão em flagrante se desdobra basicamente em 03 etapas: 7

8 a) Prisão captura é o momento em que o sujeito é preso, é capturado em flagrante delito (art. 302, I, CPP). O preso deverá ser apresentado ao delegado que, se for o caso, providenciará o auto de prisão respectivo; b) Documentação/formalização da prisão em flagrante ou formalização que é o momento da lavratura do auto de prisão em flagrante, é o instante em que a autoridade policial formaliza a prisão. c) Encarceramento é a privação da liberdade do indivíduo recolhido durante a prática de uma infração. Requisição da autoridade judiciária No art. 40 do CPP trata do que a doutrina convencionou chamar denoticia crime judicial. Juízes e tribunais têm o dever de comunicar ao MP a ocorrência de uma infração penal de que tenham tomado conhecimento no exercício de suas funções, sob pena de incorrerem em crime de prevaricação. Ocorre que conforme a sistemática processual em vigor, não cabe ao juiz intervir em qualquer ato inerente à investigação ou acusação, exceto quando provocado, nunca como provocador. Logo, não teria sido recepcionado o respectivo inciso II do art. 5º do CPP. Ao ter ciência de uma suposta infração, cabe ao MP a atuação. Alguns autores ainda tentam justificar o injustificável, criando teses para dizer que nesse caso o juiz não exerce função jurisdicional. Trata-se de uma providência de natureza judicialiforme, é judicial apenas na forma, na essência é persecutória, administrativa, é uma função anômala desempenhada pelo juiz. Pura invenção jurídica infundada. Requisição do MP Requisição é ordem, não pode ser descumprida. Não há possibilidade para avaliação de seu cabimento, compete à autoridade policial apenas cumprir o requisitado. Cabe ao MP não só exercer o direito de ação penal cabível como também efetuar o controle externo da polícia, zelando por sua eficiência e legalidade. Logo, não só compete propor a respectiva ação, como também preservar seu início e desenrolar. Requerimento do ofendido ou representante legal Requerimento é pedido, não vincula, pode ser questionado e sofrer avaliação sobre sua procedência ou não. Compete à autoridade policial no uso de suas atribuições avaliar o cabimento da solicitação e, em caso de haver dúvidas quanto ao requerido, poder utilizar-se da denominada VPI (verificação da procedência de informações). Recentemente o STF deixou claro que a simples noticia anônima (denúncia anônima) não pode, por si só, pautar a instauração do IP, devendo a autoridade policial agir com maior cautela, verificando a procedência de informações e constatando a existência de infração penal, para que então possa instaurar o IP. De acordo com a doutrina, a delação pode ser: simples, que consiste na mera comunicação do crime à autoridade; ou, qualificada ou postulatória, que é a comunicação do crime acompanhada do pedido de adoção das providências penais cabíveis, para promover a respectiva ação penal. Crimes de exercício do direito de ação penal pública de forma condicionada à representação: Necessita da denominada Representação do Ofendido: Art.5 : 4 o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. A representação constitui uma espécie de pedido/autorização para que seja instaurado um inquérito e a respectiva ação penal. Natureza Jurídica Da Representação: Trata-se de condição especial de procedibilidade da ação penal. Questões consideradas polêmicas: Crimes de abuso de autoridade: 1 e 12, Lei 4898/65 dispõem que a ação penal será iniciada, independente de inquérito policial ou justificação, por denúncia do MP, instruída com a representação da vítima do abuso. A representação prevista não condiciona o exercício da ação penal. Tem a natureza jurídica de DELAÇÃO Comunicação. Logo, tratase de crime cujo processo se perfaz de forma incondicionada. 225, 2, I CP Crimes contra dignidade sexual. Ação penal pública condicionada à representação. Ministério Público: titular da ação. Violência Doméstica Homem vítima: Não se aplica a lei Art.129, 9 CP (pena: até 3 anos: não vai ao JECrim) não tendo o que falar em violência doméstica. Vítima Mulher: Lei /06, art.41: Proíbe a aplicação da Lei 9.099/95. Art.88 Lei 9.099: Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. O STF proferiu decisão de interpretação conforme a Constituição declarando que, crimes relacionados à Violência Doméstica são de iniciativa incondicionada do MP, ou seja, não mais depende de Representação da Vítima. Trata-se, portanto, de ação penal pública incondicionada. Crimes cujo exercício da ação penal é privativo do ofendido (particular/vítima/ofendido): 8

9 Art. 5 o. 5 o. Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. Requerimento do ofendido: Não interrompe o prazo decadencial para o oferecimento da queixa que é de 6 (seis) meses-, ou seja, independentemente de IP instaurado ou não, o prazo transcorrerá normalmente. Uma vez encerrado o IP relacionado a crimes desta natureza, os autos do IP serão encaminhados para o cartório competente aguardando manifestação do legitimado ativo para exercer ou não o direito de ação. Entretanto, em caso de não conclusão do IP no prazo de 06 (seis) meses em nada mudará na contagem do prazo para oferecimento da Queixa Crime. Prazo esse decadencial, sem suspensão ou interrupção Atribuição do Inquérito Policial A Polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Competência: Poder conferido a alguém para conhecer de determinados assuntos. Circunscrição : indica o território dentro do qual as autoridades policiais (delegados) tem atribuições para desempenhar suas atividades. Atribuição para presidir o inquérito policial é outorgada aos delegados de polícia de carreira. 1 - Critério Territorial (circunscrição) - teoria do resultado, ou seja, é competente para instaurar o Inquérito Policial, a delegacia que atual naquele lugar em que se consumou o crimes. A teoria da atividade é usada quanto o crime: É tentado (Art. 70 CPP); Doloso contra a vida (entendimento do STJ), por ser mais eficaz para colheita de provas; Art. 70 do CPP: A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 2 - Critério Material (delegacias especializadas) - pelo tipo(matéria) de crime ( Crimes de Homicídio - Delegacia de Homicídio, Crimes Lei Maria da Penha - Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher DEAM,...) Critério em razão da pessoa; No interior, a autoridade policial não poderá praticar qualquer ato fora dos limites da sua circunscrição, devendo assim necessitar de precatória ou rogatória, conforme o caso. Na capital e no DF e nas comarcas que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições. O Art. 5, LIII não se aplica às autoridades policiais, porque não processam e nada setenciam. Do disposto artigo foram extraídos o princípio do promotor natural e do juiz natural. É pacífico na doutrina e na jurisprudência que o inquérito policial é mera peça de informação, cujos vícios não contaminam a ação penal. Por essas razões, não há qualquer nulidade em o inquérito policial ser presidido por autoridade policial incompetente, nem possibilidade de relaxamento da prisão em flagrante por esse motivo. TÍTULO II DO INQUÉRITO POLICIAL Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de ) Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. Art. 5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 1 o O requerimento a que se refere o n o II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 9

10 c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 2 o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 3 o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 4 o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. 5 o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. Art. 6 o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº , de 2016) Art. 7 o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. Art. 8 o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. Art. 9 o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 1 o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 2 o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 3 o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; IV - representar acerca da prisão preventiva. Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 10

11 Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. (Redação dada pela Lei nº , de 2012) Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n , de 27 de abril de 1963) (Redação dada pela Lei nº 5.010, de ) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado (CESPE/PCGO/DELEGADO/2017) - Ainda que, a requerimento do promotor de justiça, o inquérito policial tenha sido arquivado por despacho do juiz, a ação penal poderá ser iniciada, mesmo sem novas provas, caso o promotor, com base na sua independência funcional, assim decidir (CESPE/PCGO/DELEGADO/2017) - O STF, ao tratar das competências e prerrogativas do Ministério Público, estabeleceu o entendimento de que membro desse órgão pode presidir inquérito policial Ao findar o inquérito policial, o Delegado de Polícia, em seu relatório, imputa ao réu Tício o crime de furto qualificado pela fraude, mas o Promotor de Justiça o denuncia por estelionato. Nesta hipótese, deve o Magistrado devolver os autos ao Distrito Policial para alteração do relatório final? a) Não. O inquérito policial é peça informativa, sendo desnecessária tal diligência para propositura da ação penal pelo Ministério Público, podendo, portanto, ser alterada a classificação inicialmente proposta. b) Sim. Há necessidade de consonância entre o relatório policial e a peça inicial proposta pelo Ministério Público para o correto recebimento da denúncia pelo juiz. c) Sim. O Magistrado deve retomar os autos à Delegacia de Polícia, sob pena de caracterizar nulidade absoluta de denúncia. d) Não. Os autos do inquérito policial não podem ser alterados, devendo o juiz receber a denúncia para o fim de ser a mesma aditada pelo Promotor de Justiça Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o inquérito policial poderá ser iniciado: a) Somente mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público. b) De ofício pela autoridade policial. c) Mediante representação do ofendido. d) Nenhuma das alternativas Depois de arquivado o inquérito policial, por falta de base para a denúncia: a) Não poderá ser mais desarquivado, uma vez que não há evidências concretas do crime. b) Não poderá ser desarquivado, uma vez que o arquivamento faz coisa julgada. 11

12 c) Poderá ser desarquivado somente a requerimento do Ministério Público. d) Poderá a autoridade policial proceder ao seu desarquivamento, se tiver conhecimento de novas provas Lúcio foi autuado em flagrante delito no dia 01 de novembro passado, por estar traficando drogas próximo a uma escola pública. O inquérito policial deveria estar encerrado com o competente relatório do Delegado de Polícia: a) 5 dias após iniciado o inquérito. b) 15 dias após iniciado o inquérito c) 30 dias após iniciado o inquérito. d) 60 dias após iniciado o inquérito Nos crimes de ação pública condicionada, o inquérito policial somente será iniciado: a) Mediante queixa. b) Mediante representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. c) De ofício pela autoridade policial. d) Por requisição do Ministério Público Em quanto tempo deve ser encerrado o Inquérito Policial quando o réu estiver preso? a) 15 dias. b) 03 meses. c) Até se descobrirem todas as provas. d) 10 dias. 09 -A autoridade policial poderá mandar arquivar os autos de inquérito? a) Sim, desde que não haja indícios de autoria e materialidade. b) Não. c) Sim, desde que o pedido seja realizado antes da conclusão do inquérito policial. d) Nenhumas das alternativas está correta Das afirmações abaixo, quais estão CORRETAS? I- O inquérito policial é mera peça informativa; II- Pode se proceder o desarquivamento do inquérito policial, mesmo que o arquivamento tenha sido a requerimento do ofendido, no caso de ação penal privada; III- Se o réu estiver solto, o inquérito policial deverá ser finalizado no prazo de 30 dias; IV- Não cabe recurso ao indeferimento do requerimento do inquérito policial. a) As afirmações I e III estão corretas. b) As afirmações I e IV estão corretas. c) As afirmações II e III estão corretas. d) As afirmações II e IV estão corretas. Obs: Gabarito no final da apostila. AULA 03 AÇÃO PENAL Ação Penal é o direito subjetivo público autônomo e abstrato de invocar a tutela jurisdicional do Estado para que este resolva conflitos provenientes da prática de condutas definidas em lei como crime. São condições da ação penal : 1. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO; 2. INTERESSE DE AGIR; 3. LEGITIMAÇÃO PARA AGIR; 4. JUSTA CAUSA. A Possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir, a legitimidade ad causam e a justa causa são as denominadas condições para o exercício da Ação Penal. O pedido será possível juridicamente se a conduta praticada for típica, formal ou materialmente. O Interesse de agir é a necessidade e utilidade de ingressar com a ação penal. Terá a legitimidade ad causam o autor da ação se este for titular do direito ao qual a prestação da atividade jurisdicional protegerá, sendo o réu responsável pela lesão ao direito do autor. Na Legitimação Para Agir, devemos atentar para a legitimação ativa e passiva. No caso da ativa, estamos tratando da pessoa correta para dar início à ação penal, o que em nosso país, via de regra, é feito pelo Ministério Público e, em algumas hipóteses, pelo próprio ofendido (veremos isto mais na frente). No polo passivo, estamos tratando de quem está sendo acusado, ou seja, do Réu. A justa causa nada mais é do que materialidade e indícios de autoria do crime em questão. 12

13 A Ação penal poderá ser de iniciativa Pública ou Privada. A Ação Penal de iniciativa Pública se divide em Incondicionada e Condicionada. A Ação Penal de iniciativa Privada poderá ser Personalíssima ou Subsidiária da Pública. Na Ação Penal de iniciativa Pública, o Ministério Público é obrigado a oferecer a denúncia, desde que estejam presentes as condições da ação, não podendo o mesmo desistir da Ação nem do Recurso interposto; Se obriga Também o Ministério Público a denúnciar a todos os autores do crime (para a vedação da vingança); A autoridade oficial do Estado é responsável pela propositura da ação; Nenhum efeito da ação penal poderá afetar terceiros, pois a responsabilidade penal é subjetiva e personalíssima; Quando a Ação Penal de Iniciativa Pública for Condicionada, esta condição poderá ser a Representação ou Requisição. Somente terá legitimidade para representar a vítima ou seu representante legal (em caso de incapacidade), ou em caso de morte do ofendido, terá legitimidade, em ordem de preferência, seu cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmãos. A Representação possui eficácia em relação aos fatos, não aos autores, tendo esta o prazo de seis meses a contar do conhecimento da autoria. Quando a Ação Penal for de Iniciativa Pública condicionada à Requisição, esta, sendo irretratável, deverá ser realizada pelo Ministro da Justiça, nos casos de crime contra a honra do Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro. A Requisição deverá ser feita strepitus judici, ou seja, de acordo com a conveniência e oportunidade, e não se submete a prazo decadencial de seis meses. Na Ação Penal de Iniciativa Privada, a queixa deverá ser realizada também de acordo com a conveniência e oportunidade da parte autora, transmitindo-se a persecução penal ao particular. Este deverá conduzir o processo, sendo devidamente representado por seu advogado. Nesta modalidade de Ação Penal, a punibilidade será extinta se a vítima promover a Renúncia (Artigo 104 do Código Penal), expressa ou tacitamente (se o ofendido praticar ato incompatível com a vontade de prestar queixa). Também extingue e punibilidade o decurso do prazo decadencial de seis meses. Na Ação Penal de Iniciativa Privada Personalíssima, o único legitimado para prestar a queixa crime é o ofendido, não cabendo substituição processual (Representante legal) nem sucessão processual (por morte ou ausência). A Ação Penal de Iniciativa Privada Subsidiária da Pública ocorrerá quando o Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo estipulado por lei (5 dias após receber o inquérito policial, se o réu estiver preso e 15 dias após receber o inquérito policial, se o réu estiver solto), podendo o ofendido propor ele mesmo a ação. Neste caso, a vítima não oferecerá denúncia, mas sim queixa substitutiva. Portanto, ação penal é: I) Um Direito Autônomo, pois não se confunde com o direito material que se pretende tutelar; II) Um Direito Abstrato, pois independe do resultado final do processo; III) Um Direito Subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional; IV) Um Direito Público, pois a atividade jurisdicional que se pretende provocar é de natureza pública. TÍTULO III DA AÇÃO PENAL Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de ) 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de ) Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 13

14 Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação penal. 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio sustento ou da família. 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal. Art. 35. (Revogado pela Lei nº 9.520, de ) Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida. 2o A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria. 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for. 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito. 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal. Art. 43. (Revogado). Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo. Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos. 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo. 14

15 Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-los. Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro. Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito. Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe nomear. Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52. Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais. Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o disposto no art. 50. Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova. Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício. Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, concederá o prazo de cinco dias para a prova, proferindo a decisão dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar a matéria na sentença final. Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. TÍTULO IV DA AÇÃO CIVIL Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. (Incluído pela Lei nº , de 2008). Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. (Vide Lei nº 5.970, de 1973) Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela. Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 15

16 Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; II - a decisão que julgar extinta a punibilidade; III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, 1o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público. 11. (CESPE / PCGO/DELEGADO/2017) O delegado-geral de polícia civil, no âmbito estadual, ou o delegado regional, no âmbito territorial, poderão, mediante despacho fundamentado, avocar ou determinar a redistribuição de autos de inquérito policial, sempre que a infração penal a ser apurada for de interesse do Poder Executivo da respectiva unidade da Federação. 12. (CESPE / POLÍCIA CIVIL-PB / 2008) O IP acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 13. (CESPE / Polícia Federal/2009) O término do inquérito policial é caracterizado pela elaboração de um relatório e por sua juntada pela autoridade policial responsável, que não pode, nesse relatório, indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas. 14. (CESPE / Polícia Federal/2009) No inquérito policial, o ofendido ou seu representante legal e o indiciado poderão requerer qualquer diligência que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 15. (CESPE / Polícia Federal/2009) O inquérito policial tem natureza judicial visto que é um procedimento inquisitório conduzido pela polícia judiciária com a finalidade de reunir os elementos e informações necessárias à elucidação do crime. 16. (CESPE / Polícia Federal/2009) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial não poderá proceder novas pesquisas se de outras provas tiver notícia, salvo com expressa autorização judicial. 17. (CESPE / MP Promotor de Justiça/2008) Considere a seguinte situação hipotética. Foi instaurado inquérito policial contra Sérgio, visando apurar a prática de crime contra as relações de trabalho. O inquérito foi encaminhado ao promotor de justiça, que promoveu o arquivamento do feito, considerando que o fato em apuração não era típico, argumentação que foi acolhida pelo juiz. Posteriormente, o fato foi levado a conhecimento do procurador da República, que entendeu ter-se configurado crime, sendo a competência da justiça federal, uma vez que teria havido ofensa a direitos coletivos do trabalho. Assim sendo, ofereceu denúncia contra Sérgio. Nessa situação, a denúncia deverá ser recebida, uma vez que o arquivamento foi determinado por juiz absolutamente incompetente. 18. (CESPE / Procurador Municipal de Vitória/2007) Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo, deliberadamente, feriu um desafeto, produzindo-lhe lesões corporais de natureza leve. A autoridade policial, ao tomar conhecimento do fato, instaurou o competente procedimento, cuidando, porém, de colher previamente a manifestação da vítima no sentido de ver processado o autor do delito. Nessa situação, atuou corretamente a autoridade policial, pois a representação do ofendido em casos como esse é condição de procedibilidade para a persecução penal. 19. (CESPE / TSE / 2007) Aplica-se ao inquérito policial a garantia constitucional do contraditório e da ampla defesa, por tratar-se de processo destinado a decidir litígio. 16

17 20. (CESPE / TSE / 2007) O indiciado e seu advogado têm direito de acessar as informações já introduzidas nos autos do inquérito policial e as relativas à decretação e à execução de diligências em curso, ainda não trazidas ao interior da investigação, como interceptações telefônicas e buscas e apreensões. 21. (CESPE / TSE / 2007) O MP não pode dispensar o inquérito policial ainda que tenha conseguido, por outros meios, angariar elementos de convicção aptos a embasar denúncia. 22. (CESPE / Agente da Polícia Federal/2004) Um promotor de justiça requereu o arquivamento de um inquérito policial fundamentado na prescrição da pretensão punitiva. Nessa situação, caso o juiz discorde, considerando improcedentes as razões invocadas, deverá encaminhar os autos a outro promotor para que este ofereça a denúncia. 23. (CESPE / Agente da Polícia Federal/2004) Verificando que o fato evidentemente não constitui crime, o delegado poderá mandar arquivar o inquérito policial, desde que o faça motivadamente. 24. (CESPE / DPE-AL / 2010) O princípio da indisponibilidade foi mitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transação em matéria penal. 25. (FCC / Juiz - TJ-PE / 2011) Se o crime for de alçada privada, a instauração de inquérito policial a) não interrompe o prazo para o oferecimento de queixa. b) é indispensável para a propositura da ação penal. c) constitui causa de interrupção da prescrição. d) suspende o prazo para o oferecimento de queixa. e) não pode ocorrer de ofício, admitindo-se, porém, requisição da autoridade judiciária. 26. (FCC / Analista - TRF 1ª Região) O inquérito policial a) poderá ser arquivado por determinação da autoridade policial, desde que através de despacho fundamentado. b) pode ser presidido pelo escrivão de polícia, desde que as diligências realizadas sejam acompanhadas pelo Ministério Público. c) não exige forma especial, é inquisitivo e pode não ser escrito, em decorrência do princípio da oralidade. d) será remetido a juízo sem os instrumentos do crime, os quais serão devolvidos ao indiciado. e) não é obrigatório para instruir a ação penal pública que poderá ser instaurada com base em peças de informação. 27. (TJ-PA/ 2009) No caso do Promotor de Justiça requerer o arquivamento do inquérito policial por entender ausente a justa causa para a instauração da ação penal, havendo discordância do Juiz, este deverá A) intimar a vítima para propor ação penal privada. B) determinar, de ofício, a devolução do inquérito policial à polícia para novas diligências. C) nomear outro Promotor de Justiça para ofertar a denúncia. D) remeter os autos à consideração do Procurador Geral de Justiça. E) remeter ao Presidente do Tribunal de Justiça. 28. (MPE-SE / 2009) O inquérito policial A) pode ser iniciado de ofício, ainda que se trata de crime de ação penal pública condicionada. B) deverá terminar no prazo de dez dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante. C) obedece ao contraditório. D) tem rito próprio. E) pode ser arquivado por ordem da autoridade policial. 29. (TRE-GO / 2009) No que se refere ao inquérito policial, assinale a opção correta. A) Nos crimes de ação penal pública condicionada, a representação não é necessária para dar início ao inquérito policial, mas apenas à propositura da ação penal respectiva. B) Em caso de indiciado menor de idade, a autoridade policial não precisará nomear curador, considerando a natureza inquisitorial do inquérito policial, que dispensa contraditório. C) Nos crimes de ação penal pública, o inquérito policial poderá ser iniciado a requerimento do ofendido. Nessa situação, caberá recurso para o chefe de polícia contra despacho que, eventualmente, indeferir o requerimento de abertura do inquérito. D) A autoridade policial mandará arquivar os autos de inquérito, quando o fato evidentemente não constituir infração penal ou quando tiver sido praticado em situação que exclua a antijuridicidade. E) N.R.A 30. Se o ofendido requerer a instauração de inquérito policial, em crime de ação penal A) privada e a autoridade policial indeferir o requerimento, não caberá recurso algum no âmbito administrativo, podendo o ofendido todavia dirigir outro requerimento ao juiz de direito. 17

18 B) pública incondicionada, a autoridade policial, necessariamente, deverá instaurar o inquérito policial, em virtude do princípio da oficialidade. C) pública incondicionada, dependerá a autoridade policial de representação formal. D) pública condicionada, manifestando interesse em que o autor do crime seja processado, o requerimento poderá valer como representação. E) N.R.A. 31. (Agente Penitenciário RO / 2008) Os arts. 4 a 23 (CPP) prefixam sobre o inquérito policial. Sobre o inquérito policial, marque o item correto: A) O inquérito policial é um processo. B) O inquérito policial é um procedimento administrativo, informativo, provisório, preparatório, destinado a fornecer o mínimo de elementos necessários ao órgão de acusação para a propositura da ação penal. C) O inquérito policial é um procedimento que não necessita de informações sobre materialidade e indícios de autoria. D) O inquérito policial pode ser considerado um processo informativo, provisório, preparatório. E) O inquérito policial é um processo informativo, provisório, destinado a fornecer o mínimo de elementos necessários ao órgão de acusação para a propositura da ação penal. 32. (Juiz Substituto TJ-MG / 2008) Relativamente ao inquérito policial, é correto afirmar que: A) a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato, aplicando, porém, em todas as suas manifestações, os princípios do contraditório e da ampla defesa. B) a autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito por falta de base para a denúncia. C) o inquérito deverá terminar no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto. D) o inquérito policial não acompanhará a denúncia ou queixa quando servir de base a uma ou outra. E) o indiciado poderá requerer à autoridade policial a realização de qualquer diligência. 33. (MPU / 2004) A ação penal nos crimes de ação pública: A) só pode ser exercida por iniciativa do Ministério Público, sem exceção. B) pode ser exercida por iniciativa do particular, quando o Ministério Público dela dispor, expressamente. C) pode ser exercida por iniciativa do particular, quando depender de representação. D) pode ser exercida tanto por iniciativa do Ministério Público como do particular, quando a vítima for pobre. E) pode ser exercida pelo particular quando o Ministério Público não intentá-la no prazo legal. 34. (TJ-PA / 2009) A ação penal pública incondicionada, excetuados os delitos de pequeno potencial ofensivo, é regida, entre outros, pelos princípios da: A) legalidade, indisponibilidade e intranscendência. B) disponibilidade, indivisibilidade e oficialidade. C) obrigatoriedade, oficialidade e oportunidade. D) legalidade, oportunidade e intranscendência. E) obrigatoriedade, conveniência e intranscendência. 35. (TRE-GO / 2009) Acerca da ação penal pública, assinale a opção correta. A) Quando o ofendido for declarado ausente por decisão judicial, haverá caducidade do direito de representação. B) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, estado ou município, a ação penal será pública. C) Depois de iniciado o inquérito policial, a representação, no caso de ação penal pública a ela condicionada, será irretratável. D) Se o órgão do MP, em vez de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, remeterá os autos a outro promotor, para que esse ofereça a denúncia. E) N.R.A 36. (TRE-GO / 2009) Com relação à ação penal privada, assinale a opção correta. A) A queixa, quando a ação penal for privativa do ofendido, não poderá ser aditada pelo MP, que em tal situação atua apenas como fiscal da lei. B) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, não havendo possibilidade de recusa, pois se trata de ato unilateral. C) O perdão judicial somente pode ser expresso, não admitindo, o Código de Processo Penal (CPP), o perdão tácito. D) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela sua indivisibilidade. E)N.R.A 37. (OAB-SP / 2009) Assinale a opção correta de acordo com o que dispõe o CPP acerca da perempção. 18

19 A) Na ação penal pública, a perempção é causa extintiva da punibilidade. B) A perempção se aplica à ação penal privada subsidiária da pública. C) Considera-se perempta a ação penal privada quando, iniciada esta, o querelante deixa de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos. D) A ausência de pedido de condenação, nas alegações finais, por parte do querelante, não enseja a perempção. 38. (Procurador / 2008) Se o querelante, em processo por crime de ação penal privada, sem motivo justificado, deixar de comparecer a ato que deva estar presente, o juiz deve declarar: A) a decadência. B) o perdão tácito. C) a renúncia do direito de queixa. D) a perempção. E) o perdão judicial. 39. (Agente Penitenciário-RO / 2008) A ação é um direito subjetivo público de pretender do Estado uma prestação jurisdicional. Os arts. 24 a 63 do CPP prefixam sobre a ação penal. Acerca desta ação, assinale a opção correta: A) Nos crimes de ação pública, esta será provida por denúncia do Ministério Público ou queixa do ofendido. B) Nos crimes de ação pública esta será provida por denúncia do Ministério Público, mas não dependerá, em nenhum caso, de requisição do Ministro da Justiça. C) Quando a lei o exigir, dependerão de requisição do Ministro da Justiça os crimes de ação pública. D) O Ministério Público terá liberdade de promover ação pública e, em nenhum caso, dependerá de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. E) Queixa-crime é sinônimo de denúncia. 40. (Juiz Substituto-MS / 2008) O prazo para o ajuizamento da queixa-crime é: A) de seis meses, iniciando a fluência desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. B) de dois meses, iniciando a fluência desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. C) de seis meses, iniciando a fluência desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. D) de dois meses, iniciando a fluência desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem é o autor do crime. E) enquanto não estiver prescrito o crime praticado. 41. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-ES / 2011) Via de regra, em crimes de atribuição da polícia civil estadual, caso o indiciado esteja preso, o prazo para a conclusão do inquérito será de quinze dias, podendo ser prorrogado; e caso o agente esteja solto, o prazo para a conclusão do inquérito será de trinta dias, podendo, também, ser prorrogado. 42. (CESPE / Perito Criminal - PC-ES / 2011) As diligências no âmbito do inquérito policial serão realizadas por requisição do membro do Ministério Público ou pela conveniência da autoridade policial, não existindo previsão legal para que o ofendido ou o indiciado requeiram diligências. 43. (FUNRIO / PMGO / CADETE /2017) A respeito dos crimes de ação penal pública, é CORRETO afirmar que A) no caso de morte do ofendido, o direito de representação poderá ser exercido apenas pelos seus descendentes. B) no caso de declaração de ausência do ofendido, o direito de representação poderá ser exercido apenas por seu cônjuge ou seus descendentes. C) a ação dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça. D) não se admite a ação penal privada em tais casos. E) apenas assumem tal natureza os crimes contra interesse da União, Estado ou Município. 44. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-ES / 2011) O inquérito policial não é indispensável à propositura de ação penal, mas denúncia desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da autoria é denúncia sem justa causa. 45. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a autoridade policial realize novas diligências, se de outras provas tiver notícia. 46. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) São formas de instauração de IP: de ofício, pela autoridade policial; mediante representação do ofendido ou representante legal; por meio de requisição do Ministério Público ou do ministro da Justiça; por intermédio do auto de prisão em flagrante e em virtude de delatio criminis anônima, após apuração preliminar. 47. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) O desenvolvimento da investigação no IP deverá seguir, necessariamente, todas as diligências previstas de forma taxativa no Código de Processo Penal, sob pena de ofender o princípio do devido processo legal. 19

20 48. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) O indiciamento do investigado é ato essencial e indispensável na conclusão do IP. 49. (CESPE / AGU / 2010) Embora o inquérito policial tenha natureza de procedimento informativo, e não de ato de jurisdição, os vícios nele existentes podem contaminar a ação penal subsequente, com base na teoria norteamericana dos frutos da árvore envenenada, ou fruits of the poisonouss tree. 50. (CESPE / PCGO/ DELEGADO / 2017) O líder de determinada organização criminosa foi preso e, no curso do inquérito policial, se prontificou a contribuir para coleta de provas mediante a prestação de colaboração com o objetivo de, oportunamente, ser premiado por tal conduta. Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º /2013, que dispõe sobre o instituto da colaboração premiada, A) o Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia contra o colaborador. B) o prazo para o oferecimento de denúncia contra o colaborador poderá ser suspenso pelo prazo máximo de seis meses. C) o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial e com a manifestação do Ministério Público, poderá requerer ao juiz a concessão de perdão judicial. D) será obrigatória a participação de um juiz nas negociações entre as partes para a formalização de acordo de colaboração. E)será vedado ao juiz recusar a homologação da proposta de colaboração. 01F/02C/03A/04B/05D/06C/07B/08D/09B/10A 11F/12V/13F/14V/15F/16F/17f/18V/19F/20F 21F/22F/23F/24V/25A/26E/27D/28B/29C/30D 31B/32E/33E/34A/35B/36D/37C/38D/39C/40C 41F/42F/43C/44V/45V/46V/47F/48F/49F/50V 20

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