DOI: /4cih.pphuem.747

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DOI: /4cih.pphuem.747"

Transcrição

1 DOI: /4cih.pphuem.747 CORRE GIRA PAI OGUM, FILHOS QUER SE DEFUMAR, UMBANDA TEM FUNDAMENTO, É PRECISO PREPARAR (?): CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE FILHOS DE SANTO Á PARTIR DE SEUS ORIXÁS DE CABEÇA Dra. Cristiana Tramonte (UFSC) Msc. Edelu Kawahala (NEN-Núcleo de Estudos Negros/ Estácio de Sá), Acad. Rosemeri Nieto (UNESC) Nos últimos anos, as Ciências Humanas, vêm debruçando-se sobre temas referentes às relações raciais. O mito do Brasil, país da democracia racial, já não possui mais credibilidade. Diversos pesquisadores como Munanga (1988), Santos (2001), Carone e Bento (2002), Paixão (2003) e outros apontam que o Brasil é um país racista e que ao logo dos anos vem produzindo desigualdades. Neste sentido, torna-se essencial a produção de conhecimentos que possam tornar-se subsídios para a transformação da sociedade, pois o paradigma da neutralidade científica vem sendo revisto e alguns pesquisadores apontam como compromisso social a apresentação de respostas às demandas das populações excluídas. Embora atualmente haja um amplo leque de produções científicas no que diz respeito à população afro-descendente, em relação a questões de religiões de matriz africanas ainda há relativamente poucas produções e diante da diversidade de cultos e da quantidade de adeptos destas religiões. Pesquisar sobre religiões de matriz africanas significa trazer à tona um importante aspecto da construção da identidade de uma parcela da população negra e não negra no Brasil. No período da escravidão, a religião caracterizava-se, muitas vezes, como o principal elemento de africanidade e resistência cultural dos negros escravizados. Com a miscigenação e a própria convivência, os brancos também foram incorporando elementos destas religiões, podendo-se citar como exemplo o culto à Iemanjá no final de ano, onde parte da população brasileira, mesmo sem muitas vezes ter sequer pisado em uma casa de religião afro, vai à praia fazer oferendas a este orixá. Atualmente, também é comum ver terreiros em que a Yalorixá ou o Babalorixá (Mãe e Pai de Santos), assim como boa parte dos médiuns da corrente, são brancos. A própria umbanda, muitas vezes criticada pelo movimento negro e por aqueles que acreditam num purismo religioso, aparece como uma religião extremamente miscigenada, trazendo elementos africanos, mas também elementos do catolicismo popular. O fato de ocorrerem estas misturas, não diminui a importância que estas religiões trazem às relações raciais e à produção de uma identidade étnica positiva.

2 2384 A questão da identidade foi à principal categoria de análise utilizada na pesquisa. Compreender como se dá a construção da identidade num momento em que a globalização e os meios de comunicação, de certa forma, padronizam os indivíduos, torna-se essencial as Ciências Humanas. A partir do conceito de identidade como relacional e construída socialmente, compreender como se dão as relações sociais de um determinado grupo torna-se um elemento de extrema pertinência para compreensão desde fenômeno. Outro ponto relevante desta pesquisa é a possibilidade de dar visibilidade a esta comunidade, o povo de santo. Na região de Criciúma, assim como na maior parte do país, as religiões de matriz africanas são vistas com preconceito e seus participantes discriminados. Embora, atualmente, a lei proteja a liberdade religiosa no Brasil, na prática os integrantes de terreiros muitas vezes são forçados a esconder sua crença com medo de serem estigmatizados como adoradores do diabo. Além desta discriminação verbal e psicológica (muitas vezes basta um olhar), há também situações em que se chega até mesmo à agressão física. Em conversa com uma das mais antigas Yalorixás da cidade de Criciúma, a Mãe Antoninha, a mesma nos relatou que houve um período em que sua casa era apedrejada quase todos os dias por moradores do seu bairro, que, segundo ela, não entendiam o que era a religião. Assim, buscamos dar voz a esta população e desvelar seu cotidiano, seus ritos e a sua fé, compreendendo ser uma esta importante estratégia para minimizar esta discriminação Religiões de Matriz Africanas Muitos preconceitos que envolvem, atualmente, os negros no Brasil têm sua origem no período da escravidão e ao longo do tempo, foram passados de uma geração para outra. Os negros foram trazidos para o Brasil entre 1550 e 1850, quando o tráfico negreiro foi oficialmente extinto. Neste período chegaram aqui cerca de 3,6 milhões de africanos para serem escravizados, segundo dados do IBGE (DIAS, 2002, p. 16). Os africanos foram capturados de diferentes regiões da África, assim com culturas e costumes bastante diferenciados. Até o século XV, a África estava dividida em vários reinos ou Estados: no norte do continente habitavam os árabes; ao sul do Saara, negros muçulmanos e iorubas; do centro para o sul da África viviam povos bantos. Alguns desses povos organizaram reinos centralizados com diferentes características políticas e sociais. Dentro destes reinos também variava a organização e lideranças (RODRIGUES, 1998, p. 05).

3 2385 Diante da diversidade lingüística e cultural destes negros (as) introduzidos no Brasil, somadas à política de evitar a concentração de negros escravos oriundos de uma mesma etnia nas mesmas propriedades e até mesmo nos navios negreiros, tentou-se impedir a formação de núcleos solidários que cultivassem a cultura africana. Atualmente, se percebe o fracasso desta tentativa, quando em nosso cotidiano são perceptíveis elementos da cultura africana (embora não nomeados como tais), podendo-se citar a feijoada, congada, bumba-meu-boi e cocada, além de termos em nossa linguagem, tais como, caçula, cochilo, banguela (AGUILLERA, 1998, p.23). Encontrando-se dispersos na terra nova, ao lado de outros negros (as) escravizados (as), seus iguais na cor e na condição social, mas diferentes na língua, na identificação tribal, os negros (as) foram compelidos a incorporar-se à força no universo cultural branco. Suas tradições, costumes, línguas e expressões espirituais foram severamente perseguidos, sendo muitas vezes necessário um sincretismo com a cultura da sociedade católica da época para poder assim, mesmo marginalizados, manterem vivas suas matrizes culturais inseridas em uma grande ressignificação: As convicções religiosas dos escravos eram colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizadas obrigatoriamente para salvação de sua alma e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres (VERGER, 1981, p.23). Os africanos e seus descendentes em solo brasileiro reuniam dois elementos temíveis pelo europeu: ser estrangeiro e, portanto, estranho e ser negro, cor associada ao demônio no senso comum. Os senhores vendo seus escravos dançarem de acordo com seus hábitos e cantarem nas suas próprias línguas julgavam não haver ali senão divertimento. Em meio a essas comemorações, configuraram-se, as religiões de matriz africana, tendo por base o sincretismo, que surgiu quando os negros escravizados tinham de camuflar seus orixás relacionado-os com os santos católicos. Em meados do século XIX, surge a Umbanda, dentro desta doutrina, eles incorporavam espíritos ditos Preto-Velhos que iniciaram a ajuda espiritual e o alívio do sofrimento material àqueles que estavam em cativeiro. A introdução das práticas religiosas de negros escravizados no Brasil deu-se, no início, de forma sutil e individual com as benzedeiras, feiticeiras, rezadeiras e curandeiras. Somente em meados da década de 40 do século XX é que emergem os terreiros, principalmente nas áreas rurais. Contrastando com a explosividade criativa das escolas de samba nos espaços públicos, as religiões afro-brasileiras se desenvolveram de maneira silenciosa e lenta,

4 2386 intimista, cuidadosa e habilidosa, enraizando-se profundamente, passo a passo, formando uma densa rede invisível. (TRAMONTE, 2000, p.44). Os escravos macumbeiros tinham grande prestígio junto a seus senhores brancos idosos e desgastados, devido à perícia com que atuavam no preparo de feitiços sexuais e afrodisíacos. A relação entre curandeiros, benzedores e feiticeiros (origem dos primeiros umbandistas) com as práticas alternativas de saúde são fatores que impulsionaram a forma de organização social e espiritual da religiosidade afro-brasileira por aqui. No início do século XX surgiram as Macumbas no sudeste do Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro (sendo que também existiam em São Paulo), que mesclavam ritos africanos, um sincretismo afro-católico e influências espíritas (kardecistas); o Xangô no recife (matriz africana que faz uma releitura do candomblé baiano, adaptando o ritual ao seu espaço geográfico); a Umbanda no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e outros estados (que trabalha com kardecismo e rituais afro); o Candomblé na Bahia (religião de matriz africana da nação africana nagô); a Nação em Santa Catarina e Rio Grande do Sul (mescla de Candomblé e Umbanda); a Quimbanda em Santa Catarina (matriz africana que trabalha com Exus), entre outras manifestações religiosas. Assim, percebem-se as particularidades e as múltiplas religiões de matriz africanas que existem em território brasileiro, cada uma com suas particularidades, semelhanças e diferenças. Reconstruir o processo histórico das formações das religiões afro-brasileiras não é, contudo, uma tarefa fácil. Primeiro, porque sendo religiões originárias de segmentos marginalizados em nossa sociedade, como negros, índios e pobres em geral por conta disto há poucos documentos ou registros históricos sobre elas, sendo que os mais freqüentes são os produzidos pelos órgãos ou instituições que combateram essas religiões e as apresentam de forma preconceituosa ou pouco esclarecedora de suas reais características. As religiões de matriz africanas são detentoras de muitas particularidades e cujos princípios e práticas de doutrinas são, em geral, estabelecidas e transmitidas oralmente. Não há nelas livros sagrados que registrem suas doutrinas de forma unificada ou sua história e, neste sentido, são religiões não institucionalizadas. Ao lado destas dificuldades, ainda existe o preconceito e a discriminação religiosa. As religiões de matriz africanas, por serem religiões de transe, de sacrifício animal e de culto aos espíritos, portanto, distanciados do modelo oficial de religiosidade dominante em nossa sociedade, têm sido associadas a certos estereótipos como magia negra ou coisa do diabo, por apresentarem, geralmente, uma ética que não se baseia na visão dualista do bem e do mal estabelecida pelas religiões cristãs, segundo Vagner Gonçalves:

5 2387 [estereótipos] reforçados pelos primeiros estudiosos do assunto que, influenciados pelo pensamento evolucionista do século passado (cujo modelo de religião superior era o monoteísmo cristão), viam as religiões de transe como formas primitivas ou atrasadas de cultura (SILVA, 1994, p.13). A religião afro é indicadora de comportamentos, hábitos, danças, comidas, rituais e, enfim, de uma maneira negra de ser, onde é estabelecida uma ética própria. A mesma imprime formas de relações sociais, organizações e hierarquias, estimula a vida comunal, estabelece padrões estéticos próprios e formas específicas de comunicação e de acesso ao riquíssimo sistema simbólico, pleno de sabedoria. Cada grupo étnico africano, antes de serem trazidos da África, cultuava suas divindades. O povo próximo ao rio Niger cultuava Oyá/Iansã, o povo de Oyó reverenciava Xangô e assim por diante. Se em sue reino uma determinada entidade era cultuada, nas senzalas e quilombos, passam a haver várias entidades que começam a ser cultuadas por todos, formando o chamado Xirê ou roda dos orixás. É necessário ressaltar que escolhemos trabalhar com a denominação Orixá pela popularidade do termo, embora saibamos que, conforme a nação de origem haverá uma denominação diferente como, por exemplo, para os Iorubas foram os orixás e para os de Angola foram inquices e vodum. Embora exista um grande número de orixás, alguns não são mais cultuados no Brasil. Segundo Chaib e Rodrigues (2000) existem cerca de 14 orixás mais conhecidos e cultuados por todo país, quais sejam: Exu, Ogum, Oxossi, Obaluaiê, Oxumaré, Ossaim, Xangô, Oxum, Iansã, Iemanjá, Oba, Nana, Oxalá e Ifá. Cada um deles apresenta características peculiares e que muitas vezes aproximam-se dos mortais. Ao contrário dos santos católicos, estas entidades são repletas de qualidades e defeitos. Segundo a tradição africana, cada indivíduo recebe ao nascer um orixá que irá reger sua cabeça (orí) e que, além de protegê-lo, influenciará nas suas características pessoais, ou seja, na sua identidade. Apesar de existir certa similaridade entre as nações, terreiros e bibliografias, algum autores como Tramonte (2000) e Silva (2005) apontam para a diversidade de conceitos sobre cada orixá nas religiões de matriz africanas. Identidade Trabalhar com o conceito de identidade significa transitar por um terreno extremamente arenoso, conforme ressalta Lago (1996): Identidade é um conceito carregado de polissemia. Conceitos são nossos instrumentos/imagens para significar, organizar,

6 2388 representar, falar, enfim, simbolizar nossas percepções sobre o mundo de que somos parte (físico, social e psicológico). Assim, ao falar de identidade, faz-se necessário explicitar de que lugar teórico se fala, sendo que, neste trabalho estaremos abordando identidade a partir de uma base materialista histórica, compreendendo-se que é na materialidade e nas relações sociais que cada indivíduo irá constituir-se. De acordo com Ciampa (1990), o processo de construção/desconstrução de identidade de uma pessoa será formado pela dialética da história de vida individual e coletiva; ela, portanto não se caracteriza como algo estático que permanecerá inerte para sempre e é por isso que, quando falamos em identidade nessa perspectiva, falamos em construção e desconstrução no sentido de que estamos constantemente assumindo novos e velhos papéis conforme interagimos com o mundo em que vivemos. De acordo com Maheirie (2002), quando se quer falar do homem em sua singularidade, em como este se constitui como sujeito, deve-se ter presente que todo e qualquer conceito é embasado numa teoria acerca da concepção do homem. Para trabalhar a temática da identidade, a autora parte da concepção existencialista de homem defendida por Sartre, segundo a qual, o homem se constitui como corpo e consciência, sendo que esta só pode ser entendida como sendo relação a alguma coisa. Para ele, a consciência não tem um conteúdo a priori, pois é sempre em relação à. Ela é sinônimo de subjetividade, abrangendo todo fenômeno da psique humana, desde a primeiro impulso do bebê até a mais elaborada reflexão do adulto. Essa concepção, observa a autora, rompe com o conceito cartesiano de supremacia da razão, pois a considera como umas das especificidades da consciência, assim como a afetividade, a imaginação, a percepção, a reflexão. Conforme Maheirie (2002), o que define o homem para Sartre é o seu projeto, caracterizando a dialética do subjetivo e do objetivo. O projeto é o movimento do sujeito em direção ao novo, ao não existente; é o desejo de ser aquilo que não se é. Esse desejo de ser, porém, não se concretiza, pois o sujeito não se cristaliza em determinada situação, já que o seu movimento é dialético. O homem se define baseado em seu passado, pois este é o que ele não pode deixar de ser, mas é em função de um futuro que tal definição acontece, já que é ele quem dá sentido às posições do sujeito (Maheirie, 2002, p.36). Ele é um vir a ser constante, pois está em um movimento de transcendência, sempre além de si mesmo. O sujeito, nesta perspectiva, é entendido como um ser que estabelece sentidos e produz significados a partir das suas relações com o mundo e esses significados vão se dando

7 2389 em função do projeto, o qual é a própria práxis vivida no cotidiano. Sendo assim, o homem constrói-se como sujeito no coletivo por oposições, conflitos e negociações, reinventando-se a cada momento. Nesse sentido, ele produz a sua história e da humanidade, porém, também é produzido por ela. Segundo Sartre o homem caracteriza-se antes de tudo pela superação de uma situação, pelo que ele chega a fazer daquilo que se fez dele, mesmo que ele não se reconheça jamais em sua objetivação (Maheirie, 2002, p.35). Para Sartre, o homem sendo corpo e consciência é objetividade e subjetividade, não podendo ser reduzido a nenhum deles. Dentro desse campo teórico, identidade é definida como o produto das relações entre o corpo (objetividade) e consciência (subjetividade) com o mundo, numa perspectiva dialética, onde a síntese é sempre inacabada. A dimensão coletiva histórica e social da construção da identidade aparece como um elemento essencial na compreensão deste conceito; não há indivíduo e sociedade, mas uma unidade indivisível e co-produtora. Também para Ferreira, a identidade será construída socialmente: Tanto o indivíduo como suas concepções de realidade são construídas nas relações interpessoais. Estas inter-relações são mediadas por crenças padrões, práticas e normas de toda a sociedade e esta, por sua vez, em parte é construída por este mesmo indivíduo dela participante, em um processo contínuo e dinâmico de mutua construção, cuja direção não é casual, mas determinada pelo somatório de ações políticas de todos os indivíduos que a constituem (FERREIRA, 2000, p. 35) Assim, compreender as relações sociais que permeiam os grupos e como cada indivíduo se apropria dela através dos seus signos, constitui-se como um método investigativo essencial para perceber como se constrói o fenômeno da identidade. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO / METODOLOGIA A população pesquisada foi o povo santo, ou seja, os adeptos das religiões de matriz africana da cidade de Criciúma. A amostra foi composta por componentes de três terreiros da cidade, o número pessoas entrevistadas foi de sete. A forma como foram escolhidos os sujeitos da pesquisa foi a partir da indicação dos Babalorixás ou Yalorixás ( Pai e Mãe de Santo), sendo variáveis relevantes para a composição da amostra, o número de participantes dos terreiros, o tempo de religião e os Orixás de cabeça.

8 2390 A abordagem da pesquisa teve características etnográficas, os principais instrumentos de coleta de dados foram pesquisa bibliográfica, observação participante, entrevistas e fotografias. A etnografia, metodologia tradicionalmente utilizada pela antropologia, vem ultrapassando os limites disciplinares, sendo atualmente escolhida como forma de abordagem de diversas pesquisas interdisciplinares, onde a interface das disciplinas é um elemento essencial para a compreensão dos fenômenos sociais. A pesquisa etnográfica será realizada somente em um terreiro, pois pelo tempo estabelecido para a pesquisa seria inviável realizá-lo em cinco casas. O terreiro escolhido é acessível à pesquisadora, já que pessoas da sua rede social são freqüentadoras deste, sendo que os demais terreiros deverão deverão ser indicados por pessoas que estejam ligadas, de alguma forma, às religiões. Num segundo momento, após um período de observação participante, foram realizadas entrevistas com os filhos de santo do terreiro. As entrevistas foram abertas e semi-dirigidas com roteiro previamente estabelecido e elaboradas com base nas técnicas de História Oral. A fonte mais rica que teremos no desenvolvimento desta pesquisa será a história oral e a história de vida do povo de santo, pois, a partir destes relatos, teremos a possibilidade de obter e desenvolver conhecimentos novos e fundamentar análises históricas com base na criação de fontes inéditas ou novas. Outra de forma de coleta de dados foi o registro fotográfico, embora inicialmente a proposta era trabalhar com fotos antigas e registros fotográficos atuais, realizamos somente os registros, pois não tivemos acesso as fotos antigas, embora em vários momentos propuseramse a dispô-las. Como resultados da pesquisa pôde-se verificar que devido às características da vida moderna, as relações nos terreiros e entre o povo de santo, são pontuais, muitas vezes limitadas às sessões. A maioria dos participantes das religiões trabalha, tendo, portanto um tempo limitado para dedicar-se a religião, diferente de décadas atrás quando era possível passar dias ininterruptos no terreiro. Talvez por conta desta relação pontual a identificação com o Orixá de cabeça não se apresentou como significativa na construção de identidade destes sujeitos, para que haja identidade precisa-se do outro para que haja reconhecimento, nos terreiros pesquisados a identificação do orixá do outro muitas vezes sequer é conhecida pelos irmãos de santo, portanto a relação eu/outro carece desta variável na auto identificação com o Orixá. Outro ponto a ser destacado ao final da pesquisa foi o desconhecimento a respeito da religião por parte de religiosas que estavam prestes a alcançar o posto de Ialorixás.

9 2391 Além do tempo iniciático ser mínimo mostrar-se curto para o aprendizado mais detido dos fundamentos e práticas religiosas, mesmo porque em geral um iniciado divide seu tempo de iniciação entre com seu tempo de trabalho em na vida profana, [...]. E o período de treinamento regulamentar de sete anos muitas vezes é em favor dos interesses dos iniciados ansiosos em se estabelecer por conta própria como chefe de terreiro. (PRANDI, 2005, p 157). Também merece destaque a questão da mercantilização da religião, que também pode ser um dos elementos que apressam a formação dos Babalorixás/Yalorixás: A cobrança pelos serviços religiosos tem outra implicação muito mais grave, na opinião dos entrevistados: é o estabelecimento de um circulo vicioso, no qual todas as etapas da feitura de um novo líder espiritual vão sendo encurtadas pela necessidade deste vir a possuir seu próprio estabelecimento religioso visando proceder à prestação de tais serviços (TRAMONTE, 2001, p 554). Ao fim desta incursão as religiões de matriz africana em Criciúma, confrontando com as produções acadêmicas nos últimos anos, refletimos sobre a necessidade de pensar sobre estas mudanças que embora possam ser marcantes em Criciúma, aparecem também como dilemas éticos em outras regiões, Tramonte (2000) fala dos Dilemas do Presente, Prandi (2005) fala sobre a Hipertrofia Ritual e Falência Moral, Baptista fala da relação de mercantilização com os clientes em Os Deuses Vedem Quando Dão: os Sentidos do Dinheiro no Candomblé e No Candomblé Nada é de Graça... Estudo Preliminar Sobre a Ambigüidade nas Trocas no Contexto Religioso do Candomblé. Seriam estas mudanças degenerações das religiões de matriz africana ou somente mudanças diante das demandas do capitalismo e da crise ética que a sociedade atravessa? Afinal o espaço religioso não consiste numa instancia descolada da sociedade, nem mesmo a representação dela ela é a sociedade. REFERÊNCIAS AGUILLERA, Sandra Mara. A influência africana na Língua Portuguesa. In: LIMA, Ivan Costa; ROMÃO, Jeruse, SILVEIRA, Sônia Maria. Os negros, os conteúdos escolares e a diversidade cultural. Florianópolis: NEN (Núcleo de Estudos Negros), AMADO, Janaina; FERREIRA, Marieta de Moraes. Usos e abusos da história oral. In: LOZANO, Jorge Eduardo Aceves. Prática e estilos de pesquisas na história oral contemporânea. São Paulo: Editora da Fundação Getúlio Vargas, BAPTISTA, J. R. C.. Os Deuses vendem quando dão: os sentidos do dinheiro nas relações de troca no Candomblé. Mana (Rio de Janeiro), v. 13, p. 7-40, No candomblé nada é de graça: estudo preliminar sobre a ambigüidade

10 2392 nas trocas no contexto religioso do Candomblé. REVER (PUCSP), São Paulo, v. 1/2005, n. 01/2005, p , 2005 CIAMPA, Antonio da Costa. A estória do Severino e a história da Severina. 4 ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, FERREIRA, Ricardo Franklin. Afro-descendente identidade em construção. Rio de Janeiro: Pallas, MAHEIRIE, Kátia. Constituição do sujeito, subjetividade e identidade. Interações, MAHEIRIE, Kátia. Agenor no mundo: um estudo psicossocial da identidade. Florianópolis: Letras Contemporâneas, PAIXÃO, Marcelo J.P. Desenvolvimento Humano e as Relações Raciais. Rio de Janeiro: DP&A, PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, RODRIGUES, Jaime. O tráfico escravo para o Brasil. São Paulo: Ática, SANTOS, Hélio. A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do circulo vicioso. São Paulo: Senac, SILVA, Vagner Gonçalves. Candomblé e Umbanda: caminhos da devoção brasileira. São Paulo: Selo Negro, TRAMONTE, Cristiana. Com a bandeira de Oxalá - Trajetórias, Práticas e Concepções das Religiões Afro-Brasileiras na Grande Florianópolis. Itajaí: Lunardelli, VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás: Deuses iorubas na África e no Novo Mundo. São Paulo: Editora Currupio, ZACARIAS, José Jorge de Morais. Orí axé: as dimensões arquetípicas dos orixás. São Paulo: Vetor, BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES BASTIDE, Roger. Estudos afro-brasileiros. São Paulo: Perspectiva, BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Brasil: contribuição a uma sociologia das interpenetrações de civilizações. São Paulo: Pioneira: Ed. Univ. S. Paulo, BARCELLOS, Mário César. Os orixás e a personalidade humana: quem somos? Como somos? Rio de Janeiro: Pallas, CHAIB, Lídia e RODRIGUES, Elizabeth. Ogum o rei de muitas faces e outras histórias dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

11 2393 LAGO, Mara. Modos de vida e identidade: sujeitos no processo de urbanização da Ilha de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: Educ, MEIHY, José Carlos sebe Bom. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, MONTENEGRO, Antonio Torres. História oral e memória a cultura popular revisitada. São Paulo: Contexto, MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de. Candomblé: religião de corpo e alma. Rio de Janeiro: Pallas, ODÉ, João Carlos de. A Mãe Iemanjá quer falar contigo. Criciúma: Ed. do autor, ORO, Pedro Ari. As religiões afro-brasileiras do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, OLIVEIRA, Rafael Soares de. Candomblé: diálogos fraternos contra a intolerância religiosa. Rio de janeiro: DP&A, REIS, Eneida de Almeida dos. Mulato: negro não-negro e/ou branco não branco. São Paulo: Altana, SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nagô e a Morte: Pàdê, Asèsè e o culto Égun na Bahia. Petrópolis: Vozes, SAWAIA, Bader. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, SILVA, Vagner Gonçalves da. Caminhos da alma. São Paulo: Summus, O antropólogo e sua magia. São Paulo: Edusp, 2000.

Cultura Afro-brasileira

Cultura Afro-brasileira Cultura Afro-brasileira by barattaxxx 2008 África! Mulher trigueira, negrita brejeira requebrada em sons, por mais que te veja minh alma deseja reviver teus tons. África! De cores garridas, gentes atrevidas

Leia mais

Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião

Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião Thales Valeriani Agradecimentos Agradeço a minha orientadora Eliza Casadei pela dedicação, atenção e profissionalismo ao longo de

Leia mais

4ª FASE. Prof. Amaury Pio Prof. Eduardo Gomes

4ª FASE. Prof. Amaury Pio Prof. Eduardo Gomes 4ª FASE Prof. Amaury Pio Prof. Eduardo Gomes Unidade IV A formação dos estados modernos 2 Aula 21.2 Conteúdo Escravismo colonial II 3 Habilidade Compreender as heranças africanas no Brasil e as religiões

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 03.09.2016 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 12 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), fórum, suporte de Whatsapp

Leia mais

POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI /03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana

POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI /03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana Camilla Aparecida Nogueira Santos Graduada do curso de História da FACIP/UFU E-mail: camillasantos_ap@hotmail.com

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 09.09.2017 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 14 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), suporte de Whatsapp (direto

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 18.03.2017 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 12 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), suporte de Whatsapp (direto

Leia mais

ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA

ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA ENSINO RELIGIOSO 8 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ERIKA PATRÍCIA FONSECA PROF. LUIS CLÁUDIO BATISTA Avaliação da unidade III Pontuação: 7,5 pontos 2 Questão 01 (1,0) As religiões orientais desenvolveram-se

Leia mais

Resenha. CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014, 151p.

Resenha. CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014, 151p. Resenha CARNEIRO, João Luiz. Religiões afro-brasileiras: uma construção teológica. Petrópolis-RJ: Vozes, 2014, 151p. Dilaine Soares Sampaio 1 Entende-se de modo praticamente consensual no campo de estudos

Leia mais

Palavras-chave: Religiões de matriz africana. População negra no Ceará. Negro e Educação.

Palavras-chave: Religiões de matriz africana. População negra no Ceará. Negro e Educação. RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NO CEARÁ: EDUCAÇÃO E OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS Resumo: Nico Augusto có, Professor Orientador, Ivan Costa Lima Esta investigação se desenvolve na Universidade Internacional

Leia mais

Palavras-chave: educação, Lei /03, religião de matriz africana.

Palavras-chave: educação, Lei /03, religião de matriz africana. 02689 MULHERES DE AXÉ NA BAIXADA FLUMINENSE: RELIGIÃO, CULTURA, EDUCAÇÃO E ATUAÇÃO POLITICA. RESUMO A LDB por força Lei 10.639/03, introduz nos currículos o estudo da presença do povo negro na historia

Leia mais

Material de Apoio Leitura Necessária e Obrigatória. Desenvolvimento Mediúnico.

Material de Apoio Leitura Necessária e Obrigatória. Desenvolvimento Mediúnico. As Umbandas dentro da Umbanda Material de Apoio Leitura Necessária e Obrigatória. Desenvolvimento Mediúnico. Após pouco mais de 100 anos de fundação da Umbanda pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, essa

Leia mais

Iemanjá (Yemanjá) Iansã

Iemanjá (Yemanjá) Iansã Iemanjá (Yemanjá) Iemanjá é a orixá dos grandes rios, mares e oceanos. Chegou ao Brasil com os escravos africanos, sendo que na África era a orixá do rio Ogun e aqui se tornou a orixá dos mares. Na umbanda,

Leia mais

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1 Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 1 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Ementa Conceitos básicos, como: escravo, escravizado,

Leia mais

Candomblé. Como citar esse texto:

Candomblé. Como citar esse texto: Como citar esse texto: MARCUSSI, Alexandre de Almeida. Candomblé. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2010. Disponível em: []. Acesso: [CITAR DATA] Candomblé Resumo: Introdução geral à prática

Leia mais

Quem roubou Yemonjá?

Quem roubou Yemonjá? CADERNO N.1/2008 APCAB * Fevereiro 2008 Quem roubou Yemonjá? Culto de Yemonjá no limiar da globalização: desenraizado, sincrético e exportado. [APCAB] cadernos informativos. João Ferreira Dias Vice-Presidente

Leia mais

Exu na Umbanda. O mensageiro e vitalizador

Exu na Umbanda. O mensageiro e vitalizador Exu na Umbanda O mensageiro e vitalizador Aula 1: Exu de Trabalho Exu Guardião; Exunização dos espíritos; Nomes simbólicos; Linhas transitórias; Arquétipo e manifestações; Exu Tiriri Mistério original

Leia mais

final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 1 28/6/ :15:50

final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 1 28/6/ :15:50 final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 1 28/6/2008 09:15:50 final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 2 28/6/2008 09:15:52 final Livro MN do Curuzu - Dayane Host.indd 3 28/6/2008 09:15:52 final

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PLANO DE ENSINO Semestre 2014.2 IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DISCIPLINA PRÉ-REQUISITOS Edu 311 RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA ESCOL CURSO DEPARTAMENTO ÁREA PEDAGOGIA DEDU POLÍTICA CARGA HORÁRIA T 60 P 00 E 00 PROFESSOR(A)

Leia mais

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS INTRODUÇÃO Já se tornaram comuns as aglomerações de pessoas nas praias para saudar o Ano-Novo. O branco é a cor usual. Até no culto da virada de ano há quem vá de branco. O que

Leia mais

Reprodução proibida. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Gerência Técnica da Divisão de Bibliotecas Públicas, Bahia, Brasil)

Reprodução proibida. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Gerência Técnica da Divisão de Bibliotecas Públicas, Bahia, Brasil) 1 Corrupio Lendas Africanas dos Orixá, 4 a edição ( 1997) / Segunda tiragem (Abril 1998). Fundação Pierre Verger/ Carybe e Corrupio Edições e Promoções Culturais Ltda. Reprodução proibida Coordenação

Leia mais

Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade, resistência e de construção de linguagem

Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade, resistência e de construção de linguagem Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade, resistência e de construção de linguagem KARY JEAN FALCÃO * Resumo O artigo Casas e terreiros de cultos africanos: território de identidade,

Leia mais

A LEI /2003 E SUAS TENTATIVAS DE APLICABILIDADE NO ENSINO ATRAVÉS DA LITERATURA 1. INTRODUÇÃO

A LEI /2003 E SUAS TENTATIVAS DE APLICABILIDADE NO ENSINO ATRAVÉS DA LITERATURA 1. INTRODUÇÃO A LEI 10.639/2003 E SUAS TENTATIVAS DE APLICABILIDADE NO ENSINO ATRAVÉS DA LITERATURA 1. INTRODUÇÃO Deise Belizário Terto (UFRN) deisebelizario@gmail.com Tânia Maria de Araújo Lima (UFRN) poemastulipas@yahoo.com.br

Leia mais

Proposta Curricular para o Ensino Religioso da Secretaria Municipal de Educação de Camburiu e Itapema

Proposta Curricular para o Ensino Religioso da Secretaria Municipal de Educação de Camburiu e Itapema Proposta Curricular para o Ensino Religioso da Secretaria Municipal de Educação de Camburiu e Itapema 5ª. SÉRIE 1. Ethos Ser Humano. 3. Textos Sagrados, orais e escritos. Autoestima. Preconceito (etnias,

Leia mais

3º Ano Geografia Prof. Gustavo Macieira. O povo brasileiro e seu país: diversidade cultural e miscigenação de raças

3º Ano Geografia Prof. Gustavo Macieira. O povo brasileiro e seu país: diversidade cultural e miscigenação de raças 3º Ano Geografia Prof. Gustavo Macieira O povo brasileiro e seu país: diversidade cultural e miscigenação de raças 1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Brasil: um país heterogêneo O

Leia mais

Que força. traz o ritmo?

Que força. traz o ritmo? A P R E S E N T A Que força traz o ritmo? Gera Que movimento o giro? Q u e a r r e b a t a m e n t o TRANSFORMA Um em tantos? o encantamento dos vodunsis nos Tambores Maranhenses O movimento circular

Leia mais

VIVENDO EM SOCIEDADE CAPÍTULO 4 VOLUME 2

VIVENDO EM SOCIEDADE CAPÍTULO 4 VOLUME 2 VIVENDO EM SOCIEDADE CAPÍTULO 4 VOLUME 2 Considerando as narrativas de criação do mundo e dos seres humanos das mais diversas sociedades, percebe-se que, em geral, em todas elas, o mundo natural é anterior

Leia mais

Conceito de raça e relações étnico-raciais

Conceito de raça e relações étnico-raciais Conceito de raça e relações étnico-raciais Mestre em Economia UNESP Graduado em História UNESP email: prof.dpastorelli@usjt.br blog: danilopastorelli.wordpress.com Você já sofreu ou conhece alguém que

Leia mais

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS AS REGRAS DO NASCIMENTO À MORTE FAMÍLIA Ao nascer, o indivíduo é moldado, aprende as regras de convivência, o que pode e não pode fazer. Neste âmbito,

Leia mais

Semira Adler Vainsencher. Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco

Semira Adler Vainsencher. Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Semira Adler Vainsencher Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco semiraadler@gmail.com Na Bahia, vestir roupa branca nas sextas-feiras representa um hábito muito antigo, sendo proveniente do candomblé.

Leia mais

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DA LEI /03 EM UMA ESCOLA DE APODI/RN

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DA LEI /03 EM UMA ESCOLA DE APODI/RN HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: UMA ANÁLISE DA LEI 10.639/03 EM UMA ESCOLA DE APODI/RN Rusiane da Silva Torres 1 ; Antonio Caubí Marcolino Torres 2 ; Maria Rosineide Torres Marcolino 3

Leia mais

ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS

ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS 367 ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS Fragmentos de notícias sobre o candomblé, pesquisadas em diversos periódicos brasileiros e internacionais, com destaque para as suas manchetes: Notícias de A Tarde, jornal

Leia mais

Redação Enem Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil - Ensino Médio

Redação Enem Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil - Ensino Médio Redação Enem 2016 - Tema: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil - Ensino Médio Texto selecionado da Turma 231 Aluna: Giorgia Gimenez Durante uma transmissão ao vivo de um canal televisivo

Leia mais

PRECEDENTE HISTÓRICO. Castro Alves- Navio Negreiro. Negros vindos em navio negreiros.

PRECEDENTE HISTÓRICO. Castro Alves- Navio Negreiro. Negros vindos em navio negreiros. MOVIMENTO NEGRO PRECEDENTE HISTÓRICO Na origem das extremas desigualdades raciais observadas no Brasil está o fato óbvio de que os africanos e muitos dos seus descendentes foram incorporados à sociedade

Leia mais

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NO CURSO DE PEDAGOGIA: FORMAÇÃO INICIAL E INTERVENÇÃO NA ESCOLA BÁSICA

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NO CURSO DE PEDAGOGIA: FORMAÇÃO INICIAL E INTERVENÇÃO NA ESCOLA BÁSICA 1 HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NO CURSO DE PEDAGOGIA: FORMAÇÃO INICIAL E INTERVENÇÃO NA ESCOLA BÁSICA Heldina Pereira Pinto Fagundes (UNEB) 1 RESUMO Este trabalho tem como objetivo realizar

Leia mais

Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu

Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu por Por Dentro da África - terça-feira, janeiro 12, 2016 http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/22084 Natalia da Luz, Por

Leia mais

Calendário de Giras 2017

Calendário de Giras 2017 Janeiro. Datas Comemorativas na Umbanda do mês de Janeiro. Dia 20 - Dia do Pai Oxóssi. - Oxóssi Orixá da caça, da busca e do conhecimento que habita nas matas. Elemento vegetal, ponto de força nas Matas.

Leia mais

Segundo Encontro Educação e Desigualdades Raciais no Brasil

Segundo Encontro Educação e Desigualdades Raciais no Brasil Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 4 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Segundo Encontro Educação e Desigualdades Raciais

Leia mais

A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre

A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre a escravidao A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre outro denominado por escravo, ao qual é

Leia mais

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular. Rio de Janeiro: Aeroplano, p.

CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular. Rio de Janeiro: Aeroplano, p. Horizontes Antropológicos 44 2015 Cultura e Aprendizagem CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Reconhecimentos: antropologia, folclore e cultura popular. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2012. 384 p. Electronic

Leia mais

ESSA FEIJOADA TEM AXÉ, ESSA FEIJOADA TEM MIRONGA: UMA FOTO-

ESSA FEIJOADA TEM AXÉ, ESSA FEIJOADA TEM MIRONGA: UMA FOTO- ESSA FEIJOADA TEM AXÉ, ESSA FEIJOADA TEM MIRONGA: UMA FOTO- ETNOGRAFIA DE UMA FESTA DE PRETO VELHO Larissa Fontes 1 Este ensaio mostra a festa da preta velha Vovó Maria Conga desde sua preparação. Vovó

Leia mais

b. julgamento negativo, elaborado previamente em relação a outras pessoas. c. conduta de alguém que viola os direitos de outras pessoas.

b. julgamento negativo, elaborado previamente em relação a outras pessoas. c. conduta de alguém que viola os direitos de outras pessoas. Atividade extra Questão 1 Em uma sociedade democrática, as diferenças culturais devem ser respeitadas. O respeito às diferenças culturais é importante sendo fundamental que se aprenda a conviver com elas.

Leia mais

Uma parceria entre Alexandre Cumino e Rodrigo Queiroz - Colégio Pena Branca e Umbanda EAD.

Uma parceria entre Alexandre Cumino e Rodrigo Queiroz - Colégio Pena Branca e Umbanda EAD. Uma parceria entre Alexandre Cumino e Rodrigo Queiroz - Colégio Pena Branca e Umbanda EAD. Todos os encontros acontecerão aos domingos das 14h às 20h. Realizados 1 vez a cada mês, na sede do Colégio Pena

Leia mais

Ensino Religioso. O eu, o outro e o nós. O eu, o outro e o nós. Imanência e transcendência. Sentimentos, lembranças, memórias e saberes

Ensino Religioso. O eu, o outro e o nós. O eu, o outro e o nós. Imanência e transcendência. Sentimentos, lembranças, memórias e saberes Ensino Religioso COMPONENTE ANO/FAIXA UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O eu, o outro e o nós (EF01ER01) Identificar e acolher as semelhanças e diferenças entre o eu, o outro e o nós.

Leia mais

desvendandoexu Desvendando Exu

desvendandoexu Desvendando Exu Desvendando Exu João Batista Libaneo diz que Teologia é a ciência que estuda a fé. Não a fé do outro, mas a nossa própria fé. Por isso é quase que necessário que o Teólogo seja um vivenciador de uma religião

Leia mais

Aula 10.2 Conteúdo Arte e cultura africana.

Aula 10.2 Conteúdo Arte e cultura africana. Aula 10.2 Conteúdo Arte e cultura africana. 2 Habilidades: Refletir sobre as questões de dominação cultural, estereótipos e manutenção de identidade. 3 Vídeo Miscigenação. 4 Vídeo Aplicabilidade das Leis.

Leia mais

Cidadania e Educação das Relações étnico-raciais.

Cidadania e Educação das Relações étnico-raciais. Cidadania e Educação das Relações étnico-raciais. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Mensagem de veto Altera a Lei n o 9.394,

Leia mais

CURRÍCULO PAULISTA. Ensino Religioso

CURRÍCULO PAULISTA. Ensino Religioso CURRÍCULO PAULISTA Versão 1 Encontros Regionais 22 a 30 de outubro Ensino Religioso São Paulo Outubro de 2018 TEXTO INTRODUTÓRIO ENSINO RELIGIOSO O Ensino Religioso vem sendo fundamentado na Constituição

Leia mais

Guilherme Pereira Stribel 1

Guilherme Pereira Stribel 1 Resenha: MORAIS, Marcelo Alonso; MARTINS JÚNIOR, Marco Antônio. Salve São Jorge/Ogum: O padroeiro do carioca. Rio de Janeiro: Ideia Jurídica. 2015. 88p. Guilherme Pereira Stribel 1 Durante o ano de 2017,

Leia mais

#somostodosáfrica

#somostodosáfrica www.professoredley.com.br #somostodosáfrica O Reino de Gana A África pode ser dividida em duas grandes regiões: ao norte, onde se desenvolveu Cartago e as cidades Estados fenícias, conhecida como África

Leia mais

Atividade extra. Revolução Francesa. Questão 1. Ciências Humanas e suas Tecnologias História 57

Atividade extra. Revolução Francesa. Questão 1. Ciências Humanas e suas Tecnologias História 57 Atividade extra Revolução Francesa Questão 1 No ano de 1835, ocorreu em Salvador, Bahia, a Revolta dos Malês. Mas quem são os malês? O vocábulo male deriva da palavra da língua ioruba imale. Eram considerados

Leia mais

Relações Étnico-Raciais no Brasil. Professor Guilherme Paiva

Relações Étnico-Raciais no Brasil. Professor Guilherme Paiva Relações Étnico-Raciais no Brasil Professor Guilherme Paiva Unidade 1: Entender as relações étnico-raciais no Brasil através das legislações atuais Questões iniciais: a invisibilidade do negro e do índio

Leia mais

COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL

COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL COMPOSIÇÃO ÉTNICA DO BRASIL MISCIGENAÇÃO DA POPULAÇÃO Povos no Brasil As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis de mestiçagem e

Leia mais

Composição étnica do BRASIL Módulo: Páginas

Composição étnica do BRASIL Módulo: Páginas Composição étnica do BRASIL Módulo: Páginas Miscigenação da população Povos no Brasil As três raças básicas formadoras da população brasileira são o negro, o europeu e o índio, em graus muito variáveis

Leia mais

Estudos das Relações Organização da Disciplina Étnico-raciais para o Ensino Aula 3 de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena

Estudos das Relações Organização da Disciplina Étnico-raciais para o Ensino Aula 3 de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 3 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Organização da Disciplina Aula 3 História e cultura

Leia mais

Assim é hora de darmos um passo maior na formação espiritual do seu corpo mediúnico.

Assim é hora de darmos um passo maior na formação espiritual do seu corpo mediúnico. Apresentação No ano de 2010 chegaremos ao 4º ano de existência do Terreiro Tio Antonio, pouco tempo para a maturidade plena, mas um tempo importante para se ter a certeza de que o Terreiro veio para ficar.

Leia mais

Prefácio. Por Rodney William Eugênio COMIDA DE SANTO QUE SE COME

Prefácio. Por Rodney William Eugênio COMIDA DE SANTO QUE SE COME Prefácio Por Rodney William Eugênio A mesa está posta. Tem farofa, feijoada, sarapatel, acarajé. Tem também as moquecas, xinxim, caruru e vatapá. E os doces: bolinho de estudante, arroz, canjica. Comida

Leia mais

SILÊNCIO TAMBÉM É AXÉ

SILÊNCIO TAMBÉM É AXÉ SILÊNCIO TAMBÉM É AXÉ Iyaromi Feitosa Ahualli 1 A vivência em um terreiro de Candomblé é composta por detalhes minuciosos. Quase tudo que se fala, que se faz, está dentro da estrutura ritualística deste

Leia mais

A UMBANDA E O CANDOMBLÉ NO CENÁRIO NACIONAL: ALGUNS DESAFIOS. Palavras-chave: Religiões de matrizes africanas. Intolerância. Desafios.

A UMBANDA E O CANDOMBLÉ NO CENÁRIO NACIONAL: ALGUNS DESAFIOS. Palavras-chave: Religiões de matrizes africanas. Intolerância. Desafios. A UMBANDA E O CANDOMBLÉ NO CENÁRIO NACIONAL: ALGUNS DESAFIOS Francisco Rangel dos Santos Sá Lima 1 Resumo: O presente artigo tem por objetivo fazer um breve histórico do surgimento das mais importantes

Leia mais

RAÇA BRASIL REPORTAGENS: TEMAS & CÓDIGOS GRUPOS TEMÁTICOS (2.318 REPORTAGENS / 185 TEMAS & CÓDIGOS)

RAÇA BRASIL REPORTAGENS: TEMAS & CÓDIGOS GRUPOS TEMÁTICOS (2.318 REPORTAGENS / 185 TEMAS & CÓDIGOS) Personalidade Personalidade Perfil 322 Personalidade Personalidade Carreira 244 Estética Cabelos Femininos 157 Sociedade Eventos NULL 121 Estética Moda Feminina & Masculina 118 Estética Moda Feminina 107

Leia mais

Associação Recreativa e Cultural Acadêmicos da Asa Norte Traz da Bahia a Tenda dos Milagres Carnaval 2014 Carnavalesco Jack Vasconcelos

Associação Recreativa e Cultural Acadêmicos da Asa Norte Traz da Bahia a Tenda dos Milagres Carnaval 2014 Carnavalesco Jack Vasconcelos Associação Recreativa e Cultural Acadêmicos da RESUMO DO ENREDO Ninguém pode com ele, Mas ele pode com tudo. Mensageiro dos santos Orixás. Que na gira de suas giradas Abre os caminhos para a missão do

Leia mais

A resistência religiosa afro-brasileira

A resistência religiosa afro-brasileira A resistência religiosa afro-brasileira Resenha: SANT ANNA SOBRINHO, José. Terreiros Egúngún: um culto ancestral afro-brasileiro. Salvador: EDUFBA, 2015. 284 p. José Marcos Brito Rodrigues Universidade

Leia mais

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS REVISTA OLORUN n. 46, janeiro de 2017 ISSN 2358-3320 www.olorun.com.br NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS Erick Wolff Março de 2016 SOBRE NAÇÕES Nos diversos segmentos

Leia mais

Os tortuosos caminhos de Exu

Os tortuosos caminhos de Exu Revista de @ntropologia da UFSCar R@U, 9 (2), jul./dez. 2017: 255-265. Os tortuosos caminhos de Exu Doutorando em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ Salvador é uma cidade de esquinas, becos e

Leia mais

ENTRE CONGÁS E TERREIROS: As práticas mágico-religiosas em Florianópolis RESUMO

ENTRE CONGÁS E TERREIROS: As práticas mágico-religiosas em Florianópolis RESUMO ENTRE CONGÁS E TERREIROS: As práticas mágico-religiosas em Florianópolis Prof. Dr. Paulino de Jesus Francisco Cardoso 1 Beatriz Pereira da Silva 2 Palavras-chave: Umbanda, Sociabilidades, Religiosidade.

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO NO CONTEXTO DA DIVERSIDADE RELIGIOSA DA ILHA DE COTIJUBA-PA

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO NO CONTEXTO DA DIVERSIDADE RELIGIOSA DA ILHA DE COTIJUBA-PA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO NO CONTEXTO DA DIVERSIDADE RELIGIOSA DA ILHA DE COTIJUBA-PA Rodrigo Oliveira dos Santos 1 1 Graduado em Licenciatura Plena em Ciências da Religião,

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: UMA ALTERNATIVA PARA A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA 1

A UTILIZAÇÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: UMA ALTERNATIVA PARA A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA 1 A UTILIZAÇÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: UMA ALTERNATIVA PARA A VALORIZAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA 1 Autora: Cintya da Silva Aguiar; Graduanda em Pedagogia pela Universidade

Leia mais

YALORIXÁ MÃE PENHA: PRÁTICAS E VIVÊNCIAS A PARTIR DO TERREIRO DE IEMANJÁ SABÁ

YALORIXÁ MÃE PENHA: PRÁTICAS E VIVÊNCIAS A PARTIR DO TERREIRO DE IEMANJÁ SABÁ 1 YALORIXÁ MÃE PENHA: PRÁTICAS E VIVÊNCIAS A PARTIR DO TERREIRO DE IEMANJÁ SABÁ KETLEN OLIVEIRA ESTEVAM, Universidade Estadual da Paraíba- eka.cat@hotmail.com MARIA JOSÉ CORDEIRO DE LIMA, Universidade

Leia mais

Pluralismo religioso: o diálogo e a alteridade como chaves para a construção de uma cultura de paz

Pluralismo religioso: o diálogo e a alteridade como chaves para a construção de uma cultura de paz Pluralismo religioso: o diálogo e a alteridade como chaves para a construção de uma cultura de paz Ações de diálogo e reflexão para a superação da intolerância religiosa estão entre os principais pilares

Leia mais

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE RELIGIOSA EM JUAZEIRO DO NORTE Glauco Vieira Doutorando em Geografia UFF Universidade Regional do Cariri URCA glauco.vieira@gmail.com O início de 2012 em Juazeiro do Norte,

Leia mais

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA

PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO QUAL O SIGNFICADO PARA VIDA PRÁTICA PLANO DE CURSO Disciplina: HISTÓRIA Série: 4º ano Ensino Fundamental Capítulo 1: A construção da historia. Cultura e tradição Cultura: costumes que permanecem O registro como fonte histórica. Capitulo

Leia mais

Dossiê: multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras

Dossiê: multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras Dossiê: multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras multiculturalismo, tradição e modernização em religiões afro-brasileiras Mundicarmo Ferretti Luiz Carvalho de Assunção apresentação

Leia mais

MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ LGBT

MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ LGBT MITOS AFRO-BRASILEIROS SOBRE ORIXÁ LGBT Luiz L. Marins www.luizlmarins.com.br Novembro de 2017 PUBLICADO EM ILE AXÉ NAGÔ KÓBI Tem ganhado destaque nas mídias sociais afro-religiosas alguns mitos sobre

Leia mais

PRIMEIRO ENCONTRO DE CASAS DE TERREIROS DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

PRIMEIRO ENCONTRO DE CASAS DE TERREIROS DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. PRIMEIRO ENCONTRO DE CASAS DE TERREIROS DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Mariana Felinto Corrêa Lima marianafelinto1@gmail.com Lauro Brandão Lima Neto laurobrandaoneto@hotmail.com

Leia mais

Tema: Preconceito na sociedade contemporânea. Temas de redação / Atualidades Prof. Rodolfo Gracioli

Tema: Preconceito na sociedade contemporânea. Temas de redação / Atualidades Prof. Rodolfo Gracioli Tema: Preconceito na sociedade contemporânea Temas de redação / Atualidades Texto I A sociedade atual não tem tolerância com as causas diferentes do comum Tudo o que é novo, ou novo para alguns, é tratado

Leia mais

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008 Página 1 de 6

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008 Página 1 de 6 GT ESPIRITISMO E CATOLICISMO POPULAR. Fábio Fidelis de Oliveira. UFRN/ CCHLA-PPGCS A presente abordagem, tópico de uma pesquisa desenvolvida junto ao programa de pós-graduação em ciências sociais desta

Leia mais

As Leis 10639/03 e 11645/08: O Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas e dos Afrodescendentes no Brasil UNIDADE 1

As Leis 10639/03 e 11645/08: O Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas e dos Afrodescendentes no Brasil UNIDADE 1 As Leis 10639/03 e 11645/08: O Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas e dos Afrodescendentes no Brasil As Leis 10639/03 e 11645/08: O Ensino de História e Cultura dos Povos Indígenas e dos Afrodescendentes

Leia mais

População do Brasil. Professora Thamires Geografia

População do Brasil. Professora Thamires Geografia População do Brasil Professora Thamires Geografia A população brasileira resulta de um intenso processo de miscigenação. Inicialmente três grandes grupos formaram o povo brasileiro:os indígenas, os portugueses

Leia mais

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA CENTRO DE CARTOGRAFIA APLICADA E INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA CENTRO DE CARTOGRAFIA APLICADA E INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA 1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA CENTRO DE CARTOGRAFIA APLICADA E INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA EVENTOS: GEOPOLÍTICA & CARTOGRAFIA DA DIÁSPORA ÁFRICA-AMÉRICA-BRASIL

Leia mais

HISTÓRIA PROVA SIMULADA- Parcial II

HISTÓRIA PROVA SIMULADA- Parcial II HISTÓRIA PROVA SIMULADA- Parcial II Aluno: 1- Muitas sociedades africanas que vieram para o Brasil se organizavam com base na obediência e lealdade a um chefe. Escreva o que você sabe sobre esse líder

Leia mais

Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade

Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade PROEX Assessoria de Ações Inclusivas Encontro dos NEABIs: por um IFRS Inclusivo 07 a 09 de novembro de 2012 Bento Gonçalves Populações Afrobrasileiras, Políticas Públicas e Territorialidade Ieda Cristina

Leia mais

LÉO CARRER NOGUEIRA DO NEGRO AO BRANCO: BREVE HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA UMBANDA

LÉO CARRER NOGUEIRA DO NEGRO AO BRANCO: BREVE HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA UMBANDA DO NEGRO AO BRANCO: BREVE HISTÓRIA DO NASCIMENTO DA UMBANDA LÉO CARRER NOGUEIRA ma das religiosidades de matriz africana que cresceram bastante nos U últimos anos no Brasil foi a umbanda. Trata-se de um

Leia mais

O ESTUDO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E A VALORIZAÇÃO DAS RELIGIÕES DE RAÍZES AFRICANAS *

O ESTUDO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E A VALORIZAÇÃO DAS RELIGIÕES DE RAÍZES AFRICANAS * O ESTUDO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E A VALORIZAÇÃO DAS RELIGIÕES DE RAÍZES AFRICANAS * Anamélia Soares Nóbrega ** Resumo O presente artigo busca analisar a interligação entre o estudo da História

Leia mais

Direitos Humanos e Diversidade Religiosa. Prof. Me. Elcio Cecchetti

Direitos Humanos e Diversidade Religiosa. Prof. Me. Elcio Cecchetti Direitos Humanos e Diversidade Religiosa Prof. Me. Elcio Cecchetti elcio.educ@terra.com.br Introdução O acontecer e desenvolver humano se faz múltiplo, imprevisível e diverso; Cada sujeito se constitui

Leia mais

FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ARGUMENTO 2017 2º ANO E.M. MÓDULO 1 FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA DIVERSIDADE ÉTNICA E MISCIGENAÇÃO Três grupos deram origem à população brasileira: O ÍNDIO: provável origem PALEOASIÁTICA, que é classificado

Leia mais

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO. Planejamento e Gestão do Plano de Ação Municipal Selo UNICEF Município Aprovado

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO. Planejamento e Gestão do Plano de Ação Municipal Selo UNICEF Município Aprovado CURSO DE APERFEIÇOAMENTO Planejamento e Gestão do Plano de Ação Municipal Selo UNICEF Município Aprovado São Luís MA 2016 Módulo 1- Garantia dos Direitos das Crianças e Adolescentes e o Selo UNICEF Leitura

Leia mais

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS FORMAÇÃO E DINÂMICA Vagner Gonçalves da Silva Departamento de Antropologia da FFLCH/USP.

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS FORMAÇÃO E DINÂMICA Vagner Gonçalves da Silva Departamento de Antropologia da FFLCH/USP. RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS FORMAÇÃO E DINÂMICA Vagner Gonçalves da Silva Departamento de Antropologia da FFLCH/USP. Reconstituir o dinâmico processo de formação das religiões afro-brasileiras não é uma

Leia mais

CRIANÇAS E ADULTOS EM DIFERENTES CONTEXTOS: A INFÂNCIA, A CULTURA CONTEMPORÂNEA E A EDUCAÇÃO

CRIANÇAS E ADULTOS EM DIFERENTES CONTEXTOS: A INFÂNCIA, A CULTURA CONTEMPORÂNEA E A EDUCAÇÃO CRIANÇAS E ADULTOS EM DIFERENTES CONTEXTOS: A INFÂNCIA, A CULTURA CONTEMPORÂNEA E A EDUCAÇÃO Alunas: Alexandra Couto, Camila Barros, Luciana Alves, Simone Nascimento Objetivo: Coordenadora: Sonia Kramer

Leia mais

HISTÓRIA E RACISMO O BRASIL UMA AFIRMAÇÃO PARA IDENTIDADE

HISTÓRIA E RACISMO O BRASIL UMA AFIRMAÇÃO PARA IDENTIDADE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS II SIMPÓSIO DE EXTENSÃO, CULTURA E ASSUNTOS ESTUDANTIS 13 e 14 de junho de 2013 HISTÓRIA E RACISMO O BRASIL UMA AFIRMAÇÃO

Leia mais

AS FESTAS NOS TERREIROS DE ARACAJU O SAGRADO, A SOCIABILIDADE E AS RELAÇÕES ENTRE HOMENS E DIVINDADES. Janaina Couvo Teixeira Maia de Aguiar 1

AS FESTAS NOS TERREIROS DE ARACAJU O SAGRADO, A SOCIABILIDADE E AS RELAÇÕES ENTRE HOMENS E DIVINDADES. Janaina Couvo Teixeira Maia de Aguiar 1 IV ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura 28 a 30 de maio de 2008 Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador-Bahia-Brasil. AS FESTAS NOS TERREIROS DE ARACAJU O SAGRADO, A SOCIABILIDADE

Leia mais

EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD

EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD EMENTÁRIO HISTÓRIA LICENCIATURA EAD CANOAS, JULHO DE 2015 DISCIPLINA PRÉ-HISTÓRIA Código: 103500 EMENTA: Estudo da trajetória e do comportamento do Homem desde a sua origem até o surgimento do Estado.

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 2003 (Do Sr. RODOLFO PEREIRA)

PROJETO DE LEI Nº DE 2003 (Do Sr. RODOLFO PEREIRA) PROJETO DE LEI Nº DE 2003 (Do Sr. RODOLFO PEREIRA) Institui o Sistema de Quota para População Indígena nas Instituições de Ensino Superior.. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º As instituições de ensino

Leia mais

RESENHA. CARDOSO, Francilene do Carmo. O negro na biblioteca: mediação da informação para a construção da identidade negra. Curitiba: CRV, p.

RESENHA. CARDOSO, Francilene do Carmo. O negro na biblioteca: mediação da informação para a construção da identidade negra. Curitiba: CRV, p. RESENHA CARDOSO, Francilene do Carmo. O negro na biblioteca: mediação da informação para a construção da identidade negra. Curitiba: CRV, 2015. 114p. Franciéle Carneiro Garcês da Silva Instituto Brasileiro

Leia mais

RACISMO E EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA

RACISMO E EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA RACISMO E EDUCAÇÃO: O PAPEL DA ESCOLA NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA Jessica Damiana dos Santos Silva¹; Mayara Patricia da Silva² Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico do Agreste

Leia mais

Anais Semana de Geografia. Volume 1, Número 1. Ponta Grossa: UEPG, ISSN PAISAGEM E IDENTIDADE: ALGUMAS ABORDAGENS

Anais Semana de Geografia. Volume 1, Número 1. Ponta Grossa: UEPG, ISSN PAISAGEM E IDENTIDADE: ALGUMAS ABORDAGENS PAISAGEM E IDENTIDADE: ALGUMAS ABORDAGENS 111 MIRANDA, Everton NABOZNY, Almir Introdução A relação entre paisagem-identidade constrói-se um jogo sem fim, onde as identidades são construídas ao longo do

Leia mais

A constituição da Antropologia como ciência. Diversidade cultural, relativismo e etnocentrismo. Evolucionismo. Críticas ao Evolucionismo.

A constituição da Antropologia como ciência. Diversidade cultural, relativismo e etnocentrismo. Evolucionismo. Críticas ao Evolucionismo. Disciplina: Introdução à Antropologia (Antropologia I) Período: 2006/1 Profa. Sandra Jacqueline Stoll EMENTA A constituição da Antropologia como ciência. Diversidade cultural, relativismo e etnocentrismo.

Leia mais

APRENDENDO A RESPEITAR AS DIFERENÇAS

APRENDENDO A RESPEITAR AS DIFERENÇAS XV JORNADA CIENTÍFICA DOS CAMPOS GERAIS Ponta Grossa, 25 a 27 de outubro de 2017 APRENDENDO A RESPEITAR AS DIFERENÇAS Neuza de Fátima Brandellero Paola Regina Emiliano Moraes Resumo: O presente trabalho

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Ementa EMENTA. Objetivos

PLANO DE ENSINO. Ementa EMENTA. Objetivos Graduação em Licenciatura em História Disciplina: História das Relações Étnico-Raciais no Brasil Carga horária: 60h Professora-autora: Ynaê Lopes Tutora: Olívia Von der Weid Semestre: 2 Ano: 2017 PLANO

Leia mais