A IMPORTÃNCIA DA ORIENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DA ACNE PARA ADOLESCENTES

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1 A IMPORTÃNCIA DA ORIENTAÇÃO NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DA ACNE PARA ADOLESCENTES Giselle Nunes dos Santos ¹, Silvia Patricia de Oliveira² 1. Acadêmica do curso de Tecnologia em estética e imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2. Fisioterapeuta, Mestre em Distúrbio da Comunicação, Prof. Msc. Universidade Tuiuti do Paraná. Endereço para correspondência: Giselle Nunes dos Santos, giselle.nds@hotmail.com RESUMO: A acne é uma dermatose que merece atenção quando se trata de imagem pessoal, por deixar marcas inestéticas pode fazer com que o adolescente se veja de forma depreciativa causando baixa-estima, que o levará a um constrangimento psicossocial, podendo estender-se a fase adulta. Esse estudo é de caráter exploratório. Os dados foram coletados através de dois questionários com perguntas objetivas com 100 alunos do colégio Estadual Barão do Rio Branco em Curitiba no mês de outubro de O objetivo desta pesquisa é verificar a importância da orientação na prevenção e no tratamento da acne para adolescentes. De acordo com os resultados obtidos na pesquisa, 82% dos adolescentes que participaram, declararam que por se tratar de uma doença que pode ser deformativa, esse tema, Acne na Adolescência, deveria receber mais atenção nas escolas, enfatizando assim a importância da atuação e reconhecimento do tecnólogo em estética no assunto abordado. Palavras chave: Acne, adolescência, orientação. ABSTRACT: Acne is a skin condition that deserves attention when it comes to personal image, to leave unsightly marks can cause the adolescent see disparagingly causing low self-esteem, which leads to a psychosocial constraint, may extend the adulthood. This study is exploratory. Data were collected through two questionnaires with objective questions with 100 Baron of Rio Branco State College s students in Curitiba on October The objective of this research is to assess the importance of orientation about prevention and treatment of acne for teenagers. According to the results of the survey, 82% of adolescents who participated, says that because it is a deformation disease, this theme, Teenager acne, should receive more attention in schools, emphasizing the importance of performance and recognition of aesthetic technologist in the subject matter. Keywords: Acne, adolescense, orientation. 1

2 INTRODUÇÃO A adolescência é um período de muitos conflitos, pois as transformações corporais ocorrem de forma rápida e sem controle, porém é uma fase decisiva e essencial para o desenvolvimento humano e é nessa fase conflituosa, devido à elevação de níveis hormonais, que ocorre o aparecimento da acne (MENEZES; BOUZAS, 2014). A influência da acne na adolescência está ligada diretamente no comprometimento das partes mais visíveis do corpo face, tórax e dorso. A aparência preocupa os adolescentes no que se diz respeito à pele. Por se tratar de uma doença deformativa, até mesmo as lesões mais leves podem influenciar negativamente a vida do adolescente (COELHO, 2006). A acne é uma dermatose multifatorial crônica causada pela afecção na unidade pilosebácea em decorrência do acúmulo de sebo, que pode levar à cicatrizes irreversíveis. Apesar de não comprometer a saúde do adolescente, prejudica o desenvolvimento emocional em decorrência a diminuição da autoestima, que podem agravar ainda mais o quadro. Existem estudos demostrando que os portadores da acne parecem ter mais prevalência de distúrbios psicossociais (PEREIRA, 2013). O objetivo dessa pesquisa é verificar a importância da orientação na prevenção e no tratamento da acne para adolescentes. Para assim ajudá-los a lidar melhor com o quadro, evitando consequências e marcas não só na pele, mas marcas psicológicas (CORTÊS, 2009). Adolescência A adolescência é um período extremamente importante no processo de crescimento e desenvolvimento humano, momento que ocorrem muitas transformações físicas biológicas, e a puberdade interfere diretamente no psicossocial do adolescente e o meio onde vive pode ou não resultar na realização do jovem posteriormente adulto. Na puberdade as alterações hormonais são responsáveis direta ou indiretamente no processo que ocorre nessa fase da vida. Se os adolescentes não forem orientados e acompanhados devidamente esses 2

3 sinais e sintomas fisiológicos podem gerar comportamentos ou alterações emocionais que poderá estender-se a fase adulta. (BONETTO, 2004). As características psicossociais são diferentes das biológicas, que se evoluem com facilidade. Ela tem hora para surgir, mas só desaparecem á medida que os conflitos são resolvidos. Os não resolvidos vão se estendendo para etapas seguintes.(tiba,2010). Quando se pensa na imagem pessoal do adolescente, a acne é uma dermatose que merece atenção, pois pode fazer com que os jovens se vejam de forma depreciativa por causa das lesões inestéticas que deixam sobre a pele. Que, por sua vez, levam os adolescentes à auto depreciação, isolamento social e depressão, por causa da mudança de imagem que é gerada (PEREIRA, 2013). Os adolescentes enfrentam muitas inseguranças nessa fase e muita preocupação com a aparência, sentem medo de não serem aceitos e é justamente nesse momento de total transição que surgem as indesejáveis espinhas (CANO, 1999). Causas da acne: A acne é caracterizada pelo aumento de secreções de sebo, pelas glândulas sebáceas no folículo piloso. As células mortas que não descamam fica aderidas a pele formando um "tampão", obstruindo assim o poro impedindo que o sebo saia. O acúmulo de sebo libera substâncias que irritam a pele e causam inflamações com a presença de bactérias, a mais encontrada é a Propionibacterium acnes (DARVILL; POWELL, 2004). Segundo Oliveira (2006), são vários os fatores que contribuem para aparecimento da acne entre eles estão: os fatores genéticos, há uma tendência hereditária relacionada com acne, quando os pais tiveram é de 50% a possibilidade do aparecimento da acne no adolescente. Por isso, deve-se iniciar o tratamento precocemente nesses casos. Os fatores hormonais também influenciam no aparecimento da acne. A secreção sebácea depende da ação dos hormônios sexuais (androgênicos). Por isso, na puberdade, ocorre uma elevação dos hormônios, acontece um aumento de andrógenos no sangue que aumenta o tamanho da glândula sebácea e a produção 3

4 de sebo (COELHO, 2006). Outro fator importante no aparecimento da acne são os da atividade das glândulas sebáceas, a pele com acne geralmente produz mais sebo por ter glândulas mais ativas, por isso os indivíduos com acne tem a pele mais lipídica (CORTÊS, 2009). Assim como a obstrução do canal pilosebáceo, devido a fatores genéticos, ocorre aumento da queratinização no folículo pilosebáceo, o sebo que deveria ser eliminado junto com esse aumento fica aderido a pele e forma um "tampão". E esse é um dos mecanismos principais na formação dos comedões (OLIVEIRA, 2006). Também ocorrem alterações de bactérias que se alimentam do sebo acumulado e isso favorece a inflamação. A principal bactéria envolvida é a Propionibacterium acnes. Encontrada na pele de todas as pessoas, mas em maior número nas pessoas com acne (BONETTO, 2004). Para Steiner (2014), certos medicamentos, como corticoides e vitaminas do complexo B, andrógenos e anticoncepcionais têm como efeito colateral o aparecimento da acne. O tratamento consiste na retirada e suspenção da droga. As matérias-primas presentes em cosméticos são causa mais frequente no aparecimento da acne em mulheres de 20 a 50 anos, isso gera a acne cosmética. O uso de cremes, protetores solares cremosos e bases ricas em óleo, são comedogênicos. Entre suas matérias-primas estão óleo mineral e miristrado de isopropila. (PEREIRA, 2013). Conforme Selores (2011), observou-se que é comum a ocorrência de um evento estressante antes de uma piora significativa do quadro da acne. Ainda segundo o autor, estudos científicos mostraram correlação entre o agravamento do quadro da acne em período dos exames escolares, momento em que os adolescentes tem um aumento de níveis de stress. Não existem estudos científicos credíveis correlacionando a dieta de alguns tipos de alimentos como chocolates, os fritos e a fast-food a uma piora no quadro da acne. Por isso não há como afirmar o efeito da dieta na etiologia da acne. Contudo o aumento da prevalência da acne nas sociedades ocidentais industrializadas comparadas a das sociedades menos desenvolvidas indica que o 4

5 tipo de dieta pode ser um fator ambiental a considerar (MACEDO; E PRESTOM, 2007). Tabela 1: Manifestações e graus da acne Acne Grau I (Classificação leve) Acne Grau II (Classificação leve moderada) Acne Grau III (Classificação moderada) Acne Grau IV (Classificação moderada grave) Acne Grau V (Classificação grave) Fonte: (OLIVEIRA, 2006) Acne não inflamatória apresenta comedões fechados (brancos) e comedões abertos (pretos), pois o sebo em contato com ar oxida e fica na cor preta. Maior quantidade de comedões (cravos), pápulas eritematosas (espinhas vermelhas) e pustulosas (espinhas com pus). A comedões, pápulas e pústulas, inflamação no folículo pilosebáceo e nas glândulas sebáceas. Maiores lesões, profundas, dolorosas e inflamadas. Comedões, pápulas, pústulas e grandes lesões císticas comunicantes com muita inflamação e aspecto desfigurantes. Cistos numerosos e grandes, formando abscessos (acúmulo de pus em camadas mais profundas) e fístulas ("túneis" que o organismo cria para levar o pus para superfície). Extremamente rara e grave. Surge sintomas diversos associado com os graus III e IV.O paciente apresenta febre, queda do estado geral, dor em várias articulações, dores musculares e alterações ósseas. Pode ocorrer necrose das lesões e morte do tecido como consequência marcas e cicatrizes desfigurantes. Conforme Selores (2011), embora o diagnóstico imediato seja fácil, a abordagem terapêutica adequada a cada situação é difícil. De igual modo é importante transmitir ao paciente a noção que a resolução da acne demora tempo e deve ser tratada o quanto antes para se obter resultados satisfatórios, entre os tratamentos médicos mais usados estão os sistêmicos (os antibióticos sistêmicos, as ciclinas e a isotretretinoína) e os tratamentos tópicos (retinóides, antibióticos e peróxido de benzoíla). A acne tem cura e em todos os graus, desde que tratada de forma correta e diagnosticada precocemente. O tratamento consiste em muita paciência e perseverança por parte do paciente. A primeira atitude a ser tomada é procurar um especialista capacitado. O profissional de estética pode utilizar vários recursos combinados para obter resultados favoráveis para pele com acne (PEREIRA, 5

6 2013). Tabela: 2 Tratamentos estéticos para acne Limpeza de Pele Alta Frequência Drenagem Linfática Manual Microcorrentes Microdermoabrasão Argilas Led Laser de baixa intensidade Peelings químicos Fonte: (PEREIRA, 2013) A higienização da pele é um dos fatores mais importantes para a pessoa com acne. A limpeza de pele tem como objetivo o esvaziamento das lesões não inflamatórias (cravos), evitando que o quadro se agrave e chegue a graus mais elevados. Por ter propriedade bacteriostática, fungicida, bactericida, cicatrizante será de grande valia no tratamento da pele acneica. Por apresentar ações descongestionantes e purificantes, elimina toxinas através do sistema linfático e aumenta a imunidade da pele por estimular a produção de linfócitos. O uso de microcorrentes favorece a cicatrização e tem ação antiflamatória e melhora a oxigenação do tecido, pode ser usada em qualquer grau da acne desde que não se tenha alguma contra-indicação para o uso de corrente elétricas. É indicado para os casos de acne não inflamatória. Por fazer uma renovação celular reduz a espessura da pele reduzindo assim a formação de comedões. Os mais usados na estética são os peelings de cristal e diamante. Por possuírem ação absorvente, diminuem a secreção de sebo da superfície da pele. Melhora a circulação sanguínea, é desintoxicante devido sua capacidade de absorver toxinas. Ativam o metabolismo e as trocas metabólicas. São dispositivos que emitem luz. O efeito do aparelho é a fotobioestimulação ou fotomodulação através de luz azul. Não é somente isso que o leva ser tão utilizado para acne como recurso terapêutico, a produção da protoporfina pela bactéria Proprionibacterium acnes é sensível aos diodos azuis. Essa luz é usada para o tratamento de acne ativa.com poucos estudos publicados sobre o assunto, porém, existem inúmeros protocolos e aparelhos no mercado. O laser age na derme, onde se localiza as glândulas sebáceas. O aquecimento intenso nessa região diminui a atividade de secretar sebo para superfície da pele diminuindo a seborreia consequentemente diminui a proliferação da acne. A realização de peelings químicos superficiais com ácidos queratolíticos com concentrações baixas (máximo de 10%) e ph relativamente alto (em torno 3,5). Podem ser aplicados para tratamento de acne inflamatória ou não. A ação queratolítica e anti- inflamatória dos ácidos vão melhorar de uma forma mais rápida o quadro da acne, sendo tomado todos os cuidados devidos quanto à sensibilidade do paciente. Exposição solar deverá ser evitada devido eritema local e descamação da região tratada, e em geral, peelings químicos são fotossensíveis. 6

7 METODOLOGIA A revisão de literatura foi realizada através de sites científicos como pubmed, scielo, google acadêmico com publicações no período de 1999 à 2014, e livros correlacionados ao assunto abordado. Foi elaborada uma pesquisa no colégio Estadual Barão do Rio Branco em Curitiba, no mês de outubro de 2014, com 100 adolescentes de ambos os sexos com faixa etária de 11 a 16 anos. Essa pesquisa é de caráter explorátório. Nos critérios para inclusão foram somente correlacionados a idade estabelecida e exclusão somente alunos fora dessa faixa etária. Após aplicação do termo de consentimento livre esclarecido. Foi desenvolvida uma apostila para orientação e prevenção no tratamento da acne para adolescentes intitulada: Acne na adolescência o que fazer? O material foi apresentado através de slides em uma linguagem clara e objetiva própria para adolescentes, com figuras ilustrativas para facilitar o entendimento. Antes da exibição da apostila foi aplicado um questionário com cinco questões com o objetivo de medir o grau de conhecimento do adolescente a respeito da acne, como os pais estão reagindo diante do quadro e como a acne interfere no psicossocial do adolescente. Após a apresentação da apostila, foi aplicado um segundo questionário com três questões para verificar se a apostila influenciou positivamente ou não os adolescentes que participaram da pesquisa. DISCUSSÃO A incidência da acne na adolescência varia entre 30 a 66% em um estudo de prevalência da acne no norte de Portugal constatou-se acne em 42% de jovens antes dos 15 anos e em 55,8% em jovens dos 15 aos 29 anos, 9,2%dos anos e em 2,1% em pessoas com mais de 40 anos. Os resultados mostram que a prevalência da acne pode estender-se a fase adulta, porém em maior numero no período da adolescência (SELORES, 2011). 7

8 Conforme Oliveira (2006), a acne acomete ambos os sexos, com maior incidência dos 14 aos 17 anos nas mulheres e dos 16 aos 19 anos, nos homens. Ainda, segundo a autora, foi realizado um estudo em 2003, com adolescentes com ambos os sexos, sendo o mesmo número de mulheres quanto homens, chegou-se a conclusão que 59% das mulheres e 68,5% dos homens apresentavam comedões ou acne leve e que este aparecimento está correlacionado com a puberdade. De acordo com os resultados obtidos da questão1, representado no gráfico abaixo 65% dos adolescentes dos adolescentes entrevistados responderam que tem acne, apenas 35% responderam que não. Gráfico 1. Estimativa a respeito da questão: Você tem acne? Sim Não 35% 65% Conforme dados de pesquisa realizadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 80% dos jovens dizem ter acne em algum grau e apenas 35% desses jovens procurou ajuda de um profissional capacitado. De acordo resultados da questão 2 representada pelo gráfico abaixo um dos dados que se mostrou preocupante, foi referente aos adolescentes que já tiveram ou tem acne, que abordava a questão de como os pais reagiram diante do quadro. Apenas 1%dos adolescentes responderam que seus pais o levaram a um especialista mostrando a necessidade de se levar conhecimento aos adolescentes referente ao assunto abordado. 27% compraram algum cosmético comercial para acne, 46% dos pais disseram que já iria passar, que era coisa de adolescente 26%não responderam. 8

9 Por causa dessas atitudes, a incidência da acne em adolescentes deixa tantas marcas na pele e no emocional. Gráfico 2. Estimativa a respeito da questão: Se você tem ou já teve, como seus pais reagiram diante do quadro da acne? Procuraram especialista Compraram algum cosmético Pais que disseram que já iria passar, que era coisa de adolescente Não responderam 1% 26% 27% 46% Segundo Pereira (2013), o profissional de estética deve identificar o grau da acne do paciente que o busca para definir se podem realizar somente procedimentos estéticos ou se o tratamento tem que ser acompanhado por um dermatologista. De acordo com os resultados da questão 3 representado no gráfico abaixo que abordava se os adolescentes tinham conhecimento do trabalho de um tecnólogo em estética no tratamento de um grau leve da acne, 56% dos adolescentes não sabiam que um profissional de estética pode tratar um grau leve de acne, evitando assim comprometimentos futuros e sequelas mais graves, 44% responderam que tinha conhecimento do trabalho do tecnólogo no tratamento do grau leve da acne. Outro aspecto importante é que cabe ao profissional em estética desmistificar a acne para o adolescente esse assunto tem sido difundido na sociedade, vários conceitos errôneos passam de pai para filho, entre amigos e até mesmo de publicações não cientificas com informações infundadas a respeito da acne.(selores, 2011). 9

10 Gráfico 3. Estimativa a respeito da questão: Você sabia que um profissional de estética pode tratar um grau leve da acne, evitando assim comprometimentos futuros e sequelas mais graves? Sim Não 44% 56% Conforme Torezan (2011), desenvolver campanhas sobre prevenção e tendências em tratamentos da pele acneica, é a melhor forma de se levar informação sobre a acne, desde o surgimento aos tratamentos mais indicados. De acordo com resultado da questão 4 representada pelo gráfico abaixo 54% dos adolescentes entrevistados relataram que nunca foram orientados como cuidar de uma pele com acne, mesmo essa geração que consideramos totalmente informatizadas, ficou a desejar no quesito de cuidado com pele acneica 46% responderam que já haviam sido orientados como cuidar de uma pele com acne. Gráfico 4. Estimativa a respeito da questão: Você já foi orientado como cuidar de uma pele com acne? Sim Não 54% 46% Devemos levar em conta o impacto psicológico que a acne pode trazer ao adolescente se não for devidamente orientado e acompanhado pode envolver vários sentimentos entre eles vergonha da própria aparência, distúrbio comportamental e até mesmo depressão. Infelizmente a descriminação ocorre com muita frequência, apelidos e coisas do tipo levam o adolescente ao isolamento e até mesmo a se afastarem do meio-social (CORTÊS, 2009). A respeito da questão 4 10

11 representado pelo gráfico abaixo referente discriminação e bulling 8% dos adolescentes que tem ou já tiveram acne, responderam que sofreram algum tipo de bulling a respeito da acne,92% responderam que nunca sofreram descriminação sobre esse assunto. Gráfico 5. Estimativa a respeito da questão: Você já sofreu algum tipo de bulling por causa da acne? Sim Não 8% 92% Questionário 2. Aplicado após as orientações a respeito da acne: Segundo Macedo e Preston (2007), é necessário uma linguagem própria para adolescentes sobre a acne para se obter maior compreensão sobre o assunto abordado, ressaltando sempre a importância de que o quanto antes se iniciam os tratamentos menos chances de cicatrizes físicas e emocionais.de acordo com os resultados da questão 1 representado no gráfico abaixo 92% dos adolescentes responderam que ficou mais fácil lidar com acne depois que receberam orientação através da apostila, apenas 8%dos adolescentes responderam que não. Gráfico 1. Estimativa a respeito da questão: Com as informações que você recebeu, ficou mais fácil lidar com a acne? Sim Não 8% 92% 11

12 Segundo Cortês (2009), os efeitos psicológicos por causa da acne levam as pessoas a se sentirem infelizes com sua aparência, isso faz com que evitem convívio social gerando um stress emocional que pode piorar mais o quadro demorando ainda mais para se ter resposta aos tratamentos, e por ser deformante, pode levar o jovem a uma depressão profunda. A respeito da questão 2 representado no gráfico abaixo na qual abordava se os adolescentes tinham conhecimento de que um quadro grave da acne poderia levar um adolescente ao isolamento social e até uma depressão, 76%responderam que não tinha conhecimento disso, 24% responderam que sim que sabiam que acne poderia levar um adolescente a esse estágio. Gráfico 2. Estimativa a respeito da questão: Você tinha conhecimento de que um quadro grave da acne poderia levar um adolescente ao isolamento social e depressão? Sim Não 24% 76% O objetivo da pesquisa foi alcançado com êxito, pois 82% dos adolescentes que participaram responderam que, por se tratar de uma dermatose deformante que acomete principalmente a adolescentes, o assunto acne na adolescência deveria receber mais atenção nas escolas. Enfatizando a importância da pesquisa realizada. Resultados representados no gráfico abaixo. 12

13 Gráfico 3. Estimativa a respeito da questão: Por se tratar de uma doença deformativa que acomete principalmente adolescentes, na sua opinião, informações no cuidado da acne deveriam receber mais atenção nas escolas? Sim Não 18% 82% CONSIDERAÇÕES FINAIS A acne é um distúrbio que afeta a imagem pessoal do adolescente, por ser deformante, interfere em sua autoestima, e se não for devidamente tratada e acompanhada pode influenciá-lo negativamente agora e na fase adulta. Verificou-se que os pais de adolescentes com acne não têm dado a devida atenção ao quadro por falta de informação e até mesmo de recursos financeiros, agravando assim as sequelas que poderia ser evitada através de tratamento precoce. Observou-se que as informações através da apostila elaborada sobre a acne, trouxe maior compreensão para os adolescentes a respeito do assunto e maior facilidade de lidar com o quadro. Ressaltando assim a importância da orientação e prevenção no tratamento da acne para adolescentes e que um tecnólogo em estética capacitado, através de tratamentos e do conhecimento, pode orientar e auxiliar o adolescente com acne, e caso necessário, encaminhá-lo para um dermatologista quando o quadro ainda está sob controle, prevenindo assim futuras sequelas na pele e no emocional do adolescente. 13

14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Bonetto, D. V. S. Acne na adolescência. Revista adolescência e saúde, v.1, n.4, Rio de Janeiro, Cano, M.A.T. Auto-imagem na adolescência. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.1, n1, Goiânia, Carr-Gregg, M.; Shale, E. Criando adolescentes. Editora fundamento educacional, 2ªed, Coelho, E. M. Avaliação de qualidade de vida de pacientes com acne vulgar, antes e após tratamento com isotretinoína oral. UFSC, Florianópolis, Santa Catarina, Côrtes, A.P.R. A acne. UNIG, Itaperuna Rio de Janeiro, Darvill, W. ; Powell, k. Como virar um adolescente um guia para a puberdade: versão brasileira da editora. 1. ed, -São Paulo editora fundamento educacional, Macedo, O. ; Preston, L. Acne tem cura. Editora globo, Meneses, C. ; Bouzas, I. Acne na adolescência. Revista Adolescência e Saúde, v.6, n.3, Rio de Janeiro, Nunes, P. A. S; Costa, M.A.S.N. Atualização do tratamento da acne vulgar na adolescência. Revista Adolescência e Saúde, v.8, n.2, Rio de janeiro, Oliveira, F.A.C.S. Incidência de acne em acadêmicos da FAG, Cascavel, Paraná, Pereira, M.D.F.L. Recursos técnicos em estética, v.1,1ª ed.-são Caetano do Sul, São Paulo: Difusão Editora, 2013(série curso de estética). 12. Steiner, D. Acne vulgar. Moreira Junior editora/rbm Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, Selores, M. Acne. Revista do Hospital de Criança Maria Piá, V.XX,n.3, Sociedade brasileira de Dermatologia, Acesso dia 23/02/ Tiba, I. Adolescentes: Quem ama educa-39. ed. -São Paulo: Integrare editora,

15 16. Torezan, l. A saúde da pele Acesso 18/08/14, (SBDC) Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatologica,