A LINGUAGEM E O FUNCIONAMENTO DO DELÍRIO NA PSICOSE

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1 3315 A LINGUAGEM E O FUNCIONAMENTO DO DELÍRIO NA PSICOSE Caroline Pessalácia Marini (CAPES/ ILEEL/UFU) Neste trabalho, a questão principal é investigar o funcionamento do delírio na psicose e sua relação com a linguagem. Para tanto, é necessário, primeiramente, compreender a relação entre linguagem e psicose, que se estabelece a partir das formulações lacanianas no âmbito psicanalítico. Jacques Lacan, psiquiatra francês do século XX, propõe as estruturas psíquicas de constituição do sujeito como estruturas de linguagem. A psicose caracteriza-se como uma das estruturas de linguagem que se distingue tanto da neurose quanto da perversão dada à sua especificidade de funcionamento, além de sua relação pervertida com a linguagem: para que estejamos na psicose, é preciso haver distúrbios na linguagem, (...) na psicose há um conflito verbalizado com o próprio meio.(lacan, 1953, p.110). Na psicose, a relação permeada entre sujeito e o significante configura-se de modo peculiar, considerando-se o fato de que o significante é essencial à constituição do sujeito e o modo em que se inscreve no psiquismo determinará uma estrutura de linguagem. Lacan, em seu Seminário 3, destinado ao estudo das psicoses, ressalta a importância da linguagem e sua relação com o significante à constituição do sujeito: A linguagem, para nascer, deve sempre ser tomada em seu conjunto. Em contrapartida, para que possa ser tomada em seu conjunto, é preciso que ela comece a ser tomada pela ponta do significante (p.260). Além disso, o autor completa: O significante não faz apenas dar o invólucro, o recipiente da significação, ele a polariza, a estrutura, a instala na existência ( 1955, p.295). Ele cria, portanto, uma estrutura que se forma a partir do modo como o significante inscreve o sujeito. O significante é teorizado inicialmente na linguística, a partir das formulações saussureanas acerca do signo linguístico. Na perspectiva linguística, o significante se associa ao significado para a formação do signo, e este último se associará a outros signos para a articulação de um sistema. Durante muito tempo, Lacan seguiu a formulação proposta por Saussure, contudo, posteriormente, ele atribui um funcionamento além daquele proposto pelo lingüista genebrino; o papel do significante consistiria também em atuar na fundação do psiquismo. Assim, se o significante está presente na fundação do psiquismo, outros elementos da cadeia também participarão na constituição do sujeito. O autor, então, recorre ao algoritmo saussureano para explicar a constituição do sujeito a partir da barra que separa significado e significante, como uma castração do sujeito. Na relação entre significante e significado há um ponto de basta que os separa e contém o deslizamento na cadeia. O ponto de basta é de suma importância na teoria lacaniana, pois é ele que barra o deslizamento da cadeia. Lacan completa que: Donde se pode dizer que é na cadeia significante que o sentido insiste, mas que nenhum dos elementos da cadeia consiste na significação de que ele é capaz nesse momento. Impõe-se, portanto, a noção de um deslizamento incessante do significado sob o significante (1998, p. 506). Na neurose o ponto de basta evita que haja o deslizamento e o sistema se articule adequadamente. Se não há ponto de basta, os significantes deslizam e a significação não acontece; é o caso da estrutura de linguagem da psicose, na qual os significantes deslizam incessantemente e o delírio vem numa tentativa de conter tal deslizamento. O delírio será uma das alternativas oferecidas pela linguagem para cessar o deslizamento, para que o sujeito encontre uma significação, um ponto de ancoragem em sua linguagem. A barra é formada na entrada do sujeito na linguagem, sendo ela nomeada por recalque, mecanismo próprio da neurose; este será produzido durante a constituição do sujeito através da castração, o nome do pai.

2 3316 A REJEIÇÃO AO PAI SIMBÓLICO Na psicose, a entrada na linguagem se inscreve de modo distinto, o sujeito não chega à castração, que o excluiria da posição de objeto em relação ao outro. Há a foraclusão do Nome-do-Pai. É por via da linguagem que o sujeito se inscreve como tal, e este se inscreverá pelo Outro, representado inicialmente pela mãe, contudo o pai simbólico será primordial nesse processo de constituição. Lebrun observa, sobre a função do pai na constituição do sujeito, que: Ser pai, contrariamente a ser genitor, supõe o acesso à dimensão simbólica, à linguagem. Mais, ainda, pensar o ser pai tem diretamente a ver com a instalação da realidade psíquica do sujeito (2004, p.26). O pai simbólico, portanto, nem sempre é o pai genitor, posto que este último pode não conseguir realizar a função de introduzir o sujeito na dimensão simbólica, instituindo a castração simbólica, o Nome-do-Pai. O termo Nome-do-Pai é introduzido posteriormente à noção de metáfora paterna. Tal termo fora conceituado em meados da década de 50. O autor toma emprestado o termo dos escritos bíblicos, onde o nome do pai seria o nome de Deus. Quando se comenta sobre o Nome-do-pai, põe-se em questão a função do Pai e qual pai seria esse. O pai simbólico, na perspectiva lacaniana, é aquele que age na relação entre os significantes da cadeia. Para ele, o pai simbólico é uma necessidade da construção simbólica, que só podemos situar num mais-além, diria quase que numa transcendência, pelo menos como um termo que, como lhes indiquei de passagem, só é alcançado por uma construção mítica (1956, p.225). O Nome-do-Pai é considerado uma construção mítica por ser originado das inscrições bíblicas sobre a entidade divina. Além disso, para adquirir tal título, é necessário que haja um reconhecimento dele como tal, uma construção simbólica, que faça dele um efeito de significante, um Nome-do-Pai, assim como na religião. Esse reconhecimento, geralmente, é realizado pela mãe, que o coloca na posição de pai simbólico e dá voz àquele considerado portador da lei. O Nome-do-Pai age, portanto, como um proibidor, um interdito, responsável por instaurar a lei paterna no sujeito, um nomeador. Desse modo, a partir da lei paterna configurar-se-ão as instâncias de constituição do real, simbólico e imaginário e é no nome do pai que se deve reconhecer o suporte da função simbólica que, desde o limiar dos tempos históricos, identifica sua pessoa com a imagem da lei (1953:279). Na psicose, a articulação do Nome-do-Pai se configura de modo distinto, posto que o significante que funcionaria como suporte e apresentaria uma função simbólica, ao invés de se encontrar na instância simbólica, retorna no real; tal processo é denominado por foraclusão. Porge observa então: O que este traço designa como retorno do Nome-do-Pai no real, enquanto precisamente o Nome-do-Pai está verworfen, foracluído, recusado, a título disto ele designa, se esta foraclusão sobre a qual eu disse que ela é o princípio da loucura... (1998, p.149). Assim, o Nome-do-pai será imprescindível à constituição de um sujeito, se ele falta, falta também o sujeito, como acontece na psicose. O Nome-do-pai vem, portanto, organizar a cadeia significante, de modo que ela funcione articuladamente. Lebrun aponta que: podemos articular a falta da função paterna simbólica com a psicose; com efeito, sucintamente, podemos identificar que é a armação linguageira ou significante que é constitutiva do mundo de um sujeito e que, na psicose, podemos hipotetizar uma lesão dessa armação que consiste em que um significante capital falte; esse significante é o Nome-do-Pai (LEBRUN, p.41). Há, segundo Lebrun, uma lesão na armação linguageira, justificando precariedade de articulação da linguagem psicótica. Tal peculiaridade é ocasionada pela relação entre os significantes, os quais se organizam de modo particular a partir da entrada na linguagem. Lacan, em seu seminário destinado ao estudo das psicoses, especifica a entrada na estrutura de linguagem psicótica: Não se trata da relação do sujeito com um vínculo significado no interior das estruturas significantes existentes, mas de seu encontro,

3 3317 em condições eletivas, com o significante como tal, encontro que marca a entrada na psicose (1953, p.359). A constituição do psiquismo na psicose se articula de modo distinto, posto que há um significante primordial (S1) que não se associa ao significante outro (s2), por isso não se produz a barra entre eles, e, conseqüentemente, não há sujeito barrado na psicose. O Nome-do-Pai é a instância que funciona como instauradora do ponto de basta na cadeia significante por meio de um significante mestre (S1). O fracasso da função paterna emanará, certamente, uma relação desarticulada entre os significantes da cadeia, o que resultará em uma cadeia de ordenamento precário, sem lei, como acontece na psicose. Para que a psicose se desencadeie, é preciso que o Nome-do-Pai, verworfen, foracluído, isto é, jamais advindo no lugar do Outro, seja ali invocado em oposição simbólica ao sujeito. Sendo assim, de acordo com Lacan É a falta do Nome-do-Pai nesse lugar que, pelo furo que abre no significado, dá início à cascata de remanejamentos do significante de onde provém o desastre crescente do imaginário, até que seja alcançado o nível em que significante e significado se estabilizam na metáfora delirante. (1955, p.584). O delírio, ou a metáfora delirante, consistirá em conter o deslizamento da cadeia significante, uma tentativa de ater-se não só à realidade, mas também à articulação da linguagem. Por isso o delírio é importante e essencial à psicose, pois ele tenta executar uma função fracassada ao tentar instaurar-se o Nome-do-Pai. Os delírios surgem a partir de uma diversidade sintomatológica, termo designado por Borges para inferir que é sempre uma figura sem falta que se apresenta. Isto testemunha o estatuto de objeto a e aponta para a função do delírio na psicose (2007, p. 04). VÁLVULA DE ESCAPE DO BURACO NEGRO: O DELÍRIO Os delírios são, em grande parte, produtores dos fenômenos de linguagem encontrados na psicose. Estes podem ser desenvolvidos a partir de uma certeza persistente presente no sujeito quanto ao que é dito; os delírios podem ser nomeados também por fenômenos elementares da psicose: o delírio não é deduzido, ele reproduz a sua própria força constituinte, é, ele também, um fenômeno elementar (LACAN, 1953, p. 28). O delírio é teorizado inicialmente por Freud em seu artigo de 1924 A perda da realidade na neurose e na psicose. No artigo, o autor explicita disparidades entre neurose e psicose, sendo a relação com a realidade o principal ponto destacado: a diferença inicial assim se expressa no desfecho final: na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose, a fuga inicial é sucedida por uma fase ativa de remodelamento; na neurose, a obediência inicial é sucedida por uma tentativa adiada de fuga. Ou ainda, expresso de outro modo: a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora; a psicose a repudia e tenta substituí-la (op. cit., p.96 ). Deste modo, na neurose há uma fuga da realidade que é adiada e tamponada pela fantasia, já na psicose a relação com a realidade cria certa angústia no sujeito; não há como se defender da invasão angustiante da pulsão. Assim, essa realidade é remodelada por uma outra realidade criada pelo falante: o delírio. Lacan aponta que na psicose há uma relação profundamente pervertida com a realidade (1956, p.55), o que confirma a reflexão freudiana a respeito de uma recriação de outra realidade própria do psicótico chamada delírio. Trata-se da criação de uma realidade que vem tamponar o buraco deixado pelo real. Borges, ao realizar uma releitura precisa sobre a lógica do delírio, explicada por Maleval, afirma: há uma lógica fantasmática original no princípio do desenvolvimento de cada delírio (p. 03 ). A lógica fantasmática do delírio nos coloca frente a um enigma: compreender seu funcionamento na linguagem. Os delírios e alucinações são produzidos como efeito da foraclusão, pois não há como identificá-la, apenas

4 3318 seus efeitos. Por isso, não há atos falhos ou lapsos na psicose, no lugar deles estão os delírios. O delírio é, portanto, uma tentativa de produção de um ponto de basta, para que o deslizamento se cesse. O delírio será a principal característica de indicação de uma psicose, e Lacan nos assegura que a análise do delírio nos revela a relação fundamental do sujeito no registro no qual se organizam e se desenvolvem todas as manifestações do inconsciente (1956, p.141). Sendo assim, é pelo delírio que podemos compreender, mesmo que precariamente, os mecanismos que engendram tal estrutura de linguagem. O delírio pode ser desenvolvido a partir de uma certeza persistente presente no sujeito quanto ao que é dito, pois de acordo com Lacan, no Seminário 3, Quanto aos paranóicos, quanto aos delirantes, quanto aos psicóticos, eles amam o delírio deles como amam a si mesmos. (...) O psicótico está unido ao delírio, como a algo que é ele próprio (op. cit, p.246). O delírio é algo do sujeito e se apresenta a ele como uma parte constituinte de sua estrutura, sendo assim, torna-se elementar em sua estrutura, principalmente, por ser uma tentativa de cura. Contudo, a linguagem delirante, mesmo sendo fundamental ao sujeito, causa certa estranheza a quem ouve. Sendo assim, o sujeito estruturado na psicose torna-se um incômodo à sociedade, que o rejeita e o coloca à margem do convívio: no seio da sociedade, ele é um absurdo, como se diz, e mesmo muito incômodo (LACAN, op. cit., p.141). Existe uma certa resistência ao delírio, também por haver uma concepção da psiquiatria clássica em combatê-lo a qualquer preço, o que faz com que o psicótico fique em condições lastimáveis sem ele. Dessa forma, o delírio será uma das formas de sustentação do sujeito à realidade. Assim como observa Quinet, há dois momentos de relação com a realidade na psicose: Qual a realidade do sujeito na psicose? Ela está na dependência da relação do sujeito com o significante e se declina da seguinte forma: antes do surto, a realidade é sustentada por bengalas imaginárias, quando do surto há uma dissolução imaginária e uma catástrofe subjetiva equivalente ao fim do mundo; e, finalmente, há uma recomposição da realidade com a reconstrução do mundo a partir do trabalho do delírio. (2006, p.54) As bengalas imaginárias serão modos de sustentação antes de um surto. O surto pode nunca chegar a acontecer, posto que as bengalas imaginárias funcionam como eficientes elementos de sustentação. Estas podem ser a igreja, uma relação amorosa, um emprego, ou qualquer outro ponto que funcionaria como uma castração simbólica, prendendo o sujeito na psicose à realidade. Contudo, se tais bengalas não se fazem suficientes, há, então, o surto. A partir do surto, o delírio será o principal elemento de apoio ao sujeito em sua relação com a realidade, será uma tentativa desesperadora de cura. Tal procedimento justifica o título atribuído por Lacan em seu Seminário 3 em um de seus capítulos, a Dissolução imaginária. Quando o imaginário se desfacela, o delírio é eleito como a principal ligação entre sujeito e realidade, o real impera, portanto, sobre o psicótico. Uma importante questão é levantada por Quinet com relação ao delírio; apoiando-se nas proposições de Lacan, o qual observa que o delírio está presente em qualquer estrutura de linguagem, tanto na neurose e na psicose. Entretanto, é importante observar as disparidades existentes no delírio de cada estrutura, considerando a seguinte postulação freudiana:... a questão que vem a ser colocada não é apenas a da perda da realidade, mas também a de um substituto da realidade (Apud QUINET, 2006: 57). O substituto da realidade na neurose é a fantasia, o sujeito na neurose parece ter suas limitações em seus delírios, já na psicose há uma monstruosa movimentação de gozo, uma invasão que não permite que o sujeito possa viver sem esse delírio, pois ele cessa essa invasão de gozo. O delírio é uma boa forma de suportar o real que o invade o tempo todo por meio do gozo. Assim coloca Quinet: O delírio é a formação imaginária que dá forma à realidade de cada sujeito a partir da costura simbólica do real, constituindo assim um modo de defesa do sujeito contra o impossível a suportar- o que do real está foracluído do simbólico (op. cit., p.57). Podemos afirmar, portanto, que o

5 3319 delírio não é algo a ser destruído, como se supõe comumente, pois ele será a bengala de sustentação para o sujeito suportar o desnodamento dos registros e a invasão do gozo. Mesmo sendo estranho a quem ouve e a quem convive com o sujeito delirante, o delírio faz parte da estrutura psicótica e é nada mais que uma tentativa de cura. O delírio é medonho e causa imenso desconforto por conter um emaranhado de discursos e idéias vindas de um inconsciente a céu aberto, uma repleta desorganização da estrutura de linguagem e se denuncia pelos absurdos pronunciados pelo sujeito. No entanto, o delírio é uma alternativa oferecida pela linguagem como a cura para o sujeito que se vê mergulhado em um universo particular construído por si mesmo, é a tentativa desesperadora de se prender e se sustentar à realidade, tentando escapar das fissuras deixadas pelo real. Assim, o delírio é nada mais que o ponto de sustentação da loucura, pois segundo Foucault : Assim é a loucura: esse remorso, essa crença, essa alucinação, esses discursos. Em suma, todo o conjunto de convicções e imagens que constituem um delírio( 1972, p.235). A linguagem delirante, para ser considerada boa ou ruim, depende do modo pelo qual é percebida. REFERÊNCIAS FOUCAULT, M. A história da loucura, editora Escuta, 1972, Rio de Janeiro. FREUD, Sigmund. Obras completas de Freud (1856): Estudos sobre histeria. Vol: II, Editora Imago, 1974: Rio de Janeiro RJ. FREUD, Sigmund. Obras completas de Freud (1915): A história do movimento psicanalítico, Artigos sobre metapsicologia e outros trabalho. Vol. XIV, Editora Imago, 1974: Rio de Janeiro RJ. LACAN, J.(1957) De uma questão preliminar a todo tratamento das psicoses in: Escritos. Jorge Zahar, 1998, Rio de Janeiro-RJ. (1953/1954) O Seminário 03: As Psicoses. Jorge Zahar, 1988, Rio de Janeiro-RJ, 2ªedição. (1956/1957) O Seminário 04: a relação de objeto. Jorge Zahar, 1995, Rio de Janeiro-RJ. Os Nomes-do-Pai. Jorge Zahar, 2005, Rio de Janeiro-RJ. LEBRUN, J.P. A função do Pai in: Um mundo sem limite: ensaio para uma clínica psicanalítica do social. Companhia de Freud, Rio de Janeiro, RJ, QUIINET, A. Teoria e Clínica da Psicose, Forense Universitária, 3ª edição, 2006, Rio de Janeiro-RJ. ROUDINESCO, E. Jacques Lacan: Esboço de uma vida, história de um sistema de pensamento. Companhia das Letras, 2008, São Paulo-SP. SAUSSURE, F. Curso de Lingüística Geral. Editora Cultrix, 1973 : São Paulo- SP.

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